Sim, já temos o primeiro curso e a primeira
palestra! Como responsável pela área acadêmica do IMB compartilho com vocês, em
meu nome, no do Presidente Helio Beltrão e no de toda a valorosa equipe do
Instituto, a grande satisfação, motivação e esperança de anunciar -- sem fumaça
branca, mas com a pompa e a circunstância que somente o latim possui -- o
início de nosso programa de cursos e palestras on line, nos moldes do Mises norte-americano.
Se dissermos apenas que essa auspiciosa
notícia vem "preencher uma lacuna" em termos do ensino de economia e ciências
sociais, estaremos caindo em um lugar comum, por isso preferimos afirmar que
nosso programa, além de encher esse vazio, pretende revolucionar o estudo da
ciência econômica e de todos os que se interessam pelas ciências sociais em
nosso país, em uma perspectiva de longo prazo, entendido como uma geração.
Como se sabe, as faculdades brasileiras,
particularmente as de economia, estão tomadas por keynesianos, neokeynesianos,
schumpeterianos, marxistas, desenvolvimentistas
e -- embora em número menor -- monetaristas;
muitas instituições de ensino exigem que as dissertações de mestrado e
doutorado de seus alunos empreguem métodos econométricos e algumas chegam a
impor essa exigência até na graduação, em seus TCCs
(trabalhos de conclusão de curso).
Assim sendo, os jovens saem desses anos de
estudos acreditando piamente que o estado deve ser o indutor do crescimento, ou
que os gastos públicos e a política monetária devem ser usados como
instrumentos contra os ciclos econômicos, ou que a tributação deve ser um
instrumento de "redistribuição" de renda, ou que "João é pobre porque Pedro é
rico", ou que a crise mundial que já perdura há seis anos pode ser atribuída a
ausências de regulamentações dos governos, ou que "um pouquinho de inflação é
bom para estimular o crescimento", ou que incentivos à demanda também são bons
para o crescimento, ou que os lucros se constituem em um grande mal, ou que os
empresários são todos malvados, ou que os bancos centrais são essenciais e
devem ter atuações ativas sobre a economia, ou que o monopólio da moeda é muito
bom e indispensável, ou -- o que não é incomum -- crendo sinceramente em todas
essas falácias (e muitas outras) ao mesmo tempo.
É muito triste constatar que gerações
sucessivas de economistas vêm tendo esses logros inoculados em suas mentes e
depois passam o resto de suas vidas -- na academia ou fora dela -- os repetindo
como papagaios bem treinados. Recebo incontáveis mensagens de estudantes de
praticamente todos os recantos do Brasil queixando-se do ensino de viés
marxista e estatista que recebem.
Pois bem, chegou a hora de acabarmos com essa
hegemonia! A proposta do Instituto Mises Brasil é quebrar sem pressa -- mas
sempre com o olhar voltado para o futuro e, consequentemente, para as novas
gerações -- essa corrente perversa e mostrar ao maior número possível de
pessoas a importância das liberdades individuais, da economia de mercado e da
propriedade privada, conceitos que o IMB considera essenciais, multiplicando-os
tal como as estrelas do mar o fazem.
Os cursos serão entremeados com palestras e
serão todos ministrados dentro da perspectiva da Escola Austríaca de Economia,
que acreditamos seja o caminho correto para quebrar esse paradigma
intervencionista e prestador de cultos, odes e adorações ao estado, que
contamina há bastante tempo não apenas a formação de economistas, mas também a
de todos os que se dedicam às ciências sociais e que também, como se sabe, se
propaga por todos os meios midiáticos.
"Habemus palestram"!
A primeira
de uma grande série de palestras já está marcada para o dia 4 de abril: "Como paradigmas são quebrados:
o exemplo da Escola Austríaca", com o Professor e empresário Erick
Skrabe, criador e editor do Instituto Mises Chile e Instituto Mises Itália, que possui uma trajetória
acadêmica e profissional extremamente rica e interessante: aos 17 anos
ingressou no ITA, onde cursou os três anos do curso de matemática; colaborou na
criação do Museu da Matemática Aguinaldo Ricieri; graduou-se em Administração
de Empresas; fez seu MBA no Chile, na Universidade Adolfo Ibañez; estudou em seguida na escola de negócios
francesa INSEAD e na escola de
economia da Universidade Bocconi, na
Itália.
Em
1995, Erick abriu sua empresa na área de automação industrial e abriu
escritórios no Brasil, Chile e Estados Unidos. Além disso, é também professor
de Inovação, Consultoria e Logística na Universidade Anhembi Morumbi (São
Paulo).
"Habemus
cursum"!
O primeiro curso, no próximo mês de abril -- "Patologias macroeconômicas: como governos e
bancos centrais provocam inflação, desemprego e crises econômicas" -- será
ministrado em quatro aulas pelo Prof. Antony P. Mueller, um dos mais
respeitados economistas da Escola Austríaca no Brasil e no exterior, Doutor em
Economia pela Universidade de Erlangen-Nuremberg,
Professor da Universidade de Sergipe, fundador e presidente do Continental Economics Institute,
acadêmico adjunto do Ludwig von Mises Institute nos EUA e
membro ativo do corpo acadêmico de nosso Instituto.
Convidamos
você a participar desses eventos, únicos em nosso país, e a divulgá-los para o
maior número de pessoas que vocês puderem. Para conhecer nossa programação
basta acessar aqui, onde você
poderá também encontrar pormenores e programas dos eventos e fazer a sua
inscrição.
Podemos
garantir que isto é apenas o começo. Acompanhe nossa página na Internet e você
verá que nos próximos dias já poderemos proclamar no plural: "habemus cursos" e "habemus palestras"!
Os
ventos da liberdade vão soprar com força, porque está surgindo a "Vniversitatis Mises Brazilis"!