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Na Venezuela, a hiperinflação chega de Boeing 747

Quando a moeda perde seu valor, toda a economia degringola. 

Sendo a moeda a metade de toda e qualquer transação econômica, se ela deixa de funcionar, você retorna a um estado de escambo.  Ninguém aceita abrir mão de bens — principalmente alimentos e outros produtos essenciais — em troca de uma moeda sem poder de compra nenhum.  Escassez e desabastecimentos se tornam rotineiros.

Uma moeda fraca destrói o aspecto econômico mais básico da economia de mercado, que é o sistema de preços.  Consequentemente, sem uma formação de preços minimamente racional, todo o cálculo econômico permitido pelo sistema de preços — o cálculo de lucros e prejuízos, que é o que irá estimular investimentos — se torna praticamente impossível.

Esta é exatamente a atual situação da Venezuela.

Uma moeda em contínuo enfraquecimento, que nenhum venezuelano quer portar e que nenhum estrangeiro está disposto a aceitar em troca de dólares (o que inviabiliza importações), levou a uma escassez generalizada de bens essenciais na economia — inclusive comida e remédios, que estão sendo substituídos por remédios para cachorros —, impondo um trágico suplício aos cidadãos daquele país.

Como já explicado detalhadamente nos artigos deste site, o valor do bolívar está desabando feito uma pedra.  O gráfico a seguir, elaborado pelo site Dolar Today, que mantém um histórico do valor do dólar no mercado paralelo da Venezuela, mostra a evolução da taxa de câmbio do bolívar em relação ao dólar americano. 

bolivarsa.jpg

Taxa de câmbio bolívar/dólar no mercado paralelo

Como mostra o gráfico, em meados de 2014, um dólar custava 200 bolívares no mercado paralelo.  Atualmente, o bolívar já desabou acentuadamente, com um dólar valendo mais de 1.000 bolívares.  Isso implica uma desvalorização da moeda nacional de 80% em apenas um ano.

O país está hiperinflação.  Organismos internacionais, em uma projeção conservadora, estimam uma inflação de preços de 720% para este ano.

Uma das causas desta hiperinflação está na acelerada criação de dinheiro.

O gráfico abaixo mostra a evolução da quantidade de cédulas de papel e de depósitos em conta-corrente na economia venezuelana (agregado M1) de acordo com as estatísticas do próprio Banco Central venezuelano.  Em apenas dois anos, essa variável praticamente quadruplicou.

venezuela-money-supply-m1.png

Evolução da quantidade de cédulas de papel e de depósitos em conta-corrente na Venezuela

No entanto, segundo reportagem do The Wall Street Journal, as impressoras do Banco Central da Venezuela, localizadas na cidade industrial de Maracaíbo, não têm mais papel suficiente para continuar a impressão de cédulas.  Não no volume exigido pelo governo — que, após a queda do preço do petróleo, passou a se financiar quase que exclusivamente via impressão de dinheiro.

Sendo assim, como manter o ritmo dessa tresloucada criação de cédulas de papel? 

O próprio The Wall Street Journal respondeu: utilizando 36 Boeings 747, os famosos Jumbos.

Toneladas de provisões, amontoadas dentro de 36 Boeings 747 cargueiros, chegaram aqui em Caracas oriundos de vários países ao redor do mundo para trazer mantimentos para a estropiada economia venezuelana.

Porém, em vez de comida e de remédios, os aviões trouxeram um outro recurso que frequentemente se torna escasso aqui: cédulas da moeda venezuelana, o bolívar.

De acordo com sete pessoas que participaram do acordo, os suprimentos fazem parte de uma remessa de pelo menos cinco bilhões de cédulas que o governo do presidente Nicolás Maduro encomendou durante o segundo semestre de 2015 como forma de aumentar a oferta da cada vez mais desvalorizada moeda venezuelana.

E não acaba por aí.  Mais aviões estão chegando. 

Ainda segundo a reportagem, o Banco Central venezuelano começou negociações secretas para encomendar outros 10 bilhões de cédulas, o que, na prática, irá dobrar toda a quantidade de cédulas em circulação.  Para efeito de comparação, vale dizer que o Fed (o Banco Central americano) e o Banco Central Europeu, que atuam em regiões de dimensão continental, imprimem anualmente 8 bilhões de cédulas cada um — sendo que os dólares e euros, ao contrário do bolívar, são utilizados mundialmente, especialmente em outros países.

Obviamente, o governo venezuelano tem de pagar por esse serviço:

Toda essa farra de encomenda de cédulas está custando ao governo venezuelano centenas de milhões de dólares, disseram as sete pessoas envolvidas no acordo entre o governo venezuelano e os produtores das cédulas de dinheiro.

[...]

A maioria dos governos ao redor do mundo terceirizou a atividade de impressão de cédulas para empresas privadas, as quais podem fornecer sofisticadas tecnologias anti-falsificação, como marcas d'água e faixas de segurança.

[...]

A enorme encomenda de 10 bilhões de cédulas do governo venezuelano não pôde ser atendida por apenas uma empresa, disseram as sete pessoas familiarizadas com o acordo.  Consequentemente, a medida do governo venezuelano despertou um enorme interesse entre as maiores empresas mundiais do ramo de impressão de dinheiro, cada qual ansiosa por uma fatia desse bolo, principalmente em uma época em que as baixas margens de lucro no ramo da impressão de cédulas de dinheiro obrigaram várias dessas empresas a cortarem seus custos.

Mas como o governo venezuelano está pagando por este serviço?  Exaurindo suas reservas internacionais em dólar e, principalmente, queimando todo o seu estoque de ouro. 

De acordo com informações da Reuters e da Bloomberg, todo o ouro provavelmente estará exaurido até o final deste ano, dado que o país tem dívidas de US$ 12 bilhões que vencerão este ano e terá de recorrer ao metal para quitar estas dívidas.  Após isso, a menos que ocorra um surpreendente aumento nos preços do petróleo — que sempre foi o grande garantidor de divisas para o país —, o país estará à deriva. 

Atualmente, já há enormes dificuldades para importar bens essenciais, como medicamentos contra o câncer, papel higiênico, e repelentes contra insetos para exterminar o vírus da Zika.

Mas tudo se torna ainda mais ridículo: o governo determinou que a cédula de maior denominação é a de 100 bolívares.  Não pode haver nenhuma cédula maior que a de 100 bolívares.  Segundo a reportagem, o governo venezuelano se recusa a imprimir cédulas de maior denominação — o que, por si só, geraria uma grande redução nos custos de impressão, poupando ao governo milhões de dólares — porque "fazer isso implicaria o reconhecimento de que o país está em hiperinflação, algo que o governo publicamente nega."

As mais recentes encomendas do Banco Central venezuelano contemplam exclusivamente cédulas de 100 e de 50 bolívares, pois as de 20, 10, 5 e 2 valem menos do que seu custo de produção.

Enquanto isso, a vida na Venezuela segue perturbadoramente semelhante àquela vivenciada pelos alemães durante a hiperinflação da República de Weimar em 1923, com os carrinhos de mão lotados de dinheiro e tudo:

Embora o uso de cartões de crédito e de transferências bancárias esteja em alta, venezuelanos têm de carregar pilhas enormes de cédulas de dinheiro, uma vez que os vendedores fazem de tudo para evitar as taxas governamentais que incidem sobre as transações eletrônicas.  Jantar em um restaurante bom pode custar um tijolo de cédulas de dinheiro.  Um pastel de queijo — localmente conhecido como arepa — custa aproximadamente 1.000 bolívares.  Como a cédula de maior denominação é a da 100 bolívares, um simples pastel de queijo exige que o comprador tenha ao menos dez cédulas de 100 bolívares — cada qual vale menos que US$ 0,10.

Por causa do rígido controle de preços implantado pelo governo, só é possível encontrar bens no mercado negro.  Desde pneus de carro até fraldas de bebê — os venezuelanos têm de recorrer ao mercado negro se quiser adquiri-los.  E o mercado negro, obviamente, só trabalha com dinheiro vivo, o que exige que os venezuelanos portem pilhas e pilhas de cédulas de dinheiro.

E as coincidências se tornam ainda mais desesperadoras.  De acordo com as pessoas que participaram do acordo entre o Banco Central da Venezuela e as empresas privadas que estão fornecendo as cédulas:

As empresas escolhidas são a britânica De La Rue, a canadense Bank Note Co., a francesa Oberthur Fiduciaire e sua subsidiária em Munique chamada Giesecke & Devrient, que é a mesma que imprimiu as cédulas alemãs durante a hiperinflação da República de Weimar, em 1923, quando os cidadãos tinham de utilizar carrinhos de mão lotados de dinheiro para comprar pão. 

Mais recentemente, essa mesma empresa forneceu as cédulas de dinheiro para o Zimbábue quando o país entrou em hiperinflação em 2008.  À época, os preços dobravam diariamente.

Conclusão

Recentemente, uma foto de um venezuelano utilizando uma cédula de 2 bolívares como guardanapo para segurar uma empanada tornou-se viral na internet.  A imagem é uma perfeita ilustração da teoria econômica: se a moeda é fraca, ela perde toda a sua função de meio de troca, e passa a ser utilizada em aplicações mais cotidianas.

ke2Ec47.jpg

Uma cédula de 2 bolívares vale muito menos que US$ 0,01 (na prática, vale um terço de um cent, ou US$ 0,002).  Já um pacote de guardanapos custa mais de 600 bolívares. 

Essa foto é pavorosamente parecida com as fotos oriundas do episódio da hiperinflação alemã na época da República de Weimar, em que o índice da inflação de preços mensal saltou de 100% em julho de 1922 para 29.500% em novembro de 1923. A cédula de 100 trilhões de marcos foi criada e as impressoras do Reichsbank passaram a imprimir dinheiro ao ritmo recorde de 74 trilhões de cédulas de marcos por semana.

Como consequência dessa inflação de dinheiro, os alemães passaram a utilizar as cédulas como lenha para fogueiras e para fogões.

Por ora, podemos apenas especular a extensão do estrago que esse episódio trará à poupança dos venezuelanos.  À medida que as notícias sobre a economia do país vão sendo reveladas é inevitável não ter aquela sensação de horror.

Não deixa de ser fascinante constatar que, mesmo com a história nos fornecendo inúmeros exemplos, os governos parecem nunca aprender.  Eles continuam acreditando que podem, de alguma maneira, sobrepujar as leis econômicas por decreto.  E isso se aplica não apenas ao governo da Venezuela, mas também a todos os governos do mundo.  O planejamento central da moeda é uma prática adotada por todos os governos de todos os países.  A Venezuela é apenas o exemplo mais extremo.

Em algum momento, todos os estados deixarão de ser capazes de honrar suas promessas feitas aos seus cidadãos.  E quando isso ocorrer, ou seja, quando os governos não mais forem capazes de manter suas promessas por meio da tributação e do confisco de riqueza, eles recorrerão à impressora de dinheiro.

Essencialmente, todos os governos do mundo controlam suas moedas da mesma maneira que o governo Maduro.  Varia apenas a intensidade com que cada governo destrói o poder de compra de suas respectivas moedas.  Ao redor de todo o mundo, o que temos no âmbito monetário é socialismo puro, de modo que todas as moedas nacionais estão sujeitas unicamente ao poder político. 

É inevitável imaginar (e temer) quantos outros desastres econômicos terão de ocorrer até que se torne claro que o socialismo — de todos os tipos, tamanhos e graus de intensidade — é impraticável, intolerável e indesculpável.

_________________________________-

Carmen Dorobat, pós-doutoranda em economia na Universidade de Angers e professora na Bucharest Academy of Economic Studies.

Steve Hanke, professor de Economia Aplicada e co-diretor do Institute for Applied Economics, Global Health, and the Study of Business Enterprise da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, EUA.  O Professor Hanke também é membro sênior do Cato Institute em Washington, D.C.; professor eminente da Universitas Pelita Harapan em Jacarta, Indonésia; conselheiro sênior do Instituto Internacional de Pesquisa Monetária da Universidade da China, em Pequim; conselheiro especial do Center for Financial Stability, de Nova York; membro do Comitê Consultivo Internacional do Banco Central do Kuwait; membro do Conselho Consultivo Financeiro dos Emirados Árabes Unidos; e articulista da Revista Globe Asia.

Leandro Roque, editor e tradutor do site do Instituto Ludwig von Mises Brasil. 



autor

Diversos Autores

  • Hugo  25/02/2016 15:36
    No socialismo do século XXI, falta até papel pro dinheiro. Curiosamente esse problema não chegou a assolar o socialismo do século XX. Mostra bem a evolução da coisa.
  • Juan Domingues  25/02/2016 15:50
    Antigamente dizia-se que o socialismo "durava até acabar o dinheiro".
    Com o advento dos bancos centrais e casas da moeda estatais imprimindo dinheiro, o dinheiro "não acaba mais", mas na prática o valor do mesmo (que é o que importa) derrete completamente, o que dá na mesma. Papel é só papel. Infelizmente ainda há muitos economistas por ai que não entenderam isso.
  • Pedro Henrique Dantas Dias  25/02/2016 16:27
    Artigo TOP! Muito impressionante! Parabéns ao IMB pela qualidade!
  • Tannhauser  25/02/2016 16:30
    Mesmo com toda essa lambança, o sistema político se mantém.

    Alguns grupos que estão do lado de fora não querem que acabe, pois visam entrar no lugar dos atuais detentores do poder.

    Não existe nenhuma região na Venezuela que está tentando se separar? Não seria um momento oportuno para essa ruptura?
  • Pobre Paulista  25/02/2016 17:02
    Não sei se conta, mas o Macri está querendo separar a Venezuela do Mercosul ;-)
  • cmr  25/02/2016 17:07
    Não seria um momento oportuno para essa ruptura?

    Sim, inclusive no Brasil. Seria uma ótima oportunidade de seccionar esse país em 26 estados totalmente independentes entre si, de Brasília e de sua constituição esquerdista.
  • Matias  25/02/2016 19:50
    -O movimento separatista "O Sul é meu país" fará um plebiscito informal nas eleições deste ano. Ao que me parece, farão a pesquisa fora das zonas eleitorais em várias cidades do sul...

    -É verdade que está sendo feito algo parecido em SP?
  • Secessão  25/02/2016 20:28
  • Juliana Saad  25/02/2016 23:17
    Podíamos fazer isso aqui também. São Paulo livre!
  • Andre Henrique  26/02/2016 12:02
    Por mim pode traçar uma linha desde o sul do Mato Grosso do Sul (oeste), corta Goiás no meio (deixando Brasilia de fora) e vai até o norte de MG pegando uma pontinha da Bahia (leste).
    Chama o Trump para construir um muro e automaticamente seremos um país desenvolvido.
    Sempre fui contra separatismo, mas dói demais e é extremamente injusto ver alguns estados levando outros nas costas.
  • Lucas C  26/02/2016 21:31
    Creio que a secessão aqui defendida não tem nada com o fato de uns estados carregarem os outros nas costas. Países pequenos significam descentralização e diminuição do poder do estado. Especialmente quando os países compartilham a língua e tem cultura parecida. Começa a ocorrer concorrência entre os estados pelas melhores leis. Acabam atraindo as melhores empresas, profissionais e consumidores aquele país que mais preza pela liberdade econômica. E aos seus vizinhos não resta nada mais além de se adaptarem ou caírem na miséria.

    Do ponto de vista mercadológico, não há nada pior que um país de tamanho continental com o governo central forte. A depender de mim, dividia-se o Brasil não em 26, mas em 260 países.
  • Fernando  25/02/2016 16:40
    Alguém pode me dizer se é vantajoso comprar contratos de ouro na BM&F através da corretora do banco? Pois manter ouro em casa é perigoso. Gostaria de saber se alguém aqui faz isso. Pretendo tirar a maior parte dos meus recursos do tesouro direto, eu vejo como inevitável a insolvência do nosso governo.
  • Aquele Que Tudo Vê  25/02/2016 17:44
    Ué, logo você, Lazarini, que diariamente vem à seção de comentários dos artigos deste site defender o governo e criticar a livre iniciativa? Agora você próprio chama o governo de caloteiro? Pior ainda: vai abrir mão da nossa gloriosa moeda estatal e se render à relíquia bárbara?

    Que incoerência...
  • Aquele Que Tudo Sabe  25/02/2016 17:51
    Não se preocupe. Não haverá calotes. Como mostrado no artigo, nem o governo da Venezuela deu calote. O que haverá é impressão de dinheiro para pagar os juros da dívida.
  • cmr  25/02/2016 17:59
    O que haverá é impressão de dinheiro para pagar os juros da dívida.

    Claro; o governo é o dono da casa da moeda, qualquer coisa é só mandar imprimir mais dinheiro.
    Não há desculpas para um governo, sendo o dono da casa da moeda, dizer que não tem dinheiro, que está quebrado, kkkkkkkkkkkkkk
  • Thiago  25/02/2016 16:44
    Prezados.

    pelo que eu entendi o banco central venezuelano continua imprimindo dinheiro, mas não em uma taxa sucifientemente alta para custear o governo, por isso eles estao gastando o pouco de ouro e dolar que possuem comprando cedulas da propria moeda. Quando nao tiver mais ouro e dolar entao é game over total. Vai ser calote generalizado. Estou errado?
  • Rene  25/02/2016 16:52
    Ops, aconteceu de novo. Marx foi novamente deturpado e o resultado foi outro país quebrado. Odeio quando isso acontece. Ah, mas quando alguém de coração puro realmente aplicar as ideias do barbudo alemão de maneira eficaz, aí sim veremos prosperidade de verdade no mundo. Neste momento, o processo histórico inevitável e infalível de implantação do socialismo irá se sobrepor sobre os malvados capitalistas, a miséria do mundo vai acabar, e todos nós viveremos felizes, de mãos dadas, cantando uma linda canção.
  • Artilheiro de Metralhadora  27/02/2016 01:04
    Hahahahahaha!!! :D :D :D :D :D :D
  • Paulo Henrique  25/02/2016 18:21
    "O governo é a única instituição que pode transformar uma commodity valiosa como papel, e torná-la sem valor algum ao aplicar tinta." – Ludwig von Mises
  • Constatação  25/02/2016 19:26
    Queimando o que ainda tem de ouro e reservas de dólar para imprimir dinheiro que mal vale o papel em que está impresso? Foi isso mesmo que eu li, não tou enxergando mal?
  • Correta  25/02/2016 19:43
    É exatamente isso mesmo. Governos, em todo e qualquer lugar, sempre fazem governices...
  • Anônimo  25/02/2016 20:30
    Quando os autores dizem que o planejamento central da moeda se aplica a todos os países do mundo, isso também se aplica ao Panamá?
  • Correspondente  25/02/2016 20:38
    O Panamá utiliza o dólar, e o dólar é emitido pelo Federal Reserve. Na prática, é como se o Panamá fosse um estado americano.
  • VZ  25/02/2016 22:18
    Se for ser bem chato, a moeda do Panamá é o Balboa. Mas ela é atrelada em valor ao dólar, 1 = 1.
  • Leandro  25/02/2016 22:48
    Não. O Balboa é apenas a moeda metálica (as moedinhas) do país. As cédulas são o dólar.

    "As notas panamenhas em balboas não são impressas, só o foram por breve período em 1941, e não estão em circulação: para notas ou papel-moeda, o Panamá usa o dólar dos Estados Unidos."

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Balboa_(moeda)
  • Andre Henrique  26/02/2016 12:04
    Isso tem tudo ou parcialmente a ver com o fato do Panama ser reduto de aposentados americanos?
  • anônimo  26/02/2016 12:46
    ou também com o fato de ser um conhecido paraíso das offshores e de contas secretas?

    (não estou fazendo juízo de valor quanto a isso, apenas também perguntando)
  • Rafael Carlos  25/02/2016 21:39
    Situação desesperadora a deles. Lamento pelo povo venezuelano, que fique a lição e que nunca mais caiam nas promessas populistas do esquerdismo. No fim de tudo, enquanto tem governo comandando a moeda, acho que só três coisas podem nos salvar: arma, terra e ouro. Nada diferente de 4 mil anos pra cá...
  • Típico Universitário   25/02/2016 22:39
    O Socialismo foi deturpado novamente.
  • Constatacao  25/02/2016 23:24
    Pois, o avião do socialismo já caiu 50 vezes em tudo que é lugar no mundo (quanto azar...) e ainda continuam tentando fazer os incautos acreditar que embarcar nele é seguro.
  • fernando  25/02/2016 23:13
    O socialismo começa pela destruição do capitalismo. É uma guerra para deixar todo mundo pobre e ainda fazer papel de santo.
  • Adriano  25/02/2016 23:20
    Coitado do Marx. Foi deturpado de novo. Maldita realidade que insiste em frustrar os planos socialistas de almoço grátis.
  • Andre  26/02/2016 00:18
    "É inevitável imaginar (e temer) quantos outros desastres econômicos terão de ocorrer até que se torne claro que o socialismo — de todos os tipos, tamanhos e graus de intensidade — é impraticável, intolerável e indesculpável.".

    Vai demorar muito.
    Sempre nascem novos idiotas para substituir os que morreram.
  • Dissidente Brasileiro  26/02/2016 00:26
    Entendo que o dinheiro deles não serve para nada, mas usar como guardanapo? É muita falta de higiene, PQP!
  • Constatacao  26/02/2016 01:03
    O dinheiro até que não deve ser sujo... como ninguém mais o aceita, ele praticamente não troca de mãos :v
  • Andre  26/02/2016 11:56
    As notas de bolívares são laváveis, dá pra limpar o traseiro também.
  • Sigmund Freud  26/02/2016 01:32
    Socialismo não é mais que um plano para dar poder a um grupo de espertalhões que se fingem de amiguinhos dos pobres com a ajuda de uma turba de idiotas. Só isso.
  • Roger Bacon  26/02/2016 01:34
    Os esquerdistas aceitam a riqueza de seus líderes, de intelectuais e de artistas que os seguem, mas não aceitam a riqueza de pessoas e famílias que trabalharam honestamente para acumular os bens que possuem.
  • PedroF  26/02/2016 01:45
    Pronto, está resolvido o grande problema da falta de papel higiênico na Venezuela. É só usar o bolívar!
  • PedroF  26/02/2016 01:57
    Pessoal,
    Três venezuelanas prestam serviços em minha residência, como babá e como cleaners. Pessoas de alto nível. Uma economista e duas contadoras. A economista chefiava um departamento de um banco estatal venezuelano. Foi demitida para dar lugar a um bolivariano, nomeado, claro, pelo Chaves, que virou passarinho. Mandam dinheiro para familiares na Venezuela e, quando podem, vão lá. Fico assombrado com os relatos que elas me fazem. Para resumir, contaram-me que, atualmente, se alguém vai fazer uma visita mais prolongada, leva consigo papel higiênico, para o caso de uma emergência. É que dificilmente encontrarão papel higiênico na casa visitada, por outro lado, mesmo que o amigo visitado disponha de papel higiênico, não é de bom tom consumir bem tão raro. Essa realidade diz mais que um inteiro tratado de economia venezuelana.
  • Andre Henrique  26/02/2016 12:28
    onde vc mora?
  • Rafael  26/02/2016 05:27
    Esquerdista sempre arruma desculpa e nunca solução. Na Venezuela Maduro culpará o próprio dinheiro pelo caos e, ganhando fôlego, promoverá o sistema de trocas e afins, propagandeando as maravilhas de se produzir o seu próprio sapato com o couro do seu cachorro que morreu de fome e assim segue incólume o sistema.
  • Lucas C  26/02/2016 21:39
    Eu tenho um amigo "vermelho-roxo". Ele alega que o problema é o Maduro. Se fosse com o Chávez, não estaria assim.

    A capacidade do ser humano de racionalizar e encontrar uma saída psicológica para o fracasso é mesmo incrível.
  • Bob Lee Swagger  26/02/2016 11:32
    A política social sempre foi mais desassistêncialista, porque sempre foi marxista e radical.

    A inflação prejudica os pobres. Os altos impostos prejudicam os pobres. A irresponsabilidade fiscal prejudica os pobres. As dívidas do governo prejudicam os pobres. O uso do fgts para construir casas populares prejudicam os trabalhadores pobres individualmente. A desvalorização da moeda prejudica o poder de compra dos pobres. O fundo partidário tira a comida do prato do pobre.

    Enfim, o grande problema dos pobres é o governo.


  • Andre  26/02/2016 12:36
    A benção do plano que o PT bolou pra apressar as coisas:

    www.infomoney.com.br/mercados/politica/noticia/4653924/pontos-plano-emergencia-para-recuperar-economia-pressionar-dilma
  • Andre  26/02/2016 13:37
    "www.infomoney.com.br/mercados/politica/noticia/4653924/pontos-plano-emergencia-para-recuperar-economia-pressionar-dilma".

    É engraçado como eles elaboram uma lista com itens para destruir ainda mais a economia e dizem que é para ajudar.

    Mais engraçado do que isso só o fato de que a maioria acredita que a maioria dos itens vai ajudar.
  • Pinochet  26/02/2016 12:47
    A crise é uma excelente oportunidade para fazer luta contra o socialismo.

    As sequelas do socialismo podem durar décadas. Os traumas do socialismo podem render uma sede voraz por capitalismo.

    Esse socialismo do XXI pode ser traumático, tanto quanto o banho de sangue no leste europeu e Ásia.

    Se dependesse do bolivarianismo, o banho de sangue já teria começado faz tempo. O que salva o Brasil do comunismo é o medo das forças armadas. Os socialistas tomaram tanta porrada dos militares que pedem democracia até hoje.


  • mauricio barbosa  26/02/2016 12:53
    Até a besta quadrada do Hitler era anticomunista,pois para ele a desgraça do Nazismo seria uma terceira via do estatismo mas enfim a inflação venezuelana demonstra mais uma vez o fracasso que é um estado monopolístico e ai quero ver o quê que os MAVs petistas irão contraargumentar,esses ridículos igual o Maduro chavista...
  • Batista  26/02/2016 15:34
    www.mises.org.br/Article.aspx?id=2162
  • mauricio barbosa  26/02/2016 18:59
    Batista o próprio Hitler se declarava anticomunista,portanto na cabeça dele ele idolatrava o estado alemão ou seja era um nacionalista supremacista,racista fanático,agora é lógico que na prática o dirigismo econômico por ele conduzido era socialista,mas ele nunca admitiu isso é a velha história de:"o discurso é uma coisa e a prática é outra"típico de políticos demagogos igual a besta nazista.Sou pró-semita diga-se de passagem.
  • Humberto  27/02/2016 06:24
    mauricio, Hitler era declaradamente socialista.

    Dizia também que o marxismo distorceu o que significava socialismo.

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=98
  • mauricio barbosa  27/02/2016 19:00
    Vá ler mein kampf,aquela porcaria de livro da besta nazista.
  • Servente de pedreiro  27/02/2016 16:50
    Hitler foi comunista ate o ponto da convergência conveniente.

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1518
  • PedroF  26/02/2016 17:09
    Resposta a André Henrique: Na Florida. Conheço um monte de venezuelanos. Os relatos são incríveis.
  • André Clayton  26/02/2016 19:11
    O socialismo só funciona em um lugar, na imaginação de intelectualoide esquerdista que vive de mamar nas tetas das universidades estatais ou paraestatais. Imbecis que elaboram "teses" malucas sobre distribuição de renda, são aplaudidos por ideólogos com título de doutorado e saem achando que são a última bolacha do pacote apenas porque conseguiu um título repetindo o óbvio do óbvio da baboseira marxista que faz a delícia de idiotas úteis, de dentro ou de fora, do mundo acadêmico aparelhado de certas instituições.
  • Emerson Luis  28/02/2016 09:35

    " Ninguém aceita abrir mão de bens — principalmente alimentos e outros produtos essenciais — em troca de uma moeda sem poder de compra nenhum."

    Por isso existe o curso forçado, embora até este tenha limites em casos extremos.

    Incrível como o Maduro ainda não aboliu o dinheiro em espécie e impôs o uso exclusivo de cartões eletrônicos, como já querem fazer em certos países.

    * * *
  • anônimo  29/02/2016 21:31
    Alguém, por favor, poderia me explicar como a inflação corrói a dívida pública?

    O governo imprime moeda e paga os títulos? É isso?
  • Felipe  16/09/2020 16:42
    Por enquanto as reservas internacionais e de ouro ainda não acabaram por completo. Hoje o país depende do Irã para conseguir petróleo e agora até gasolina está faltando. Não sei até quando que esse regime irá durar.

    Nicolás Maduro é realmente uma besta quadrada completa. Conseguiu ser pior do que o Chávez.


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