O
melhor investimento financeiro do século XX não foram ações ou ouro: foi o
'medalhão', ou licença, para operar táxis em New York.
Tal
investimento obteve um rendimento anual superior a 15%, seguidamente, nos últimos 80 anos!
E
este é só o investimento no preço do medalhão; se incluir o aluguel do medalhão,
este retorno foi cerca de 20% ao ano, por 80 anos! Faça a conta. Aprenda,
Buffett!
Como
assim?
Em
1937, políticos corruptos e outros menos que inteligentes passaram uma lei para
limitar o número de medalhões de táxis a um máximo de 16.900. A desculpa foi a
de que "a legislação era necessária para aumentar a qualidade do serviço".
Com
a recessão ao final da década de 1930, muitos deixaram de pagar a taxa de
renovação de $300 (valores de hoje) e os medalhões expiraram. O número de
medalhões caiu a 11.787, número este que ficou fixo durante mais de 50 anos.
Atualmente,
o número está em 13.150 (houve algumas escassas emissões em 1996, 2004 e outros
anos).
A
conjunção entre o explosivo crescimento da cidade e o número fixo de medalhões
por decreto inflou o valor do medalhão, que saiu de meras centenas de dólares
na década de 1950 para US$ 50.000 (atualizados) na década de 1970, US$ 150.000
na década de 1980, US$ 300.000 na década de 1990, US$ 500.000 na década de 2000
e, finalmente, com a ajuda da política de juros zero do Fed, atingiu US$ 1,3
milhão em 2013.
(Em
2010, o valor do medalhão em Boston estava em US$ 650.000 e em São Francisco,
US$ 400.000).
Esta
maciça intervenção governamental para estabelecer uma reserva de mercado para
os taxistas ativou os ânimos animais dos empreendedores. O Uber e o Lyft estão
convencendo o público, e até alguns agentes políticos, a desconsiderar ou rever
as destrutivas e arbitrárias teses das licenças estatais para transporte. O
valor do medalhão em Nova York
já caiu para US$ 750.000, e não há sinal de interrupção nesta queda de preços.
O
mercado e os empreendedores derrubaram mais esta política pública soviética,
depois de 80 anos. Leva tempo, mas chegamos lá.