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Por que o BNDES deve ser abolido
A extinção do BNDES acabaria com quatro consequências nefastas sobre a economia

"Ei, doutor Meirelles, o senhor é realmente durão?"

Devo confessar que até fiquei temporariamente animado — mas só um pouco! — com o governo interino de Michel Temer após ele ter tomado, logo de início, duas medidas politicamente incorretíssimas: a extinção do Ministério da Cultura (o que irritou a endeusada classe artística, provando que a medida era correta) e a montagem de um ministério sem mulheres (uma afronta às feministas e aos seguidores da ideologia de gênero).

Após essas duas medidas, pensei: esse sujeito é corajoso.  Logo no primeiro dia, ele já afronta dois dos mais poderosos grupos de interesse do país.

Mas aí, como que para provar que o meu espanto era justificado, o libanês rapidamente capitulou e não apenas criou uma tal Secretaria Nacional da Cultura, para apaziguar a classe artística, como ainda anunciou que não abre mão de que ela seja chefiada por uma mulher, para apaziguar as feministas.

Ou seja, como diriam na cultura popular, Temer "arregou".

Já está claro, portanto, que dele não poderemos esperar atitudes corajosas.  Normal, afinal ele é um político de carreira. Nossa única, e escassa, esperança pairará então sobre o novo Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.  Pelo menos voz e aparência de durão ele tem.  Resta ver se isso é só pose ou se ele de fato é tudo aquilo que seus admiradores juram que ele é.

Em suas recentes entrevistas, Meirelles tem deixado claro que a prioridade do governo interino será controlar os gastos do governo, estancar o crescimento da dívida pública, e até mesmo reduzir a dívida pública.

Pois bem.  Dizer que o governo interino deve reduzir ministérios e demitir imediatamente todos os apaniguados que a máquina petista incrustou no estado para aparelhá-lo é chover no molhado.  Isso é o mínimo que se espera.  Se Temer e Meirelles não tiverem coragem de fazer nem esse básico — o que talvez teria o apoio até mesmo da classe artística —, então não há motivo nenhum para eles estarem o poder.

Por isso, as medidas tomadas devem ser mais agressivas e ousadas.  Se o objetivo de Meirelles é controlar os gastos, estancar o crescimento da dívida pública e até mesmo reduzi-la, há uma única medida que ele pode tomar imediatamente, e que lograria esses três objetivos. 

Ministro, feche o BNDES e acabe com o Bolsa-Empresário.

Como funciona o BNDES

Desde que Guido Mantega deixou a presidência do BNDES e se tornou Ministro da Fazenda, em março de 2006, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social tornou-se uma peça-chave no modelo de desenvolvimento proposto pelo governo petista.

Só que o BNDES, quando despido de toda a propaganda ideológica, não passa de uma perniciosa máquina de redistribuição de renda às avessas.  Uma vez que você entende como realmente funciona este suposto banco de desenvolvimento, torna-se claro seu mecanismo espoliativo.

Originalmente, os recursos do BNDES eram oriundos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador — fundo destinado a custear o seguro-desemprego e o abono salarial).  Só que, dado que os recursos do FAT advêm das arrecadações do PIS e do PASEP, na prática os recursos do BNDES eram originados dos encargos sociais que incidem sobre a folha de pagamento das empresas.  Esse dinheiro era então direcionado para as grandes empresas a juros subsidiados.

Este arranjo, por si só, já denotava um grande privilégio.  Por que, afinal, as pequenas empresas devem financiar os juros subsidiados das grandes empresas?

O problema é que essa matriz, já ruim, foi alterada para pior a partir de 2009.  As leis nº 11.948/09, nº 12.397/11, nº 12.453/11, nº 12.872/13, nº 12.979/14 e nº 13.000/14 autorizaram a União a conceder empréstimos ao BNDES, com um "módico" limite de R$ 378 bilhões.

Ou seja, se antes o BNDES se financiava exclusivamente via impostos, a partir de 2009 ele passou a se financiar também via repasses diretos do Tesouro, na forma de empréstimos. 

Só que há um detalhe óbvio: o Tesouro não tem dinheiro sobrando para emprestar ao BNDES.  Consequentemente, para conseguir esse dinheiro, o Tesouro tem de se endividar.  Ato contínuo, ele emite títulos da dívida com o intuito de arrecadar esse dinheiro.

Repetindo: como, a partir de 2009, o BNDES não tinha todo o dinheiro que o governo queria destinar a seus empresários favoritos — como o hoje falido Senhor X, as empreiteiras, e demais "campeãs nacionais", como BRF, Oi, JBS/Friboi —, o Tesouro começou a emitir títulos da dívida com o intuito de arrecadar esse dinheiro e repassá-lo para o BNDES. 

Consequentemente, o BNDES foi anabolizado.  Sua capacidade de fazer empréstimos subsidiados aumentou quase que exponencialmente.

O gráfico a seguir mostra a evolução dos empréstimos do BNDES, atualmente com um saldo de R$ 656 bilhões.  Observe a guinada ocorrida em meados de 2009, exatamente quando essa nova modalidade foi implantada.

bndes.png

Gráfico 1: Evolução dos empréstimos concedidos pelo BNDES. A linha vermelha (que foi descontinuada em 2013) representa a soma da linha azul (empresas) com a linha verde (pessoas físicas).

Já o gráfico abaixo mostra o crescimento da quantidade de títulos emitida pelo Tesouro.  Na prática, o gráfico abaixo mostra a evolução da dívida bruta do Tesouro.  Observe que os saltos ocorridos em 2009 e 2010 coincidem com o aumento dos financiamentos do BNDES. 

Observe também o atraso de um ano entre o salto ocorrido nos financiamentos do BNDES em 2014 e na emissão de títulos em 2015.  Esse atraso de um ano foi exatamente por conta das "pedaladas fiscais".

divida.png

Gráfico 2: evolução da dívida bruta do Tesouro

As quatro consequências nefastas da existência do BNDES

1) Inflação

Em primeiro lugar, vale deixar bem claro que a atual política de repasses do Tesouro para o BNDES é inerentemente inflacionária.  Como explicado, o Tesouro emite títulos (se endivida) para financiar o BNDES.  E quem compra esses títulos emitidos pelo Tesouro?  O sistema bancário.  Como ele compra?  Criando dinheiro do nada, pois opera com reservas fracionárias

Ou seja, o endividamento do Tesouro para financiar o BNDES é algo que ocorre via inflação monetária.

Portanto, além de aumentar o endividamento do governo, este mecanismo utilizado pelo Tesouro para financiar o BNDES também aumenta a quantidade de dinheiro na economia.  E, como mostra o gráfico acima, desde 2009, o BNDES, sozinho, foi o responsável por jogar praticamente R$ 450 bilhões na economia. 

(Todos os bancos estatais em conjunto despejaram na economia, nesse mesmo intervalo de tempo, R$ 1,2 trilhão (veja o gráfico 6 deste artigo), o que significa que apenas o BNDES responde por quase 40% desse valor.  Nesse mesmo período, os bancos privados jogaram "apenas" R$ 586 bilhões).

Portanto, a primeira consequência direta do BNDES é a inflação monetária, que gera uma pressão direta sobre os preços.

2) Deterioração da situação fiscal do governo

Além de ter causado uma grande inflação monetária — algo que, por si só, pressiona a carestia —, esse mecanismo de financiamento do BNDES, via endividamento do Tesouro, também ajudou a deteriorar o quadro fiscal do governo.  A dívida bruta está em 66,2% do PIB.  Para que se tenha uma ideia, no final de 2013, a dívida bruta do Brasil estava em 56,7% do PIB.

Ou, falando em termos nominais, a dívida bruta, que estava em R$ 2 trilhões ao final de 2009 está hoje em R$ 4 trilhões.  Aumento de 100%.

Esse valor da dívida bruta — mais ainda, essa tendência de aumento —, não apenas foi a responsável direta pela perda do grau de investimento (investment grade) concedido pelas três agencias de classificação de risco ao país, como também ajudou a acelerar a depreciação do real, o que turbinou ainda mais a inflação de preços.

3) Aumento dos juros e restrição do mercado de crédito apenas para os grandes

Porém, talvez a mais nefasta consequência da existência do BNDES é exatamente aquela que é menos comentada: o BNDES é o responsável direto pelos juros serem tão altos no Brasil.

De um lado, ao conceder empréstimos subsidiados para as grandes empresas — o Programa de Sustentação do Investimento, que ficou conhecido como "Bolsa Empresário", cobrava taxas de juros de apenas 2,5% ao ano, quando a inflação estava acima de 6% ao ano —, o BNDES anula completamente os efeitos da SELIC. 

A taxa básica de juros estipulada pelo Banco Central tem efeito nulo sobre os empréstimos do BNDES.  No entanto, ela afeta diretamente os custos do Tesouro para financiar o BNDES.  Na prática, o Tesouro (ou seja, o povo brasileiro) paga a taxa SELIC para financiar o BNDES, e o BNDES cobra 2,5% para financiar as grandes empresas. Ou seja, em termos líquidos, o povo brasileiro paga para financiar as grandes empresas favoritas do governo.

De outro lado, e esse talvez seja o efeito mais nefasto, os baixíssimos juros cobrados pelo BNDES têm o efeito de fazer uma segmentação do mercado de crédito: exatamente por cobrar juros tão baixos, o BNDES irá emprestar somente para as empresas que têm o melhor perfil de risco e a maior capacidade de honrar suas dívidas.  Consequentemente, os melhores tomadores serão todos capturados pelo BNDES, deixando as outras empresas — principalmente as pequenas e as médias, que têm risco maior — para o restante do sistema bancário. 

E como o sistema bancário ficará agora apenas "com as sobras", os juros cobrados para estes — que têm risco maior e histórico de crédito mais duvidoso — inevitavelmente serão maiores.

Ou seja, ao fornecer crédito farto e barato para as grandes, o BNDES captura as empresas com o melhor perfil de risco, deixando para os bancos privados todas as outras empresas de maior risco.  Em economia, tal efeito é rotulado de "seleção adversa".

E com uma injustiça adicional: dado que o Tesouro paga 14,25% para qualquer um que lhe emprestar dinheiro, os bancos só irão emprestar para essas outras empresas a juros muito maiores do que 14,25%.  Óbvio.  Qual pequena empresa pode concorrer com o governo federal?  Se o banco pode emprestar a 14,25% para o governo, sem risco nenhum, por que ele emprestaria a 2,5% para uma pequena empresa qualquer, e ainda correndo muito risco de calote?

Portanto, as pequenas e médias empresas, além de arcarem com a dívida do Tesouro para financiar o BNDES, ainda são expulsas do mercado de crédito pelo próprio BNDES, só conseguindo empréstimos se pagarem juros estratosféricos.

4) Ineficácia da política monetária

Se há uma máquina cujo funcionamento exige uma criação volumosa de dinheiro, e se tal dinheiro é emprestado a juros exíguos e imunes à SELIC, então é óbvio que tal máquina cria uma grave distorção na política monetária.

Como dito acima, de meados de 2009 até hoje, o BNDES sozinho foi o responsável por jogar R$ 450 bilhões de reais na economia, cobrando juros baixos e indiferentes a alterações na SELIC.  Consequentemente, e por uma questão de lógica, apenas para contrabalançar os efeitos inflacionários do BNDES, a SELIC tem de estar constantemente em um nível muito acima daquele em que poderia estar caso não houvesse o BNDES criando essa distorção no mercado.

Sem o BNDES, os juros poderiam ser menores e, com isso, as pequenas e médias empresas poderiam ter acesso a mais crédito.  Sem esse fenômeno da "seleção adversa", a expansão da economia privada poderia ser maior.

Conclusão

Portanto, os empréstimos subsidiados do BNDES, além de expulsarem as pequenas e médias empresas do mercado de crédito, geram aumento da dívida do governo, aumentam a inflação de preços e forçam a SELIC a patamares mais elevados.  A SELIC mais elevada, por sua vez, encarece o serviço da dívida e complica ainda mais a situação da dívida pública, o que eleva a desconfiança dos investidores — como explicado neste artigo, dívida cara e em contínua elevação significa temor de novos impostos; e o temor de novos impostos afeta a intenção de se fazer investimentos de longo prazo; e sem investimentos, não há crescimento econômico e nem empregos.

Como bônus, dado que a SELIC alta encarece o serviço da dívida, há um impedimento para que o Banco Central tenha autonomia para elevar ainda mais os juros em caso de inflação de preços alta (como ocorre atualmente), o que pode prolongar o período de carestia, desorganizando toda a economia.

Assim como toda e qualquer intervenção estatal, o BNDES gera consequências nefastas e não-premeditadas sobre todo o resto da economia.  Ele não apenas é uma máquina de criar privilégios para os empresários umbilicalmente ligados ao governo, como é também uma máquina de desarranjar a economia.

(Tudo o que foi dito acima sobre o BNDES também se aplica aos bancos estatais, com a diferença de que estes, ao menos, ainda estão sujeitos a regras de mercado, cobram taxas de juros marginalmente maiores em seus empréstimos e, em tese, ainda visam ao lucro. Sim, os bancos estatais devem ser privatizados — ou, no mínimo, colocados para operar sob as mesmas regras dos bancos privados.  Como já há um artigo exclusivo sobre os bancos estatais, eles não foram o escopo deste artigo.)

Henrique Meirelles, portanto, pode resolver seus três problemas — controlar os gastos, estancar o crescimento da dívida pública e até mesmo reduzi-la — com uma só medida. 

Ao fechar o BNDES, ele irá, no longo prazo, impor uma maior disciplina aos gastos do governo e estancar o crescimento da dívida.  E, para reduzir a dívida, ele não tem de recriar a CPMF e nem nenhum "imposto transitório": basta ele exigir que as grandes empresas que foram privilegiadas com empréstimos subsidiados do BNDES — imorais por todos os motivos acima, mas principalmente porque pagos pelos cidadãos brasileiros — devolvam o dinheiro. 

Só com o PSI foram gastos R$ 362 bilhões em empréstimos.  Dinheiro do povo jogado fora.  Por que somos nós que agora temos de arcar com essa fatura?  As empresas privilegiadas — que majoritariamente fizeram obras no exterior com esse dinheiro — que se virem para devolver o esbulho.  E observe que isso seria apenas a devolução do principal.  Nem se está considerando os juros.

Tal quantia faria maravilhas em reduzir a dívida pública, que é a intenção declarada de Meirelles.

Como exatamente ele irá equacionar isso é problema dele, e não meu.  O Ministro é ele e não eu.  Capacidade para resolver problemas ele tem de sobra, como comprova sua exitosa carreira.

É claro que, ao fazer isso, ele estaria prejudicando diretamente seu ex-empregador, o grupo J&F, que controla a JBS/Friboi.  Hora de provar que sua postura e sua fala de durão são realmente pra valer.



autor

Leandro Roque
é editor e tradutor do site do Instituto Ludwig von Mises Brasil.

  • pilates-vila-romana  16/05/2016 14:12
    O governo petista ajudou muito mais os ricos do que os pobres. O bolsa-família por ano dispende em torno de R$ 24 bilhões. Valor infimo diante do bolsa-empresário concedido por Lula e Dilma à elite econômica. Leio agora que somente de PSI foram gastos R$ 362 bilhões de empréstimos. Uma lástima! Vamos acompanhar o comportamento do Ministro da fazenda Henrique Meirelles. Como irá lidar com o descalabro do BNDS?
  • Tobias Heitor  27/07/2017 14:50
    Pilates-vila-romana - Eu não espero coisa boa do Henrique Meireles não, pelo seu histórico, principalmente por ter sido indicado pelo nosso "querido" ex-presidente Lula em 2010 para assumir a presidência do Banco Central Brasileiro, no qual ficou 8 anos (todo o governo Lula), e por "obedecer" as ordens do Lula.
  • Norberto  16/05/2016 14:33
    Tem que securitizar e vender a carteira desse elefante branco. Depois, fecha !
  • jose wandasson  17/05/2016 16:41
    Só que ele é mais do mesmo, e ontem como esperado, apenas trocou o presidente do banco por mais do mesmo, não haverá mudanças para melhora nem por ele, nem no atual momento por nenhum outro.
  • João Pedro Utrabo  16/05/2016 14:35
    Belo texto, porém é dificil que uma atitude desse calibre seja tomada no momento, e acredito que a opiniao publica veria isso como uma espécie de falta de investimento do governo, infelizmente a maioria ainda acha que o governo tem que nos salvar da crise investindo como no caso do BNDES
    A proposta é boa só não sei se Meireles chega a considerar isso do jeito que deveria
  • Julio César  11/10/2016 15:50
    Brasil, republica da reversal russa,aqui se constrói casas pelo telhado,tira-se dos pobres para se dar aos ricos e se perpetuam-se enganos,engôdos por séculos,excelente artigo,parabéns em alguns poucos pontos discordo da sua visão porem na maioria vocês tem sido bastante assertivos,enquanto não se mudar a cultura do povo jamais seremos uma poderosa nação e tudo se começa com desenvolvimento do individuo,parabéns.
  • Ramon Alves  16/05/2016 14:35
    Eu sinceramente não espero grandes coisas desse governo, e muito menos que ele acabe com o BNDES, mas estou um pouco mais otimista. Temer, para mim, representa algo menos desastroso que o PT, mas ainda assim uma tragédia em termos. O que resta é esperar pra ver...
  • Alexandre Martins  16/05/2016 14:41
    Bom dia !!!
    Excelente texto Leandro, parabéns.
  • Leandro  16/05/2016 22:40
    Obrigado, Alexandre. Grande abraço!
  • Cristian Rahmeier  04/06/2016 05:59
    Mais de cinco meses para pagar impostos. O bom é que todo os anos recebemos nossa carta de alforria em junho, e é válida até o final do ano. O problema é que, se continuar da maneira que está, corremos o risco de ficarmos presos pra sempre.
  • Diego  16/05/2016 15:00
    Quanta inocência, achar que ele vai cortar a maior teta que o próprio usou pra multiplicar a Friboi. É um escárnio esse homem de volta na Fazenda. Se quiser, pode quebrar esse governo em 2 tempos, fazendo o jogo sujo a favor do Brahma, começando com a volta da cpmf. Temer não tem convicção no que faz. Dá um passo pra frente e outro pra trás. Vai ser difícil ter vida longa assim, ainda mais cercado de cobras.
  • Sin City  16/05/2016 15:35
    "Quanta inocência, achar que ele vai cortar a maior teta que o próprio usou pra multiplicar a Friboi"


    Prezado, trata-se de um texto de teoria econômica, e não a expressão de um ingênuo desejo.

    Do ponto de vista da teoria econômica, deveria ser extinto o BNDES, pelas razões expostas. O autor não diz que Meirelles fará isso.

    Saiba distinguir as coisas.
  • Andre Henrique  16/05/2016 16:43
    De acordo Sin City... mas com vc sabe, existem pessoas no mundo que tem como único prazer desmerecer quem tem boas ideias e/ou se destaca de alguma maneira.... sua única forma de ser notado!

    Lembra da época de colégio e faculdade? Ele é daquele tipo que nunca respondia a pergunta aberta de um professor para a turma, mas assim que algum voluntarioso pedia a palavra, prontamente criticava-o de alguma forma.
    O famoso "cagalhão".

    Abç,
    AHR
  • Se o chapeu serviu  16/05/2016 20:06
    Andre Henrique,

    engraçado ver a diferença nos comentários. Sin city apontou o erro do cara e mostrou o caminho. Já você fez exatamente como seu próprio exemplo da época de escola. Nem deu tempo do cara voltar e admitir o erro e já indiretamente o chamou de "cagalhao".

    Eta hipocrisia braba.

    Mas falando sobre o texto...beeem improvável que role isso. O cara já tá falando em criar imposto...vai ser durão com o bolso do povo e só.

    Falando nisso, existe algum candidato que tenha tomado medida libertária no nosso pais?
  • Sandro  16/05/2016 15:22
    Bom tarde Leandro,
    Artigo bastante oportuno e esclarecedor. Gosto muito de seus artigos. Eles são sempre de fácil entendimento.
    Leandro, imaginando que você seja chamado para comandar a economia do Brasil, sugiro que você escreva um artigo delineando as principais medidas que tomaria para vencer os inúmeros desafios que o país tem pela frente.

    Grande abraço!
    Sandro
  • FL  16/05/2016 15:52
    Caro Sandro, acho que este artigo de 2009 continua atual

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=285

    Abraço
  • Felipe  18/05/2016 12:33
    Visto a atual visibilidade deste instituto, qual a chance de a equipe econômica consultá-los sobre estas propostas ou mesmo de utilizá-las? Exemplo: estabilização da moeda ao ouro ou currency board.
  • Infiliz  25/05/2016 19:33
    A chance é de 0,000001%, aproximadamente. Porém, seriam bem recebidos!
  • 4lex5andro  06/03/2017 17:40
    Complicado; um dos articulistas do spotniks foi chamado em setembro último, pra uma reunião em Brasília mas declinou.

    O Imb mesmo não concordando com o atual governo, caso fosse consultado, teria muitas proposições com que contribuir.
  • André   06/03/2017 18:15
    Adiantaria? A escola austríaca é o completo oposto de tudo o que os políticos prezam.

    Políticos buscam primeiro serem eleitos, depois manterem seu poder e prestígio, e se sobrar tempo fazer alguma coisa.
  • Yonatan Mozzini  16/05/2016 15:31
    Ótimo artigo.

    Leandro, do ponto de vista prático, para fechar uma corporação tão influente como essa, seria necessária a aprovação do Congresso ou apenas dependeria de um canetaço do Executivo?

    Pergunto isso porque, embora seja extremamente sensata, para ser aprovada pelo governo, tal medida teria que possuir, além de uma forte justificativa aos grandes beneficiados do BNDES, um forte apoio popular. Bancada ruralista do Congresso, por exemplo, possivelmente é uma grande beneficiada e não aceitaria isso -- supondo que dependesse do Congresso tal ação.
  • Leandro  16/05/2016 22:52
    Não é minha área (e apreciaria posições a respeito), mas não creio que seja necessária mais do que uma medida provisória.

    Eis a lei que o criou:

    www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L1628.htm
  • Rodrigo Lopes Lourenço  18/05/2016 04:15
    Yonatan e Leandro,
    A resposta NÃO tem compromisso com a continuidade da existência do BNDES.
    O BNDES é uma empresa pública federal, entidade da administração ´pública indireta federal, motivo por que não pode ser extinta por decreto.
    Se a extinção ocorresse por medida provisória, certamente seria alegado que não havia "urgência", requisito essencial para a edição dessa espécie normativa.
    Assim, a princípio, o meio seria uma lei ordinária federal.
    Todavia, nada parece escapar ao apetite pantagruélico da constituição vigente. Há menção expressa ao BNDES em seu art. 239, § 1º. Confiram:

    "Art. 239. A arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integração Social, criado pela Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970, e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, criado pela Lei Complementar nº 8, de 3 de dezembro de 1970, passa, a partir da promulgação desta Constituição, a financiar, nos termos que a lei dispuser, o programa do seguro-desemprego e o abono de que trata o § 3º deste artigo.
    § 1º Dos recursos mencionados no caput deste artigo, pelo menos quarenta por cento serão destinados a financiar programas de desenvolvimento econômico, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, com critérios de remuneração que lhes preservem o valor."

    Com base nesse art. 239, § 1º, da constituição vigente, os defensores do BNDES diriam que eventual lei ordinária que pretendesse extingui-lo seria inconstitucional.
  • Yonatan Mozzini  18/05/2016 13:30
    Rodrigo, obrigado pela sua opinião!

    Ontem mesmo eu estava lendo um pouco a Constituição dos Estados Unidos, da Austrália e a brasileira. Minha conclusão: estamos ferrados. Ou abolimos essa imundícia criada em 1988 ou faremos parte de um país eternamente pobre e atrasado.

    Obs.: o que mais me chamou a atenção foi no artigo 7º, onde diz "São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: [...] XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei".

    Ou seja, o trabalhador tem o direito de se "proteger" contra o aumento do bem-estar da sociedade. Estamos mortos aqui no Brasil.
  • Renato  16/05/2016 15:47
    Valor publicou hoje: "O ganho de quase 13% do real frente ao dólar neste ano começa a despertar preocupações em torno dos riscos de perda da competitividade adquirida com a desvalorização do câmbio ao longo de 2015. O receio é que um real mais forte esfrie o otimismo em relação à expectativa que os estrangeiros tragam recursos ao país para investimentos, valendo-se dos preços mais atraentes dos ativos domésticos, e atrase uma recuperação da economia liderada pelo avanço das exportações." www.valor.com.br/financas/4564485/possivel-mudanca-na-gestao-cambial-preocupa-mercado

    Se essa é a preocupação com Meirelles, eu estou é bastante satisfeito.
  • Guilherme  16/05/2016 16:46
    Impressionante como essa falácia segue resiliente. Não importam as evidências teóricas e empíricas em contrário; os idiotas seguem acreditando que moeda destruída gera crescimento econômico, algo que qualquer criança de 7 anos sabe não fazer sentido nenhum:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=2378

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=2394
  • marcela  16/05/2016 15:55
    É pouco provável que os petralhas desconhecessem as distorções que o uso do BNDES causariam na economia, pois é tudo muito óbvio.E a verdade é que eles fizeram isso com o único intuito de receber propina dos campeões nacionais afim de financiarem suas campanhas e se perpetuarem no poder,não tem nada a ver com desejo de fazer o país crescer.Bando de vagabundos!Nunca se preocuparam com os interesses do país,mas unicamente com os interesses do próprio partido.Somente as prisões do Lula e da Dilma,e a cassação do PT poderão reparar esse crime contra a nação!PT nunca mais!
  • Pensador anti-PT  16/05/2016 17:12
    Esses pulhas do PT fizeram essa política com o intuito de favorecer os sindicatos(Mantendo os empregados sindicalizados e se fosse preciso desempregar,o facão começaria pelos não- sindicalizados)destas empresas beneficiadas pelos empréstimos do BNDES,além das propinas é claro.Agora cadê a CPI do BNDES.
  • Pessimista  16/05/2016 16:01
    Henrique Meirelles é um representante das grandes empresas e não do livre mercado. Espere no máximo um ajuste ortodoxo na economia (daqueles que aumentam os impostos e os gastos).

    Quem tem esperança na democracia quebrará a cara de 4 em 4 anos (ou de 2 em 2).
  • Edson   16/05/2016 16:09
    Uma pergunta provavelmente idiota: Como temos hoje pouca poupança se os bancos obtiveram enormes lucros no governo petista?

    Foi uma pergunta que um professor de sociologia fez para mim, quando ressaltei que nossa poupança está baixa denais para os investimentos.
  • Ramos  16/05/2016 16:37
    Ué, o que tem a ver uma coisa com a outra?

    Os grandes lucros dos bancos vieram majoritariamente dos juros pagos pelo governo (ou seja, pagos pelos impostos de pessoas e empresas) e dos juros pagos pelos tomadores de empréstimo (pessoas e empresas).

    Ora, se pessoas e empresas estão comprometendo uma grande fatia do seu orçamento para pagar impostos ao governo e juros aos bancos, então, por definição, a poupança delas diminuiu, e não aumentou.

    Questão de lógica.
  • Anônimo  16/05/2016 16:18
    Tem que dar conselho para o Ron Paul, também, que acha que o Brasil está sofrendo um "golpe", graças às informações de Glenn Greenwald: www.ronpaullibertyreport.com/archives/are-us-fingers-in-the-brazils-regime-change-pie
  • Wesley  16/05/2016 16:47
    Ron Pal pisou na bola mesmo.
  • Pessimista  16/05/2016 17:01
    O Brasil sofreu outro golpe sim, e bem orquestrado pelo PMDB e PSDB. Só tonto de direita não enxerga isso.


    Então esse governo é ilegal? Sim, assim como era o governo do PT e de todos os demais que já existiram nessa terra chamada Brasil.
  • Tchusco  16/05/2016 17:34
    Os seus comentários é que são "golpe": golpe ao bom senso.
  • anônimo  17/05/2016 12:18
    Golpe ou não, foi uma armação que trocou seis por meia dúzia, um teatrinho pra calar a boca dos lemmings e dos idiotas que acreditam nessa tal de democracia. Não se esqueçam que tudo que o PT fez nesses anos foi com a cumplicidade do Temer e da escória PMDBista.

    E o Ron Paul está certo, pra variar:
    www1.folha.uol.com.br/poder/2016/05/1771016-wikileaks-diz-que-michel-temer-atuou-como-informante-dos-eua.shtml
  • Rafael  17/05/2016 13:33
    Em 2006 Temer era informante do EUA. A relevância disso é nula.

    E o wikileaks tem a petulância de dizer que o processo de impeachment é golpe. Ridículo.
  • João  22/05/2016 14:09
    Me lembro como se fosse ontem que a Carta Capital com base no WikiLeaks dizia que os protestos contra o governo na Venezuela eram financiados pela CIA e que o país estava mil maravilhas.

    Esquerdistas realmente são a escória. Mentirosos até o cu fazer bico.
  • Baroni  16/05/2016 16:38
    Leandro, parabéns mais um excelente artigo.
    Gostaria de te fazer duas perguntas: Faria sentido manter o BNDES como canal de financiamento para start ups e inovação, mesmo que a juros de mercado? O que seria melhor para a economia, a total desregulamentação do sistema bancário ou o fim do sistema de reservas fracionárias, ou ambas não são coisas simultaneamente incompatíveis?
    Obrigado.
    Abs.
  • Leandro  16/05/2016 22:57
    "Faria sentido manter o BNDES como canal de financiamento para start ups e inovação, mesmo que a juros de mercado?"

    Se os juros seriam de mercado, por que utilizar o BNDES (que, mesmo em sua "melhor" forma, nada mais faz do que repassar dinheiro de impostos para alguns escolhidos)?

    "O que seria melhor para a economia, a total desregulamentação do sistema bancário ou o fim do sistema de reservas fracionárias, ou ambas não são coisas simultaneamente incompatíveis?"

    A desregulamentação do sistema bancária seguido de, no mínimo e na mais branda das hipóteses, uma alteração no estatuto do Banco Central, proibindo as operações de mercado aberto e permitindo apenas a janela de redesconto para bancos mais insolúveis. E, ainda assim, a juros punitivos.

    Isso, por si só, cuidaria da questão das reservas fracionárias, reduzindo-as ao mínimo.

    Obrigado pelas palavras e grande abraço!
  • Anderson  16/05/2016 16:39
    Segundo Ciro Gomes, derrubar a taxa de juros diminuiria o endividamento do governo e haveria crédito mais barato para todos. Quais os efeitos negativos dessa medida?
  • Silva  16/05/2016 17:01
    Quando Ciro fala isso, ele se refere a derrubar a Selic na caneta e no autoritarismo.

    O que irá ocorrer? Exatamente o que ocorreu no governo Dilma, quando o BC, seguindo ordens dela, jogou a Selic para 7,25%. Veja só a maravilha que deu.

    Aliás, no governo Lula, a Selic já esteve em 26,50% em 2003, e só foi cair para menos de 11% em 2009. E a economia cresceu muito mais do que com a Selic a 7,25%. Portanto, a Selic, por si só, não garante crescimento e nem muito menos estabilidade econômica.

    Para uma resposta mais completa, veja estes artigos:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=2155

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=2265

    Este último, em específico, diz que não importa o tanto que a Selic seja diminuída. O que realmente definirá os juros serão as taxas cobradas pelos investidores nos demais títulos do Tesouro (aqueles que não são atrelados à Selic, como as LTNs e as NTN-Bs, e que já representam a esmagadora maioria dos títulos no mercado). E, sobre estes, o governo simplesmente não tem como manipular as taxas.
  • Andre  16/05/2016 18:54
    Ciro Gomes e tantos outros subeconomistas acreditam que uma caneta possui super poderes para alterar a natureza e a realidade, mas o único superpoder da caneta é eternizar as mais burras atitudes dos burocratas estatais.
  • Andre Henrique  16/05/2016 16:50
    Sou totalmente a favor dessa medida (extinguir a carteira do BNDES sem direito de regresso).
    Mas imagina cortar uma das maiores tetas do Estado? Seria o suicídio política deles (Temer e Meirelles)... somente comparado a abertura econômica do Collor.
  • Andre Henrique  16/05/2016 17:46
    Reescrevendo:

    Sou totalmente a favor dessa medida (extinguir o BNDES e vender a carteira sem direito de regresso).
    Mas imagina cortar uma das maiores tetas do Estado? Seria o suicídio política deles (Temer e Meirelles)... somente comparado a abertura econômica do Collor.
  • Luan Marques  16/05/2016 19:45
    Você realmente acha que o Collor caiu porque abriu a economia? Realmente?
  • Magno  16/05/2016 20:48
    Cara, juro que não quero causar, mas há fortes indícios de que a abertura da economia foi um dos motivos que impulsionaram o impeachment. A FIESP ficou bravíssima com a perda de sua reserva de mercado. A Globo ficou puta porque ele ameaçou liberar a entrada de outras emissoras (isso é o que dizem, mas não há como provar). E, é claro, todo mundo estava zangado com o confisco da poupança, que gerou conseqüências devastadoras.

    Achar que Collor caiu por corrupção (o que, um Fiat Elba?) é ingenuidade.
  • Renato  16/05/2016 16:56
    Reclamam do estado e não batem naqueles que mantém o estado: A CLASSE POLÍTICA.

    Se queremos ficar livres dessa corja temos que aos poucos alertar a todos sobre como é danoso para o bolso das pessoas e para os cofres do país a existência dessa classe parasitária chamada político.

    Em artigos anteriores eu percebi o aumento dos interessados que gostaram da minha ideia de criar um grupo para essa finalidade: A ELIMINAÇÃO DOS POLÍTICOS COMO CLASSE.

    Eu já expus aqui um principio de como iniciaríamos essa empreitada:

    Criaríamos um empreendimento para a função de alerta aos empreendedores. Sejam eles pequenos, médios ou grandes empreendedores.

    Um grupo poderia ser criado, mostrando o nosso cartão de visita, para fazer o trabalho de divulgação entre os empresários. Assim que contratados, de comum acordo com os mesmos (troca voluntária), estabeleceríamos um preço razoável para começar a imprimir cartilhas explicando as pessoas, dentro do estabelecimento do contratante, se assim esse desejar, mais principalmente nas ruas.

    Poderíamos também criar grupos de associados para que cada vez mais a mensagem de anti-políticos ganhasse mais força através de palestras e encontros.

    Mostraríamos aos poucos para as pessoas que pagar impostos é uma falácia. Só serve para sustentar a classe política...e também mostraríamos a existência de moedas digitais, como o bitcoin, por exemplo, para o empresário e para as pessoas comuns.

    Aos poucos vamos tirar essa mentalidade estatal da cabeça das pessoas.

    Como eu sou da CIDADE do Rio de Janeiro, ficaria melhor que pessoas daqui entrassem em contato comigo.

    Trabalharíamos como se fossemos "fantasmas". O investimento seria feito diretamente com empresários que assim solicitasse nosso serviço.

    É claro que esse grupo crescendo vamos criar e ter contato com pessoas de outros estados e até mesmo em nações estrangeiras.

    Para os interessados meu email NOVO é galenoeu@gmail.com
  • Tchusco  16/05/2016 17:25
    Boa!
  • Anonimo Consistente e sem Superficialidades  16/05/2016 17:26
    Pela sua proposta funcionaremos sem políticos? Agradeceria se você pudesse detalhar o funcionamento da sociedade sem os políticos. Seria democracia direta? As leis e projetos seriam aprovados por quem? Estou ansioso para ler sua proposta. Espero que não seja mais um analfabeto político com idéias sem pé nem cabeça que nos faz perder tempo e energia. Saiba que este forum é bastante democratico mas por favor, estude antes de postar absurdos nesta plataforma.
  • Dalton C. Rocha  16/05/2016 17:58
    Quem criou o BNDES e sua máfia umbilicalmente ligada a ele? O ex-ditador Getúlio Vargas(1882 - 1954). O mesmo Vargas criador de tantas outras máfias, como a Petrobrás, por exemplo. Como escreveu Paulo Francis(1930 - 1997): "Getúlio é um vampiro. Imortal, até que alguém lhe enfie uma faca, no coração."
    Um problema é que o artigo não fala que o BNDES sempre foi, uma das maiores fontes de caloteiros, como o Eike Batista e José Carlos Bunlai; dois amigos (ou comparsas?) de Lula.
  • Economista da UNICAMP  16/05/2016 19:24
    Monetaristas... kkkkk

    É risível achar que a solução para sair da crise virá através de uma violenta contenção monetária. O BNDES e os bancos estatais(que estão sub-alavancados) são os motores para o crescimento, fechar a torneira de crédito é pra abraçar de vez uma recessão.

    Eu cheguei a acreditar que estávamos evoluindo com Mantega e Barbosa, mas aí me vem com esse ortodoxo e a SELIC já já acima da barreira dos 20% novamente.

    Sobre o déficit público, todos já sabemos que o governo não é uma família, déficit público é vida. Quanto a rolagem, bem, sempre é possível dar um jeitinho...
  • Guido other people money  30/05/2016 10:03
    Economia-UniCAMP é a saúva do Brasil.
    Ou se acaba com a saúva...
  • 9Dedos  16/05/2016 19:42
    Nu meu tempu presidindo a gloriosa republica num existia essa coisa de caristia não, o pobre cumia até arrotar, ficava de barriga cheia e depois di noiti ia curtir uma nuvela e torcer pro Curintia. Tem muito mau olhado nesse país, teve gente torcendo para que as coisas dessem erradu, é impressionanti.
  • Dissidente Brasileiro  17/05/2016 00:08
    KKKKKKKKKKKKKKKK

    É assim mesmo que ele fala. Nojo desse infeliz!
  • Martim Berto Fuchs  16/05/2016 19:52
    Artigo didático e correto, mas eu não fecharia o BNDES. Como diria o saudoso Joelmir Betting, não adianta matar a vaca para acabar com o carrapato.
    O nosso problema é em primeiro lugar político, ou, do sistema político. Ele beneficia os partidos políticos e lhes dá toda autoridade, inclusive sobre os poderes constituídos.
    São eles que indicam os candidatos para os cargos do executivo e legislativo, que mesmo depois de eleitos, continuam como funcionários dos partidos. Sem contar que esses funcionários, uma vez com a chave do cofre na mão e o poder de decretar "Leis", se apressam a nomear os juízes dos Tribunais que logo à seguir os estarão "julgando". Detalhe: mais de 500 políticos indiciados no STF até hoje, e apenas 5 condenados. Está na mídia.
    Defendo há décadas o fim dos partidos políticos. O grande engodo é o dogma de que democracia não pode prescindir dessas organizações criminosas.
    Nas eleições de uma verdadeira democracia (poder do povo), é o eleitor que deve escolher o candidato. Continua a representatividade, mas agora sem partidos políticos, que devem ser extintos e proibidos.
    capitalismo-social.blogspot.com.br/2016/02/66-novo-sistema-eleitoral.html
  • Cristóvão  16/05/2016 22:40
    Se você acredita que o problema é o sistema político e os políticos, mas quer manter operante exatamente a instituição que permite que esses políticos escolham privilegiados à custa do povo, então realmente você ainda não entendeu o que se passa.
  • Martim Berto Fuchs  17/05/2016 00:29
    Cristóvão, creio que é você que não entendeu minha colocação.
    1.Se um banco privado é mal administrado, você fecha o banco ou troca a administração ?
    2.O que proponho é mudar o sistema político, para com isso as empresas estatais existentes, serem administradas por profissionais e não por aspones indicados por políticos.
    3.Não apenas do BNDES, mas de todas empresas estatais.
    4.O sistema político em vigor desde sempre, baseado em partidos, é que não permite correção de rumos na administração pública.
    5.Não adianta fazer novas eleições e eleger alguém do DEM, por exemplo, se todos Ministérios, Secretarias, bancos estatais, etc, continuarem sendo loteados entre os políticos da base aliada. E mesmo que fossem loteados apenas entre os políticos do DEM, daria m..., pois esse pessoal não tem responsabilidade com a nação, apenas com eles mesmos e seus empregadores, os partidos, e seus financiadores.
    capitalismo-social.blogspot.com.br/2016/02/68-empresas-sociais.html
  • Juan Domingues  16/05/2016 22:54
    O problema é que o carrapato é o BNDES e todas as instituições do governo, e a vaca são os brasileiros.
  • a  16/05/2016 20:00
    O que esperar de um povo que não sabe ler nem escrever?
  • Joana  16/05/2016 20:43
    Excelente reflexão do que se passa! A escolha do ministério da fazenda foi boa, precisamos de pessoas com conhecimento político parar darmos a volta por cima.

    Martim você falou uma verdades, esses partidos politicos deveriam mesmo ser extintos.
  • Meu Deus!  16/05/2016 21:17
    "Como explicado, o Tesouro emite títulos (se endivida) para financiar o BNDES. E quem compra esses títulos emitidos pelo Tesouro? O sistema bancário. Como ele compra? Criando dinheiro do nada, pois opera com reservas fracionárias. "

    Quem escreveu isso deve ter seu diploma de economista (assumindo que o sujeito o tenha, coisa que duvido) cassado imediatamente!!!!!

    As reservas fracionárias funcionam quando se lida com pessoas (leia-se pessoas físicas e jurídicas), pois elas, em geral, não sacam todo o montante que tem em conta corrente, dando margem pros bancos públicos atuarem.
    No caso do endividamento público via títulos para repassar ao BNDES, a pessoa (seja PJ ou PF) tem que dar o montante integral, pois o BNDES sequer tem conta nesses bancos.
    É a mesma lógica do Tesouro Direto, que qualquer um usa. Voce tem que pagar o valor integral para ter o título e o governo recebe o dinheiro.
    É JUSTAMENTE O CONTRARIO QUE OCORRE! ENXUGA-SE LIQUIDEZ! SAI MOEDA DO MERCADO E VAI PRA MÃO DO GOVERNO!!!

    Aula básica de monetária 1 de graça pra vcs

    As outras falácias eu nem vou me dar o trabalho!

    Coitados daqueles incautos que leem esses artigos
  • Leandro  16/05/2016 22:40
    "No caso do endividamento público via títulos para repassar ao BNDES, a pessoa (seja PJ ou PF) tem que dar o montante integral, pois o BNDES sequer tem conta nesses bancos. É a mesma lógica do Tesouro Direto, que qualquer um usa. Voce tem que pagar o valor integral para ter o título e o governo recebe o dinheiro."

    Santo Deus, parece que, em sua ânsia de vituperar, você nem sequer sabe do que fala. Do que você está falando quando diz que o "BNDES sequer tem conta nesses bancos"? Que bancos, cidadão.

    Permite-me, pois, uma aula básica. Vou tentar desenhar.

    1) O Tesouro emite títulos;

    2) Esses títulos são majoritariamente comprados pelos bancos:

    3) Como os bancos compram? Eles utilizam o dinheiro que está em suas "reservas bancárias", que nada mais é do uma conta-corrente que os bancos têm junto ao Banco Central.

    4) Ato contínuo, a quantidade de dinheiro nas reservas bancárias cai.

    5) Essa queda nas reservas bancárias pressiona a SELIC para cima (a SELIC nada mais é do que a taxa de juros que os bancos cobram entre si para fazer empréstimos no mercado interbancário).

    6) Como o Banco Central trabalha com uma meta estipulada para a SELIC -- o que significa que ele não pode deixar que ela saia da meta --, ele tem de injetar dinheiro no mercado interbancário para impedir que a SELIC suba.

    7) Ou seja, no cômputo final, houve criação de dinheiro. Dinheiro que estava nas reservas bancárias entrou na economia, e essa redução nas reservas bancárias foi contrabalançada por novas injeções de dinheiro do Banco Central.

    8) Esse dinheiro arrecado pelo Tesouro é então repassado ao BNDES.

    Conseguiu acompanhar ou desmaiou?

    Por isso os déficits do governo, quando financiados pelo sistema bancário, são inerentemente inflacionários. Por isso emissões de títulos pelo Tesouro, quando os títulos são comprados pelo sistema bancário, são inflacionárias.

    "É JUSTAMENTE O CONTRARIO QUE OCORRE! ENXUGA-SE LIQUIDEZ! SAI MOEDA DO MERCADO E VAI PRA MÃO DO GOVERNO!!!"

    Legal. Quer dizer então que o dinheiro que vai para o governo entra em uma espécie de buraco negro? Ele some do mundo? Diga-me: para onde irá esse dinheiro assim que o governo gastá-lo (e, creia-me, ele vai gastar esse dinheiro)?

    Quanto mais ignorante é o sujeito, maior é a sua estridência.

    "Aula básica de monetária 1 de graça pra vcs"

    Se isso é aula, imagina então qual seria o nível dos pobres ouvintes...

    Sugestão: volte agora para o Jardim de Infância. Você está perdendo a aula de "Introdução a Massinha, nível II."
  • Bode  16/05/2016 21:38
    Pelo menos escolheu uma mulher de aço para chefiar o BNDES, a Maria Silvia Bastos.
  • Gustavo  16/05/2016 23:44
    Leandro,

    Recentemente vi um vídeo do pessoal da Breaking Goods, onde uma moça discursava sobre o tamanho do governo.

    Ela defendeu governos grandes e que investem em tecnologia, como o dos EUA. Disse também que só no iPhone você encontra uma série de items tecnológicos que foram criados pela iniciativa pública.

    Ao ser questionada se porque essas mesmas tecnologias não poderiam ter vindo a ser geradas pela iniciativa privada ela respondeu o seguinte:

    "(..)Mas ainda discordo do fato de que somente não houve iniciativa privada em novas tecnologias por falta de espaço. Ao meu ver, não houve porque dinheiro privado pede retorno garantido e rápido. Duas coisas que pesquisas em novas tecnologias não podem garantir. Por isso afirmo que a cooperação entre o público e privado pode ser a melhor das alternativas."

    Qual sua opinião?

    Gostei muito deste seu artigo, parabéns!!!
  • Intruso  17/05/2016 00:00
    Se o que ela defende é "governos grandes" e "cooperação entre o público e privado", então o modelo brasileiro é o paraíso na terra para ela. Somos a inveja do mundo.

    "Disse também que só no iPhone você encontra uma série de items tecnológicos que foram criados pela iniciativa pública."

    À exceção do GPS (criado por empresas privadas com financiamento do Departamento de Defesa dos EUA), quais os outros? Aliás, e o próprio iPhone? Como ele surgiu? Havia garantia prévia de que tal engenhoca traria altos retornos?

    É incrível como as pessoas dão por garantida certas coisas que só existem hoje justamente porque empreendedores e capitalistas se arriscaram e investiram pesado porque acreditavam em algo. As pessoas olham em retrospecto e simplesmente acreditam que todas as invenções que hoje são bem-sucedidas já tinham tudo para ser um sucesso quando criadas. Assim é fácil.

    Agora, imagine se o governo sair dando dinheiro (de impostos) pra toda e qualquer pessoa que disser que teve uma ideia? Imagine o festival de capital queimado e de investimentos insensatos que isso geraria?

    Apenas o mercado, por meio do seu sistema de preços, sabe direcionar racionalmente recursos para aqueles projetos que têm potencial. Quando se tem o mercado escolhendo quais projetos financiar, temos Bill Gates e Steve Jobs. Quando se tem o governo escolhendo quais projetos financiar, temos Eike Batista.
  • Gustavo  17/05/2016 00:14
    Entendo.

    Em relação ao iPhone ela cita a própria telefonia móvel, o gorilla glass e o GPS como sendo todas tecnologias desenvolvidas pelo setor público americano.

    Ela também complementa que ano passado o único setor da economia que cresceu foi o agrícola, dizendo que isso se deveu ao Banco do Brasil e à Embrapa e seus incentivos.

    Entre outros exemplos, ela cita setores como metalurgia, mineração e extração de petróleo no pré-sal (no qual a Petrobrás conseguiu desenvolver uma tecnologia de ponta) como setores que não iriam conseguir se desenvolver apenas pela iniciativa privada, pois exigem um investimento inicial gigantesco e um prazo de retorno sobre investimento muito grande.
  • Roberto  17/05/2016 00:26
    "Em relação ao iPhone ela cita a própria telefonia móvel, o gorilla glass e o GPS como sendo todas tecnologias desenvolvidas pelo setor público americano."

    Telefonia móvel?! Quem inventou não foi a Motorolla?


    "Ela também complementa que ano passado o único setor da economia que cresceu foi o agrícola, dizendo que isso se deveu ao Banco do Brasil e à Embrapa e seus incentivos."

    Isso é de uma lindeza moral sem fim.

    O governo destruiu completamente a economia com suas políticas estúpidas (ver aqui, aqui) e, na hora que interessa, seus defensores não apenas ignoram completamente sua destruição, como ainda têm a cara de pau culpar os destruídos e, pior ainda, de recorrer exatamente àquele setor que sempre demonizaram e que sempre foi historicamente eficiente, que é o agronegócio.

    Não dá pra levar essa gente a sério e a nem a tratá-los com respeito.

    "Entre outros exemplos, ela cita setores como metalurgia, mineração e extração de petróleo no pré-sal (no qual a Petrobrás conseguiu desenvolver uma tecnologia de ponta) como setores que não iriam conseguir se desenvolver apenas pela iniciativa privada, pois exigem um investimento inicial gigantesco e um prazo de retorno sobre investimento muito grande."

    Metalurgia, mineração e petróleo não se desenvolveriam sem o governo? Sério mesmo?

    Avisa a essa mulher que, nos EUA, o governo nunca se envolveu com petróleo. E, exatamente por isso, lá se tem gasolina farta e das mais baratas do mundo.

    É incrível como que, após várias provas empíricas de destruição causada pelo estado, ainda tem gente que segue amando esse ente. Certamente é gente cujo salário depende de impostos.
  • Douglas  17/05/2016 01:21
    "no qual a Petrobrás conseguiu desenvolver uma tecnologia de ponta"

    Em que mundo ela vive?

    A Petrobras extrai o petróleo e manda a maior parte do petróleo brasileiro para as petrolíferas do exterior, especialmente as dos EUA, refinarem.
    Como ela possui a audácia de falar que "a Petrobras possui tecnologia de ponta"?

    A Petrobras é uma empresa falida, possui uma tecnologia arcaica, nem ao menos refina a maior parte do próprio petróleo no Brasil (sendo que aqui possui 11 refinarias), fornece uma das gasolinas mais caras do mundo e ela possui a coragem de elogiar esse Lixo?

    Desenvolvimentistas (que na verdade deveriam serem chamados de FASCISTAS, não por ser um termo pejorativo, mas porque realmente o são: www.mises.org.br/Article.aspx?id=1343 | www.mises.org.br/Article.aspx?id=437) que defendem parcerias público-privadas ou vivem em uma realidade paralela ou são muito bem pagos com dinheiro de impostos para defender essas asneiras que sempre fracassaram e continuam fracassando.

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=968
    www.mises.org.br/Article.aspx?id=2032
    super.abril.com.br/ciencia/o-brasil-e-auto-suficiente-em-petroleo
    www.seguroauto.org/por-que-gasolina-brasil-e-uma-das-mais-caras-mundo/
    g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2015/12/brasil-tem-gasolina-e-o-diesel-mais-caros-do-mundo-dizem-especialistas.html
  • Juan Domingues  17/05/2016 12:20
    Se o governo se apossa de 40%, 50%, 60% ou até mais do que é produzido pela economia dependendo do país, é natural que exista o dedo do mesmo em algumas invenções, principalmente nas áreas militares, logísticas e de tecnologia (afinal, facilitam a arrecadação de impostos).

    Isso não significa, entretanto, que o governo seja a ÚNICA forma de gerar tais tecnologias. Dizer isso é uma grande falácia. O argumento dos liberais desde sempre é que o gasto privado é muito mais eficiente do que o gasto público. Governos podem até "produzir" algo útil eventualmente lá e cá (e de fato há contribuição estatal nas áreas que citei principalmente), mas a eficiência com a qual o fazem é sempre inferior à da iniciativa privada (pois eles não lidam com os mesmos riscos e controles, e para que eles produzam eles precisaram, necessariamente, remover riqueza da economia).

    E a afirmação "dinheiro privado pede retorno garantido e rápido" é, notadamente, falsa.
    Os investidores, em um mercado livre, possuem perfis variados. Há sim aqueles que buscam retornos mais rápidos sem dúvida, mas estes são minoria pois os riscos de transações que tenham retorno alto em curto prazo são muito mais altos. Parte significativa dos poupadores e investidores está interessada em estabilidade e retorno perene, saudável, de longo prazo, ainda que menor. Nenhum empreendedor abre uma empresa pensando em falir no ano seguinte. Ele abre pensando em obter sucesso e crescer o negócio por anos, para no futuro ter uma condição melhor.

    Os políticos, por outro lado, são os que estão interessados em retornos de curto prazo. Via de regra, políticos tendem a adotar medidas que forneçam resultados rápidos (ainda que não sustentáveis) para que possam ganhar popularidade e se reeleger ou reeleger seus indicados. Pouquíssimos são os políticos estadistas que se focam em investimentos de 10, 20 anos à frente.

    Então essa ideia de que o investidor privado só pensa no curto prazo e o governo pensa no longo prazo não só é incorreta, como é o exato oposto.
  • FC  17/05/2016 10:14
    Caros,

    a referência de que o estado desenvolveu parte das tecnologias do iPhone colocadas aqui no artigo é essa:

    www.breakinggoods.com.br/noticias/destaque/seu-iphone-foi-100-feito-pelo-governo/#.Vyu_076y9tw.twitter

    Há outras referências como essas aqui:

    terracoeconomico.com.br/velhas-ideias-na-berlinda-o-estado-e-sim-inovador

    blog.dashofer.pt/verlag_dashofer/afinal-o-estado-e-o-maior-inovador

    outraspalavras.net/blog/2014/07/29/o-mito-do-intrepido-capitalista-inovador/


    Abs!
  • Juan Domingues  17/05/2016 14:32
    As teses defendidas por todos estes textos sofrem das obviedades e falácias que eu apontei no meu comentário:
    1. O fato de existir o dedo do governo em algumas invenções é esperado, afinal ele se apossa de parte significativa do que a iniciativa privada produz por meio de impostos. Entretanto, isso não se traduz em eficiência, pois para cada 10 retirados da economia pelo governo, 7 se perdem em burocracia e outros 3 são "reinvestidos", sendo que parcela destes pode ou não contribuir para o surgimento de alguma inovação.
    2. O fato de governos, eventualmente, terem participado na criação de invenção A ou B não significa que apenas o governo seria capaz de criar determinada invenção. Essa afirmação simplesmente não pode ser feita.
    No fundo no fundo, o que estes estatistas estão tentando dizer é "o governo participou de algumas invenções logo, sem o governo, seria impossível que essas invenções existissem, por isso o governo é necessário". É um raciocínio equivocado, no qual as premissas seguintes não podem ser retiradas da premissa inicial (non sequitur).

  • Marcelo Mosczynski  16/05/2016 23:46
    Outra consequências são que os empréstimos feitos para obras em outras nações, fazem que a dívida do Brasil cresça, mas não afeta as contas dos países que receberam as obras, então estamos financiando outros governos
  • Vigilante  16/05/2016 23:55
    Leandro, como sempre um otimo artigo, parabéns. Por favor, se poder me responder: nos paises ricos, existe algo similar a essa estrovenga do BNDS?
  • Leandro  17/05/2016 00:14
    Com o escopo e abrangência do BNDES, que participa em praticamente todas as áreas da economia, desconheço.

    Porém, forçando um pouco a barra, podemos citar o Export-Import Bank, dos EUA. Esse banco fornece empréstimos, em dólar, a empresas estrangeiras que pretendem importar produtos americanos. Por exemplo, se você é brasileiro e quer importar um avião da Boeing, você receberá um empréstimo subsidiado do Ex-Im Bank.

    Trata-se de um arranjo mercantilista voltado para ajudar algumas empresas exportadoras daquele país.

    www.mises.ca/how-to-fight-the-ex-im-bank/
  • Fran Cisquinho  17/05/2016 00:02
    E eu como pequeno empresário e cidadão brasileiro sinto na pele tudo que foi comentado aqui. Uma vergonha! Pagamos a conta dos bandidos diariamente neste país e em troca recebemos mais e mais impostos! Parece que estamos vivendo a época de colonização. Esse país não muda!

  • Nenev  17/05/2016 00:10
    RAIO-X DO BNDES

    Fundação: 1952
    É a principal instituição de financiamento de infra-estrutura e de longo prazo no país
    100% estatal
    Passou neste ano a ser ligado ao Planejamento
    Dados financeiros (dezembro de 2015)
    * Ativo total: R$ 930,6 bilhões
    * Lucro líquido: R$ 6,2 bilhões
    * Desembolsos: R$ 135,9 bilhões (2015)

    Fontes de recurso:
    * Tesouro (56,3%)
    * FAT (23,7%)
    * Captações externas (6%)
    * Pis-Pasep (3,6%)
    * Patrimônio líquido (3,4%)
    * Outras (7%)

    Crédito por setor:
    * Eletricidade e gás (18%)
    * Transporte terrestre (13%)
    * Agropecuária (8%)
    * Equipamentos de transporte (7%)
    * Petróleo e combustível (6%)
    * Construção (6%)
    * Outros (42%)

    Empresas em que tem participação:
    * Petrobras
    * Vale S/A
    * Eletrobras
    * AES Tietê Energia
    * Suzano
    * JBS
    * Copel
    * Fibria Celulose
    * Tupy

    Fonte: BNDES
  • Walter  17/05/2016 00:11
    Leandro, imaginando uma situação hipotética onde o setor bancário é desregulamentado, os bancos estatais são extintos e o Banco Central é abolido, o que seria preferível: a base monetária permanecer fixa, ou a adoção de um Currency Board?
  • Leandro  17/05/2016 01:19
    Currency Board.

    Isso de "base monetária fixa" não apenas nunca foi feito em lugar nenhum do mundo, como também vai contra a liberdade e o livre mercado.

    Por exemplo, se a sua moeda é o ouro e uma mina de ouro é encontrada, escavada e o ouro é minerado e colocado em circulação, a base monetária aumentou. Para manter a base monetária congelada, você teria de proibir escavações de ouro.

    Já se você trabalha com livre concorrência de moedas, a simples chegada de uma nova moeda -- por exemplo, um cidadão com vem dos EUA com dólares no bolso -- está aumentando a base monetária.

    Logo, congelar a base monetária é contra a própria liberdade. Você só consegue congelar a base monetária tendo um Banco Central com monopólio da emissão.

    Muito mais importante do que a quantidade de moeda é o preço dessa moeda em relação a uma commodity escassa (seu poder de compra).
  • Walter  17/05/2016 02:21
    Muito obrigado, e excelente artigo.
  • Luis  17/05/2016 01:24
    O instituto Mises deveria fazer uma lista de sugestoes ao Presidente.
    Falta a visao sobre o que e' possivel fazer na previdencia.
    O ideal, para mim, seria passar para o sistema de capitalizacao. O Chile fez, se nao me engano, a Suecia tambem.

  • fernando  17/05/2016 01:40
    Parabéns pelo artigo ! O instituto Mises é a fonte de conhecimento que eu mais respeito.

    Eu ainda não consegui encontrar hosnestidade intelectual igual ao IMB.

    Esse banco é bolsa empresário. Isso é a mesma coisa que dar dinheiro para os empresários e jogar a inflação nas costas dos pobres.

    Até a Ambev pegou dinheiro nesse banco, para fazer a bolsa cerveja.

    Essa bolsa cerveja, carne e futebol é piada.
  • Pensador radical  17/05/2016 02:51
    Privatizem o Bndes,essa maquina desgovernada.
  • Saulo Grande  17/05/2016 03:09
    Olá, gostaria de entender o seguinte: quando se refere às fontes de financiamento do BNDES, está se referindo ao montante total do q ele empresta ou apenas a diferença do juro SELIC ao juro do BNDES?

    Outra questão: eu li q em relação aos outros bancos públicos, eles emprestam para os programas de financiamento do governo seus proprios recursos, ou seja, criando dinheiro do nada e o governo financia apenas a diferença os juros. É assim mesmo q funciona?

    Por fim: quando o governo tem déficit, todo o montante do financiamento desse déficit é feito por meio de títulos baseados na taxa selic ou existem outros tipos de títulos?
  • Leandro  17/05/2016 12:36
    "quando se refere às fontes de financiamento do BNDES, está se referindo ao montante total do q ele empresta ou apenas a diferença do juro SELIC ao juro do BNDES?"

    Fonte de financiamento? Nem uma coisa nem outra. As fontes de financiamento do BNDES são: o FAT e os repasses do Tesouro (o qual, por sua vez, arrecada dinheiro por meio da venda de títulos).

    "eu li q em relação aos outros bancos públicos, eles emprestam para os programas de financiamento do governo seus proprios recursos, ou seja, criando dinheiro do nada e o governo financia apenas a diferença os juros. É assim mesmo q funciona?"

    Pode-se dizer que sim.

    Eis como funciona:

    1) O Tesouro confisca R$ 100 meus.

    2) O Tesouro repassa esses R$ 100 meus para o Banco do Brasil.

    3) Em condições normais (isto é, sem este repasse do meu dinheiro), o BB emprestaria R$ 1.000 para um mutuário do Minha Casa, Minha Vida e cobraria, digamos, R$ 150 de juros em um ano (taxa de juros de 15% ao ano).

    4) Porém, com o meu subsídio de R$ 100, o BB pode agora emprestar R$ 1.000 e cobrar, em vez de R$ 150, apenas R$ 50 de juros em um ano (taxa de juros de 5% ao ano). Ele pode se dar a esse luxo de cobrar R$ 50 em vez de R$ 150 simplesmente porque já ganhou R$ 100 meus.

    Observe que, no final, o ganho nominal do BB foi o mesmo (R$ 150). Mas as taxas de juros cobradas caíram de 15% para 5%.

    Observe também que, com ou sem subsídios do Tesouro, o banco criou R$ 1.000 em crédito. E com ou sem subsídios, ele cobrará um total de R$ 150 a título de juros.

    "Por fim: quando o governo tem déficit, todo o montante do financiamento desse déficit é feito por meio de títulos baseados na taxa selic ou existem outros tipos de títulos?"

    Há três tipos: SELIC, prefixados, e indexados ao IPCA.

    Pode conferir aqui:

    www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-precos-e-taxas-dos-titulos
  • Saulo Grande  18/05/2016 03:48
    Gostaria de entender melhor essa questão dos títulos. Pq as taxas de juros nessa página do Tesouro do link não correspondem à selic? Aparece nos títulos atrelados à selic o,o3 , o,o1 , o,o7%. O q significa tbm os títulos indexados ao ipca? Eles deveriam ter juros correspondentes ao IPCA apenas para proteger o investidor da inflação?
  • Túlio  18/05/2016 12:07
    Os títulos SELIC se valorizam diariamente de acordo com a SELIC. Aquele valor de 0,03 significa que ele está sendo vendido com um deságio de 0,03 ponto percentual. Ou seja, se você o carregar até o vencimento, em vez de pagar 14,25, ele vai pagar 14,28%.

    O Tesouro IPCA paga uma taxa de juros prefixada (aquela que está na tabela) mais toda a variação do IPCA. Ou seja, paga juros mais correção monetária.
  • Almir  17/05/2016 04:24
    Excelente artigo Leandro. pelo que você delineou certamente que seria uma solução louvável e salvadora para o ministro fazer ao país, mas como não vai nem passar pela cabeça dele fazer tal ação de um verdadeiro patriota, ao menos a sugestão é digna de está na mesa dele, será que se daria ao luxo de ler?
    Em matéria de economia não entendo muito, mas pela matéria e pela aula dada nos comentários já aprendi alguma coisa.
    Sempre acesso esta página em busca de leitura da verdade e considero que ela venha através da economia.
    Parabéns pelo texto e obrigado por apresentar artigos com temas sempre interessantes.
  • Leandro  17/05/2016 12:37
    Obrigado pela preferência, caro Almir.

    Grande abraço!
  • Sandro Vieira  17/05/2016 11:39
    Gostaria que o autor corrigisse seu texto. O autor comete um "equivoco" ao comprar as taxas de juros dos empréstimos do BNDES em 2009 (2,5%) com SELIC 2016 (14,25%), a taxa de juros do BNDES atual ainda é extremamente vantajosa, mas esse "equivoco" cometido valoriza a intenção do autor que é denunciar as práticas erradas do governo.

    Acredito que mostrando a realidade as pessoas continuarão vendo o absurdo que é o BNDES, pois não é o povão que costuma ler esses artigos.

    Um erro proposital desse tipo coloca todo o texto em dúvida como também a credibilidade do IMB que tem o propósito de mostrar a realidade, mas fazendo isso, o IMB se rebaixa a nível de jornal O Globo.

    Abraço,

    Sandro - Leitor diário dos artigos do IMB
  • Leandro  17/05/2016 12:17
    Prezado Sandro, em primeiro lugar, a taxa de 2,5% não é de 2009 mas sim de 2012 (isso está no link indicado). Aliás, neste mesmo link indicado (aqui está ele novamente), há um variado cardápio de taxas. Há taxas de 3 e 4% em 2013 e há taxas de 6% em 2014. Todas elas muito abaixo da inflação e praticamente metade da SELIC.

    Em segundo lugar, creio que você foi apressado em seu juízo. No trecho em que cito a taxa de 2,5%, eu a comparo à inflação à época, e não à SELIC. Eu de fato menciono o termo no SELIC no parágrafo seguinte, mas não cito valores.

    Obrigado.
  • Sandro Vieira  17/05/2016 14:31
    Prezado Leandro, me desculpe então se não foi sua intenção em induzir uma comparação entre 14,25% e 2,5%.

    Só coloquei minha observação pois esse tipo de artifício é utilizado pela mídia em geral para manipular a opinião pública. Não vejo essa indução nos textos publicados aqui, porém, com a devida vênia, acho que seu texto induz essa comparação.

    Eu concordo com a conclusão do texto, acho um absurdo esses empréstimos do BNDES, só coloquei o comentário para o texto ficar perfeito.

    Abraço.
  • Felipe Lange S. B. S.  17/05/2016 12:17
    Lamentavelmente o Michel Temer agiu certo e errado. Fez certo ao mexer no Ministério da Cultura, e provocou choradeira dos pseudoartistas parasitas que amam o governo, mas recuou com a Secretaria Nacional da Cultura. Deve ser uma decisão estratégica para evitar conflito com os "grupos sociais".

    Estava esperando por esse artigo pós-afastamento da Dilma, Leandro. Muito bom e com fácil linguagem.

    Você acha que se o Lula tivesse no lugar do Michel e resolvesse fazer rígidas medidas para cortar ministérios e gastos públicos, ele conseguiria com sossego? Na minha opinião sim.
  • Leandro  17/05/2016 12:35
    Concordo. Inclusive, falei sobre isso aqui:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1943

    E ainda mais especificamente aqui:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=2265

    Governo de esquerda, que tem como base de apoio movimentos sindicais, sociais e intelectuais, consegue fazer tais reformas de maneira menos turbulenta. Afinal, sua base de apoio não vai se virar contra você, pois, se fizesse isso, estaria caindo no colo da oposição.
  • mauricio barbosa  18/05/2016 12:06
    Leandro pelo andar da carruagem fica a impressão que só um governo ditatorial conseguirá fazer as reformas que o país precisa,pois contraditando Tiririca do jeito que tá pior ficará.
    Sem querer ser pessimista,apenas sendo realista,pois os ânimos estão exaltados,de um lado a classe média com seus movimentos organizados e do outro a esquerdalha com seus sindicatos e movimentos sociais,então só um regime forte para por ordem na casa.Deus nos livre de ditaduras.
  • Americano  17/05/2016 13:23
    Leandro, nesse atual arranjo trabalhista, qual seria o impacto se o governo trocasse o FAT e FGTS por títulos do tesouro ?

    Ao invés de pagar juros aos banqueiros e gerar mais reservas fracionárias, a dívida pública seria revertida em benefício dos trabalhadores ?

    Acho que os valores do FAT e FGTS são pequenos em relação aos títulos do tesouro, mas seria bom proteger a poupança dos trabalhadores nessa atual ditadura trabalhista ?
  • Leandro  17/05/2016 17:02
    "nesse atual arranjo trabalhista, qual seria o impacto se o governo trocasse o FAT e FGTS por títulos do tesouro ?"

    Aumentaria enormemente seus gastos.

    Ao passo que, por exemplo, o FGTS remunera, atualmente, a uma taxa de 3% mais TR ao ano (o que dá aproximadamente 5,2% ao ano), um título básico do Tesouro remuneraria pela SELIC (atualmente, 14,25% ao ano).

    "Ao invés de pagar juros aos banqueiros e gerar mais reservas fracionárias, a dívida pública seria revertida em benefício dos trabalhadores ?"

    Aí é preciso levar em consideração a contrapartida: com maiores gastos, haverá maiores déficits. Com maiores déficits, haverá maior necessidade de financiamento. Em tese, os juros serão maiores, e os banqueiros continuarão ganhando do mesmo jeito.

    "Acho que os valores do FAT e FGTS são pequenos em relação aos títulos do tesouro, mas seria bom proteger a poupança dos trabalhadores nessa atual ditadura trabalhista ?"

    De fato, os títulos do governo oferecem maior proteção contra a inflação do que o FGTS, cuja rentabilidade é abaixo da inflação.
  • Dúvida para o Leandro  17/05/2016 14:17
    O BNDES tem cláusula de recall desses contratos? Se não, acredito ser melhor não exigir essa devolução, e sim montar outro tipo de negociação para alívio imediato das contas do governo (vender a carteira, separadamente ou em bloco, trocar por equity e vender, etc).
  • Intruso  17/05/2016 15:26
    Em vários casos, "o período médio de amortização é de mais de 30 anos. Não, não houve nenhum erro de digitação aí. São realmente trinta longos anos. Paralelamente, a dívida pública possui um prazo médio de duração de quatro anos. Consequentemente, o governo tem de refinanciar esses R$400 bilhões a cada quatro anos para poder dar continuidade às extravagâncias do BNDES, e ele tem de repetir este processo mais sete vezes antes de o banco de desenvolvimento começar a devolver ao Tesouro seus primeiros centavos."

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1492

    Quanto a vender a carteira, bom, se houver algum trouxa pra comprar (e sempre pode haver), ok.
  • Andre  17/05/2016 16:20
    Vender a carteira com empréstimos para obras na Venezuela, Equador, Angola, Moçambique e por aí vai, vamos ter que repetir o subprime para desfazer desses títulos.
  • Lucas  17/05/2016 16:21
    Leandro, meu muito obrigado pelos belos artigos que sempre nos brinda.
    Digamos que hipoteticamente em 180 dias de governo Temer, decida-se privatizar Caixa, BB, e finalizar o BNDS, qual seria a reação imediata disso na economia?
  • Tiago   17/05/2016 17:30
    O fetiche do rombo nas contas públicas é o discurso de que a culpa do déficit é da previdência e dos passivos trabalhistas, sim eles têm uma contribuição, porém o grosso do descalabro nas contas chama-se: empréstimos subsidiados do BNDES, desonerações fiscais a diversos setores da economia e swaps cambiais do banco central.
    Duvido que Meirelles ataque esses 3 pontos, até pq ele, através da JBS, foi um dos executivos q mais lucrou com cada um desses pontos.
    Portanto, se ele não mexerá nisso, ou se mexerá muito tangencialmente, ele deverá impor um ajuste muito mais duro na previdência, na reforma trabalhista e no aumento de impostos. Logo quem vai pagar o grosso da conta, não será quem causou o maior buraco, pelo contrário, quem pagará isso será a classe média, até por isso a JBS está mudando a maior parte de suas operações para uma sede na Irlanda... irá pagar tributo aos irlandeses e não aos brasileiros que os subsidiaram.
    Então quem quiser aplaudir essa política econômica que privilegia a classe mais abastada em desfavorecimento da classe média... "be my guest"... eu só posso alertá-los que quem irá tomar ferro, seremos nós!!!
    E, nesse sentido, acho que pouca relevância tem em fazer um exercício do tipo: Ahhh mas se a Dilma continuasse seria pior, pois é exatamente esse discurso que possibilita que essa política econômica seja aceita pela sociedade, afinal os atuais políticos nos livraram do PT, portanto mereceriam nossa confiança.
    Mudando as palavras: o ?#?ForaPT? e o ?#?NãoVaiTerGolpe? são "vaselina" para nos "enrabarem", pois nos dividem e possibilitam que a velha máxima de que ganhos são privatizados e perdas são socializadas seja mais uma vez utilizada, gerando uma ainda maior concentração de renda nas mãos dos que muito tem e dos políticos que os auxiliam. ?#?ProntoFalei?
  • De barco pra Miami  17/05/2016 18:48
    Quando o governo vai entender que a meta é ser AAA nas agências de risco ?

    Quando os políticos irão entender que não existe saída sem o AAA das agências de risco ?

    Em que mundo vivem os economistas do governo ? Qual é a dificuldade em ser AAA ?

    Ter o maior grau de investimento é a única forma para começa a acabar com a pobreza.
  • Amo-PT  17/05/2016 22:52
    Vão acabar com os programas sociais! Vão acabar com a estrutura que o PT montou para servir aos desvalidos! Agora é o mais puro neo-liberalismo. Vão privatizar tudo, principalmente a Petrobrás. Era isso que a elite queria. Como não conseguiu se eleger pelo voto deu um duro golpe na nossa democracia. Derrubou um governo com mais de 54 milhões de votos. O governo Petista foi o melhor governo que o Brasil já teve. Derrubaram para colocar no comando um direitista-fascista. Pergunto: quantos votos teve o Temer? Gospistas e fascistas! Não passarão!
  • Fernando  18/05/2016 00:31
    Parece que o problema está claro. Se não fechar o BNDES ou mudar as taxas, a dívida líquida vai aumentar por conta dos calotes.

    A dívida do BNDES com o tesouro já está em 500 bilhões, e essa coisa chamada de banco já pediu renegociação.

    Se esse banco não passar a adotar taxas bem próximas dos bancos privados, ele vai quebrar com certeza.


  • Adriano  18/05/2016 03:42
    Leandro, como sempre, claro como cristal em seus artigos.
    Seria ideal que fechassem esse ralo chamado BNDES. Mas, desgraçadamente, o melhor que podemos esperar de um governo que foi conivente com todas as atrocidades cometidas pelo PT é que pelo menos não nos tornaremos uma Venezuela. Um breve lampejo de racionalidade, mas não o suficiente pra nos tirar do atoleiro. 4 trilhões de dívida é um pesadelo, essa dívida nunca será paga, pagaremos juros ad eternum, conviveremos para sempre com as consequências nefastas de permitir que pessoas imbecis e ignorantes (além de mau caráter) tenham o poder de controlar a economia de um país.
  • Estanqueiro  18/05/2016 14:17
    Teoricamente sou totalmente a favor pelos diversos motivos apresentados, mas eu pergunto: como ficaria o desemprego se o banco fosse extinto?
  • Corriqueiro  18/05/2016 15:12
    No início, aumenta.

    Depois, com a confiança retomando por causa de todos os motivos delineados neste artigo -- redução drástica da inflação, dos déficits e do endividamento, e aumento da previsibilidade do governo, da transparência e da confiança -- , o desemprego desaba.
  • Anonimo Consistente e sem Superficialidades  18/05/2016 14:38
    O BNDS é uma caixa preta que tem que ser aberta. Precisamos saber tudo que foi feito nos últimos 13 anos.
  • Thiago  18/05/2016 17:57
    Leandro,

    Tenho duas dúvidas sobre o artigo.
    1 - A dívida em tese não aumentou os 362 bilhões porque parte do repasse do Tesouro será devolvido via pagamento do principal da dívida.
    2 - O BNDES não levaria à redução da taxa de juros para os tomadores de crédito de pior qualidade, já que a concorrência foi reduzida. Exemplo: o Sistema financeiro emprestaria a 10% para uma boa empresa e 20% para uma ruim, mas como a boa não existe para eles, haveria concorrência entre os bancos pelas ruins e o juros seria de 18%.

    Agradeço antecipadamente.
  • Leandro  18/05/2016 18:56
    "A dívida em tese não aumentou os 362 bilhões porque parte do repasse do Tesouro será devolvido via pagamento do principal da dívida."

    Pior que não.

    O Tesouro, vale ressaltar, repassou dinheiro ao BNDES. Ele não emprestou dinheiro.

    No entanto, o que você pode dizer é que parte -- uma minúscula parte -- será devolvida pelo BNDES ao Tesouro na forma de dividendos. Não será na forma de pagamento do principal da dívida.

    Mas há outros detalhes: há empréstimos feitos pelo BNDES cuja carência chega a até -- está sentado? -- 30 anos. Por outro lado, o prazo médio de vencimento dos títulos emitidos pelo Tesouro para repassar ao BNDES é de 6 anos, e muitos deles tendo de pagar juros semestrais.

    E tudo piora: há títulos que pagam juros em fevereiro, outros que pagam em abril, outros que pagam em maio, outros que pagam em julho, outros que pagam em agosto, outros que pagam em outubro e, finalmente, outros que pagam em novembro.

    Confira aqui.

    Em suma, o Tesouro (ou seja, o cidadão brasileiro) tem de pagar quase que mensalmente juros para financiar o BNDES. E o BNDES só receberá juros por seus empréstimos daqui a vários anos. E, quando receber, repassará ao Tesouro apenas dividendos.

    Tudo isso obra e graça dos senhores Guido Mantega, Arno Augustin e, dizem, Nelson Barbosa.


    "O BNDES não levaria à redução da taxa de juros para os tomadores de crédito de pior qualidade, já que a concorrência foi reduzida."

    Não. Pelo contrário. Basta você raciocinar como um banqueiro.

    1) Imagine que todos os bancos estão, em condições normais, disputando os mesmo clientes.

    2) Neste cenário, você irá conceder os empréstimos mais fartos e vantajosos para os melhores clientes, e os menos fartos e menos vantajosos para os piores clientes.

    3) Como os melhores clientes já lhe trazem grandes lucros (afinal, você está emprestando grandes volumes para ótimos clientes), você não precisa cobrar excessivamente caro dos piores. Com os piores, qualquer coisa que é vier já está de bom tamanho.

    4) Agora, imagine que os melhores clientes foram capturados pelo BNDES. Sobraram para você apenas os clientes "normais". Como manter seus altos lucros agora apenas com esses clientes? Você terá de emprestar cobrando o máximo possível.


    O raciocínio é o mesmo do de uma companhia aérea que vende passagens para a primeira classe, para a classe executiva, e para a classe econômica. Se a primeira classe e a classe executiva estiverem cheias, então toda a viagem já sai no lucro. Qualquer passagem vendida para a classe turística irá incrementar ainda mais o lucro. Sendo assim, e por uma questão racional, para maximizar o seu lucro você irá vender o máximo de passagens possíveis para a classe econômica. Seu objetivo será enchê-la ao máximo de passageiros. Quanto mais passagens vendidas, maior o seu lucro. Se necessário, você até fará promoções.

    Por outro lado, se a primeira classe e a classe executiva estiverem vazias, você terá de conseguir extrair todo o seu lucro apenas com a classe econômica. Só que isso é difícil, pois os preços normais das passagens para a classe econômica não cobrirão os custos. Logo, vender passagens ao preço normal e lotar a classe econômica não irá adiantar.

    Consequentemente, você terá de cobrar o máximo possível das passagens. Dado que encher a classe econômica não adiantará, você terá de aumentar o preço das passagens até o ponto em que as receitas sirvam para ao menos cobrir os gastos. Haverá menos passageiros, mas, pelo menos, suas receitas serão maiores.

    Isso se chama seleção adversa.


    P.S.: e, no caso dos bancos, há o "elefante na sala" chamado governo, que serve para encarecer ainda mais os juros cobrados dos pequenos.
  • RSM  18/05/2016 19:18
    Gostaria de entender o porque das pessoas criticarem tanto a classe artística, como se a culpa da presepada do governo fosse deles. Entendo perfeitamente que houveram erros na gestão e mau uso do dinheiro público para cultura, o que acabou gerando alguns "parasitas" que exploraram os recursos da Lei Rouanet. Mas isso ocorreu em todos os demais setores, inclusive nos menos supérfulos, ou vão dizer que não houveram desvios indizíveis na educação, saúde e segurança, por exemplo? Temos que mudar esse foco, pois daqui a pouco vão dizer que cultura não é mais necessário. Muita gente 'sobrevive' da cultura, da música, do teatro, da dança etc. São pessoas que trabalham, pagam seus impostos e sustentam suas famílias. Acho que o gasto com cultura de 1,7bi em 2015 (se fosse todo ele bem empregado, claro) pouco perto do que gasta o governo com mordomias, salários e regalias dos deputados, senadores e juízes, por exemplo (basta lembrar que *só* o STF teve um reajuste q vai custar de 1.7bi esse ano, podendo esse custo chegar até 36bi até 2019) Enfim, acho até justo redução de pastas (vincular cultura a educação seria o mais correto, pois estão relacionadas), mas o buraco é mais embaixo! Existe muito dinheiro escoando do público para o privado, como muito bem exposto no artigo acima, com os subsídios do BNDES às empresas privadas e altos juros pagos para o Tesouro. Arrebentar a corda do lado mais fraco (do povo, os artistas da cultura, etc) continua sendo mais fácil. E vou desconsiderar o 'aplauso' quanto a não admissão de mulheres no governo, como se isso fosse um grande mérito do novo governo Temer - qual é.. agora a culpa é das mulheres, das feministas? Quanta bobagem.. Mas como já diziam - a corda sempre arrebenta do lado mais fraco. Quero ver quem vai ter peito (ou culhões) para mexer onde realmente o dinheiro vaza...
  • STN  18/05/2016 19:38
    Ou seja, na prática você está dizendo que a classe artística brasileira -- talvez por alguma imposição divina -- merece ser eternamente sustentada com o dinheiro do povo.

    Ora, mas por que parar na classe artística? Eu consigo pensar em inúmeras outras profissões muito mais essenciais que teatro, dança e música. Por sua própria lógica, essas também deveriam ser sustentadas com o dinheiro do povo.

    Vamos transformar toda a população brasileira em funcionários públicos, então. Seria genial.

    Entenda esse básico: se algo só se mantém se receber dinheiro do governo, então é porque o povo está demonstrando claramente que não quer voluntariamente sustentar essas porcarias. Isso é tão difícil de aceitar?

    De onde você tirou que teatro e dança são atividades importantíssimas para o progresso de um país ao ponto de terem de ser estatizados?

    A cultura mais influente do mundo, a americana, não recebe repasses do governo. Por isso ela é a mais poderosa e influente, pois sabe entregar exatamente aquilo que o povo quer.

    Se algo é realmente bom, não precisa de subsídios. Se algo só se sustenta com subsídios, então é porque é ruim. E se é ruim, então não merece subsídios.

    Qual o seu argumento para tomar dinheiro dos desdentados e repassá-lo a artistas da Globo?
  • Amo-PT  18/05/2016 20:05
    Mais de 50% da população não tem esgoto e você vem defender Artista? Somos um país de desvalidos doentes e você vem falar de cultura? Que país você mora? Não estamos interessados em quadros nas paredes. Não estamos interessados em museus. Não estamos interessados em cantores de elite. Queremos acabar com a fome.
  • Amo-PT  18/05/2016 23:28
    Mais de 50% da população não tem esgoto e você vem defender Artista? Somos um país de desvalidos doentes e você vem falar de cultura? Que país você mora? Não estamos interessados em quadros nas paredes. Não estamos interessados em museus. Não estamos interessados em cantores de elite. Queremos acabar com a fome.
  • RSM  18/05/2016 20:05
    "Qual o seu argumento para tomar dinheiro dos desdentados e repassá-lo a artistas da Globo?" Onde eu falei que o dinheiro da cultura tem q ser repassado para 'artistas da globo'? Procurei no meu texto e não achei, juro. Cultura pode não ser importante para vc, mas para mim, educação, cultura e cidadania andam de mãos dadas - um complementa o outro.
    E se vc acha que cultura não deveria ser estatizado , meu texto foi bem claro: cultura também gera empregos (e são muitos trabalhadores que vivem da cultura - não só artistas da globo viu?) então também qual o problema em receber subsídios como qualquer outra grande e milionária empresa privada, certo? ou só industria pode receber dinheiro público para enriquecer mais e mais? digo mais: cultura é bem do povo. não de alguns milionários e endinheirados por aí...
  • Kléber  18/05/2016 21:12
    Não. Nada e nem ninguém deve receber subsídios. Nem artistas, nem grandes empresários (não leu o artigo acima condenando exatamente os subsídios a empresários?).

    Ninguém tem o direito de viver do dinheiro confiscado de ninguém.

    E é exatamente isso que este site condena. Seja bem-vinda.

    O capitalismo de estado tem de ser diariamente combatido

    Romaria de grandes empresários a Brasília - capitalismo de estado explicitado

    Grandes empresas odeiam o livre mercado
  • RSM  18/05/2016 21:38
    "(não leu o artigo acima condenando exatamente os subsídios a empresários?)."

    Oi Kleber, sim eu li o artigo e entendi (e obrigada pelas boas vindas, é a primeira vez por aqui) Meu questionamento fui justamente para fazer um contraponto ao comentário anterior, para provocar uma reflexão: ora, se todo mundo está "indignado" pela cultura receber incentivos fiscais, pq se calar diante dos benefícios recebidos pelas grandes empresas privadas? Esse é ponto! Esses incentivos privados são absurdamente maiores (escândalo no BNDES está aí para provar isso), mas o que toma as manchetes hoje é justamente a Lei Rouanet e suas bizarrices (e a maioria sequer sabe como funciona a lei na verdade) Talvez eu não tenha sido clara na argumentação. E concordo que ninguém deveria receber dinheiro para promover projetos culturais (seja direta ou indiretamente, através dos incetivos fiscais). Por outro lado, investir em cultura é menos importante que investir em esporte, por exemplo? Porque não acabar com o Ministério dos Esportes também? Ou do Turismo? Porque incentivar o esporte ou turismo é importante e a cultura não? Será também um absurdo um banco público financiar clubes ricos de futebol e atletas consagrados? São valores diferentes, mas a ideia é a mesma.. E se o problema é "apenas" a Lei de Incentivo a Cultura (Rouanet), ela então deveria ser revisada, até penso pq ela não vai ser extinta, junto com o MinC. Enfim, a discussão é longa...
  • Gontijo  18/05/2016 23:19
    Opa, por mim fechou. Pode abolir todos -- todos! -- os ministérios. Vem nessa com a gente?
  • Max Rockatansky  18/05/2016 22:46
    "RSM":

    O que você está defendendo é que o estado deve tirar dinheiro de quem gera riqueza para entregar para "homens da cultura".


    Vou repetir: você está defendendo que pessoas que se auto-enquadram na alcunha "cultura" devam receber dinheiro tirado à força pelo estado daqueles que geram riqueza na sociedade.

    Ou seja, vc defende uma imoralidade manifesta.
  • RSM  19/05/2016 18:41
    Em primeiro lugar, cultura também é 'riqueza'. Em segundo, não devendo que se tive "dinheiro forçado do estado" para dar aos artistas da cultura - o que questiono é que pq se indigna tanto quando dão dinheiro para a cultura e fazem vista grossa qdo há bilhões escoando dos cofres públicos em subsídios para empresas privadas? Não é o mesmo desperdício? Ou vc entende por "riqueza" somente aquilo que é produzido para consumo material e não intelectual?
  • Kléber  19/05/2016 18:55
    Até quando você vai seguir ignorando que todos aqui condenamos subsídios a empresários? Você não leu os artigos que linkei acima, que falam exatamente sobre isso?

    Você quer criar um espantalho apenas para poder bater nele e, com isso, ter a sensação de que está por cima.

    Entenda, de uma vez por todas: NÃO aos subsídios aos empresários, NÃO aos subsídios aos artistas, NÃO aos subsídios aos grupos de teatro, NÃO aos subsídios aos grupos de dança, NÃO aos subsídios aos estudantes, NÃO aos subsídios aos políticos, NÃO aos subsídios aos funcionários, NÃO aos subsídios a qualquer tipo de gente.

    Ainda sobrou alguma dúvida?
  • RSM  19/05/2016 19:10
    Kleber.. Vc entendeu que minha resposta foi ao SR Max Rockatansky? e NÃO uma critica ao artigo ou a este blog?????
  • Max Rockatansky  19/05/2016 20:02
    A resposta foi para mim? Ok, vamos lá.

    Vc diz isso: "o que questiono é que pq se indigna tanto quando dão dinheiro para a cultura e fazem vista grossa qdo há bilhões escoando dos cofres públicos em subsídios para empresas privadas?"

    Eu te respondo: eu me indigno quando dão dinheiro para cultura da mesma forma como me indigno quando dão subsídios para empresas privadas.

    Pegando de empréstimo as palavras do colega acima: NÃO aos subsídios aos empresários, NÃO aos subsídios aos artistas, NÃO aos subsídios aos grupos de teatro, NÃO aos subsídios aos grupos de dança, NÃO aos subsídios aos estudantes, NÃO aos subsídios aos políticos, NÃO aos subsídios aos funcionários, NÃO aos subsídios a qualquer tipo de gente.


    Depois, vc diz: "ou vc entende por 'riqueza' somente aquilo que é produzido para consumo material e não intelectual?"

    Aqui se vê que vc tem dificuldade com alguns conceitos.
    Acompanhe: para que exista algo para consumo, seja "consumo material", seja "consumo intelectual", precisa haver primeiro criação (produção) desse riqueza. Para que exista um filme, p.ex., precisa haver financiamento, não é mesmo? Um filme pode surgir do nada? Ser feito de graça? Obviamente não.

    Pois bem, o ponto é: quem deve financiar um filme? A iniciativa privada ou o Estado (que só pode fazer isso mediante a expropriação forçada de dinheiro da iniciativa privada)?

    A única alternativa moral é que tal financiamento deve vir da iniciativa privada.
    Agora preste atenção, cidadã: o financiamento deve vir sempre da iniciativa privada, para cultura ou PARA QUALQUER OUTRA ATIVIDADE.
    NENHUMA ATIVIDADE DEVE SER FINANCIADA PELO ESTADO, porque isso é economicamente deletério e IMORAL.

    Ficou claro, agora?


  • RSM  19/05/2016 20:57
    Ficou claro como sempre foi, e não estou discordando de vocês uai!!!!!!
    Mas pense como empresário. Será que vão passar a investir em cultura (ou esportes ou outra coisa qualquer) sem receber absolutamente nada em troca? Eu queria que fosse assim também.. Seria ótimo, uma maravilha! Perfeito!! E concordo em tudo o que vcs falaram acima! Mas sabemos que empresas só pensam em si, só visam lucro. O que queria reforçar é que gostaria de ver TAMBÉM os cortes na "torneira grande" ao invés de ver só cortarem as despesas das "bicas pequenas". Eles vão cortar cultura, na saúde, na educação, na segurança, etc etc etc... Mas duvido que vão cortar na própria carne (olha os aumentos que já deram para eles mesmos, por exemplo!) Será que vão mexer nas mamatas das grandes e bilionárias empresas do Brasil? Sera que vão fazer as reformas que tanto precisamos? Em resumo: o sacrifício tem que ser para todos e não somente para o povo! O que o PT fez foi um absurdo - o pais tá quebrado! Mas espero que cortem os gastos de cima para baixo TAMBÉM - senão só o p ovo vai pagar a conta! A merda foi feita! Precisamos arrochar de todos os lados? Sem duvida!! Mas espero que as grandes também façam algum sacrifício, pois a vazão da caixa d'agua por ali, é muito pior... Enfim, não vou mais me alongar nisso. Se não ficou claro que estou do lado de vocês (talvez não tenha sido muito clara antes!!) paciencia..
  • Kléber  20/05/2016 00:08
    "Mas pense como empresário. Será que vão passar a investir em cultura (ou esportes ou outra coisa qualquer) sem receber absolutamente nada em troca?"

    Ué, e desde quando investimento em esporte e em cultura não traz retorno? Por acaso os produtores de Hollywood operam só no amor? Estão tendo prejuízos desde que surgiu o cinema?

    E se os filmes de Hollywood têm muito lucro -- inclusive aqui no Brasil --, então por que os produtores brasileiros não fazem filmes semelhantes? A fórmula já tá dada, é só imitar.

    Entenda esse óbvio: se o povo brasileiro já deixou claro que não quer pagar para ver a atuação de artistas e nem quer ver seus filmes, então o cinema brasileiro tem de ser simplesmente extinto. Isso é um desejo da população brasileira. Respeite-o. O povo já deixou claro que não quer ver filmes brasileiros. Por que vocês insistem em continuar tomando dinheiro pra produzir lixo que ninguém quer ver?

    "Em resumo: o sacrifício tem que ser para todos e não somente para o povo!"

    Nossa! Extinguir o Ministério da Cultura é um sacrifício imposto ao povo?! Isso foi uma libertação, isso sim.

    E, de novo, pela enésima vez: pare de ficar repetindo que também tem de cortar subsídios de grandes empresas. É claro que tem. Isso é óbvio. E esse site está na linha de frente dessa exigência. Tem cortar subsídios de tudo. E qualquer mamata cortada -- como foi o caso do MinC -- já é motivo de comemoração.
  • anônimo  21/05/2016 10:32
    'Será que vão passar a investir em cultura (ou esportes ou outra coisa qualquer) sem receber absolutamente nada em troca? '

    E qual o problema? Bote na sua cabeça que ninguém 'investe' em cultura, o que esses artistas fazem é pegar dinheiro do governo pra enriquecer e pra criar lixo que o povo não quer ver e que não acrescenta nada à vida de ninguém.
    Duvida? Google: macaquinhos.
  • Bruno  22/05/2016 18:22
    Aí, RSM, agora você deve estar contentíssima. O MinC foi recriado por esse governo frouxo e covarde.

    Agora, sim, com mais dinheiro público indo para artistas, a pobreza no Brasil será zerada.
  • Amo-PT  18/05/2016 23:49
    RSM, financiar a Rede Globo com recursos públicos? Desculpe-me, mas o que você fala não fica de pé. É uma proposta indecente. Na certa você faz parte da mídia golpista. Você quer dar mais dinheiro para a Globo. Qual é o seu interesse nesta história? O que você ganha com isso? Muito estranho alguem defender isso!!!
  • Ernesto de Carvalho  18/05/2016 23:15
    O Luciano Coutinho que até a pouco dirigia o BNDES é um petralha ligado ao Foro de São Paulo, cuja única missão era financiar obras em países ligados ao Foro com dinheiro do nosso povo, tocadas por empresas que faziam doações ao PT. Uma vergonha.
  • anônimo  21/05/2016 16:06
    O Luciano Coutinho está diretamente ligado ao Foro de São Paulo. Esse vídeo mostra ele dando palestra no Foro.

    https://youtu.be/H_6uobqhFOw
  • anônimo  21/05/2016 22:32
    Leandro, qual sua opinião sobre esse tal de Ilan Goldfajn, futuro ministro (?) do BC?
  • Leandro  22/05/2016 01:50
    Melhor que Tombini, pior que Afonso Beviláqua, meu favorito.
  • Diego  22/05/2016 15:02
    Melhor que Henrique Meireles?
  • Leandro  22/05/2016 16:13
    Não é muito diferente.

    Mas vale ressaltar que todo o bom que ocorreu sob Meirelles ocorreu sob Afonso Beviláqua.

    Foi Beviláqua quem realmente fez a política monetária do período maio de 2003 a março de 2007.

    Quando ele entrou (maio de 2003), o IPCA acumulado em 12 meses estava em 17%. Quando ele saiu, em 2,9%.

    E, depois que ele saiu, o IPCA nunca mais ficou sequer abaixo de 4%, nem por um mísero mês. Aliás, 4,5% tornou-se o piso. Quando Meirelles saiu, ele deixou um IPCA de 5,9%. O mesmo de Tombini em 2012 e 2013.

    Meirelles, por si só, não impressiona muito.

    Agora, se há alguém com histórico melhor que Beviláqua sob regime de câmbio flutuante, desconheço.
  • Felipe  09/10/2021 17:46
    Já que agora não dá para trocar o Roberto Campos pelo Afonso Beviláqua (a não ser que ele seja punido pela inflação acima da meta), seria bom o Bolsonaro achar um substituto para o Guedes. Qualquer pessoa que defenda um real forte e não queira aumentar impostos já é uma vitória. Eu realmente não sabia que o Afonso estava influenciando na política monetária nesse período, achei que fosse só o Meirelles mesmo.

    Moeda forte no Brasil é exceção, enquanto no mundo desenvolvido é quase regra.
  • Rhyan  21/05/2016 22:40
    Leandro, o que acha da opinião do economista Carlos Góes de que não há mais lugares pra cortar gastos, que os cortes em gastos discricionários são inviáveis por vários motivos?
  • Leandro  22/05/2016 01:49
    Desconheço os argumentos dele.

    Mas se ele estiver falando de gastos constitucionais, bom, nada que uma PEC não resolva. É um processo demorado, mas viável.
  • Rhyan  23/05/2016 04:41
    Valeu, Leandro! Há muito tempo ele fala sobre isso, não lembro se há um artigo específico sobre o tema no Mercado Popular. Acho que deveria existir mais debates entre libertários/liberais, pessoal perde muito tempo com esquerdista e neocon.
  • Fabrício João  22/05/2016 10:37
    Carlos Góes é um petista disfarçado de libertário.
  • Paulo MB  23/05/2016 04:15
    O deficit anunciado assustou. Algo me diz que nosso destino é grego! Estamos lascados.

    Um corte de gastos profundos a ponto de reverter aquele déficit não vai vim sem um efeito colateral forte. (Deficit que ainda pode ser subestimado)
    E a questão ainda é se existe base política para aprovar um ajuste.

    O governo temer ainda não me passa confiança. Não sei até que ponto ele vai cortar gastos. E se ele não resolver o problema, não vai ser outro governo, dada as opções, só temos o psdb nas próximas eleições, e eles não são muito melhores que essa equipe do temer.

    Enfim. A saída do Brasil ser o aeroporto me parece cada dia mais factível , ainda mais para mim, vou me formar nessa época conturbada, empregos vão evaporar para pessoas sem tanta experiência no mercado e empresas cortando gastos.

  • robson wesley  24/05/2016 07:50
    Leandro,

    belo artigo,muito elucidativo.

    Só vejo um problema em toda sua retórica o Meirelles, embora seja competente para tal, não irá fazer os ajustes necessários para a economia voltar a crescer de imediato, não é de interesse politico isso.

    Maquiavel em uma de suas máximas preconizava fazer o bem de maneira lenta e gradual e é exatamente essa postura que o governo irá tomar, eles vão vir com medidas paliativas, melhorando a economia gradativamente para se pintarem de bons moços e competentes.

    Acabar com o BNDES traria um resultado muito rápido e logo seria esquecido, o bem deve ser feito devagar.

    Acredito que o Meirelles irá fazer tudo que está ao seu alcance para estancar a sangria, mas não irá propor medidas que trarão resultados imediatos.

    Mas gostei da ideia de acabar com o BNDES vou até escrever algo para guardar em minha base conceitual e propor a ideia a alguns políticos que conheço.
  • Guilherme  24/05/2016 16:35
    Robson, acho que você interpretou errado o bom Maquiavel. Quando ele fala em fazer o bem aos poucos e o "mal" de uma vez só, ele não se refere apenas ao resultado prático das ações, mas principalmente ao resultado político que elas trarão. Da sorte que, para o populacho, certas medidas benéficas que,para pessoas esclarecidas são benéficas, são vistas como males (os frequentadores desse site sabem muito bem disso). Sendo assim, o fazer o "mal" seria na verdade fazer o bem rapidamente, ou seja, tomar as medidas necessárias o mais rapidamente possível para que os efeitos positivos (no caso, o bem referido por Maquiavel), apareça com o passar do tempo e mantenha a opinião pública favorável.
  • Matias Pasqualotto  24/05/2016 18:06
    Leandro, o que significa na prática essa devolução dos 100 bilhões do BNDES para o Tesouro?
    Menos inflação pra nós mortais? ou tem boi na linha?
  • Leandro  24/05/2016 19:07
    O que fará o Tesouro com esse dinheiro? Tudo depende disso.

    Ao que tudo indica, tal dinheiro (para este ano, está prevista apenas a devolução de R$ 40 bilhões) será utilizado para diminuir o déficit primário, previsto para R$ 170 bilhões. Ou seja, irá diminuir um pouco o déficit primário.

    Isso, consequentemente, também reduzirá um pouco a necessidade de financiamento do governo. O que é bom em termos de juros e de disponibilidade de crédito para empreendimentos produtivos (pelos motivos explicados no artigo). Mas é só. Não terá nenhum efeito sobre inflação de preços.
  • anônimo  24/05/2016 22:16
    Leandro, por que você tem uma certa admiração pelo Meirelles ?


    economia.estadao.com.br/noticias/geral,meirelles-diz-que-nao-descarta-cpmf-e-avalia-imposto-transitorio,10000050989
  • Leandro  24/05/2016 23:00
    Não me lembro de ter falado nada a esse respeito.

    O que possa dizer é que o currículo dele no setor privado é sim respeitável e sua presidência do Banco Central foi o que realmente trouxe governabilidade e respeitabilidade ao governo Lula. Sem ele, teríamos ido à breca.

    O melhor banqueiro central -- aquele que menos destruiu o poder de compra da moeda -- continua sendo Gustavo Franco, mas Meirelles foi muito melhor que Armínio Fraga.

    P.S.: Sobre a defesa dele da CPMF, talvez você não tenha visto, mas no sexto parágrafo da "Conclusão" não apenas falei sobre isso como ainda linkei exatamente para essa notícia que você colou.
  • ANDRE LUIS  30/05/2016 13:30
    "A nova diretoria do BNDES ficará toda num mesmo salão, por determinação de Maria Silvia Bastos Marques", informa Lauro Jardim.

    "Ninguém terá mais sala particular, exatamente como ocorre em vários bancos privados e grandes empresas".

    Que exemplo mais perfeito do tema abordado!

    Responda rápido dona Maria: Diante de um galinheiro com 1.000 galinhas, o que fazer com as raposas que o vigiam:

    a) Colocar mais 1.000 galinhas, afinal apreciamos sua vigilância.
    b) Trocá-las de 4 em 4 anos.
    c) Tirá-las de lá, ou ao menos reduzir o galinheiro para 100 galinhas.
    d) Construir uma mureta de 50cm separando raposas de galinhas.
  • Assaltado pelo PT  30/05/2016 15:00
    Não precisa de BNDES.

    Por que criar subsídios, se eles poderiam tirar todos os impostos dessas empresas chamadas de essenciais para infraestrutura ?

    O BNDES é um grande banco de lobby entre políticos e empresários.

    Primeiro eles cobram bilhões em royaltes e impostos, para depois devolver pelo BNDES ? Isso faz sentido ?

    O BNDES sempre foi e sempre será um banco de lobistas.

    Se ele tivesse como clientes apenas estados e prefeituras, também haveria influência para obter recursos.
  • Leonardo Furtado   10/06/2016 10:06
    Leandro, poderia me indicar um livro da escola austríaca que aborda tudo e de maneira didática, sobre economia?
  • Emerson Luis  27/06/2016 16:05
    Em resumo:

    A maioria de nós, brasileiros, está mais pobre e enfrentando dificuldades porque o PT transferiu nossos recursos para o Eike Batista e outros amigos. Ainda bem que o PT defende os pobres da elite, não?

    * * *
  • anônimo  09/07/2016 19:23
    Leandro, você é minarquista ou anarcocapitalista?
  • Leandro  10/07/2016 14:39
    Levando-se em conta o mundo real, um monarquista.

    No plano ideal, um seguidor de Joseph Sobran e Hans Hoppe: um anarcocapitalista conservador.
  • Kek  10/07/2016 14:54
    Leandro, a Monarquia (preferencialmente monarquias pequenas) não seria o Anarcocapitalismo na prática?
  • Leandro  10/07/2016 15:27
    Penso que sim. Na monarquia, todo o território é propriedade privada do monarca, que teria todo o interesse em ter o máximo possível de empreendimentos (e, consequentemente, de criação de riqueza) em seu território, consequentemente estorvando o mínimo possível os empreendedores.

    Quanto mais riqueza ele permitir ser criado, melhor será o futuro de seus descendentes.
  • Andre Cavalcante  10/07/2016 15:18
    Olá,

    Não sou o Leandro, mas dou o meu pitaco na questão, tudo bem?

    Imagine-se que cada município brasileiro se torne uma monarquia (constitucional ou mesmo absoluta, mas que na prática, não tem poder quase nenhum): 5570 municípios = 5570 monarquias, distantes um do outro menos de um dia de caminhada (em alguns casos, horas - de carro, minutos).

    Imagine-se uma "federação" destas monarquias, com acordos de ir e vir (um documentos de identidade de um vale em todos os demais), mesma moeda, livre iniciativa e direitos de propriedade absolutos (sem nenhuma exceção).

    Obviamente, em um cenário assim, o governo é meramente uma família que "representa" aquele município (pode ser o "coronér" da região, tanto faz). O que importa é que ele teria, na prática, pouco poder de decidir a tua vida (talvez tivesse uma ascendência moral grande). Por exemplo: se em Olinda o rei decidisse elevar muito os impostos, a população naturalmente migraria para Recife, mais livre, o que fatalmente faria o rei "voltar atrás" (e vice-versa, claro).

    Isso seria, na prática, um Brasil anárquico.

    O mais interessante é que as pessoas tendem a pensar em uma anarquia como uma região sem leis, sem respeito, sem moral, sem nada. Quando a gente diz que pode ser sim um futuro possível, falam que é utópico, mas o que sobra é que não tem a mínima imaginação ou criatividade para pensar em um mundo diferente.

    Eu criei o meu. Seja criativo. Faça o seu!


  • Kek  10/07/2016 22:56
    Eu penso mais ou menos o mesmo, Andre.
  • Joaquim Saad  19/08/2016 01:22
    [OFF-TOPIC]

    Sds, Leandro.

    Poderia me ajudar a entender em posse de quem se encontram os títulos públicos correspondentes à diferença de R$1,5 trilhão entre os saldos da base monetária brasileira (i.e. passivo do BC, incluindo meio circulante) e de todos os papeis ainda em circulação já emitidos pelo tesouro federal (cujos respectivos trilhões atuais aproximam-se de R$2,7 e de R$4,2, respectivamente) ?

    A permanente existência de tal disparidade (pelo visto também verificada em outros países, como os EUA) significa que os governos centrais acabam recorrendo à emissão direta de dívida em favor de ao menos alguns dos seus diversos credores ou\e também p/ capitalizar entidades das quais forem o controlador majoritário\único (e.g. BNDES, Caixa, BB, Petrobrás, Eletrobrás, etc), contornando desta forma a necessidade de monetizá-la antes nos leilões primários e talvez assim minimizando intervenções posteriores da autoridade monetária no controle das taxas de juros ?

    ps: será que no extremo ainda veremos por aqui o INSS "pagando" aposentados c/ LFT's, e comerciantes recebendo (por bem ou na marra) NTN's em troca de gasolina, compras de super-mercado, etc ?! Ou a impressora do bc é preferida pelo povo caprichoso no lugar da HP do tesouro na criação de papel pintado travestido de dinheiro (a despeito de ambas serem a mesma lá na casa da moeda) ? :-0

    Obrigado.
  • Leandro  19/08/2016 02:23
    De acordo com os dados do site do Bacen, eis os dados de junho (último mês para o qual há dados completos sobre isso):

    Total de títulos emitidos pelo Tesouro: R$ 4,16 trilhões.

    Títulos em posse de bancos, corretoras e demais sociedades financeiras: R$ 2,50 trilhões.

    Títulos em posse do BC: R$ 1,325 trilhão

    Restante: R$ 335 bilhões (provavelmente em posse direta de pessoas, empresas e estrangeiros)


    Quanto ao INSS, sem dúvidas as pessoas serão pagas em títulos no futuro. Isso é líquido e certo. Para a Previdência não há solução, pois se trata de uma questão demográfica e atuarial. Trata-se da única área da economia que nem sequer permite espaço para visões ideológicas distintas.

    Quanto a Previdência foi criada, havia 7 trabalhadores trabalhando para sustentar um aposentado. Daqui a duas décadas será 1,5 trabalhador trabalhando para sustentar um aposentado.

    Ou seja, a conta não fecha e não tem solução. O governo vai recorrer às notas promissórias. Mas isso ainda vai demorar algumas décadas para acontecer.

  • André  19/08/2016 11:59
    Achei quase absurdo isso que falou, mas pesquisei um pouco:

    www.valor.com.br/internacional/3076378/portugal-planeja-pagar-um-salario-servidores-com-titulos-publicos

    Esse pesadelo não tem fim?
  • anônimo  19/08/2016 13:59
    Leandro, como e por que o BC tem em posse mais de 1 trilhão em títulos públicos?
  • Leandro  19/08/2016 15:04
    Como: ele comprou dos bancos no mercado secundário.

    Por quê: para fazer política monetária.


    A maioria desses títulos em posse do BC decorre de operações compromissadas, o que significa que eles serão devolvidos aos bancos.

    Veja a primeira planilha:

    www.bcb.gov.br/pec/Indeco/Port/IE2-01.xlsx
  • mauricio barbosa  17/11/2016 14:54
    Os bancos comerciais são parceiros do BNDES,portanto eles também lucram com essas operações,mas enfim o governo(E os políticos salvo as exceções)é o grande vilão como sempre,pois(Os políticos) são eleitos para fazerem uma gestão eficiente,mas quando não são incompetentes e corruptos(Em sua maioria)são temerários,ou seja ficamos na mão desta máfia,por isso sou anti-estado e pró-livre-mercado e pró-armamentismo civil...Viva a Liberdade e abaixo a opressão estatal!!!
  • Denis  07/12/2016 09:14
    Nossa, excelente artigo.

    Leandro Roque, já está salvo na minha página de favoritos.

    Queria aprender a escrever assim.

    Parabens!!
  • Maria Silva Bastos Marques  01/02/2017 21:35
    Muito bom o seu artigo e ótimo conselho, Leandro!

    Mas tire um tempinho aí e relaxe por uns 20 minutos. Respire profundamente. Se concentre. E então, deixe de ser agressivo. Venha ser pragmático com a gente.

    1) No ano passado, houve alguns boatos de que o governo pretendia acabar com esses aportes de 40% das receitas do FAT para o BNDES, e destiná-las para despesas com benefícios sociais. Como nunca mais ouvi falar disso, podemos concluir que essa proposta era mesmo das boas, no sentido de que não estava passando pela cabeça de ninguém compensar esse vácuo que seria criado com a emissão de mais títulos da dívida pública. Eu não sei quanto dos empréstimos do BNDES utilizam recursos do FAT, mas seria possível uma mudança brusca dessas, sem que fosse traumático para os contratos?

    2) Ontem foi noticiado que no ano passado, o BNDES reduziu seus desembolsos em 35% em relação ao ano de 2015. Esses desembolsos são os empréstimos do BNDES, excluídos os recursos do FAT e dos títulos do Tesouro? Ah, quem dera esse fosse todo o mal que o BNDES tivesse sido capaz de fazer.

    3) Recentemente também falou-se em vincular a TJLP aos títulos públicos atrelados à inflação (NTN-Bs). Não é uma medida que iria fechar o BNDES (até mesmo porque ninguém está pensando nisto por lá) mas este também não podeia ser um caminho mais, digamos, cauteloso e possível para fechar o banco? Porque pelo jeito que você aconselhou no artigo, o BNDES já deveria estar fechado desde o ano passado. Fechar o BNDES já é o máximo da ousadia e da agressividade. Se aparecesse uma única boa alma que garanta que isso é possível, seja em 5, 10, 15 ou 20 anos, não já estaria de bom tamanho?

    Acho que você vai precisar de 1 hora de relaxamento, caso se disponha a responder essas perguntas.

    Abraços!
  • WALTERSON  19/03/2017 03:17
    Leandro, este artigo é do ano passado mas estamos vendo agora no que foi que o governo Lula enfiou nosso dinheiro. Todos os "campeões nacionais" do Lula estão fazendo água: Oi, Eike, Odebrecht e JBS. Alem de quebrar o país, ainda apostaram nos cavalos errados.
  • Leandro  19/03/2017 14:32
    Eike (na cadeia), Odebrecht (na cadeia), Oi (falida), BRF e JBS (carne estragada), LBR (quebrada), Marfrig (no vermelho) e Fibria (a única que se mantém, até porque mexe com celulose). Tudo isso produto do BNDES com o nosso dinheiro de impostos.

    Por isso o IMB é veemente em sua defesa da abolição do BNDES. Curiosamente, a esquerda defende o banco, que nada mais faz do que retirar dinheiro dos pobres e repassar a megaempresários poderosos ligados ao governo.
  • Augusto  22/05/2017 19:42
    Ok, bom artigo, mas alguém sabe algum país desenvolvido de grande porte que não tenha uma agência de fomento? Difícil convencer quando não há nenhum exemplo para se comparar.
  • Severo  22/05/2017 20:11
    País desenvolvido com agência de fomento ao estilo do BNDES? Nenhum.

    Na Europa, há o BEI, que, "levanta dinheiro nos mercados de capitais e empresta-o em condições favoráveis a projetos que apoiem os objetivos da UE. Cerca de 90 % dos empréstimos são concedidos para investimentos dentro da UE. Nenhum do dinheiro emprestado pelo BEI provém do orçamento da EU."

    europa.eu/european-union/about-eu/institutions-bodies/european-investment-bank_pt

    Nos EUA, há o Eximbank, que serve apenas para fomentar exportação. Condenável, sim, mas nem de longe se compara ao BNDES.Eximbank não subsidia fusões e aquisições. Eximbank não escolhe empresas que deverão crescer e se tornar "campeãs nacionais". Eximbank não escolhe ganhadores e perdedores. Eximbank, em suma, não existe para consolidar monopólios e oligopólios

    A principal função do Eximbank é "conceder garantias" para quem for financiar as exportações de algumas empresas americanas. Ao contrário do BNDES, o Eximbank não faz empréstimos para expansões e aquisições de empresas.

    Ambos são completamente distintos em função e natureza.

    Aliás, sabe qual o tamanho da carteira do Eximbank americano? US$ 37 bilhões. Isso dá 0,2% do PIB americano.

    Sabe qual o tamanho da carteira BNDES? R$ 675 bilhões. Isso dá nada menos que 11,2% do PIB brasileiro.

    E isso nem considera as participações acionárias do BNDES, que está presente em centenas de empresas brasileiras. (Desnecessário dizer que isso não ocorre com o Eximbank, que existe praticamente para ajudar as exportações da Boeing).

    Não, não há nada igual ao BNDES em nenhum país desenvolvido do mundo. Logo, parodiando você próprio, a um defensor do BNDES será "difícil convencer [da necessidade de haver um BNDES] quando não há nenhum exemplo para se comparar".
  • Passos  24/05/2017 13:35
    Um dos principais objetivos do BNDES é promover empregos no BRASIL. E não em outros países, como fez o governo petista. Existem milhares de empréstimos concedidos a outros países, promovendo o emprego lá e não aqui.
    > Porto em Cuba (US$957 milhões);
    > Hidroelétricas no Equador (US$333 milhões);
    > Barragens em Moçambique (US$350 milhões);
    > Corredor de ônibus em Moçambique (US$180 milhões);
    > Hidroelétrica na Nicarágua (U$343 milhões);
    > Hidroelétrica no Peru (US$ 320 milhões);
    > Abastecimento de água no Peru (valor não informado);
    > Renovação da rede de gasodutos no Uruguai (valor não informado);
    > Rodovia em Luanda (valor não informado);
    > Ponte na Venezuela (US$300 milhões);
    > Linhas de metrô na Venezuela (US$732 milhões);
    > Metrô no Panamá (US$ 1 bilhão);
    > Rodovia no Panamá (US$ 152 milhões)
    > Aqueduto na Argentina (US$180 milhões);
    > Soterramento do Ferrocarril Sarmiento na Argentina (US$ 1,5 bilhões);
    > Aeroporto em Moçambique (US$ 125 milhões);
    > Projeto Hacia el Norte – Rurrenabaque-El-Chorro ( US$ 199 milhões na Bolívia).

    No governo do PT o BNDES promoveu bastante o emprego, SÓ QUE EM OUTROS PAÍSES.
  • Thiago   28/01/2023 03:42
    Gera empregos no Brasil sim. Tudo que é construído no exterior é feito com materiais fabricados no Brasil. Estados unidos se tornou a maior potência emprestando e turbinando sua indústria nacional.
  • Alfredo  29/01/2023 23:36
    O Tesouro emite títulos pagando juros de 14%, repassa esse dinheiro para o BNDES, que então o empresta a 2% para governos estrangeiros (que, aliás, até hoje não pagaram).

    Estes governos estrangeiros, por sua vez, contratam empreiteiras brasileiras para fazerem obras em seus respectivos países.

    No fim, os brasileiros têm de pagar mais impostos para quitar esses títulos que o Tesouro emitiu para bancar o BNDES.

    Aí eu pergunto: qual foi o ganho líquido para o desdentado brasileiro? E para os pobres em geral? E para a classe média?

    Quem realmente ganha são os magnatas donos de empreiteiras. Trata-se da mais perfeita definição de "capitalismo de estado": governo tributando os pobres para repassar para os ricos.

    Que a esquerda esteja defendendo isso é absolutamente bizarro.
  • Ex-microempresario  30/01/2023 14:24
    Pela lógica do Thiago, se um país pegar toda a sua matéria-prima, fabricar objetos e mandar estes objetos de graça para o exterior, o país torna-se uma potência.
  • Grégory Canto  04/07/2017 18:59
    Caro Leandro,

    O que você tem a dizer sobre as linhas de financiamento do BNDES voltadas especificamente para MPME? Sobre o Cartão BNDES, por exemplo?

    Segundo o site do banco, em 2016, 31% dos desembolsos foi para MPMEs. No seu artigo você dá a entender que o BNDES só empresta para grandes, "expulsando" as MPMEs do mercado de crédito barato.

    Por que 31% dos desembolsos estão sendo simplesmente ignorados na análise?
  • Leandro  04/07/2017 21:08
    Pois permita-me, então, fornecer-lhe os números completos e exatos, os quais, aliás, foram explicitamente ilustrados em um gráfico neste artigo abaixo, o qual foi linkado no artigo acima:

    As empresas que mais recebem verba do BNDES, e seus maiores escândalos

    Os números são de 2014.

    Desembolso para empresas grandes: R$ 117,6 bilhões

    Desembolso para empresas média-grande: R$ 10,8 bilhões

    Desembolso para empresas médias: R$ 14,7 bilhões

    Desembolso para empresas pequenas: R$ 15,9 bilhões

    Desembolso para empresas micro: R$ 28,6 bilhões

    Fique à vontade para brincar com os números, mas o fato é que enquanto as grandes abiscoitam 62%, as micro e pequenas ficam com apenas 23%.

    Disse no artigo e vou repetir aqui: os BNDES gera quatro consequências nefastas:

    1) inflação monetária e de preços (e isso independe de para quem ele empresta);

    2) deterioração da situação fiscal do governo (e isso independe de para quem ele empresta);

    3) ineficácia da política monetária (e isso independe de para quem ele empresta) -- e tanto é assim que a inflação de preços só passou a cair depois que o BNDES foi finalmente restringido pela já saudosa Maria Silvia Bastos Marques); e

    4) aumento dos juros (e isso independe de para quem ele empresta) e restrição do mercado de crédito para os grandes (as quais abiscoitam 62% dos empréstimos, enquanto as micro e pequenas ficam com 23%).

    Se, para você, catorze empresas grandes receberem 62% enquanto micro e pequenas (e apenas as mais selecionadas) recebem 23% é algo que não gera nenhum desequilíbrio no mercado de crédito e nem na estrutura dos juros de mercado da economia, então nada posso fazer por você.

    Aliás, pergunto: por acaso a padaria perto da sua casa ou o restaurante a quilo que você frequenta recebem dinheiro do BNDES tão facilmente quanto os Odebrechts, os Eikes e os irmãos Batista? Sua oficina mecânica? Sua pizzaria? Seu borracheiro? Você conhece algum pequeno comerciante ou alguém do setor de serviços que tem linha direta com o BNDES?

    (Eu conheço duas pessoas que já usaram BNDES, e ambas estão longe de ser pequenas. São pessoas de padrão de vida bem invejável. Muito acima do da plebe).

    Os pequenos comerciantes e prestadores de serviços são os maiores empregadores da economia (principalmente nos rincões do país) e compõem a maior fatia do PIB. São esses micro-empreendedores sem acesso ao BNDES que bancam os juros subsidiados usufruídos pelos três magnatas acima. E são eles também que têm de recorrer aos astronômicos juros bancários (distorcidos pelo BNDES), pois não há outra alternativa.

    Por que o magnata tem direito a juros subsidiados pelo populacho enquanto o próprio populacho não tem direito a essa regalia que ele próprio banca?

    No Brasil do BNDES, quanto menos a empresa precisa de facilidades, mais ela recebe facilidades. Quanto maior e mais forte é empresa, mais dinheiro subsidiado ela recebe. Empresas que podem perfeitamente lançar debêntures, ações ou mesmo conseguir empréstimos mais baratos perante aos bancos (pois têm muitos e valiosos ativos como colateral) são as que mais recebem dinheiro público subsidiado.

    Sigo no aguardo de uma única refutação a tudo o que foi dito no artigo.

    Saudações.
  • anônimo  25/08/2017 12:58
    Esse bolsa empresário chamado BNDES tem que acabar, chega de pagar impostos para financiar amigos de governo para a prática do falso capitalismo. Esses salafrários querem dinheiro? Vão pegar financiamento no mercado.
  • Fernando  06/01/2018 16:59
    Prezados,

    Alguém poderia me informar por favor as séries que devo procurar para comparar a quantidade de dinheiro aplicado em fundos privados de investimento e a quantidade de dinheiro aplicado em títulos públicos? Tenho interesse em saber o perfil de aplicações das pessoas ao longo dessa nossa montanha russa de expansões monetárias e endividamento.
  • Sete  11/01/2018 16:45
    Texto excelente.
  • anônimo  10/07/2018 15:27
    Este artigo confirma o que grande parte da população não sabe, ou acha que sabe.

    Na realidade o país sempre foi dependente da burguesia para continuar existindo. Quando estudamos a história do país vemos que o primeiro negócio instalado foi o contrabando de pau-Brasil, árvore que na época tinha grande valia. D. Pedro não declarou a independência porque tinha medo do que a corte portuguesa podia fazer a respeito. Tudo no país começou de forma errada, sem planejamento. O "jeitinho" brasileiro foi criado exatamente para ocupar uma lacuna enorme que o estado não foi capaz de garantir aos cidadãos.

    Com a operação lava jato ficou demonstrado que o judiciário brasileiro está completamente vendido. Aliás, era este mesmo judiciário a última esperança da população brasileira, ou melhor do cidadão trabalhador; que sua a camisa para sustentar sua família. Por outro lado, a mesma operação lava jato se transformou em uma afronta para a famosa "burguesia". Nunca foi tão exposto na mídia e redes sociais os esquemas de corrupção.

    Como bem dito neste artigo, estes esquemas representam 1 % de tudo que foi desviado e continua sendo desviado através de um artifício chamado BNDS!

    Quantos milhões, trilhões de reais foram emprestados também para países vizinhos, cujos empréstimos jamais serão pagos? Quantas pessoas estão a morrer de fome ou nas filas dos hospitais por falta de condições sociais!?

    Acham mesmo que a dívida pública corresponde a 60% do PIB!? Será que isso é real, ou não passa de mais um artifício para continuar enriquecendo algumas pessoas, que só pelo fato de pertencerem a determinadas famílias possuem um tratamento diferenciado.

    Eleições eletrônicas, muito rápido, fácil e totalmente frágil. Como acreditar que as eleições brasileiras são corretas. Aliás, o que é correto no Brasil!?

    Portanto, como é impossível alterar as leis em benefício dos cidadãos brasileiros, a justiça funciona para quem possui recursos financeiros para usufruir desta justiça.

    Todos nós sabemos que o Brasil é um dos países mais ricos do mundo, ricos em recursos naturais.
    Infelizmente, as pessoas que podem fugir do país já estão fazendo, antes que seja tarde. É muito triste constatar isso, mas como é possível criar um filho no Brasil?

    A única forma de salvar o país, seria recriá-lo do zero. Começando pela constituição Federal. Recriando valores morais. Transformando as escolas em locais de acolhimento, em locais divertidos, em locais "SEGUROS".

    Agora, como recriar um país que está totalmente corrompido, falido e ocupado por um sistema extremamente robusto e perigoso! Não existe, nem nunca existirá um salvador da pátria que vai fazer tudo por você!
    Se queremos um país melhor, temos que ser melhores. Temos que dar o exemplo, não adianta falar mais. Vamos fazer! o momento de falar já passou...

    Como voltar a valorizar a vida, valorizar o bem estar das pessoas que vivem no país... Como fazer isso se não há educação!?!? Se não há família!?

    Fica apenas um desabafo de um cidadão, em complemento as informações que nos foram disponibilizadas pelo Leandro Roque.


  • Smith  03/10/2018 22:36
    Uma dúvida, essa operação contábil do Tesouro Nacional de se endividar e passar o dinheiro para BNDES está incluso no orçamento primário? O LOA inclui essa operação quando vai formular os gastos? Pois analisando os dados do orçamento primário da União, não encontrei esse valor imenso dos gastos para crédito direcionado
  • Adam  04/10/2018 00:07
    Não. E o arranjo era ainda mais bizarro. Funcionava assim à época:

    1) O Tesouro vendia títulos públicos para o sistema bancário e arrecadava, digamos, R$ 100, com a promessa de pagar aos bancos R$ 10 daqui a um ano (Selic de 10% ao ano).

    2) Ato contínuo, o Tesouro transferia esses R$ 100 para o BNDES, que então emprestava para suas empresas favoritas cobrando módicos 6% ao ano (valor da TJLP).

    3) No final do ano, o BNDES repassava uma parte ao Tesouro como dividendo (por exemplo, R$ 3).

    4) Resultado: esses dividendos de R$ 3 entravam no cômputo do governo como uma receita primária, ao mesmo tempo em que os R$ 10, por serem pagamento de juros, não entravam na conta do superávit primário.

    5) Percebeu a safadeza? No cômputo final, houve uma piora fiscal de R$ 7, porém, no balanço divulgado pelo governo, houve uma melhora de R$ 3 no saldo primário!

    O senhor Mantega e toda a equipe do PT inventaram o moto-perpétuo: quanto mais o governo se endividava, melhor ficava a sua situação fiscal! É por isso que a dívida líquida aparecia estável, mas a dívida bruta explodiu.

    E essa turma quer voltar.
  • Eli  01/11/2018 18:07
    Qual a diferença de dívida líquida para a dívida bruta? Vi essa sua explicação num artigo do Leandro Roque a respeito da economia de 2010, desde que o BNDES começou sua guinada expansionista.
  • Roth  01/11/2018 18:18
    A dívida pública bruta mede o passivo total. Já a dívida líquida é a dívida bruta subtraída de ativos financeiros do governo, que geram renda.


    Dívida pública bruta

    É a soma de toda a dívida do setor público não-financeiro e do Banco Central com o sistema financeiro (público e privado) internacional e com o resto do mundo.


    Dívida pública líquida

    Mede a diferença entre o passivo total e os ativos financeiros do governo. Ou seja, é a diferença entre a dívida pública bruta e os créditos não-financeiros do setor público e do Banco Central. Com exceção da Petrobras e da Eletrobras, o BC calcula a dívida pública líquida para todo o setor público (União, Estados, municípios, Banco Central e outras empresas estatais).
  • Rodolfo Andrello  18/06/2019 17:20
    Falando em BNDS, com o pedido de recuperação da Odebrecht ficamos sabendo que a dívida da empresa com o dito banco de desenvolvimento totaliza 10 bilhões de reais, isso sem contar as dívidas com o BB e caixa econômica. Meus cumprimentos ao PT que alimentou mais do que ninguém esse esquema sórdido de empresas amigas do rei.
  • Clayson   18/06/2019 18:49
    TODOS os países do mundo tem bancos de desenvolvimento, inclusive os de alta liberdade econômica. Inclusive EUA.

    Mas o ponto é que o BNDES é instrumento de governo e não de estado. Mas ele tem um papel importante na infraestrutura brasileira.

    Acho que estaríamos melhor se o Instituto Mises fosse abolido.
  • Amante da Lógica  18/06/2019 19:28
    "TODOS os países do mundo tem bancos de desenvolvimento, inclusive os de alta liberdade econômica. Inclusive EUA."

    Vá sacar em outro lugar.

    Com o escopo e abrangência do BNDES, que participa em praticamente todas as áreas da economia, não há nenhum.

    Forçando um pouco a barra, podemos encontrar o Export-Import Bank, dos EUA. Só que esse banco em quase nada se parece com o BNDES. O que ele faz é fornecer empréstimos, em dólar, a empresas estrangeiras que pretendem importar produtos americanos. Por exemplo, se você é brasileiro e quer importar um avião da Boeing, você receberá um empréstimo subsidiado do Ex-Im Bank.

    Trata-se de um arranjo mercantilista voltado para ajudar algumas empresas exportadoras daquele país.

    www.mises.ca/how-to-fight-the-ex-im-bank/

    Mas, por mais deletério que ele seja (toma dinheiro da população para beneficiar grandes corporações), nem se compara ao BNDES em nível de estrago.

    Uma coisa é um banco que se limita a subsidiar exportações de algumas poucos grandes empresas (no Brasil, aliás, bancos públicos também fazem isso, sem BNDES). Outra, bem diferente, é um banco distorcer completamente os juros da economia, sair criando campeãs nacionais (e, nisso, afetando os pequenos e criando várias ineficiências na economia) e se tornando sócio de mais de 100 empresas da economia.

    "Mas o ponto é que o BNDES é instrumento de governo e não de estado. Mas ele tem um papel importante na infraestrutura brasileira."

    Pela sua lógica, então, absolutamente nenhum outro país do mundo possui infraestrutura, pois nenhum outro país do mundo possui um BNDES.

    É cada coitado que surge aqui...

    "Acho que estaríamos melhor se o Instituto Mises fosse abolido."

    Isso é verdade. Se o IMB fosse abolido, funças, parasitas e demais mamadores de dinheiro público (o que inclui megaempresários, todos eles amados pela esquerda) teriam mais sossego. Não há como negar.
  • Eduardo R., Rio  04/03/2021 03:31
    BNDES zerou sua posição em Vale

    O BNDES acaba de anunciar que vendeu o restante de suas ações da Vale, frustrando o sonho dos bancos de fazer a venda via block trade ou follow-on.

    Aproveitando a alta do minério, o banco se desfez gradualmente de 119 milhões de ações da Vale desde o início do ano, levantando mais de R$ 11 bilhões a preços de hoje. Para efeito de comparação, a Vale tem um valor de mercado de R$ 504 bilhões.

    Esta posição não podia ser negociada até recentemente em virtude do acordo de acionistas da Vale, que expirou em 9 de novembro e unia BNDES, Mitsui, BNDESPar, Previ e Funcef. O banco mantinha esta posição desde a privatização da Vale em 1997.

    Com esta venda, a gestão Gustavo Montezano já vendeu R$ 60 bilhões em ações da carteira do banco.

    A má notícia: o banco ainda detém mais de 1 bilhão de Petrobras PN, que perderam 21,5% do valor nesta segunda-feira.

    A carteira do banco ainda detém posições significativas na JBS, Eletrobras, Copel e Cemig.


    Geraldo Samor

    braziljournal.com/bndes-zerou-sua-posicao-em-vale
  • Felipe  09/10/2021 17:28
    O Temer, apesar de não ter fechado o BNDES, acabou com aquele expansionismo de crédito estatal, continuando agora no governo Bolsonaro.

    A dúvida é como ficará isso com aqueles estímulos trilionários (não sei se vocês estão sabendo, coisa de R$ 10 trilhões, se não me engano) e com o Pronampe, que provavelmente vai ficar para sempre.

    Deveria ter fechado o BNDES lá em janeiro de 2019.


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