Nota do editor
Foi com grande consternação que recebemos hoje a notícia do falecimento do inimitável Walter Williams, reconhecidamente um dos maiores economistas da atualidade.
Autor de dez livros e de mais de 150 artigos acadêmicos, suas colunas eram regularmente publicadas nos principais jornais americanos. Negro e de origem humilde, cresceu pelo próprio esforço. Isso o tornou um crítico mordaz das políticas da ação afirmativa e do assistencialismo.
Eis os seus livros:
America: A Minority Viewpoint
The State Against Blacks
All It Takes Is Guts, South Africa's War Against Capitalism
Do the Right Thing: The People's Economist Speaks
More Liberty Means Less Government
Liberty vs. the Tyranny of Socialism
Race and Economics: How Much Can Be Blamed On Discrimination?
American Contempt for Liberty
Abaixo, um apanhado de suas melhores frases.
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No infindável debate sobre "justiça social", a definição de "justo" tem sido debatida por séculos. No entanto, permita-me oferecer a minha definição de justiça social: eu mantenho tudo aquilo que eu ganho com o meu trabalho e você mantém tudo aquilo que você ganha com o seu trabalho.
Discorda? Então diga-me: qual porcentagem daquilo que eu ganho "pertence" a você? Por quê?
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Como
pode algo que é considerado imoral quando feito individualmente se tornar moral
quando feito coletivamente? Será que a
simples legalização basta para estabelecer a moralidade?
A escravidão era legal; os confiscos stalinistas e maoístas eram legais; a perseguição dos nazistas aos judeus era legal; o apartheid na África do Sul era legal.
A legalidade tornava esses atos morais?
Claramente, a estipulação da legalidade não justifica esses crimes. A legalidade, por si só, não pode ser o
talismã das pessoas morais.
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Talvez
o seu professor de história tenha ensinado a você que o legado do colonialismo
explica a pobreza do Terceiro Mundo. Lamento, mas você foi enganado. O
Canadá foi uma colônia. Austrália, Nova
Zelândia e Hong Kong também foram colônias. Aliás, o país mais rico do mundo, os Estados Unidos, também foi
colônia.
Por outro lado, Etiópia,
Libéria, Tibete, Nepal e Butão jamais foram colônias, mas hoje abrigam as
pessoas mais pobres do mundo.
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Faça
o seguinte experimento mental.
Imagine
que você é um tirano. Dentre suas metas
para destruir a liberdade está o extermínio de negros, judeus e
católicos.
Que tipo de país você
preferiria gerir: a) um país no qual os estados são submissos ao governo
federal e no qual todo o poder está centralizado em uma capital, repleta de
poderosas agências governamentais com poderes decisórios e com detalhadas
informações sobre os cidadãos do país, ou b) um país em que o poder está
amplamente disperso por vários estados e milhares de jurisdições locais, e cujo
governo federal é limitado?
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A
estrada que estamos trilhando, em nome do bem comum, é muito familiar. Os inenarráveis horrores do nazismo, do
stalinismo e do maoísmo não foram originalmente criados nas décadas de 1930 e
1940 pelos homens associados a tais rótulos. Aqueles horrores foram simplesmente o resultado final de uma longa
evolução de ideias que levaram à consolidação do poder nas mãos de um governo
central, e tudo em nome da "justiça social".
Foram alemães decentes, porém mal informados — e os quais teriam tido
espasmos de horror à simples ideia de extermínio e genocídio —, que
construíram o Cavalo de Tróia que levou Hitler ao poder.
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Se
eu vir uma pessoa com fome e então decidir abordar violentamente uma
terceira pessoa com o intuito de, por meio de ameaças, intimidação e coerção,
tomar o dinheiro dela para repassar ao faminto, o que você pensaria de
mim? Creio e espero que a maioria de nós
veria tal ato como roubo.
Será
que tal conclusão muda se nós coletivamente concordarmos em tomar o dinheiro de
uma pessoa para alimentar o necessitado? O ato ainda assim seria roubo. Atos imorais como roubo, estupro e assassinato não se tornam morais
quando feitos coletivamente por meio de uma decisão majoritária.
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Democracia
e liberdade não são sinônimos. A
democracia é apenas a irracionalidade das multidões; a liberdade é a soberania
do indivíduo.
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Um dos mais ardilosos truques criados pelos defensores de políticas socialistas e intervencionistas foi o de recorrer a expressões aparentemente nobres utilizadas para conferir uma aura de legitimidade moral a atos essencialmente maléficos.
Assim, confiscar a propriedade alheia e espoliar o dinheiro de terceiros passou a ser chamado de "espalhar a riqueza", "redistribuir a renda", "cuidar dos menos afortunados", e "atender aos desejos da maioria".
O governo confiscar dinheiro de uns para entregar para outros — independentemente de quem sejam estes "outros" — é um ato que produz o mesmo resultado de um roubo. Com efeito, é exatamente isso que um ladrão faz: redistribuir renda. A diferença entre governo e ladroagem é apenas uma questão de legalidade.
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O verdadeiro compromisso com a liberdade de expressão não está em permitir que as pessoas sejam livres para expressar apenas aquelas idéias com as quais concordamos, mas sim em tolerar aquelas idéias ou expressões alheias que nos ofendem.
Somos tolerantes quando respeitamos o dissenso, e não quando recriamos o consenso.
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O teste definitivo para se saber o comprometimento de uma pessoa para com a liberdade de expressão é ver se ela permite que outras pessoas digam coisas que ela considera profundamente ofensivas, seja sobre raça, gênero ou religião.
Não é mérito nenhum chamar de "liberdade de expressão" a vocalização apenas daquelas ideias que nos agradam e entusiasmam.
Infelizmente, o que temos hoje é apenas uma defesa simétrica da liberdade de expressão: só é lícito aquilo que me agrada. Aquilo que me ofende deve ser proibido.
Ou a liberdade de expressão é absoluta, ou ela não existe.
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Os
especialistas da elite intelectual substituíram aquilo que funcionava por
aquilo que "soava bonito". A sociedade
era muito mais civilizada antes de os intelectuais assumirem o controle de
nossas escolas, de nossas universidades, de nossos programas sociais, de
nossas polícias, e de nossos tribunais. Já passou da hora de descartarmos essas pessoas e retornarmos ao
bom senso.
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Uma
vez que você aceita o princípio de que você é dono de si próprio, aquilo que é
moral e aquilo que é imoral se tornam auto-evidentes. Assassinato é imoral porque viola a
propriedade privada. Estupro e roubo
também são imorais porque também violam a propriedade privada.
O que nos leva a uma pergunta importante: o estupro se tornaria moralmente aceitável se o
governo aprovasse uma lei legalizando o ato?
Você
provavelmente está pensando: "Qual o seu problema, Williams? Estupro é pura e
simplesmente imoral, não importa o que o governo diga ou faça!"
Se
você assumir essa posição, não seria igualmente imoral quando o governo
legaliza o confisco de uma fatia da renda de um indivíduo para distribuir para
outro indivíduo?
Se um cidadão toma o
dinheiro de uma pessoa e o repassa para outra pessoa, todos nós consideraríamos
tal ato um roubo, pura e simplesmente. E, como tal, um ato imoral. Será
que o mesmo ato se torna moral quando o governo toma o dinheiro de determinadas
pessoas e o repassa para grandes empresas, funcionários públicos, artistas e
famílias pobres?
Ainda
continua sendo roubo, pura e simplesmente. Só que com uma importante diferença: o ato é considerado legal, e quem o
pratica não vai para a cadeia.
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Dado
que o governo não possui recursos próprios, e dado que não existe nenhuma fada
munida de uma varinha mágica entregando ao governo os fundos para bancar os
programas que ele próprio cria, somos forçados a reconhecer que os gastos
governamentais nada mais são do que o confisco da propriedade de um indivíduo e
seu subsequente repasse para outro, a quem o dinheiro não pertence — ou seja,
roubo legalizado.
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Os
beneficiários de políticas protecionistas e de políticas de subsídios sempre
são muito visíveis. Já suas vítimas são
invisíveis. Os políticos adoram esse
arranjo. E o motivo é simples: os
beneficiados sabem em quem devem votar em agradecimento ao arranjo; já as
vítimas não sabem quem culpar pelo desastre.
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As pessoas estão cada vez mais obcecadas com as diferenças nas rendas monetárias. Pior ainda é o salto lógico que elas fazem: ao verem que há grandes diferenças entre as rendas monetárias de cada indivíduo, elas imediatamente concluem que há algo de errado e que isso requer uma "correção", sendo que essa correção sempre envolve conceder a um pequeno número de políticos e funcionários públicos uma fatia enormemente desigual de poderes coercitivos sobre todo o resto da humanidade.
Tais pessoas operam sob a suposição de que a quantidade total de riqueza material no mundo é fixa e já está dada, devendo apenas ser redistribuída "de maneira mais justa". Tal raciocínio demonstra um claro desconhecimento de como ocorre todo o processo de criação de riqueza, de crescimento econômico e, consequente, do aumento do bem-estar de todos.
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Os multiculturalistas e proponentes da diversidade estão corretos quando dizem que pessoas de todas as raças, religiões e culturas devem ser tratadas igualmente aos olhos da lei.
No entanto, todo o argumento deles se esfacela — sendo ainda mais franco, beira a idiotia — quando eles próprios afirmam que determinados arranjos culturais não podem ser julgados de maneira crítica.
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Para
os adeptos do multiculturalismo e da diversidade, coisas como cultura, ideias,
costumes, artes e habilidades são uma questão racial, e são determinadas pelo
grupo ao qual você pertence. Para tais
pessoas, assim como um indivíduo não tem controle sobre a raça a que pertence,
ele também não tem controle sobre sua cultura.
Essa é uma ideia racista, mas é um racismo politicamente correto. Ela diz que as convicções, os valores e o
caráter não são determinados pelo discernimento pessoal e pelas escolhas
feitas, mas sim determinados geneticamente.
Em outras palavras, como os racistas de outrora afirmavam: a raça
determina a identidade.
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A liberdade individual implica tolerância às diferenças entre as pessoas, sejam essas diferenças raciais, sexuais, ideológicas ou políticas. A liberdade também implica uma disposição em permitir que outras pessoas que discordem de você vivam tranquilamente a vida delas, desde que elas não agridam nenhum inocente.
Mas essa não é exatamente a visão dos multiculturalistas, que querem impor sua diversidade sobre pessoas que não querem aceitá-la. Isso já é agressão. Uma coisa é você não concordar com uma cultura, mas não agredir quem a pratica. Outra coisa é querer impor, à força, uma cultura a quem discorda dela.
Isso não tem como dar certo.
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Tanto na Europa quanto nos EUA, o multiculturalismo e a diversidade são visões elitistas de esquerda, com raízes nas universidades. A elite intelectual, os tribunais e as agências governamentais empurram sobre a população uma agenda que é tudo, menos uma defesa dos direitos individuais e da liberdade de não se submeter a um estilo de vida com o qual não concorda. Ao contrário, trata-se de uma agenda que advoga todos os tipos de submissão: submissão a idéias, a atitudes e a discursos.
Atualmente, "diversidade" significa impor programas de reeducação, em que seus proponentes doutrinam estudantes, intimidam professores dissidentes, e impõem sobre empresas, gerentes e executivos toda a agenda politicamente correta que já foi pré-estabelecida como sendo a única aceitável.
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Um
estabelecimento que proíbe a entrada de negros é tão válido quanto um que
proíbe a entrada de brancos. Um
estabelecimento que proíbe a entrada de homossexuais é tão válido quanto um que
proíbe a entrada de heterossexuais. Um estabelecimento que proíbe a entrada de
judeus é tão válido quanto um que proíbe a entrada de neonazistas.
O verdadeiro
teste para determinar se um indivíduo é sinceramente comprometido com a defesa
da liberdade de associação não está em ele permitir que as pessoas se associem
de uma maneira que ele aprova. O
verdadeiro teste ocorre quando ele permite às pessoas serem livres para se
associar voluntariamente de maneiras que ele considera desprezíveis. Associação forçada não é liberdade de
associação.
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O
poder que presidentes, deputados e senadores têm de fazer bem para a economia é
extremamente limitado; o poder que eles têm de fazer o mal é devastador. A melhor coisa que políticos podem fazer para
a economia é parar de fazer mal. Em
parte, isso pode ser alcançado por meio da redução de impostos e da redução de
regulamentações. Acima de tudo, eles
deveriam parar de querer controlar nossas vidas.
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Em
que sentido as mulheres são iguais aos homens? As próprias feministas não querem que os esportes deixem de ser
segregados por gênero. Elas não defendem
que haja lutas de boxe entre um homem e uma mulher; tampouco querem que haja jogos de futebol, vôlei, basquete e beisebol
entre equipes masculinas e femininas. As
consequências desastrosas desse arranjo seriam óbvias para todos. Feministas sabem que a política de igualdade
de gêneros devem ser implantadas em áreas cujos efeitos são menos visíveis.
O
fato é que nós humanos não somos iguais. Alguns são homens, outros são mulheres. Alguns são inteligentes e outros não são tão inteligentes. Alguns são negros, outros são brancos. Alguns são altos, outros são baixos. Alguns são pobres, outros são ricos. As diferenças — desigualdades — são
infinitas. A igualdade perante os
princípios gerais da lei é o único tipo de igualdade propícia à liberdade; é o
único tipo de igualdade que pode ser impingida sem destruir a liberdade. Trata-se de uma igualdade que não requer — e
nem pressupõe — que as pessoas sejam iguais.
Tentativas
de tornar as pessoas iguais por meio de alterações nas leis produzem resultados
que destroem a civilidade e o respeito pela lei. O governo só pode criar uma vantagem para uma
pessoa se, ao mesmo tempo, ele criar uma desvantagem para outra pessoa.
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Pelo
bem da argumentação, suponha que, sem a presença de uma empresa multinacional,
o melhor emprego que um ugandense pobre e sem instrução fosse capaz de conseguir lhe pagasse US$ 2 por
dia.
E então vem uma empresa multinacional,
constrói uma fábrica em Uganda e contrata esse ugandense por US$ 4 por dia, um
salário muito abaixo daquele que ela paga aos seus empregados nos EUA.
Uma simples questão de bom senso diria que
esse ugandense ficou em melhor situação em decorrência da presença de uma
empresa multinacional. E esse mesmo bom
senso diria que ele estaria em pior situação caso essa multinacional fosse
politicamente pressionada para sair do país.
Faz algum sentido dizer que uma ação que melhora a situação de um
ugandense é uma "exploração"?
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Todos
nós somos tremendamente ignorantes a respeito da maioria das coisas que
utilizamos e com as quais lidamos em nosso dia a dia. Mas cada um de nós é versado em coisas ínfimas
e que podem ser consideradas relativamente insignificantes.
Por
exemplo, um padeiro pode ser o melhor padeiro da cidade. Mas ele é tremendamente ignorante sobre
praticamente todos os insumos que permitem a ele ser o melhor padeiro da
cidade. Qual é a probabilidade de ele
entender sobre todo o processamento do gás que ele utiliza em seu forno? Aliás, o que será que ele entende sobre a
fabricação de fornos? E o que dizer
sobre todos os ingredientes que ele usa: farinha, açúcar, levedura, baunilha e
leite?
Qual
é a probabilidade de ele saber como cultivar trigo e açúcar, e como proteger a
plantação de doenças e pestes? O que ele
sabe sobre a extração da baunilha e da produção de fermento? Será que ele tem a mais mínima ideia de como
tudo isso é feito?
Tão
importante quanto tudo isso é a questão de como todas as pessoas que produzem e
distribuem todos esses itens sabem quem necessita deles e para quando.
Há
literalmente milhões de pessoas cooperando entre si, por meio do sistema de
preços e da busca pelo lucro, para garantir que o padeiro tenha todos os
insumos necessários. Esse é o milagre do
mercado. É o milagre do mercado e do sistema
de preços que faz com que todo esse trabalho de coordenação seja feito de
maneira tão eficiente. Aquilo que é
chamado de mercado é simplesmente uma coleção de milhões e milhões de decisões individuais
independentes tomadas diariamente não apenas em um país, mas em todo o
mundo.
E
quem coordena todas as atividades de todas essas pessoas? Tenha a certeza de que não existe nenhum
comitê central planejando a produção e a distribuição de pão.
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Qual
motivação humana foi a responsável por criar as coisas mais fabulosas que
existem? Eu diria que foi a
ganância.
Quando uso o termo ganância,
não me refiro a trapaças, roubos, fraudes e outros atos de desonestidade. Refiro-me apenas ao ato de indivíduos
quererem melhorar ao máximo suas próprias vidas. Alguns preferem utilizar o termo "interesse
próprio", "egoísmo racional" ou "ambição iluminada". Eu prefiro o termo ganância.
Infelizmente, muitas pessoas são ingênuas o
bastante ao ponto de acreditar que compaixão, preocupação e "entender a dor do
outro" são atos moralmente superiores. Agindo assim, elas se tornam vítimas fáceis de charlatães, impostores,
escroques e vigaristas.
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O
capitalismo de livre mercado foi a melhor coisa que já aconteceu para o cidadão
comum.
Os ricos sempre tiveram acesso ao
entretenimento, e quase sempre podiam fazê-lo do conforto de seus palácios e
mansões. Os ricos nunca tiveram de
vivenciar o trabalho extenuante e maçante de limpar seu próprio carpete, passar
a própria roupa, ou passar o dia todo mourejando em um forno quente para ter um
jantar decente. Eles sempre puderam
pagar pessoas para fazer isso para eles.
Já a produção em massa possibilitada pelo capitalismo fez com que rádios
e televisores, aspiradores de pó, máquinas de lavar e de costurar, e fornos
microondas estivessem amplamente disponíveis e ao alcance do cidadão comum,
poupando-o dos estafantes e monótonos trabalhos pesados do passado.
Hoje, o cidadão comum tem o poder de usufruir
muito mais tempo livre, e com mais qualidade de vida, do que os ricos do
passado podiam.
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Sempre
que as pessoas utilizam o termo "exploração" em referência a uma transação
voluntária, elas estão simplesmente discordando do preço.
Se partirmos do princípio de que
discordância do preço é exploração, então a exploração está por todos os
lados. Por exemplo, eu não apenas
discordo do meu salário, como também discordo dos preços de um jatinho
Gulfstream.
De
maneira alguma estou sugerindo que você retire o termo "exploração" do seu
vocabulário. Trata-se de um termo
emocionalmente valioso, que tem grandes poderes enganadores quando empregado corretamente. No início de meus 44 anos de casado, minha
mulher frequentemente me fazia acusações de a estar explorando. Ela costumava esbravejar: "Walter, você está
me usando!" Isso durou um tempo. Até que,
em um determinado dia, respondi: "Querida, é claro que estou usando você. Se você não tivesse nenhum proveito para mim,
eu simplesmente não teria me casado com você".
Quantos
de nós nos casaríamos com uma pessoa que não tivesse proveito nenhum para
nós? Com efeito, o principal problema
dos solitários deprimidos é que eles simplesmente não conseguem encontrar
alguém que tenha interesse em usá-los.