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Os austríacos voltam à Áustria

Em 1905, Eugen von Böhm-Bawerk, então presidente da Akademie der Wissenschaften (Academia de Ciências), foi convidado para testar uma nova tecnologia que permitiria que gerações futuras pudessem ouvir sua voz.  Ele registrou uma bem humorada mensagem dizendo apenas que, infelizmente, o aparelho não poderia fazer o reverso, pois ele teria muito o que perguntar para as gerações futuras.  Semana passada, a voz de Böhm-Bawerk ecoou novamente no maravilhoso salão da academia que ele uma vez presidiu, e foi ouvida pela "geração futura", formada por pessoas que estavam ali graças ao legado deste grande economista. 

Professores, estudantes, intelectuais e empreendedores de 28 países diferentes se reuniram em Viena no evento que simbolizou o retorno da Escola Austríaca ao seu local de nascimento.  Precisamente no local onde Carl Menger defendeu sua dissertação e onde Böhm-Bawerk e Friedrich von Wiser debateram tantas vezes, assistimos a palestras dos maiores economistas da atualidade.  E o evento contou também com passeios por outros locais da fervilhante Viena, como a Universidade de Viena, a casa onde Ludwig von Mises nasceu e os restaurantes em que Mises almoçava e se reunia após seus seminários privados com seus alunos.  As músicas cantadas nestes encontros, compostas pelo filósofo Felix Kaufman, foram traduzidas para o inglês e cantadas novamente ao final do passeio.  Visitamos a escola em que Mises estudou dos dez aos dezoito anos — a qual estava em horário de aula —, e até entramos em uma sala de aula, na qual alunos estavam aprendendo mandarim. 

As palestras foram brilhantes, começando com exposições sobre as origens escolásticas da Escola Austríaca, passando pelo nascimento da moderna economia na Viena de Menger (ainda dentro de uma muralha), e chegando à análise de problemas atuais sob a luz desta Escola.  Robert Murphy falou sobre o primeiro livro de Mises, The Theory of Money and Credit, para o qual ele escreveu recentemente um guia de estudo.  Joseph Salerno e Guido Hülsmann também falaram sobre a atualidade da obra e da importância dos trabalhos de Mises.  O cronograma completo do evento pode ser visto aqui.  Talvez o terceiro e último dia tenha sido o mais especial.  Ele começou com John Denson contando um pouco sobre a história da fundação do Mises Institute, em 1982.  Graças aos esforços de Lew Rockwell, a obra de Mises foi resgatada do limbo.  E em suas respectivass palestras, Doug French e Jeffrey Tucker contaram como a revolução tecnológica na era da internet fez com que esta obra alcançasse os quatro cantos do mundo.  E isso foi representado pelo quarto painel do dia, que contou com os presidentes de quatro institutos misesianos dentre vários que já surgiram em diversos países: Romênia, República Tcheca, Suécia e Brasil.  O seminário se encerrou com uma palestra do principal nome da Escola Austríaca da atualidade, Hans-Hermann Hoppe, que nos mostrou como Hayek contemporizou com os adversários socialistas e de como Mises jamais fugiu das implicações de sua teoria, sendo ele o grande "cavaleiro do liberalismo".  Depois, ele sumarizou algumas dessas implicações sobre o sistema monetário, bancário e político, à luz das ideias de Mises e Rothbard, recebendo ao final uma grande ovação do público presente. 

E este público foi uma atração à parte.  Doug French disse uma vez que o movimento austro-libertário mundial é um furacão, e que o Mises Institute estava no centro dele.  E foi assim que me senti lá.  Economistas austríacos e libertários da Austrália, Letônia, Noruega — até mesmo um tcheco, dono de uma pousada em Búzios, eu conheci lá.  Giorgio Fidenato e Leonardo Facco, fundadores do Movimento Libertario da Itália, junto com Marcello Mazzilli, conversaram comigo sobre a ideia de fundar um Instituto Mises Itália.  Os dois são empresários que se recusam a cumprir cada nova regulamentação imposta pelo governo italiano, sendo heróis da desobediência civil.  Leonardo, além de ter uma editora, que foi a primeira a publicar Hoppe na Itália, é jornalista, e morou durante muitos anos na Venezuela, onde, obviamente, escreveu muitas verdades sobre o presidente Chávez, e hoje está proibido de pisar naquele país. 

Joakim Fagerström e Joakim Kämpe, do Mises Suécia, nos contaram que vão escrever um livro sobre os mitos do socialismo sueco, refutando-os um a um.  Eles sabem que, no mundo todo, a Suécia é utilizada como um exemplo de como o socialismo funciona; mas ambos não se conformam com tamanha inverdade.  Dentre outras maravilhas do socialismo nórdico, Fagerström me contou sobre o bisonho caso de um pai que está preso por educar seu próprio filho.  Vlad Topan, do Mises Romênia, relatou em sua palestra os grandes avanços que as ideias austríacas conseguiram em seu país, e nos bastidores conversou comigo sobre um recente debate ocorrido em seu país, no qual os conservadores levaram o filósofo Olavo de Carvalho para representar suas ideias, na crença de que bastaria apenas o grande filósofo falar, que os libertários ficariam sem respostas.  Vlad, reconhecendo o imenso conhecimento de Olavo, se limitou a expor a ética rothbardiana e o princípio libertário da não agressão, contando em seguida que Olavo não soube refutar estes princípios, admitindo que não conhecia a obra de Rothbard. (Após a publicação deste texto, o professor Olavo veio esclarecer que não houve debate algum, apenas a exposição inicial de Vlad, seguida de uma apresentação dele sobre outro tema.)

Os "austríacos austríacos" do Institut für Wertewirtschaft mostraram que a tradição da escola austríaca continua viva na Áustria.  São intelectuais que dominam não só a área da economia, como também da epistemologia, filosofia, história, sociologia etc.  Enfim, são dignos herdeiros da tradição dos grandes mestres austríacos.  E eles estão cada vez mais presentes na mídia mainstream, dando entrevistas para rádios, escrevendo nos principais jornais e participando de programas de televisão.

Porém, é com certeza da República Tcheca que vem as melhores notícias.  O professor Josef Sima abriu sua palestra relembrando uma declaração do presidente de seu país, Václav Klaus: "Fui muito influenciado por Hayek, mas minha maior influência é mesmo Mises".  Alguém consegue imaginar Obama ou Lula dizendo algo assim?  Ele me contou que a primeira vez que ouviu falar de Mises foi através das entrevistas de Klaus, e que Klaus fez reformas importantes, principalmente após o fim do comunismo, promovendo diversas privatizações.  Mas que, de lá pra cá, mesmo estando por anos no poder, não fez mais muita coisa pela liberdade — um grande sinal de que a via política realmente não é o melhor caminho para a liberdade.  Aliás, outro grande feito de Klaus foi na via educacional, escrevendo um livro denunciando a farsa do aquecimento global.  Sima é o presidente do Cevro Institut, que é uma faculdade com mais de 600 alunos, em que os livros básicos dos cursos são de Mises, Rothbard e Jesús Huerta de Soto.  O mesmo acontece na University of Economics, uma das maiores universidades de Praga, que é também dominada pelo pensamento austríaco.   Sim, os austríacos dominam a academia lá.  Se ainda não são mainstream, as raízes já estão plantadas.

Sima contou-me que um dos fatores que levou a este estado favorável de coisas foi, por mais irônico que isso seja, o período do comunismo.  Ele disse que quando o comunismo se esfacelou, não havia nenhum livro sobre nada que não fosse comunista no país, e quando, por exemplo, ele traduziu o livro Power & Market de Murray Rothbard, este passou a ser um dos dois ou três únicos livros sobre o tema de intervenções estatais disponíveis no país.  O mesmo é válido para o livro sobre dinheiro e sistema bancário de Huerta de Soto e para tantas outras traduções que ele fez — se alguém quisesse estudar sistema bancário, teria que estudar Jesús Huerta de Soto!  Ele contou que o Instituto Mises Tcheco e Eslovaco foi fundado por ex-alunos dele, e que existem pessoas que estudaram economia austríaca em todas as partes e ofícios da sociedade, inclusive jornalistas.  Que é normal abrir os principais jornais e ver notícias comentadas através de um olhar rothbardiano.  Parece que o próprio professor Sima é uma figura conhecida na mídia tcheca.  Ele contou também que era sempre convidado para participar das colunas "Sim e Não" dos principais jornais de Praga, até que passaram a pedir para ele que escolhesse um assunto e tomasse uma posição que eles iriam procurar alguém para ser a posição contrária. 

bawerk.jpgNo Brasil, infelizmente, estamos muito distantes deste cenário.  Em nossa grande mídia, não existe nenhum defensor consistente da liberdade.  Os poucos que se preocupam com este tema, por não possuírem uma base intelectual sólida na tradição austro-libertária, toleram e até apoiam os mais variados tipos de intrusões socialistas contra os direitos individuais.  No mundo acadêmico, então, o cenário é desolador.  Os estudantes de economia passam quatro anos na faculdade sem ouvir nem uma menção a algum economista austríaco. 

Porém, felizmente, as coisas estão mudando por aqui.  Muitos estudantes de economia já se conscientizaram desta situação e tomaram a iniciativa de criar grupos de estudos dentro de suas universidades.  Começou em São Paulo, depois Brasília, e agora um grupo não só de economia austríaca como de estudos libertários foi criado no Rio de Janeiro.  Mises foi mencionado positivamente no novo best-seller do momento, e seu autor tem planos para escrever algo exclusivo sobre ele.  E cada vez mais os jovens se reúnem em torno das ideias libertárias e da sólida teoria econômica, como acontece no Liber.  O Mises Brasil continua o trabalho de traduções das obras austríacas iniciado pelo Instituto Liberal décadas atrás e planeja se expandir para a área de cursos on-line.  E a audiência do website cresce cada vez mais.  A batalha é dura, e o Brasil é um país bem maior do que a República Tcheca, mas vamos continuar nossa luta de difundir verdades e defender a liberdade individual.  Se eu pudesse usar algum dispositivo para mandar uma mensagem de volta a Böhm-Bawerk, ela seria: "Infelizmente, e por incrível que pareça, as ideias abiloladas de Marx — que você refutou completamente — estão dominando.  Mas aguarde alguns segundos (para nós, algumas décadas), que eu acho que as coisas vão mudar."


autor


  • Rhyan  29/09/2011 03:57
    Fantástico!

    Eu suspeitava que o Olavão nunca tivesse chegado perto de um livro do Rothbard...
  • Marcelo  29/09/2011 11:58
    Olavo já citou Rothbard em alguns de seus textos. Por exemplo: www.olavodecarvalho.org/semana/110921dc.html

    Ele também elogia Von Mises e o Instituto no seu programa de rádio, embora diga que não concorda com tudo...
  • André Ramos  29/09/2011 21:25
    Olavo cita "Ação Humana" como um dos livros que "fizeram sua cabeça" (www.olavodecarvalho.org/textos/livros.htm), e numa lista de livros que ele indica, aponta "Ação Humana" como o melhor livro sobre economia já escrito.\r
  • Luciana  30/09/2011 15:03
    Muito estranho isso. É dito até que Olavo pegou algumas de suas idéias da associação do big-business com a agenda esquerdista do Rothbard (Power and the Market). Acho que ele conhece bem.
  • Fernando Chiocca  30/09/2011 17:01
    Em Power & Market o Rothbard e um livro sobre os efeitos das intervenções no livre-mercado, e não um tratado ético. para isto deve ser visto A ètica da Liberdade e For a New Liberty, entre outros trabalhos dele.
    Se é tão estranho, pq não apresentam a contextação dele a esses princípios? Eu acho que é porque ela não existe.
  • mcmoraes  30/09/2011 17:14
    Eu gostaria de ler ou ouvir o q o Olavo tem a dizer sobre o Anatomy of the State, do Rothbard. Alguem aí pode me apontar alguma referência pra isso?
  • Angelo Noel  30/09/2011 21:03
    MC, nao sei se tem alguma opniao dele especificamente sobre a obra do Rothbard, mas vi esse video do TrueOutspeak ha alguns meses em que ele dá seu veredito e dá ao mesmo tempo uma confundida nas filosofias políticas, tratando de anarquismo anomico e se referindo ao Libertarianismo.

    Só p/ tentar colocar lenha na fogueira, vale ressaltar q segundo nosso estimado filósofo, os liberais e Libertarians são 'mentirosos, bestas quadradas, instrumentos da esquerda, burros, etc.'

    Grande abraço!
  • Rhyan  01/10/2011 05:36
    E esse é especial para os libertários: www.youtube.com/watch?v=ilcHp6Zyyxw
  • anônimo  01/10/2011 15:09
    Não entendi nada. Ele tava falando de libertários, e depois pula pro Rodrigo Constantino e Ayn Rand.



    Aliás, acho que o proferror Olavo não tem muita noção de quem os comunistas riem de verdade.
  • Caçador de Pachecos  15/02/2012 10:40
    O problema é que o Enrolavo de Carvalho teve um "debate" com o Constantino no Orkut e teve toda sua mentalidade tacanha exposta para todo o grande público. Tanto que os palhaços até sumiram com o tópico.

    Depois disso, Enrolavo pegou trauma do Rodrigo Constantã e não consegue falar sobre "liberais" sem xingar o coitado.
  • Leninmarquisson da Silva  30/09/2011 17:23
    Fernando;

    parabéns pelo artigo; é muito inspirador saber que o pensamento austríaco cresce, especialmente na Áustria de Mises e na Rep. Tcheca, essa duplamente espoliada pelo esquerdismo Nazista e Comunista.

    Mas mais inspirador ainda é saber que isso não é uma tendência isolada, mas sim um fenômeno mundial.
    E mesmo que demore mais no Brasil, não há nenhuma anomalia; afinal somos sempre os últimos a ter qualquer coisa boa...

    Bom trabalho!
  • Antonio Sávio  29/09/2011 07:02
    No Brasil, mesmo que de forma precária, estudantes de economia são levados a nomes da escola austríacos por eles de uma forma ou de outra fazerem parte da ementa do curso. Sou geógrafo e estou começando a tentar enqudrar as teorias da economia austríaca ao corpo de teorias geográficas, onde na maioria dos casos, os geógrafos se destacão tão somente por serem marxistas. Que analisar as obras de Milton Santos, Ana Fani, David Harvey, Eduard Soja e tantos outros verá os absursos ditos alí sem a menor reponsabilidade, em um discurso doutrinário e unilateral. Não vemos um só geógrafo no mundo falar sobre a prexologia. Deus me salva em meu projeto de dissertação que propõe analisar a obra do "grande ge[ografo" Milton Santos a partir de vários pontos: Desde a praxeologia de Mises a decadialética do Mário Ferreira dos Santos.
    Aqui fica a dica. Dêem uma olhada na geografia brasileira. Ela corre solta fazendo grandes estragos.
  • Gabriel Oliva  29/09/2011 15:33
    Fiquei com bastante curiosidade de ler sua dissertação, Antonio. Faça o favor de compartilhar aqui quando terminar =)
  • Rovison  30/09/2011 00:41
    Antonio, não sei como vc vai conseguir aplicar os conceitos da praxeologia na análise que pretende fazer da obra do geógrafo marxista Milton Santos. O que vc quer de fato demonstrar?
  • Augusto  30/09/2011 07:24
    o óbvio: que o Milton Santos estava completamente errado.
  • mcmoraes  29/09/2011 07:32
    Bravo!!!
  • Filosofo  29/09/2011 09:46
    Adorei a idéia dos cursos online. Acho que vou entrar em contato com o pessoal pois tenho experiencia profissional na área, e estou louco para fazer um tabalho voluntário em prol de uma boa causa.
  • LIVIO LUIZ SOARES DE OLIVEIRA  29/09/2011 10:23
    "O mesmo acontece na University of Economics, uma das maiores universidades de Praga, que é também dominada pelo pensamento austríaco."

    Precisamos também de uma iniciativa como esta aqui no BrasiL. Já que os esquerdistas dominam o pensamento mainstream de economia no Brasil, principalmente os keynesianos, o correto seria criar faculdades de economia exclusivamente voltadas para lecionar Economia Austríaca.

  • Cristiano  29/09/2011 10:33
    Vou mandar meu curriculo pra Republica Checa.
  • Fernando Chiocca  29/09/2011 11:52
    O professor Sima me enviou um email em que ele dizia:

    If you ever have a student interested in coming over to Prague, this is a brochure presenting what we can offer at the moment


    www.cevroinstitut.cz/en/Section/study/courses+for+international+students/
  • Filipe F  29/09/2011 11:09
    Ótima noticia! Bom ver que Mises (e a escola Austríaca) está mais vivo do que nunca!\r
    Estou no ultimo ano de economia e nunca ouvi falar de Mises na UFPE.\r
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    Mas discordo um pouco que no Brasil não há defensores da Liberdade na grande mídia. Temos Rodrigo Constantino e Ponde que dão show nos artigos semanais. São poucos, mas existem!\r
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  • Fernando Chiocca  29/09/2011 11:31
    Credo Filipe.

    Rodrigo Constantino não só defende absurdos nefandos como a proibição de drogas e censura, entre muitos outros, como é o único colunista de jornal de grande circulação que ataca, de uma maneira até doentia, em seu blog e discursos, as poucas pessoas que defendem os ideais austro-libertários no Brasil.

    O Pondé é bom "as far as he goes". Apesar de possuir uma quantidade de conhecimento enorme, e de ser muito inteligente, é outro que parece que também desconhece completamente os mestres da Escola Aústriaca. Um amigo meu que foi aluno dele já me falou diversas vezes que eu tinha que enviar o Ação Humana para ele; que poderia enviar até em alemão, idioma que ele é fluente.
  • Filipe F  29/09/2011 12:20
    Sinceramente não vejo por aí, Fernando!\r
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    Acho que se tem muito mais positivo do que negativo, apenas dele (rodrigo) ser contra a legalização das drogas e outras coisas mais, ele constantemente fala de Mises em seus artigos.\r
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    Não é o caso discutir sobre ele (ou qualquer outro) neste artigo, mas pelo menos ele leva em muitos artigos os conceitos da escola austriaca e de mises, vejo como um ponto positivo.\r
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    Preciso mil vezes ler um artigo dos mencionados acima do que um "economista" convencional.\r
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  • Fernando Chiocca  29/09/2011 13:14
    E sinceramente eu acho que vocÊ está se deixando enganar por um lobo em pele de cordeiro. Esse cara aí é o perfeito exemplo do que chamei de "defensor inconsistente da liberdade" que "por não possuírem uma base intelectual sólida na tradição austro-libertária, toleram e até apoiam os mais variados tipos de intrusões socialistas contra os direitos individuais". E não só isso.. além de, como muitos outros, fazer inúmeras concessões aos socialistas, este cara é o único que ataca os que não contemporizam com o socialismo.

    Ainda bem que muitos já estão abrindo os olhos para este fato.
  • Alexandre M. R. Filho  29/09/2011 14:01
    O Chiocca tá certíssimo.\r
    \r
    Mas antes um Constantino - a nova face da trollagem - que um Maílson da Nóbrega.\r
    \r
    Pq o IMB não compra um espaço num jornal de grande circulação? Será que é muito caro?
  • Mohamed Attcka Todomundo  29/09/2011 16:16
    "E não só isso.. além de, como muitos outros, fazer inúmeras concessões aos socialistas, este cara é o único que ataca os que não contemporizam com o socialismo. Ainda bem que muitos já estão abrindo os olhos para este fato"

    ecoando ao fernando chiocca, kero lembrar q contemporizar c/ socialista eh como negociar c/ satanás: ñ tem como servir 2 senhores. coerencia eh tudo; eh indivisivel. a liberdade, a verdade e a coerencia são ñ-regateáveis. são indivisiveis. se vc contemporiza c/ satã, ele usa isto contra vc. se vc regateia c/ o socialismo, isto é usado é usado contra vc, pois meia-liberdade é escravidão-completa.

    ñ se enganem c/ meias-verdades!!!!!!! ñ tentem fazer c/ q caibam num eskema verdadeiro. toda meia-verdade é uma mentira-completa. abandonem a meia-verdade por completo e vão atrás tanto da mentira (nua e crua) quanto da verdade por inteiro!!!!!!! denunciem a primeira e unam esforços a segunda!!!!!!!
  • Daniel Marchi  29/09/2011 11:51
    Fernando e equipe do IMB

    Sinceros agradecimentos por mencionar o grupo de estudos de Brasília. Ainda mais numa data tão especial. Hoje, 29 de setembro, é o 130º aniversário de nascimento de Ludwig von Mises.

    Somos um grupo relativamente pequeno, mas coeso no entendimento de como é desastroso o caminho do intervencionismo. Na medida das nossas limitações, é uma honra contribuir com a divulgação, em âmbito local, do liberalismo segundo a tradição da Escola Austríaca de Economia.

    Saudações

    Daniel Marchi
    escolaaustriacadf.blogspot.com/
  • André Ramos  29/09/2011 21:33
    Fernando e demais do IMB,\r
    faço parte do grupo de estudos da EA criado pelo Daniel, aqui no DF.\r
    Ale´m de o blog estar disponibilizando ótimos textos e traduções, a lista de e-mails tem propiciado discussões riquíssimas.\r
    Aliás, que o Daniel não se irrite por eu dizer isso sem sua autorização, mas MUITOS e-mails dele dariam excelentes textos pro site do IMB, viu?\r
    Fica a dica, hehe...\r
    Parabéns!\r
    Abs.
  • Cristiano  30/09/2011 10:43
    O instituto esta de braços abertos esperando artigos!
  • Antonio  29/09/2011 12:07
    Fernando
    Que bom que você tenha tido a oportunidade de representar a Família Mises Brasil neste evento.
    Seu artigo nos faz vivenciar os bons momentos,o conhecimento e experiência adquirida que você tão bem nos transmite, ao mesmo tempo que desperta a vontade de conhecer mais e participar deste movimento de liberdade que estão trabalhando para implantar no Brasil.
    Muito Obrigado
  • Pescador  29/09/2011 12:41
    Cursos Online! Que ótima notícia. Fico muito feliz. Parabéns a todos do IMB.
  • Filosofo  29/09/2011 13:32
    O Constantino me desapontou bastante. Mas acho que todos mudam um pouco suas idéias ao longo do tempo, e que ele mudará (pra melhor) espero.
  • Lucio Laboissiere  29/09/2011 14:08
    Se hoje eu estudo e conheço Von Mises, foi através das indicações de Olavo de Carvalho.\r
    Também concordo que um curso online seria ótimo!
  • Andre Ichiro  29/09/2011 14:50
    Ótimo! Aliás, queria saber o seguinte: alguém já foi p/ alguma dessas universidades? Acho que vou passar em alguma.. sugestões?
    wiki.mises.org/wiki/Where_to_study_Austrian_Economics
  • Jônatas Alves  29/09/2011 15:06
    Gostaria de saber se alguém que frequenta o site ou faz parte dele já comprou o "Home Study Course in Austrian Economics" do Robert P. Murphy e se ele é uma boa fonte para iniciar os esudos em economia austiaca de forma mais sitemática?
  • Felix  29/09/2011 15:48
    Eu sou um fã do Robert Murphy,
    leio todos os textos dele do mises americano e são sempre excelentes e com muitos gráficos e dados ( o que eu particularmente gosto muito ).
    Eset curso eu não conheço, mas a qualidade dos artigos é muito boa...
  • Beto  02/10/2011 13:28
    Eu o encomendei e comecei a estudar. Muito interessante, pois traz um fio condutor através de diversos papers , livros e palestras e pelo fato de estar distribuído com uma carga horários de uma semana para cada lição facilita a manutenção do plano de estudos (ou a auto-cobrança com os atrasos...) Enfim achei muito interessante e está valendo a pena. Entretanto, necessita conhecer a lingua inglesa para aproveitá-lo ao máximo.

    Um alerta final: tive um problemão com a alfandega brasileira, pois na descrição do conteúdo do invoice veio "Books and CD", pois acompanha um CD com diversas palestras. Resultado: o Leviathan não perdoou e tascou taxa de importação de CD em todo o pacote. Portanto se forem encomendar sugiro alertar o Instituto Mises para definitivamente dar outra descrição ao conteúdo ("knowledge on digital media" ou sei lá).

    Quando concluir compartilho mais impressões...
  • Meira  29/09/2011 15:36
    Olavo de Carvalho já citou Rothbard algumas vezes. Acho estranho esse tal de Vlad dizer que o Olavo tenha admitido desconhecer a obra de Rothbard. \r
  • Fernando Chiocca  29/09/2011 15:52
    Rothbard foi um pensador especialista nos mais variados ramos, de economia e epistemologia a filosofia e história.

    Talvez eu não tenha me expressado direito. O que eu entendi é que ele disse não conhecer esta parte da ética libertária do Rothbard e que não sabia como responder a exposição dos princípios libertários.
  • Jerry  01/10/2011 16:09
    "Talvez eu não tenha me expressado direito"? Se até você reconhece que não faz ideia do que está escrito ali, por que colocou? Ai, quanta bobajada...
  • David  29/09/2011 16:01
    Não se esqueçam:

    A palavra PRIVATIZAÇÃO é PROIBIDA aqui no Brasil
  • Erick Skrabe  04/10/2011 12:16
    Bom lembrar tb o discurso de Lula: "Se privatizaçao é tao bom, porque os EUA nao privatizam nada ?"
  • Alex  29/09/2011 16:53
    Só pra melhorar a estatística do crescimento deste pensamento farei um auto-testemunho..

    Sou estudante de economia em uma universidade estadual do interior da Bahia (4º sem), e dês do 1º semestre eu já tinha uma ligação com a escola austríaca quando conheci a teoria de Mises sobre a impossibilidade de cálculo em uma economia planificada ou algo assim. O mais interessante é que até uns três meses atrás pensava que só tinha eu de austríaco em minha universidade, até que através de sites de relacionamentos conheci mais dois, e são dois alunos brilhantes que já estão se formando. Isso pode parecer pouco, mas se considerar que há uns dois anos atrás poucos sabiam desta escola no Brasil, hoje em dia pode até ter poucos adeptos (fato que está mudando vertiginosamente), mas uma grande parte dos alunos já está ouvindo ecoar nomes como Mises e Hayek pelos corredores universitários, e se está ocorrendo em minha universidade é porque o fenômeno está ocorrendo em grande parte das universidades do país, liderado por alunos que prezam pela pesquisa e não ficam presos a um mero conteúdo exposto em sala de aula.

    Poderíamos até estabelecer uma forma de mensurar este crescimento analisando a quantidade de postagens por artigo, ou seja, a cada dia que passa o número de comentários nos artigos do IBM vem aumentando, isso mostra que além de influenciar a teoria austríaca também vem incomodando muita gente..


  • Leninmarquisson da Silva  30/09/2011 17:10
    Bom, acredito que eu seja o único oficialmente libertário aqui na Facamp, a faculdade do Belluzzo e do João Manuel, e nem faço economia. Embora há alguns alienados que não conseguem nem imaginar a lógica libertária, a maior parte das pessoas que conheço repudia os professores de economia, especialmente aqueles que idolatram o Belluzzo, o PT ou qualquer loucura do gênero, e são bastante recepitivas aos ideais libertários, embora não demonstrem muito interesse em aprender muito sobre eles.

    Os outros dois libertários da Facamp, conheci aqui no IMB, sabendo que eles já saíram da faculdade por causa do nível de doutrinação esquerdista.
    No entanto, o nível de keynisianismo para a engenharia é tolerável...

    Sempre que a oportunidade surge, defendo a tradição libertária, ao máximo que meus limitados conhecimentos permitem. Porém, gostaria de poder fazer algo além.

    Pena que não consigo dar conta nem das minhas DPs, quanto mais de iniciar alguma coisa no assunto...

    Gostaria de algumas sugestões de como fazer isso sem parecer chato; no momento o máximo que faço é compartilhar links no Facebook, mas não sou muito popular, então ninguém quase os vê.
    Mas é isso, exceto os bolsistas do PROUNI que temem cair em contradição, a prédisposição de boa parte das pessoas é antiestatista, mas falta trabalhar direito em cima disso, especialmente fomentar o interesse deles pela aprendizagem austro-econômica...

  • Alinson  29/09/2011 17:26
    Eu conhecí a escola austríaca esse ano. Sempre me questionei do crescimento artificial brasileiro, serviço público e da social democracia. Felizmente encontrei, aqui no Mises, bons argumentos que refutam essa praga de fabricação de moeda falsa e políticas educacionais que destroem a capacidade e criatividade das pessoas. Para mim foi um alívio conhecer tais ideias, pois não aguentava mais as falácias marxistas.
  • Absolut  29/09/2011 20:42
    Mises foi mencionado positivamente no novo best-seller do momento

    Qual?
  • void  30/09/2011 08:01
    Deve ser o Guia Politicamente Incorreto da América Latina. Ótimo livro, aliás, leia.
    (Leia também o Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil)
  • Pedro  30/09/2011 13:23
    Isso mesmo, foi no Guia Politicamente Incorreto da AL, no final do capitulo sobre Che Guevara.
  • Arion  29/09/2011 21:49
    Pessoal, considerar o Olavo de Carvalho um grande filósofo é forçar a barra...

    Quando li no artigo que a República Tcheca adotou muitas idéias austríacas meu primeiro impulso foi ir no sítio da Standard & poors para ver o rating dela. Fiquei muito surpreso de ver como se saiu o país que até duas décadas atrás era um país comunista pobre.

    E pensar que nós temos "O espetáculo do crescimento".

    www.standardandpoors.com/ratings/sovereigns/ratings-list/pt/la?sectorName=null&subSectorCode=39&filter=C

    Existe algum grupo de estudo aqui no Rio Grande do Sul?
  • Arnaldo  30/09/2011 00:34
    ..."Mas que, de lá pra cá, mesmo estando por anos no poder, não fez mais muita coisa pela liberdade - um grande sinal de que a via política realmente não é o melhor caminho para a liberdade."

    Chiocca, não entendi.Porquê não é o melhor caminho, e qual será a alternativa?

    Abs.
  • Fernando Chiocca  30/09/2011 00:48
    A via educacional.

    Por exemplo, o Sima me disse que muito provavelmente, o próximo governante que será eleito lá não será um misesiano liberal como o Klaus.. mas que uma massa crítica já está formada naquele país, que, por ter conhecimentos sobre economia, não aceitará muitos abusos. Ele me disse, por exemplo, que não tem chance da República Tcheca fazer o que a Estonia fez esse ano, entrar no euro. Que lá ninguem quer o euro.
  • Tiago RC  30/09/2011 06:16
    Isso me faz pensar o que eles ainda fazem na UE. Imagino que exista uma certa vontade na população de cair fora, não?

    Além da via educacional, há outras de cunho prático também. Para os mais corajosos, há a desobediência civil, ou agorismo. E a idéia de "dar o exemplo" embutida em projetos como o Seaseteading ou o Free Cities também me parece relativamente eficaz.

    Também sou muito cético quando a via política.
  • José Ricardo das C.Monteiro  30/09/2011 07:00
    Saudações, respeitável Fernando, poderíamos pensar em uma futura ação intervencionista, pelos contrários(leia se aqui "favoráveis ao governo mundial"), nesse país?
    Quem sabe várias "ações", próprias dos patrulheiros ideológicos?
    Abraços.
  • Arion  30/09/2011 11:25
    José,não compreendi muito bem a tua colocação sobre "Governo Mundial". Seria algo no estilo admiravel mundo novo ou 1984?

    O que pensa o pessoal do Mises sobre a a republica tcheca ser AA em tão pouco tempo depois de sair do comunismo?
  • rodorval ramalho  30/09/2011 20:50
    Distinto,\r
    \r
    não consigo entender a referência a Olavo. Qual o sentido da insinuação? Olavo divulga a obra de Mises, mas não concorda totalmente com ele. É proibido? Você já ouviu falar de conhecimento "genuinamente incerto"? Você acha que esse espírito de seita fundamentalista ajuda a ler alguma coisa? \r
    Bem, parabéns pelo excelente trabalho. Fico torcendo pelo curso on line, já que vivo em Sergipe. E, para finalizar, tenha muito cuidado quando se referir a Olavo. Rodrigo Constantino "cutucou a onça com vara curta" e saiu bem arranhado.\r
    Abraços.\r
    Rodorval Ramalho \r
  • Fernando Chiocca  30/09/2011 23:32
    Não rondoval, claro que não é proibido. Eu também não concordo com várias coisas de Mises.

    E eu não insinuei nada, apenas relatei o que o professor Vlad me contou sobre o evento ocorrido na Romênia. E essa história serve para mostrar para muitos a grandeza de Rothbard e a superioridade da ética libertária, onde um dos grandes representantes do conservadorismo não foi capaz (nunca nenhum foi) de refutar os princípios do libertarianismo.

    E o Rodrigo Constantino é alguém de intelecto limitadíssimo, sem um mínimo de honestidade intelectual, incapaz de sustentar uma argumetação com qualquer ser que seja um pouco mais inteligente que um comunista. Hoje em dia ele "sai arranhado" até de discussões com garotos iniciantes na teoria libertária, que tem humilhado um sujeito que usa argumentos como "se anarquia é bom, vá para a Somália", ou "quem defende trocas voluntáris quer que um pedófilo troque com uma menina de 6 anos um doce por um boquete"...
  • Rene  01/10/2011 00:28
    Em minha opinião, essa referência ao Olavo de Carvalho não acrescentou nada de positivo ao artigo. Até seria válida se fossem detalhadas melhor as linhas de argumentação de cada um, ou apresentado um link onde esse debate foi registrado. Aí o próprio leitor tiraria as suas conclusões.

    Está certo que não é mérito nenhum mostrar um caso em que, por exemplo, um marxista ficou sem argumentos em um debate com um economista austríaco. Seria como chutar um cachorro morto. Mas a Escola Austríaca de Economia possui seus méritos próprios, sem precisar demonstrar superioridade fazendo uma referência vaga a uma pessoa de peso no meio acadêmico. Basta observar o colapso do sistema econômico atual, e como os economistas austríacos conseguem fornecer uma visão bem mais coerente do porquê isso está acontecendo.

    No mais, espero que a expansão das idéias da escola austríaca continue crescendo no Brasil e no mundo. Tirando o detalhe que eu comentei, o artigo está excelente, relatando perfeitamente o esforço conjunto de várias pessoas para que essas idéias sejam propagadas pelo mundo, mostrando que estamos indo na direção errada. Parabéns ao autor.
  • Jônatas Alves  01/10/2011 09:54
    Não acrescentou nada, sobretudo, para quem acompaha e é aluno do professor Olavo.

    "...E essa história serve para mostrar para muitos a grandeza de Rothbard e a superioridade da ética libertária, onde um dos grandes representantes do conservadorismo não foi capaz (nunca nenhum foi) de refutar os princípios do libertarianismo..."

    Na verdade o evendo ocorrido na Romênia foi uma palestra sobre a Mentalidade Revolucionária e consequentemente sobre uma das faces dele que é o Comunismo. Quem acompanhou a aula, no meu caso por video, sabe qual era o assunto a ser tratado.

    Meu comentário é só um adendo, não é uma crítica ao artigo, que achei bem instrutivo.
  • Márcio  01/10/2011 12:59
    PELO DIREITO DE CITAR O NOME DO OLAVO SEM SER ACUSADO DE BLASFÊMIA\r
    \r
    Esses olavetes são demais. O guru deles pode chamar os libertários de idiotas, mas um libertário não pode sequer fazer referência ao fato de que o guru, que gosta tanto de falar em verdade e honestidade intelectual, se posiciona frente o libertarianismo sem sequer ter lido um de seus mais originais pensadores. Agradecemos ao Olavo o combate ao comunismo. Rejeitamos o trabalho dele em prol dos neocons e estatistas.
  • Eduardo Rodrigues, Rio  01/10/2011 14:24
    [...] se posiciona frente o libertarianismo sem sequer ter lido um de seus mais originais pensadores.

    Suspeito que tenha lido, sim.

    Só se pode alegar como atenuante o fato de que não haviam excluído Roger Scruton por birra pessoal. Ao contrário, eram rigorosamente democráticos na distribuição da sua ignorância: desconheciam, por igual, Ludwig von Mises, Friedrich von Hayek, Murray Rothbard, Russel Kirk, Thomas Sowell, Bertrand de Jouvenel, Alain Peyrefitte e praticamente todos os demais autores sem os quais não existiria nenhum "pensamento da direita" para ser dicionarizado.
    www.olavodecarvalho.org/semana/110921dc.html
  • Olavo de Carvalho  01/10/2011 15:03
    Quanto ao princípio de não-agressão, de fato o líder do grupo libertarian disse alguma coisa a respeito antes da minha conferência, e não refutei nada por dois motivos. Primeiro: por que deveria eu refutar um princípio com o qual concordo? Segundo: a conferência que haviam me pedido versava sobre outro tema e não fazia sentido mudar de assunto só para levantar uma discussão. Não houve debate algum, mas, se quiserem um, estou às suas ordens.
    Se o princípio de não-agressão é certo e justo na esfera moral, como julgo que o seja, ele não me parece suficiente para fundamentar toda uma filosofia política.
    Quanto ao que diz o tal Márcio, a humanidade inteira tem o direito de me chamar de idiota, com a condição de fornecer provas cabais da minha idiotice. O que não vale é inventar um debate inexistente ou alegar que nada li de determinado autor só porque tomei a precaução, obrigatória e louvável para todo estudioso, de não me pronunciar muito a respeito antes de conhecer sua obra inteira - precaução que, neste país, ninguém jamais tomou com relação a mim. A maioria faz como Fernando Ciocca e o Márcio: ouvem um zunzum e tiram conclusões difamatórias, espalhando-as como se fossem a mais pura expressão da verdade.
    Conheço suficientemente os escritos de Rothbard e Lew Rockwell, no entanto, para entender que o princípio de não-agressão é uma regra normativa, e não um juízo de realidade. Uma verdadeira ciência política não pode tomar como princípio uma regra normativa, mas tem de se fundar em princípios ontológicos e epistemológicos, como acontece, por exemplo, na obra de von Mises, por isso mesmo infinitamente superior à de seus discípulos e continuadores libertarians.
  • Jerry  01/10/2011 16:07
    Não acredito que esse site teve a coragem de sair por aí publicando cretinices sobre qualquer pessoa baseado-se em nada. Esperava mais argumentos e menos militânciazinha boboca e infantil dos mantedores desse blog. Até aqui eu sou obrigado e ver difamação pura e simples? Quer discutir com o Olavo? Faça isso no seu blog, e não num site desse tipo. Pensei que o Instituto fosse um pouco mais sério. Talvez até seja, só não todos seus participantes.
  • Marcio  01/10/2011 16:31
    Será esse mesmo o Olavo de Carvalho? Não parece o mesmo homem que não poucas vezes chamou os libertários de idiotas e o Ron Paul de maluco. Esta seria uma boa oportunidade para apresentar "provas cabais" da idiotice dos libertários e da maluquice do Ron Paul. \r
    \r
    O Fernando Chiocca relatou a conversa com o professor Vlad e não tive por que duvidar da veracidade do foi dito. Agora, não venha com essa de se fazer de donzela violentada, por favor. \r
    \r
  • Olavo de Carvalho  01/10/2011 17:14
    Donzela violentada é a puta que o pariu.
  • Alexandre M G Moreira  01/10/2011 18:19
    Caro Olavo, (o cumprimento é sincero)\r
    \r
    \r
    Você diz:"Se o princípio de não-agressão é certo e justo na esfera moral, como julgo que o seja, ele não me parece suficiente para fundamentar toda uma filosofia política"\r
    \r
    O que isso significa? Que a filosófia política poderia de alguma maneira relevar o princípio da não-agressão? Que a realidade poderia inválida-lo?\r
    O Mises(que aliás acho magnífico), por exemplo, ao tentar justificar o estado, que em minha humilde opinião é injusticável, foge matreiramente da questão! \r
    As minhas perguntas acima não são retóricas. São expressão de uma dúvida genúina!\r
    Gostaria de lembrar a todos que qualquer um que pense por si mesmo encontrará pontos de discordância(pode ser por falta de entendimento, claro!), mesmo em relação com seus mais admirados pensadores!\r
    Dito isto, gostaria de dizer que quando vi o "Imbécil Coletivo", pela primeira vez, em uma livraria, nunca tinha ouvido falar de você, comecei a folhea-lo, pensei: "Puxa, existe alguém que pensa aqui!".\r
    Um Abraço,\r
    \r
    Alexandre M G Moreira\r
    \r
    Obs: Antes que me acusem de ser uma "olavete" ou quaquer "ete" que seja, digo: "Pensem melhor! Vocês estão enganados!"\r
    \r
    \r
  • mcmoraes  01/10/2011 19:07
    @Olavo de Carvalho: "...Uma verdadeira ciência política não pode tomar como princípio uma regra normativa, mas tem de se fundar em princípios ontológicos e epistemológicos..."

    Por que não, Olavo? E se houvesse uma quantidade suficientemente grande de pessoas que realmente acreditem e vivam de acordo com uma regra normativa, isso não invalidaria a sua afirmação? Ou não transmutaria a regra normativa em princípio ontológico e epistemológico? Fico pensando na sua afirmação no contexto pré-abolição da escravidão, onde alguém poderia dizer: o fim da escravidão é um princípio belo com o qual eu concordo, mas não serve para uma verdadeira ciência política, pois não se funda em princípios ontológicos e epistemológicos; a prova empírica disso é que escravidão sempre existiu.

  • Alan  02/10/2011 01:07
    "Por que não, Olavo?"

    Porque basta que se mostre uma realidade que não siga tal norma para que a teoria caia.
  • mcmoraes  02/10/2011 10:13
    Obrigado por responder, Alan. Talvez você possa me esclarecer.

    Sua resposta foi uma reformulação sintática do trecho que eu citei do Olavo: vocês disseram exatamente a mesma coisa, usando palavras distintas. Minha dúvida, no entanto, gira em torno da seguinte pergunta: onde terminam regras normativas e onde começam os juízos de realidade? Me parece que muitos, se não todos, os juízos de realidade que se tem hoje, um dia, foram regras normativas. Por exemplo, não é um absurdo assumir que, em um passado remoto, a grande maioria dos seres humanos praticavam canibalismo; assim como não é absurdo assumir que grande parte da humanidade, até poucos séculos atrás, praticou a escravidão. Sendo assim, não vejo de que forma uma teoria como a libertária, que se baseie no princípio da não-iniciação de agressão, possa ser invalidada apenas porque se baseia numa regra normativa.
  • anônimo  02/10/2011 12:30
    Mcmoraes, devo dizer que nunca pensei sobre essa sua colocação, mas ela não me parece ser difícil de resolver. Deixe-me levar o problema para o campo do Direito, onde me sinto mais confortável a responder-lhe, pois é a minha área.

    Direito é um ordenamento da conduta humana, isto é, um sistema de normas que tratam do comportamento humana. Cabe à Ciência do Direito compreender o que é uma norma jurídica, quais suas características, como as normas jurídicas se relacionam entre si, etc; não cabe a ela, porém, dizer qual deve ser o Direito. Isso representa um tema completamente alheio à Ciência do Direito e que constitui objeto da Filosofia.

    O que o Olavo quis dizer é que a CIÊNCIA POLÍTICA não deve tomar certas ordens estatais como as melhores ou as únicas válidas. Ciência é ciência porque trata do que é positivo, isto é, do que o fenômeno é, não do que ele deve ser. Olavo não está negando o princípio, apenas está dizendo que a CIÊNCIA Política não pode tomá-lo como base para a construção de uma teoria, já que ela não deve ser confundida com Filosofia Política. E, diga-se de passagem, devo dizer que ele está correto.
  • Fernando Chiocca  02/10/2011 13:00
    Anomino e demias, melhor verem os links que postei, principalmente a palestra do Hoppe, onde ele explica que não existe alternativa para a ética da propriedade privada?

    Contrary to the frequently heard claim that the institution of private property is only a convention, it must be categorically stated: A convention serves a purpose, and it is something to which an alternative exists. The Latin alphabet, for instance, serves the purpose of written communication and there exists an alternative to it, the Cyrillic alphabet. That is why it is referred to as a convention. What, however, is the purpose of action-norms? If no interpersonal conflict existed - that is: if, due to a pre-stabilized harmony of all interests, no situation ever arises in which two or more people want to use one and the same good in incompatible ways - then no norms would be needed. It is the purpose of norms to help avoid otherwise unavoidable conflict. A norm that generates conflict rather than help avoid it is contrary to the very purpose of norms. It is a dysfunctional norm or a perversion. With regard to the purpose of conflict-avoidance, however, the institution of private property is definitely not just a convention, because no alternative to it exists. Only private (exclusive) property makes it possible that all otherwise unavoidable conflicts can be avoided. And only the principle of property acquisition through acts of original appropriation, performed by specific individuals at a specific time and location, makes it possible that conflict can be avoided from the beginning of mankind onward, since only the first appropriation of some previously un-appropriated good can be conflict-free - simply, because - per definitionem - no one else had any previous dealings with the good.
  • Renato Almeida  02/10/2011 09:23
    "E se houvesse uma quantidade suficientemente grande de pessoas que realmente acreditem e vivam de acordo com uma regra normativa, isso não invalidaria a sua afirmação? Ou não transmutaria a regra normativa em princípio ontológico e epistemológico?"\r
    \r
    Mcmoraes, o princípio normativo não se "transmuta" em princípio ontológico: o ser é eminentemente verdadeiro, e apenas a apreensão da realidade pode ser falsa, mas não a realidade em si mesma. Portanto, os princípios ontológicos existem ainda que ninguém "acredite" neles. O que pode ocorrer é o contrário: que um princípio ontológico fundamente um princípio normativo. A legitimação não se pode dar inversamente.\r
    \r
    Ademais, o "fim da escravidão" não é um princípio: poderíamos estabelecer que não haver escravidão em uma sociedade é um corolário de um princípio da dignidade humana e da liberdade.\r
    \r
    E, complementando, mesmo a base empírica que você cita afirmando que "a escravidão sempre existiu" até aquele momento na História não é correta, pois a escravidão foi sendo extinta na Europa após a Queda do Império Romano, com a ascensão do Cristianismo.
  • mcmoraes  02/10/2011 11:37
    Muito obrigado, Renato Almeida. Acho que aprendi alguma coisa com você, no entanto, penso que sua afirmação "...poderíamos estabelecer que não haver escravidão em uma sociedade é um corolário de um princípio da dignidade humana e da liberdade..." se aplica também à teoria libertária, pois "poderíamos estabelecer que não haver iniciação de agressão em uma sociedade é um corolário de um princípio da dignidade humana e da liberdade". Sendo assim, continuo sem entender como o comentário do Olavo que eu citei pode de alguma invalidar ou até mesmo mostrar alguma fraqueza na teoria libertária.
  • Alan  02/10/2011 12:42
    "Sendo assim, continuo sem entender como o comentário do Olavo que eu citei pode de alguma invalidar ou até mesmo mostrar alguma fraqueza na teoria libertária."

    Como o próprio Olavo disse, ele não discorda do princípio, não querendo, portanto, refutá-lo. Ele está mostrando que ele não pode ser tomado como princípio de Ciência Política, apenas.
  • mcmoraes  02/10/2011 13:16
    Ok, Alan. Agora ficou claro para mim o que o Olavo disse. Obrigado por isso! Porém, quais são as conclusões a que se pode chegar a partir do que ele disse? O que significa algo "não poder ser tomado como princípio de Ciência Política"? Isso quer dizer que esse algo não pode ser concretizado, posto em prática? Ou quer dizer outra coisa? Se significa que não pode ser concretizado, então o que o Olavo está de fato fazendo é tentando refutar a teoria libertária. Se ele quer dizer outra coisa, e essa coisa não tem impacto na execução da teoria libertária, por que ele trouxe esse argumento para a discussão?
  • Alan  02/10/2011 14:49
    "Isso quer dizer que esse algo não pode ser concretizado, posto em prática?"


    Não. Significa que a Ciência Política estuda a realidade do fenômeno estatal sem levar em conta o aspecto moral e valorativo apenas.

    Em comparação com o Direito, por exemplo, a Ciência do Direito estuda o fenômeno jurídico sem levar em conta o aspecto valorativo ou mesmo o conteúdo das normas jurídicas analisadas. Isso não implica que você deve obedecer às normas, nem que você deve desobedecer, tampouco que a norma deve ser justa ou injusta. É apenas um princípio epistemológico básico para conferir neutralidade científica ao estudo.

    O Olavo está só tomando o devido cuidado para que não misturem Ciência Política com Filosofia Política.
  • mcmoraes  02/10/2011 16:45
    Alan, depois da resposta do próprio Olavo ao Fernando, penso que podemos finalizar nossa conversa. Foi um prazer! Viro essa página apenas com uma ligeira observação, para a qual não vou esperar resposta, pois admito que ela pode ser classificada como um completo "achismo".

    O Olavo disse que há muitos anos já absorveu o conselho de Eric Voegelin: não estudar "filosofia", estudar a REALIDADE. Sendo assim, já que a realidade não é estática, mas dinâmica, é possível que o Olavo ainda venha a se tornar um estudioso libertário, visto que em algum lugar e em algum momento uma quantidade suficientemente grande de pessoas realmente acreditem e vivam de acordo com a regra normativa libertária, o que lhe permitirá estudar a nova realidade. Se isso acontecer, o único ponto a lamentar (muito) será que, a menos que ele mude de idéia antes, ele não terá sido um dos que contribuíram ativamente para a construção da realidade libertária.
  • Helio  02/10/2011 21:50
    Concordo.
  • Kleber  25/01/2013 17:21
    "Um erro comum sobre o libertarianismo em geral e o anarcocapitalismo em particular, consiste em considerá-los teorias econômicas ou políticas. Não são. São teorias da Lei - sobre o que é ou não legítimo fazer. Isto em particular desmonta as afirmações simplistas segundo as quais, a sociedade atual ou qualquer outra sociedade já é libertária, desde que todos sejam livres para obedecer ou desobedecer e escolher continuar obedecendo as regras do sistema: De fato, os libertários têm uma teoria da lei natural e, enquanto uma lei verdadeira não suplante a lei natural, a sociedade não é libertária. Particularmente deveria ser respeitado o direito de qualquer um de afastar-se de um governo que ele considere inadequado (vide secessão urbana). Caso contrário, então não cooperação é moralmente justificável." Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Anarcocapitalismo#

    Em suma, o texto parece inferir que só teremos uma sociedade libertária ou anarcocapitalista, no dia que forem legisladas leis sociais fundadas em teorias das leis libertárias e anarcocapitalistas.

    Mas como a Somália se enquadra nesse contexto? E também legislação não me parece ter concretude em uma sociedade anarcocapitalista, haja vista que é intrínseca a um dos poderes do Estado, inexistente, portanto, em uma sociedade anarcocapitalista.
  • Renato Almeida  01/10/2011 15:20
    Então, Márcio, isso que você afirma de que o Olavo de Carvalho jamais leu os mais originais pensadores do libertarianismo é no mínimo desconhecer a sua obra(Não vou levantar a hipótese de você estar simplesmente esbravejando).\r
    \r
    O uso de termos pejorativos como "olavetes" coloca você numa posição ainda pior. Seria como alguém, sem nem mesmo se dar ao trabalho de ler os trabalhos aqui publicados no Mises Brasil, os refutasse dizendo que são todas uns "misetes" ou "hayeketes".\r
    \r
    E isso não é honestidade intelectual, independente de que parte vier.\r
    \r
    Se você quer rejeitar o trabalho dele, que você considera ser em prol de neocons e estatistas, deveria levantar os argumentos que ele dá e refutá-los. Já que você considera que ele nem sequer leu os autores do libertarianismo, certamente você não terá muita dificuldade em derrotá-lo.\r
    \r
    Isso é honestidade intelectual.\r
    \r
  • Marcio  01/10/2011 16:34
    Renato Almeida, o que faz você pensar que não conheço a obra do Olavo de Carvalho?
  • Renato Almeida  02/10/2011 00:11
    Primeiro, o modo como você descontextualiza afirmações do Prof. Olavo. Por exemplo, quando o Olavo falou sobre o Ron Paul, ele se referiu às suas idéias quanto à política externa americana. \r
    \r
    E quando o Prof. Olavo fala que os libertários são idiotas, ele se refere especificamente àqueles que acreditam que a esquerda pode ser vencida com argumentos quanto à maior eficiência da economia de livre-mercado. E ele também às vezes fala disso referindo-se à direita brasileira.\r
    \r
    A linguagem que o Prof. Olavo usa no seu programa "True Outspeak" é uma linguagem informal, muitas vezes sem grandes preocupações técnicas, e por isso é muito perigoso querer pinçar frases descontextualizadas do programa para atacá-lo. Se você já teve oportunidade de assistir a alguma das aulas do Prof. Olavo, vai perceber que a linguagem completamente diferente.\r
    \r
    De resto, ele já afirmou em seu programa "True Outspeak" que a obra de Ludwig von Mises é a melhor coisa que foi produzida em Economia no século XX.\r
    \r
    Mas de qualquer maneira, Márcio, se você realmente conhece a obra do Prof. Olavo de Carvalho (apesar de não passar essa impressão com o seu comentário) eu não tenho por que duvidar. Mas trata-se de um homem muito sério e comprometido com causas muito nobres, e penso que um debate sobre possíveis pontos de divergência seria o modo mais honesto e produtivo para fomentar um debate.
  • Marcio  02/10/2011 07:40
    A partir de agora só converso com o seu chefe. \r
    \r
    Já que ele apareceu por aqui, não tenho por que discutir com os asseclas.\r
    \r
    Um conselho: para de querer fazer tipo para ele; já está beirando o ridículo.\r
    \r
    Eu também venho acompanhando o curso de filosofia dele, além de ter lido boa parte do que ele escreveu. Agora, existe uma diferença enorme entre ser um aluno e um puxa-saco.\r
    \r
    Mas aguardemos a resposta do Olavo às minhas colocações. Espero que depois do palavrão ele não tenha corrido para debaixo da mesa.\r
    \r
  • Renato Almeida  03/10/2011 00:32
    Você não respondeu aos pontos que levantei. Só me chamou de puxa-saco, de estar beirando o ridículo... \r
    \r
    Típico artíficio de vigarista.
  • Alan  02/10/2011 01:23
    "Rejeitamos o trabalho dele em prol dos neocons"

    www.youtube.com/watch?v=iQZ-fO0-FCE

    É perceptível o apoio que Olavo dá aos neoconservadores...

    Não me surpreende essa mania de perseguição que algumas pessoas têm com ele: não sabem nem o que ele diz.
  • Fernando Z  03/10/2011 14:02
    Oi Fernando, como vc responderia a esses argumentos que você citou (Somália e Pedofilia)?
    A pergunta é séria.

    Muito Obrigado!
  • Fernando Chiocca  03/10/2011 15:24
    Eu respondo assim:

    "se anarquia é bom, vá para a Somália"

    Ok. E vou pra Somália e você vai para a vizinha Etiópia, com estado. Somália esta que no período sem um estado central apresenta índíces de desenvolvimentos melhores do que no período com estado.
    O Bob Murphy escreveu um artigo inteiro respondendo a este desafio infantil:Anarquia na Somália. Desafio este que já foi feito tantas vezes pelo neoconsta, e já foi respondido de todas as maneiras sem, fazendo com que ele se tornasse mais ainda motivo de chacota.
    E a desonestidade do sujeito é tão grande que ele chega a comparar Somália com a Suíça, ao invés de comparar Somália com Somália, por exemplo.

    "quem defende trocas voluntáris quer que um pedófilo troque com uma menina de 6 anos um doce por um boquete"

    Outro exemplo famoso da extrema desonestidade intelectual do neoconsta, uma cara que abandonou faz tempo o apreço pela argumentação e hoje não passa de um palhaço que não possui nada além de uma retórica vazia.
    Qualquer um sabe que o conceito de trocas voluntárias se aplica a adultos capazes. Nenhum idiota acha que eu posso realizar uma troca voluntária com, por exemplo, um bebê de 2 meses, fazendo uma pergunta a ele do tipo:"Posso dar um soco na sua cara?" e quando ele mexer a cabeça para baixo eu entender que ele disse sim e dar um soco nenle e alegar que ele concordou com meu ato violento. O mesmo vale para um adulto com deficiência mental ou para a menina de 6 anos.
    Um bebê sequer tem alguma propriedade para trocar e nem estabeleceu a propriedade total sobre o próprio corpo ainda, e o mesmo é válido para os outros dois casos.
    Logicamente que outros casos podem ser difíceis de estabelecer se houve voluntariedade ou não, mas só o fato de tentar estabelecer isso já é uma comprovação do princípio.

    E você está aqui talvez se deparando com estas questões e estas respostas pela primeira vez, mas o energúmeno em questão já fez essas perguntas e recebeu estas e muitas outras respostas centenas de vezes. Não foi capaz de formular uma única contra-argumentação que não tenha sido total e claramente destruída e continua fazendo estas perguntas como se nada tivesse sido esclarecido, explicado e refutado.
    Deve fazer isso na esperança de tentar angariar a simpatia de alguém que tb nunca tenha se deparado com estas questões básicas... mas... coitado... se for um ser pensante, logo vai ver que ele não passa de um pedante com uma retórica mais vazia que pinico de cego.
  • Olavo de Carvalho  01/10/2011 13:40
    Isso é mentira da grossa. Não houve debate nenhum. Fiz uma breve palestra para um grupo de libertarians e saí imediatamente, pois tinha outro compromisso em seguida. Anca Cernea e Marius Bustan, dois conhecidos militantes conservadores romenos estavam comigo e podem comprovar o que digo. Eu teria tido o máximo prazer em ouvir os argumentos dos meus amigos libertarians e respondê-los, mas infelizmente não houve tempo. Certas pessoas sentem uma necessidade compulsiva de me rebaixar, mas não encontrando motivos reais para justificá-lo, têm de inventar.
  • Olavo de Carvalho  01/10/2011 15:24
    Corrigindo: Fernando Chiocca.
  • Fernando Chiocca  02/10/2011 00:02
    Primeiramente quero dizer que este texto foi um relato informal de um pouco que vivi nos bastidores do evento em Viena, e o trecho em questão apenas o conteúdo de uma conversa minha com o Vlad enquanto caminhávamos para um almoço. E agora acho que não deveria ter colocado isso, pois nem perguntei para ele se eu poderia divulgar esta conversa informal, e, pelo visto, parece que o conteúdo não foi totalmente fiel aos fatos. (uma parte contesta, a outra nem sequer sabe o que escrevi aqui). Até na ocasião da conversa, o Vlad se referiu muito respeitosamente ao Olavo e revelou admiração pelo mesmo. E eu não inventei nada e também não fiquei espalhando nada como se fossem expressões da verdade. Só disse: "Fulano disse isso" e não que "atesto que o que Fulano disse é verdade". Não tenho necessidade e nem intenção de rebaixá-lo.. muito pelo contrário, compartilho da admiração do Vlad. No entanto sempre tenho necessidade e intenção de expor a superioridade do libertarianismo.

    Mas se não ouve debate, podemos iniciar um então?

    Olavo, primeiramente, me estranhou ver você dizer que concorda com o princípio de não agressão, já que uma implicação deste princípio é a incompatibilidade com o estado, e até onde sei, você não é um anarco-capitalista, anarquista, ou, como tenho preferido colocar seguindo Hoppe, um defensor da sociedade de leis privadas, correto?
    E não dá pra dizer: "concordo com o princípio de não agressão, mas neste caso e nesse outro caso, inocentes devem ser agredidos..."

    Se o princípio de não-agressão é certo e justo na esfera moral, como julgo que o seja, ele não me parece suficiente para fundamentar toda uma filosofia política.

    Mas se o princípio de não-agressão (PNA)é certo e justo na esfera moral, a filosofia política que contrariasse este princípio seria imoral (errada e injusta)?
    Eu digo que sim, e que a única filosofia política moral, certa e justa é a filosofia libertária, totalmente compatível com(e baseada no) PNA.

    Mises não foi um eticista e seu trabalho não trata de moralidade e ética. Ele era um relativista quanto a ética. Era um utilitarista. Com a praxeologia, ele demonstrou que as interveções estatais levam a resultados contrários ao que pretendiam obter os próprios proponentes das intervenções; e se limitou a dizer que a maioria prefere riqueza ã pobreza, logo, o liberalismo deveria ser escolhido. Tudo isso sempre sem fazer qualquer juízo de valor. Aqui Rothbard demonstra que esta estratégia, embora perspicaz, além de acabar fazendo sim juízo de valor, não é suficiente para estabelecer uma defesa definitiva da liberdade.
    Então ele não pode ser superior a seus discípulos, pois ele não se aprofundou neste tema quanto eles.

    Se quer ouvir alguns argumentos libertários, segue alguns.

    Rothbard desenvolve em seu tratado ético as bases de uma sociedade livre: A Ética da Liberdade
    Hans-Hermann Hoppe evolui o trabalho de Rothabard e demonstra a irrefutabilidade dos princípios libertários de propriedade privada.(não é possível negá-los sem cair em contradição)
    A ética e a economia da propriedade privada
    Por que é impossível argumentar contra a propriedade privada sem cair em autocontradição
    E aqui Molyneux tenta por outros meios provar a superioridade moral do libertarianismo.
    A prova da moralidade libertária (E a reivindicação de sua superioridade)

    Abs
  • Olavo de Carvalho  02/10/2011 15:29
    Fernando,

    Vamos deixar uma coisa muito clara, concordo com praticamente tudo da filosofia libertária, mas isso não me impede de perceber que ela é sobretudo uma ética e que princípios éticos não são suficientes para fundamentar uma ciência da sociedade e da política. Também concordo com os Dez Mandamentos, mas não seria tonto para imaginar que posso encontrar neles uma explicação quanto à natureza da sociedade, do Estado, do poder, etc. O que estou dizendo me parece tão óbvio que não necessita explicações. Também, é claro, que uma ciência objetiva da sociedade não tem de ser necessariamente relativista ou isenta de "juízos de valor". Já disse mil vezes que o ponto fraco do pensamento de von Mises é o seu resíduo kantiano. Podemos trocar umas idéias de vez em quando, mas nunca na minha vida me envolvi num debate que partisse de meros princípios éticos e procurasse averiguar se tais ou quais atitudes no mundo real são ou não harmônicos com eles. Considero isso um exercício escolar, não um debate. Se você quiser, podemos trocar umas idéias, mas só posso fazê-lo a partir de 2012 e não creio que terei tempo de escrever mais de uma intervenção por mês. Se quer debater alguma coisa, proponha uma questão real, fundada na experiência histórica e não apenas um confronto de juízos morais sobre situações hipotéticas. Há muitos anos já absorvi o conselho de Eric Voegelin: não estudar "filosofia", estudar a REALIDADE. Os valores e a ética fazem parte da realidade e não podem ser excluídos em nome da "ciência", que deixaria de ser científica nesse mesmo instante, mas é preciso estudá-los DENTRO da realidade, e não acima dela. Quem subscreva o princípio de não-agressão tem a estrita obrigação de entender que ele estará sempre num estado de tensão com a realidade em torno, da qual será apenas um componente a mais, assim como o "não matarás". O dever de não matar implica às vezes o dever de matar, e seria inútil tentar fazer, a priori, a lista das situações hipotéticas possíveis que enfatizam uma coisa ou a outra.

    Com os melhores votos,
    Olavo de Carvalho
  • Rovison  02/10/2011 16:48
    Ótima argumentação, Olavo. Sou um grande admirador seu. Suas intervenções são sempre muito bem estruturadas tanto em fundamentos lógicos quanto em elementos empíricos.
  • Mujo  02/10/2011 20:27
    Caro Olavo,

    Pelo que eu entendi, seu argumento é de que o PNA, aplicado a realidade, cairá em casos em que será necessário agredir para não ser agredido, o que na sua concepção seria uma exceção a regra. estou correto?

    se foi este o argumento, ele desconsidera que o PNA significa não iniciar agressão. agredir o eminente agressor é considerado legitima defesa, e portanto não é iniciação de agressão. claro que pode existir duvidas se foi realmente legitima defesa, e para isso servem os tribunais, peritos, etc. mas isso, no meu entendimento, de forma alguma invalida o principio da não agressão.

    se não foi, poderia me esclarecer melhor?

    []'s
  • Olavo de Carvalho  03/10/2011 03:44
    Mujo,
    Não argumentei nada. Esse tipo de questões hipotéticas, já disse, é exercício escolar, não assunto para um filósofo adulto. É evidente que qualquer regra geral como o PNA tem muitas exceções situacionais possíveis, e sua "aplicação" à realidade depende de diagnósticos empíricos que não podem ser feitos com base na própria regra, requerendo conhecimentos de outra ordem. Até hoje estão discutindo se quem "iniciou" a Segunda Guerra Mundial foram os alemães ao invadir a Polônia ou os ingleses quando bombardearam Dresden. O critério do "início" depende de investigações históricas, e não da "aplicação da regra". Uma ética é sempre uma lógica normativa cujo "conteúdo de realidade" não pode ser deduzido da própria lógica. Por isso é que digo que o PNA não pode ser a base de uma filosofia política, já que esta deve tentar explicar a política real e não somente relações lógicas entre conceitos ou normas. Espero que desta vez tenha ficado claro.
  • Paulo Sergio  03/10/2011 09:38
    Caro Olavo,
    Gostei muito de ler suas mensagens, acho que vai ser muito interessante suas idéias por aqui.
    Agora, se só o PNA não serve, qual deve ser a base da filosofia política então? A religião?
    Porque quanto ao PNA pelo que entendi, Rothbard afirma que, se a iniciativa privada é superior ao governo em oferecer pras pessoas tudo, então porque isso também não valeria pra justiça e pra polícia?A conclusão é que o PNA serve sim como base, e o resultado é o anarco capitalismo, uma sociedade sem governo algum, funcionando bem com policia privada e justiça privada, não dependendo da religião ou da moral das pessoas pra funcionar direito
    Como vc ja falou que tudo tem exceção, imagino que não vá concordar muito com isso.Porque a idéia é que polícia privada e justiça privada vão SEMPRE ser superiores à justiça e policia do governo.

    E outra coisa, um pouco off topic mas gostaria de perguntar, qual sua opinião sobre o que se chama de pirataria e sobre o conceito de propriedade intelectual?

    Obrigado.
  • Fernando Chiocca  03/10/2011 11:04
    Até hoje estão discutindo se quem "iniciou" a Segunda Guerra Mundial foram os alemães ao invadir a Polônia ou os ingleses quando bombardearam Dresden. O critério do "início" depende de investigações históricas, e não da "aplicação da regra".

    Correto. Inúmeras vezes não está claro quem iniciou agressão. E muitas vezes jamais saberemos ao certo quonde se deu o início de determinas agressões. Mas o fato de procurar saber quem iniciou agressão já é o suficiente.

    Juízes podem chegar a conclusões diferentes, mas eles devem se basear em algum critério para guiar seus julgamentos. E nós dizemos que o critério deve ser baseado no PNA. Quem iniciou agressão contra a propriedade de outrem é o que deve ser respondido em questões éticas, e nada mais.
  • Fernando Chiocca  03/10/2011 11:53
    Professor, muito obrigado pelos esclarecimentos e desculpe por ter publicado um "disse me disse" incluindo seu nome sem ter checado a história. Como nem todos leem os comentários, inclui um parenteses no artigo acima para corrigir meu erro.

    Gostaria de dizer que 2 dos 6 membros do Instituto Mises Brasil são alunos regulares seus e estamos todos sempre aprendendo muito com você.

    Concordo com sua posição "voegelinana" e considero que uma filosofia que exclui a realidade não é sequer filosofia. E tudo que vejo e divulgamos sobre libertariasnimo toma por base a realidade do mundo.

    Eu subscrevo ao PNA e não o vejo neste estado de tensão com a realidade, e sim que ele é um elemento da realidade, da natureza humana.
    Ele é bem diferente do "não matarás", pois ele pode incluir (e no meu caso que sou um libertário defensor da pena de morte, inclui) o "matarás". Ele seria um "não matarás um inocente contra a vontade dele", e eu não posso conceber nenhuma situação da realidade onde assassinar um inocente possa ser justificável. E este é o papel da ética, responder o que se tem a permissão de fazer, e quando o uso de violência é justificado.

    E como demonstrou Hoppe no texto linkado acima, em se tratando de direitos, que devem, por definição, ser universais, iguais para todos, o PNA deixa de ser uma conveção (não existe alternativa a ele), já que desmembramos o conceito de "agressão" em "uso ou ameaça de uso de violência física contra propriedade legitimamente adquirida" e o conceito de "propriedade legitamente adquirida" em "adquirida através da apropriação original, da troca voluntária ou presente".

    Seria elucidador poder se aprofundar nestas questões com você; neste espaço, por e-mail ou de qualquer outra forma; ano que vem, uma vez por mês, ou quando tiver disponibilidade.

    Abraços
  • EUDES  03/10/2011 21:27
    O "não matarás" é um princípio rigorosamente bíblico, mas a Bíblia preconiza a pena de morte em certas situações. Quando Israel era uma Teocracia, a ordem era para que certos criminosos fossem eliminados da face da Terra. O "não matarás" bíblico também inclui o "matarás". Porém, quero deixar claro que não estou dizendo que cada um pode ser legislador, juiz e executor da pena de morte. \r
    \r
    Portanto, nada há de incoerente quando um cristão defende a sentença capital. Se tivéssemos um sistema penal mais condizente com a Bíblia, certamente teríamos menos crimes e criminosos hediondos. Como disse o nosso incomparável "Águia de Haia"(Rui Barbosa ) : "não há justiça sem Deus".\r
    \r
    \r
  • Fábio MS  04/10/2011 06:54
    Pessoal,
    graças ao site do Olavo (que conheci por acaso, há alguns anos, vasculhando vídeos no YouTube), eu, recém-saído da faculdade, residente no interior de Santa Catarina, ouvi falar de nomes, para mim, naquela época, completamente desconhecidos: Von Bohm-Bawerk, Mises, Menger, Schumpeter, Hayek, Rothbard, etc.
    Depois de ouvir estes nomes e me deparar, ainda que por apenas uma oração, com uma pequena parte do que qualquer um deles pregou, foi fácil chegar até o mises.org.br (é só digitar os nomes no Google).
    Passei 5 anos e meio na faculdade sem ouvir falar NADA (ZERO) acerca de qualquer um desses ícones da Escola Austríaca. O mais próximo de um libertário que conheci foi John Locke.
    Desde então, minhas ideias vem se transformando radicalmente.
    Digo isso, pois Olavo de Carvalho pode até não ser um libertarian (e ele assume que não é), mas é inegável que, graças a ele, muitos, assim como eu, passaram a saber que existe uma Escola Austríaca de Economia (que prega, vejam só que formidável, o fim/a redução do estado, coisa inimaginável no meu horizonte até então) e que existe uma alternativa ao modelo de sociedade "revolucionária" vigente, na qual somos, insistentemente, doutrinados a acreditar (em especial, sistema educacional e mídia) desde que nascemos.
    Abraço.
  • Eduardo  02/10/2011 01:42
    Olavo,



    É possível conciliar o princípio deontológico em uma sociedade anarco-capitalista?


    Ou você está de acordo com a crítica de alguns filósofos de que apenas a lógica consequencialista sustenta em termos práticos uma sociedade sem qualquer ente público soberano?

    Abraços.
  • Filosofo  02/10/2011 17:07
    Pelo que entendi alguém está argumentando que nao se pode fundar uma ciencia sobre a sociedade baseada em principios éticos. As ciencias naturais são fundadas em principios metafísicos, e conseguem ser bons instrumentos para nós. Não há nada de errado com os princípios éticos.
  • Olavo de Carvalho  03/10/2011 03:46
    Filósofo
    Princípios metafísicos dizem respeito à estrutura da realidade, princípios éticos dizem respeito ao "dever ser", cuja relação com a realidade nunca está dada de antemão no teor dos próprios princípios éticos, mas depende de exames que ultrapassam infinitamente o campo da ética, penetrando no campo da metafísica, da ontologia e das ciências empíricas.
  • Marcio  03/10/2011 07:37
    Momento Lula do Olavo: "Era tudo bravata!"\r
    \r
    Olavo, é chegada a hora de parar de se prostituir para os neocons e de deixar de ser um idiota útil dos esquerdistas e da Nova Ordem Mundial.\r
    \r
    Leia profundamente o pensamento libertário antes de ficar pontificando sobre o libertarianismo. Não pague outro mico como aquele de escrever aquele artigo mequetrefe "Liberdade e Ordem", em que você criou uma espantalho, deu-lhe umas pauladas, e saiu cantando vitória. O pensamento libertário contemporâneo é de uma diversidade e riqueza que você não pode imaginar. \r
    \r
    O libertarianismo não precisa ser uma filosofia política perfeita, tampouco uma ciência; só precisa ser melhor do que as alternativas. \r
    \r
    E largue desse negócio de querer construir uma sociedade "bíblica". A filosofia política mais próxima do que nos é apresentado na Bíblia é a libertária. \r
    \r
    Aguardemos 2012, então.\r
  • Eduardo Rodrigues, Rio  03/10/2011 13:00
    Recomendação de Bruno Garschagen (com a qual eu concordo):
    [...] E não estranhe a presença de Bastiat, Mises, Hayek e Nock. Conservadores bebem (ou deveriam beber) nas melhores fontes liberais e liberais bebem (ou deveriam beber) nas melhores fontes do pensamento conservador. Não significa que liberais precisam ser conservadores nem que conservadores sejam também liberais, mas que aproveitem o legado intelectual uns dos outros de forma a enriquecer e testar os valores e princípios que lhes são mais caros.
    www.brunogarschagen.com/2011/09/os-livros-que-influenciaram-o.html

    Klauber Cristofen Pires também sugerira união entre liberais e conservadores.
    Vamos trabalhar juntos?
    libertatum.blogspot.com/2010/02/vamos-trabalhar-juntos.html
  • Olavo de Carvalho  03/10/2011 13:59
    Eduardo, cem por cento certo.
  • Olavo de Carvalho  03/10/2011 13:57
    Esse Marcio é muito burro. Ele está esculhambando o site.
  • Pitomba  03/10/2011 22:52
    huahuahuahuahua, verdade. Só enche o saco. Sempre que o Olavo chama alguém de burro eu morro de rir. 90% das vezes é a mais pura verdade. Só queria dizer isso. Só vou fazer esse comentário para não "trollar" o site. Só quero me inteirar da polêmica. Abraço. xD
  • Marcio  04/10/2011 08:18
    Olavo, faça ai o Libertarian Purity Test: \r
    \r
    www.bcaplan.com/cgi-bin/purity.cgi\r
    \r
    Depois diga qual foi o resultado.
  • Rodrigo  03/10/2011 15:03
    Lendo os comentários do Olavo e as trocas de idéias por aqui, só posso lamentar que tenhamos de votar em Aécio, Serra, Marina, Dilma. Ô tristeza!
  • Rafael  04/10/2011 01:04
    Eu não tenho, e me custa só R$4,50.
  • Fernando Chiocca  04/10/2011 12:08
    R4,50? Eu pageui multa de R$3,50 por turno que não votei para poder tirar meu passaporte. E valeu a pena. R$3,50 pra não ter que sair de casa num domingo pra participar de uma palhaçada? De graça.
    (e não voto há mais de 10 anos...)
  • anônimo  03/10/2011 16:28
    Olavo, se for você mesmo aí, manda um alô pra nóis lá no True Outspeak.
  • Helio Beltrão  03/10/2011 23:04
    É uma honra ter os comentários do Professor Olavo aqui no IMB. Concordo com o ponto que ele fez sobre as limitações do PNA.
  • Kleber  25/01/2013 16:14
    Eu acho que os libertários deveriam estudar mais para não serem pegos de calça curta, um conservador entra em seu espaço e dispara uma bomba que explode e demole a base da teoria econômica que eles defendem (anarcocapitalismo), e para contemporizar, um dos principais, senão principal, membro do instituto no Brasil concorda com as limitações do PNA, o que na prática, significa concordar com as limitações do próprio anarcocapitalismo, isso é defender ou atacar o anarcocapitalismo? Isso é defender ou atacar aquilo que você acredita? Eu acho que isso é muito político e política é um subproduto do Estado e não do anarcocapitalismo. Se vocês não possuem capacidade para debater com o Olavo, que tal trazerem alguém que o faça? Não seria possível trazer o próprio Hoppe?

    Se o princípio de não-agressão é certo e justo na esfera moral, como julgo que o seja, ele não me parece suficiente para fundamentar toda uma filosofia política.

    O Olavo diz que o PNA não parece suficiente para fundamentar toda uma filosofia política, e o PNA realmente não fundamenta uma filosofia política pois o anarcocapitalismo não é uma filosofia política, mas na verdade, uma filosofia apolítica ou anti-política, pois a política sendo a arte ou ciência de governar, é algo que está absolutamente excluído do anarcocapitalismo.

    O anarcocapitalismo não trata sobre a arte de governar mas sobre a arte de não governar.

    Eu poderia me sair com esse argumento, mas logo depois o Olavo me vem com esta Quem subscreva o princípio de não-agressão tem a estrita obrigação de entender que ele estará sempre num estado de tensão com a realidade em torno, da qual será apenas um componente a mais, assim como o "não matarás". O dever de não matar implica às vezes o dever de matar, e seria inútil tentar fazer, a priori, a lista das situações hipotéticas possíveis que enfatizam uma coisa ou a outra.

    Segundo o Olavo eu devo inferir que o princípio de não iniciar uma agressão implica às vezes o princípio de iniciar uma agressão. O princípio "não matarás", por exemplo, para os nazistas não matarem todo mundo tivemos que ir a guerra e matá-los, usando o mesmo exemplo, isso também implicaria que para os nazistas não iniciarem uma agressão aos EUA, os EUA tiveram que entrar na guerra e iniciar uma agressão aos nazistas. (Sinceramente, isso me dá um nó intelectual e eu fico tonto moralmente)


    Vejo que eu não tenho e como estou vendo por aqui, ninguém parece ter competência para questionar as colocações desse conservador.

    E definitivamente se todo o anarcocapitalismo for fundamentado no princípio de não iniciar uma agressão, "Houston, temos um problema!!!", pois se na realidade esse princípio tiver uma contrapartida, o anarcocapitalismo terá ido para o ralo...

    Então a pergunta que faço aos estudiosos libertários, é se realmente todo o anarcocapitalismo é fundamentado no PNA, e caso seja quais são seus contra-argumentos?
  • anônimo  25/01/2013 17:41
    Muitos libertários também concordam que o PNA não é suficiente.
    Tem um livro do David Friedman onde o último capítulo é exatamente sobre isso
  • anônimo  26/01/2013 09:04
    'Quem subscreva o princípio de não-agressão tem a estrita obrigação de entender que ele estará sempre num estado de tensão com a realidade em torno,'

    Não necessariamente. No seasteading se você não gosta dos seus vizinhos, você troca de vizinhos.
  • Kleber  26/01/2013 17:36
    anônimo,

    Citando o mesmo exemplo, se um único país, não acreditasse no princípio de não iniciar uma agressão, isso seria suficiente na REALIDADE para que esse país subjugasse todos os demais que acreditassem nesse princípio, desde que esse país tivesse hegemonia militar para tanto, ou mesmo que não a tendo fosse alcançando pelo acúmulo de recursos militares de países que acreditassem nesse princípio e fossem subjugados, em algum ponto desse processo algum país ainda não agredido ao entender o que estaria se passando, ou iniciaria uma agressão para não ser agredido (colocando abaixo o princípio) ou acabaria fazendo parte do acúmulo de recursos militares do país agressor, que estaria assim mais perto de alcançar a hegemonia pretendida.

    Todos os recursos de residências permanentes no mar (Seasteading) também eventualmente poderiam ser capturados por um Estado de índole imperialista.

    A verdade é que o Olavo reduziu o anarcocapitalismo de teoria à hipótese, ou seja, colocou o anarcocapitalismo em seu devido lugar, uma mera filosofia ética sem conexão nenhuma com a realidade que conhecemos, para que o anarcocapitalismo deixasse o mundo do "deveria ser" para fazer parte do mundo "que é", a maioria das pessoas e inclusive os seus líderes (que não necessariamente seria um líder de um sistema de governo democrático, pois nem todos os países são democráticos) que pertencessem as sociedades de TODOS os Estados deveriam acreditar e defenderem o princípio de não iniciar uma agressão, como sabemos, isso ainda está bem longe de se tornar um fato, no mundo que conhecemos, temos bandidos, ladrões, assassinos, que pertencem desde a mais baixa classe social até a mais alta, de meros trombadinhas a políticos, até aqui isso ajuda a definir o conceito de ser humano, faz parte de sua natureza, e não temos prova nenhuma que um dia isso irá mudar.

    Como disse Mises o propósito da ação humana é levar o agente de uma condição menos satisfatória para uma condição mais satisfatória, para vagabundos ou pessoas simplórias e sem instrução e que odeiam livros, e que formam a grande maioria da população, ler artigos e livros de libertários significa exatamente o contrário, sair de uma condição mais satisfatória (assistir novela, jogos de futebol, ouvir funk) para uma condição menos satisfatória. Para eles, uma condição mais satisfatória são programas de inclusão social, cotas raciais, previdência social, educação e saúde "gratuitas". São ideias satisfatorias pois são facilmente apreendidas, enquanto que para você entender o que um Mises, ou um Rothbard quer dizer, você precisa passar horas estudando e lendo livros e artigos, o sujeito simplório e sem instrução precisa apenas ver a imagem de Lula na TV dizendo que "nunca na história desse país...", ou seja, libertários no momento possuem um escopo para ação muito limitado, e enquanto o mundo for socialista continuará tendo.

    O Olavo também reconheceu a superioridade de Mises em relação ao seus sucessores como Rothbard e Hoppe, pois segundo ele a praxeologia faz parte do campo da teoria, comprovando assim suas leis através de métodos científicos que através de suporte empírico (testes de verificabilidade) podem comprovar um fato ou mesmo refutá-lo (testes de falseabilidade), enquanto que o anarcocapitalismo não possui rigor científico algum, sendo portanto uma hipótese, uma aposta da humanidade em uma forma de organização que poderia levar a sua própria extinção, os desdobramentos de uma hipótese são graves para que como hipótese seja sequer considerada como forma de organização social.

    Não é à toa que mesmo que boa parte dos libertários do Instituto Mises acreditem na superioridade dos ensinamentos de Rothbard, deram o nome do Instituto de Mises e não de Rothbard.

    Mises provavelmente conhecia as ideias de Rothbard, antes mesmo do próprio Rothbard, mas por causa de sua superioridade intelectual foi capaz de enxergar às falhas e consequencias dessas ideias do ponto de vista científico.

    Eu sempre vi o anarcocapitalismo com desconfiança, de qualquer forma, estudo ele, porque é um corpo de conhecimentos fascinante, cheguei a pensar que pudesse ser melhor que a democracia, mas os argumentos do Olavo me levaram a recrudescer minha desconfiança.

  • Felipe  28/01/2013 16:46
    Quem começou a Primeira Guerra Mundial? Um terrorista sérvio ao matar ao arquiduque Franz Ferdinand? A Áustria-Hungria quando declarou guerra a Sérvia? A Rússia quando declarou guerra a Áustria-Hungria? A Alemanha quando declarou guerra à Rússia?

    Além disso, qual a validade de um tratado assinado sob ameaça de armas? Como Frankfurt(1870), Brest-Litovsk(1918), Versailes(1919), Triannon(1921), por exemplo? A Alemanha ao impor o Frankfurt não estaria se defendendo da França napolêonica, que por sua vez em Versailes estava se defendendo da Alemanha imperial? Os regimes fascistas da década de 30 por sua vez não estariam se defendendo dos tratados pós-primeira guerra? O acordo dos países ocidentais de entregar a Tchecoslováquia para Hitler e depois a Europa Ocidental para Stálin, como se fossem seus donos, não foi uma grave infração ao PNA? Esses países ocidentais, ao autorizarem a espoliação, não seriam iguais a "auditores da RF"?

    O PNA não é contraditório se aplicado a indivíduos, mas não funciona com estados nacionais. Especialmente porque existem grupos de interesse controlando esses estados de modo que o interesse desses grupos não é resolver conflitos e sim criar mais conflitos, não apenas guerras, mas conflitos internos também, pois é assim que o expandem sua influência. Ainda, outro paradoxo é como a relação entre estados podem partir do PNA, se os estados já são os agressores em sua área de jurisdição? Seriam apenas um acordo de ladrões.

    Portanto, em um ambiente anarco-capitalista, de respeito a propriedade privada, esses problemas jamais existiriam. Os nazistas, caso existissem, não poderiam se apoderar do estado, assim como os comunistas. Consequentemente, as tragédias do século XX jamais teriam acontecido.
  • Mauro Mendes  04/10/2011 01:33
    Muito legal, o pessoal do Mises, Helio Beltrão e o professor Olavo aqui no debate. Chamei de professor pois é isso mesmo, o cara é muito fera.
  • Joao Alberto  25/01/2013 03:14
    Muito legal a presença do professor Olavo de Carvalho :)
  • Gustavo BNG  25/01/2013 05:29
    Olavo de Carvalho ter ratificado - em algum grau - o PNA, foi um bálsamo.
  • Kleber  28/01/2013 11:29
    Olavo de Carvalho ter ratificado - em algum grau - o PNA, foi um bálsamo.

    Eu não sei por quê?!?! Ele disse claramente que o PNA como elemento da realidade implica o não-PNA, isso significa que daqui a 1000 anos, a realidade ainda assim sustentará essa verdade, que o PNA sempre implicará o não-PNA, e que será insuficiente para sustentar uma teoria política. O Olavo troçou da relação do PNA com o Anarcocapitalismo. Ele disse apenas o óbvio, o pricípio é correto, e teria aplicação prática no paraíso dos cristãos, mas nunca na realidade do mundo que vivemos.
  • TL  28/01/2013 13:00
    Kleber,

    dado que o PNA não se aplica a todos os casos, qual a alternativa ao PNA?
  • Fernando Chiocca  28/01/2013 13:54
    Afff.. é obvio que o PNA se aplica a todos os caso.. Em todos os casos, ou se agirde ou não se agride.

    E é mais óbvio ainda que num paraiso é que o PNA não teria aplicação, pois todos iriam se respeitar e não existiria agressão.. Ele só tem sentido no mundo real.

    É cada uma...
  • Kleber  28/01/2013 17:35
    Fernando,

    Não é uma questão de ter sentido ou não, é lógico que tem sentido no mundo real, mas não é aplicável no mundo real, ele não tem sentido no paraíso, mas é aplicável no paraíso.


  • Fernando Chiocca  28/01/2013 17:46
    não é aplicável no mundo real?
    Estamos no mundo real, logo, se você diz que este princípio não é aplicavel, eu posso te agredir o quanto eu quiser e você não teria nada a dizer...

    Oh Gosh.
  • Kleber  28/01/2013 18:47
    Não estamos falando sobre teoria política? Não é aplicável na realidade como teoria política, não é possível defender uma teoria política com base nesse princípio.

    Para que seja aplicável essa teoria teria que formular uma lei que obedecesse os critérios de verificabilidade e falseabilidade exigidos pelo método científico, você consegue fazer isso com o anarcocapitalismo?

    Sem uma teoria política robusta e consistente, você apostaria o destino de pessoas ou mesmo da humanidade se tivesse condições de implementá-la?

    Se você disser que sim, eu direi que você pensa como um ditador.

    Eu diria que como líder você teria a mesma responsabilidade com o destino das pessoas, que teve Stalin, Hitler e Mao.

    Como eu posso esperar responsabilidade do Hoppe, quando ele diz que com o anarcocapitalismo não haveria garantia absoluta que a sociedade não iria se degenerar no caos, mas que provavelmente isso não iria acontecer.

    Não dá Fernando, me desculpe. Odeio o Estado como ele é, mas a realidade tem outros elementos e aspectos que vão muito além do econômico, como o geopolítico, para citar apenas um deles.


  • Fernando Chiocca  29/01/2013 02:30
    Estamos falando de teoria política e o sujeito me vem falar de empirismo positivismo?! Cruz credo...

    Me diga uma coisa, a sua declaração acima obedeceu os critérios de verificabilidade e falseabilidade exigidos pelo método científico? Você consegue fazer isso com a declaração "não é possível defender uma teoria política com base nesse princípio"?
    Heheheheh, eu ainda me divirto dando um nó na mente de positivistas, mas confesso que já está perdendo a graça para mim...

    A única teoria política robusta e consistente aplicável é o anarcocapitalismo. As outras sequer passam do teste da universalidade da ética, e as que passam, levariam ao fim da humanidade, ou seja, também são descartadas.

    Infelizmente você é ignorante a respeito de toda uma gama de conhecimento. Leia Hoppe e cure-se dessa ignorância.
  • Kleber  29/01/2013 23:52
    Me diga uma coisa, a sua declaração acima obedeceu os critérios de verificabilidade e falseabilidade exigidos pelo método científico?

    Lógico que não, pois uma declaração como a minha e a sua quando diz que "A única teoria política robusta e consistente aplicável é o anarcocapitalismo." revela sentimento, manifesta opinião e diferentemente de teorias não precisam ser provadas.

    Heheheheh, eu ainda me divirto dando um nó na mente de positivistas, mas confesso que já está perdendo a graça para mim...

    Você se comporta como um fanático religioso, eu li seu outro artigo e vejo que você está seguindo direitinho o receituário do seu pastor, é lógico que o pastor é menos bobo e sabe exatamente para quem aplicar seus preceitos. Se você é tão senhor de si e absoluto no seu saber (usa muito o ad hominem, por sinal, isso denuncia falta de recursos), a ponto de destratar e chamar de fraquíssimo o senhor que empresta o seu nome à instituição na qual você é um membro, seja coerente, saia dela ou peça a mudança do nome da instituição de Mises para Rothbard ou Hoppe, e também quando se deparar com um filósofo do calibre do Olavo de Carvalho mas com paciência e educação menos constantes que as minhas, ao invés de ficar lhe bajulando, seja homem e diga a ele que você adora dar um nó na mente de positivistas.

    Mas quer saber Fernando, não vou ficar trocando chumbo com você não, eu reservo minha munição para meus inimigos, e você não é um deles, é meio bitolado, mas defende a liberdade, pelo menos é melhor do que os bitolados que defendem o socialismo. Vou seguir o seu conselho, vou continuar lendo Hoppe, e também vou continuar lendo os artigos do instituto, inclusive os seus, simplesmente porque acho toda essa ingenuidade anarcocapitalista fascinante, e gostaria muito de acreditar que algo parecido com ela (mas melhor elaborada) apareça e seja possível no mundo que vivemos.

    []'s
  • Fernando Chiocca  30/01/2013 19:55
    Lógico que não, pois uma declaração como a minha e a sua quando diz que "A única teoria política robusta e consistente aplicável é o anarcocapitalismo." revela sentimento, manifesta opinião e diferentemente de teorias não precisam ser provadas.

    E é neste ponto que você entrega que ignora o assunto.
    Não, não estou dando minha opinião aqui.
    A ética é objetiva, não subjetiva.
    No caso, é apenas você que esta expressando seus sentimentos pueris, sem nenhuma conexão com objetividade.


    Sim, Mises é fraquíssimo no quesito ética, mas é um gênio em inúmeros outros. Ou seja, sua sugestão foi ridícula.
    E não sou um fanático religioso que segue tudo que Mises diz. Ou seja, outra acusação estúpida.
    Você não consegue dar uma dentro hein...

    E nossa! Que ingenuidade acreditar que uma sociedade pode existir sem o roubo e a agressão institucionalizadas! Fascinante mesmo hein!

    Mas faça isso.. continue estudando, pois você não sabe nada ainda. Aconselho que fique um ano só estudando e lendo, sem postar nenhum comentário, com afirmações categóricas sobre assuntos que desconhece o básico.
  • Neto  28/01/2013 20:39
    'Em todos os casos, ou se agirde ou não se agride.'

    O último capítulo do livro do David Friedman, the machinery of freedom, é justamente sobre isso com vários exemplos de como o PNA sozinho não é suficiente pra definir a linha na zona borrada entre o que é agressão e o que não é.

    daviddfriedman.com/The_Machinery_of_Freedom_.pdf



  • Fernando Chiocca  29/01/2013 02:23
    Putz.. e dai que tem uma "zona borrada"? Só pelo fato de se identificar essa zona, já é devido a estarmos interessaados em saber se houve ou não houve agressão.

    Non sense.

    David Friedman é, assim como Mises, um utilitarista ético, ou seja, fraquíssimo. Eles sequer são capaqzes de se opor ao assassinato de uma minoria, se uma maioria assim decidir.

    O capítulo 26 do A Ética da Liberdade é justamente sobre isso: Economia de livre mercado utilitarista
  • Kleber  28/01/2013 16:41
    dado que o PNA não se aplica a todos os casos, qual a alternativa ao PNA?

    TL,

    no que tange a todos os casos, não existe alternativa ao PNA e a nenhum outro elemento que se queira inserir na realidade, nenhum elemento se aplica a todos os casos, o mundo caminha em uma eterna tensão entre opostos. Por isso que o anarcocapitalismo não pode ser fundamentado exclusivamente no PNA.

    Um exemplo disso, é a proposta de Ron Paul como candidato à presidência dos EUA (que coaduna inteiramente com o PNA) de pregar o isolacionismo e a redução do poderio militar americano, se isso acontecesse estaria quebrado o equilíbrio de forças que impede que Russos e Chineses tomem conta do Mundo, a defesa do PNA nesse caso levaria de forma desastrosa à destruição da principal barreira para uma ditadura socialista mundial imediata.

    "Um conceito só se transmuta em realidade concreta mediante a inversão do seu significado abstrato." Hegel

    O Olavo propõe o Estado mínimo (por meio de uma monarquia), com a moral religiosa cristã como freio para o crescimento do Estado (claramente puxa sardinha para o lado dele, e eu não acredito em sua proposta).

    O Mises também propunha o Estado mínimo, mas não nos deu uma solução que freiasse o crescimento do Estado.

    Era de se esperar que o desenvolvimento de sua teoria fizesse isso, mas não o fez, porque o anarcocapitalismo se funda apenas no PNA e defesa da propriedade, e isto não é suficiente. (Talvez ainda surja um novo Rothbard que equacione esse problema, ou um libertário que consiga aliar minimização e imutabilidade estatal)



  • Eduardo Bellani  28/01/2013 18:48
    "se isso acontecesse estaria quebrado o equilíbrio de forças que impede que Russos e Chineses tomem conta do Mundo."

    Prove isso, por favor (tanto que eles querem como que consiguiriam).

    "e isto não é suficiente"

    Prove isso por favor.
  • Kleber  28/01/2013 20:01
    Provas??? Analise a história, analise o nacionalimo e equilíbrio de poder que antecederam a primeira guerra mundial, e como ele foi quebrado, estude geopolítica, observe as bases militares americanas, russas e chinesas espalhadas ao redor do mundo, o interesse e a influência que a China possuí na África, Brasil e outros países, as relações entre os Russos e Chineses, Russos e Síria, Russos e Venezuela. As proposições de intelectuais como Duguin (conselheiro de Puttin).

    Mas não sou eu que tenho que provar alguma coisa, quem tem que provar, é o propositor de uma teoria, segundo Hans Herman-Hoppe, ele não pode provar que a sociedade não se degeneraria no caos com o anarcocapitalismo, se você ou qualquer outro anarcocapitalista conseguir provar isso, você ou qualquer outro anarcocapitalista terá ido mais longe que o próprio Hoppe.

    A questão é que fazer juízo de valor é uma tarefa fácil, quando a capacidade de implementar e a responsabilidade de executar uma ação baseada nesse juízo de valor é limitada a uma opinião que na prática não tem o poder de mudar quase nada imediatamente (seja para melhor ou para pior), mas no exato instante que essa capacidade e responsabilidade ganham imediatismo, e seu juízo de valor passa a poder definir o destino de milhões, talvez bilhões de pessoas, você se conscientiza de que é necessário maior rigor no seu processo de definição de valor, é a isso que me refiro, por isso acredito que é preciso de rigor científico para proposição de uma teoria política, e você não encontra esse rigor no anarcocapitalismo.
  • anônimo  28/01/2013 20:41
    É bem questionável se esse tal de Duguin é tão influente sobre o Putin como as olavetes acreditam.
  • Kleber  29/01/2013 11:59
    Eu não soube da influência do Duguin sobre o Putin apenas por meio do Olavo, mas tudo bem, esqueça o Duguin, analise a história, tivemos os soviéticos e os nazistas, com políticas expansionistas, o próprio Estados Unidos recentemente invadiram o Iraque alegando que eles possuíam tecnologia nuclear que acabou por se comprovar que não possuíam. O belicismo é uma constante na história mundial, os Estados Unidos sozinhos representam 43% dos gastos de defesa no mundo, os EUA fazem parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), e a organização constitui um sistema de defesa coletiva na qual os seus Estados-membros concordam com a defesa mútua em resposta a um ataque por qualquer entidade externa, Rússia e China são entidades externas, hoje à despeito do enorme interesse e desejo dos EUA de invadirem a Coréia do Norte e o Irã, por causa do risco nuclear que esses países apresentam, só não o fazem, justamente por causa de China e Rússia, por não apoiarem qualquer iniciativa que não seja pela via diplomática.

    Se a OTAN perdesse a hegemonia militar, isso inspiraria a aparição de novos kaizers, imperadores, ditadores, cuja a existência não teve ensejo devido justamente ao acordo da organização do atlântico norte firmado após a segunda guerra mundial. Se você reduz o poderio militar dos EUA, a OTAN perde a razão de existir, os EUA sozinho gasta mais em recursos de defesa que os demais membros.

    Não existe apenas a questão geopolítica, existe a religiosa, a irmandade mulçumana é uma organização islâmica fundamentalista tendo a Jidah como único caminho, eles lutam contra influência ocidental e procuram difundir o islâmismo no ocidente. A Sharia, o código moral e lei religiosa do Islã, influi em vários aspectos das sociedades islâmicas inclusive o econômico e o jurisprudente, a jurisprudência islâmica é regulada pela Sharia.

    Além da questão geopolítica, religiosa tem a étnica, que envolve ressentimento e preconceito entre povos, às vezes o problema não é nem educacional é espiritual mesmo. A realidade é muito complexa, você estudando economia pode achar a solução de todos os problemas econômicos do mundo, mas reduzir os problemas do mundo aos problemas econômicos, não me parece ser uma abordagem muito abrangente e nem coerente. Problemas econômicos estão inter-relacionados com problemas geopolíticos, religiosos, étnicos, espirituais, etc... mexa em uma dessas variáveis e você terá consequências em todas às outras, antes de brincar de Deus, e querer mudar o mundo, você tem que pensar e equacionar tudo isso, de maneira responsável, e principalmente tomar cuidado para não se tornar um ditador ao longo do processo.
  • Eduardo Bellani  29/01/2013 12:49
    Provas???
    1 ponto de interrogação já basta.

    Analise a história, ...
    Eu analiso o quanto você quiser, mas nunca vou conseguir prever o
    futuro com a analise histórica. Recomendo o livro [1] pra você
    entender o por quê não.

    Mas não sou eu que tenho que provar alguma coisa, quem tem que
    provar, é o propositor de uma teoria


    Quem tem que provar uma coisa é quem a afirma. Aparentemente você não
    discorda do que ele falou, só diz que não é o suficiente. Aponte o por
    quê, já que você afirma isso.

    ele não pode provar que a sociedade não se degeneraria no caos com
    o anarcocapitalismo


    Sim ele pode. Até eu posso, e é muito simples, você analisa o custo
    econômico de conflitos e percebe que agentes de defesa não agressivos
    tem uma vantagem competitiva em relação a agente agressivos. Isso leva
    os agentes não agressivos ao domínio a médio e longo prazo. Para mais
    detalhes, eu recomendo[2].

    Lhe peço para regular o tom de suas afirmações se você admissivelmente
    não possui provas para elas.

    [1] Theory and History: An Interpretation of Social and Economic
    Evolution


    [2] The
    Private Production of Defense Hans-Hermann Hoppe

  • Kleber  29/01/2013 15:01
    Eduardo,

    Até eu posso, e é muito simples, você analisa o custo
    econômico de conflitos e percebe que agentes de defesa não agressivos
    tem uma vantagem competitiva em relação a agente agressivos. Isso leva
    os agentes não agressivos ao domínio a médio e longo prazo. Para mais
    detalhes, eu recomendo[2].


    Você está olhando a questão sobre a ótica interna na sociedade, e deixando de olhar a externa, sua visão é apenas endógena e não exógena, portanto parcial, na segunda guerra mundial, vimos que os Estados agressores financiavam novas ocupações com os espólios de guerra dos países ocupados. Eu não estou me referindo sobre como empresas não agressoras e agressoras iriam conviver dentro de uma sociedade, eu me refiro que Estados agressores sequer permitiriam a existência de Estados não agressores sem um equilíbrio de forças entre Estados agressores. É o princípio de iniciar uma agressão que permite a existência do princípio de não iniciar uma agressão na realidade. É por isso que esse princípio sozinho tem sentido mas não é aplicável na realidade, ele depende do seu oposto.

    Para que possa surgir uma sociedade anarcocapitalista, ela não se dará do dia para a noite em todos os cantos do mundo, em sua luta para se tornar realidade ela precisará competir contra Estados policamente, juridicamente e militarmente organizados, e pior, essa sociedade será uma ameaça para esses Estados (pois o sucesso dela representa não apenas o fracasso mas o fim dos mesmos como entidades reais), e pode ter certeza, quando se trata de Estado, o princípio de não iniciar uma agressão não tem significado algum.

    Sua existência dependerá dos germes de ensaios de sociedades primevas no anarcocapitalismo, como a Somália, por exemplo, eu acho que só temos esse caso, não é? Um dos países mais pobres do planeta, com uma economia que depende de gado, camelos e cabras. Além disso, novos problemas podem ser observados lá, como o ressurgimento da pirataria, onde militares ligados ao clã dos senhores da guerra que dividem o país, sequestram navios, petroleiros e suas tripulações em troca de resgate. (Algo que é contra o PNA, e externo a organização social, uma agressão exógena e não endógena, percebe?)

    Se problemas como a pirataria (e aqui me refiro ao termo literal e não ao figurado da indústria da música por exemplo) são observados em uma sociedade primitiva como a Somália que problemas poderíamos esperar em sociedades mais complexas?

    Vamos observar como as coisas evoluem por lá, e se o Estado deixará elas evoluírem ao ponto de não se tornarem uma ameaça, pois ao se tornarem, é lógico que surgirão motivos para intervenção, aliás já estão surgindo, os EUA e o Reino Unido sob o pretexto de que a UCI (União das Cortes Islâmicas) tenha ligação com a rede terrorista Al quaeda já estão intervindo. Então além dos próprios islamitas, você tem Estados ocidentais querendo ocupar o país, é muito provável que a brincadeira anarcocapitalista tenha prazo de validade na Somália.

    Quanto as suas sugestões de leitura, agradeço e irei lê-las, e sinceramente torço para que mudem minha maneira de pensar, para que ao pesquisar mais sobre o anarcocapitalismo, sobre filosofia, sobre geopolítica e outras áreas de conhecimento, chegue a conclusão de que realmente temos uma maneira de acabar com os problemas morais e econômicos trazidos pelo Estado, com a certeza de que acabando com eles não estaremos criando outros ainda piores.

    Se você e o Fernando já dominaram todos esses campos de conhecimento a ponto de terem convicção absoluta em seus pontos de vista, se eu continuar estudando talvez um dia eu também chegue lá.

    []'s
  • Eduardo Bellani  30/01/2013 16:16
    Tenho convicção na medida que acredito que esses argumentos estão certos. Se alguém me apontar a falha nos argumentos, eu mudo de idéia. Até lá, vou agir conforme eles.

    Sobre voluntarismo e ancap, esse artigo me ajudou e ajudou ao menos a um outro leitor desse site. Veja se lhe ajuda:

    www.lewrockwell.com/long/long11.html

  • Kleber  30/01/2013 18:33
    Eduardo,

    Eu já li o artigo (você já havia me enviado em outra ocasião), que é brilhante, agradeço suas sugestões, vou continuar pesquisando, mas minha visão de mundo hoje é:

    A realidade em que vivemos é suja, os princípios do anarcocapitalismo estão corretos, a ética do anarcocapitalismo está correta, sou simpático ao anarcocapitalismo, mas não vejo solução à questão da agressão, uma sociedade anarcocapitalista não sobreviveria em um mundo que não fosse anarcocapitalista, a humanidade não está pronta, e se estivesse até uma democracia funcionaria em um mundo onde as pessoas fossem responsáveis, onde as pessoas não iniciassem uma agressão, e onde as pessoas respeitassem à propriedade privada.

    O problema não está no sistema de organização social, o problema está na célula social, a consciência humana. E esse problema só será definitivamente resolvido se existir céu e inferno, ou dimensões que abriguem consciências que após sucessivas reencarnações se tornem aptas a uma nova realidade consciencial, de qualquer forma, só resolveríamos a questão separando consciências prontas daquelas que não estão. Tudo isso envolve pesquisas em metafísica, ontologia, epistemologia, ética, etc... Uma tarefa colossal mas que implica o desenvolvimento da consciência.

    Talvez esta realidade nos coloque nesse impasse para que haja esse desenvolvimento da consciência.

    []´s
  • Eduardo Bellani  31/01/2013 14:57
    Olá Kleber.

    Sobre a recomendação do artigo do Roderick, eu estava me referindo a
    nossa troca anterior, mas tinha esquecido o seu nome, sinto muito.

    Sobre essa sua última mensagem , a humanidade não tem como ficar
    pronta, porque a humanidade não age, não fica pronta. Indivíduos agem
    e ficam prontos. Não existe consciência coletiva, apenas individual.

    Esses fatos implicam no seguinte modus operanti: Aprenda, e
    fique pronto. A cada oportunidade que você perceber para contribuir a
    causa da liberdade, use-a. Torne-se um homem melhor, que você verá as
    pessoas ao seu redor tornando-se melhores também, pois o exemplo é um
    ótimo professor.

    É só o que eu vejo de possível. Veja o exemplo do Mises
    Brasil. Indivíduos tomaram em suas mãos a tarefa de repassar
    conhecimento para pessoas aprisionadas por instituições totalitárias
    (universidades, mídia, escolas e o sistema estatal em geral). O fato
    que você, eu, e outros tantos estamos aqui lendo artigos no instituto
    é um testamento ao sucesso do individuo qua empreendedor face a
    indivíduos que representam instituições opressoras.
  • Fellipe  31/01/2013 15:57
    Kleber,

    Vejo que você vem postando nos últimos dias e discutindo com várias pessoas a mesma questão, da não-agressão.

    Com meus parcos conhecimentos da EA e libertarianismo, espero ajudar.

    Ao meu ver você comete dois erros, entende que 1) não se possa revidar uma agressão e 2) a "sociedade" é uma coisa amorfa que necessita de guia e proteção, pois ataques externos são iminentes.

    Posso sugerir ao colega os artigos sobre a Suíça aqui no IMB, onde fica claro que um país não necessita de exército formal para se proteger de ataques externos. A questão lá é cultural, o governo deixa bem claro que a população é que tem que se virar em caso de ataque externo, e qual o resultado? Milicias armadas (população altamente armada, se não me engano é a maior taxa de armas por habitante do planeta e a violência é baixíssima). Mesmo considerando o fato de que o estado também entrega armas para a população após o período obrigatório no exército, isso não refuta o fato de que mesmo assim as pessoas se armam e se armariam se não tivessem essa opção.

    Nem Hitler se atreveu a atacar este país, apesar de saber de suas enormes reservas de ouro, pois sabia que se daria mal. Desde o século XII, quando a Suíça adotou esta postura, pelo que me lembro nunca foram atacados. É bem difícil um exército agressor atacar milícias, pois não há alvos estratégicos definidos, é um inferno. Mais ou menos o que os americanos passaram no Vietnã. A Suíça é um Vietnã com geografia mais complicada, com indíviduos muito bem treinados e motivados a revidar se for necessário.

    Isso prova que é no nível do indivíduo que as coisas acontecem. Se as pessoas não têm a expectativa de que o estado babá vá socorrê-las, elas se vêm obrigadas a fazer algo. Essa é a questão do incentivo que foi comentada anteriormente se não me engano pelo Fernando e pelo Eduardo, e é por isso que eu tenho fé que o anarcocapitalismo é além de ser a solução mais ética e moral, também é a única que pode nos trazer paz.

    Si vis pacem, para belum.

    Espero ter ajudado.

    Abs,
  • Kleber  31/01/2013 17:12

    Ao meu ver você comete dois erros, entende que 1) não se possa revidar uma agressão e 2) a "sociedade" é uma coisa amorfa que necessita de guia e proteção, pois ataques externos são iminentes.

    Felipe,

    Agradeço sua tentativa de auxílio e socorro, mas:

    1) Eu não entendo isso.
    2) E eu não entendo assim também.

    Então você não ajudou.

    Abraços.
  • Fellipe  31/01/2013 19:51
    Kleber,

    Obrigado pela polidez, mas você não respondeu meu comentário anterior. Dizer somente "não entendo isso que você disse que eu entendo" por si só não muda o que você já demonstrou anteriormente.

    Faço um mea culpa pois anteriormente tentei fazer um rápido apanhado de suas afirmações e fui infeliz pois ficou confuso.

    Vou detalhar melhor minha posição e opinião.

    Sobre o ponto 1), meu intuito foi dizer que você não entende que não se possa revidar uma agressão no sentido de que isso iria contra a adoção do PNA. Ficou realmente confuso.

    Você havia afirmado anteriormente nos comentários deste artigo que o PNA é inviável, pois a ameaça de revide de B além de não impedir um ataque inicial de A na verdade legitima e incentiva o ataque inicial de A.

    "Citando o mesmo exemplo, se um único país, não acreditasse no princípio de não iniciar uma agressão, isso seria suficiente na REALIDADE para que esse país subjugasse todos os demais que acreditassem nesse princípio..."
    +
    Concordando com o Olavo: "...o PNA como elemento da realidade implica o não-PNA..."

    Se agrido sou agressor, e se sou agredido tenho o direito de revidar, ponto. Voltando ao meu exemplo, o país A não tem que acreditar ou aceitar o PNA. Ele tem somente que SABER que o país B o adota, e o país B não sendo burro vai se preparar e deixar claro para A que se for atacado revidará à altura. Aceitar o PNA não é ser pacifista, é deixar claro que o custo de uma eventual agressão será muito cara.

    Foi por isso que sugeri estudar o caso da Suíça. Reitero esta sugestão.

    Sobre o item 2), extraí abaixo comentários seus no artigo COMO GANHAR O DEBATE ECONOMICO:

    "Em nenhuma sociedade (mesmo libertária), um cidadão conseguiria evitar a opinião da maioria..."

    "...a questão é que em qualquer sociedade a ética individual não pode se impor à ética social, existe uma hierarquia."

    Se auto contradizendo: "...mas eu nunca disse que a maioria impõe sua vontade."

    Desta forma reitero o que disse, não existe "sociedade", existem indivíduos que interagem e têm opiniões, sonhos, objetivos, habilidades, necessidades diferentes. Você falou muito em geopolítica, como se países fossem unidades uniformes e independentes das pessoas em que nele vivem. Você só está discutindo geopolítica porque existem conflitos entre estados. E os estados entram em conflito porque eles podem repassar o custo dos conflitos para os indivíduos através de impostos, inflação e dívida. E a propaganda ideológica pró-estado está cada vez mais forte para manter o apoio dos indivíduos em momento que o custo do estado como um todo está cada vez maior sobre os ombros das pessoas. Sem este apoio o estado desmorona, sem o estado as pessoas teriam que agir e refletir o custo-benefício de suas próprias ações, sem poder repassar custos a terceiros – o que faria com que o mundo fosse mais pacífico, pois agressões em geral têm alto custo.

    Volto a sugerir o exemplo da Suíça que não é um país 100% libertário mas o que talvez mais se aproxime nos dias atuais, onde a descentralização política entre os cantões restringe o poder federal e dá poder aos indivíduos.

    Abs,
  • Kleber  31/01/2013 20:51
    Felipe,

    Me desculpe por minha apatia, mas trabalhei a noite inteira, é final do dia e sinceramente estou meio letárgico, por isso vou replicar uma resposta que dei a outro libertário, espero que eu seja capaz de me fazer entender:

    Primeiro disse que libertários se oporiam a revidar a uma agressão de Hitler. Falso.

    Eu não disse isso, o mundo que Hitler vivia sequer tinha espaço para uma sociedade libertária. Enquanto houver Estado nunca haverá espaço para qualquer sociedade libertária. A troca de uma organização social por outra, é um processo que perpassa séculos, e de um modo geral, se dá por revoluções, que não acontecem em conjunto, mas isoladamente, a simples existência de uma sociedade libertária nos moldes do anarcocapitalismo, é uma sentença de morte para todos os Estados, eles nunca deixariam isso acontecer, mesmo porque diferentemente de uma primeva sociedade anarcocapitalista eles tiveram séculos para se organizarem militarmente e juridicamente, suas instituições são estáveis, sua cultura firmada ao longo do tempo. O anarcocapitalismo é uma utopia.

    Depois disse que "O princípio de não iniciar uma agressão é impossível em uma realidade em que nem todos viverão sob esses preceitos". De novo, você está dizendo que não haverá revides.

    Filho, em um mundo com tecnologia nuclear, a população de uma sociedade anarcocapitalista não estaria viva para revidar.

    Depois, "Libertários acreditam no paraíso na terra com a maturidade moral dos seres humanos que observamos na humanidade, não há nada mais nonsense que isso."
    Nonsense foi essa sua conclusão.
    www.mises.org.br/Article.aspx?id=727


    Esse link do artigo foi o pior, você deixaria outra pessoa decidir se você é culpado de um crime e merece ou não merece existir. Você deixaria outra pessoa caso você não fosse realmente culpado iniciar uma agressão contra você, sem que você pudesse sequer revidar, pois você deixaria de existir. Vocês libertários precisam pensar mais nos princípios que sustentam sua ideologia.
  • Neto  31/01/2013 21:59
    'Filho, em um mundo com tecnologia nuclear, a população de uma sociedade anarcocapitalista não estaria viva para revidar.'

    A guerra fria já acabou há quanto tempo? E nos EUA, já existem empresas que vendem bunkers pra preppers ricos
    Se bem que isso tudo é uma conversa muito bizarra, por que é que alguém ia querer jogar uma bomba nuclear num povo que nunca fez mal pra ninguém, não consigo imaginar
  • Cat  01/02/2013 01:38
    Interessante que os defensores do "país policial do mundo" nunca indagam sobre quem iria policiar este policial.
  • Kleber  01/02/2013 15:21
    Estou respondendo no final dos comentários, pois a largura da tabulação dificulta a leitura...
  • Kleber  01/02/2013 12:19
    "por que é que alguém ia querer jogar uma bomba nuclear num povo que nunca fez mal pra ninguém". Pelo simples motivo de que a existência desse povo representará uma ameaça para a existência desse alguém (O Estado).

    Primeiro, esse povo precisaria existir, ele não existe, e sua formação que não se daria da noite para o dia, implicaria uma ameaça à qualquer Estado, essa sociedade teria que se encorpar juridicamente, teria que se transformar culturalmente, pois sua população viria de outro regime de organização social, os problemas que observaríamos nela, seriam muitos, você pode ter certeza disso, seria uma sociedade sem coesão militar, ou seja indefesa á agressão externa (não me venham falar do artigo da suiça, ele não é pertinente nesse caso), e se houvesse tal coesão implicaria em altos custos com defesa, pois uma coisa são os custos de agências de segurança para defesa interna, outra completamente diferente são os custos para defesa contra agressões externas, você precisaria de forças armadas fortemente equipadas, navios, destróiers, submarinos, porta-aviões, tanques de guerra, mísseis, caças, a necessidade de defesa contra agressões externas implicaria custos, e coesão militar implica organização central, você não teria como ter agências de segurança competindo por recursos escassos para ver qual delas defenderia melhor a sociedade libertária contra agressões externas, quem pagaria por esses custos, teria que ser a população, se a população tiver que pagar por esses custos, ela pagará para quem? Pagará para essa organização central responsável por garantir a defesa do país contra agressões externas, essa organização central então terá que garantir essa arrecadação, pois essas contribuições, não poderão ser voluntárias, ela garantiria essa arrecadação de que forma, por meio de impostos, me corrijam se eu estiver enganado, não conheço muito bem a obra de Rothbard e Hoppe, mas eu acredito que uma sociedade libertária que precisa se precaver contra agressões externas parece ter a mesma estrutura de um ESTADO, eu diria que ela é um ESTADO.Sociedades libertárias em um mundo com Estados precisam se precaver contra agressões do Estado, pois sua existência implicará a inexistência do Estado, e a existência do Estado acaba por implicar a inexistência de sociedades libertárias, hoje é o Estado que existe, daí podemos inferir que não é possível a existência de sociedades libertárias. As sociedades libertárias são uma utopia.
  • Fellipe  01/02/2013 15:42
    Kleber

    Entendo seu ponto. Faço somente uma correção no sentido que sociedade libertária não é necessariamente a ausência do estado, este pode existir desde que o acordo seja voluntário e não se agrida a vida, liberdade e propriedade, acredito que quando você fala sobre sociedade libertária esteja se referido a ela como anarcocapitalista.

    Fechando o adendo, acho que vamos ter que concordar em discordar, pra não alongar muito a discussão. Resumindo você acredita que o estado inviabiliza uma sociedade libertária e vice-versa. Entendo que um não exclui o outro, apesar de sim concordar que um lutaria contra o outro. Discordo da questão implícita de que já que nos dias de hoje os estados são de maneira geral enormes, logo não vale a pena discutir e boicotá-lo sempre que possível. Se acredito que uma sociedade sem coerção é melhor, não vou deixar de me esforçar para melhorá-la, por mais difícil que possa ser este processo.

    Abs,
  • Kleber  01/02/2013 16:04
    Felipe,

    Isso mesmo, como sociedade libertária me referia a sociedade anarcocapitalista, mesmo como conservador acredito que a socidade deveria ser tão libertária quanto fosse possível.

    []'s
  • Douglas Becker  17/04/2013 03:48
    "O Olavo propõe o Estado mínimo (por meio de uma monarquia), com a moral religiosa cristã como freio para o crescimento do Estado (claramente puxa sardinha para o lado dele, e eu não acredito em sua proposta)"

    Me desculpe, mas é extremamente irresponsável atribuir essa proposta ao Olavo. Ele já afirmou e reafirmou centenas de vezes que não tem proposta política alguma e que defende tão somente a ação humana responsável na esfera individual, isto é, que os indivíduos ajam em suas esferas de influência dedicando-se àquelas questões ou àqueles problemas com os quais estejam realmente habilitados a lidar. Para ele o que passa disso é engenharia social, seja esta consciente ou não, independentemente de ser levada a cabo por um Estado, por um conjunto de Estados ou mesmo por um grupo de indivíduos com a crença sincera de que algum princípio ou norma sejam a solução do mundo.
  • LIVIO LUIZ SOARES DE OLIVEIRA  04/10/2011 10:59
    Senhores, gostaria de proferir um pequeno testemunho aqui.
    Cheguei a conhecer o site do Instituto Von Mises por meio do site do Olavo. Pasmem, mas antes do Olavo, mesmo tendo feito doutorado em Economia, eu nunca havia ouvido falar de Ação Humana, por exemplo. Muito menos de Rothbard, Leo Rockwell, Joseph Salerno, Hans Herman Hoppe e tantos outros luminares da Escola Austríaca. Na graduação, em uma das cadeiras de História do Pensamento Econômico, li algo introdutório sobre as origens do pensamento econômico, começando dos filósofos gregos (Aristóteles). Depois veio uma forte dose sobre os mercantilistas, para ficar bêbado, como não poderia deixar de ser. Como é que vocês acham que os economistas, em sua maioria, aprendem a amar os superávits na balança comercial, a odiar as importações e ainda mais os déficits comerciais? Nada sobre os pensadores de economia da Escola de Salamanca (não me lembro dos livros textos falarem nada sobre eles. Luis Molina, Martin de Azpilcueta? Ilustres desconhecidos), os clássicos (Smith, Ricardo, Say), algo sobre a Escola Historicista Alemã, e superficialmente sobre o pensamento de Carl Menger e de Bohm Bawerk. Nada sobre Mises. Na maior parte da História do Pensamento Econômico, li apenas sobre Marx e Keynes, naturalmente, os dois grandes medalhões do pensamento econômico de esquerda. Por outro lado, na pós-graduação, no máximo, no Brasil, em geral, como foi o meu caso, se estuda os pensadores da Escola da Escolha Pública (James Buchanan, Gordon Tullock, etc). E sei muito bem que o meu caso não é algo isolado. Antes de começar a conhecer o pensamento libertário, por indicações do Prof. Olavo, eu pensava que o máximo, em termos de filosofia anti-estatizante era justamente a Escola da Escolha Pública. E ainda tem pessoas aqui que ficam atacando gratuitamente o Prof. Olavo, acusando-o, dentre outras inverdades, de ser favorável aos neocons, de promover o pensamento estatista e à Nova Ordem Mundial, de ser isto ou aquilo, quando é justamente o contrário. Isso foi dito pessoalmente por alguém que escreveu o seguinte: "Olavo, é chegada a hora de parar de se prostituir para os neocons e de deixar de ser um idiota útil dos esquerdistas e da Nova Ordem Mundial." Quem acompanhou, por exemplo, pelo menos uma parte do seu debate com aquele que é considerado o maior intelectual russo do momento, o filósofo Alexander Duguin, guru de Vladimir Putin, sabe do que estou falando (A íntegra do debate pode ser conferida no site do Olavo). Sinceramente, isso é um desrespeito, um falso testemunho e uma atitude de desonestidade intelectual. Se muitas pessoas como eu conhecem o trabalho do Instituto Von Mises e tantos nomes da Escola Austríaca atualmente, no Brasil, isso se deve ao trabalho do Prof. Olavo. Está dito no seu site que ninguém menos do que Von Mises é um dos seus gurus. Olavo, para quem conhece um pouco do seu pensamento, é adepto da filosofia que promove a consciência individual contra a tirania do pensamento coletivo. Se isso não é algo libertário, eu não sei mais o que é. Parabéns aos ilustrados membros do Instituto, Fernando Chioca e Hélio Beltrão, os quais, apesar de possuírem divergências de pensamento em relação ao Prof. Olavo, sabem reconhecer o seu valor e a contribuição do seu trabalho para, mesmo que de uma forma indireta, promover o pensamento libertário no Brasil. Ter divergências de pensamento com alguém não significa que este alguém não possa ter o seu valor e o seu mérito reconhecidos, só porque não comunga totalmente com aquilo que pensamos. E isso é o que pessoas sensatas como o Fernando Chioca e o Hélio Beltrão deram mostras aqui. Sabem separar o que é acessório do que é essencial. No essencial, Olavo oncorda plenamente com o pensamento libertário, embora isso não o impeça de ter ressalvas a um ou outro aspecto específico deste pensamento, o que não compromete de fazer contribuições à causa libertária, mesmo que por vias indiretas.

  • Marcio  04/10/2011 21:11
    Lívio, eu não disse que o Olavo é um agente dos esquerdistas ou da Nova Ordem Mundial; eu disse que ele é um idiota útil. É uma diferença sutil mas significativa. Não caluniei nem levantei falso testemunho contra ele. Apenas disse aquilo que eu acredito ser verdade, a despeito do exagero retórico da palavra "prostituir". Às vezes, as ações das pessoas produzem resultados diametralmente opostos às suas intenções. Repare no dano que a Guerra do Iraque causou às causas libertária e conservadora, não só nos EUA, mas ao redor do globo. Imagine o que não seria hoje dos EUA e da liberdade do mundo se os EUA não tivessem desperdiçado tanto tempo, dinheiro, energia, credibilidade e vidas humanas nas Guerras do Vietnã e do Iraque. Duas guerras absolutamente inúteis - na verdade contraprodutivas - em termos da segurança nacional dos EUA e de sua capacidade de influenciar positivamente o resto do mundo. O Olavo foi o mais estridente defensor brasileiro não apenas da Guerra do Iraque mas do governo Bush. Aquele vídeo em que ele fala dos neocons é de 2007, quatro anos depois da Guerra do Iraque, quando o governo Bush já estava em seu final e completamente desmoralizado. Ali o Olavo estava ensaiando um mergulho para fora do barco que estava afundando. E isso é apenas a ponta do que eu considero ser um verdadeiro iceberg. No devido momento, vou demonstrar ponto por ponto o que eu disse ali. Nada ali foi fruto de leviandade. \r
    \r
    Eu também aprendi bastante e continuo aprendendo muito com ele. Mas está na cara que ele não é lá um grande estrategista e nem sempre dotado de grande lucidez, apesar dos inegáveis méritos de caráter, inteligência e do trabalho magnífico que ele vem fazendo pelo reerguimento - na verdade construção - da cultura e da inteligência brasileira. \r
    \r
    No fim das contas, está claro para mim que a única solução possível contra o socialismo e a Nova Ordem Mundial é o libertarianismo. Os conservadores só são contra o estado quando a esquerda está no poder. Quando eles chegam ao poder, eles fazem exatamente o que os esquerdistas fazem: usar o estado como instrumento de propagação de sua visão de mundo. Ou seja, eles continuam o processo de agigantamento e legitimação do estado e, quando a esquerda volta ao poder, ela recebe um estado ainda maior, com mais legitimidade e um aparato repressivo ainda mais vasto. O fato do FBI, ao que parece, estar investigando a organização do Olavo, parece ser uma trágica ironia da vida. Ser a favor do libertarianismo não significa negligenciar o papel que os valores tradicionais, ou a tal da Ordem de que fala o Olavo, têm como fundamento da liberdade. A questão é que não há nada que pode ser feito nesse sentido utilizando-se o aparato estatal. O estado, na verdade, só faz corromper os valores necessários para a liberdade. \r
    \r
    A guerra, dizia Clausewitz, é uma continuação da política por outros meios. A Guerra ao Terror é uma extensão da guerra cultural americana. Após o 11/9, os neocons perceberam que eles tinham nas mãos uma oportunidade de ouro para contrapor os seus valores (patriotismo, honra, coragem, etc.) aos dos progressistas (relativismo moral, libertinagem, etc.) e mostrar que os conservadores, e somente os conservadores, teriam a capacidade e a determinação necessárias para proteger o país. Se isso funcionasse, a esquerda seria alijada perpetuamente do poder nos EUA, que poderiam então prosseguir cumprindo um papel de propagador de liberdade pelo mundo. Esse era o plano. Ao que tudo indica, o Olavo acreditava nesse plano. O resultado disso tudo nós conhecemos bem: Obama, mais socialismo em escala mundial, fim da hegemonia americana. \r
    \r
    Isso é só uma fração do argumento, que espero desenvolver melhor no devido tempo. \r
    \r
    Abs
  • ANDRE LUIS  07/10/2011 00:07
    Marcio

    Não sei quanto a vc e aos demais leitores do IMB, mas eu conheci Olavo há uns 10 anos atrás, época em que ele escrevia em 5 (cinco) dos jornais de maior circulação do país. Ele permaneceu escrevendo nestes jornais por um período ininterrupto de 10 (dez) anos aproximadamente. Cabe lembrar que, desde aquela época, um dos principais alvos de sua crítica era a própria grande mídia que o acolhia, que segundo ele, agia de forma a bloquear toda e qualquer informação contrária a seus interesses globalistas. Veja, tomando por certo que não existe distração que acometa tantos veículos de grande circulação simultaneamente por 10 longos anos, das duas uma: Ou a grande mídia o tinha como um doido varrido inofensivo (o que não dá pra acreditar), ou ele esteve lá por algum motivo.
    Compartilho com vc dos mesmos receios quanto a Nova Ordem Mundial. Sou humilde suficiente para admitir que nada sei deste plano de controle mundial, quem o está implementando e muito menos o nível de controle que exerce na vida de todos nós neste exato momento. Acredito que qualquer um que diz saber muito sobre um plano secreto desta envergadura, ou está tentando enganar alguém além de si mesmo, e/ou é um agente a serviço do projeto. O oposto também vale. Aquele que diz que tudo isso não passa de teoria da conspiração é no mínimo um otimista cego, e muitas vezes condutor de outros otimistas cegos.
    Pelos motivos acima, infelizmente não posso mensurar o quão pessimista e vigilante eu deveria estar diante de um fenômeno como este. Voltando ao assunto, quando a grande mídia impressa elege (não consigo encontrar outra palavra para descrever isso) Olavo como a expressão da oposição a seus interesses, eu sinceramente não sei qual é a real intenção disso, porém uma coisa é certa, faz parte de uma estratégia mais ampla que certamente não irá contra os interesses de quem a está implementando.
    Veja Marcio, exatamente como vc eu não estou afirmando com isso que Olavo seria um agente da NOM, pois tudo pode estar acontecendo a sua revelia. Já o questionei sobre isso e ele me deu uma resposta que pode ser conferida na seção de comentários ao artigo "O enigma Yoani Sanchez", no site do MidiaSemMascara. Caso tenha interesse vá lá e tire suas conclusões. Adianto que a mim não convenceu.

  • Helio  04/10/2011 11:58
    Lívio, é isso mesmo. É importante aceitarmos as diferenças com pessoas que discutem civilizadamente e são construtivas como o professor Olavo de Carvalho, que todavia conheço pouco (espero remediar essa falha). Sua reputação é sólida, em particular entre alguns fundadores e membros do Instituto.

    O objetivo de um debate não é superar eventuais diferenças, ou convencer alguém, mas sim mutuamente aprendermos mais. Nunca devemos perder este foco. Crescemos quando aprendemos. Estou certo de que o Professor Olavo tem muito a ensinar.

    Em contraste, ultimamente tem havido, por parte de um neoconservador ex-libertário que já tentou manchar o professor Olavo no passado, campanha contra os libertários em geral, contra o Liber, MisesBrasil, etc. É uma postura lamentável. Seu objetivo declarado é fazer "guerra a essas ideias e instituições que estão convencendo cada vez mais jovens". Os cães ladram e a caravana passa.
  • LIVIO LUIZ SOARES DE OLIVEIRA  04/10/2011 16:22
    Sábias palavras Hélio. Concordo plenamente com o que você escreveu.
  • anônimo  03/05/2012 20:27
    É, só que o Olavo de Carvalho nem sempre é muito de discutir civilizadamente não. Dê só uma olhada em seus textos e vídeos e comprove.
  • Barbosa  04/10/2011 12:16
    O Olavo de Carvalho não concorda com o princípio de não agressão, ponto final. O fato de ele vir aqui e dizer o contrário é assustador. Basta que alguém leia dois ou três artigos de sua autoria para que se verifique que ele está, a todo momento, clamando pela agressão contra partes pacíficas.

    Quando ele diz que "Se o princípio de não-agressão é certo e justo na esfera moral, como julgo que o seja, ele não me parece suficiente para fundamentar toda uma filosofia política." Ora, não resta dúvidas aqui: ele tem uma visão para sociedade que só pode ser atingida se partes inocentes forem violentadas, caso contrário não seria necessário violar o PNA para fundamentar a filosofia política que levaria a esse modelo de sociedade que ele tem como ideal.

    Alguém notou algum semelhança com outras filosofias políticas? Sim, comunismo, esquerdismo e todas essas outras ideologias anticivilizatórias.

    Um desses professores comunistas da USP poderia igualmente dizer: "Se o princípio de não-agressão é certo e justo na esfera moral, como julgo que o seja, ele não me parece suficiente para fundamentar toda uma filosofia política." e poderia até soar razoável, como o Olavo de Carvalho parece soar aqui. Mas, essencialmente, eles partem do mesmo princípio: O indivíduo deve ser submetido às diretrizes impostas pela nossa filosofia política para que o objetivo final de nossa filosofia política seja atingido. Ou seja, por serem essencialmente a mesma coisa eles só podem ter discordâncias pontuais, nunca discordâncias por razões fundamentais. Se um esquerdista acha que drogas devem ser liberadas ele só o faz porque acha que isso encurta o caminha para o objetivo final de sua filosofia política, se o Olavo do Carvalho acha que drogas devem ser proibidas ele só o faz porque acha que isso encurta o caminha para o objetivo final de sua filosofia política.

    Enquanto isso o indivíduo fica esquecido, tratado como um objeto desprovido de direito até sobre o próprio corpo. Tudo isso em nome da praticidade de filosofias políticas.

    Por isso quem quer que ache o PNA justo e moral deve rejeitar, enfaticamente, filosofias políticas cuja praticidade só é possível com a agressão de partes pacíficas como ponto fundamental. Como é o comunismo e seja lá qual for a filosofia política que o Olavo de Carvalho adota.

    É por isso que ele propõe trazer exemplos "da realidade" para discutir a viabilidade ou não do PNA. É muito fácil confundir e falsificar as coisas dessa maneira. Da mesma forma que um esquerdista mostra uma foto de uma criança africana desnutrida para supostamente mostrar que a liberdade econômica é algo negativo, o Olavo de Carvalho trará alguma situação extraordinária (que será o equivalente da criança africana desnutrida) para supostamente demonstrar que alguma característica derivada do PNA resulta em algo inerentemente negativo e que deve ser combatido pela sua filosofia política.

    Mas como eu disse antes, essencialmente eles são a mesma coisa, então isso é algo natural e inevitável.
  • Fernando Z  04/10/2011 14:09
    Exatamente.. não adianta querer tirar por menos, Olavo não concorda com o PNA.
    Mas ele deve ter os motivos dele cara. Eu por exemplo, por muitas e muitas vezes pensei que o Mises internacional era uma estratégia globalista... e pode ser, sei lá.

    Como ele mesmo disse o que importa é a realidade.
  • william  25/04/2012 09:17
    pelo que eu estive pesquisando, parece que esse Vaclav Klaus nem é tão "austríaco" assim, está mais para um conservador neo-liberal, como Reagan e Tatcher...
  • Kleber  01/02/2013 15:25
    Interessante que os defensores do "país policial do mundo" nunca indagam sobre quem iria policiar este policial.

    Cat,

    bom, se tiver que existir um policial para o mundo, eu prefiro que seja aquele que trouxe ao mundo, tecnologias como automóveis, aviões, computadores, rádio, televisão, foguetes espaciais etc... Do que aqueles que trouxeram ignorância e miséria, e que como Estado tem uma natureza agressiva tão real quanto aquela do policial do mundo. Para que haja paz em um mundo cheio de agressores por todos os cantos do planeta, é preciso que exista um equilíbrio de forças entre o policial do mundo e o resto dos Estados agressores, esse equilíbrio na prática policia o policial do mundo, se esse equilíbrio for rompido, a própria existência da humanidade estará em risco. O policial do mundo, é claro, cobra pelos seus serviços, e se aproveita de sua condição em determinadas situações, mas o quanto ele pode abusar é limitado pelo o equilíbrio de forças com o resto dos Estados agressores.

    Estados possuem uma natureza agressiva porque pessoas possuem uma natureza agressiva, a existência do Estado ou sua natureza somente irá mudar quando a existência das pessoas ou sua natureza mudarem.

    O problema não é a natureza do Estado, o problema é a natureza das pessoas.

    O que vemos como um problema (se ele for um problema, e não um estado da realidade necessário para o desenvolvimento da consciência), é a ação humana, pessoas agem para saírem de uma situação menos satisfatória para outra situação mais satisfatória, e fazem isso na natureza de um mundo de recursos escassos, e portanto precisam competir por esses recursos, essa competição pode se dar por meio da troca voluntária, respeito a propriedade privada e livre mercado (que indica uma consciência mais evoluída), ou não (que indica uma consciência menos evoluída), e enquanto houver na realidade a possibilidade de não haver competição pela forma mais evoluída, haverão agressões, é o ser humano que não gosta da troca voluntária, respeito à propriedade privada e livre mercado, pois é o ser humano que é preguiçoso, vagabundo, ladrão, assassino, chantagista, corrupto, imoral, e como ser humano ele se associa em diferentes níveis de organizações criminosas,tais como bandos, PCC, máfias, FARC, ESTADOS, etc... Enquanto a natureza agressiva do ser humano não for domada pelo desenvolvimento de sua consciência, continuarão a existir organizações criminosas em todos os níveis, e essas organizações imorais (menos evoluídas) serão uma ameaça constante para as organizações morais (mais evoluídas).
  • Cat  01/02/2013 18:17
    E o que impede do estado policial se tornar um estado que só gera ignorância e miséria?

    Ps. Quem cria tais tecnologias não é o estado, mas sim a iniciativa privada. No máximo o estado propicia que tais tecnologias apareçam, quando deixa de se intrometer na economia e permite o acúmulo de poupança da população. Já ignorância e miséria sim, são produtos genuínos de qualquer atividade estatal atualmente.

    Já leu estes livros?

    www.mises.org.br/Ebook.aspx?id=69

    www.mises.org.br/Ebook.aspx?id=17
  • Kleber  01/02/2013 21:01
    E o que impede do estado policial se tornar um estado que só gera ignorância e miséria?

    Absolutamente nada! Esse não é o ponto!

    Ps. Quem cria tais tecnologias não é o estado, mas sim a iniciativa privada. No máximo o estado propicia que tais tecnologias apareçam, quando deixa de se intrometer na economia e permite o acúmulo de poupança da população. Já ignorância e miséria sim, são produtos genuínos de qualquer atividade estatal atualmente.


    Absolutamente certo! Mas esse não é o ponto!


    Já leu estes livros?

    www.mises.org.br/Ebook.aspx?id=69

    www.mises.org.br/Ebook.aspx?id=17


    Só o primeiro.

    Uma ética moralmente superior é um guia para a humanidade, só isso.
    A dificuldade está em consumar essa ética na realidade, esse é o ponto.

  • Emerson Luis  01/10/2019 15:39

    Quando esse artigo foi escrito eu jamais tinha ouvido falar de Mises&CIA, pensava que FHC e o PSDB eram "de direita" e que Lula era sincero e honesto, estando apenas "equivocado". Milhões de outros brasileiros podem dizer o mesmo. Houve muitas melhoras nesses anos, frutos do trabalho do IMB e outros.

    * * *


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