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A defesa do socialismo é, inescapavelmente, uma apologia da violência

Há uma piada mais ou menos assim:

Dois caipiras andavam pela estrada quando um deles quase pisou num objeto estranho. O outro o interrompeu e apontou para aquilo que ele achava ser estrume.

'Eu te salvei de pisar nessa m...! ', exclamou.

O caipira que foi salvo respondeu: 'Isso não me parece m..., apesar de ser marrom. Acho que é chocolate ou alguma coisa assim'.

E então eles começaram a discutir e resolveram decidir se era esterco ou chocolate pegando um naco daquilo e comendo pra provar. Descobriram que não tinha gosto de chocolate.

'Ocê tinha razão! Ainda bem que a gente comeu m..., senão a gente teria pisado nela!'.

E saíram se vangloriando do sucesso de sua experiência empírica.

De maneira semelhante, muitos tentam ver o lado bom de uma revolução socialista ter acontecido na Rússia. "Assim, temos certeza de que economia planificada não dá certo." Ou comentam, com razão, sobre o "laboratório" das alemanhas ou das coreias.

Qualquer pessoa em sã consciência e intelectualmente honesta há de reconhecer que o lado capitalista (ou menos intervencionista) apresentou muito mais qualidade de vida e liberdade que o lado socialista.

Mas, um momento. Por um acaso a importância de saber a priori que o socialismo é improdutivo e ditatorial não estaria justamente em utilizar esse conhecimento em um debate com esquerdistas e, assim, evitar que a nação passasse por privações econômicas e por um genocídio?  E não foi justamente isso o que aconteceu com os países socialistas? Como podemos nos alegrar por saber que exatamente aquilo que nossos argumentos tentaram evitar não foi impedido?

O fato é que grandes massas da Rússia, da China e de Cuba, por completo desconhecimento das implicações de se ter uma economia planificada, aderiram aos movimentos revolucionários socialistas, o que significa que os pensadores liberais e conservadores desses países fracassaram em espalhar suas ideias.

"Mas sem essas experiências empíricas, será que o socialista não teria ainda mais força no debate, já que não teria casos reais dos quais se envergonhar? E como poderíamos provar que as ideias dele estão erradas, sem esses 'laboratórios'?".

É aí que entra o raciocínio crítico. Como já diria o narrador do Telecurso 2000: vamos pensar um pouco.

Criando cenário

Vamos conjecturar sobre o que deve acontecer para que se consiga coletivizar a economia inteira do país. O foco não será o problema do cálculo econômico sob o socialismo, que mostra como esse plano gera uma irracionalidade na alocação de recursos. O que queremos ver agora é: o que deve ser obrigatório para um regime que busca ser socialista?

Imagine que você é um esquerdista bem-intencionado e idealista. Acredita que se deve primeiro ter um estado máximo que dissolva as classes sociais e torne todos iguais. Esse é o socialismo. Cumprida essa parte, passaremos para o comunismo, e esse mesmo estado máximo se extinguirá e a sociedade não terá classes nem posses e nem estado. Ou seja, haverá uma anarquia igualitária. Deixemos de lado o quão utópico é acreditar que todos permaneceriam iguais, estáticos, como se fossem robôs, sem o uso da força. Tenhamos paciência.

Agora, pense no que deverá acontecer para você conseguir estatizar toda a economia, conforme prega o socialismo. Pergunte-se:

"Como posso fazer o estado ter o controle sobre todos os meios de produção?"

Bem, você terá que dominar o estado, estar em seu comando. É mais comum haver uma revolução armada, mas você também pode se eleger democraticamente, por meio de um discurso de luta de classes.

"Uma vez que eu me torne chefe-de-estado, como posso tomar controle das propriedades privadas dos burgueses?"

Muito simples. A ideia dos comunistas de primeiramente agigantar o estado e usá-lo para socializar os meios de produção para depois, de alguma forma, acabar com o próprio estado, era justamente se aproveitar do aparato de coerção estatal. Você, líder socialista, deve usar a força bruta para tomar posse das fábricas e de todos os bens de capital, em geral. Não importa se você é revolucionário ou foi democraticamente eleito. É exatamente isso o que deve ser feito, se quiser garantir que tudo seja controlado pelo estado, que está sob seu domínio.

Sim, a tomada dos meios de produção será violenta. De que outra forma o estado conseguiria ter controle de todos os ativos do país? Uma desapropriação seguida de indenização, talvez. Só que, sendo um socialista que acredita na causa, é improvável que você queira se sujeitar a dar alguma compensação àquele maldito burguês.

Mas, digamos que, em nome da paz, você aceite comprar dele a empresa, pacificamente. Ok, mas e se alguém não aceitar nenhum valor que seja oferecido? Ou será que, no país inteiro, todos vão aceitar pôr à venda sua propriedade? Se alguém quiser continuar mantendo suas posses, você não vai querer correr o risco de entrar na História como um mero social-democrata que fez tudo pela metade.

Considerando que a intenção desse exemplo é mostrar o que acontece ao se planificar a economia, você deve levar até o fim o seu ideal. Terá de usar as forças armadas para tomar de assalto todas as instalações fabris e fazendas.

Agora, sim, o estado poderá decidir o que será feito com os bens de produção, seja industrial ou agrária. Veja: você terá de abrir mão de qualquer pacifismo se quiser socializar a economia.

"Agora que eu já estatizei toda a economia, o que impede os cidadãos do país de tentar abrir o próprio negócio e se tornar um explorador de mais-valia?"

Aí está outro problema. Você terá de manter o exército socialista — ou melhor, a sua milícia armada revolucionária — em alerta contínuo. O estado não pode simplesmente deixar que as pessoas tentem produzir bens por conta própria, pois isso contraria o princípio fundamental do socialismo. Tudo o que for produzido, de aviões a alfinetes, terá de ser feito pelo estado.

Logo, haverá uma situação de eterna vigilância, na qual sempre se usará a força bruta para fechar negócios clandestinos. É como se a guerra às drogas fosse ampliada para todos os setores da economia, não apenas aos narcóticos.

Ou seja: o país será um ambiente militarista, onde o estado, para ter o controle total da economia, terá de ser totalitário. Sim, chega a ser ridículo de tão redundante. É como explicar que o círculo é circular. Como você poderia esperar que houvesse um estado máximo que não fosse ditatorial? Mesmo que o líder socialista tenha sido eleito democraticamente, ele terá de acabar com o que resta de liberdade ao ter controle sobre a economia.

Você, que acredita em independência entre os três poderes e oposição forte para manter o equilíbrio das instituições, pense. Será possível manter esse sistema de freios e contrapesos se a economia for centralizada? Imagine o Judiciário dependente de recursos materiais e financeiros, controlados pela burocracia central. O mesmo vale para a oposição.

A diferença entre alguém que socializa o sistema por dentro, pelas próprias vias legais, e alguém que faz uma revolução, é que o primeiro não tem uma data em que se possa precisar o momento em que o país passou a ser socialista. Quando os rebeldes ganham uma guerra civil, fica claro. Mas no caso de um governante que, pouco a pouco, nacionaliza cada setor, é difícil definir quando passou de meramente intervencionista para, de fato, socialista.

A Venezuela, por exemplo, já é uma ditadura, ainda que idiotas úteis neguem porque "lá tem eleições". Não é surpreendente que haja tanta repressão. Se quase toda a produção já é estatizada, é natural que Maduro precise ser linha-dura com todos os revoltosos que sofrem com o típico desabastecimento advindo do problema do cálculo econômico. Mas é difícil definir quando se tornou socialista.

A certeza é que, seja por golpe ou por sufrágio, o governo que estatizar a economia será uma ditadura totalitária. E qualquer um que se oponha é um ser monstruoso por não entender a grandeza do plano do grande líder e merece ser morto. A Grande Fome da Ucrânia, a Revolução Cultural da China e o paredón de fuzilamento em Cuba são casos de matança típicos de um regime que leve a sério a planificação econômica. Nada foi deturpado.

Retomemos a questão do militarismo. Se os países socialistas precisam de um aparato de coerção para mandar na população, é lógico que o clima será sempre beligerante. Qualquer um que for pego comercializando sem estar sob o comando do estado será um traidor da Pátria, alguém que se vendeu ao imperialismo estadunidense. Nem precisa ter feito algo contra o socialismo, na verdade. Muitos idiotas úteis que obedeçam a todas as ordens do comando central podem ser presos por motivos inventados, somente para esse comando usar um bode-expiatório contra quaisquer problemas.

E, para demonstrar todo o seu poder, o país sempre fará grandes desfiles militares em algum feriado nacional. Vários tanques paquidérmicos e caminhões lança-míssil colossais mostram que "a minha arma é maior que a sua". Um tanto freudiano. Veja a URSS, China, Cuba e Coreia do Norte. Será mera coincidência? Será que é porque eles deturparam o socialismo? Qualquer país socialista, obrigatoriamente, será extremamente militarista. Não haveria como manter essa planificação na marra, sem todo esse aparato.

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Seguindo adiante com o raciocínio.

Se você quer ter controle sobre os seus subalternos, não apenas terá que impor medo, como também ser respeitado. Ser adorado. Ser venerado. Essa é outra característica indispensável para quem quer centralizar a economia: o culto ao líder. Ou melhor, "Querido Líder". Ou "El Comandante". Ou ainda, "Grande Timoneiro".

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E mais essa:

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Opa, engano. Ou não.

Talvez você tenha sentido falta de um cartaz desses com Stálin. É que nenhum deles supera isso:

Agora, pense no mercado de trabalho.

A pessoa não pode escolher para qual empresa trabalhar e nem mesmo ser autônoma, pois toda a produção é do estado. Por exemplo, na URSS, grandes massas de migração forçada ocorriam pelo país, por pura arbitrariedade de Moscou. As pessoas não escolhiam ir trabalhar porque queriam ganhar seu próprio dinheiro, mas porque o estado decidia. Não havia "querer".

Mao Tse-Tung, em seu Grande Salto Para Frente, resolveu obrigar todos os camponeses a ter uma pequena fundição de aço no quintal de sua casa. Obviamente que, sem experiência alguma com o ramo, os agricultores fabricavamum metal de péssima qualidade. Já ouviu falar em Teoria das Vantagens Comparativas? Sem contar os vários acidentes que ocorriam com o fogo, num local onde era comum haver palha e feno. Imagine a cena. Este é só mais um exemplo da completa cegueira da falta de um cálculo econômico.

Deixando de lado essa questão consequencialista, o fato é que não havia liberdade para poder trabalhar ou deixar de trabalhar. A pessoa era obrigada a servir ao estado, e no que ele decidisse. Não há outra palavra para isso senão escravidão.

Vamos para os setores específicos. Se o estado controla todos os meios de comunicação, como você espera haver liberdade de imprensa? Não é que seja uma mera ditadura autoritária, em que os jornais, particulares, sofram censura. Aqui, a ditadura é totalitária, e toda a imprensa é estatal. Nem há censura a ser feita. A imprensa servirá para noticiar os feitos do grande líder, e tudo de ruim será mostrado como uma sabotagem de traidores e de imperialistas. Não há como criticar o governo.

Agora, pensemos nos telefones e correios. Mesmo países não socialistas têm ou tinham monopólios estatais sobre esses setores, que, por acaso, são muito convenientes de se ter sob controle. Ou você acredita que o estado faz isso porque quer "desenvolver" o país? Mesmo que o governo não tenha poder sobre esses meios, por ter havido alguma privatização, ele ainda pode fazer interceptações, escutas e coisas do gênero.

Agora, imagine um estado socialista, totalitário, com todos os meios à disposição para vigiar a vida das pessoas. Se você quer ter uma ideia de como é isso, assista ao filme alemão "A Vida dos Outros". É o mais puro retrato do Grande Irmão.

Sobre a cultura. Ao controlar todos os meios de produção, o estado também dominará o próprio estilo de vida. Se ele controla a produção de alimentos e de vestuário, determinará qual será a dieta das pessoas e o que elas poderão vestir. O governo da Coreia do Norte é dono de todos os salões de cabeleireiro. Não é surpresa que ele decida o estilo de penteado dos homens e das mulheres. Os filmes, naturalmente, serão pura propaganda revolucionária. Assim como a imprensa, servirão como instrumento para deixar a população sempre em estado de alerta contra os invasores estrangeiros que querem acabar com aquele paraíso socialista. Exatamente como no livro "1984".

Se a grande massa acreditar em um inimigo em comum (como a "Eurásia"), poderá ser manipulada mais facilmente.

Por fim, a educação. Será que os países socialistas têm fama de possuir alta escolaridade porque eles se preocupam com as criancinhas? Ora, qual forma melhor de dominar o pensamento da nação do que ensinar as pessoas, desde pequenas, a moral socialista? Lembre-se de que, se você quer criar o "novo homem socialista", deve enfiar na cabeça dos alunos o que é certo e o que é errado. Não existe educação pública. Apenas doutrinação pública.

Diz-se que, porque a educação dá aos cidadãos chances na vida, seria um fator igualitário na largada, e não na chegada. Pessoas que não defendem o socialismo e que são contra igualdade forçada de resultados caem nesse embuste de que é necessário apenas igualdade de oportunidade. Não percebem que escolas públicas, mesmo em países não socialistas, acabam sendo usadas para mostrar aos alunos como o estado é a cura de todos os problemas da humanidade, e como o capitalismo "gera pobreza".

O motivo de um libertário ser a favor da desestatização da educação não é só porque escolas particulares ensinam melhor. É para evitar que uma geração inteira se torne adoradora do Leviatã.

Até porque, mesmo que todas as escolas oferecessem uma "educação de qualidade", isso não resolveria o problema da diferença de oportunidades. Uma criança que, além de frequentar uma boa escola, ainda tivesse pais responsáveis, se sairia melhor que uma que não tem tanto apoio familiar. O próximo passo para os defensores das "oportunidades iguais" seria, então, mandar todas as crianças para colégios internos, mesmo sem consentimento dos pais, pois assim todos os alunos viveriam exatamente no mesmo ambiente. Mas é claro que sempre haveria um novo problema que tornaria as oportunidades desiguais. Daí, mais intervenção estatal na vida do cidadão.

Hayek já explicou que cada indivíduo tem uma coleção única de conhecimentos e experiências, de modo que igualdade de oportunidade se torna uma ilusão. A esquerda não descansaria até que houvesse igualdade de resultados. Ou seja, socialismo.

Aliás, educação é bem mais amplo que a mera escolarização, mesmo que particular. Educação se aprende no dia-a-dia, com os pais e com pessoas próximas. Ainda que estejamos falando no sentido estrito de instrução técnica, isso não significa que precise ser feito naquele ambiente burocratizado de sala de aula. É comum em muitos países haver o homeschooling, ensino em casa. Atualmente, ainda existem diversos cursos on-line como o Khan Academy, o Coursera e o Veduca. Sem contar as diversas vídeo-aulas de canais no YouTube.

Não caia na armadilha de que o estado é o único capaz de "democratizar" o ensino.

Conclusão

Resumindo o socialismo: ele, obrigatoriamente, será uma ditadura totalitária, militarista, personalista e genocida. Tudo isso foi concluído a priori. Não se precisaria de nenhuma fila de racionamento e de nenhum massacre. De quebra, é demolida qualquer desculpa de que "aquilo não foi socialismo de verdade".

Se um regime teve essas características, é só mais uma prova de que ele foi, de fato, socialista.  A economia planificada não só é irracional economicamente, como também, e sobretudo, é imoral e desumana.

Agora, um desabafo. Na oitava série, enquanto os professores de História e Geografia explicavam sobre a economia planificada, eu já pensava: "Se um estado controla toda a economia, tem como não ser uma ditadura? Quer dizer, isso não concentraria poder demais nas mãos de um pequeno grupo de governantes?"

Eu me perguntava em pensamento, mas tinha vergonha de compartilhar essa ideia na sala de aula. Até porque ela estava num nível rudimentar, e não tão detalhada quanto neste artigo. Mas eu já tinha uma intuição de que não havia como ter liberdade numa economia centralizada. Agora, se alguém do ensino fundamental consegue notar isso, como pode haver acadêmicos que acreditam em socialismo com liberdade?

Eu via uma professora reclamar que a URSS não deu certo porque se burocratizou demais e tinha mais de mil ministérios. Ao passo que minha resposta mental era: "Mas como você espera ter uma economia planificada sem um grande aparato burocrático? Será que ela não percebe isso? Ou será que sou eu que estou pirando?".

Depois que li alguns artigos do IMB e assisti a alguns vídeos do liberal Milton Friedman e do conservador Olavo de Carvalho, vi que existiam pensadores de peso de diferentes correntes que já haviam se pronunciado sobre o tema e com a mesma resposta. Socialismo é não ter para onde correr. É coerção. É escravidão. É morte.

Por isso, é revoltante ouvir alguém dizer que "deturparam Marx" e que "socialismo verdadeiro nunca existiu". E não ouço isso vindo de leigos. Professores de economia já disseram pérolas como:

"Aquilo que houve na União Soviética não era socialismo, era ditadura".  

Claro, ele quer centralizar a economia e não ter uma ditadura. Será que nunca parou para pensar nas implicações políticas desse sistema?

"No socialismo, o estado controla só a economia, não a vida particular das pessoas".

Como se não houvesse uma enorme intersecção entre a esfera econômica e a civil.

"Socialismo verdadeiro nunca existiu, porque socialismo é democrático".

Só se, com "democrático", você quiser dizer ditadura da maioria.

"A socialização é só dos bens de produção, não de consumo".

Obrigado deus-estado por, ao menos, me deixar ficar com a roupa do corpo!

Por isso, senti a necessidade de compartilhar esse pensamento. Se eu puder compartilhar essa ideia para iluminar a escuridão, as tentativas de se implantar o socialismo no Brasil perderão força. Assim, não precisaremos comer m... como aquele caipira e servir como ratinhos de laboratório.



autor

Carlos Marcelo Velloso Wendt
é estudante de Ciências Econômicas pela UFRGS e Administração com linha de formação em Comércio Internacional pela PUCRS.


  • Viking  12/02/2016 12:29
    Compartilhando agora! excelente artigo!

    e é incrível que ainda precisamos escrever sobre o óbvio.
  • FL  12/02/2016 12:47
    Essa é pra mostrar para seu amiguinho que se considera "de esquerda", vota no PSOL e tudo mais.... aí ele vai discordar dessa "violência", falar que não precisa ser assim... ou seja, é um Social-Democrata, e devia votar no partido da social democracia brasileira... poizé...
  • SP  26/02/2016 10:56
    Só para lembrar que a democracia já é uma apologia à violência.
  • Junior  23/05/2019 22:13
    A democracia sempre leva ao socialismo.
  • Lucas  12/02/2016 12:57
    Vou entrar no 3º ano do E.M em uma escola pública e esse artigo vai ser muito util, vou fazer esses professores de sociologia sofrerem.
  • Mardey  12/02/2016 18:43
    Faça isso, e ganhará uma vida de liberdade!
    Parabéns!
  • mauricio barbosa  12/02/2016 14:19
    Interessante,em 1984 eu me converti em protestante(Católicos e ateus,sem ofensas por favor,cada um segue o que quer eis a verdadeira democracia)e aprendi com a bíblia que o ser humano é egoísta,portanto o comunismo além de ser uma doutrina atéia era impraticável por causa da natureza humana(Egoísta e religiosa),mas ao mesmo tempo era influenciado pela escola(Imbecilizante)que devido a seu caráter plural gerava em mim(E em todos os alunos)confusão e mais confusão ora atacando,ora defendendo o capitalismo e o socialismo ao mesmo tempo,ou seja dilemas e mais dilemas,concordo com o autor que a escola e o método do mec é doutrinação e nada mais e o socialismo\comunismo são lixo da história e como ensina a bíblia "com o suor do seu rosto ganharas o teu pão" e "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo"nos leva afazer caridade com os mais necessitados com nosso esforço ao contrário dos estatistas e socialistas\comunistas em particular que gostam de"fazer caridade com o chapéu alheio" e se ufanam disso,esse bando de sacripantas.
  • Diego  12/02/2016 14:26
    Pessoal, vi no youtube um vídeo onde tentam mostrar que a fome da ucrânia foi forjada pelo pessoal de direita. Como comecei a me interessar sobre esses assuntos esse ano, não tenho conhecimento para refutar esse vídeo. Alguém com conhecimento de causa pode me dizer se esse vídeo é falaciosos ou verdadeiro?

    Segue o link: https://www.youtube.com/watch?v=jsbncKU38sM
  • Viking  12/02/2016 14:40
    aqui no site tem um artigo sobre isso:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1046
  • Garcia  12/02/2016 14:45
    Essa dúvida não pode ser séria:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1046
  • Andre  12/02/2016 14:57
    O cara falou que está aprendendo e pelo visto não foi abençoado com sua suprema inteligência (nem eu), portanto seja um pouco mais tolerante pfv.
    Abç
  • Diego  12/02/2016 15:10
    Como eu disse, comecei a estudar sobre isso recentemente, não tenho muito conhecimento sobre esses assuntos.

    Esse artigo eu li ontem, até imprimi ele.
  • Fagner  12/02/2016 21:29
    Beleza, Diego,
    pode ficar tranquilo, amigão.
  • Daniel Bergamasco  12/02/2016 15:09
    Diego, quem fala um negócio desses ou é psicopata ou é marginal. Eu francamente não tenho paciência e tampouco sou psiquiatra nem policial para assumir esse trabalho sujo. E eu também já te adianto que não adianta (redundância proposital)! Essa gente não se importa com fatos.
  • Douglas  12/02/2016 21:25
    As provas estão nos depoimentos dos sobreviventes.

    Também há várias fotos (inclusive vídeos https://www.youtube.com/watch?v=rQak4kdGmjA) mostrando comissários soviéticos confiscando os grãos dos camponeses ucranianos.

    Além de fotos mostrando pessoas mortas de fome nas ruas da Ucrânia durante esse período.

    Há relatos e fotos de canibalismo tanto na Ucrânia tanto na Rússia.

    E várias reportagens da época falando sobre esse genocídio.

    É meio difícil para os comunistas negarem o fato de que existiu o Holodomor. É quase tão difícil para um nazista negar de que houve o Holocausto (embora haja vários pela internet).
  • Diego  13/02/2016 01:14
    Douglas, te agradeço pelo vídeo. Esse documentário eu nunca tinha visto.

    Comecei no começo desse ano a me aprofundar sobre esses assuntos. Já sabia das maldades do comunismo, mas não tinha (e ainda nao tenho muito) conhecimento para refutar esses professores da minha escola.

    Depois de ler alguns artigos aqui do imb, tenho mais segurança e conteudo para rebater os professores da minha escola.
  • Pobre Paulista  13/02/2016 01:53
    Mas por quê você quer refutar seus professores? Você acha que eles vão mudar de idéia?
  • Yuri Lima  13/02/2016 06:05
    É sempre bom ter essas discussões em público, não para convencer o professor, mas sim os outros alunos, fiz muito isso na escola, e se você tiver a devida influência os resultados podem ser ótimos.
    Infelizmente já fui de esquerda lá pros meus 15/16 anos, e convenci alguns que esse lixo era correto, mas acho que compensei mostrando a outros a verdade sobre o socialismo.

  • Perdido  13/02/2016 13:18
    Acredito que a questão aqui não é refutar os professores. Este não irão mudar e ponto final.

    Mas fazendo isso "pode" fazer com que alguns dos seus colegas de classe não caiam nas armadilhas sentimentalistas do "Cartilheiros do MEC".

    Se ele conseguir salvar uma alma que seja da doutrinação ideológica, ele já fez a sua parte.

    Quem sabe ele não consegue mais alguma audiência pro site.
  • Diego  13/02/2016 13:57
    Isso eu não sei. Mas acho que todo aluno tem o dever moral de desmascara-los entre os outros para eles, no mínimo, pararem de falar merda.

    Um exemplo: um dia numa conversa com minha professora, ela soutou a seguinte perola: "O governo no brasil tem que ser igual ao da china porque aqui governo manda de mais". Sim ela disse isso. Minha resposta: você quer implantar no brasil um modelo comunista que dita até no que as pessoas vão trabalhar. Só deu dizer isso ela nunca mais falou que EUA quer dominar o mundo e outras baboseiras.

    Mesmo que eu não consiga mudar a cabeça deles, se eu pelo menos conseguir mostrar a mentira que é o comunismo para meus colegas, já estará bom para mim.
  • Emerson Luis  23/02/2016 11:06



    * * *
  • Geraldo de Souza  13/02/2016 17:48
    Oi, leia o livro documentário "O livro negro do comunismo", este livro tem tb em pdf na internet mas não ajuda por não tem fotos e conter muitos erros.
  • André  12/02/2016 16:04
    """""
    De maneira semelhante, muitos tentam ver o lado bom de uma revolução socialista ter acontecido na Rússia. "Assim, temos certeza de que economia planificada não dá certo." Ou comentam, com razão, sobre o "laboratório" das alemanhas ou das coreias.
    """""

    Acho que quando alguém diz isso o que realmente a pessoa quer dizer é:

    "Puxa vida, eu não consigo convencer os socialistas apenas com argumentos de que o socialismo
    é ruim. Ah, pelo menos existem exemplos de países que implantaram o socialismo, assim além
    dos meus argumentos teóricos posso apresentar provas empíricas de que o socialismo é ruim.".

    Essa pessoa só se esquece de que um defensor do socialismo só poder ser uma de duas coisas:

    1) Psicopata.
    2) Idiota útil.

    E nenhum dois dois vai aceitar argumentos ou fatos empíricos que provem que o socialismo é uma porcaria.
    Por isso eu apenas mando irem pra Cuba.

    Tentar convencer um socialista de que o socialismo é ruim é como tentar convencer um serial killer a não te matar.
  • Eduardo  13/02/2016 00:44
    "(...) um defensor do socialismo só poder ser uma de duas coisas:

    1) Psicopata.
    2) Idiota útil.
    (...)"

    Cheguei a conclusão semelhante a pouco tempo. Conheço um individuo, de família cristã (evangélicos), ele mesmo evangélico (era, pelo menos), casado (com uma mulher, tudo 'certinho'), pai de 2 filhos (casal de gêmeos, que teve com dificuldades) e... marxista. O cara passou de professor de escola dominical à professor de sociologia esquerdista (um "sacerdócio laico" como disse certa vez).

    Não consigo entender que 'lógica socialista' esse indivíduo se utiliza, pra defender e propagar uma doutrina que:

    1. Ataca o cristianismo (toda a família do cara é crente);
    2. Ataca a família... (cara casado com uma mulher, também socialista);
    3. ...e a autoridade dos pais (o cara tem 2 filhos);
    4. É pró-aborto (o casal recorreu a tratamento para engravidar; tanto que acabou tendo um casal de gêmeos; mas o cara defende a legalização do aborto - participando de fóruns e debates como 'palestrante').


    Conclui que esse indivíduo, lamentavelmente só pode ser:

    1. Muito burro (por não entender que defende algo que trabalha contra aquilo que define ele e toda sua família); ou
    2. Muito perverso (sabe o fim, mas não se importa em apostar o futuro da própria família - filhos, irmãos, pais).


    Um outro colega, ao tomar conhecimento da história, disse que pode ser uma 3ª opção: cegueira - do espírito (mas aí creio que se enquadre no nro 1 - burrice).



    Se cometi algum erro ao enquadrar o "sacerdote laico" me corrijam, por favor; assim como o Diego 12/02/2016 14:26:17, comecei a tentar me aprofundar no assunto a pouco tempo.
  • Rennan Alves  13/02/2016 15:55
    Adicione um 4: Teimosia.

    Algumas pessoas passam tanto tempo estudando, debatendo e defendendo um determinado assunto que simplesmente não querem dar o braço a torcer sobre o que está defendendo, mesmo sabendo estarem erradas.

    Isso acontece aos montes, dificilmente você encontrará alguém(principalmente mais velho) que admita que sua teoria é uma furada e que ele perdeu nos de sua curta vida estudando o assunto.
  • Alexandre  12/02/2016 18:37
    Mto bom!
    O socialismo onipresente em nossa vida deve ser desmascarado.
    Obrigado pelo artigo!
  • Henrique Zucatelli de Melo  13/02/2016 00:08
    Muito bom, mas se quer ser realmente um liberal de fato pare de sugar nosso dinheiro estudando as nossas custas em uma UF da vida.

  • Fernando  13/02/2016 17:36
    O socialismo ou qualquer política pública não pode ser realizado sem o uso da força. O poder militar, político e financeiro do governo são diariamente usados para implementação do socialismo.

    Se um "governo" funcionasse por uma simples contribuição voluntária, o resultado também não seria bom. Os interesses das pessoas são diferentes, por isso não tem como funcionar. Em instituições focadas em alguma área, os resultados de hoje já tem grandes doações e funcionam muito bem, porque atendem interesses específicos.

    Essa é a dura realidade que os socialistas escondem todos os dias. Eles usam a força e a repressão contra pessoas, que só querem trabalhar, para ter uma condição de vida razoável.

    O pior de tudo é que 99% dos socialistas, são criminosos sociofóbicos. A igualdade sempre é para os outros e com o dinheiro dos outros.



  • Andre  11/03/2016 15:04
    Amigo, a UF que tem greves, teto com goteiras, campus sujos, falta de papel higiênico no banheiro... Enfim, que é mal gerida?? Entre o primeiro dia na pré escola e o último dia no último ano de ensino médio são mais de 10 anos. 120 meses de ROUBO em impostos (mal utilizados) que se estivessem na mão do pai de quem entra na faculdade ele poderia pagar uma Particular. Mas como nem todo mundo tem a sua sorte e conta bancária, acaba recorrendo para o local onde o seu, dele e nosso dinheiro deveria ter ido!! Isso apenas corrobora o fato de que o Estado ATRAPALHA.
  • Gian   13/02/2016 02:39

    Parabens pelo artigo. Muito bom.

    Hoje em dia eh estranho (e dificil) ver alguem que honre as bolas que tem.

    Parabens autor. Voce honrou as suas.
  • Vander  13/02/2016 12:24
    Aqui está a verdadeira definição do socialismo:



    Como vocês podem constatar, socialismo é câncer na mente.
  • Trombadinha  13/02/2016 14:15
    Eu tenho sérias dúvidas onde a doutrinação esquerdista é mais forte entre os jovens, aqui no Brasil ou nos EUA.
  • Dasross  13/02/2016 15:44
    Eles so querem parecer cool e socialmente engajados pros amigos e no facebook - como as passeatas na rep da banania em 2013 - e quando tudo der errado a culpa é do capitalismo
  • Victor   13/02/2016 21:05
    é rapaziada, a coisa ta feia lá nos eua em.
    AL de um jeito ou de outro , aos pouquinhos se livrando dessa porcaria e os cara mergulhando de cabeça. HAHAHAHAAHHA
    Go ahead Bernie supporters... destroy your country

  • anônimo  13/02/2016 22:22
    A pobreza deles ainda é anos luz melhor que o lixo brasil
  • Ibn Hassan-al  13/02/2016 13:52
    Boa crítica a aquilo que Popper chamou de Marxismo vulgar. Lembremos que críticas parecidas foram feitas por comunistas como Anton Pannekoek e Rosa Luxemburgo.
    O Comunismo foi pensado por Marx como necessariamente internacionalista e seu estopim deveria ser no centro do capitalismo, todos esses exemplos foram na periferia do mesmo, o que forçou uma adequação contra-revolucionária. A ideia de economia planificada foi desenvolvida por Lenin. Claro que a propaganda soviética teve o mérito de colar essa ideia no Marx, porém, basta lê-lo.
    Mas, vamos pensar o exemplo bem diferente e recente da Síria, os rebeldes lutavam no início para derrubar o tirano Assad, fariam melhor se tivessem permanecido sub o jugo do tirano, pois teriam, para derrubá-lo, de usar armas?
    MEsmo o caso de CUba, que apenas se auto arrogou comunista depois da aproximação da União Soviética, depois de terem falhado em ter o reconhecimento dos Estados Unidos. FIcar sob o jugo do Batista seria melhor do que qualquer movimentação? Permanecerem resumidos a um grande parque temático dos Estados Unidos seria melhor do que se rebelar?
    Também há um grande engano epistemológico, o apriorismo é uma forma de justificação de tal modo obsoleta que não mais é defendida, sobretudo por que pode se defender de qualquer crítica citando os axiomas dogmatizados e forçar qualquer interpretação sua dos fatos. (leia LOGICA DA PESQUISA CIENTIFICA de Popper)
    Outra coisa é crer que no capitalismo "podemos escolher o trabalho que queremos" Não. Você escolhe o trabalho que está disponível, senão morre de fome ou vai para a clandestinidade. Claro que diretores, engenheiros, professores universitários têm condição de escolher, mas a grande maioria não, soca currículo para tudo que é lado e comemora quando o primeiro chama.
    Vemos também que o dinheiro estando em mãos privadas também causa mal feitos políticos, o dinheiro está com a Odebrecht, Camargo Correia e etc, vamos abrir licitações e essas empresas irão ganhar, pois estão nos pagando.
    Só para terminar, não é possível que as ideias de um pensador sejam completamente colocadas em prática, além disso, isso não é o objetivo de nenhum pensador. Marx não escreveu manuais de como fazer o comunismo, sua obra é, certa ou errada, uma análise do capitalismo. O manifesto comunista, que é um manifesto, foi escrito em um contexto bem específico da luta contra a aristocracia na Prussia, tem data de validade e já expirou faz tempo, foi feito com data de validade. Não veremos países ou o mundo inteiro funcionando com base no pensamento de MArx, nem Mises, nem Keynes, pois são pensadores e podem, no máximo, inspirar formas de soluções para os problemas existentes ou que surgirão.
    Outro engano, esse comum em ambos os lados, direita e esquerda. A Educação não tem a função de dar oportunidades para o aluno ser bem sucedido, a LDB atribui como finalidade da educação a formação cidadã e para o mercado de trabalho. Formar trabalhadores cidadãos. O conceito de cidadania é relativo a pertencimento, formar um cidadão é situá-lo e demonstrar os vínculos concretos e abstratos que constituem sua vida. A grande maioria dos professores de escola pública que conheço é de direita e antipetista, mas para saber disso é necessário frequentar salas de professores.
    Mas a crítica ao marxismo vulgar no artigo é boa.
  • Dasross  13/02/2016 16:00
    Ibn, "você escolhe o trabalho que está disponível, senão morre de fome" é a condição natural do ser humano, ou trabalhamos para nos alimentar ou alguem faz isto por nós ou morremos mesmo.
  • Ibn Hassan-al  14/02/2016 16:50
    A questão aqui é a escolha, o artigo sugere que no capitalismo todos têm condições de escolher onde trabalhar, isso não é verdade.
  • Hussein  14/02/2016 20:08
    Sim, no capitalismo livre e desimpedido, todos têm condições de escolher onde e como trabalhar. Se você quiser ser um pipoqueiro, você é livre para tal. Se você quiser abrir uma loja de tecidos, você é livre para tal. Se você quiser ser um reles empregado, você é livre para tal.

    Já no capitalismo de estado, regulamentado e amarrado por burocracias e obstruído por uma alta carga tributária, você não tem essa opção.

    Aponte o dedo para o real culpado pela distorção.
  • Ibn Hassan-al  14/02/2016 20:41
    Sr. Hussein

    1- Há uma grande diferença entre liberdade de direito e de fato. Deve, inclusive, haver alguns artigos aqui sobre isso.
    Um jovem trabalhador tem o direito constitucional de abrir um banco, mas não tem a menor chance de fazer isso.
    2- Um jovem trabalhador que tem o ensino médio na rede Estadual e não tem condições de bancar uma boa faculdade, as vezes nem mesmo tempo, pega o primeiro emprego, depois de alguns trabalhos que pegou sem escolher, aquela é a sua experiência e definirá o seu futuro. De fato, não interessa muito se o jovem tem direito em um papel, se não dispõe de condições reais de escolha.
    3- Sim, há exceções. Mas a pesquisa científica deve se manter dentro de uma margem de maior probabilidade (vide o teorema da curva de sino e outras formas de pesquisa estatísticas, teorema T, Z, etc.)
    4- O Capitalismo livre de desimpedido nunca existiu, não existe e nem existirá. E uma Utopia, tanto quanto o Comunismo.
    PS.: Não sou contra Utopias, desde que ela não distorça os fatos e nos faça mentir para nós mesmos. Ela deve servir como um guia abstrato que cede, sempre que necessário, ao dado concreto e histórico.
  • Hussein  14/02/2016 21:10
    "Um jovem trabalhador tem o direito constitucional de abrir um banco, mas não tem a menor chance de fazer isso."

    Uma coisa é "não ter a menor chance" porque não tem capital. Outra coisa, completamente distinta, é "não ter a menor chance" porque o governo não deixa.

    Você não poder ser um banqueiro porque não tem capital é algo totalmente condizente com a liberdade (o fato de eu não poder ter um jatinho por falta de dinheiro não me priva em nada em termos de liberdade). Já você não poder empreender porque o estado não deixa é algo totalmente contrário à liberdade.

    "Um jovem trabalhador que tem o ensino médio na rede Estadual e não tem condições de bancar uma boa faculdade, as vezes nem mesmo tempo, pega o primeiro emprego, depois de alguns trabalhos que pegou sem escolher, aquela é a sua experiência e definirá o seu futuro."

    E, muitas vezes, essa experiência prática lhe é muito mais útil do que todo o lixo que ele eventualmente aprenderia na faculdade. Cite três empresários de sucesso no Brasil que enriqueceram trabalhando exatamente naquilo em que se formaram.

    Aliás, nos EUA, as pessoas bem-sucedidas financeiramente nem sequer têm curso superior.

    O brasileiro tem essa tara incompreensível com faculdade, vendo nela o elixir para tudo. É impressionante.

    "De fato, não interessa muito se o jovem tem direito em um papel, se não dispõe de condições reais de escolha."

    Quem o priva?

    "Sim, há exceções. Mas a pesquisa científica deve se manter dentro de uma margem de maior probabilidade"

    Nem ideia do que você está falando.

    "O Capitalismo livre de desimpedido nunca existiu, não existe e nem existirá. E uma Utopia, tanto quanto o Comunismo."

    Correto. E justamente por isso você não pode culpar algo que não existe pelas falhas de um modelo deturpado.
  • Ibn Hassan-al  14/02/2016 23:13
    HUSSEIN

    Rapaz, não ter dinheiro, tempo, etc... é não dispor de condições materiais de fazê-lo. Se não há condições materiais, um papel dizendo que se você tivesse poderia fazer tal coisa não tem relevância real.
    Mas, a questão é mais profunda, trabalhar em subempregos é questão de vida ou morte, não é escolha. Ninguém escolhe morrer de fome. O conceito de LIberdade é tradicionalmente dividido em duas acepções diferentes.. a formal e a material. A formal é estabelecer uma liberdade abstrata por força da lei moral, a material é atentar para as condições reais.
    Em um contrato de trabalho na forma de adesão, todo conteúdo contratual é estabelecido pelo contratante que, além disso, dispõe de condições de acesso ao judiciário e financeira muito maior do que o trabalhador contratado. No contrato, o contratante tem a liberdade de estipulação, o trabalhador contratado tem a escolha de assinar ou não. A acepção materialista da liberdade ainda introduz na questão o impacto na vida de cada envolvido. De um lado, do contratado, não assinar pode significar fome, despejo, etc. Na vida do contratante, nada, levando em consideração que o contrato de trabalho é individual. Se o contratado assina para assegurar sua subsistência, tal decisão não partiu da vontade e, portanto, não foi uma ação livre. Enquanto a subsistência não estiver garantida por algum tempo, não há liberdade de fato, pois uma ação livre parte da vontade, não da necessidade.
    Você assume a teoria formal da liberdade... O debate é interessante.

    Sobre a educação e o sucesso, relembro o meu último comentário
    "Educação não tem a função de dar oportunidades para o aluno ser bem sucedido, a LDB atribui como finalidade da educação a formação cidadã e para o mercado de trabalho. Formar trabalhadores cidadãos. O conceito de cidadania é relativo a pertencimento, formar um cidadão é situá-lo e demonstrar os vínculos concretos e abstratos que constituem sua vida".
    Além disso, a ocupação de um empresário é administrativa, somente aquele que fez administração está ocupado naquilo que estudou.

    Sobre a parte que você não entendeu, realmente ficou meio obscura... foi mal

    Estava antecipando uma possível contra-argumentação sua. "mas tem gente que nasce pobre e fica rico, portanto, todos tem oportunidades" Do ponto de vista lógico isso é uma falácia se levarmos em consideração o caráter necessariamente estatísticos de pesquisas em humanidades. Em outras palavras, o fato de que alguém que nasceu sem oportunidades ficou rico, não significa que há oportunidades para todos, essa inferência deve ser eliminada pelo dispositivo de pesquisa estatística.
    Recomendo
    Gillies - qualquer coisa sobre probabilidade (tem um texto interessante em Filosofia e Problemas) Probabilidade
    Richard von Mises - Teoria da Probabilidade (não tenho certeza sobre o nome do livro... vendi) Probabilidade
    Popper Logica da Pesquisa cientifica Epistemologia, filosofia da ciencia
    POpper - Sociedade Aberta e seus Inimigos - Politica, Liberalismo
    Rousseau - O Contrato Social Politica, conceitos morais, liberdade.
    Hayek - Da Servidão Voluntária Liberdade formal
    Hegel - Filosofia do Direito Liberdade Material
    Marx - Crítica a filosofia do direito de Hegel - Liberdade Material
  • Secretário do Auxiliar  15/02/2016 02:32
    O sujeito vem aqui "recomendar" um livro q ele nem sabe o nome, e vem recomendar "Rousseau" e "Marx"... E num outro artigo já havia recomendado uma obra de "teoria crítica marxista" usada como doutrinação no MEC...

    Cidadão, por favor, situe-se, meu caro. Alô, alô, câmbio, positivo, operante? Voltou a si? Lembrou-se o site em que vc está postando comentários?

    Então por favor pare de subestimar a inteligência e o estofo intelectual dos seus interlocutores por aqui.

    Por favor, meu caro.
  • Ibn Hassan-al  15/02/2016 08:45
    Secretario de Auxiliar

    Se vc lê somente o que lhe convém, vc é um dogmático.
    Vc lembra o nome de todos os livros que vc leu? Ou vc tem uma boníssima memória, ou leu poucos. Eu li esse livro durante o meu mestrado há muito tempo e não lembro do nome mesmo, busque pelo autor...
    Marx leu Smith e Ricardo para refutá-los, Marshall, Hayek e Popper leram Marx para refutá-lo, tome-os como exemplo.
    Descartes estudou os escolásticos e foi desse estudo que conseguiu compreendê-los e fundar sua Filosofia oposta a deles.
    Estudar esses temas não é como estudar a Bíblia, onde você busca certezas dogmáticas e foge de heresias para não ir para o inferno.
    Agora, se você é alguém que somente lê blogs na internet para conhecer autores e pensamentos, realmente não é para você essas recomendações.

    PS. Esse site, o mises.org, tem uma biblioteca e links para baixar livros, experimente baixá-los para ler. Experimente também sites de opositores como o marxism.org. Senão, fique nos blogs e não venha se intrometer em discussão de leitores de verdade
  • Secretário do Auxiliar   15/02/2016 12:09
    "Eu li esse livro durante o meu mestrado há muito tempo e não lembro do nome mesmo, busque pelo autor"

    Se você "não lembra" o nome, não queira "recomendar" meu caro. Simples assim. Isso aqui não é lugar para conversa de boteco.


    "se você é alguém que somente lê blogs na internet para conhecer autores e pensamentos, realmente não é para você essas recomendações"

    Meu caro, você não me conhece, então não faça ilações descabidas. Simplesmente não faz sentido algum vir aqui "recomendar" a esmo obras de Marx, Rousseau, Hegel, etc. Ademais, seus "argumentos" são extremamente pobres; então, antes de querer arrotar vantagem como "leitor de verdade", preocupe-se em estabelecer um diálogo com um mínimo de inteligibilidade, na forma e no conteúdo.

    Você não está numa sala de aula do ensino médio, cidadão. Por isso, eu repito: situe-se, e não subestime as pessoas aqui.


    PS: o fato de um sujeito como você - que escreve mal e argumenta pior ainda - ter feito mestrado corrobora, mais uma vez, a miséria educacional desse país.


  • Ibn Hassan-al  15/02/2016 08:49
    Sobre o livro Nova História Crítica, tem uma ampla bibliografia de referências que vale a pena ser visitada. É assim que deve proceder para achar os livros, pegue um manual e leia a bibliografia, busque livros em bibliografia de outros livros.
  • anônimo  15/02/2016 12:12
    Vem querer ensinar as pessoas aqui a pesquisar livros em bibliografias??
  • Jarzembowski  15/02/2016 10:59
    "Em outras palavras, o fato de que alguém que nasceu sem oportunidades ficou rico, não significa que há oportunidades para todos, essa inferência deve ser eliminada pelo dispositivo de pesquisa estatística."
    Ok, SO WHAT?
    Quem disse que existe, existiu ou existirá esse mundo dos ursinhos carinhosos com "oportunidades para todos"? Você não percebe que essa expressão é a coisa mais vazia e etérea do mundo? Oportunidades para fazer o que? Para chegar em qual objetivo? Viver com dignidade? Ter o suficiente pra se alimentar, pra ter algum conforto? Pouca gente carece de oportunidade para isso nos países capitalistas mais desenvolvidos.
    Desenvolva, pare de se esconder por trás de termos propositadamente vagos - o que são essas "oportunidades para todos"? Quais os parâmetros objetivos para definir que alguém "não tem oportunidade"? Já adicionou na sua equação o desejo pessoal que muitos indivíduos têm de simplesmente viver de forma desleixada e imprudente, o que certamente resultará em uma vida desestruturada e pouco próspera? Como você vai delinear a sutil diferença entre não ter oportunidades e não ter características pessoais para transformá-las em prosperidade?


    "Enquanto a subsistência não estiver garantida por algum tempo, não há liberdade de fato, pois uma ação livre parte da vontade, não da necessidade."

    Tem um artigo inteiro aqui que reduz abaixo de merda essa sua observação patética:

    O homem esfomeado realmente precisa de comida — isto é, se ele não ingerir comida suficiente para sustentar seu próprio corpo, irá morrer rapidamente. Essa é a natureza do seu corpo — nenhuma outra pessoa impõe essa necessidade sobre ele. O homem esfomeado nunca estará livre da natureza do seu próprio corpo, mesmo vivendo sob o assistencialismo estatal. Essa é uma questão metafísica, e não uma de filosofia política. Mas o esfomeado deveria sempre estar livre da coerção de outros homens. Ele deveria ser livre para obter comida através de trocas voluntárias com outras pessoas. Se ele for incapaz de oferecer qualquer coisa de valor em troca, então ele deveria ser livre para confiar na caridade voluntária. Mas não se deve permitir que ele roube ou escravize outros homens para poder satisfazer suas necessidades. Da mesma forma que não se deve permitir que outros roubem e escravizem para benefício do esfomeado. Todos têm o direito de estar livre de agressões.

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=99

    O esfomeado não é livre porque é obrigado a trabalhar para não morrer de fome - e o sujeito que é obrigado a pagar os impostos que custeariam o welfare state para garantir a subsistência do cidadão que você citou? Essa pessoa é livre? Sua sugestão é substituir uma imposição que faz parte da natureza biológica do indivíduo humano por um decreto tirânico e arbitrário de que todos devem ter suas necessidades magicamente atendidas, sem pensar por um segundo se isso impõe obrigações positivas a outras pessoas e ainda quer falar em liberdade?
    Essa é a doença de todo comunista: desprezo pela natureza humana e um delírio messiânico de poder modificá-la.

  • Ibn Hassan-al  15/02/2016 13:17
    Jarzembowski

    Como disse, são duas formas de interpretação da Liberdade, a formal e a material.
    Sem as ofensas, suas observações são relevantes.
    O dever chama, mais tarde respondo.
  • Max Rockatansky  15/02/2016 16:20
    "são duas formas de interpretação da Liberdade, a formal e a material"


    Isso, "duas formas": uma que propugna pela não-agressão (ou seja, não-agressão contra terceiros inocentes); e a outra (mediante esse oximoro de "liberdade enquanto igualdade material") que faz APOLOGIA DA VIOLÊNCIA.

    Meu caro, você não leu o artigo? Esse oximoro de "liberdade enquanto igualdade material" é o que serve de racionalização (maléfica) à VIOLÊNCIA/AGRESSÃO ESTATAL de pessoas inocentes. Não existe intento de "igualização material" que não implique - e que não tenha implicado ao longo da história - imposição estatal de espoliação e expropriação do patrimônio de uns em favor de outros.
  • Ibn Hassan-al  18/02/2016 00:41
    JARZEMBOWSKY

    Como disse, no comentário anterior, seu segundo argumento é forte contra a ideia de Liberdade Material, ele está presente no Servidão Voluntária do Hayek.

    Na primeira parte de seu comentário, a respeito de Oportunidades para Todos, você está redondamente enganado.
    O pensamento LIberal não é contra a ideia de Oportunidades para Todos, pelo contrário, uma das bases de sua defesa do LIvre Mercado é que segundo o liberalismo o Mercado é a única forma de garantir Oportunidades para Todos sem tolher a LIberdade dos indivíduos, esse desenvolvimento está presente em Popper, SOCIEDADE ABERTA E SEUS INIMIGOS, e no próprio Servidão Voluntária de Hayek.
    Você pode ter confundido com a ideia de Rousseau de Igualdade de Oportunidades, coisa bem diversa - se você tivesse lido Rousseau saberia a diferença.
    Ora, se em uma forma de organizar a sociedade não houver oportunidades, mesmo desiguais, para todos, então toda Rebelião dos alijados de oportunidades está justificada. No pensamento liberal o mercado é um meio de oportunidade, desigual, para todos.

    Sobre o forte argumento de Hayek.
    Sim, há a natureza material do homem, portanto o homem nunca é completamente livre. Sim, essa natureza não é imposta por ninguém.
    Para nos livrarmos desses maus lençóis, precisamos (quem defende a LIberdade Material) voltar a definição de LIberdade. Popper, o liberal, define liberdade como livre associação, Hayek vai por caminho próximo. Bem, essa definição é claramente viciosa, e ambos bem sabem. Como evitar uma definição viciosa?
    Podemos definir Liberdade como uma convergência entre Vontade e Possibilidade de Ação (vejam bem, possibilidade de ação, não sucesso). Aqui está a resposta.
    Vontade só pode ser definida como diversa de Necessidade. Na verdade, a satisfação da Necessidade é anterior a Vontade, logo, toda ação que é motivada pela Necessidade, não é livre.
    Por exemplo. temos vontade de comer bananas e de não comer rabanetes. Ambos, bananas e rabanetes estão dentro da possibilidade de ação. Se escolho bananas, essa é uma ação livre. Como testar isso? Pelo critério da Ética a NIcomaco de Aristóteles. Se, na mesma situação (de opções e gosto), eu não tivesse escolhido isso, qual seria o resultado? A Satisfação de minha Necessidade ainda estaria garantida. Agora, se necessito e disponho de uma só opção, meu gosto e minha Vontade de satisfazê-lo não importaria, comeria o que tivesse, o rabanete. Essa não seria uma opção livre, pois a manutenção das necessidades Físicas são preponderantes. Somos animais.
    Vamos para o exemplo que eu dei, do contrato de emprego.
    Um contrato de trabalho assinado pelo contratante, Empresário X, e pelo contratado, Funcionário Y, é uma ação realizada por duas pessoas. É uma ação bilateral, que envolve somente os dois, X e Y. Qual seria, portanto, a consequência para ele caso o Empresário X não assinasse? Nenhuma. Ele pode escolher Z, K ou qualquer outro. Logo, qual o risco que ele corre? Nenhum. Nesse caso, a ação é motivada pela VOntade, ele olhou Y, K e Z e escolheu Y, não havia necessidade. Agora, se o Funcionário Y não assina, qual é a consequência para ele? Bem, ele pode ficar sem emprego, ser despejado, colocar a Satisfação de suas necessidades em risco, logo, a motivação de sua ação não é na vontade, mas na necessidade, não é uma ação livre.

    Como conclusão, temos que somente a compreensão material de liberdade dá conta desse aspecto que o Sr. mencionou, as necessidades físicas do homem. A formal não leva em consideração a limitação da VOntade pela necessidade.

    PS. Não somos inimigos, somos adversários, menos tentativas de ofensas da próxima vez.
  • Martín de Azpilcueta  18/02/2016 12:41
    Colocar Popper e Hayek no mesmo balaio é um erro:

    "A doutrina positivista-empiricista [incluindo a popperiana] estimula o relativismo social: ela renega qualquer verdade apriorística inerente à realidade social da ação humana, aderindo à visão de que "vale tudo". Como tal, o relativismo social cai como uma luva para os inimigos de uma ordem social livre: via de regra, não há nada que poderia impedir recomendações da doutrina positivista-empiricista que defendam a violação dos direitos de propriedade dos indivíduos.

    Em 1945, Friedrich August von Hayek (1899-1992) formulou as consequências de uma filosofia social que ignora princípios:

    'A aversão aos princípios gerais, e a preferência por procedimentos pontuais e graduais, é o produto do movimento que, com a ideia da "inevitabilidade da progressão gradual", nos distancia de uma ordem social baseada no reconhecimento de certos princípios e nos leva de volta a um sistema cuja ordem é criada por ordens diretas.' (Individualism: True and False," Individualism and Economic Order, University of Chicago, p. 1)." (www.mises.org.br/Article.aspx?id=644)



    E falar que Hayek defendeu "igualdade de oportunidades" é outro erro. Vc não leu o artigo supra? Está ali:

    "Até porque, mesmo que todas as escolas oferecessem uma 'educação de qualidade', isso não resolveria o problema da diferença de oportunidades. Uma criança que, além de frequentar uma boa escola, ainda tivesse pais responsáveis, se sairia melhor que uma que não tem tanto apoio familiar. O próximo passo para os defensores das 'oportunidades iguais' seria, então, mandar todas as crianças para colégios internos, mesmo sem consentimento dos pais, pois assim todos os alunos viveriam exatamente no mesmo ambiente. Mas é claro que sempre haveria um novo problema que tornaria as oportunidades desiguais. Daí, mais intervenção estatal na vida do cidadão.

    Hayek já explicou que cada indivíduo tem uma coleção única de conhecimentos e experiências, de modo que igualdade de oportunidade se torna uma ilusão. A esquerda não descansaria até que houvesse igualdade de resultados. Ou seja, socialismo."
  • Ibn Hassan-al  18/02/2016 22:27
    Popper e Hayek tem opiniões contrárias a respeito de Epistemologia, mas a respeito da Liberdade não. Ambos eram muito próximos politicamente, apesar da desconfiança de Popper a respeito do subjetivismo da Escola Austríaca.
    Do ponto de vista moral, Popper e Hayek pensam a LIberdade como conceito formal e anterior ao conceito de Igualdade. Também se utilizam de definições viciosas, como Livre Associação, para definir liberdade, ancorados na anterioridade, no caso de Hayek, Epistêmica, no caso de POpper, MOral, da LIberdade.
    SOCIEDADE ABERTA E SEUS INIMIGOS - Capítulo 24

    Não escrevi que Hayek pretende igualdade de oportunidades, mas que o Mercado proporciona oportunidades, desiguais, para todos. Cito meu comentário anterior

    "No pensamento liberal o mercado é um meio de oportunidades, desiguais, para todos".
  • Jarzembowski  15/02/2016 11:30
    Sob essa perspectiva ninguém é livre - nem o Warren Buffett, o Bill Gates, nem a família Walton.
    Se eles não administrarem seu patrimônio da forma correta, se gastarem tudo em cocaína e prostitutas, vão ficar sem recursos para se alimentar também. Essa ausência absoluta de obrigações para garantir a subsistência, a ideia de um decreto perpétuo de provisão de necessidades básicas é uma insanidade que só poderia vir de alguém com profunda desordem intelectual e moral - é um atentado contra a estrutura da realidade.
  • Ibn Hassan-al  18/02/2016 07:53
    Atenção a ação que mencionei... a relação de trabalho.
    Você tem razão sobre o exemplo que mencionou: se Bill Gates começar a queimar sua fortuna, um dia poderá ter suas necessidades em risco. Mas eu estou falando da relação contratual de trabalho. Um lado da relação é livre, o outro não é livre. O empresário contratante não necessita daquele contrato, o funcionário necessita. A relação do empresário com o contrato é de autonomia, liberdade. A relação do funcionário é de submissão ao contrato, pois a motivação para assiná-lo é do reino da necessidade, não da vontade. Portanto, não é uma ação livre.
  • George  18/02/2016 11:09
    "O empresário contratante não necessita daquele contrato, o funcionário necessita."

    Você está coberto de razão.

    E é por isso que este site recorrentemente explica que o trabalhador não é nada sem o capitalista; já o capitalista vive muito bem sem o trabalhador.

    Sem os bens de capital do capitalista, o trabalhador não é nada. Já com seus próprios bens de capital, o capitalista pode ao menos se virar.

    Igualmente, o salário do trabalhador decorre de uma redução do lucro do capitalista. É do lucro do capitalista que é deduzido o salário do trabalhador (ao contrário do que dizem os desinformados, que acreditam que o lucro do capitalista é deduzido do salário do trabalhador).

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=714

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1368

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1856
  • Max Rockatansky  18/02/2016 11:50
    "A relação do funcionário é de submissão ao contrato, pois a motivação para assiná-lo é do reino da necessidade, não da vontade"

    Se vc acha que o "funcionário" "não é livre" por esse motivo, vc também acha que todos aqueles que supostamente estão no "reino da necessidade" não são livres para assinarem contratos;

    logo, você também acha que precisa existir uma entidade para dizer quem está nesse suposto "reino da necessidade", e isso é tão vago e sem critério que essa entidade pode fazer isso de forma arbitrária (e assim efetivamente o faz);

    logo, você também acha que essa mesma entidade - o estado - precisa "corrigir" essa "disparidade" entre "vontade livre" de uns vs. "necessidade" de outros.

    Logo, vc também acha que essa "correção", obviamente, deve ser feita à força, e essa "correção" só pode ser feita mediante redistribuição forçada do patrimônio de uns em favor de outros.

    Logo, vc defende que o estado detenha carta branca para, a pretexto de "corrigir" uma suposta disparidade entre quem está no "reino da vontade" e quem está no "reino da necessidade", usar de violência e coerção para expropriar/espoliar/confiscar o patrimônio de terceiros inocentes para entregar esse patrimônio para aqueles arbitrariamente escolhidos como sendo as pessoas que estariam "no reino da necessidade", pq vc acha que assim é que se confere "liberdade material" aos "necessitados".

    Logo, você defende a institucionalização da redistribuição de propriedade mediante violência e coerção.

    Logo, você defende o socialismo, e socialismo é, inescapavelmente, uma apologia da violência.
  • Ibn Hassan-al  18/02/2016 22:09
    Max

    Partilho de sua desconfiança a respeito do Estado, mas de minha opinião não se segue suas deduções.
    Ações motivadas por necessidade existem, e não são vagas, porém, em minha opinião, há um grande risco quando o Estado quer definir e, pior, ganha poder quando traça linhas arbitrárias. Vide Estado Novo.
    A situação é delicada, de um lado, o mercado não oferece liberdades reais, de outro, o Estado sempre pode tolher a pouca liberdade que existe.
  • Jarzembowski  18/02/2016 12:21
    "Se Bill Gates começar a queimar sua fortuna, um dia poderá ter suas necessidades em risco."

    Então o seu argumento acaba de se esfarelar - a diferença é apenas de grau, e não de gênero. Não existe liberdade perpétua de escolhas com a garantia de que a subsistência não será afetada em hipótese alguma - nem para o assalariado, nem para o bilionário. A única coisa que muda é a extensão dos meios de ação possíveis - o assalariado também tem escolhas - pode viver de trabalho informal, pode viver de caridade, pode poupar uma parte de seus ganhos e investir em um empreendimento, pode se juntar à ordem dos monges Cartuxos e viver em clausura e voto de pobreza, entre outras centenas de opções. Se o que separa os dois casos é apenas a quantidade de opções, não é possível fazer uma distinção de gênero entre as duas situações nem muito menos definir liberdade como algo objetivo baseado na extensão de opções que restam ao indivíduo considerando a imposição natural da subsistência. Você tem problemas graves com o escrutínio lógico dos próprios argumentos - basta imaginar que, se a liberdade pudesse ser definida objetivamente pela quantidade de opções disponíveis ao indivíduo, jamais haveria uma quantidade final e, consequentemente, ninguém poderia ser considerado livre e o próprio conceito de liberdade sucumbiria na mais absoluta e vazia subjetividade, pois sempre haveria uma infinidade de opções que não estariam à disposição daquele individuo específico, seja ele vendedor de pipoca ou CEO.
    É por isso que o seu conceito de liberdade como diferença numérica de possibilidades de ação não existe em nenhum lugar além da sua cabecinha oca, além de gerar uma miríade de contradições ao justificar agressões à inocentes para poder aumentar artificialmente a quantidade de possibilidade de ação daqueles que você arbitrariamente elegeu como merecedores. É uma noção tola e infantil de liberdade se comparada à liberdade como "direito de não ser agredido" que defendemos aqui.


  • Ibn Hassan-al  18/02/2016 22:20
    JARZEMBOWSKI

    Posso não ter sido claro.
    1- Ninguém é absolutamente livre, nem a mais abastada das criaturas.
    2- Meu critério não é a quantidade de escolhas disponíveis, mas a motivação da ação pretensamente livre, se for baseada na VOntade, tal ação é livre, se for baseada na Necessidade, tal ação não é livre.
    2.1- Posso ter sido confuso quando citei o teste do "se o agente agisse diferente". Vou mudar o exemplo.
    Se Funcionário Y for o único disponível imediatamente para o setor e o empresário X não o escolhesse, mesmo assim, essa ação seria livre, pois essa ação não colocaria suas necessidades em risco.
    Agora, se o Funcionário Y, que também tem duas opções (sim e não), declinasse do contrato, a satisfação de suas necessidades estaria em risco. Logo, a ação de aceitar é motivada pela necessidade, tal ação não é livre.
  • anônimo  19/02/2016 02:03
    2- Meu critério não é a quantidade de escolhas disponíveis, mas a motivação da ação pretensamente livre, se for baseada na VOntade, tal ação é livre, se for baseada na Necessidade, tal ação não é livre.

    E eu mostrei claramente que você está errado, e que você é incapaz de fazer um escrutínio lógico dos seus argumentos - por isso você ignorou a parte em que eu mostrei que trabalho assalariadoÉ SIM uma escolha entre outras possíveis. Se existe escolha, existe manifestação de vontade, não tem como ser mais claro que isso.
    Você não entendeu porque é burro mesmo - e por isso não sou cordial com você, porque você é burro e prepotente, e isso eu não tolero. Eu desenhei claramente o erro fatal no seu argumento: TODA ação humana é baseada na necessidade, o que muda é apenas a natureza da necessidade; mas você arbitrariamente decidiu que as necessidades fisiológicas são as únicas que, quando motivadoras transforam uma ação em "não-livre", como se o ser humano não tivesse uma inclinação natural para a busca de diversas outras formas de satisfação, cujo grau de importância varia imensamente de um indivíduo para o outro.
    Ora, vontade é a coisa mais subjetiva do mundo. Como você pode tratar como fator na definição objetiva de liberdade uma questão de foro íntimo e intransferível? Não existe essa linha clara entre vontade e necessidade como um dado objetivo da natureza - vontade e necessidade são sempre subjetivas. Existem monges que fazem voto de pobreza e vivem no limiar da subsistência, enquanto os padrões internacionais de condição de pobreza diriam que as necessidades básicas de um ser humano estão muito acima do que é perfeitamente suficiente para estes monges - por favor PARE COM ESSA VIGARICE. Você está tratando um dado subjetivo como se fosse objetivo - o que não chega a ser tão surpreendente assim, como todo comunista você trata ser humano como gado, cobaias do seu laboratório progressista.
    O pior de tudo é que você não tem coragem pra dizer ONDE você quer chegar com isso - por isso ignorou também todos os comentários que expuseram a consequência inescapável do que você defende: um totalitarismo brutal e arbitrário para corrigir imposições da natureza biológica do ser humano. Sim, porque como eu já disse antes e você também ignorou, é humanamente impossível distinguir diferenças de condições iniciais e resultados. Ninguém jamais poderá identificar entre as causas do fracasso ou sucesso de um indivíduo, o peso das condições iniciais e o peso do mérito pessoal. Isso significa que, para eliminar as supostas distorções que você aponta, seria preciso garantir que não houvesse diferenças de resultados que pudessem ser retroativamente classificadas como "desigualdade de oportunidades".
    Como eu vou respeitar um protótipo de comunista como você?
  • Ibn Hassan-al  19/02/2016 14:47
    Anônimo

    Estou falando de necessidades de para se manter vivo.
    Necessidade de contratar um funcionário para ampliação de uma rede, por exemplo, não é necessidade de se manter vivo.
    A Vontade é realmente subjetiva, a necessidade não. É necessário comer, abrigar-se, evitar doenças por falta de saneamento básico. Agora, qualquer coisa além disso, mesmo que seja chamada de necessidade, é vontade.
    O que determina objetivamente as necessidades são as condições biológicas.
    A escolha é um dos critério da ação Livre, mas qualquer ação, mesmo que haja várias opções, mas cuja motivação esteja baseada na Necessidade de se manter vivo, não é livre. Liberdade e Vontade são indissociáveis. A Vontade é o berço da ação livre.
    Agora, se a Necessidade não se refere apenas as necessidades fisiológicas, qual é a diferença entre Vontade e Necessidade?
    Se não há diferença, Necessito de tudo que tenho Vontade? Tenho Vontade de tudo que Necessito?
    Sobre as pretensas consequências. O Estado não deve ter o poder para decidir burocraticamente quem é e não é necessitado.
    A situação é tal que o Mercado não oferece Liberdade Real para os trabalhadores e o Estado sempre pode tolher a pouca liberdade que existe, como ocorreu no Estado Novo.

    Mas estou falando com um religioso que se diz Liberal e eu não discuto religião.
  • Torben  19/02/2016 15:18
    "como ocorreu no Estado Novo"????


    Como ocorre HOJE, cidadão, aqui e agora.
  • Torben  19/02/2016 15:41
    Sim, ocorreu no Estado Novo, mas pq esse exemplo? Sempre tivemos cultura estatista, e temos um Leviatã hoje, diariamente
  • Torben  19/02/2016 15:23
    Esse é nova: o cidadão insiste em dizer um monte de besteiras, continua repetindo as besteiras, e, ao ser refutado, chama o interlocutor de "fanático/religioso/dogmático".

    Dogmático é você, cidadão, que fica repetindo como um papagaio a mesma idiotice trocentas vezes, recheando seus comentários com um "prefácio" ad hoc de que "estou me referindo a (...)" e passa a dizer a mesma coisa sem querer assumir que seu "argumento" de "falta de liberdade no mercado" só pode levar ao intervencionismo redistributivo.
  • Jarzembowski  19/02/2016 10:27
    "Agora, se o Funcionário Y, que também tem duas opções (sim e não), declinasse do contrato, a satisfação de suas necessidades estaria em risco. Logo, a ação de aceitar é motivada pela necessidade, tal ação não é livre."

    Entendi. No mundo onde os seus argumentos funcionam só existe UMA empresa e UM meio de subsistência possível. Então basta que seja demonstrada a existência de UMA UNICA opção a mais e toda a sua argumentação cai por terra, certo?
    Bom, eu demonstrei várias e você fez de conta que não viu. A diferença, como eu apontei, é de grau, e não de gênero - você diz que o empregador é livre porque ele dispõe de mais opções do que o empregado(mesmo isso NÃO SENDO UM DADO OBJETIVO - você não pode afirmar que todas as relações trabalhistas são assim, nem todo empregador pode agir com essa displicência que você cita).
    Não adianta nem perder seu tempo repetindo que você está falando de "necessidade x vontade" - o seu exemplo deixa bem claro que na prática o que você considera ação livre é simplesmente a condição daquele que tem mais opções à disposição. Isso não significa JAMAIS que dentro dessa quantidade maior de opções a escolha não foi feita também por necessidade(necessidade de uma mão de obra específica, necessidade de repor rapidamente um cargo que ficou vago, etc).
    Ao tomar uma decisão displicente, qualquer empregador pode ameaçar seu negócio e a provisão de suas necessidades EXATAMENTE como o empregado - a única diferença é a quantos passos o empregador está de arruinar a sí mesmo tomando determinadas decisões - como eu já disse mil vezes, diferença de grau, e não de gênero - é vergonhoso alguém achar que isso pode ser usado para definir o que é ou não liberdade.
    Além do mais, é um salto lógico inaceitável dizer que, o fato das necessidades biológicas
    serem inescapáveis -- nem isso você pode afirmar, escolher a inanição até a morte é uma opção livre também, muitos ativistas já fizeram -- significa que QUALQUER ação derivada dessa necessidade não seja livre. Essas ações são livres dentro do espectro do real e das limitações do ser humano. Todas as nossas ações possuem fatores limitadores, das mais diversas naturezas - segundo essa sua lógica capenga, nenhuma ação humana é livre.
  • Max Rockatansky  19/02/2016 11:59
    Isso aí, Jarzembowski. Muito bem observado.
  • Ibn Hassan-al  18/02/2016 22:40
    JARZEMBOWSKI, considere essa minha resposta como a última.
    Apesar da minha cordialidade com vc, vc me ataca pessoalmente. A única explicação possível é que estou criticando mais do que uma teoria pra vc, mas uma razão de ser, uma... religião. O mais irônico é que se trata do liberalismo que, segundo alguns fundadores e influentes predecessores (HUME, LOCKE, KANT), é baseado na fuga do dogmatismo, uma corrente de pensamento que é descendente do Humanismo secular e auto crítico. Você pode ter um discurso Liberal, mas seu comportamento está muito religioso para vc ser, de fato, um Liberal.
  • anônimo  15/02/2016 12:38
    Ibn você diz " não assinar pode significar fome, despejo, etc. "

    Então você reclame com a natureza, ela que traz fome e frio ao ser humano.

    E depois você agradece aos empresários, que dá meios para o povo não morrer de fome e ainda fornece bens materiais em massas para atender as milhares de necessidades do ser humano

    Sem ser exagerado, a natureza limita nossa liberdade, o capitalismo expande esse limite e o governo contrai.
  • nwa  15/02/2016 13:07
    Alguém por favor responda: esse Ibn Hassan-al é o "Típico Filósofo", o "Sociólogo da USP" ou o "Economista da Unicamp"?

    Só pode ser ironia...
  • Reinaldo  13/02/2016 16:41
    Gostei dos teus argumentos.
  • Gian  13/02/2016 20:25


    Um esquerdista foi detectado...

    Vai escreve essas bobagens la no vermelho.org

  • André  14/02/2016 22:30
    vai amigão, insulte ele e mate o debate. idiota.
  • Taxidermista  15/02/2016 11:57
    "Também há um grande engano epistemológico, o apriorismo é uma forma de justificação de tal modo obsoleta que não mais é defendida".

    Meu caro, o fato de vc não compartilhar do apriorismo não significa que ele seja uma "forma de justificação obsoleta, não mais defendida".

    Fale por você; não extrapole a sua opinião pessoal como sendo a opinião de todas as demais pessoas.

    Essa sua afirmação é simplesmente falsa.

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1042

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1508

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=644

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=230
  • Ibn Hassan-al  18/02/2016 07:57
    TAXIDERMISTA

    Você tem razão nisso.
  • Igualdade de oportinidades não existe e nunca existirá  18/02/2016 02:41
    Igualdade perante a lei, o resto é falácia

    Como somos naturalmente desiguais, como temos capacidades e oportunidades distintas, o que nos leva, inexoravelmente, a resultados diferentes, a única maneira de igualar tais oportunidades e tais resultados é, pensam eles, através da coerção, do uso da força, iniciativa produzida pelas leis estabelecidas pelos governos, que adquirem uma aparência de legitimidade ao se vestirem de uma legalidade formal.

    Mas, como justificar qualquer ação governamental coercitiva formulada para obter uma pretensa igualdade, se o próprio poder de coerção, se a própria capacidade do uso da força, entre quem detém tal poder, os agentes do governo, e aqueles que são objeto de tais ações, os indivíduos na sociedade, é desigual? Nenhuma lei pode modificar a natureza humana e nem os princípios da verdadeira justiça que deve ser baseada no mérito.

    Somos todos desiguais porque somos dotados de capacidades diferentes pela própria natureza. Experimentamos diferentes oportunidades porque vivenciamos circunstâncias particulares, aproveitando-as à nossa maneira.

    Resta-nos apenas uma possibilidade de sermos efetivamente iguais, e esta é criada pela política, ao estabelecer que cada um de nós tem o direito de ser tratado com igualdade perante a lei, que deve proteger nossos direitos individuais. Quando as leis tentam igualar capacidades, oportunidades e resultados, a igualdade perante a lei acaba sendo suprimida.

    Portanto, num sistema capitalista radical, onde a lei é igual para todos e visa defender igualmente os direitos à vida, à liberdade, à propriedade e à busca da felicidade, como aprouver a cada um, há a possibilidade de se obter um tipo de igualdade, justa e legítima, que é a igualdade perante a lei.

    Em qualquer outro sistema político, onde haja a tentativa de igualar oportunidades, capacidades e resultados, através do uso da força, da coerção, todas as possibilidades de se alcançar algum tipo de igualdade são absolutamente eliminadas, inclusive a igualdade perante a lei.

    Não podemos descartar, é claro, se olharmos a história, que todas as tentativas de igualar os homens no que se refere às suas capacidades, oportunidades e resultados, só obtiveram sucesso com o aniquilamento genocida da população.

    Afinal, somos iguais apenas depois da morte.

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=2054

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1843
  • Lenin  18/02/2016 02:47
    Uma característica do pensamento e do discurso político contemporâneos é o triunfo da conotação sobre a denotação. Corresponde a dizer que os sentimentos ou emoções provocados pelas palavras tornou-se mais importante, mesmo muito mais importante, do que qualquer significado pelo qual elas estejam vinculadas ao mundo fora de nossas mentes. Está acima de meu objetivo sugerir a razão pela qual isto pôde ser assim, mas penso que será prontamente admitido que, se isto é assim, é um desenvolvimento que não pode senão impedir o pensamento claro.
    Nesta palestra, o médico e escritor Theodore Dalrymple argumenta como o mito da igualdade de oportunidades não apenas é inalcançável como também indesejável para o desenvolvimento de uma sociedade livre e próspera, analisando os motivos pelos quais o desejo pelo igualitarismo é tão forte entre certas pessoas.


  • Andre  18/02/2016 12:39
    "Uma característica do pensamento e do discurso político contemporâneos é o triunfo da conotação sobre a denotação. Corresponde a dizer que os sentimentos ou emoções provocados pelas palavras tornou-se mais importante, mesmo muito mais importante, do que qualquer significado pelo qual elas estejam vinculadas ao mundo fora de nossas mentes.".

    É porque a maioria das pessoas é enganada facilmente por tais discursos.
    E em democracias é preciso convencer a maioria.

    Eu vejo idiotas por toda a parte, o tempo todo.
  • Batista  13/02/2016 15:23
  • Carlos Marcelo  13/02/2016 23:55
    Olá! Sinto-me muito honrado de ver meu artigo finalmente publicado pelo IMB. Parabéns ao responsável pelas edições. Como trocar o título para algo muito mais taxativo. E também aquele subtítulo no meio do texto. Além de todos os links, que devem ter dado um baita dispêndio de tempo. Valeu a pena. Espero contribuir mais em breve. Já tenho uns esboços sobre nazifascismo, protecionismo e desigualdade.
  • Clovis Lagarto  17/02/2016 03:23
    Parabéns pelo artigo. Excelente.
  • Daniel  14/02/2016 01:41
    Fico feliz de ver um autor novo no site com um excelente texto, mas gostaria que ponderasse ultizar o "professor" como referência.
  • Dam Herzog  14/02/2016 05:33
    Socialismo é dor, é sofrimento é morte. A máxima não é quem não trabalha não come, e sim quem não obedece não come e se brincar ainda morre. Igualdade não existe no em qualquer parte do mundo. Nem numa mesma ambiente familiar existe duas pessoas iguais. O ser humano já nasce individualista, único, e egoísta. O autor não citou o Camboja onde pessoas foram mortas, por usarem óculos ou serem professores ou por terem um diploma. Dor, sofrimento,fome e miséria física e mental são subprodutos do socialismo.Socialismo é incompatível com a vida e com a dignidade das pessoas. Esperamos não falhar em dar esta mensagem aos outros cidadãos brasileiros, para não cairmos nesta roubada.Desconfiem de quem se diz socialista. Combata os socialismos e todos os partido brasileiros pois são todos socialista. Parabéns pelo artigo.
  • mauricio barbosa  14/02/2016 14:53
    E é irritante ver os sites esquerdistas agourando o governo perdulário e militarista dos eua e o livre-mercado propagandeado pelos eua estivessem condenados ao fracasso,esses sacripantas não percebem que é o sujo(Eles esquerdistas)falando do mal-lavado(O perdulário do estado Yankee)e graças a Deus conheço o IMB que esclarece as coisas e coloca os pingos nos is pois se não estaria mais perdido do que cego em tiroteio nesta acusações infundadas ao mercado,ora,ora o estado yankee,chinês,russo ou seja lá qual for são farinhas do mesmo saco só sabem fazer guerra e "caridade com o chapéu alheio"e ficarem se acusando e "cada um puxando a sardinha para o seu lado"fazendo nós(Opinião pública) de otários e idiotas úteis enfim dá nojo estes sites e blogs esquerdistas propagadores da mentiras e falácias pró-estado proletário e anti-estado burguês pró-direita esses dois filhos gêmeos do estatismo,ideologia e instituições do atraso ...
  • João  14/02/2016 14:57
    Ótimo artigo.Aprendi no Mises tudo que não vi no curso de economia.Na UFSM sequer tocaram algum dia em Mises ou Hayek.Em compensação, vi muito Keynes e economia marxista.Recomendo aos iniciantes os seguintes livros:FASCISMO DE ESQUERDA,HISTORIA CONCISA DA REVOLUÇÃO RUSSA, A REVOLTA DE ATLAS e O CAMINHO DA SERVIDÃO.
  • Marco Danas  14/02/2016 22:10
    Excelente artigo. É lamentável o tempo que perdemos na Universidade estudando essas teorias socialistas absurdas e completamente refutáveis até mesmo por um aluno do nono ano.
  • anonimo  15/02/2016 01:17
    Solução: desvincular do preço do produto ou serviço toda a tributação. Isentar toda empresa do pagamento e recolhimento dos tributos. Somente o consumidor pagará os tributos. Libertar, despertar e orientar o povo sobre a estrutura de governo que é contra seus interesses: saúde, educação, política, economia, segurança, sociedade, habitação. acordar o povo.
  • Luciano A.  15/02/2016 15:27
    Achei um link melhor sobre os penteados permitidos na Coréia do Norte:

    opiniaoenoticia.com.br/internacional/veja-os-28-cortes-de-cabelo-permitidos-na-coreia-do-norte/
  • Douglas Oliveira   15/02/2016 16:49
    Engraçado, quando li esse texto achei atual.......para a década de 50.

    Tem um pessoal estacionado nas décadas do meio do século XX. Como se ideologias não pudessem se modificar, como se o próprio liberalismo não se modificou.

    A existência de partidos de esquerda é importante para a democracia. Se vc acha que no país possui muitos partidos de esquerda, é uma coisa. Mas, que deveria ser extintos, é outra.

    Pegue o texto, parece publicação de integralista, o texto é mofado. Chega a comparar caudilhismo latino-americano com socialismo nos moldes leninista-estalinista.

  • Edujatahy  18/02/2016 12:16
    Então nos ilumine, Caro Douglas, como o socialismo "moderno" NÃO FAZ apologia à violência.
    No aguardo dos argumenbto...
  • Austregesilo Flamarion  18/02/2016 12:30
    "Como se ideologias não pudessem se modificar, como se o próprio liberalismo não se modificou"

    Pois bem, desenvolva. O que se modificou? Quais os argumentos do artigo, exatamente, que se mostram "ultrapassados" para vc? Quais são os seus argumentos a respeito?


    "A existência de partidos de esquerda é importante para a democracia. Se vc acha que no país possui muitos partidos de esquerda, é uma coisa. Mas, que deveria ser extintos, é outra."

    Esse não é o ponto do artigo.


    "Pegue o texto, parece publicação de integralista, o texto é mofado. Chega a comparar caudilhismo latino-americano com socialismo nos moldes leninista-estalinista"

    "Integralista"? Pq? Desenvolva.

    E qual o problema, exatamente, na comparação entre o caudilhismo e o socialismo russian-style? Desenvolva. Quais são seus argumentos a respeito?
  • Dam Herzog  15/02/2016 21:51
    Socialismo é irrefutavelmente e inegavelmente o sistema onde impera a violência contra as pessoas. Só o mazoquismo ou a burrice podem ser a favor deste sistema. Nunca deu certo em local nenhum e por onde passos só deixou dor, angustia, sofrimento, violencia e morte.
  • Arthur Cardoso  18/02/2016 13:36
    Afirmação perfeita, Dam Herzog
  • francisco  18/02/2016 02:06
    O raciocínio é simples: imagine que você tenha uma casa, onde você mora com sua esposa/marido e filhos. É a casa onde você passou bons e maus momentos, deixou seu suor, riu, chorou. Aí aparece uma tal de "revolução socialista" e eles determinam, sem te consultar nem nada, que você e sua família DEVEM deixar esta casa e passar a viver em uma fazenda coletivizada, trabalhando de sol a sol com um monte de gente que você nunca viu na vida. Vai reagir passivamente? Claro que não! A casa é sua, é sua propriedade, terá derramamento de sangue e lutará com a última de suas forças para proteger você, sua casa e sua família. Mas age dessa maneira porque é reacionário, capitalista, egoísta? Agimos dessa maneira, protegendo nossa propriedade, da mesma maneira que o cão dá a vida pelo dono, da mesma maneira que o leão, o lobo ou qualquer animal age quando percebe que seu território foi invadido. E nenhum sistema, por mais bem intencionado que seja, irá nos retirar este "instinto animal"...
  • Pobre Paulista  18/02/2016 13:53
    "O empresário contratante não necessita daquele contrato, o funcionário necessita."

    Ué, então porquê o empresário contrata? Pelo prazer de jogar dinheiro fora?
  • Ibn Hassan-al  21/02/2016 10:44
    POBRE PAULISTA

    O Empresário, o indivíduo, não necessita do Funcionário, indivíduo, para manter suas necessidades básicas. O funcionário necessita do contrato para manter suas necessidades básicas.
  • Martín de Azpilcueta  21/02/2016 15:44
    Nossa, que lógica impecável essa.

    Então por alguma força misteriosa e inexorável da natureza o "empresário" nasce "empresário" e sempre será "empresário", ao passo que "funcionário" nasce "funcionário" e será, deterministicamente, "funcionário" para todo o sempre, como se "funcionário" fosse uma espécie de marcação em gado.

    Engraçado que o empresário, segundo sua lógica, pode se virar sozinho para satisfazer suas necessidades; o funcionário, pelo fato de ser funcionário, não pode se virar sozinho para satisfazer suas necessidades (ele precisa de uma entidade externa que obrigue um terceiro a firmar com ele determinado contrato, ou firmar com ele contrato com determinado conteúdo, ou então que preste a ele serviços em condições que ele não prestaria se não houvesse essa determinação externa).

    É sempre engraçado - mas ao mesmo tempo triste - ver esquerdistas com esse discurso de "funcionário necessita do contrato para manter suas necessidades básicas", apontando o dedo para determinada categoria abstrata ("pobre", "necessitado", "explorado") para posar de defensor de pessoas que eles próprios, esquerdistas, resolveram tachar de débeis mentais.

  • Vendedor ambulante  21/02/2016 17:34
    Entao as empresas funcionam automaticamente, sem ninguem para fazer as coisas.
  • Martin de Azpilcueta  21/02/2016 22:00
    Complementando:

    "O Empresário, o indivíduo, não necessita do Funcionário, indivíduo, para manter suas necessidades básicas. O funcionário necessita do contrato para manter suas necessidades básicas"

    Então quer dizer que o empresário (no sentido que vc usa de "empregador") não necessita de funcionário para manter suas necessidades básicas; ou seja, o empresário, pq "empresário", pode abrir uma firma individual ou trabalhar sozinho.

    Já o funcionário "necessita do contrato" (vc deve estar falando de "contrato de trabalho") para manter suas necessidades básicas; ou seja, o funcionário, pq "funcionário", não tem condições de abrir uma firma individual nem de trabalhar sozinho.

    Pq vc se acha no direito de apontar quem é capaz e quem não é capaz de trabalhar sozinho para se manter, hein cidadão?


    De resto, não respondeu a pergunta feita pelo Pobre Paulista acima: se o empresário "não necessita" de funcionário, pq as empresas contratam funcionários? Por diversionismo?

    A resposta a essa pergunta, evidentemente, não pode ser essa sua tautológica assertiva de que "o empresário não necessita do funcionário; o funcionário necessita do empresário".
  • anônimo  21/02/2016 22:18
    Esse empresário tem uma empresa sem funcionários!?? Então não é empresário é um mágico!
  • Pobre Paulista  21/02/2016 22:41
    Insisto. Se o "indivíduo" empresário não necessita do "indivíduo" funcionário, porquê gastar dinheiro com o salário desse? Porquê não reter tudo para ele em forma de lucros? No limite, porquê então o "indivíduo" empresário não demite todos os "indivíduos" funcionários e fica com todo o salário que ele estaria gastando para ele?



    No aguardo.
  • Ibn Hassan-al  23/02/2016 09:08
    Críticas interessantes, tanto do POBRE PAULISTA, quanto do AZPILCUETA.

    Bem, vcs tem razão, o empresário necessita dos funcionários para ser um empresário. Quem faz o produto de venda ou serviço da empresa é o funcionário, logo é indiscutível que o empresário necessita de funcionário.
    Também é bem verdade que há alguma possibilidade de que o funcionário crie seu próprio negócio e que o empresário passe a ser funcionário em outro momento.
    Contudo, como dito em comentários anteriores, estou me retendo na situação do contrato de trabalho,no objeto legal "relação trabalhista".
    Um contrato de trabalho é feito, por exemplo, entre o Abílio Diniz (contratante) e o Chico repositor (contratado) Isto é, o contrato é entre duas partes. Não é desse contrato que o Abílio DInz necessita para manter suas necessidades, mas do conjunto de todos seus contratados. A situação do Chico repositor é diferente, ele tem a satisfação de suas necessidades ligada, nesse momento, a esse contrato.
    Estou falando da situação relacionada a ação de contratar e ser contratado, não em todos os aspectos da vida. O Chico pode ser livre para, por exemplo, beber Kaiser, Brahma, Glacial, pinga, ou nada. Assim como o Abílio Diniz, nessa outra situação, de consumir cerveja, a ação de ambos é livre, já na situação em que se encontram para realizarem um contrato, a liberdade do Chico repositor é colocada em segundo plano, sua vontade é colocada, pelo próprio Chico repositor, em segundo plano para garantir (por algum tempo) a satisfação de suas necessidades.


    PS.: A quem interessar, a discussão acerca Necessidade versus Liberdade, essa antinomia, esta presente no livro CRITICA DA RAZAO PURA de KANT. Nele, Kant afirma que a solução é impossível racionalmente, ele opta pela LIberdade de um ponto de vista moral (Razao Prática). De lá para cá, vieram outros tantos tentando solucionar essa equação nos termos colocados por Kant. Hegel, Engels, Popper e Hayek apresentaram suas próprias soluções. Do ponto de vista Liberal, do qual discordo, a solução de Popper é bastante interessante (SOCIEDADE ABERTA E SEUS INIMIGOS - cap. 23)
  • Martin de Azpilcueta   23/02/2016 12:37
    Frase (a): "É bem verdade que há alguma possibilidade de que o funcionário crie seu próprio negócio e que o empresário passe a ser funcionário em outro momento";

    Frase (b): "Contudo, como dito em comentários anteriores, estou me retendo na situação do contrato de trabalho,no objeto legal 'relação trabalhista'".

    Frase (b) incompatível com a frase (a). De novo, é um disparate dizer que o funcionário tem "necessidade" de um contrato de trabalho pelo fato de ser "funcionário", assim como nada impede que o hoje empresário venha a ser funcionário. Você rodeia em círculos para dizer a mesma coisa ou para se contradizer.


    "Não é desse contrato que o Abílio DInz necessita para manter suas necessidades, mas do conjunto de todos seus contratados"

    Ah, entendi: quando vislumbrados "em conjunto" os empregados vc concede que sua tese é furada; sua tese da "necessidade" se aplica apenas ao Chico visto individualmente.

    Porém, dado que vc "discorda da posição liberal", vc acha que deve haver intervenção nessa relação entre Abilio e Chico, pq, afinal de contas, Abilio é livre e Chico move-se aí pela "necessidade".
    Pois bem, como fazer? Uma intervenção estatal pontual para equalizar apenas essa relação não é possível, não é mesmo? E a Maria, que serve o cafezinho? E os outros repositores? E o José, que também é peão na empresa? E o Mário, que não é peão mas sua família está em dificuldades financeiras, etc. etc.
    Ou seja, seu argumento se esvai: vc só pode propugnar intervenção relativamente ao conjunto dos empregados, em relação aos quais vc mesmo disse que sua tese da "necessidade" não se aplica.

    De outro lado, se Abilio "não necessita" do Chico repositor, segundo sua tese, ele também não necessita da Maria, que serve o cafezinho, também não necessita de José, não tem necessidade do Mário, e de tantos outros. Aliás, ele não necessita dos demais repositores (não há razão para ele "não necessitar" apenas do Chico). Então, dentre aqueles que estão numa "relação trabalhista", de quem ele necessitaria, segundo sua própria tese? Como definir isso? Necessita dos empregados mais importantes? Quem são? Quais são?

    Ou seja, levando, logicamente, sua tese às suas consequências, vc volta para o mesmo lugar: o "empresário", por ser empresário, não necessita de ninguém, ele pode se virar sozinho; o funcionário, de seu turno, por ser "empregado", não pode se virar sozinho. E quanto a isso vc mesmo já voltou atrás.


    E veja o quão curioso é o seu comentário:

    vc diz: "na situação em que se encontram para realizarem um contrato, a liberdade do Chico repositor é colocada em segundo plano, sua vontade é colocada, pelo próprio Chico repositor, em segundo plano para garantir (por algum tempo) a satisfação de suas necessidades".

    Nossa, que fabuloso!

    Quando o Chico vai firmar um contrato para trabalhar na empresa do Abilio é o "próprio Chico" que "coloca sua liberdade/vontade em segundo plano" para garantir suas necessidades. Ou seja, segundo você, ele usa a liberdade para colocar a liberdade em segundo plano; ele decide que, doravante, ele será um "necessitado", ou, então, decide que, doravante, vai "colocar de lado a liberdade para satisfazer as necessidades". É dizer: segundo vc mesmo, ele usa a liberdade (e não a "necessidade") para contratar, e mesmo assim vc acha que essa relação tem que ser equalizada por ele passou a ser "necessitado" pelo fato de firmar o contrato.

    E mais: segundo vc mesmo, isso é "por algum tempo" apenas: ou seja, como num passe de mágica, Chico passa a ser "necessitado" no mesmo momento em que passa a ser "empregado".
    Argumentação mais falaciosa impossível.


    PS.1: essa sua frase "não é desse contrato que o Abílio DInz necessita para manter suas necessidades, mas do conjunto de todos seus contratados" mostra sua ignorância econômica: trata-se de um disparate dito por quem desconhece um conceito básico, que é o da "produtividade marginal da mão-de-obra".

    PS.2: cidadão, por favor, evite mais essa falácia: falácia do apelo à autoridade, ainda mais quando o apelo invoca uma autoridade - no seu caso, aludindo a Kant - que não confere nenhum apoio a seu comentário.








  • Ibn Hassan-al  24/02/2016 00:27
    Azpilcueta

    1- As frases a e b que você destacou somente se contraditariam se houvesse o pressuposto de que "sempre é possível abrir o próprio negócio", reduzi a alguma possibilidade para ressaltar que essa oportunidade pode aparecer ou não.

    2- Sobre a questão do conjunto de trabalhadores e do trabalhador individual, vamos nos apegar aos fatos.
    Sim, o empresário é total e completamente dependente do conjunto dos trabalhadores, contudo, o contrato de trabalho é individual. O trabalhador no momento de assinar o contrato não faz parte do conjunto de trabalhadores da empresa, todo contrato de trabalho é individual. Não existe contrato coletivo de trabalho, mas sempre entre o funcionário e o empresário. Volto a repetir, estou falando desse momento.

    3- Sobre a questão da "liberdade para ceder a liberdade", menciono o que disse em comentários anteriores.
    A escolha não é um critério exclusivo para definir uma ação livre. Utilizando o critério da motivação da ação, não temos como considerar a ação do funcionário como uma ação livre, se sua motivação for garantir os meios de sua subsistência. A escolha entre opções somente é livre se a motivação dessa ação não for a satisfação das necessidades. Vocês devem, para refutar-me, demonstrar que a escolha pode ser o critério exclusivo da LIberdade.

    4- SObre o Estado, concordo com você. O Estado sempre carrega consigo o germe do autoritarismo.

    5- Sobre o argumento de autoridade, não foi um argumento de autoridade. Citei Kant pois é um autor interessante para pensar a questão e que, por acaso, não converge com o que defendo.
  • Martin de Azpilcueta  24/02/2016 13:41
    Eu não sei pq vc insiste em querer dizer que eu não estaria falando sobre a mesma coisa que vc.

    "Não existe contrato coletivo de trabalho, mas sempre entre o funcionário e o empresário. Volto a repetir, estou falando desse momento"

    Quem aqui que falou em "contrato coletivo de trabalho"? Eu estou falando o tempo todo da relação entre empresário e funcionário, do ponto de vista individual, mantendo-me nos estritos termos do cenário hipotético delineado por vc.

    É sobre que isso que falei e estou falando, e sobre isso - relação contratual de trabalho individualmente considerada - demonstrei que sua tese não se sustenta, além de ser contraditória: ela redunda, inevitavelmente, para um coletivismo. E agora vc vem com essa conversa de "estou falando na relação individual de trabalho". Repito de novo: eu falei exatamente sobre a mesma coisa que vc.
    Não seja intelectualmente desonesto, meu caro, por favor.


    "A escolha entre opções somente é livre se a motivação dessa ação não for a satisfação das necessidades"

    De novo, isso? Já foi mostrado e demonstrado diversas vezes nessa seção de comentários que isso é uma falácia. Aí já virou coisa de papagaio de pirata; pura repetição ad nauseam de que não tem estofo nem repertório.
    Também pudera, um cidadão que não vê absurdo nenhum em sustentar uma coisas dessas...: "Chico usou sua escolha para firmar o contrato com base numa motivação que não tem a ver com escolha". Ele escolhe sem escolher; ele usa a liberdade sem usar a liberdade. Não é fabuloso?


    "Vocês devem, para refutar-me, demonstrar que a escolha pode ser o critério exclusivo da LIberdade"

    É arrogância sua achar que sua "tese" ainda não foi refutada. Foi refutada várias vezes, e sob diversos matizes. Aliás, é puro dogmatismo seu. Olhei lá em cima e vi que o comentarista Jarzembowski já fez picadinho dessa sua "tese", mas vc a repete como se isso não tivesse acontecido.

    E é arrogância fatal sua - e de quem pensa como vc - achar que pode dizer que o Chico do seu exemplo firmou contrato de trabalho "tendo como motivação a satisfação de necessidades". Não há como se estabelecer linha divisória objetiva estipulando quando se estaria na "dimensão da não-necessidade" e quando se estaria na "dimensão da necessidade". É uma simples tentativa paternalista de estigmatização querer se sobrepor à própria pessoa para apontar o dedo querendo mostrar (para ela própria inclusive) quando ela está ou não agindo "com base na necessidade".


    "SObre o Estado, concordo com você. O Estado sempre carrega consigo o germe do autoritarismo"

    Ah, é? Vc é contra "a posição liberal", mas acha que isso aí também? Então vc é um simples diversionista.
  • Ibn Hassan-al  24/02/2016 16:10
    Esse parágrafo do seu comentário infere, do ponto de vista lógico, que você está dizendo que o empresário necessita do coletivo dos funcionários
    "De outro lado, se Abilio "não necessita" do Chico repositor, segundo sua tese, ele também não necessita da Maria, que serve o cafezinho, também não necessita de José, não tem necessidade do Mário, e de tantos outros. Aliás, ele não necessita dos demais repositores (não há razão para ele "não necessitar" apenas do Chico). Então, dentre aqueles que estão numa "relação trabalhista", de quem ele necessitaria, segundo sua própria tese? Como definir isso? Necessita dos empregados mais importantes? Quem são? Quais são?"
    Você utiliza de uma lógica indutiva.
    Se a é P, b é P, c é P e P implica Q
    Todo x implica em P.
    De uma olhada nos argumentos de Hume contra esse tipo de inferência lógica.

    A questão da motivação é o seguinte, houve discordâncias, não refutações.

    Se somos obrigados pela força das necessidades a escolher alguma opção de ação, não há liberdade nessa ação.
    Agora vamos para os fatos, um trabalhador procurando emprego não escolhe o emprego, o primeiro empregador que se interessa em contratá-lo será aquele que o empregará. Ele será obrigado por sua necessidade de se manter a aceitar o emprego. Não que ele seja legalmente obrigado, mas obrigado de fato.

    Jarzembowski é um bom debatedor, porém ofende provavelmente por que o liberalismo não é apenas uma teoria, ou posição, para ele, mas algo que deve ser defendido de qualquer ataque, como os fundamentalistas religiosos. O site inverteu a ordem dos posts, eu disse que não ia mais discutir com ele antes de seu último post.
    Toda a argumentação que ele segue depende dessa introdução
    "No mundo onde os seus argumentos funcionam só existe UMA empresa e UM meio de subsistência possível. Então basta que seja demonstrada a existência de UMA UNICA opção a mais e toda a sua argumentação cai por terra, certo? "
    Eu teria respondido, ERRADO.
    Primeiro, a minha tese não implica que haja somente uma opção de empresa e um meio de subsistência. A questão é que o funcionário tem necessidades imediatas que não irá abrir mão de suprí-las para ter mais tempo para escolher. Ele, de fato, entrega os currículos e espera ansiosamente pela primeira ligação. Ele não tem poder sobre as cláusulas do contrato, logo, está submetido a vontade do empregador de emprega-lo ou não.
    Ele também cita outros meios de sobrevivencia como a marginalidade e a se tornar padre.
    Sobre a primeira, estar fora da lei é em si um risco a sua sobrevivencia, quando é escolhida por essa motivação, a Necessidade, significa que não há outra possibilidade/
    Sobre a importância de estar dentro do sistema legal ver PRIMO LEVY "é isso um homem?"
    Sobre se tornar padre, é um argumento risível, ninguém se torna padre para garantir a satisfação das necessidades, pois é exigido devoção religiosa.
    Sobre escolher a inanição, também é um argumento risível, esses exemplos são exceções raríssimas que não tem impacto estatístico, além disso, a greve de fome ocorre quase sempre quando o indivíduo já está em estado de privação de Liberdade. Também é fato de que geralmente quem o faz, já garantiu a satisfação das necessidades, mas não a satisfaz.

    Sobre seu último comentário é de uma falta de compreensão dos fatos assustadora. As necessidades não apenas são claras e evidentes, como também todos sabem. Toda Vontade é deixada de lado quando falta abrigo, comida, etc. Todos venderiam qualquer bem supérfluo se lhe falta comida. Os exemplos abundam

    Sobre você: Sua tentativa diletante de tentar me ridicularizar é digna de pena. Você menciona lógica sem saber o que é. Confunde Tese com Argumento e, pior, não tem ideia do que fala, não é minimamente instruído. Todos que discordam de seu pensamento é rotulado por você como ignorante e sem instrução, e não me venha dizer que tenho teto de vidro, pois nesse mesmo post elogiei a capacidade de argumentação de um adversário, o Jarzembowski, incluiria também o Taxidermista. O problema é você mesmo.
    Bem, se quer entender de lógica, faça uma pesquisa sobre
    Lógica indutiva, Lógica dedutiva, Modus Tollens, Modus Ponens, Direção de transmissão de verdade, Enunciado Universal, Enunciado Singular, tabela de Wittgenstein, implicação, etc.
    Vem me falar de Lógica e não tem ideia de quem seja Frege, Hilbert, Wittgenstein, Russell. Não conhece os argumentos contra o apriorismo que não esteja em um artigo de um blog, não sabe o que foi o positivismo lógico sem por em textos curtos de internet. E não me venha dizer "vc não me conhece", pois pelo uso inadequado de termos básicos como tese e argumento, certamente nunca se debruçou sobre o assunto. Não sabe também o que é uma refutação, que ela depende do adversário aceitar as premissas do silogismo e que é um trabalho que não se consegue em algumas linhas disponíveis em sites. Debates com refutações tem dezenas de páginas. Esse espaço para comentar ideias, não tem espaço para aprofundamentos.
    Você não entende meu argumento, não sabe o que é a indução, que você mesmo tenta usar. Não sabe que seu argumento citado nesse meu comentário é uma soma mereológica com pretensões de universalidade indutiva e que, sim, implica que você está se firmando sobre uma relação muitos-para-um, na qual a parte plural é construída sobre a soma mereológica de partes inicialmente isoladas que se unem em um conjunto coerente, ou coletivo.
    Não use termos que desconheça.
  • Martin de Azpilcueta   24/02/2016 21:14
    "Esse parágrafo do seu comentário infere, do ponto de vista lógico, que você está dizendo que o empresário necessita do coletivo dos funcionário"

    Vc chega a ser engraçado, cidadão. Quem bate cabeça nessa história da "necessidade" é vc; foi vc mesmo que reconheceu que "bem, vcs tem razão, o empresário necessita dos funcionários para ser um empresário", lembra?

    O parágrafo em questão demonstra que sua assertiva de que Chico "necessita do contrato" é - à luz dos seus próprios termos - um absurdo. Eu quis saber de vc - que foi quem disse que Abilio "não necessita" de Chico - quais seriam os critérios que definem quem está em "necessidade" nesse seu exemplo hipotético. Mas vc faz uma interpretação tosca do excerto, e ainda resolve mencionar Hume (mais um floreio vazio).

    "Se somos obrigados pela força das necessidades a escolher alguma opção de ação, não há liberdade nessa ação"

    Bom, já vi que vc vai repetir isso pelo resto da vida. Esse é o seu mantra sagrado.

    "um trabalhador procurando emprego não escolhe o emprego, o primeiro empregador que se interessa em contratá-lo será aquele que o empregará"

    Espantoso é o cidadão não ter vergonha de dizer um troço desses.

    "A questão é que o funcionário tem necessidades imediatas que não irá abrir mão de suprí-las para ter mais tempo para escolher. Ele, de fato, entrega os currículos e espera ansiosamente pela primeira ligação. Ele não tem poder sobre as cláusulas do contrato, logo, está submetido a vontade do empregador de emprega-lo ou não"

    É tão caricato isso que parece tirado de um folder da CUT (nem a exposição de motivos da CLT chega a tanto).

    "Toda Vontade é deixada de lado quando falta abrigo, comida, etc. Todos venderiam qualquer bem supérfluo se lhe falta comida"

    Repetição da mesma cantilena. Então é isso: em toda relação de emprego temos de um lado um ser humano livre e de outro um empregado que "deixa de lado sua vontade e liberdade" pq está passando fome. Isso aí, verdadeiramente profundo e nem um pouco mistificador.

    Vale lembrar que "começar qualquer argumentação pela hipótese de que um homem está esfomeado é um exemplo clássico de como se ignorar o contexto da situação. Afinal, só para começar, como ele foi parar nessa terrível situação? Sob um ambiente de capitalismo de livre mercado, a lei das vantagens comparativas e a divisão do trabalho asseguram que ele sempre estará apto a realizar alguma tarefa valorosa com uma eficiência relativamente maior do que a de outras pessoas. A ausência de interferência governamental no mercado de trabalho garante que ele estará apto a obter trabalho nas áreas em que tem alguma vantagem comparativa, se ele assim o desejar. E o constante aperfeiçoamento da eficiência da produção capitalista assegura que seu salário aumentará ao longo do tempo, e os preços dos bens e serviços básicos irão cair, permitindo que ele se beneficie dos níveis de prosperidade cada vez maiores" (Ben O'Neill).

    Preste atenção no seguinte:

    "Quanto maior o respeito pelos direitos de propriedade e pela liberdade econômica dos empreendedores e capitalistas, maior o grau de poupança no sistema econômico, e, consequentemente, maior a demanda por mão-de-obra em relação à demanda por bens de consumo, e, consequentemente, maiores serão os salários em relação aos lucros. Ao mesmo tempo, quanto maior a demanda por bens de capital em relação à demanda por bens de consumo, maiores serão os incentivos para se desenvolver e introduzir produtos e métodos de produção mais aprimorados.
    O resultado dessa combinação é uma contínua acumulação de capital e uma crescente produtividade da mão-de-obra. O efeito do aumento progressivo da produtividade da mão-de-obra, no capitalismo, é um aumento progressivo da oferta de bens de consumo em relação à oferta de mão-de-obra, e, por conseguinte, uma redução progressiva nos preços dos bens de consumo em relação aos salários. (No cenário atual, em que há um constante aumento na quantidade de dinheiro, há também um crescente aumento na demanda monetária tanto por mão-de-obra quanto por bens de consumo. No cômputo final, os salários aumentam mais rapidamente que os preços. De um jeito ou de outro, o resultado é um aumento nos salários reais.)
    O aumento nos salários reais, resultado da poupança e da inovação de empreendedores e capitalistas, significa uma crescente capacidade dos assalariados em trabalhar menos horas por mês e de prescindir do trabalho de suas crianças. Mais ainda: tal postura dos empreendedores e capitalistas significa uma melhora crescente nas condições de trabalho, melhora essa que não é coberta pelo aumento da eficiência produtiva, significando um gasto a mais para os patrões. Nesse sentido, a poupança e a inovação dos empreendedores e capitalistas são de fato as responsáveis por todas as melhoras nas condições dos assalariados — algo que é tipicamente, e de modo completamente errôneo, atribuído aos sindicatos e às legislações trabalhistas." (George Reisman)

    PS.: o restante do seu comentário vc deve dirigir para os respectivos interlocutores.

    Aquele abraço.
  • Servo  24/02/2016 15:01
    Ibn Hassan-al,

    Segundo o seu argumento só existe liberdade se uma escolha não for influenciada por uma necessidade. Segundo seu argumento, também, temos que considerar que para existir liberdade, não deve existir necessidade na vida humana.

    A liberdade, do seu ponto de vista, é impossível pois todo ser humano já nasce com a necessidade de um meio externo para a sua sobrevivência. Todo ser humano é movido por uma necessidade e apartir daí, ele busca atende-la. Se você partir desse ponto, a liberdade na vida humana é impossível e também, será inútil discuti-la.

    Infelizmente, só nos resta a "escolha" para que exista liberdade. A liberdade só pode atingida se, para sobreviver, existir alguma escolha para satisfazer essa necessidade. Quando uma pessoa procura um trabalho, por qualquer motivo que seja, ela está exercendo a sua liberdade, pois o trabalho, em uma sociedade capitalista é uma alternativa de sobrevivência ao meio primitivo ou a outros meios que podem nos garantir sobrevivência também.
  • Emerson Luis  23/02/2016 11:48

    Ótimo artigo! Apenas uma observação:

    Claro que teria sido muito melhor se nunca jamais tivesse ocorrido uma "experiência socialista"; então, se este fosse o caso, seria um absurdo total alguém dizer algo como "Vamos deixar eles implementarem o socialismo para as pessoas aprenderem na prática que este não funciona e só causa miséria e totalitarismo".

    Mas não foi este o caso. O socialismo foi refutado a priori, mas em geral os líderes não escutaram e o implementaram assim mesmo, vez após vez.

    É lamentável que tenha ocorrido todo esse sofrimento desnecessário e evitável. Não ficamos felizes pela experiência ter comprovado a refutação.

    Porém, visto que as experiências socialistas já ocorreram, é válido, aceitável e até um imperativo moral adicionar esses fatos históricos ao argumento racional para tentar inculcar nas pessoas que não se trata de um mero jogo de palavras, um embate entre ideias abstratas sem importância, mas sim de um assunto eminentemente prático e vital.

    Ou será que alguém sugere que, ao criticarmos o socialismo, nos limitemos à refutação teórica/racional e nos abstenhamos de citar os dados empíricos?

    * * *
  • anônimo  01/06/2016 22:59
    Marcia 5/1/2016


    Muito obrigada pelo artigo.


    Moro nos USA e estou fazendo um curso de Self Governance e agora preciso escrever um artigo.O tema que e escolhi foi O socialismo e o titulo e:What are they looking for?Aqui e o pais da liberdade,entao por que o povo esta pensando em socialismo?
    Seu artigo me ajudou muito.
  • anônimo  02/06/2016 09:11
    País da liberdade deixou de ser há muito tempo.Já foi lá pelo séx XIX mas hoje...
    Olha os presidentes: de um lado um estatista fascista protecionista de direita e do outro uma socialista de esquerda.
    E um povo retardado que acha que é conservador mas que é manipulado por uns vagabundos neocons.
  • L Fernando  26/02/2019 10:59
    Parei de ler em fascista;
    Muita burrice uma cara falar isso
  • Leonardo Miranda  18/06/2016 04:01
    Excelente artigo!
  • Silvana  14/10/2018 18:32
    Boa tarde... tentei ler todos os comentários... difícil, mas consegui... e não vi em um sequer alguma referência a Jesus... e sabe o que percebo , na minha ignorância na escrita... na política, que é isso que está faltando ao homem... muito inteligente todos... com muitas informações... inclusive se baseando em pensadores, ( que ficam sendo os certos... por compatibilidade de ideias) então meus caros... vamos fazer o seguinte? Nos unir, ao invés de nos separar... de amar o próximo como a si mesmo... fácil e simples... se partimos da ideia que Deus ama seus filhos, e jamais os deixaria na situação que estamos vendo... logo presumimos que não há injustiça na terra... e continuarei assim, com minha ignorância na terra... e minha sabedoria invisível aos olhos dos homens. A pouco vi uma msg muito interessante e compartilho com vocês , " a carroça vazia faz bem mais barulho que a carroça cheia. Que Jesus nos abençoe.
  • Andries Viljoen  26/02/2019 11:16
    As características do totalitarismo são:

    Governo centralizado
    Nacionalismo extremado
    Anti-liberalismo
    Militarismo
    Organizações militaristas para a juventude
    Culto ao líder
    Partido único
    Expansionismo territorial

    Eis os Principais Regimes totalitários que surgiram na Europa no século XX:

    Stalinismo Soviético
    Com a revolução russa de 1917 e após a morte de Lenin, iniciou-se o stalinismo na URSS com o poder concentrado nas mãos de Josef Stalin.

    Stalin eliminou seus adversários e foi galgando posições até chegar a ser a figura mais importante da União Soviética. Foi um dos regimes totalitários de esquerda que perdurou de 1927 a 1953 acabando com a liberdade civil no país.

    Stalin transformou a União Soviética de um país agrário para uma potência industrial em uma década. No entanto, isto foi feito a base de coletivizações forçadas e do trabalho forçado dos dissidentes no Gulag, uma prisão especial para os que cometessem crimes políticos.

    Fascismo
    O fascismo italiano iniciou com Benito Mussolini em 1919, com a fundação do Partido Nacional Fascista (PNF).

    De inspiração anticomunista e antidemocrática, os fascistas entraram no governo italiano após a A Marcha sobre Roma, em 1922. Diante da numerosa multidão que o apoiava, Mussolini foi convidado a ser chefe do governo pelo rei Vítor Emanuel III.


    Mussolini foi incorporando gradualmente o partido fascista ao governo, nomeando ministros dos membros fascistas, reformando a educação e captando adeptos entre os marginalizados.

    O governo fascista de Mussolini foi o primeiro regime totalitário de direita que surgiu na Europa e só terminou com a Segunda Guerra Mundial.

    Nazismo
    Hitler foi a figura máxima do regime nazista que se instaurou na Alemanha a partir de 1933. Inspirado no fascismo italiano, o nazismo ainda acrescentou no seu programa a superioridade da raça ariana sobre às demais.

    O governo nazista promoveu ideias antissemitas, perseguindo e exterminando principalmente judeus. No entanto, também eliminou fisicamente deficientes físicos e intelectuais, comunistas, religiosos.

    Para contar com o apoio do Exército alemão, o nazismo propagou a ideia de "espaço vital". Inicialmente, este compreendia os povos germânicos como austríacos e alemães que viviam na Tchecoslováquia. Depois, seria ampliado para o leste europeu e acabaria por iniciar a Segunda Guerra Mundial.

    O nazismo terminou em 1945 com o suicídio de Adolf Hitler e o fim da Segunda Guerra Mundial.

    Salazarismo
    O salazarismo foi um regime ditatorial inspirado nos ideais fascistas que vigorou em Portugal sob liderança de Antônio de Oliveira Salazar a partir da Nova Constituição, estabelecida em 1933.

    Denominado de "Estado Novo", o salazarismo tinha por lema "Deus, Pátria e Família" e foi uma das mais longas ditaduras do século XX. A população elegia o presidente da República, geralmente em eleições fraudulentas, porém Salazar era o todo-poderoso presidente do Conselho de Ministros.

    A política de Salazar isolou Portugal do cenário internacional, acabou com a liberdade de expressão e continuou com o colonialismo na África.

    O regime somente terminou com a Revolução de 25 de Abril de 1974, denominada de Revolução dos Cravos.

    Franquismo
    O general Francisco Franco, a partir de inspirações fascistas, se rebelou contra o governo democrático de Manuel Azaña Díaz e mergulhou a Espanha Guerra Civil Espanhola (1936-1939).

    Os republicanos foram derrotados e muitos partiram para o exílio na França e no México. Enquanto isso, Franco instaura na Espanha um regime antidemocrático que engloba todos os aspectos da sociedade e privilegia a religião a católica no seu governo.


    Ao final do seu governo, já enfraquecido, o regime franquista passaria para a democracia liderada pelo então príncipe Juan Carlos que articulou com as lideranças no exílio a volta da democracia.

    O regime franquista só terminaria com a morte de Franco, em 1975.

    Regime Totalitário na Atualidade
    Atualmente, o único regime totalitário que sobrevive é o do Coreia do Norte que reúne as mesmas características citadas acima.

    Há Estados que possuem aspectos ditatoriais como Cuba, Venezuela e China, porém não podem ser considerados totalitários.

    Principais Características

    Os regimes totalitários fascistas ou socialistas guardaram certas semelhanças. Vejamos algumas delas:

    Culto ao Líder
    Os regimes totalitários dão uma ênfase muito grande à figura do líder, a ponto de tornar sua imagem onipresente.

    O dirigente sempre é retratado como a pessoa que possui liderança nata e reúne todas as qualidades para conduzir o povo a melhores condições de vida. Geralmente, a família do líder não aparece na propaganda oficial, para acentuar o caráter de sacrifício que comete o prócer ao renunciar tudo por sua pátria.

    A biografia é contada em tom grandioso e convenientemente editada. Isso significa que seus opositores são omitidos ou caluniados.

    A vida do dirigente totalitário é difundida por todos os meios de comunicação e mostrada como um exemplo a ser seguido.

    Partido Único
    Uma das principais características do totalitarismo é o estabelecimento de um único partido no país. Isso significa que todos os outros partidos políticos serão considerados ilegais.

    Assim, por meio de uma ideologia oficial e hierarquia rígida, a política deixa de ser algo que pode ser discutido por toda sociedade, para ser apenas feita por um grupo de dirigentes.


    Os cidadãos são chamados a participar da vida política através de manifestações de massas, como festas patrióticas, concentrações em estádios e desfiles. Para conseguir esta adesão, as pessoas são captadas e submetidas pela propaganda governamental.

    Educação
    O regime totalitarista tem um cuidado especial com a educação. Além de ditar o conteúdo que deve ser ensinado nas escolas, regimenta a infância e a juventude em clubes e organizações.

    Ali, muitas vezes as crianças recebiam um treinamento militar, instrução sobre a ideologia do Estado e faziam juramentos de fidelidade ao líder.

    Controle Ideológico
    Para controlar as mentes da população são criados órgãos de repressão como a polícia política.

    Todo indivíduo que leia, discuta ou propague uma ideia diferente daquela ensinada pelo Estado seria passivo de condenação.

    Vemos, então, que o totalitarismo gera muita violência, posto que as pessoas que não se alinham à ideologia do Estado são punidas de maneira severa. Alguns exemplos são as prisões políticas, campos de reeducação, perda de direitos políticos e de emprego.


    Militarismo
    A fim de manter acesa a chama da "revolução" ou da criação de um "homem novo", o totalitarismo promove o movimento.

    Assim, estimular o militarismo é uma forma de manter a cidadania em alerta. Incluem-se desde as práticas educacionais com lições de tiro e treinamento físico, até a escolha de um inimigo que deverá ser odiado por todos.

    O militarismo gera a vontade e a desculpa para conquistar territórios ou manter aqueles que já se possuía. Por isso, diante desses aspectos, não causa espanto que todos os regimes totalitários europeus - exceto o franquismo - procuraram expandir suas fronteiras ou não abdicar de suas colônias.

    Propaganda e Censura
    A propaganda política do Estado prolifera com o intuito de exaltar a personalidade do líder, captar os cidadãos para a nova ideologia e controlá-los.

    Os meios de comunicação são censurados e somente aquilo que era autorizado pelo Estado podia ser transmitido. Desta maneira, a população deixa de ter contato com novas ideias.

    Além disso, o totalitarismo exalta o povo a quem se dirige como o melhor do mundo e sempre escolhe um "inimigo" para contrapor. Este será largamente explorado pela propaganda oficial.

    Totalitarismo
    Um trabalhador soviético forte, jovem e saudável, rejeita as propostas do capitalista americano, inimigo do socialismo, retratado como um velho ambicioso
    Intervencionismo Estatal
    No campo econômico, o intervencionismo estatal (anti-liberal) é outra importante característica do totalitarismo, visto que o controle e o planejamento geral da economia fica a cargo do Estado.

    Países como Portugal, Itália e Espanha organizaram suas economias de forma corporativa; enquanto na Alemanha, as grandes empresas tiveram mais liberdade para realizar seus negócios.

    Já na URSS, a economia estava toda a cargo do Estado, pois toda propriedade pertencia à ele.


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