Por mais que seja um objetivo desejado por muitos, ser presidente
da Argentina não é o melhor que pode acontecer a uma pessoa.
Desde 1938 -- ou seja, há mais de 78 anos --, todos
os que foram presidentes do país -- civis, militares, homens, mulheres,
peronistas, anti-peronistas -- ou entregaram o mandato antes de seu fim, ou
morreram no cargo, ou foram derrubados, ou acabaram presos, ou se exilaram no exterior. A única exceção, por enquanto, é Cristina Kirchner, embora ainda seja
prematuro conhecer seu destino (ela foi indiciada por corrupção
e enriquecimento
ilícito).
Ou seja, é um cargo maldito.
Maurício Macri, por sua vez, tem tudo contra si: não
é peronista, o que agrava as coisas (nenhum
não-peronista consegue terminar um mandato); não é político, mas sim
empresário; não tem maioria no Congresso; sua coalizão teve apenas um terço dos
votos no primeiro turno; não controla territorialmente o país; tem contra si
todos os sindicatos; e sua base é minoria nas duas câmaras do parlamento.
Como se não bastasse, ainda herdou uma situação
econômica calamitosa que requeria mudanças drásticas e dolorosas. "Será que ele
irá conseguir?", era a pergunta lógica que todos fizeram quando ele venceu as eleições.
Porém, para falarmos de Macri e suas políticos, é
necessário antes falarmos do legado de Cristina Kirchner.
A
verdadeira herança maldita
Os Kirchner (Nestor e depois sua mulher Cristina)
governaram a Argentina entre 2003 e 2015, período este que foi caracterizado
pelos piores rasgos
do peronismo: populismo, clientelismo, inflacionismo, intervencionismo e
parasitismo.
Durante a segunda metade do período kirchnerista, as
contas do governo argentino ficaram no vermelho. O déficit orçamentário
foi crescendo
aceleradamente até chegar ao insustentável valor de
7% do PIB em 2015.
Tendo decretado moratória no
início da década de 2000 (e reincidido em 2014), o
governo não conseguia se financiar facilmente via empréstimos no mercado
financeiro. Consequentemente, teve de recorrer à inflação monetária --
isto é, colocar o Banco Central para imprimir dinheiro -- para financiar seus
déficits.
A criação de dinheiro -- principalmente a partir de
2009 -- ocorreu a uma velocidade espantosa.

Como consequência, os preços se descontrolaram, com
a carestia chegando a alcançar os níveis mais altos do ranking mundial.
Consequentemente, o governo agiu. E com truculência.
Um dos casos mais escandalosos de degeneração
institucional ocorreu no início de 2007, quando o governo utilizou as
forças policiais para tomar o controle do Instituto Nacional de Estadística y
Censos (INDEC) e trocou os encarregados de calcular a inflação.
Como esta vinha se acelerando, atrapalhando os planos eleitorais de Cristina
Kirchner, o governo do seu então marido resolveu demitir aquelas pessoas que a
estavam divulgando de maneira correta, substituindo-as por "pessoas de
confiança" -- isto é, por apaniguados que, a partir de então, iriam
divulgar índices maquiados de inflação.
A autonomia dessa instituição argentina frente o
dirigismo político foi totalmente dilacerada desde então, de modo que as
estatísticas oficiais perderam qualquer credibilidade.
Para agravar, em 2012, o governo decretou
que era crime divulgar as taxas reais de inflação, ninguém realmente
sabia qual era a verdadeira taxa de inflação de preços no país.
Em paralelo a tudo isso, o governo Kirchner fechou
a economia ao comércio internacional e adotou um discurso mais
alinhado ao do governo venezuelano do que ao dos países desenvolvidos.
Com a carestia descontrolada, o governo recorreu
àquele expediente que todo populista gosta de fazer: congelou os preços dos
setores de energia, de transporte e de água -- os quais são popularmente
chamadas de "tarifas de serviços públicos".
Na Argentina, o sistema de tarifas congeladas predominou
durante os últimos 14 anos e, como não poderia deixar de ser, exigiu que o
governo transferisse uma enorme quantidade de recursos para as empresas
produtoras para cobrir a diferença entre receitas (congeladas) e custos (em
acelerado crescimento por causa da inflação monetária).
Em 2015, somente em subsídios com energia, foram
gastos 170,3 bilhões de pesos, um aumento de 4.123% em relação ao ano de
2006. Em termos do PIB, os subsídios à energia, à água e ao transporte
chegaram a 5% em 2014.

Isso gerou um ciclo vicioso. Quanto mais o
governo imprimia dinheiro, mais os custos operacionais das empresas
aumentavam. E como os preços estavam congelados, suas receitas não
subiam. Consequentemente, mais subsídios o governo tinha de dar às
empresas. Só que os subsídios aumentavam os déficits orçamentários do
governo, os quais eram então financiados com mais impressão de dinheiro.
Essa ciranda resultou em uma das maiores carestias
do planeta.
E, como sempre ocorre com os controles de preços, o
congelamento tarifário gerou um enorme incremento do consumo (aumentou a
demanda), o qual não foi acompanhado por um aumento da produção (pois as
receitas estavam congeladas). Como consequência, a oferta desses serviços
se deteriorou, não conseguindo suprir a demanda.
Em
um informe publicado no ano passado, foi relatado que, de 2003 a 2015, o
consumo de gás natural aumentou 41%, o de energia elétrica, 58%, e o de
gasolina, 153%. No entanto, com preços congelados, a oferta não
acompanhou a demanda. Consequentemente, perdeu-se um estoque de reservas
equivalente a quase dois anos de produção de petróleo e a mais de nove anos de
produção de gás.
Isso gerou uma deterioração dos serviços: os cortes
na oferta de gás para as indústrias, que apresentaram uma taxa de 3% em julho
de 2003, subiram para 17% em julho de 2015.
Na região metropolitana de Buenos Aires, as
residências ficaram, em média, 32,5 horas sem luz apenas em 2015. Em 2003,
a média de horas de apagão era de 8,3. Ou seja, os blecautes
quadruplicaram em 12 anos.
Por fim, também segundo os dados oficiais, de 2001 a
2012, o congelamento das tarifas fez com que o gasto total com eletricidade
caísse 80% em termos reais (quando se considera toda a inflação de
preços).
Ou seja, na prática, o kirchnerismo praticamente
obrigou as empresas a distribuir luz de brinde para os usuários.
Sai
Cristina e entra Macri - e ele descobre o tamanho da encrenca
Após a eleição da Mauricio Macri, sua primeira
medida foi restaurar a credibilidade das estatísticas do país. O INDEC voltou a
ser profissionalizado e voltou a ter liberdade para divulgar as estatísticas
corretas.
E o que ele revelou foi um susto: pelos novos dados
do INDEC governamental, os preços se multiplicaram por cinco desde o fim de
2006 até o fim de 2015: uma média de 19% ao ano. Já
pelos cálculos do MIT, do final de 2007 até o final de 2015, os preços se
multiplicaram por seis: uma média de 25% ao ano.
Isso era exatamente o que o governo Kirchner queria
esconder.
Mas piora: o
INDEC também publicou sua nova estimativa para o PIB desde 2004, e os
resultados são desoladores: hoje, a economia argentina está 24% mais pobre do
que se acreditava. A principal consequência dessa correção é que o país
cresceu 18 pontos percentuais a menos do que o propagandeado pelos Kirchner
ente 2004 e 2014.
Ou seja, a recuperação econômica após o colapso de 2001 foi
bem menos intensa do que aquela que foi estrepitosamente propagandeada durante
anos.
Especialmente significativa foi a enorme diferença
entre o crescimento real e o oficial durante o período 2011-2014, isto é,
durante o segundo mandato de Cristina Fernández de Kirchner: ao passo que o
INDEC kirchnerista havia divulgado um crescimento débil, porém positivo, de
4,2% durante todos estes anos, a realidade é que a economia encolheu 1,5%.
Longe de ter se expandido, a Argentina de Kirchner e de seu ministro
da fazenda (assumidamente marxista) Axel Kicillof ficou estancada
quatro anos na recessão.
Ao final, 2,3 milhões pessoas caíram na pobreza
durante o último mandato de Cristina Fernández de Kirchner, com a pobreza geral
alcançando quase
30% da população. Já segundo
a Unicef, havia quatro milhões de crianças na pobreza, sendo que 1,1 milhão
estava na pobreza extrema.
Para completar, segundo
um recente estudo feito conjuntamente pela Universidade de Buenos Aires com a
Universidade de Harvard, os argentinos estavam mais pobres em 2014 do que eram
em 1998.
As
primeiras medidas
Restauradas as estatísticas, o governo Macri adotou
outras medidas igualmente importantes.
Começando pela frente fiscal, o governo argentino
eliminou as "retenções" (taxação média de 30% das exportações) para
a indústria e para os
produtos agropecuários, exceto a soja, cuja tarifa
de exportação foi reduzida de 35 para 30%.
Tais medidas foram feitas com o intuito de recuperar
as economias regionais melhorando os incentivos à produção, tanto pela redução
da carga tributária que incidia sobre o setor quanto pela abolição do "cepo cambiário".
(O cepo cambiário implantado pelos Kirchner consistia
no controle do mercado de dólares pelo governo, que dificultava a compra de
dólares para importações e obrigava os exportadores a converter os dólares de
suas exportações em pesos a uma taxa artificialmente valorizada, o que diminuía
as receitas em peso; o Banco Central pagava aos exportadores somente 63% do
valor de seus produtos vendidos para o exterior. A inevitável consequência
dessa medida foi estimular os produtores a estocar sua produção e vendê-la no
mercado paralelo).
Ambas as medidas -- eliminação das retenções e fim
do cepo cambiário -- incentivaram os produtores a desestocar seus produtos e a
vendê-los maciçamente para o mercado externo, trazendo dólares para o país e,
com isso, trazendo alívio para as então debilitadas reservas
internacionais do Banco Central argentino, que estavam em contínuo declínio
desde 2011 e que voltaram
a subir, pela primeira vez desde então, em 2016.
O governo também decidiu, acertadamente, abolir a
política de controle de preços e tarifas, a qual, como explicado acima, estava
afetando severamente os investimentos naqueles setores. Além da abolição
do congelamento, foi anunciada também a intenção de se acabar com os subsídios.
Consequentemente, houve um reajuste tarifário que
doeu no bolso dos argentinos.
E o pior: tal ajuste tarifário não foi seguido por uma política fiscal e monetária austera.
E aí os problemas se agravaram.
Era
para mudar, mas ninguém realmente quis mudar
Logo de início, o próprio governo anunciou que, para
evitar custos sociais e políticos, as mudanças ocorreriam de maneira gradual.
Por exemplo, para combater o déficit orçamentário do
governo, que é a causa principal da inflação, os gastos governamentais teriam de
ser reduzidos. No entanto, o governo Macri anunciou que pretendia reduzir
os gastos em apenas 2 pontos percentuais em relação ao PIB. Isso não era
absolutamente nada, uma vez que, durante o kirchnerismo, os gastos do governo
cresceram nada menos que 20 pontos percentuais em relação ao PIB.
Mas nem mesmo o anúncio desse gradualismo aplacou os
oponentes. A reação contrária foi imediata e veemente. Tão logo foi feito o
anúncio de que haveria uma gradual redução dos subsídios energéticos, o que
impactou as tarifas que se pagam pelos serviços de luz e gás, o governo federal
não apenas encontrou resistência dos governadores das províncias, como também o
judiciário mandou conter os ajustes.
Governadores das províncias se reuniram com os
ministros do Interior e da Energia e decidiram que os ajustes não poderiam
ultrapassar 400% para o consumo residencial e 500% para o consumo
comercial. Parece muito, mas isso nem sequer repõe as perdas
inflacionárias.
Como se não bastasse, vários dirigentes empresariais
vieram a público criticar a medida como sendo "brutal", sendo que,
nos países vizinhos, os empresários operam com normalidade pagando tarifas que
chegam a ser de 2,6 vezes mais onerosas, como é o caso do Chile. Na
Espanha, o custo energético é 4,5 vezes maior que na Argentina.
O que realmente chama a atenção é: onde estavam os
governadores das províncias e os membros do judiciário que não protestaram
quando o kirchnerismo levava adiante a política de destruição do poder de
compra da moeda argentina?
Esse realinhamento tarifário não é uma obra do
acaso; ele é consequência direta das políticas inflacionárias do governo
anterior e do congelamento de preços. Foi a inflação -- ou seja, o aumento
de preços gerado pelo aumento excessivo da oferta monetária, que triplicou
em pouco mais de 3 anos (aumento esse feito pelo governo Kirchner
para cobrir
os déficits orçamentários do governo) -- em conjunto com o congelamento de
preços o que desarranjou toda a economia, levando à necessidade de um
realinhamento do câmbio e das tarifas dos serviços públicos.
Onde estava o judiciário à época?
Mas o problema não se restringiu apenas às tarifas
dos serviços públicos. Os argentinos simplesmente não querem se desfazer de
suas estatais deficitárias. A companhia aérea estatal Aerolíneas Argentinas,
por exemplo, dá um prejuízo ao Tesouro de 2
milhões de dólares por dia. Os grupos de interesse e os
sindicatos não querem nem ouvir falar em privatização. Igualmente, a estatal
petrolífera YPF registra
prejuízos trimestrais milionários, e nada de o governo se desfazer dela.
O governo, com efeito, tomou nota dessas reclamações
e, para ficar politicamente de bem com todos, anunciou aumentos
para os aposentados, para os salários dos professores, e aceitou frear o ajuste
tanto das tarifas quanto da reforma do setor público.
Como disse Juan Carlos Hidalgo, "os argentinos querem que empresas
emblemáticas como Aerolíneas Argentinas e YPF continuem nas mãos do estado, que
os subsídios tarifários continuem generosos e que os gastos com salários e
pensões não parem de subir. Mas, ao mesmo tempo, querem menos impostos,
inflação de preços baixa e sob controle, e serviços de qualidade. É a quadratura do círculo".
Tudo isso gerou um déficit
primário de quase 5% do PIB. E,
para cobrir esse déficit, o governo Macri recorreu às duas magias tipicamente
argentinas: endividamento e inflação monetária. Desde que chegou ao poder, a
dívida pública (interna e externa) do país já aumentou mais 40
bilhões de dólares, chegando a 50% do PIB. E, mesmo com a Argentina sendo
novamente aceita no mercado internacional de crédito, o governo não conseguiu
abrir mão de sua outra forma de financiamento: criando dinheiro.
Como mostra o gráfico abaixo, a expansão da oferta
monetária segue incontida sob o governo Macri.

Toda essa mistura de frouxidão fiscal, déficit
primário, endividamento crescente, estatais deficitárias, e expansão monetária,
em conjunto com a liberação do câmbio, foi fatal: o peso desabou em relação ao
dólar (um dólar saltou de 10 para 16 pesos, encarecimento de 60%).
Consequentemente, a
inflação de 2016 foi de impressionantes 41%.
Mas
vamos apontar os verdadeiros culpados
Vale ressaltar, porém, que não foram a
desvalorização cambial e o aumento das tarifas dos serviços públicos o que fez
aumentar a inflação de preços, mas sim exatamente o contrário: foi o aumento de
preços gerado pelo aumento excessivo da oferta monetária, que triplicou
em pouco mais de 3 anos (aumento esse feito pelo governo Kirchner
para cobrir os déficits orçamentários do governo, prática mantida pelo
governo Macri), que desarranjou toda a economia, levando à necessidade de um
realinhamento do câmbio e das tarifas dos serviços públicos.
Por algum tempo, o governo conseguiu recorrer a
medidas populistas e evitar que esse efeito chegasse a todas as áreas da
economia impondo controles ad hoc. Foi isso o que o governo
Kirchner fez ao criar uma taxa oficial artificial para o câmbio (o "cepo" cambial), ao
congelar as tarifas dos serviços públicos, e ao determinar -- por meio do
programa Precios
Cuidados -- que os supermercados não aumentassem os preços.
No entanto, o que tais programas intervencionistas
realmente conseguiram lograr foi reduzir drasticamente as exportações,
desestimular investimentos e acabar com os incentivos para que as empresas
produzissem cada vez mais e melhores bens e serviços.
O governo Marci poderia ter optado por deixar tudo
como estava, mas isso significaria apenas aprofundar ainda mais tanto a
inflação futura quanto a estagnação econômica. Acima de tudo, o
prolongamento de tais intervenções teria gerado ainda mais pobreza.
Para evitar esse cenário, optou-se por fazer algo, e
o que tinha de ser feito era desmantelar os controles e regulações que estavam
freando a capacidade produtiva do país.
Agora, é importante ressaltar que é inevitável que
tal decisão gere um efeito negativo imediato sobre a capacidade de compra de
todos os argentinos; no entanto, é um ato de honestidade intelectual reconhecer
que esse efeito não é consequência das novas medidas, mas sim o resultado
inevitável de tudo aquilo que vinha sendo feito pelo governo Kirchner.
De concreto, se a ideia de que eliminar controles e
reconhecer o valor real das coisas -- como do dólar, da energia e de alguns
produtos no supermercado -- são medidas que fazem com que a pobreza aumente,
então, por uma questão de lógica, a pobreza já estava elevada, mas se mantinha
ocultada por estes controles.
O fato é que as políticas econômicas adotadas pelo
kirchnerismo aumentaram o número de pobres em
5 milhões em 6 anos. Frente a este panorama desastroso, era
imperativo mudar de rumo.
Conclusão
Não obstante sua terrível herança, o fato é que o
governo Macri, ao optar pelo gradualismo, não vem cumprindo seu dever de casa.
É verdade que ele não tem apoio político para implantar medidas impopulares,
principalmente aquelas que envolvem cortar o gasto público. Mas, a continuar
assim, a situação demorará desnecessariamente muito tempo para se reverter.
A enorme carga tributária, de 36 % do PIB, afugenta
os investimentos e restringe a recuperação econômica. A alta inflação de preços
corrói a renda real das pessoas e acentua a pobreza. E o endividamento do
governo, cedo ou tarde, chegará a níveis insustentáveis, como tantas outras
vezes na história -- repleta de moratórias -- da Argentina.
Como concluiu Hidalgo, "houve mudança de governo, mas não houve mudança na
opinião pública. Sem isso, será muito difícil que a Argentina implante as
reformas de que tanto necessita. Friedrich Hayek já havia chamado a atenção
para isso há mais de meio século: a única maneira de mudar o curso de uma
sociedade é mudando primeiro suas idéias."
Poderá Mauricio Macri escapar do mesmo e terrível
destino de todos aqueles que ocuparam a Casa Rosada antes dele? Pouco mais de
um ano após a sua posse, a pergunta segue a mesma.
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Adrián
Ravier, doutor em economia aplicada pela Universidad Rey
Juan Carlos de Madri e professor da Escuela de Negocios da Universidad
Francisco Marroquín, na Guatemala, e da Facultad de Ciencias Económicas y
Jurídicas da Universidad Nacional de La Pampa, Argentina.
Iván
Carrino, analista econômico da Fundación Libertad y Progreso na
Argentina e possui mestrado em Economia Austríaca pela Universidad Rey Juan
Carlos, de Madri.
Leandro Roque, editor e tradutor do site do Instituto Ludwig von Mises Brasil.