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Brasil versus Romênia - até quando nosso mercado de internet continuará fechado pelo governo?

Como vem sendo divulgado recentemente pela mídia, as operadoras Oi, Vivo e Claro

anunciaram recentemente que todos os seus planos de internet fixa serão oferecidos com um limite de dados. Desse modo, mesmo conexões por ADSL — aquelas em que a rede aproveita a linha de telefone do usuário — funcionarão por franquia, como nos planos de internet móvel.

Em outras palavras, as operadoras poderão cortar ou reduzir a velocidade da internet quando o usuário atingir o limite. Atualmente, os planos de internet fixa são regulados por velocidade, e não há volume máximo de dados. Um consumidor pode baixar filmes, músicas e assistir vídeos o quanto quiser, pagando apenas pela velocidade com que esses dados trafegam. Com um limite de consumo, a experiência do usuário é seriamente prejudicada.

Veja o caso da Netflix, por exemplo. O serviço de streaming oferece diversos filmes e séries de TV em alta resolução, sendo que um vídeo em HD (a partir de 720p) consome algo em torno de 3GB por hora, segundo a empresa. Se você assistir a dois episódios da sua série favorita por dia, com cerca de 50 minutos cada um, e em alta resolução, ao fim do mês você terá gasto 180GB da sua franquia de dados fixa. Só com Netflix.

E mais:

No sudeste, a Vivo anunciou franquias de Internet fixa limitada. [...]nos novos contratos realizados no estado de São Paulo, quem ultrapassar a franquia terá a conexão reduzida ou cortada.  

A empresa Telefônica Vivo informou que, até dezembro deste ano, não haverá redução no Nordeste. A possibilidade será avaliada a partir de 2017. De acordo com o diretor regional da Vivo Nordeste, Renato Pontual, a prática já foi adotada por "operadoras globais", mas ainda está em fase de análise na região. O mesmo cabe para clientes GVT, que agora faz parte da Telefônica e se tornará Vivo a partir do próximo dia 15 de abril. [...]

Em termos práticos, de acordo com a franquia mensal de 130 GB estabelecida pela Vivo, numa conexão de 25 Mb/s, seriam necessárias cerca de 11 horas para ultrapassar a franquia mensal. Usuários de serviços de streaming, como o Netflix, teriam o acesso limitado. 

A operadora Oi informou que trabalha com planos de banda larga fixa limitada, mas que não pratica redução de velocidade ou interrupção da navegação após o fim da franquia, "embora o regulamento de ofertas preveja a possibilidade".

Segundo a ANATEL, que é supostamente quem regula as operadoras e quem "protege os consumidores", tal prática é válida

Já segundo o Ministério Público, a prática revela "abusividade".

A verdade é que não há absolutamente nada de novo nisso tudo: essa é a característica precípua de um mercado protegido pelo governo — por meio de uma agência reguladora — no qual a entrada de novos concorrentes é restrita: as empresas já estabelecidas, que formam um cartel protegido pelo governo, fazem o que querem, pois, como o mercado é fechado pelo governo, não há o risco de perderem clientes.

Se empresas atuam em um mercado que é protegido pelo governo contra a entrada de concorrentes, então elas não estão sujeitas às verdadeiras demandas de mercado, e podem se dar ao luxo de ofertar serviços ruins aos consumidores sem serem punidas por eles.

Em teoria, agências reguladoras existem para proteger o consumidor.  Na prática, elas protegem as empresas dos consumidores.  De um lado, as agências reguladoras estipulam preços e especificam os serviços que as empresas reguladas devem ofertar.  De outro, elas protegem as empresas reguladas ao restringir a entrada de novas empresas neste mercado.  No final, agências reguladoras nada mais são do que um aparato burocrático que tem a missão de cartelizar as empresas que operam nos setores regulados, determinando quem pode e quem não pode entrar no mercado, e especificando quais serviços as empresas podem ou não ofertar, impedindo desta maneira que haja qualquer "perigo" de livre concorrência.

Em um arranjo de livre mercado, qualquer empresa que quisesse entrar nesse mercado para concorrer com as grandes seria livre para isso. Em um livre mercado genuíno, essa empresa simplesmente chegaria, faria sua propaganda e, por meio do sistema de preços, ofertaria seus serviços.  Quem quisesse utilizá-la estaria livre para fazê-lo.  Quem não quisesse, continuaria com os serviços das empresas favoritas do governo.

Mas isso não pode ocorrer atualmente.  A ANATEL não deixa.  Só podem entrar no mercado as empresas que ela aprova.  A notícia abaixo (negritos meus) é um exemplo explícito dessa teoria:

Operadora móvel acusa Anatel de negociar decisões com cartel formado por Vivo, Oi, Claro e TIM

Talvez você se lembre da Aeiou, operadora de celular que atuou no DDD 11 por um breve período, e desapareceu em meados de 2010. Agora, segundo a Folha, a empresa por trás da operadora tem sérias acusações a fazer contra Anatel, Vivo, Oi, Claro e TIM.

A Unicel diz que as quatro maiores operadoras do país formaram um cartel para impedir a entrada de novos concorrentes. O grupo agiria em conluio com a Anatel, que negociaria pareceres, votos e até decisões finais com elas.

A denúncia foi apresentada este mês ao Ministério Público Federal pelo controlador da Unicel, José Roberto Melo da Silva (foto acima). Ele diz que, quando alguma operadora envia um assunto de interesse para a Anatel analisar, alguns superintendentes já acertariam seus pareceres técnicos de acordo com os interesses do suposto cartel. Depois, quando esses pareceres seguem para análise, o relator responsável sofreria pressão interna para aprová-lo. No entanto, se alguma proposta fosse de interesse contrário ao do cartel, haveria pressão para vetá-la – como as outorgas da Unicel, por exemplo.

Melo da Silva fez esta acusação de forma pública em dezembro, quando a Nextel pediu autorização da Anatel para comprar sua empresa. Prevendo que a agência não aprovaria o negócio, Melo da Silva disse ao Valor:

O que vemos aqui é a Anatel sendo pressionada por um cartel formado pelas quatro grandes operadoras impedindo a entrada no mercado do quinto competidor.

Como seria se a ANATEL fosse abolida e todas as empresas de telecomunicação, internet e TV a cabo do mundo pudessem vir livremente pra cá?  Grandes empresas que reconhecidamente prestam serviços de qualidade nos mercados internacionais — como a AT&T, Vodafone, Verizon, T-Mobile, Orange — estariam livres para chegar aqui amanhã.  

Ou então haveria liberdade para surgir empresas locais, em nível municipal, as quais poderiam ofertar seus planos de internet sem qualquer submissão a um órgão regulador estatal.

E foi exatamente isso o que aconteceu na Romênia.  Sim, na ex-comunista Romênia.

O exemplo da Romênia

O que vem à sua mente quando alguém menciona a Romênia?  Muitos provavelmente pensariam em castelos antigos e estranhos vilarejos ciganos.  Ou talvez pensariam na brutal ditadura comunista de Nicolae Ceausescu.

No entanto, é certo que muitos se surpreenderiam com o fato de que a Romênia possui um dos mais rápidos serviços de internet em todo o mundo. 

Nove cidades da Romênia figuram na lista das 15 cidades com a mais rápida velocidade de internet em todo o mundo.  Mais ainda: o custo médio mensal de um Mbps é de apenas US$ 0,71 (aproximadamente R$ 2,55), sendo que há provedores que oferecem 1 Gbps por uma assinatura mensal de US$ 18 (aproximadamente R$ 65).  Duas cidades da Romênia superam Kansas City, que é a cidade com a internet mais rápida dos EUA.

Esse fato chamou a atenção do pré-candidato democrata à presidência dos EUA, o socialista Bernie SandersEm seu Twitter, Sanders escreveu: "Hoje, as pessoas vivendo em Bucareste, Romênia, têm acesso a uma internet muito mais rápida do que na maioria dos EUA.  Isso é inaceitável e tem de mudar."

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Bucareste, vale enfatizar, embora esteja entre as mais rápidas do mundo, é apenas a terceira cidade mais rápida da Romênia.  Por que a maior velocidade da internet na Romênia irritou Sanders é algo que ele não deixou claro.  Aparentemente, o fato de um país muito mais pobre que os EUA se sair muito melhor no setor digital não lhe agradou.

Mas a explicação para o fenômeno romeno é simples.  Aliás, ela nem sequer é técnica — não houve nenhuma engenharia inovadora no país —, mas sim econômica.  O mercado de serviços de internet na Romênia tem sido um dos mercados menos regulados do mundo.

Ao passo que, para entrar no mercado de telecomunicações nos EUA e no Brasil, a empresa entrante tem de lidar com vários, caros e difíceis requerimentos burocráticos, na Romênia, há uma opção que vem com praticamente nenhuma regulamentação: uma rede gerida em nível local.

Kaleigh Rogers, da revista técnica Motherboard, explica isso em um artigo intitulado "Por que a Internet da Romênia é muito mais rápida que a dos EUA":

Quando a demanda por internet de alta velocidade começou a crescer na Romênia, a empresa telefônica Romtelecom ainda não disponibilizava esse serviço.  Para satisfazer essa demanda, empreendedores habilidosos e inteligentes começaram a criar "redes de vizinhanças": operações pequenas e localizadas, que atendem apenas os consumidores que estão nos arredores.

De início, estas redes eram apenas locais, de modo que os vizinhos podiam compartilhar músicas que baixavam e jogas videogames online.  Mas as operadoras destas redes locais começaram a ganhar cada vez mais dinheiro à medida que mais pessoas foram se juntando à rede, de modo que elas então decidiram utilizar suas redes de comunicação local como uma maneira mais conveniente de vender internet de alta velocidade, e barata, para uma área específica, instalando cabos de internet nos postes.

Ato contínuo, a internet de alta velocidade foi se espalhando.

A partir do ano 2000, quando a internet de banda larga se tornou disponível por meio do cabo coaxial, houve uma verdadeira enxurrada de provedores de serviço de internet, que, em conjunto com algumas empresas maiores, passaram a oferecer seus serviços tanto nas grandes quanto nas pequenas cidades, frequentemente atendendo áreas menores, como duas ou três ruas.  Em 2011, o número total de provedores já era de aproximadamente 1.000, e isso com uma taxa de penetração de banda larga de apenas 16% [no Brasil, é de 10,1%].

Um relatório da União Européia, intitulado "Romania 2011 Telecommunication Market and Regulatory Developments", diz que:

No que diz respeito à infraestrutura utilizada, o mercado de banda larga da Romênia é caracterizado por uma concorrência baseada em plataforma.  Em relação à estrutura do mercado, 1.010 operadores fornecem acesso à internet por meio de banda larga, dos 41 utilizam uma rede de cabos, 210 utilizam fibra ótica, 215 utilizam rádio, 17 utilizam xDSL, e 861 utilizam cabo UTP/FTP.

UTP significa "unshielded twisted pair" ou "par trançado sem blindagem" (refere-se aos sistemas de cabeamento baseados em cabos de par trançado de cobre) ao passo que FTP (foil twisted pair) acrescenta uma proteção metálica.  Presumivelmente, é isso que os provedores locais utilizam.  Como explicou um romeno:

A internet na Romênia é geralmente encontrada nas cidades, onde é fácil colocar um roteador dentro de uma caixa e então espalhar cabos UTP para toda uma rua e para todo um quarteirão.  Sei disso porque já fiz isso e praticamente toda a internet na Romênia era assim há 5 anos: cabos de UTP para todos os lados.  E cabos de fibra ótica nos postes.

Uma feroz concorrência levou a uma agressiva inovação dos serviços e a uma batalha para ver quem mais reduzia preços e quem mais aprimorava a qualidade.  O governo, formado por burocratas lentos e preguiçosos, demorou muito tempo para perceber o que estava realmente acontecendo, e levou ainda mais tempo para se atualizar do ritmo desses avanços.  Consequentemente, a burocracia estatal não foi capaz de implantar nenhuma grande regulação do setor, de modo que o governo não conseguiu atrapalhar o crescimento daquele que ainda é o setor mais livre da economia romena.

A reação dos romenos ao que Bernie Sanders escreveu em seu Twitter mostra que eles têm orgulho da internet em seu país.  A agência de viagens Paravion, da Romênia, convidou o senador a visitar o país, com todas as despesas pagas, para ele vivenciar a experiência em primeira mão.

Conclusão

No caso da Romênia, não há nenhum mistério e nenhuma explicação de cunho tecnológico para a qualidade e os preços baixos da internet: é tudo uma questão de economia básica.  Não há barreiras à entrada de novos concorrentes e qualquer um é livre para entrar no mercado de internet e fornecer seus serviços.

Exatamente o oposto do que ocorre no Brasil.

Aqui, se você quiser criar uma empresa de telefonia, de TV a cabo ou de internet, ou se uma estrangeira quiser vir pra cá, é praticamente impossível.  Todo o aparato regulatório do estado cria ostensivamente barreiras burocráticas que aumentam proibitivamente o custo final, impedindo a concorrência e o livre mercado nesse vital setor da economia. 

Como consequência, sua internet agora poderá ter limitação de uso.  Palmas para a ANATEL.

_________________________________________

Carmen Dorobat, pós-doutoranda em economia na Universidade de Angers e professora na Bucharest Academy of Economic Studies.

Gary McGath, engenheiro de software. Opera como freelancer.

Leandro Roque, editor e tradutor do site do Instituto Ludwig von Mises Brasil. 



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Diversos Autores

  • João Carlos  11/04/2016 14:38
    Ótimo artigo.
  • Jorge Aquino   11/04/2016 14:47
    Aqui no Paraná ainda temos a opção da Copel Telecom e já li que a TIM live não vai aderir a esse sistema de franquias (pelo menos não por enquanto).
  • Johnny  13/04/2016 07:49
    Não fala desse jeito porque dai você comete um erro crasso, como se todos paranaenses tivessem essa opção.A cople amigo hoje tem uma super mega ultra rede que atende menos de 5% de todos usuários de internet do Paraná, logo você dizer que os paranaenses tem sorte como se fosse algo global, se torna uma grande mentira.

    A Copel como toda boa empresa estatal e parafraseando os comuna é uma empresinha burguesa do cara***. Lembra muito quando as teles eram estatais e só atendia as classes mais abastadas.
  • Silva Reis   11/04/2016 14:48
    Nosso mercado continuará fechado pelo governo enquanto o brasileiro pensar que o Estado é seu amigo.
  • Olavo  11/04/2016 14:51
    Excelente.
  • Carlos Marrasca  11/04/2016 14:54
    Muito bom!
  • Felipe d'Amico   11/04/2016 15:25
    A Net já faz isso há anos. Quem fará a festa com isso será a Live Tim Fibra.
  • Bruno Aleixo  11/04/2016 15:29
    Que atende apenas meia dúzia de cidades, infelizmente.
  • Klaus Cunha  11/04/2016 15:27
    Livre concorrência, aquilo que a gente não vê por aqui:

    https://www.facebook.com/photo.php?fbid=256157188066080&set=p.256157188066080&type=3&theater

    Enquanto há 92 operadores de telefonia fixa e 84 de telefonia móvel nos EUA, há apenas 8 e 7, respectivamente, no Brasil.
  • Carlos Felipe   11/04/2016 15:28
    Caramba! 1Gbps por 65 reais?? Eu pago 80 reais por 2Mb
  • Eloi Santiago  19/04/2016 18:52
    Meu amigo. R$80,00 por 2Mb? Eu pago R$110,00 por 1MB 0: kkkkk Brasil uma palhaçada!
  • Infiliz  27/04/2016 14:34
    Ei, assim vcs vão até me fazer feliz! kkkk eu pago R$ 110 por 15mb da Net e como outro disse ali acima, isso de franquia por aqui existe há anos! todos provedores tinham no contrato alguma franquia e inclusive com bem pouco! Na GVT da empresa diz 40Gb por mês de franquia e em casa parece que li 60Gb mas não tenho certeza... igual nunca sofri redução de velocidade ou corte de internet!
    Por outro lado, a velocidade máxima de download na prática fica sempre entre 10~15% da velocidade nominal contratada, para ambas empresas!
  • fumus boni iuris  18/10/2016 00:19
    Onde voces moram? kkkk Pago 100 por 15Mega
  • Imposto é roubo  11/04/2016 15:42
    O controle da melhor ferramenta libertária (internet) não deve permanecer nas mãos dos estados.
    Creio que a solução seja algo como descentralizar a internet.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Redes_Mesh

    Imagine seu roteador conectado ao do vizinho, e assim por diante, até chegar nos servidores que vc pretende acessar.
  • Fernando Raposo  11/04/2016 15:52
    O que está acontecendo com a ANATEL chama-se Teoria da Captura.
  • Fabio Francisco  11/04/2016 16:24
    Com certeza cancelarei meu plano da Oi. R$ 200,00 por meros 15 MB.

    Vou usar só a internet 3 g do celular. Fodam-se! Podemos até sofrer com o quesito de entretenimento, mas só um boicote maciço poderia reverter esse quadro.
  • Wally  11/04/2016 17:36
    Cara, que plano é esse seu da Oi?

    Eu pago 9,99 por 200 MB mensal, pré-pago e utilizo 4G.
  • Julio Cesar  11/04/2016 22:51
    Creio que esses 15Mb que ele falou seja a velocidade...
  • Vinicius  12/04/2016 06:06
    Mais uma das distorções que esse sistema de franquia criou. Quem não tem muita familiaridade com internet fixa, nem sabe que contratamos velocidade em vez de franquias de consumo, quem dera soubessem a diferença entre o B minúsculo ou maiúsculo nos contratos.
  • Gian Carlos  12/04/2016 11:20
    Em meio ao aumento da tecnologia (SMAT TV, SMARTFONE e OUTROS) que necessitam de uma INTERNET rápida. Vão tirar dos Brasileiros uma das poucas diversões que ainda podemos ter.
    Limitar o uso da INTERNET no Brasil é algo extremamente desonesto. Recebemos parte da banda contrata e ainda pagamos um absurdo pelo péssimo serviço.
    Se todos os Brasileiros CANCELASSEM seus serviços de BANDA LARGA seria a melhor resposta para esses empresários desonestos.

  • pensador radical  11/04/2016 16:34
    Os meios de comunicação deste país está nas mãos dos caciques políticos e seus amigos oligarcas das comunicações,a internet está incomodando esse conluio(Operadoras de telefonia,Tv,rádio e caciques políticos)da tirania,enfim as manifestações nas ruas deveriam também cobrar mudanças e reformas,pois só ficar pedindo impeachment fica mesmo parecendo golpe,quando na realidade queremos o PT fora e reformas estruturais e no bojo delas tornar a internet mais livre e rápida,afinal a internet é um baluarte da liberdade e um território livre.
  • Capital imoral  11/04/2016 16:39
    "De acordo com o diretor regional da Vivo Nordeste, Renato Pontual, a prática já foi adotada por operadoras globais"

    --------------
    O que vocês tem a dizer sobre isso? Se é uma tendencia mundial, porque não?

  • Viking  11/04/2016 20:02
    apesar de saber que você é um ente irônico, responderei:

    o problema não é a pratica desse tipo de restrição.
    o problema é a proibição de que outras empresas entrem no mercado, e oferecam internet ilimitada.
  • Renato  11/04/2016 17:15
    Não adianta reclamar dos políticos enquanto ainda existir a classe política.

    Se queremos ficar livres dessa corja temos que aos poucos alertar a todos sobre como é danoso para o bolso das pessoas e para os cofres do país a existência dessa classe parasitária chamada político.

    Em artigos anteriores eu percebi o aumento dos interessados que gostaram da minha ideia de criar um grupo para essa finalidade: A ELIMINAÇÃO DOS POLÍTICOS COMO CLASSE.

    Eu já expus aqui um principio de como iniciaríamos essa empreitada:

    Criaríamos um empreendimento para a função de alerta aos empreendedores. Sejam eles pequenos, médios ou grandes empreendedores.

    Um grupo poderia ser criado, mostrando o nosso cartão de visita, para fazer o trabalho de divulgação entre os empresários. Assim que contratados, de comum acordo com os mesmos (troca voluntária), estabeleceríamos um preço razoável para começar a imprimir cartilhas explicando as pessoas, dentro do estabelecimento do contratante, se assim esse desejar, mais principalmente nas ruas.

    Poderíamos também criar grupos de associados para que cada vez mais a mensagem de anti-políticos ganhasse mais força através de palestras e encontros.

    Mostraríamos aos poucos para as pessoas que pagar impostos é uma falácia. Só serve para sustentar a classe política...e também mostraríamos a existência de moedas digitais, como o bitcoin, por exemplo, para o empresário e para as pessoas comuns.

    Aos poucos vamos tirar essa mentalidade estatal da cabeça das pessoas.

    Como eu sou da CIDADE do Rio de Janeiro, ficaria melhor que pessoas daqui entrassem em contato comigo.

    Trabalharíamos como se fossemos "fantasmas". O investimento seria feito diretamente com empresários que assim solicitasse nosso serviço.

    É claro que esse grupo crescendo vamos criar e ter contato com pessoas de outros estados e até mesmo em nações estrangeiras.

    Para os interessados meu email NOVO é galenoeu@gmail.com
  • PESCADOR  11/04/2016 17:36
    Livre concorrência é sempre o melhor arranjo, sem nenhum tipo de intervenção estatal.
    É incrível que apenas meia dúzia de empresas domine o mercado de internet no Bananil.

    Será que isso vai acontecer com todos os produtos da VIVO?
    Pago R$ 89,90 no Vivo Fibra de 50 MB, na zona sul de São Paulo.
    Não queria mudar para a TIM.
  • myself  11/04/2016 17:48
    O artigo apresenta uma boa argumentação no sentido de que a interferência estatal atrapalha a qualidade da internet através da limitação da concorrência.

    Agora, dito isso, considero que seria totalmente inaceitável se o governo quisesse proibir que as operadoras estabelecessem essa franquia mensal de internet. Seria como proibir restaurantes a quilo, e obriga-los todos a serem restaurantes do tipo "coma o quanto quiser". Total absurdo.

    Além disso, chamo atenção para o que aconteceu recentemente com os planos móveis da Vivo. Até pouco tempo atrás, eu tinha 2Gb/mês, e depois disso a velocidade caía. Agora tenho 3Gb/mês e depois disso a internet acaba. Só que meu plano ficou mais barato, e eu nunca atinjo o limite mensal. Então pra mim foi um grande lucro, pago menos pelo celular num cenário de alta inflação.
  • Ricardo  11/04/2016 18:09
    É claro que o governo não deve proibir nada. Aliás, o próprio artigo é um libelo contra a proibição estatal: o governo não deve proibir empresas de entrar em determinados mercados; o governo não deve proibir a concorrência; o governo não deve proibir o livre mercado; o governo não deve proibir o surgimento de novos serviços de internet.

    Em suma: o governo não deve criar uma reserva de mercado, fechando-o em benefício de suas empresas favoritas, criando assim um cartel.

    A questão não é a imposição de franquias pelas operadoras; a questão, isso sim, é que o mercado é fechado para outras empresas (nacionais ou estrangeiras), as quais não podem entrar nele e ofertar serviços diferenciados.
  • Pobre Paulista  11/04/2016 19:17
    O artigo não sugere, nem remotamente, nem sequer chega perto de sugerir, que o estado deva proibir as operadoras de tomarem tais decisões.

    O ponto central do artigo é que, num ambiente livre, as operadoras teriam que ser mais cuidadosas ao oferecerem seus serviços a seus clientes, pois se não o forem seus concorrentes irão as expulsar do mercado.

    No seu exemplo particular, eventualmente este modelo de negócios até poderia ser aceito pelo mercado. Porém, não só já sabemos que os limites serão esdrúxulos, como também sabemos que o real intuito de tais medidas é matar os concorrentes que operam debaixo de seus radares - principalmente Netflix e Whatsapp.

  • Andre Henrique  12/04/2016 19:19
    "Então pra mim foi um grande lucro, pago menos pelo celular num cenário de alta inflação"

    Myself, então você está feliz com o preço que paga pela internet?
    Está feliz mesmo sabendo que pagamos aproximadamente 50% a mais que na Romênia por uma velocidade 50 (cinquenta) vezes inferior?
    Isso?
  • Himself  12/04/2016 19:26
    O brasileiro certamente é um dos povos mais facilmente governáveis e domináveis do mundo. Você o fode, destrói sua vida, toma toda a sua renda e, no final, joga umas migalhas e ele fica todo contentinho.

    Tenho visto pessoas exultantes com a inflação de março (0,42%). Um valor que em países desenvolvidos seria visto como escandalosamente alto aqui é visto como sinal de sucesso da política monetária, e de que as coisas "estão melhorando".
  • Breaking Bad  13/06/2016 20:56
    Do ponto de vista libertário, essa questão envolvendo as teles e a anatel é similar à discussão entre comerciantes abusivos e os mafiosos que cobram "proteção" (e impedem novos comerciantes de se estabelecerem). O ideal mesmo era que não houvesse regulação estatal nenhuma, mas como isso não é possível a curto prazo, do ponto de vista pragmático, a teles tem que ser enquadradas via ministério público, procon ou anatel, porque, afinal de contas, elas estariam infringindo o acordo de "bandidos" com a anatel: a anatel os protege da concorrência, mas em contrapartida as teles não poderiam sacanear demais os consumidores ELEITORES. Creio que é importante lutar nas duas frentes: uma, mais pragmática de de curto prazo pela não fixação de franquia, e outra, mais ideológica e de longo prazo, pela total liberação do mercado de telecomunicações no Brasil.
  • Adriano Marcato  11/04/2016 17:50
    A meu ver o que aconteceu com a Romênia é um pouco diferente do que é proposto para o Brasil. Na Romênia o desenvolvimento ocorreu pelo crescimento de empreendimentos locais, não pela entrada de multinacionais. Tem que avaliar também que no Brasil há um enorme problema de infra-estrutura, o que pode fazer com que oferecer uma internet barata não seja econômico. Não estou defendendo as empresas, eu acho que a gente já é muito abusado em telefonia e vários outros setores. E a proposta de franquias é realmente ridícula, com limites surreais.
  • Guilherme  11/04/2016 18:11
    "o desenvolvimento ocorreu pelo crescimento de empreendimentos locais, não pela entrada de multinacionais"

    Isso é imaterial para a discussão. O enfoque está no fato de que, no Brasil (ao contrário da Romênia), o mercado é fechado pelo governo em prol de quatro operadoras. Nenhum empreendimento -- seja ele uma multinacional estrangeira ou uma simples associação de bairro -- pode entrar em um mercado que já tenha sido reservado para as grandes.

    Toda a questão está na reserva de mercado criada pelo governo. Toda a questão está no cartel controlado pelo estado.
  • Adriano Marcato  11/04/2016 18:26
    Sim, quando o governo impede também um empreendimento pequeno que eu acho que a coisa tá feia. Posso estar errado, mas o incentivo ao empreendimento poderia ajudar em muita coisa em vários setores. Não sou muito conhecedor, ainda estou jovem, mas pelo que sei parece que pequeno empreendedor tem é bastante problema.
    Quando à formação do cartel acho que é bem por aí mesmo, manda quem tem, e assim continua no poder.
  • Andre Henrique  12/04/2016 19:15
    Adriano,
    Um grande "incentivo" do governo seria deixar de se meter/regular... deixa o consumidor escolher seu fornecedor.
    O CONSUMIDOR é o melhor e mais barato regulador que existe.
    Abç,
    AHR
  • Fábio  11/04/2016 18:45
    Adriano, em Hong Kong também aconteceu a mesma coisa?
  • Logicos  11/04/2016 17:56
    O Mito dos Serviços Eficientes do Governo


    As ineficiências conhecidas da operação do governo não são acidentes empíricos, resultantes talvez da falta de uma tradição de serviço civil. Eles são inerentes a todas as empresas do governo, e a demanda excessiva fomentada por serviços de menor valor, livres e outros é apenas uma das muitas razões para esta condição.

    Assim, a oferta livre não só subsidia os usuários, em detrimento dos que usam, os contribuintes não; que também desvia recursos ao não fornecer o serviço, onde ela é mais necessária. O mesmo acontece, em menor grau, onde o preço está abaixo do preço de livre mercado. No livre mercado, os consumidores podem ditar o preço e, assim, garantir a melhor alocação dos recursos produtivos para suprir as suas necessidades. Em um empreendimento do governo, isso não pode ser feito. Tomemos novamente o caso do serviço gratuito. Como não há preços, e, portanto, sem exclusão de usos submarginais, não há nenhuma maneira que o governo, mesmo se quisesse, poderia alocar seus serviços para os usos mais importantes e para os compradores mais ávidos. Todos os compradores, todos os usos, são artificialmente mantidos no mesmo plano. Como resultado, os usos mais importantes será desprezado, e o governo é confrontado com problemas de alocação são insuperáveis, que ele não pode resolver até mesmo para a sua própria satisfação. Assim, o governo será confrontado com o problema: Devemos construir uma estrada no lugar de uma ou local B? Não há nenhuma maneira racional, através da qual ele pode tomar essa decisão. Ele não pode ajudar os consumidores privados da estrada da melhor maneira. Ele pode decidir apenas de acordo com os caprichos do governante no poder, isto é, apenas se o funcionário do governo, e não o público, é que o "consumidor". Se o governo deseja fazer o que é melhor para o público, que se depara com uma tarefa impossível.

    Governo pode deliberadamente subsidiar dando um serviço de graça, ou pode realmente tentar encontrar o preço de mercado verdadeiro, isto é, a "operar numa base de negócios." Isso é muitas vezes o grito levantado pelos conservadores - que governo e os empreendimentos a serem colocado em um "pé de negócios", que os déficits será encerrado, etc. Quase sempre isso significa elevar o preço. Seria essa uma solução, no entanto? Afirma-se frequentemente que um único empreendimento do governo, que operam no âmbito de um mercado privado, a compra a partir dele, etc., pode fixar o preço dos seus serviços e alocar os seus recursos de forma eficiente. Isto, no entanto, é incorreto. Há uma falha fatal que permeia cada esquema concebível de empreendimento de governo e inelutavelmente impede de preços racionais e eficiente na afetação de recursos. Devido a esta falha, o empreendimento de governo nunca pode ser operado em uma base de "negócios", não importa o qual é as intenções do governo.

    O que é essa falha fatal? É o fato de que o governo pode obter recursos virtualmente ilimitadas por meio de seu poder fiscal coercivo. As empresas privadas devem obter os seus fundos de investidores. É esta afetação de fundos por parte dos investidores, com base em preferência temporal e previsão que raciona os fundos e recursos para o mais rentável e, portanto, os usos mais reparados. As empresas privadas podem obter fundos só por parte dos consumidores e investidores; eles podem obter fundos, em outras palavras, somente a partir de pessoas que valorizam e compram os seus serviços e de investidores que estão dispostos a arriscar o investimento de seus fundos economizados na expectativa de lucro. Em suma, o pagamento e serviço são, mais uma vez, indissoluvelmente ligados no mercado. Governo, por outro lado, pode obter tanto dinheiro quanto ele gosta. O mercado livre fornece um "mecanismo" para a atribuição de fundos para o consumo futuro e presente, para direcionar os recursos para os seus usos de mais valor produtivo para todas as pessoas. É, assim, fornecer um meio para os empresários para alocar os recursos e preços de serviços para garantir a sua utilização ótima. O Governo, no entanto, não tem rédeas curtas sobre si mesmo, isto é, nenhuma exigência para atender um teste de lucros e perda de serviço de valor para os consumidores, para que esta possa obter fundos. A iniciativa privada pode obter fundos somente a partir, dos clientes que valorizam e ficam satisfeitos e dos investidores orientados por lucros e perdas. Governo pode obter fundos, literalmente, a seu próprio capricho.

    Com a rédea curta, não foi também nenhuma oportunidade para o governo alocar os recursos racionalmente. Como é que pode saber se vai construir estrada A ou estrada B, seja para "investir" em uma estrada ou uma escola - de fato, o quanto gastar para todas as suas atividades? Não há nenhuma maneira racional que ele pode alocar recursos ou até mesmo decidir-se o quanto a ter. Quando há uma escassez de professores ou salas de aula ou da polícia ou ruas, o governo e os seus apoiantes têm apenas uma resposta: mais dinheiro. As pessoas devem abandonar mais do seu dinheiro ao governo. Porque é que esta resposta nunca foi oferecida no livre mercado? A razão é que o dinheiro deve ser retirado de algum outro uso em consumo ou investimento - e essa retirada deve ser justificada. Esta justificação é fornecida pelo teste de ganhos e perdas: a indicação de que as necessidades mais urgentes dos consumidores estão sendo satisfeitas. Se uma empresa ou produto está ganhando altos lucros para os seus proprietários, e estes lucros são esperados para continuar, mais dinheiro será o passo seguinte; se não, e as perdas estejam a ser incorridos, o dinheiro vai fluir para fora da indústria. O teste de lucros e perdas serve como guia crítico para direcionar o fluxo de recursos produtivos. Sem tal guia existe para o governo, que não tem forma racional para decidir quanto de dinheiro tem para gastar, seja no total, ou em cada linha específica. Quanto mais dinheiro gasta, mais serviços de TI poderá fornecer - mas onde parar.

    Os proponentes do empreendimento de governo pode retrucar que o governo poderia simplesmente dizer ao seu gabinete a agir como se fosse uma empresa com fins lucrativos e estabelecer-se da mesma forma como um negócio privado. Há duas falhas nessa teoria. Em primeiro lugar, é impossível reproduzir empresa. Empresa significa arriscar o seu próprio dinheiro no investimento. Gerentes burocráticos e políticos não têm nenhum incentivo real para desenvolver a habilidade empresarial, para realmente ajustar às exigências dos consumidores. Eles não arriscam a perda de seu dinheiro na empresa. Em segundo lugar, para além da questão dos incentivos, até mesmo os gestores mais ansiosos não poderia funcionar como um negócio. Independentemente do tratamento concedido a operação depois de ter sido estabelecida, o lançamento inicial da empresa é feita com dinheiro do governo e, portanto, por imposição coerciva. Um elemento arbitrário foi "construído em" nos próprios órgãos vitais da empresa. Além disso, quaisquer despesas futuras pode ser efetuadas de recursos tributários e, portanto, as decisões dos gestores estarão sujeitos à mesma falha. A facilidade de obtenção de dinheiro será inerentemente distorcer as operações da empresa do governo. Além disso, suponhamos que o governo "investa" em uma empresa, E. Ou no livre mercado, deixado sozinho, também teria investido o mesmo montante na empresa e exatamente a mesma, ou ele não teria. Se ele teria, então a economia sofre, pelo menos a partir do "tomar" indo para a burocracia intermediária. Se não, e isso é quase certo, então segue-se imediatamente que as despesas com 'E' é uma distorção de utilidade privada no mercado - que algumas outras despesas teriam maiores retornos monetários. Segue-se uma vez mais que uma empresa do governo não pode duplicar as condições de negócios privados.

    Além disso, o estabelecimento de empreendimento de governo cria uma vantagem competitiva inerente sobre as empresas privadas, por pelo menos uma parte do seu capital foi adquirida por meio da coerção, em vez de serviço. É claro que o governo, com a respectiva subvenção, se assim o desejar pode dirigir empresas privadas fora do campo. O investimento privado na mesma indústria será muito restrito, uma vez que os investidores futuros vai antecipar perdas nas mãos dos concorrentes governamentais privilegiados. Além disso, uma vez que todos os serviços de competição para o dólar do consumidor, todas as empresas privadas e toda a vontade do investimento privado em algum grau a serem afetados e prejudicados. E quando um empreendimento do governo abre, gera temores em outras indústrias que eles vão ser o próximo, e que eles serão confiscados ou forçados a competir com empresas subsidiadas pelo governo. Este medo tende a reprimir o investimento produtivo ainda mais e, assim, diminuir o padrão geral de vida ainda mais.

    O argumento decisivo, e um que é usado muito corretamente pelos opositores da posse do governo, é: Se a operação de negócio é tão desejável, por que tomar uma rota tortuosa tal? Por que não acabar com a propriedade do governo e transformar a operação em empresas privadas? Por que ir a tais extremos para tentar imitar o ideal aparente (propriedade privada), quando o ideal pode ser exercido diretamente? O pedido de princípios de negócios no governo, por isso, faz pouco sentido, mesmo que possa ser bem sucedido.

    As ineficiências de operação do governo são agravados por vários outros fatores. Como vimos, um empreendimento de governo competindo em uma indústria geralmente pode expulsar proprietários privados, desde que o governo pode subsidiar-se de muitas maneiras e abastecer-se de fundos ilimitados quando desejado. Assim, ele tem pouco incentivo para ser eficiente. Nos casos em que não podem competir mesmo nestas condições, pode arrogar-se de um monopólio compulsório, expulsando os concorrentes pela força. Isso foi feito nos Estados Unidos, no caso do o cargo 'office When' o governo concede-se, assim, um monopólio, e ele pode ir para o outro extremo do serviço gratuito: pode cobrar um preço de monopólio. Cobrando um preço de monopólio - identificar diferente de um preço do livre mercado – distorce os recursos novamente e cria uma escassez artificial do bem particular. Ele também permite uma qualidade extremamente reduzido de serviço. Um monopólio governamental não precisa se preocupar que os clientes podem ir para o outro lugar ou que a ineficiência pode significar a sua morte.

    Uma outra razão para a ineficiência governamental, já foi abordada: que o pessoal não têm qualquer incentivo para ser eficiente. Na verdade, as habilidades que eles irão desenvolver não serão as habilidades econômicas de produção, mas as habilidades políticas - como adulando os superiores políticos, como é demagogicamente para atrair o eleitorado, como manejar a força mais eficazmente. Essas habilidades são muito diferentes dos produtivos e, portanto, pessoas diferentes vão subir ao topo no governo daqueles que têm sucesso no mercado.

    É particularmente é absurdo chamar de "princípios de negócios" onde funciona uma empresa do governo como um monopólio. Periodicamente, há demandas que o terminal dos correios a serem colocados em uma "base de negócios" e terminam o seu défice, que deverá ser pago pelos contribuintes. Mas acaba com o déficit de uma operação do governo inerente e necessariamente ineficiente não significa ir em uma base de negócios. A fim de fazer isso, o preço deve ser erguido o suficiente para alcançar um preço de monopólio e, assim, cobrir os custos da ineficiência do governo. Um preço de monopólio vai cobrar um encargo excessivo para os utilizadores do serviço postal, especialmente desde que o monopólio é obrigatório. Por outro lado, vimos que mesmo os monopolistas devem respeitar a programação da demanda dos consumidores. Se esta programação a demanda é elástica o suficiente, pode muito bem acontecer que um preço de monopólio vai reduzir a receita tanto ou reduzir tanto sobre o seu aumento que um preço mais elevado vai aumentar os déficits em vez de diminuí-los. Um exemplo notável foi o sistema de metrô de Nova York nos últimos anos, o que tem vindo a levantar as suas tarifas em uma vã tentativa de acabar com o déficit, apenas para ver o volume de passageiros cair tão drasticamente que o déficit aumentou ainda mais depois de um tempo.

    Muitos "critérios" têm sido oferecidos por escritores como guias para os preços dos serviços governamentais. Um critério suporta os preços de acordo com o "custo marginal". No entanto, este não é um critério em tudo e repousa sobre clássicas falácias econômicas de determinação do preço do custo. Por um lado, "marginal" varia de acordo com o período de tempo estudado. Além disso, os custos não são estáticos, mas flexível; eles mudam de acordo com os preços de venda e, portanto, não pode ser usado como um guia para esses preços. Além disso, os preços igualam aos custos médios - ou melhor, os custos médios de preços iguais - apenas no final de equilíbrio e equilíbrio não pode ser considerado como um ideal para o mundo real. O mercado só tende em direção a esse objetivo. Finalmente, os custos de operação do governo será maior do que para uma operação similar no livre mercado.

    O empreendimento de governo não só irá prejudicar e reprimir o investimento privado e o empreendedorismo no mesmo setor e em indústrias em toda a economia; que também irá perturbar todo o mercado de trabalho. Para (A) o governo vai diminuir os padrões de produção e de vida na sociedade por desvio de trabalho potencialmente produtivo para a burocracia; (B) na utilização dos fundos confiscados, o governo será capaz de pagar mais do que a taxa do mercado de trabalho e, portanto, criar um clamor por candidatos a emprego do governo para uma expansão da máquina burocrática improdutiva; e (C) através de altos salários, suportado pelos fiscais do governo pode muito bem enganar os trabalhadores e sindicatos em acreditar que isso reflete o salário de mercado na indústria privada, causando desemprego indesejado.
    Além disso, o empreendimento do governo, baseando-se em coerção sobre o consumidor, não pode deixar de substituir os seus próprios valores para aqueles de seus clientes. Assim, os serviços artificialmente padronizados de qualidade inferior - formado com o gosto governamental e conveniência - vai ter influência, em contraste com as do mercado livre, onde os serviços são diversificados de alta qualidade e são fornecidos para atender os gostos variados de uma multidão de pessoas.

    Um cartel ou uma empresa não poderia possuir todos os meios de produção na economia, porque não conseguiu calcular os preços e alocar fatores de forma racional. Esta é a razão por que o socialismo de Estado não pode planejar ou uma alocação racional também. Na verdade, mesmo as duas ou mais fases não pode ser completamente integrado verticalmente no mercado, para a integração total que seria eliminar todo um segmento do mercado e estabelecer uma ilha de caos calculacional e alocativa, uma ilha que impediria o planejamento ideal para os lucros e a máxima satisfação para os consumidores.

    No caso da propriedade do governo simples, ainda uma outra extensão desta tese se desdobraria. Para cada empresa governamental introduz a sua própria ilha de caos na economia; não há necessidade de esperar pelo socialismo para que o caos para comece o seu trabalho. No empreendimento do governo pode jamais determinar os preços ou custos ou alocar os fatores ou fundos de forma racional, de maximização do bem-estar. No empreendimento de governo podendo ser estabelecido em uma "base de negócios", mesmo se o desejo estava presentes. Assim, qualquer operação do governo injeta um ponto de caos na economia; e uma vez que todos os mercados estão interligados na economia, cada atividade governamental perturba e distorce os preços, a alocação de fatores, razões de consumo/investimento, etc. Cada empresa do governo não só reduz os utilitários sociais dos consumidores, forçando a atribuição de fundos para fins com excepção dos desejados pelo público; ela também reduz a utilidade de todos (incluindo, talvez, os utilitários de funcionários do governo) por distorcer o mercado e assim espalhando o caos calculacional. Quanto maior for o grau de propriedade do governo, é claro, mais pronunciada será este impacto para tornar-se.

    Além de suas consequências puramente econômicos, propriedade do governo tem um outro tipo de impacto na sociedade: é necessariamente substitui o conflito para a harmonia do livre mercado. Desde que o serviço do governo significa serviço por um conjunto de decisores, se trata de dizer serviço uniforme. Os desejos de todos aqueles que são forçados, direta ou indiretamente, para pagar o serviço do governo não podem serem satisfeitos. Apenas algumas formas do serviço pode ou será produzido pela agência governamental. Como resultado, a empresa do governo cria enormes conflitos de casta entre os cidadãos, cada um dos quais tem uma ideia diferente sobre a melhor forma de serviço.

    Nos últimos anos, as escolas públicas na América forneceram um exemplo notável de tais conflitos. Alguns pais preferem escolas racialmente segregadas; outros preferem a educação integrada. Alguns pais querem que seus filhos aprendam o socialismo; outros querem que o ensino ensino seja anti-socialista nas escolas. Não há nenhuma maneira que o governo pode resolver esses conflitos. Ela só pode impor a vontade da maioria (ou uma "interpretação" burocrática dela) pela coerção e deixar uma frequência da grande minoria insatisfeita e infeliz. Qualquer que seja o tipo de escola é escolhida, alguns grupos de pais vão sofrer. Por outro lado, não existe tal conflito no livre mercado, que fornece qualquer tipo de serviço exigido. No mercado, aqueles que querem escolas segregadas ou integrados, socialistas ou individualistas pode ter os seus desejos satisfeitos. É óbvio, portanto, que governamentalmente, é ao contrário do privado, prestação de serviços, reduz o nível de vida de grande parte da população.

    Os graus de propriedade do governo na economia pode variar de um país para outro, mas em todos os países o Estado tem a certeza que possui os centros nervosos vitais, as mensagens da sociedade de comando. Ele adquiriu a propriedade do monopólio compulsório sobre esses postos de comando, e ele sempre tentou convencer a população de que a propriedade privada e da empresa nestes domínios é simples e a priori impossível. Vimos, pelo contrário, que cada serviço pode ser fornecido no livre mercado.

    Os postos de comando vitais invariavelmente propriedade monopolisticamente pelo Estado são: (1) e proteção policial militar; (2) A proteção judicial; (3) o monopólio da Casa da Moeda (e monopólio da definição de dinheiro); (4) rios e mares costeiros; (5) vias urbanas e rodovias, e terra em geral (terra não utilizada, além de o poder do domínio eminente); e (6) os correios. A função de defesa é a única que são reservados mais ciosamente pelo Estado. É vital para a existência do Estado, por sobre o seu monopólio da força depende da sua capacidade de exigir impostos dos cidadãos. Se os cidadãos foram autorizados pelos tribunais e exércitos privados, em seguida, iriam possuir os meios para se defender contra os atos invasivos pelo governo, bem como por particulares. Controle dos recursos da terra básicos - especialmente de transporte - é, naturalmente, um excelente método de assegurar um controle global. Os correios tem sido sempre uma ferramenta muito conveniente para a inspeção e proibição de mensagens por hereges ou inimigos do Estado. Nos últimos anos, o Estado tem constantemente procurado expandir esses postos avançados. Monopólio da hortelã e da definição de dinheiro (leis de curso legal) tem sido usado para conseguir o controle total do sistema monetário do país. Esta foi uma das tarefas mais difíceis do Estado, uma vez que para o dinheiro em séculos papel foi completamente desconfiado pelo povo. O Monopólio sobre a hortelã e a definição de padrões monetários levando à degradação da cunhagem, uma mudança de nomes monetários de unidades de peso para os termos sem sentido, e a substituição do ouro e prata pelo banco ou papel do governo. Atualmente, o Estado em quase todos os países alcançou o seu objetivo principal monetário: a capacidade de expandir a sua receita inflando a moeda à vontade. Nas outras áreas - terra e recursos naturais, transporte e comunicação - o Estado está cada vez mais no controle. Finalmente, um outro posto de comando com a crítica realizada, embora não totalmente monopolizada pelo Estado, é a educação. Para o governo permitir a escolaridade influenciam a mente jovem para aceitar as virtudes do governo e da intervenção governamental. Em muitos países, o governo não tem um monopólio compulsório de escolaridade, mas se aproxima deste ideal pelo atendimento convincente de todas as crianças em qualquer uma escola pública ou uma escola privada aprovada ou credenciada pelo governo. rebanhos com frequência obrigatória nas escolas aqueles que não desejam escolaridade e, portanto, leva muitas crianças na educação. Muito poucos jovens permanecem em campos concorrentes como lazer, estudo em casa, e o emprego de negócios.

    Uma actividade governamental muito curioso cresceu enormemente no século atual. A sua grande popularidade é uma indicação notável da ignorância dos populares generalizados da lei praxeológica. Estamos nos referindo ao que é chamado a legislação "segurança social". Este sistema confisca a renda dos assalariados mais pobres e, em seguida, presume investir o dinheiro com mais sabedoria do que poderiam eles mesmos, depois de pagar o dinheiro para eles ou os seus beneficiários na sua velhice. Considerado como "seguro social", este é um exemplo típico do empreendimento de governo: não há relação entre os prémios e benefícios, tanto a mudança anual sob o impacto de pressões políticas. No livre mercado, qualquer um que deseja investir em uma anuidade de seguros ou de ações ou imóveis pode fazê-lo. Obrigando a todos transferir os seus fundos para o governo obrigando-o a perder utilidade.

    Assim, mesmo em sua face, é difícil compreender a grande popularidade do sistema de segurança social. Mas a verdadeira natureza da operação é muito diferente de sua imagem oficial. Para o governo não investir os fundos que leva em impostos; ele simplesmente passa-os, dando-se títulos, que devem ser depois trocados quando vencimento das prestações. Como vai o dinheiro, em seguida, a ser obtido? Somente a partir de outros impostos ou inflação. Assim, o público deve pagar duas vezes para a "segurança social". Os impostos de programas de segurança social duas vezes para um pagamento; é um dispositivo que permite a tributação palatável dos grupos de baixa renda pelo governo. E, como acontece com todos os impostos, os rendimentos vão para o consumo governamental.

    Ao pesar a questão da propriedade privada ou estatal de qualquer empresa e, em seguida, deve-se ter em mente as seguintes conclusões de nossa análise: todos os serviços podem ser fornecidos em particular no mercado; a propriedade privada será mais eficiente na prestação de serviço de melhor qualidade a custos mais baixos; alocação de recursos em uma empresa privada irá satisfazer melhor as exigências dos consumidores, enquanto o empreendimento de governo irá distorcer as alocações e introduzir ilhas de caos calculacional; propriedade do governo vai reprimir a atividade privada em não concorrentes, bem como as empresas concorrentes; propriedade privada garante a satisfação harmoniosa e cooperativa dos desejos, enquanto a propriedade do governo cria conflito de castas.
  • Arthur Dias  11/04/2016 18:20
    Excelente artigo! Só uma correção: no trecho "Só pode entrar no mercado as empresas que ela aprova", o verbo deveria estar no plural, "podem".
  • Renan  11/04/2016 18:39
    Em compensação se o mercado de internet fosse desregulamentado e entrasse varios concorrentes estrangeiro oferecendo um serviços de melhor qualidade os pachecos iam dizer que temos que o estado tem que proteger nossas empresas do capital estrangeiro e blablabla e transformar em vilã assim como fizeram com o UBER
  • Erick  11/04/2016 18:56
    A respeito da desestatização completa do transporte de São Paulo. Seria uma boa vender CPTM, SPtrans e Metrô e deixar o mercado completamente livre para operar nesse caso?

    Por exemplo, deixar a Hyundai, Alstom e qualquer outro interessado construir trilhos e trens e traçar trajetos? Alguém já pensou em alguma solução para o transporte CAÓTICO da grande SP?
  • Viking  11/04/2016 19:37
    sim, livre mercado funcionaria.
    quando não tem monopólio, surge a concorrência, a inovação, a criatividade.
    o serviço melhora e os preços baixam.
  • thiago  03/11/2016 16:44
    Mas por exemplo, no caso da SPTrans, ela é uma empresa que fiscaliza e regula o sistema de transporte, ela está mais para uma agencia reguladora, tanto que as reclamações repassadas a ela, podem transformar-se em multa para empresas.
  • Renan  11/04/2016 19:50
    Em relação aos onibus sim ja entre metrôs e trens tenho minhas duvidas visto que operam no vermelho devido os custos altos
  • pensador radical  11/04/2016 20:54
    Renam se metrô e trens urbanos forem inviáveis operando num mercado livre,tais modais serão paralisados naturalmente,isso se chama em economês destruição criadora,dar subsídios para algo improdutivo é contraproducente,então não se preocupe o mercado de transporte livre nos dará o melhor meio de transporte e lembre-se o setor privado entrega um serviço bom,rápido e barato,enquanto o serviço público é ruim,demorado e caro,enquanto a burguesia trabalha,a burocracia e os sindicalistas parasitam.
  • João Carlos  11/04/2016 19:37
    Bem, ótimo artigo e que retrata o que é vivido no Brasil.
    Acho que o grande "x" da questão é:

    1) Grandes empresas de Internet são as mesmas que fornecem a TV a Cabo; e

    2) Com a chegada do Netflix, as assinaturas de TV a Cabo tem diminuído significativamente;

    Logo, isso não passa de uma insulta ao Livre Mercado e como consequência teremos um acesso limitado ao serviço de Streaming.
  • Fernando Teixeira  11/04/2016 22:30
    "1) Grandes empresas de Internet são as mesmas que fornecem a TV a Cabo; e

    2) Com a chegada do Netflix, as assinaturas de TV a Cabo tem diminuído significativamente;"

    Empresas acumulam grande capital e assim conseguem dobrar o Estado aos seus desejos
    Depois chega o pessoal e fala que esse Estado dobrado e manipulado é que está possuindo poder para fazer o que quer
    Ignoram que o Estado é apenas uma ferramenta nessa questão e não o ente ativo que causou o problema
  • Professor  11/04/2016 23:35
    "Empresas acumulam grande capital e assim conseguem dobrar o Estado aos seus desejos"

    Frase errada. Eis a frase certa:

    Empresas que operam em um mercado fechado podem se dar ao luxo de utilizar seu dinheiro para -- em vez de satisfazer os consumidores -- comprar políticos e burocratas para que estes continuem, com o poder da legislação, mantendo o mercado fechado.

    "Depois chega o pessoal e fala que esse Estado dobrado e manipulado é que está possuindo poder para fazer o que quer"

    Frase errada. Eis a frase certa:

    Depois chega o pessoal e fala, corretamente, que políticos e burocratas -- comprados ou não -- detêm o poder legislador e, por meio deste, pode fazer o que quiser.

    (Complemento: ao passo que empresas, por mais poderosas que fossem, jamais teriam o poder para fechar o mercado de um país e impedir a entrada da concorrência).

    "Ignoram que o Estado é apenas uma ferramenta nessa questão e não o ente ativo que causou o problema"

    Nossa! Quanto contorcionismo da realidade para proteger políticos! Essa é a mais pura mentalidade do brasileiro.

    Mas não, meu filho, o estado é exatamente o "ente ativo que causou o problema". Não fosse o estado, não haveria como o mercado ser fechado. De novo: empresas, por mais poderosas que fossem, jamais teriam o poder para fechar o mercado de um país e impedir a entrada da concorrência. Apenas o "pobre estado", a "grande vítima", tem esse poder.

    P.S.: o trecho que você selecionou e o seu raciocínio sobre o "estado vítima versus o grande capital" não se relacionam. Um exemplo perfeito de sofisma.
  • Gabriel Medeiros  11/04/2016 22:45
    Vejo este caso como uma oportunidade muito boa para a divulgação das ideias liberais e combate ao estatismo, pois a negada não vai aguentar calada. De inicio, como já está ocorrendo, a massa está caindo de pau em cima das empresas, mas basta fazermos uma intensa propaganda de quem é o real vilão na história para o jogo virar.
  • Marco Couto  11/04/2016 23:11
    Excelente texto! Parabéns!

    Dúvida: para evitar esse abuso no Brasil, o que deve ter ser feito? Como combater isso? Acabar com a Anatel? Abrir totalmente o mercado? Que tipo de regulamentações deve existir no mercado de telecom?

    Obrigado!
  • Eliseu Drummond  11/04/2016 23:42

    "para evitar esse abuso no Brasil, o que deve ter ser feito?"

    Fechar a ANATEL e abrir o mercado.

    "Como combater isso?"

    Fechando a ANATEL e abrindo o mercado.

    "Acabar com a Anatel?"

    Exato!

    "Abrir totalmente o mercado?"

    Exato!!

    "Que tipo de regulamentações deve existir no mercado de telecom?"

    A mesma regulamentação que existe no mercado de travesseiros, de clips de papel e de televisões a cores.

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1160
  • Marco Couto  12/04/2016 01:23
    Já tinha lido este texto da Guatemalha. Muito bom também! Obrigado.

    Ok, concordo plenamente que o caminho é abrir o mercado. Outra dúvida: no caso específico da telecom, num modelo de livre mercado, como fazer que os agentes funcionem efetivamente? E quando há falhas de mercado? Por exemplo, como seria o fornecimento de internet em áreas remotas, com pouca infraestrutura e com demanda baixa, dada a população pequena que pode viver em locais assim? Imaginem pequenas cidades do interior dos Estados, principalmente fora de SP, onde até mesmo as cidades do interior são mais desenvolvidas. Nesse modelo, não haveria nenhuma regulamentação? Não necessariamente via uma agência governamental. Como mostrar interesse para agentes do mercado investirem e atenderem nessas áreas? Isso não é apoiar a regulamentação de tudo não. É uma dúvida mesmo, sincera.

    Mais outra dúvida, agora mais prática: como enfrentar o problema atual da imposição do limite do pacote de dados pelas operadoras? Digo, o que fazer? Certo, acabar com a ANATEL ou, ao menos, enfraquecê-la frente suas atribuições no mercado é a solução. Mas e a prática? Com essa crise política que parece ser interminável, isso com certeza vai ocorrer e todos seremos muito prejudicados. O que dá para fazer agora? Eu tento pensar em soluções, mas está bem difícil...
  • João Paulo  12/04/2016 04:55
    Pequenas cidades do interior podem não ser atrativas para as grande empresas do setor, mas se houver demanda ela pode ser perfeitamente preenchida por pequenos e médios empreendedores. Na era da conexão discada existiam provedores locais aos montes e que cobriam regiões não atendidas pelos gigantes da internet. Possivelmente o serviço de banda larga dessa cidadezinha será mais caro que o de uma cidade grande, mas isso é uma das desvantagens de se morar em uma região com baixa concentração urbana.
  • Neuron Upheaval  12/04/2016 12:55
    A desregulamentação de um setor pode causar êxodo para as áreas urbanas?
  • Mr Citan  13/04/2016 14:04
    João Paulo
    Um exemplo que pequenos empreendedores que podem atender a este mercado, é o que aconteceu na Praia Grande em meados do ano 2000.

    Nesta época, só havia acesso a internet nos bairros que ficam na orla marítima, e a bairros novos e distantes da praia, como o Vila Sonia e adjacências, mal tinham cobertura de linhas telefônicas.
    Foi aí que um empreendedor abriu uma provedora de internet via rádio, e com R$ 30 por mês, ele instalava a antena e tinha sinal 24 hs, sem precisar de telefone.

    Mais aí veio a Anatel e mandou fechar o serviço, sobre pena com multas e até prisão.
  • Andre Henrique  13/04/2016 18:23
    Marco Couto, respostas abaixo:

    "no caso específico da telecom, num modelo de livre mercado, como fazer que os agentes funcionem efetivamente?"
    RESPOSTA: Nada! Ele "funciona efetivamente" no momento que o consumidor tem o poder de escolher e trocar de provedor quando bem entender.

    "E quando há falhas de mercado? Por exemplo, como seria o fornecimento de internet em áreas remotas, com pouca infraestrutura e com demanda baixa, dada a população pequena que pode viver em locais assim?"
    RESPOSTA: Se tiver demanda que justifique o investimento empresas ofertarão o serviço naquela região. Caso isso não ocorra, existe sempre a possibilidade da população se reunir, "fazer uma vaquinha" e adquirir os dispositivos necessários.

    "Mais outra dúvida, agora mais prática: como enfrentar o problema atual da imposição do limite do pacote de dados pelas operadoras? Digo, o que fazer?"
    RESPOSTA: num mercado aberto não é necessário impor qualquer restrição... o consumidor é quem "regula" o tipo da oferta que melhor lhe favorece. Se as empresas quiserem impor limites a decisão é delas. Se elas fizerem um conluio para tal e isso prejudicar o consumidor, lembre-se que o mercado está aberto e desta forma abrirá um vácuo imenso possibilitando qualquer empresa/investidor do mundo de instalar um novo provedor (ou comprar uma já em funcionamento) naquela região. Seria como jogar um kit kat no meio de um jardim de infância.

    "Com essa crise política que parece ser interminável, isso com certeza vai ocorrer e todos seremos muito prejudicados. O que dá para fazer agora? Eu tento pensar em soluções, mas está bem difícil..."
    RESPOSTA: não entendi... você está perguntando sobre Telecom ou sobre a crise?

    Abç,
    AHR
  • Andre Henrique  13/04/2016 10:01
    Eliseu, fantástica sua resposta sendo o ápice a correlação com clipes de papel.
    abç
  • EdGP  11/04/2016 23:53
    curioso conversar com familiares e colegas e os mesmos enxergarem agências regulatórias como algo benéfico... quando começa a discutir que na realidade estas promovem uma reserva de mercado para os agentes que á estão em campo, piorando qualidade e preços, entendem, mas até discutir sobre o tema, nunca haviam dado conta disso. Uma coisa que o governo executa com maestria é a lavagem cerebral na população!
  • Renan  12/04/2016 02:46
    O Que é mais curioso que quanto aparece uma empresa estrangeira prestando melhores serviços pedem "protecionismo" acusando de concorrência predatoria
  • Fernando  12/04/2016 00:32
    O problema é muito maior do que foi explicado no artigo.

    Uma conta de tv, internet e telefone tem 30% de imposto. As operadoras pagam mais de 30% na importação de equipamentos. Um leilão de frequência de celular já passou de 8 bilhões de reais. O Imposto sobre lucro é alto. O imposto sobre serviços de empresas terceirizadas passa dos 6%. A conta de energia dessas empresas é milionária. Os impostos sobre telecomunicações, como o Fust, funtel e fistel são usados para superávit primário. Além de ter multas milionárias da Anatel.

    Enfim, existe um tremendo golpe financeiro nessas empresas. Essas empresas de telecomunicações pagam mais de 40 bilhões por ano em impostos.

    Essas empresas são protegidas pelo governo, como escravos são protegidos pelos coronéis.
  • Helio Angelo JR  12/04/2016 01:08
    A alternativa viável é cancelarmos o serviço no mesmo dia da implantação desse retrocesso tecnológico. As empresas perderiam a sua Receita e, consequentemente voltariam atrás. O modelo do Netflix incomodou essas empresas e, a Anatel é uma agência reguladora de burroscratas. A cada dia que passa me decepciono ainda mais com o Brasil.
  • Fabio Francisco  12/04/2016 01:52
    Caros amigos, estamos voltando à era da internet discada.
  • Ismael  12/04/2016 02:00
    Sendo o Sr Bernie Sanders, indignado com a Internet mais veloz em outro país de economia inferior ao seu, um político...já sabemos de antemão que dificilmente conseguirá reverter este quadro, uma vez que a causa do resultado é exatamente a não-ação política.
    Pelo texto vemos que os romenos levaram anos de ineficiência política para consolidar a oferta de serviços de Internet...enquanto que aqui e nos EUA já temos anos de regulamentação política consolidada.
    Viesse a indignação estadunidense de um empresário como Elon Musk, quem sabe algumas boas fichas pudessem ser apostadas na iniciativa...mas a sanha política não demonstra (historicamente) o real interesse de promover melhorias.
    Resta uma observação curiosa...o brasileiro odeia politicagem mas ama o Estado (regulamentação)...E o estadunidense também se comporta da mesma maneira? Ou seja, até que ponto os receptores da indignação do Sr. Sanders endossarão a ideia de que precisam de ação política para terem a Internet mais veloz do mundo? Quantos perceberão que o livre-comércio pode dar resultados incríveis nos mais inusitados cantos do mundo?
    Tupinicamente torcemos para que não escolham mandar tropas americanas retaliar a Romenia sob um pretesto qualquer!
  • Emerson Luis  12/04/2016 10:58

    "Sanders escreveu: "Hoje, as pessoas vivendo em Bucareste, Romênia, têm acesso a uma internet muito mais rápida do que na maioria dos EUA. Isso é inaceitável e tem de mudar.""

    Mudar como? Socialistas costumam nivelar para baixo. Ele pretende bombardear as operadoras romenas ou fazer um embargo econômico até que a Romênia volte a ser comunista o suficiente?

    * * *
  • Henrique  12/04/2016 12:14
    Esse artigo do Uol está correto quando diz que, no início do plano real, a moeda nacional estava muito valorizada, o que atrapalhou um pouco o plano de estabilização?

    economia.uol.com.br/noticias/redacao/2014/06/28/real-faz-20-anos-antes-dele-preco-do-tomate-subiu-4500-em-12-meses.htm
  • Leandro  12/04/2016 12:46
    Não encontrei esse trecho na matéria. E nem faria sentido, pois, em um plano de estabilização, aquilo que você mais quer é uma moeda forte capaz de debelar a inflação imediatamente.

    Você pode debater os efeitos colaterais disso sobre determinados setores que ganhavam com políticas protecionistas e com uma moeda fraca, mas um efeito negativo sobre esses setores não implica uma falha do plano de estabilização.

    Dito isso, já escrevei aqui várias vezes que a ferramenta utilizada pelo Plano Real (o câmbio atrelado em vez do câmbio fixo) não foi a mais adequada.
  • Henrique  12/04/2016 13:33
    Ou melhor, o artigo diz que o erro foi ter deixado o Real valorizado por muito tempo.
  • Leandro  12/04/2016 15:05
    Dizer que foi "um erro" ter deixado o real valorizado por muito tempo não implica "atrapalhar o plano de estabilização" (algo que não está escrito na matéria, a qual li toda).

    No mais, se tal "erro" se resume a ter prejudicado setores que agora foram expostos à concorrência externa, isso está longe de ser um erro, mas sim uma virtude. Setores protegidos e ineficientes não devem continuar sendo protegidos pelo artifício da destruição do poder de compra da moeda. Igualmente, a população não pode ser privada de uma moeda forte só porque isso vai contra o interesse de determinados grupos empresariais.

    Estatisticamente, a introdução de uma moeda forte (ainda que feita de maneira errada, como explicado no meu link acima) fez com que a pobreza extrema caísse 30% e o investimento crescesse para algo entre 20 e 24% do PIB, taxa até hoje não superada.

    Ademais, vale ressaltar que a pobreza caiu 30% em uma época em que os programas sociais ainda engatinhavam. Hoje, quando eles estão a pleno, a pobreza aumenta justamente por causa da moeda fraca.

    Quem quer debater isso?
  • Andre Henrique  12/04/2016 15:04
    Meu sonho supremo é que ocorra, num futuro próximo, o mesmo desenrolar de fatos que na Romenia em 1989, logo após Lula e Dilma performarem algum de discursos populistas.
  • Alberto  12/04/2016 16:21
    Caros colegas,

    Imaginemos que a ANATEL suma do mapa, e a concorrência é enfim liberada.
    Entram mais players, mas o preço não cai (valores ínfimos de variação entre os players).
    Há boatos de um belo cartel, bastante sutil e sofisticado.

    Questão 1:
    Quem investigaria isso? A Anatel (que no nosso exemplo, sumiu), o CADE, ou o MP / Policia?
    Cartel, num modelo altamente liberal, é um crime? Muito hediondo? Médio? Vale a pena ter um CADE?

    Me pergunto pois a livre concorrência é um pilar da teoria de mercados. Sendo assim, ela é uma regra do jogo (não se pode "podar" a livre concorrência), ou seja, é uma regulamentação, precisando ser cobrada e punida em caso de descumprimento.
    Faz sentido isso?


    Questão 2:
    O exemplo dos serviços de Telecom é bacana para se discutir o sobre concorrência:
    - É um negócio que exige muuuuito investimento para se ter a escala dos players atuais (leia-se: passar Fibra Ótica Brasil afora).
    - Não se cria concorrência fácil.
    - Leva-se um bom tempo para se ter alguma concorrência.
    - Existem alternativas de tecnologias, mas nenhuma tão estável e boa quanto a tal Fibra Ótica.

    O ponto nem é discutir as tecnologias disponíveis, mas sim como um alto nível de investimento necessário, que determinados segmentos devem executar, pode inviabilizar a criação de uma competição plural o suficiente para que haja queda real de preços.

    Procurei artigos sobre isso mas não encontrei algo nesse sentido.

    Grande abraço pessoal.
  • Auxiliar  12/04/2016 17:08
    Questão 1:

    Nunca houve cartel duradouro em um livre mercado. Não há um só exemplo prático de cartel (e muito menos num país de dimensões continentais) em setor não regulado e controlado pelo governo.

    Aliás, eu vivencio isso na prática. A família da minha mulher é quase toda ela formada por suinocultores. Eles criam porcos e os vendem para frigoríficos. Todos os suinocultores da região têm um grupo no WhatsApp por meio do qual vivem tentando combinar preços com o intuito de "forçar os frigoríficos a pagar mais".

    No entanto, sempre -- sempre! -- tem uma pessoa que descumpre o combinado e vende abaixo do preço do "cartel". E o motivo é óbvio: como os frigoríficos compram em grandes volumes, qualquer redução de centavos terá um grande efeito sobre o custo final para os frigoríficos. Para o sujeito que sai do cartel, reduzir seu preço em centavos lhe trará uma receita muito maior (porque venderá um maior volume) do que teria caso mantivesse o preço do cartel (e, consequentemente, vendesse um volume bem menor).

    Questão 2:

    Você está dizendo que grandes corporações como a AT&T, Vodafone, Verizon, T-Mobile, Orange, ou mesmo as eficientes coreanas e japonesas, não teriam capital para fazer frente a Vivo e Oi, das quais qualquer um paga para se ver livre?! C'mon...

    Sobre a questão dos custos operacionais não ter sido discutido, é simplesmente porque você não procurou direito. Eis uma discussão completa:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1309

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=646
  • Andre Cavalcante  12/04/2016 17:36
    Questão 2:

    O ponto é sim a discutir a tecnologia.

    Se o país é livre e o mercado for realmente livre, qualquer um, SIM QUALQUER UM, pode simplesmente copiar a tecnologia mais aceita e fornecer o serviço, claro a um preço menor que os concorrentes maiores.

    Outra coisa: há tecnologias mais baratas que outras a serem exploradas. Porque eu tenho que passar fibra, não posso fazer "sem fio"?

    A concorrência não é somente entre empresas é também entre modais e tecnologias.

    Num mercado aberto qualquer um pode transmitir broadcast (desde que a frequência seja sua) ou pode criar um mecanismo mais barato de transmissão.

    Outra coisa: porque o capital precisa ser tão alto? Não é preciso não! Em um mercado livre, qualquer um que tenha um banda um pouco maior disponível pode fornecer uma parte de sua banda ao seu vizinho por um módico preço. Moradores de conjuntos habitacionais podem se unir e gerir a comunicação a partir de suas casas por uma fração do que hoje "é necessário" para se fazer telecomunicações no brasil - boa parte deste "é necessário" de hoje foi criado justamente pela ANATEL para fechar o mercado.
  • Andre Henrique  12/04/2016 20:05
    Caro Alberto, perdão, mas eu nem posso responder as 2 questões, pois seu enunciado (cfe replicado abaixo), em minha opinião, é um paradoxo:

    "...e a concorrência é enfim liberada. Entram mais players, mas o preço não cai..."

    Explico: no momento que você derruba as barreiras para determinado mercado, abre a possibilidade para qualquer empresa ou investidor do MUNDO entrar. Sendo prático:
    1) Vamos supor que ao desregular mais 10 empresas de TELECOM entrem totalizando 15 em todo Brasil (eu acho que seriam mais, mas vamos ser parcimoniosos);
    2) Você é o dono ou CEO de uma delas e consegue prover o serviço de melhor qualidade com o menor custo;
    3) Qual interesse você teria de formar um cartel se pode dominar a maior parte do mercado? Por que "dividir o bolo" com empresas menos eficientes se pode ter "a maior parte do bolo"?

    Para ficar mais visível ainda a ideia, imagine o mercado de cachorros quentes num determinado parque que possui 3 concorrentes.
    Você tem capacidade de vender o com melhor qualidade e menor preço. O que vai te motivar a "fechar" um preço com os outros 2 empresários menos produtivos se podes deter a maior fatia do mercado?
  • Andre Henrique  13/04/2016 10:39
    Marco Couto, respostas abaixo:

    "no caso específico da telecom, num modelo de livre mercado, como fazer que os agentes funcionem efetivamente?"
    RESPOSTA: Nada! Ele "funciona efetivamente" no momento que o consumidor tem o poder de escolher e trocar de provedor quando bem entender.

    "E quando há falhas de mercado? Por exemplo, como seria o fornecimento de internet em áreas remotas, com pouca infraestrutura e com demanda baixa, dada a população pequena que pode viver em locais assim?"
    RESPOSTA: Se tiver demanda que justifique o investimento empresas ofertarão o serviço naquela região. Caso isso não ocorra, existe sempre a possibilidade da população se reunir, "fazer uma vaquinha" e adquirir os dispositivos necessários.

    "Mais outra dúvida, agora mais prática: como enfrentar o problema atual da imposição do limite do pacote de dados pelas operadoras? Digo, o que fazer?"
    RESPOSTA: num mercado aberto não é necessário impor qualquer restrição... o consumidor é quem "regula" o tipo da oferta que melhor lhe favorece. Se as empresas quiserem impor limites a decisão é delas. Se elas fizerem um conluio para tal e isso prejudicar o consumidor, lembre-se que o mercado está aberto e desta forma abrirá um vácuo imenso possibilitando qualquer empresa/investidor do mundo de instalar um novo provedor (ou comprar uma já em funcionamento) naquela região. Seria como jogar um kit kat no meio de um jardim de infância.

    "Com essa crise política que parece ser interminável, isso com certeza vai ocorrer e todos seremos muito prejudicados. O que dá para fazer agora? Eu tento pensar em soluções, mas está bem difícil..."
    RESPOSTA: não entendi... você está perguntando sobre Telecom ou sobre a crise?

    Abç,
    AHR
  • Leandro Rodrigues  13/04/2016 14:25
    Participem da lista de assinaturas (abaixo-assinado) contra o limite nas franquias, divulguem para que possamos atingir o maior número de pessoas.

    secure.avaaz.org/po/petition/Vivo_GVT_OI_NET_Claro_Anatel_Ministerio_Publico_Federal_Contra_o_Limite_na_Franquia_de_Dados_na_Banda_Larga_Fixa/?pv=5
  • Um observador  13/04/2016 15:16
    Você quer que libertários defendem uma interferência da ANATEL nas empresas provedoras de internet?

    Libertários querem o fim da ANATEL, isso sim.
  • Andre Henrique  13/04/2016 18:22
    Observador,
    Se você for sequestrado, ficando em cativeiro por tempo indeterminado, não aceitará o alimento que o sequestrador lhe oferecer? Dessa forma, como terá forças para tentar fugir ou ao menos se manter vivo?
    Abç,
    AHR
  • anônimo  13/04/2016 20:50
    A velha desculpa do esfomeado que faz de tudo para sobreviver. O que isso tem a ver com defender a interferência da ANATEL nas empresas provedoras?
  • Andre Henrique  14/04/2016 10:43
    Tudo! Se isso abrir caminho para que a ANATEL e outras empresas reguladoras sumam do mapa... TUDO!!!
  • Um observador  15/04/2016 14:59
    Andre Henrique

    Essa sua analogia foi completamente fora de lugar.

    Ela poderia ser usada por alguém defendendo a ideia de que não é moralmente errado um libertário usar serviços públicos (ex. universidades, SUS, polícia, etc).

    Mas o que tem a ver usá-la para defender que a ANATEL interfira na liberdade de empresas privadas?

  • Andre Henrique  15/04/2016 19:08
    Entendo, mas acho que "cada caso é um caso".
    Fiquei curioso... se alguém invadir sua casa, ameaçar sua família e vc tiver a chance de chamar a polícia, não o fara?
    Voltando ao cerne de nosso debate, o que você sugere então? Devemos receber um serviço pior ainda para não recorrer a Anatel? Entendo que dessa forma estamos lhe dando força, mas penso que enquanto não descobrimos um jeito de acabar com ela, temos que utilizá-la...
    Sei que parece um paradoxo, mas saiba que estou disposto a sacrificar meu bem estar se, por exemplo, um grande grupo de brasileiros se organizar e resolver cancelar sua internet/telefone/TV a cabo durante tempo indeterminado exigindo o fim da Anatel.
    Quem sabe surge uma "Rosa Parks" brasileira puxando esse movimento?!
  • Um observador  16/04/2016 04:08
    "Fiquei curioso... se alguém invadir sua casa, ameaçar sua família e vc tiver a chance de chamar a polícia, não o fara?"

    Felizmente nunca precisei, mas chamaria sim, com certeza! Também já utilizei o SUS algumas vezes, e cursei universidade pública. Não sou radical, não tenho problemas em utilizar a estrutura do estado - mesmo que eu defenda a sua diminuição/extinção.

    Mas só considero aceitável utilizar a estrutura do estado desde que isso não represente uma nova coerção contra terceiros (ou o aumento de uma coerção já existente).

    As universidades públicas, hospitais públicos, etc, já estão aí sendo financiados com dinheiro roubado de terceiros. O fato de eu usá-los ou deixar de usá-los não vai aumentar ou diminuir o roubo.

    No entanto, não tenho como defender que a ANATEL restrinja a liberdade das empresas - mesmo que seja para meu "benefício". Isso seria defender o aumento da coerção do governo, e isso não pode ser tolerado.

    "Voltando ao cerne de nosso debate, o que você sugere então? Devemos receber um serviço pior ainda para não recorrer a Anatel?"

    Podemos fazer qualquer coisa que não envolva coerção de terceiros. Reclamar com as operadoras, participar de campanhas nas redes sociais exigindo mudanças, mudar de operadora, cancelar os serviços, defender boicotes, etc. Isso para tentar convencer as operadoras a não aplicarem limites.
    Mas o mais importante é apontar o dedo para o verdadeiro culpado disso tudo, que é o governo que impede a livre concorrência no setor. Devemos tentar mostrar aos outros que a ANATEL é inútil e que todos os problemas dos quais ela "nos protege" são causados pelo cartel que ela própria criou.
  • Felipe Lange S. B. S.  14/04/2016 15:53
    Alguém por favor pode explodir a sede da ANATEL lá em Brasília?

    Se tem estadunidense reclamando da internet deles em relação à Romênia, imaginem quando eles descobrirem a maravilha que é a internet brasileira...

    E que resposta bonita que o Bernie recebeu no Twitter.
  • Junior  14/04/2016 20:49
    Colega, da onde vc tirou que a Anatel proíbe o ingresso de novos concorrentes no mercado?
    A onde isso tá escrito?
    Até onde me consta, qualquer um pode entrar no mercado de banda larga, inclusive pequenos empresários q normalmente o fazem por meio da internet a rádio.
    Aqui mesmo na minha cidade há uma meia dúzia de pequenos empreendedores que abriram o seus próprios provedores, via rádio, e comercializam livremente.
    A Anatel, nesses casos, faz apenas pequenas exigências, com o intuito de evitar interferências em outros sinais, como televisão, avião e etc.
    E o rádio não é a única forma que esses empresários fornecem banda larga, se vc procurarar, vai ver q existem inúmeras pequenas empresas que oferecem fibra ótica.
    Ou seja, existem no Brasil, uma centena de empresas de Banda larga, seja via rádio, seja via cabo, seja via fibra. O mercado é aberto, sendo q Anatel faz apenas pequenas exigências de ordem técnica.
    Se por acaso eu estiver errado, gostaria q vc me desse uma fonte, fidedigna, a respeito do q vc disse, uma lei ou algo do gênero.
  • Felipe  14/04/2016 22:33
    "Colega, da onde vc tirou que a Anatel proíbe o ingresso de novos concorrentes no mercado? A onde isso tá escrito?"

    O analfabetismo funcional segue um problema gravíssimo entre os brasileiros.

    Em primeiro lugar, o termo "proíbe" e suas variáveis não aparecem no texto.

    Em segundo lugar, o texto citou três links de notícias sobre a ANATEL agindo em prol do cartel de empresas já estabelecidas, com fonte e tudo, e você simplesmente não viu?

    Ei-las:

    www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/02/1234847-empresa-acusa-anatel-de-negociar-decisoes.shtml

    www.valor.com.br/empresas/2930182/unicel-adia-na-justica-decisao-da-anatel-sobre-venda-nextel

    gizmodo.uol.com.br/unicel-acusa-anatel-e-operadoras/

    "Até onde me consta, qualquer um pode entrar no mercado de banda larga [...]"

    Até onde lhe consta?! Que belíssimo argumento. Irrefutável...

    Mas não. Permita-me apresentar-lhe ao mundo real, o qual provavelmente não lhe consta.

    Lembra-se de quando a AT&T quis entrar no mercado brasileiro? Ela o quis fazer por meio da compra da Sky. O que aconteceu? O leilão ofertado pela Anatel mostrou-se caro e pouco vantajoso.

    Sim, isso mesmo: ao contrário do "que lhe consta", não é qualquer um que pode entrar no mercado. Para entrar no mercado, você tem pagar um preço determinado em um leilão. E quem estipula o leilão e os preços é a Anatel. Até mesmo a gigante mundial AT&T desistiu.

    Entre 1998 e 2014, a Anatel obteve R$ 45 bilhões apenas com a venda de licenças para telefonia e internet. Quem quer entrar no mercado (o qual você jura ser livre) tem de comprar estas licenças. Para efeito de comparação, o valor é equivalente a duas vezes o lucro da Vivo no mesmo período.

    Compradas as licenças, é preciso se submeter a normas e leis que determinam percentuais mínimos de cobertura, além de metas impostas pela Anatel. Para cumprir as metas, é preciso construir torres, enfrentando assim uma nova burocracia, a de prefeituras não muito dispostas a enfeiar suas cidades com torres por todos os lados. Cidades como Porto Alegre agem de forma bastante restritiva para impedir a construção de novas antenas.

    No entanto, segundo você, "qualquer um" pode entrar em um mercado no qual nem a AT&T conseguiu...

    E, ao contrário "do que lhe consta", entrar no Brasil construindo uma rede do zero é um desafio e tanto que poucas empresas estão realmente dispostas a se submeterem. Para a maioria delas, como a francesa Vivendi, que arriscou-se na compra da GVT (vendida recentemente), a única possibilidade viável é adquirir ativos já existentes, o que acaba mantendo a panelinha do setor.

    "Aqui mesmo na minha cidade há uma meia dúzia de pequenos empreendedores que abriram o seus próprios provedores, via rádio, e comercializam livremente."

    Há meia dúzia de provedores de internet na sua cidade? Diga-me que cidade é essa. Na minha há dois provedores: a Oi e um provedor local, que foi criado em 1998, antes da criação da ANATEL. Na sua cidade, caso seja verdade o que você está falando (o que acho bastante difícil, pois nem São Paulo tem esse tanto), é bem provável que tais provedores já existiam antes da Anatel.

    "A Anatel, nesses casos, faz apenas pequenas exigências[...]"

    Pequenas?! O que há de "pequenas" no que mencionei acima, que desanimaram até mesmo a AT&T?

    "Ou seja, existem no Brasil, uma centena de empresas de Banda larga, seja via rádio, seja via cabo, seja via fibra."

    Uau!!! Centenas!!! (Ninguém conhece mais do que 20). Na bostinha da Romênia, que é do tamanho de um estado brasileiro, há 1.010.

    "O mercado é aberto, sendo q Anatel faz apenas pequenas exigências de ordem técnica."

    Abertíssimo! Desde que você pague milhões em um leilão, se submeta a normas e leis que determinam percentuais mínimos de cobertura, se submeta a metas impostas pela Anatel, construa torres (enfrentando com isso mais burocracia) etc. -- sim, o mercado é abertíssimo e livríssimo.

    Dica básica: se, para entrar em um setor, você tem de participar de leilão caríssimo e desembolsar milhões para o governo, então esse setor não é de livre entrada. Esse é um setor cartelizado pelo estado.

    Agora, por favor, volte para o mundo "que lhe consta".
  • Johnny  15/04/2016 03:22
    Pois é, a Anatel só facilita a licença de pequenos provedores a rádio pois possuem capital muito limitado para atender pequenas parcelas excluídas das redes cabeadas das grandes teles.

    É simplesmente por isso que a Anatel facilita obtenção de licenças de pequenos provedores, pois eles não são concorrentes das grandes operadoras cartelizadas.
  • Junior  15/04/2016 03:39
    Bom, aqui tem uma lista com mais de 100 provedores:

    sistemas.anatel.gov.br/stel/consultas/ListaPrestadorasServico/tela.asp?pNumServico=045

    Dá uma olhadinha, qm sb tem um na sua cidade.

    Outra coisa, a tim e a oi, tem uma cobertura de banda larga fixa super restrita. Aliás, se quisessem, eles expandiriam os seus serviços, porém isso não é economicamente viável para eles, então apenas uma pequena parcela da população tem acesso a tais provedores. Na mesma linha, a NET, a vivo fibra, ou antes da fusão, a GVT.

    A questão é bastante simples, eles não tem interesse em levar os serviços a cidades mais distante e com baixa densidade demográfica, o que torna a maioria da população refém de apenas 1 provedor, ou, quando muito, 1 provedor desses grandes, concorrendo com pequenos serviços via rádio.

    Em outras palavras, por mais q vc abra o mercado, a concorrência só existe se houver interesse e isso não haverá, custa caro demais cabear um país do tamanho do Brasil, em última análise qualquer novo serviço de banda larga vai ficar restrito as principais capitais e o resto do país continuará refém de serviços ruins.

    Por outro lado, cabear a Romênia e qualquer país da Europa é muito fácil, alta densidade demográfica e pequeno território, altamente viável economicamente.

    Convém lembrar, que a concorrência, por si só, não evitará o limite de banda, nos EUA existem limite e em outros inúmeros países, com ampla concorrência, também existem tais limites.

    Por fim, só para enfatizar que existem dezenas, possivelmente centenas, de serviços de banda larga, vai alguns links para você:

    netserv.com.br/residencial/fibra-optica.php

    www.netsulfibra.com.br/

    www.pombonet.com.br/

    americansat.net.br/

    www.fox.com.br/

    Ps. Vc ainda não me disse se, de fato, esses dois nomes Americanos q constam da publicação do artigo realmente o escreveram, sobretudo considerando que, para tanto, eles teria de ter lidos os noticiários brasileiros e me parece que eles não são falantes do português.
  • Sandy  15/04/2016 04:21
    "Bom, aqui tem uma lista com mais de 100 provedores:

    sistemas.anatel.gov.br/stel/consultas/ListaPrestadorasServico/tela.asp?pNumServico=045"


    Essa lista não mostra provedores. Favor mandar o endereço correto.

    "Outra coisa, a tim e a oi, tem uma cobertura de banda larga fixa super restrita. Aliás, se quisessem, eles expandiriam os seus serviços, porém isso não é economicamente viável para eles, então apenas uma pequena parcela da população tem acesso a tais provedores. [...] A questão é bastante simples, eles não tem interesse em levar os serviços a cidades mais distante e com baixa densidade demográfica, o que torna a maioria da população refém de apenas 1 provedor, ou, quando muito, 1 provedor desses grandes, concorrendo com pequenos serviços via rádio."

    Ou seja, você acabou de confirmar absolutamente tudo o que diz o artigo.

    De fato, tais empresas não têm interesse em expandir. E nem precisam, pois não há ninguém para tomar a fatia de mercado delas, já que a ANATEL convenientemente restringe a entrada da concorrência.

    Não entendi por que você esperneou contra o artigo se você agora simplesmente repete o que ele disse.

    "Em outras palavras, por mais q vc abra o mercado, a concorrência só existe se houver interesse e isso não haverá,"

    Baseado em quê você determinou, de antemão e com total convicção, que "não haverá interesse"? Como você sabe que não haverá interesse?

    Com a ANATEL fechando o mercado e cobrando lances caríssimos em leilões absurdos, é claro que não haverá interesse. Agora, extinga a Anatel e libere geral a entrada, de modo que ninguém mais precise pagar nada ao governo para poder empreender (princípio básico da liberdade de mercado). Nesse cenário, você garante que "ninguém terá interesse" de atender demandas e ganhar dinheiro? Qual a sua teoria para isso?

    Na Romênia, bem mais pobre que o Brasil, houve demanda e esta foi atendida (justamente por não haver lá uma ANATEL). Por que você jura que o mesmo não ocorreria aqui? Qual o seu argumento para sustentar esse seu achismo?

    "custa caro demais cabear um país do tamanho do Brasil"

    Ninguém está falando em "cabear o Brasil", mas sim em liberdade de entrada em qualquer mercado localizado. Se eu quiser servir apenas a três ruas do Morumbi, a ANATEL me concede liberdade de entrada?

    Na Romênia, não houve necessidade nenhuma de cabear o país (você, pelo visto, não leu o artigo, algo que eu já suspeitava). Lá, tudo se expandiu na base do localismo.

    No mais, e no extremo, cabear o Brasil inteiro só é inviável porque a empresa teria de pagar lances bilionários nos leiloes da ANATEL, que existe justamente para impedir a livre entrada nesse mercado.

    "em última análise qualquer novo serviço de banda larga vai ficar restrito as principais capitais e o resto do país continuará refém de serviços ruins."

    Com a ANATEL operante, sem dúvida. Sem a ANATEL, como ocorre na Romênia, sua afirmação não se sustenta nem na teoria e nem muito menos na prática.

    "Por outro lado, cabear a Romênia e qualquer país da Europa é muito fácil, alta densidade demográfica e pequeno território, altamente viável economicamente."

    Isso não tem lógica nenhuma. Ninguém está dizendo que uma mesma empresa tem de atender do Oiapoque ao Chuí. O atendimento pode ser localizado. Uma empresa pode se concentrar exclusivamente na região que quiser. Qual o seu problema com essa liberdade?

    No mais, a Romênia é maior que vários estados brasileiros. Isso significa que os vários estados brasileiros poderiam fazer exatamente como a Romênia.

    "Convém lembrar, que a concorrência, por si só, não evitará o limite de banda, nos EUA existem limite e em outros inúmeros países, com ampla concorrência, também existem tais limites."

    Outra afirmação sem sentido, a qual é desmentida pelos dados do artigo (que tem fontes). Você, agora com toda a certeza, não leu o artigo.

    "Ps. Vc ainda não me disse se, de fato, esses dois nomes Americanos q constam da publicação do artigo realmente o escreveram, sobretudo considerando que, para tanto, eles teria de ter lidos os noticiários brasileiros e me parece que eles não são falantes do português."

    Não entendi nada. O artigo foi majoritariamente escrito pelo editor do site, cujo nome é Leandro Roque (está lá nos créditos), cidadão brasileiro. Os outros autores provavelmente contribuíram com as informações sobre seus respectivos países (Romênia e EUA). Você, definitivamente, não leu o artigo. E quer comentar. Que vergonha.
  • Universitário  15/04/2016 06:48
    Não ligue, Junior. O Brasil vive em um capitalismo selvagem de livre mercado, mas os austríacos desse site não percebem isso.

    portugues.doingbusiness.org/data/exploreeconomies/brazil/

    economia.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-cai-cinco-posicoes-em-ranking-sobre-facilidade-de-negocios,1787036
  • pensador barato  15/04/2016 13:33
    Caro Universitário nos explique o que é capitalismo selvagem de livre mercado,divida com nós essa teoria,por favor argumente com lógica e riqueza de detalhes e sem achismos,pois eu acho um monte de coisas,portanto não vale como premissa,achismos!!!
  • Lel  17/04/2016 05:23
    pensador barato, veja os links.
  • mauricio barbosa  17/04/2016 19:09
    lel

    Explique o que é capitalismo selvagem de livre-mercado.
  • Fernando  19/04/2016 15:24
    Outro que não entendeu a ironia.
  • Junior  15/04/2016 04:59
    Primeiro, a lista da anatel inclui inúmeros provedores, mas ela é desnecessária para provar meu ponto, na medida em que eu mandei o site de 5 provedores a título de exemplo, comprovando, desta forma, que existem muitos outros provedores.
    Segundo, vc concorda comigo que a TIM pode operar em todo país, correto?
    Assim como a vivo fibra, certo?
    Porém, ambas atendem apenas uma pequena fatia do mercado. E pq elas não expandem?
    Afinal, mais clientes, mais grana, não é? Já q, inclusive, estão amparadas pela proteção da Anatel, certo?
    A resposta é simples, não é economicamente viável.
    Nesse sentido:
    convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=site&infoid=38057&sid=14
    Por outro lado, como eu já disse, e já provei, tem dezenas de provedores no país. E pq eles não estão oferecendo um serviço de qualidade a baixo preço? Não tem viabilidade econômica.
    A Romenia tem uma densidade demográfica quase 5 vezes superior a do Brasil. Exemplificando, supondo q, no Brasil, para cabear 100 KM eu gaste 10 mil reais, que irão propiciar que eu tenha 100 clientes, lucrando 100 reais por mês com eles, na romenia, esses msm 100 KMS, com esse mesmo custo, vai me propiciar ter 500 clientes em vez de 100, com um lucro de 500 reais.
    Evidente que os números aqui usados foram só exemplificativos, descolados da realidade. Mas a lógica é essa, a densidade demográfica da Romênia é 5 vezes superior a Brasileira, é mto mais vantajoso operar lá do que no Brasil, com menos infraestrutura, eu atendo muito mais gente e tenho mais clientes.
    Agora, se vc não entende isso, paciência. Eu não vou ficar aqui tentando convencer ngm.
  • Burocrata  28/08/2018 20:08
    Lembra-se de quando a AT&T quis entrar no mercado brasileiro? Ela o quis fazer por meio da compra da Sky. O que aconteceu? O leilão ofertado pela Anatel mostrou-se caro e pouco vantajoso.

    Sim, isso mesmo: ao contrário do "que lhe consta", não é qualquer um que pode entrar no mercado. Para entrar no mercado, você tem pagar um preço determinado em um leilão. E quem estipula o leilão e os preços é a Anatel. Até mesmo a gigante mundial AT&T desistiu.

    Entre 1998 e 2014, a Anatel obteve R$ 45 bilhões apenas com a venda de licenças para telefonia e internet. Quem quer entrar no mercado (o qual você jura ser livre) tem de comprar estas licenças. Para efeito de comparação, o valor é equivalente a duas vezes o lucro da Vivo no mesmo período.

    Compradas as licenças, é preciso se submeter a normas e leis que determinam percentuais mínimos de cobertura, além de metas impostas pela Anatel. Para cumprir as metas, é preciso construir torres, enfrentando assim uma nova burocracia, a de prefeituras não muito dispostas a enfeiar suas cidades com torres por todos os lados. Cidades como Porto Alegre agem de forma bastante restritiva para impedir a construção de novas antenas.

    No entanto, segundo você, "qualquer um" pode entrar em um mercado no qual nem a AT&T conseguiu...

    Ninguém está dizendo que uma mesma empresa tem de atender do Oiapoque ao Chuí. O atendimento pode ser localizado. Uma empresa pode se concentrar exclusivamente na região que quiser. Qual o seu problema com essa liberdade?
    No mais, a Romênia é menos densa que vários estados brasileiros do Sul, Nordeste e Sudeste. Isso significa que os vários estados brasileiros poderiam fazer exatamente como a Romênia.
  • anônimo  16/04/2016 16:28
    O fato é que as operadoras com ou sem Anatel...
  • Roberto  16/04/2016 17:12
    Sem as agências as operadoras estariam pulando miudinho, morrendo de medo da concorrência estrangeira, implorando por clientes e fornecendo serviços minimamente decentes e a preços baixíssimos.

    Além da Romênia é assim também na Guatemala.

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1160
  • Marcos  18/04/2016 22:05
    O que pouca gente fala é que o principal objetivo dessa medida é impedir que as pessoas usem WhatsApp e Netflix. Eles primeiro tentaram fazer com que o governo levantasse barreiras a essas empresas, mas a coisa acabou pegando mal e eles resolveram fazer isso por meios indiretos.

    É uma forma descarada de cartel, já que se trata de empresas que oferecem serviços casados utilizando seu oligopólio no acesso a internet para tirar seus concorrentes dos outros serviços do mercado.

    A coisa é de uma cara-de-pau tão grande que eles sequer se dão ao trabalho de oferecer opções de planos com limites maiores, mesmo que muito caros. Se o maior limite disponível é ridículo para um usuário moderado, quanto mais para alguém que consume muito ou que tem muitos usuários em asa.

    O melhor jeito de reagir a isso é:

    1 - Exigir o imediato fechamento da Anatel, que só serve para parasitar nosso dinheiro e defender o cartel

    2 - Boicotar da melhor forma possível as empresas. Talvez seja impossível ficar sem internet, mas ao menos dá para diminuir ou cortar o serviço de telefonia e TV a cabo dessas empresas.
  • Gabriel Medeiros  19/04/2016 13:48
    É, meu caro. Reze para que seja isso mesmo, pois ai um simples burocrata da Anatel ou pessoas fazendo petições poderão resolver o problema. Agora, se o problema é escassez de banda, o buraco vai ser mais embaixo.
  • Anonimo  20/04/2016 12:24
    Vocês poderiam fazer um texto mais técnico citando quais são estes "vários, caros e difíceis requerimentos burocráticos"? Quem sabe até entrevistar um empresário que tem uma "rede gerida em nível local" na Romênia? Eu sei que há vários empecilhos para se investir no Brasil, mas no caso deste setor, eu gostaria de saber quais são. Quem sabe também citar de forma mais específica as regulamentações guatemaltecas.

    Outros textos sobre o assunto:
    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1160 A Guatemala e seu exemplo de privatização
    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1363 Celular ilimitado por R$30/mês
    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1647 Regulações protegem os regulados e prejudicam os consumidores
    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1927 Não basta privatizar - tem de desregulamentar e liberalizar


  • Pobre Paulista  20/04/2016 14:21
    Tá brincando? Nem mesmo um cidadão comum consegue compartilhar internet com seu vizinho sem a ANATEL intervir!

    ANATEL multa usuários por compartilhar Internet wirelless

    E era Wireless! Imagina se quisessem passar um cabo de uma ponta à outra da rua?
  • Douglas  21/04/2016 03:26
    www.ilisp.org/artigos/entenda-porque-o-marco-civil-e-responsavel-pelo-limite-da-internet/

    IMB, essa informação procede? Poderiam falar mais a respeito?

    É uma ótima oportunidade mostrar como o Marco Civil é uma verdadeira palhaçada, coisa que a maioria ainda não percebeu.
  • yzkaryotz  21/04/2016 15:16
    Site de direita usando comentários do Sanders que é socialista, que piada!
    Preparem-se era o PT que impedia o pacotão de maldades da turma do PMDB,PSDB, DEM,PPS,eles são notórios lobistas das operadoras e agora com o golpe, essa turma do Cunha, Temer, PSDB, PMDB, PPS DEM e os grupos de mídia GLOBO as operadoras vão deitar e rolar no lombo de todo mundo. A Globo tem interesse em diminuir o uso da internet pela população porque ela está perdendo audiência e grana com o povo na internet.
    E para que saiba o Cunha e o PSDB na época do Marco civil da internet já tentavam colocar esse limite na inter e pior, queriam colocar na lei do Marco Civil da Internet um esquema de pacote de assinatura, a ideia era que a pessoa so poderia acessar os sites que ela assinou no pacote! Por muita luta o PT impediu que esses golpistas canalhas aprovassem isso. Mas agora sem o PT pra lutar contra e defender a população impedindo esses tipos de lei que ferram todos nós, já era! O Fora esquerda, Fora PT, Fora Dilma, Fora Lula e o antipetismo vão custar cara pra todo mundo, porque agora o poder está nas mãos dos verdadeiros bandidos!
    Me cobrem daqui uns meses, vocês vão ver com seus próprios olhos e sentir como dói no bolso.
  • Eduardo  21/04/2016 15:21
    Puxa, quer dizer então que podemos contar com você na luta pela abolição da ANATEL e de todas as outras agências reguladoras?

    Você certamente não vai querer essas agências reguladoras (criadas pelos tucanos) nas mãos de gente ruim (ou seja, qualquer um que não seja do PT), certo?

    E aí, você está conosco na luta pela desregulamentação da economia? Vai lutar ou vai correr?
  • anônimo  21/04/2016 21:50
    Com ou sem Anatel, as operadoras fariam isso. Veja que quase todas aderiram ao plano....
  • Roberto  21/04/2016 22:10
    Pelo visto, não entendeu absolutamente nada do que foi dito ou demonstrado.

    Sem uma agência estatal para fechar o mercado e lhes garantir uma reserva de mercado, as operadoras estariam pulando miudinho, morrendo de medo da concorrência estrangeira, implorando por clientes e fornecendo serviços minimamente decentes e a preços baixíssimos.

    Além da Romênia é assim também na Guatemala.

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1160
  • anônimo  22/04/2016 22:38
    A AT&T também limitou as franquias nos EUA....
  • Raphael  25/04/2016 21:36
    O que vejo na prática não é um mercado tão polarizado nas grandes empresas do setor. Moro em minas gerais e em todas as pequenas cidades da região existem provedores de internet alternativos. Quase ngm utiliza oi, vivo, claro.

    O que comanda são os pequenos provedores com sede na região.

    O que dizer sobre isso?
  • Alberto  26/04/2016 00:25
    Na esmagadora maioria dessas cidades do interior em que há provedores locais, estes se estabeleceram antes da criação da ANATEL -- ou então, logo após sua criação sua criação, quando a regulamentação ainda não estava completa.

    Na cidade em que moro, de 60 mil pessoas, é assim: tem a Vivo e tem o provedor local, criado em 1998.

    Eu me lembro, ainda no início de 1999, havia várias operadoras de telefonia celular no Brasil, operando em vários níveis (de municipal a estadual). Havia, até então, liberdade de entrada. Nos centros das cidades, havia várias lojas de várias operadoras, cada uma vendendo seus aparelhos.

    Desde então a Anatel começou a fechar o mercado, provavelmente a pedido das grandes, que então começaram a comprar essas outras menores e consolidar seu oligopólio no mercado.
  • Raphael Paiva  26/04/2016 02:59
    Alberto,

    A ANATEL foi fundada em 1997.
    Nas cidades próximas de onde eu moro TODOS os provedores de internet foram fundados depois dos anos 2000.
  • Eliseu Drummond  26/04/2016 05:44
    Raphael, você está correto: ela foi criada em julho de 1997.

    Porém...

    Há um grande e importantíssimo detalhe: até o ano 2000, toda a regulamentação da telefonia móvel e da internet era, em sua maior parte, formada por normativas do Ministério das Comunicações. A ANATEL pouco fazia nessa área.

    Foi só a partir de 2000 que a ANATEL, que está vinculada ao Ministério das Comunicações, assumiu o controle integral dessa função.

    Sendo uma estrutura lenta e gerontocrática, o Ministério das Comunicações de então tinha a mesma "rapidez de resposta" dos burocratas romenos. Por isso, tudo se expandiu rapidamente àquela época.
  • Rodrigo  26/04/2016 00:56
    Conselheiro da ANATEL é flagrado em restaurante de Brasília comemorando com executivos da NET.

    www.facebook.com/199596653425232/videos/1174686575916230/?pnref=story.unseen-section

    E tem alguns (poucos) otários aqui defendendo a ANATEL.
  • Claudio  23/05/2016 08:50
    Texto muito bom.

    Uma pena que o Bostil demorará muito para abrir o Mercado.
  • Andre  03/06/2016 11:31
    Notícia boa mesmo, temos que encher a caixa de comentários dessa reportagem comemorando, pra esses jornalistas começarem a dar mais atenção a situações assim.
  • Fabio  07/07/2016 21:45

    Isso diz tudo:
    [link]https://a.disquscdn.com/uploads/mediaembed/images/3493/3267/original.jpg[link]

    Percebo que MAVs estão ocupando sites famosos como o TechTudo nos comentários para tentar convencer as pessoas a aceitar numa boa.
    Culpar o NetFlix é comum.
  • joão paulo  01/10/2016 22:36
    Brasil tinha que seguir o Exenplo do japão e outras regiões ...

    Aqui no Brasil os provedores de internet normalmente ofertam seus serviços de 1 à 10 Mbps em valores que giram em torno de R$40,00 à R$100,00, que convenhamos é um preço alto levando-se em consideração a velocidade da internet japonesa. Mas será que essa diferença de velocidade também se aplica ao preço?

    Se as conexões japonesas conseguem ser até mil vezes mais rápidas do que as que temos aqui então devem custar muito mais caro, ou o equivalente, no caso uns R$70.000 mensais, não? Errado! Uma conexão de fibra ótica no Japão custa, em média, R$100,00 por mês, o valor já está e reais mesmo.Por que a internet no Japão consegue ser tão rápida?

    É uma questão complexa para se explicar, mas basicamente se deve a dois fatores, o tamanho do país, o Japão tem mais ou menos o tamanho do Mato Grosso do Sul, o estado Brasileiro, porém é bem mais rico, desta forma cobrir o território nacional com fibra não é tão trabalhoso quanto aqui.

    Como citando anteriormente, praticamente todo o país é coberto por fibra óptica o que faz com que a conexão dentro do país seja extremamente eficiente.

    O governo japonês tem apoiado fortemente as conexões de fibra para residências particulares e, como resultado, o país está agora entre os líderes mundiais da tecnologia.

    O serviço de fibra está sendo implantado com facilidade em Tóquio porque grande parte da população mora em apartamentos "bem construídos". Segundo a própria So-net (a empresa dos 2 Gbps) e isso facilita muito a ampliação das conexões.
  • Hediel  10/10/2016 13:55
    nós sempre tivemos em nossos mãos o poder de acabar com todos esses excessos.
    a única coisa que poderíamos fazer, é boicotar todos os serviços.
    se 1,10,100,1000 brasileiros fizerem boicote, não será suficiente. TODOS devem adotar o boicote
    para que tanto a Anatel quanto as operadores atuem de forma digna e respeitosa com a Nação, ou caso contrário elas seriam forçadas a sair daqui por falta de lucro.
    nossa nação peca por ser egoísta, pois se todos pensassem uns nos outros, teríamos força suficiente pra derrubar qualquer tipo de excesso. seja preços dos carros, serviços móveis enfim. só a Nação inteira se manifestando contra isso, é que será suficiente para mudar essa e tantas outras realidades. caso contrário,
    viveremos muitos e muitos anos nesse sofrimento, até pessoas éticas, humildes e igualitárias reconduzir as estruturas do Brasil,
    coisa que acredito eu levará um bom tempo, a esperança são as nossas crianças, que elas venham carregadas dos valores que tanto faltam nos nossos adultos atualmente. o Brasil é o resultado do egoísmo, da individualidade e da desonestidade.
    que a geração futura seja livre dessas deficiências que só atrapalham o progresso verdadeiro de qualquer nação, como acontece atualmente na nossa!
  • Gustavo  16/12/2016 16:24
    Reportagem que talvez seja interessante para futuros artigos relativos à importância do livre mercado para o acesso à Internet:
    g1.globo.com/tecnologia/noticia/37-cidades-concentram-50-da-banda-larga-fixa-do-brasil.ghtml
  • Fernando  30/12/2016 11:07
    Até quando isso? Ninguém aguenta mais!!
    Vou ter que ficar aplicando em LFTs até quando para me sentir ressarcido?

    g1.globo.com/economia/noticia/contas-de-telefone-fixo-e-pos-pago-vao-ficar-mais-caras-a-partir-de-janeiro.ghtml
  • Kennyruffles  14/01/2017 18:29
    Como que funciona pra passar um cabo de um lugar pra outro numa via que é publica na Romenia então? Só passar? E como isso funcionaria pra televisão por exemplo que tem faixas de frequencia limitadas?
  • Marcos   14/01/2017 19:04
    Subterrâneo e postes (não fica esteticamente bonito, mas funciona).

    Sobre canais de televisão:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1954
  • LUIZ F MORAN  19/04/2017 17:30
    Essas "agências reguladoras", que hoje estão recheadas de parasitas do $$$ alheio, é uma obra do medíocre falastrão fabiano FHC.
  • Alexandre Schmitt  04/12/2017 23:05
    Em certo debate na internet, me deparei com esse comentário dizendo que não seria possível ter uma ampla concorrência de telecomunicações, pois nenhum país tem tanta disponibilidade pra isso, até por que grande de parte dos países do mundo, tem no máximo 5 empresas. As centenas dos EUA são virtuais que diferem completamente das físicas. Segue o argumento:

    O que eu estou tentando te mostrar é que o mercado de telecomunicações móveis é um oligopólio por natureza. Questões técnicas e de custos impedem uma maior abertura para muitas empresas...

    Estou te mostrando que o Brasil já É um dos países com o maior numero de operadoras do mundo, mas se tu quer continuar acreditando que a ANATEL negou por birra 10 empresas de atuarem aqui, vai em frente...

    A regulação das virtuais é imensamente menor que de uma operadora de verdade, elas por exemplo não precisam comprar uma licença de radio. E não existe país no mundo onde essas faixas de frequência (bandas) não sejam controladas pelo Estado e leiloadas conforme a conveniencia da agencia reguladora. Não existe lugar nenhum do mundo onde você simplesmente acorda de manha e diz, vou abrir uma empresa de telefonia celular. Não, primeiro você tem que esperar o governo liberar uma nova banda para leilão, para aí comprar essa faixa de frequencia para operar.

    As operadoras virtuais não possuem infraestrutura de rede, e tem que negociar o uso da infraestrutura de outra operadora. Dado o perfil dos empresarios Brasileiros, essa negociação é dificultada pelas próprias operadoras, não é uma questão da Anatel. O máximo que a Anatel poderia fazer é INTERFERIR MAIS AINDA e forçar as operadoras a trabalharem com as virtuais. Mas é exatamente isso o que você é contra.
  • Matias  04/12/2017 23:37
    Pergunta já feita e já respondida aqui:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=637#ac208524
  • Orlando  04/12/2017 23:56
    Schmitt, pergunta básica: se o mercado de telefonia do Brasil é idêntico ao do resto do mundo -- ou seja, sem reservas de mercado protegidas pelo governo --, então por que as outras operadoras de telefonia do resto do mundo não vêm pra cá usufruir dos altos lucros?

    m.tecmundo.com.br/vivo/104177-mesmo-vendendo-internet-ilimitada-lucro-vivo-cresce-179.htm

    Isso é economia basica: se o lucro é alto (a margem chega a 30%) e a entrada no mercado é livre, entao a concorrência invade e rapidinho derruba as margens. Por que isso não ocorre?

    Será que as operadoras do resto do mundo odeiam dinheiro? Será que elas são otárias e estão abrindo mão de ganhar dinheiro fácil?

    Óbvio que não. Elas não vem para cá porque a entrada não é livre.

    O mercado de telefonia brasileiro é tão aberto e liberado para a concorrência estrangeira quanto o automotivo.
  • Alexandre Schmitt  05/12/2017 00:46
    Eu fiquei em duvida na argumentação dada pelo sujeito. Pois outra pessoa tinha levantado o mesmo ponto que este artigo..."Se não fosse a ANATEL, várias empresas poderiam vir pra cá concorrer e melhorar a qualidade dos serviços de telecomunicações..."

    O sujeito respondeu que não existe tal concorrência, pois "não possui disponibilidade de rede para várias empresas físicas aqui, portanto ja seria um oligopólio por natureza...". Como ele sugeriu.

    Orlando respondeu: "Óbvio que não. Elas não vem para cá porque a entrada não é livre. "

    Mas ai o sujeito diz que na verdade eles não vem pq não tem como instalar várias empresas físicas de telecomunicações, e ainda questionou..."Desafio uma pessoa me trazer um país que tenha mais de 10 empresas físicas de telecomunicação"

    Eu entrei no meio e o questionei sobre as centenas dos EUA, ele respondeu que menos de 10 são físicas e as virtuais são completamente diferentes dizendo:

    "A regulação das virtuais é imensamente menor que de uma operadora de verdade, elas por exemplo não precisam comprar uma licença de radio. E não existe país no mundo onde essas faixas de frequência (bandas) não sejam controladas pelo Estado e leiloadas conforme a conveniência da agencia reguladora. Não existe lugar nenhum do mundo onde você simplesmente acorda de manha e diz, vou abrir uma empresa de telefonia celular. Não, primeiro você tem que esperar o governo liberar uma nova banda para leilão, para aí comprar essa faixa de frequência para operar"

    A minha pergunta é, a tal argumentação de que não tem como um país ter mais de 10 empresas físicas de telecomunicações é verdadeira? Qual a diferença entre as operadoras virtuais e físicas em questão de disponibilidade de serviço? Seria mais interessante se vocês me mostrassem as contradições no argumento do sujeito que eu deixei no primeiro comentário.
  • Orlando  05/12/2017 02:20
    "E não existe país no mundo onde essas faixas de frequência (bandas) não sejam controladas pelo Estado e leiloadas conforme a conveniência da agencia reguladora. Não existe lugar nenhum do mundo onde você simplesmente acorda de manha e diz, vou abrir uma empresa de telefonia celular. Não, primeiro você tem que esperar o governo liberar uma nova banda para leilão, para aí comprar essa faixa de frequência para operar"

    Duh! Mas é exatamente este o ponto! É assim que é feita a reserva de mercado pela Anatel. Ao passo que os outros países são mais liberais na concessao de bandas, a Anatel as utiliza para fechar o mercado. No próprio artigo acima, há uma longa citação de um caso em que a Anatel atuou explicitamente para proibir o surgimento de um concorrente para
    Claro, Vivo, Oi e TIM. Impossível um exemplo de reserva de mercado mais explícito que aquele.

    Aliás, perceba a incoerência do cidadão: primeiro ele disse que o mercado é totalmente livre no Brasil. Aí, logo em seguida, ele dá uma guinada de 180 graus e reconhece que só pode entrar quem o governo quer. Ué, como assim? É livre ou só entra quem o governo permite?

    De resto, escolha qualquer país pequeno da Europa: ele terá pelo menos o dobro de operadoras do Brasil (físicas e virtuais). E por que há tão poucas virtuais no Brasil? Pois é, dona Anatel fez de tudo para atrapalhar:

    techinbrazil.com.br/mercado-de-mvno-s-no-brasil

    Até mesmo a Sprint quis vir pra cá, mas mudou de ideia quando viu as regulamentações:

    pt.m.wikipedia.org/wiki/Operadora_móvel_com_rede_virtual
  • Ygor  05/12/2017 00:23
    "Estou te mostrando que o Brasil já É um dos países com o maior numero de operadoras do mundo"

    Ou é demagogo ou é ignorante.
    Até a GUATEMALA possui mais empresas de telecomunicações o Brasil. Até a ROMÊNIA possui mais empresas de telecomunicação que o Brasil.
    Se ele está correto, porque a AT&T, a maior empresa do mundo no setor, não veio pro Brasil, mas está na Guatemala? Será que ela não gosta de brasileiros, mas foi com a cara dos guatemalos? Será que a AT&T odeia dinheiro e não quer suprir um mercado de 200 milhões de pessoas?
  • Alexandre Schmitt  05/12/2017 16:14
    Mas Guatemala não são apenas 4?
  • Marcos  05/12/2017 16:39
    Cinco. Há a tuenti, que é virtual.

    Para um país pobre, com apenas 14 milhões de habitantes (cidade de São Paulo), isso é algo incrível.
  • Alexandre Schmitt  06/12/2017 03:53
    Sim, entretanto não obtive resposta do ponto principal que ele levantou.

    1 - Se não tivesse agência reguladora, poderia ter qualquer quantidade de empresas aqui? Algum fator limita a quantidade de empresas físicas de telecomunicações? Várias e árias empresas são capazes de desenvolver internet em qualquer lugar? Um país (sem agência reguladora) teria capacidade de receber mais de 20 operadoras físicas? Mesmo algum países com menos regulações, por quê nenhum deles possuem mais de 10 operadoras físicas? Ele negou todos esses questionamentos, dizendo que não tem como um país ter mais de 10 operadoras físicas. Como ele disse, não tem nenhum país no mundo que tenha mais de 10 (físicas).

    2 - Ao citar operadoras virtuais, ele falou que possui diferença (como esta escrito aí). Mas de fato existe uma ampla diferença entre física e virtual? Uma tem ampla vantagem sobre a outra? Uma tem que a outra não tem? As regulações atrapalham as virtuais tanto quanto as físicas?

    Só para acrescentar, eu tinha lido o artigo do IMB a respeito da Guatemala, entretanto ele colou este link dizendo que o serviço na verdade não é bom e que a quantidade de celulares per capita é ínfima. Inclusive o Brasil está na frente.
  • Orlando  06/12/2017 11:44
    "Se não tivesse agência reguladora, poderia ter qualquer quantidade de empresas aqui?"

    Se a entrada é livre, haveria quantas empresas estivesse sendo demandada pelos consumidores. Qual seria esse número mágico? Não faço a mais mínima ideia.

    "Algum fator limita a quantidade de empresas físicas de telecomunicações?"

    Burocracia, regulamentações, leis e espectro magnético (monopólio estatal).

    "Várias e árias empresas são capazes de desenvolver internet em qualquer lugar?"

    O artigo acima fala exatamente sobre isso, citando um exemplo real. Em 2011, havia 1.010 (mil e dez) provedores na Romênia.

    ec.europa.eu/digital-single-market/sites/digital-agenda/files/RO_Country_Chapter_17th_Report_0.pdf

    O fato de você continuar ignorando essa informação e insistir em ficar repetindo a mesma pergunta, operando em um loop infinito, mostra que você não está interessado em debater, mas sim em tumultuar.

    "Um país (sem agência reguladora) teria capacidade de receber mais de 20 operadoras físicas?"

    Já respondido acima.

    "Mesmo algum países com menos regulações, por quê nenhum deles possuem mais de 10 operadoras físicas?"

    Porque sempre há regulação. E porque o mercado consumidor não está demandando mais. Você não tem noção de quão ridiculamente barata são internet e chamadas telefônicas no resto do mundo. Para nós brasileiros é coisa de cair o queixo.

    "Mas de fato existe uma ampla diferença entre física e virtual?"

    Mais serviços, mais ganhos de escala, mais concorrência.

    "As regulações atrapalham as virtuais tanto quanto as físicas?"

    Sim, já foi falado acima sobre as virtuais no Brasil. Um dos poucos países que não tem, graças às regulações da Anatel. A Sprint americana queria entrar aqui e a Anatel não deixou.

    Você continua no loop infinito, repetindo as mesmas perguntas que já foram respondidas.

    "ele colou este link dizendo que o serviço na verdade não é bom e que a quantidade de celulares per capita é ínfima. Inclusive o Brasil está na frente."

    Este seu link nada fala sobre a qualidade dos serviços (o que mostra como você está completamente perdido, dando tiro pra tudo quanto é lado). Ele fala apenas sobre a quantidade de celulares per capita, um indicador que tem a ver com a riqueza da população, e não com a qualidade dos serviços prestados. Mais atenção na próxima.

    Aliás, o fato de a Guatemala ter mais operadoras que o Brasil, mesmo com sua população sendo muito mais pobre e tendo bem menos celulares, simplesmente piora assustadoramente a situação para o Brasil. Somos mais ricos, temos bem mais celulares, demandamos muito mais serviços, e ainda assim temos menos oferta que a Guatemala. Belo serviço da Anatel. E um baita tiro no pé do seu amigo.
  • Alexandre Schmitt  06/12/2017 15:08
    Entendido. Obrigado pelas respostas.
  • TCC  15/03/2018 12:31
    Meu TCC será sobre os efeitos nocivos no setor da telefonia

    Contarei a história das regulações no setor, telebrás estatal e privatizada, ANATEL e farei um direito comparado com a romenia

    Caros colega, ficarei grato se vocês souberem de outros excelentes artigos -aqui do mises e de outras fontes- que contribuiria para minha pesquisa no TCC.

    Forte Abraço!
  • Eduardo R., Rio  14/12/2018 02:12
    O caso da banda larga fixa no Brasil, por Amanda Flávio de Oliveira e Vinícius Teixeira Dornas.
  • anônimo  16/01/2019 05:39
    jornalggn.com.br/blog/almeida/empresas-de-telecomunicacoes-no-brasil-mais-uma-prova-da-farsa-desenvolvimentista

    Embora seja uma nostalgia desumana, como eu tenho saudades dos tempos em que a briga política era entre socialistas e desenvolvimentistas (os tais neoliberais).

    Infelizmente os socialistas atuais abandonaram o socialismo e abraçaram o fascismo. Todos estão no mesmo barco agora.


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