segunda-feira, 13 jun 2016
Aconteceu de novo.
Na cidade de Orlando, Flórida, um fanático islâmico entrou em um
estabelecimento — especificamente, uma boate gay — que
proíbe
que as pessoas portem armas e praticou uma
chacina
em massa.
O estado da Flórida possui uma lei que especificamente
proíbe o porte
de armas (mesmo que a pessoa tenha autorização e licença) em um estabelecimento
que serve bebidas alcoólicas. Portanto, não
apenas o estabelecimento era proibido de permitir que seus clientes portassem
armas, como também era proibido de ter seguranças privados armados e à paisana. Cenário perfeito para um lunático brincar de
tiro ao alvo humano.
Para piorar, o maníaco estava
na lista de suspeitos do FBI, que nada fez para detê-lo. Mais uma vez, confiar a segurança ao estado não
funcionou.
Deixemos de lado as questões motivacionais que
envolvem islamismo, fanatismo e gays, e façamos a pergunta mais importante: por
que políticos e burocratas não querem que pessoas inocentes tenham a capacidade
de se defender?
O inestimável Centro
de Pesquisas para a Prevenção do Crime já se manifestou
sobre o assunto.
Desde
pelo menos 1950, apenas 1% de todos os tiroteios públicos ocorreu em locais em
que os cidadãos são autorizados a portar armas e se defender. A polícia é importante para impedir o crime,
mas mesmo que ela estivesse presente no local no momento da chacina, ela teria uma
grande dificuldade em impedir o ataque.
Agressores
sempre irão atirar primeiro nos policiais e seguranças uniformizados que
estiverem presentes (o ataque ocorrido ao jornal francês Charlie Hebdo no
início de 2015 ilustra esse ponto). ... No caso de Orlando, a polícia chegou à
cena do crime somente depois de o ataque ter ocorrido. Isso ilustra outro ponto: é simplesmente impossível
contar com a polícia para que ela proteja todos os alvos possíveis. É até mesmo uma questão física.
É
difícil ignorar o fato de que esses homicidas em massa sempre escolhem,
conscientemente, locais em que eles sabem que as vítimas estarão desarmadas.
A propósito, se você acredita que permitir o porte
de armas em bares e demais estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas é um
convite à carnificina, considere o fato de que já é legal em vários estados
americanos o porte de armas onde há venda de bebidas alcoólicas. No entanto, nunca se ouviu notícias de
chacinas nesses locais.
Dentre
os mais recentes estados a permitir o porte de armas em locais que auferem mais
de 50% de suas receitas com a venda de bebidas alcoólicas estão: Geórgia
(2014), Louisiana (2014), Dakota do Norte (2015), Carolina do Norte (2014), Ohio
(2011), Carolina do Sul (2014) e Tennessee (2009). Além da Flórida, outros estados que proíbem o
porte são: Illionis, Kentucky, Nebraska, Novo México, Oklahoma, Dakota do Sul,
Texas, Washington e Wyoming.
Há
estados que permitem o porte de armas em bares, mas proíbem a pessoa de
consumir álcool, dentre eles: Alasca, Idaho, Michigan (permitem o porte desde
que a arma esteja visível e a pessoa tenha licença), Montana (permite o porte desde
que a arma esteja visível; não é necessário ter licença).
Sim, é possível que, em algum momento, algum
desequilibrado com uma arma faça alguma lambança em uma dessas
localidades. Por isso, não se está
dizendo que jamais haverá morte em locais que permitem o porte de armas e
servem bebidas alcoólicas.
Mas o fato é que pessoas realmente más são muito
mais perigosas do que bêbados ocasionais, e suas ações maléficas são permitidas
e facilitadas por localidades que proíbem que as pessoas portem armas.
O
teste do QI
Certa vez propus um "Teste
de QI para criminosos e progressistas".
Pedi para que imaginassem que eram ladrões. E então perguntei: se vocês estivessem
planejando um crime — tipo, uma invasão de domicílio —, como vocês reagiriam
se soubessem que o morador estava armado?
Vocês iriam:
a. Invadir a casa mesmo assim, pois já ouviram políticos
e jornalistas garantir que ter uma arma não impede o crime?
b. Ponderar, depois de alguma reflexão, os custos e benefícios
potenciais, e então decidir que é mais prudente encontrar outra casa para
roubar?
Meu objetivo era ajudar esquerdistas
bem-intencionados a entender que criminosos reagem a incentivos. E mesmo
aqueles realmente estúpidos tentarão, ao mesmo tempo, maximizar quanto eles
podem roubar e minimizar o risco de surpresas negativas.
E, se você é um criminoso, uma potencial
surpresa negativa é ser baleado por um morador armado.
A mesma análise
de custo-benefício se aplica a adeptos de chacinas. Independentemente de se esses lunáticos são motivados
por um sentimento de carência ou pela ideologia islamo-fascista, seu objetivo é
matar o máximo possível de pessoas antes de serem detidos.
Portanto, faz sentido — de sua perspectiva
deturpada — escolher alvos em zonas que proíbem o porte de armas (em inglês, gun-free zones).
E quando esses malucos escolhem locais em que são mínimas
as chances de encontrar alguma resistência armada, eles sabem que isso
significa que a contagem de corpos será alta.
E é exatamente
esse o seu objetivo.
Foi exatamente isso o que aconteceu em
Fort Hood. E em Santa Barbara. E em Newtown, Connecticut. E no cinema
da cidade de Aurora, Colorado. E em Virginia Tech.
Mais
armas
Para minha segurança e para a proteção dos meus
filhos, quero que haja cada vez mais cidadãos armados e cumpridores das leis,
seja em bares ou em quaisquer outros locais da sociedade.
O professor Nelson Lund, da Escola de Direito da
George Mason University, escreveu um artigo para o The
New York Times mostrando que as evidências em prol do porte de armas em
locais públicos são impressionantes.
É
algo cruelmente arrogante desarmar vítimas em potencial — como mulheres —, deixando-as
à mercê de estupradores e outros predadores.
Cidadãos armados frequentemente salvam vidas e impedem a ocorrência de
crimes violentos, frequentemente
sem disparar um único tiro. Praticamente
todos os massacres ocorrem em "gun-free zones", e alguns desses massacres foram
impedidos por civis que intervieram
após sacar sua arma.
[...]
vários estados americanos já adotaram leis permitindo cidadãos adultos a
portarem ocultamente uma arma em público.
Aproximadamente 13 milhões de americanos hoje possuem permissão para
portar armas escondidas, e 11 estados nem mesmo exigem uma licença. À medida que o número de cidadãos
armados disparou, os crimes violentos desabaram. E praticamente não há notícias de que tais
pessoas abusaram de seus direitos. Na
Flórida, por exemplo, onde as licenças estão disponíveis há quase trinta anos, elas
são revogadas, por causa de algum mau uso da arma de fogo, a uma taxa anual de
0,0003%. Até mesmo a polícia possui
taxas mais altas de violações decorrentes do uso de armas de fogo do que os cidadãos
com porte legal.
Qual a moral da história?
Quando assassinatos e massacres ocorrem, burocratas irão
se inocentar de qualquer culpa (como é o caso do FBI, que
tinha o assassino em seu radar desde 2013, e nada fez para detê-lo) e políticos
— que são os responsáveis diretos pelas leis que proíbem os cidadãos de se
defender em determinadas localidades — irão apenas aumentar o repertório em
prol do desarmamento.
A moral da história, portanto, é que cidadãos cumpridores
das leis devem ter o direito absoluto de se defenderem e de defenderem terceiros.
Contar com a polícia não é sensato, pois esta só
chega ao local do crime após as coisas ruins já terem acontecido. Por mais eficiente e dedicada que seja a
polícia, você simplesmente não pode partir do princípio que ela estará
onipresente, sempre a postos para proteger todo e qualquer cidadão. E é por isso que, ao menos nos EUA, a
vasta maioria dos policiais é contra o desarmamento.
E também é por isso que o porte de armas é
importante, particularmente para comunidades que são alvo de violência, como as
mulheres em geral,
os judeus
na Europa e os professores
de escolas públicas. Todas essas
pessoas, caso estivessem armadas, poderiam estar na posição de proteger
terceiros que não tivessem a capacidade de se defender.
Após mais essa tragédia, só nos resta esperar que
algo de bom ocorra e que haja mais medidas que ajudem cidadãos cumpridores da
lei a se defenderem do mal.
É claro, não será nada surpreendente ver pessoas que
não conseguem passar no teste de QI citado acima defenderem ainda mais
desarmamento.