clube   |   doar   |   idiomas
Uma conclusão evidente: os bancos centrais devem ser abolidos

[O Instituto Mises Brasil e a Editora É Realizações lançam o livro O Fim do Fed: Por que acabar com o Banco Central?, de Ron Paul]

Ron Paul tem travado uma batalha heroica pela sanidade financeira desde o início de seu mandato no Congresso Americano; e em O Fim do Fed: Por que acabar com o Banco Central?, ele nos fornece discernimentos e constatações para serem usados nesta luta, os quais não são encontrados em nenhum outro lugar.  Desde muito cedo, o doutor Paul teve afinidade com o livre mercado. "Nos anos de 1960" ele nos diz,

Eu descobri os escritos de economistas como Ludwig von Mises, F.A. Hayek, Murray Rothbard e Hans F. Sennholz.  Aos poucos, encontrei as respostas que vinha procurando.  Mesmo para os especialistas, levou séculos para compreender completamente a natureza da moeda e dos ciclos econômicos. (p. 58)

Durante o tempo em que ele serviu na aeronáutica, Ron Paul pode assistir a palestras de Mises, e quando estava no Congresso, ele se encontrou com Hayek. "Eu tive o prazer de ouvir uma palestra de Hayek em Washington, por volta de 1980.  Após o encontro, tivemos um jantar privado e passamos juntos várias horas de sua visita." (p. 67)

Porém, o economista que mais o influenciou foi Murray Rothbard.

De todos os grandes economistas austríacos do século XX, aquele que eu conheci melhor foi Murray Rothbard. .Eu me recordo de sua surpresa ao descobrir que eu tinha lido o ensaio "Gold and Freely Fluctuating Exchange Rates." (Ouro versus Taxas de Câmbio Flutuantes)... Se há um livro que o establishment de Washington deveria ler imediatamente, esse livro é America's Great Depression, de Rothbard.  Nesse livro, ele demonstra que o Fed criou o boom econômico do final dos anos de 1920 que levou à crise, e que as intervenções de Hoover prolongaram a Grande Depressão. (pp.74-5)

Esta última declaração indica a razão principal de por que o Fed deveria ser abolido.  Longe de ser um meio de manter a estabilidade monetária, como seus defensores insistem em mentir, o Fed, através da expansão do crédito bancário, é a causa primordial dos ciclos econômicos.

A expansão temporariamente diminui a taxa de juros abaixo da verdadeira taxa de juros do mercado, predominantemente determinada pela preferência temporal das pessoas — isto é, pelo fato de preferirem bens presentes a bens futuros.  Os negócios, com dinheiro disponível, se expandem; porém, os novos projetos não são sustentáveis.  Quando a expansão monetária cessa (se não cessar, teremos hiperinflação, com consequências desastrosas), estes investimentos têm de ser liquidados.  E este processo de liquidação é a depressão.

Como Ron Paul habilmente destaca,

O Fed pode, de fato, criar liquidez nesses períodos com uma simples operação de impressão de mais papel-moeda.  Se você pensar no ciclo econômico como o início do boom econômico — quando o dinheiro e o crédito estão baratos, gerando empréstimos para financiar projetos insustentáveis —, as questões mudam substancialmente....

Quando os bancos centrais pressionam as taxas para baixo por mero capricho, a impressão criada é a de que as poupanças estão lá guardadas, quando na realidade não estão.  A crise resultante dessas atividades torna-se inevitável quando os bens que são produzidos não podem ser adquiridos, e as pessoas começam a se dar conta da realidade. O resultado é que as empresas têm suas falências decretadas, as hipotecas das casas são executadas e as pessoas resgatam as suas ações ou qualquer que seja o investimento da moda. (pp. 42-3)

No lugar do Banco Central e de sua falsa alegação de que precisamos de uma moeda "elástica", deveríamos remover completamente o governo da função de criação de moeda.  Em uma sociedade livre, a moeda seria uma commodity; e provavelmente esta commodity seria o ouro.

Na verdade, eu apenas observo a realidade: a ideia de uma moeda forte está vinculada à moeda-ouro na maior parte da história da humanidade.  Pode haver moeda forte sem um padrão-ouro?  Em princípio, sim.  E eu ficaria muito feliz com um sistema que permitisse aos mercados escolherem mais uma vez a moeda mais adequada, seja lá qual fosse.  Não sou favorável a que o governo imponha qualquer padrão específico, nem um banco central, nem uma moeda corrente, nem um privilégio para qualquer commodity escolhida como lastro para a moeda. (p. 91)

Ron Paul apresentou a visão austríaca da moeda de uma forma sucinta, precisa e efetiva; mas o que justifica a afirmação de que ele nos oferece insights que não são encontrados em nenhum outro trabalho?  Por acaso não existem muitos livros e artigos excelentes que explicam as opiniões de Mises e Rothbard sobre a moeda — sem mencionar os trabalhos destes próprios economistas?  A resposta está nos muitos anos em que Ron Paul esteve no Congresso.  Na posição de congressista, ele teve inúmeras conversas com diversos presidentes do Fed, e uma dessas conversas nos permite elucidar este mistério.

Alan Greenspan é o exemplo perfeito do controle da oferta de moeda pelo governo.  Mas não seria isso surpreendente a primeira vista?  Greenspan era um discípulo de Ayn Rand e compartilhava de sua devoção pelo capitalismo laissez-faireEm um ensaio escrito para o boletim objetivista, reimpresso em Capitalism: The Unknown Ideal, Greenspan oferece uma sólida defesa do padrão ouro.  A vantagem essencial do padrão-ouro, diz Greenspan, é que ele evita que o governo manipule a oferta de moeda:

Na ausência do padrão-ouro, não há como o indivíduo proteger sua poupança do confisco que ocorre por meio da inflação.....  A política financeira do estado assistencialista requer que não haja maneiras com que os proprietários de riqueza possam se proteger.  Eis aí o prosaico segredo por trás das investidas dos estatistas assistencialistas contra o ouro.

Surpreendentemente, Greenspan contou a Ron Paul "recentemente havia relido o artigo e que não mudaria uma única palavra. (p. 106)".  Como é que Greenspan pode dizer uma coisa dessas ao mesmo tempo em que presidia um sistema que personificava o controle do governo sobre a moeda— exatamente algo que seu artigo repudia?  Greenspan pensou que ele poderia conduzir o sistema financeiro do mesmo modo que o padrão-ouro iria operar.

Penso que você verá ... que os mais eficientes bancos centrais desse período da moeda fiduciária tendem a ser os mais amplamente bem-sucedidos porque temos uma tendência a repetir aquilo que provavelmente teria ocorrido sob um padrão-commodity em geral. (p. 108)

Em outras palavras, segunfo Greenspan, precisamos retirar o governo do fornecimento da moeda, a menos que, obviamente, eu (Greenspan) e outras pessoas como eu estejamos no controle.  A posição de Greenspan me faz lembrar de uma tradição judaica sobre o Rei Salomão; ele achava que as restrições impostas aos reis em Deuterônimo (17: 16-17) sobre esposas e cavalos não se aplicavam a ele. 

Como o mais sábio dos homens, Salomão achava que conhecia as razões da existência destas restrições; logo, ele podia evitar as tentações que as regras deveriam evitar e ter mais esposas e cavalos do que o permitido.  Sua arrogância presunçosa resultou em desastre, e Greenspan acabou sendo vítima da mesma síndrome.

Ron Paul não considera Greenpan o mais sábio dos presidentes do Fed que conheceu. "Eu tive mais interação com [Paul] Volcker.  Ele era mais bem-apessoado e inteligente do que os outros, incluindo os mais recentes Alan Greenspan e Ben Bernanke". (p. 63)

É notória a grande aversão de Ron Paul a Bernanke.  Ele suspeita que Bernanke agiu secretamente para manipular o preço do ouro, e fica furioso com a recusa de Bernanke em revelar suas operações ao Congresso.

Deste modo, quando Bernanke prontamente se recusa a fornecer informações sobre os trilhões de dólares em crédito que ele distribuiu recentemente no processo de resgate, alegando que isto seria "contraproducente", o que ele realmente está dizendo é "isto não é da sua conta". (p. 198)

O livro relata conversas incríveis não somente com os presidentes do Fed.  Quando Ron Paul participou da Comissão do Ouro durante o mandato do presidente Ronald Reagan, eles voaram de helicóptero juntos para a base da força aérea Andrews.

"Ron", disse-me o presidente, "nenhuma grande nação que abandonou o padrão-ouro permaneceu como uma grande nação".  Ele foi realmente simpático, como havia sido com muitas ideias libertárias constitucionais, mas também era influenciado pela pressão da equipe para ser pragmático na maioria das questões. (p. 94)

RonPaul_Revolution.jpgReagan, claramente, não podia romper com a ilusão de que o governo precisa estar no controle.  Esta ilusão é avidamente propagada por aqueles que lucram com ela.  Um desses era o notório George R. Brown, um financiador de Lyndon Johnson de longa data.  Brown se mostrou interessado na campanha de Ron Paul para o congresso em 1976 e, em uma conversa, contou a ele,

"Lembre-se, para que o sistema econômico funcione, os empresários e o governo precisam ser parceiros".  Recuei, desconfortável, e rapidamente me retirei.. Quando tomei posse, e meus votos e posições se tornaram conhecidos, a mensagem ficou clara, e ele nunca mais veio me procurar. (p. 182)

A luta de Ron Paul pela liberdade não ficou restrita ao tema da moeda sólida.  Ele também liderou a batalha contra a política externa intervencionista e imperialista.  Mas a luta pela liberdade não admite relativização — e ele mostra que uma política externa agressiva depende do controle do governo sobre a oferta da moeda:

Não é coincidência que o século das guerras coincida com o século do banco central.  Quando os governos tinham que financiar suas próprias guerras sem depender de uma máquina de imprimir papel-moeda, eram obrigados a economizar recursos.  Encontravam soluções diplomáticas para evitar a guerra e, depois de iniciada, tentavam encerrar o conflito tão logo fosse possível. (p. 81)

O livro é repleto de outros argumentos contra o atual sistema monetário — por exemplo, que ele viola a constituição.  Os leitores irão descobrir desde a infeliz opinião de Thomas Paine sobre o papel moeda, até como a adulteração da moeda influenciou na queda do Império Bizantino.  Aqueles que absorverem a mensagem do livro chegarão a uma conclusão evidente: os bancos centrais devem ser abolidos.

Tradução de Fernando Chiocca



autor

David Gordon
é membro sênior do Mises Institute, analisa livros recém-lançados sobre economia, política, filosofia e direito para o periódico The Mises Review, publicado desde 1995 pelo Mises Institute. É também o autor de The Essential Rothbard.

  • Osmar  07/10/2011 05:54
    AÍ SIM!! Eu já tava comprando o livro na Amazon mas comprarei em PT-BR mesmo.

    Belo lançamento!
  • Tiago Fernandes  07/10/2011 06:47
    Que falta faz alguém como Ron Paul no Congresso Nacional...
    Parabéns pela edição do livro "O fim do FED" no Brasil. Quem sabe não ajude a colocar um mínimo de racionalidade na cabeça de Alexandre Tombini e Guido Mantega.
  • Alan Denadary  07/10/2011 08:32
    O livro já está na lista e em breve o lerei!
  • Fernando Ulrich  07/10/2011 09:12
    Excelente! Gostei bastante da capa. Way to go!\r
    Vou distribuir para amigos e familiares em POA.
  • Luiz Otávio Fontana Baldin  07/10/2011 11:55
    Quero um boneco desse!
  • anônimo  07/10/2011 12:51
    O FED fede.



    Tu dum pishhh.
  • Fernando Z  07/10/2011 13:45
    Nossa!!! Um livro desses aqui no Brasil?!?!!?
    O mundo vai acabar em 2012 mesmo!!! hahahahha
  • mcmoraes  07/10/2011 14:19
    Obrigado ao IMB e à Editora É Realizações.
  • alexandre lermen  07/10/2011 15:05
    parabens imb e realizacoes pela importante publicacao!
  • Alexandre M. R. Filho  07/10/2011 15:22
    Vai ser lindo ver DEM, PT, PSDB, PP, PSOL e PSTU, todos juntos, criticando esse livro.
  • Arion  07/10/2011 15:31
    Uma pergunta: Realizar uma fraude contra um banco que pratica reserva fracionárias sob o manto da proteção governamental(ou seja qualquer banco no Brasil) seria errado do ponto de vista libertário?
  • Eduardo  07/10/2011 19:47
    Arion, creio que a única violência justificável é a legítima defesa, do seu corpo e sua propriedade. Somente nesse caso. O problema é que é nebuloso e impreciso saber até onde fraudar o sistema bancário poderia ser chamado legítima defesa ou roubo mesmo.
  • Alan  08/10/2011 10:53
    www.youtube.com/watch?v=f2dmiAKxO0Y


    Como vocês do IMB avaliam o vídeo?
  • Carlos Araujo  08/10/2011 14:17
    Quem criou o vídeo faz um salseiro danado em certas partes, mas no geral ele acerta alguns pontos.

    Achei regular.
  • Andre Poffo  09/10/2011 12:28
    Não sou do IMB, mas achei genial. Embora o vídeo dê umas entoadas nas teorias da conspiração.
  • mcmoraes  09/10/2011 17:41
    Boa dica para um domingo à tarde. Me fez lembrar de uma frase que escutei do Gary North: "...The gatekeepers are still there, but the walls are down..."
  • Rodrigo  11/10/2011 17:50
    E esse, vcs viram? www.youtube.com/watch?v=ELEwjVRxxGE
  • Fernando Z  14/10/2011 07:12
    Visão do Zeitgeist Project:

    1-Todo dinheiro moderno tem uma dívida associada
    2-Toda dívida tem juros
    3-de (1) e (2) temos que A quantidade de dinheiro é menor que a quantidade de dívida
    4-de (3) resulta a impossibilidade do sistema de dívida

    Para entender a visão deles, veja esse vídeo:
    www.youtube.com/watch?v=rh4mOkm-cyc
  • Arion  08/10/2011 12:52
    Eduardo, eu concordo contigo. É roubo ou fraude e ponto. Isso eu não tenho dúvidas.

    A questão é apenas do ponto de vista ético e moral. Afinal, vale a máxima popular de que "ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão"?

    Essas instituições que praticam o confisco de nossas poupanças em conluio com os governos, através do sistema fracionário de reserva, recebendo antes de todos os outros o primeiro dinheiro que é impresso e tirando assim parte do valor das nossas economias, também não estão nos roubando cada vez que aderem a isso?

    Faço essa reflexão depois de ler os seguintes textos e tendo em mente que os bancos e apenas eles (os cidadãos comuns, nós, não) tem a autorização do governo para criar dinheiro do nada.

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=705

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=311

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1018

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=951

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=593
  • Eduardo  08/10/2011 14:04
    O problema Arion é que fraudando os bancos, estaremos fraudando a poupança das outras pessoas tb... Só nos tornaríamos exatamente iguais aos fraudadores institucionais. A única solução que encontro está na disseminação que as idéias libertárias e conhecimento econômico na sociedade. Exatamente oque o IMB propõe.
  • Carlos Araujo  08/10/2011 17:11
    Existe alguma previsão do instituto apoiar a candidatura do Ron Paul para 2012?
  • Pedro Mazuco  08/10/2011 18:27
    Ele já não apóia?
  • Carlos Araujo  08/10/2011 19:20
    O americano provavelmente sim, não tenho certeza.
    Eu quis dizer foi o brasileiro.

    :)
  • Fernando Chiocca  10/10/2011 23:51
    O ROn PAul é fundador e mebro do Mises Institute, mas nem o Mises Institute e nem o IMB apoiam o ROn Paul pois ambos são instituições apolíticas.
  • Carlos Araujo  11/10/2011 19:53
    Obrigado pela informação Fernando.
  • tibartz  12/10/2011 22:40
    Na verdade todo mundo que está aqui apóia o Ron Paul. A diferença é que os leitores o apoiam em altos brados, enquanto os membros do instituto somente o apoiam em segredo no coração. Espero que ele vença. É uma pena o Brasil não tem um candidato desses. Ah, mas do que eu estou reclamando, né? Temos o Bolsonaro, o Sarney, o Lula e tantos outros democratas. Eu só vejo o lado ruim das coisas.
  • Emerson Luis  11/10/2019 18:51

    Profético!

    * * *
  • Carlos Araujo  08/10/2011 21:01
    E pra quem acha que tudo que vem dos eua é "capitalista", olha o que saiu direto de um chat com um americano:

    "It doesnt matter...less govt = more corruption"
  • Gustavo  09/10/2011 18:11
    Que americano burro!!!! Parece brasileiro.
  • anônimo  10/10/2011 09:45
    Deus criou os EUA para comandar o mundo, diz republicano pré-candidato a presidência

    Em um discurso polêmico, o pré-candidato republicano a presidência Mitt Romney afirmou nesta sexta-feira (07/10) que Deus criou os Estados Unidos para que o país comandasse o mundo.

    "Deus não criou este país para que fosse uma nação de seguidores. Os EUA não estão destinados a ser um dos vários poderes globais em equilíbrio", afirmou Rommey. O discurso foi feito em um colégio militar no estado da Carolina do Sul.

    Segundo o pré-candidato, "os EUA devem conduzir o mundo ou outros o farão". As afirmações ocorrem no dia que marca os 10 anos da invasão do Afeganistão pelos EUA. Na época, o país justificou a invasão afirmando que deveria capturar o saudita Osama Bin Laden, responsável por articular os ataques de 11 de setembro.

    Para Romney, o mundo seria muito mais perigoso caso os EUA não tivessem um papel de liderança. "Deixem-me ser claro: como presidente dos Estados Unidos, eu me dedicarei a um século americano. Nunca, jamais, pedirei perdão em nome dos EUA", concluiu.

    Romney está em primeiro lugar nas intenções de voto entre os pré-candidatos republicanos, segundo informaram as últimas pesquisas. "Isso é muito simples: se você não quer que os EUA sejam a nação mais forte do planeta, eu não sou seu presidente", concluiu o pré-candidato.



    o vídeo não foi uma resposta mas teria sido uma ótima resposta a essas bobagens que saíram da mente doente do Mitt Romney.

    www.youtube.com/user/CapadocioJT#p/u/2/x92XRVsmhZk

    e pensar que no momento é esse cara que vai disputar com o Obama.

  • Ze  10/10/2011 10:08
    Tenho fé que Ron Paul será o candidato republicano.
  • anônimo  10/10/2011 16:03
    Espero que não. Dado o atual contexto político pelo qual os EUA passam, se eleito, tenho certeza que vão tratar de transformar ele num JFK II ou, na melhor das hipóteses, destruir a carreira dele com alguma intriga. É uma pena (ou não), mas só vejo o colapso total do país (e do mundo) pela frente.

    Prefiro o Ron Paul fazendo muito barulho (mas não por vias políticas).
  • Fernando Chiocca  12/10/2011 02:37
    Eu também acho que o Ron Paul vai ganhar e tem 90% de chances dele ser o quinto presidente dos EUA assassinado.
  • Tiago RC  12/10/2011 07:05
    Se uma coisa dessas acontecesse, acho que a coisa poderia pegar fogo por lá, com possibilidade de revolta armada.
    Mais provável que o eliminem de outra maneira, ou que o Congresso simplesmente o amarre e impeça de fazer as coisas que propõe.
  • Arion  12/10/2011 22:10
    Quais as reais chances dele ser o candidato republicano?
  • Fernando Chiocca  12/10/2011 23:01
    50%.
    Ou ele vai ser, ou ele não vai ser.
  • Absolut  12/10/2011 23:26
    Ele pode "ser ou não ser" com qualquer percentual no meio de 0 e 100%...
    Eu diria que o Ron Paul tem uns 20%, honestamente.
  • Jose  12/10/2011 23:45
    Matou as aulas de estatística?
  • Gestor  19/11/2011 11:54
    Quando vão colocar este livro na biblioteca do IMB, para quem quiser ler?
  • Marcio  10/01/2012 18:29
    Só algo a complementar, outro fator que piora ainda mais a manipulação do FED é o fato de ele ser um Banco Central privado, ou seja, não é o governo interferindo na economia, é algo ainda pior, banqueiros ditando as regras da economia norte americana.\r
    Mesmo que seus presidentes sejam indicados pelo executivo, sabemos que existem fortes pressões sobre o congresso por parte dos sócios privados.\r
    \r
  • Leandro  11/01/2012 02:56
    Isso frequentemente é dito e frequentemente temos de dar a mesma resposta:
    O Federal Reserve é misto. Dizer que o Fed é privado é uma afirmação um tanto forçada. O presidente do Fed é apontado pelo presidente americano, e a autoridade do Fed é derivada do Congresso americano, o qual tem poderes de supervisão sobre o Fed -- embora não tenha -- em tese! -- poderes sobre a política monetária que este adota.

    Ademais, o presidente do Fed, após ser escolhido pelo presidente americano, precisa ser aprovado pelo Congresso.

    É também o governo quem determina os salários de alguns dos funcionários do alto escalão do Fed.

    Agora, o Fed é "privado" em dois sentidos:

    1) Suas 12 sucursais (Boston, Nova York, Filadélfia, Cleveland, Richmond, Atlanta, Chicago, St. Louis, Minneapolis, Kansas City, Dallas e San Francisco) são geridas privadamente (é como se as sucursais do Banco Central no Rio, em São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza etc. tivessem gerência privada). Mas elas apenas obedecem às ordens do Fed de Washington, que é quem manda em todo o sistema.

    2) O Fed como um todo não sofre qualquer auditoria política. Trata-se de uma caixa-preta mais impenetrável que a CIA.

    Por fim, vale ressaltar que a autorização para o Fed funcionar foi concedida pelo congresso americano no Federal Reserve Act de 1913. Logo, tecnicamente, a existência legal do Fed também depende do governo. Mas seu controle acionário se dá através de instituições privadas.

    E é daí que surgem as teorias -- as quais eu não contesto mas também não endosso cegamente -- de que grandes famílias como os Rothschild e os Rockefeller estariam no controle do sistema bancário mundial (e quem controla a moeda, controla o mundo), pois seriam eles que genuinamente mandam no Fed.

    Abraços!
  • felipe marques   06/05/2014 11:19
    leandro tenho uma dúvida queria que você me respondesse se o meu raciocínio está certo.
    li um artigo dizendo que os empréstimos não podem ser pagos porque o empréstimo é feito: ( dinheiro+ juros) só que o dinheiro do juros não está a ser criado então é impossível ser pago. por um tempo eu pensei que isso era mentira porque quando você faz um empréstimo é possível pagá-lo existem inúmeras pessoas que conseguiram quitar empréstimos com o banco, mas no artigo dizia que só uma parte vai conseguir pagar ex: o banco empresta 7 reais a três pessoas, mas com o juros todas as três tem que devolver 8, a primeira e a segunda vão conseguir, já a segunda não vai porque não sobra dinheiro suficiente para ela pagar, o que torna impossível de ela pagar, esse mesmo artigo até cita a crise de 29 como exemplo, quando o banco parou de conceder crédito nem todo mundo conseguiu pagar o que levou a crise econômica, amigo ficaria grato se você me respondesse, se este artigo está certo. desde já agradeço!
  • Leandro  06/05/2014 13:59
    É verdade.

    No atual arranjo monetário e bancário, o dinheiro entra na economia via concessão de crédito pelos bancos (ou seja, via endividamento de pessoas e empresas).

    Quando uma pessoa ou uma empresa pede um empréstimo, o banco cria dinheiro do nada (dígitos eletrônicos) na conta-corrente desse tomador do empréstimo. O dinheiro eletrônico é uma mera entrada contábil que os bancos fazem em seus balancetes. No lado do ativo, eles escrevem "empréstimos a receber". No lado do passivo, eles creditam o valor criado na concessão do empréstimo.

    A concessão de empréstimo cria dinheiro, e a quitação do empréstimo destrói esse dinheiro.

    O mesmo raciocínio é válido para a dívida do governo. Quando o Tesouro incorre em um déficit orçamentário, ele emite títulos. Esses títulos são majoritariamente comprados pelo sistema bancário. Os bancos compram esses títulos criando dinheiro eletrônico do nada. Se o Tesouro quitar toda a sua dívida com o sistema bancário, haverá uma forte deflação monetária.

    Em suma: bancos lucram ao geraram endividamento para pessoas, empresas e governo. Ao gerarem esse endividamento, eles criam dinheiro. Se todo esse endividamento for quitado, a deflação monetária (destruição de dinheiro eletrônico) será acentuada. É por isso que, para os bancos, é mais negócio ter clientes que paguem juros eternamente do que clientes que quitem empréstimos pontualmente. É com os primeiros que os lucros são maiores. Quanto mais pessoas endividadas, melhor para os bancos.

    Sugestão de artigo:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1387
  • felipe marques  06/05/2014 14:59
    amigo fico muito agradecido de ter respondido minha pergunta, se não for incomodo, quero te fazer mais uma pergunta. após a primeira guerra mundial a Alemanha se encontrava em uma crise econômica muito grande, todo mundo passando fome e tudo mais. quando o partido nacional socialista tomou o poder em 1933, não cumpriu o tratado de versalhes, e Hitler criou o marco alemão sem imprimir o dinheiro com juros e lastreando a moeda com bens e serviços,já em 1933 a Alemanha já era um potência enquanto o mundo se acabava na crise iniciada em 29. queria saber se esses argumentos são válidos se não for explorar kkkk. inclusive quando Hitler começa a imprimir a própria moeda sem os juros os bancos não gostam e criam a segunda guerra mundial, pra que a ideia de se criar dinheiro sem um banco central não se propagasse pelo mundo. qual sua opinião amigo, desde já agradeço ter respondido minha pergunta. só corrigindo a frase da pergunta de cima:

    *****o banco empresta 7 reais a três pessoas, mas com o juros todas as três tem que devolver 8, a primeira e a segunda vão conseguir, já a terceira não vai, porque não sobra dinheiro suficiente para ela pagar.........
  • Emerson Luis  11/10/2019 18:49

    Republiquem esse artigo!

    * * *


Envie-nos seu comentário inteligente e educado:
Nome
Email
Comentário
Comentários serão exibidos após aprovação do moderador.