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O socialismo na prática - o laboratório da morte

Você sabe qual foi ou qual é o experimento socialista mais longevo da história do mundo?  Você sabe qual foi o sucesso deste experimento?

Se alguém lhe pedisse para defender a ideia de que o socialismo fracassou, qual exemplo você forneceria?

Onde o formato moderno de socialismo começou?

Nos Estados Unidos.

É isso mesmo: na "terra da liberdade".  Mais especificamente, nas reservas indígenas, sob o comando da Agência de Questões Indígenas, subordinada ao Ministério do Interior.

As reservas indígenas foram inventadas com o intuito de controlar combatentes adultos.  Elas tinham como objetivo manter a população nativa pobre e impotente.

O sistema funcionou?  Pode ter certeza.

O experimento tem se mostrado um fracasso?  Muito pelo contrário, tem sido um sucesso total.

Quando foi a última vez que se ouviu a respeito de alguma insurreição dos índios americanos?

Eles são pobres?  Os mais pobres dos EUA.

Eles recebem auxílios do governo americano?  É claro que sim.

No ano passado, o Ministério da Agricultura dos EUA destinou US$21 milhões para subsidiar eletricidade para os moradores daquelas reservas indígenas cujas casas são as mais isoladas de empregos e oportunidades de trabalho.  Você pode ler mais a respeito aqui.  Como toda e qualquer medida assistencialista, esta é apenas mais uma para mantê-los continuamente pobres.  Eletricidade tribal significa impotência tribal. 

As tribos são dependentes.  Elas permanecerão dependentes.  O programa foi criado exatamente para este objetivo.

Por alguma razão, os livros-textos de economia não oferecem sequer uma página relatando a corrupção, a burocratização e a pobreza multigeracional criadas por este socialismo tribal.  Temos aqui uma série de exemplos de laboratórios sociais gerenciados pelo governo.  Quão exitosos eles têm se mostrado?  Onde estão as reservas que de maneira sistemática tiraram pessoas da pobreza?

A próxima será a primeira.

O paraíso dos trabalhadores

A União Soviética foi o paraíso socialista dos trabalhadores de 1917 a 1991.  Como resultado direto deste experimento, pelo menos 30 milhões de russos morreram.  Os números verdadeiros podem ser o dobro desta cifra.  Já o experimento chinês foi mais curto: de 1949 a 1978.  Talvez 60 milhões de chineses tenham morrido.  Há quem fale em 100 milhões.

O sistema foi incapaz de fornecer os bens prometidos.  Não consigo imaginar um tópico mais apropriado para se discutir em uma aula de economia do que o fracasso do socialismo.  O mesmo é válido para um curso sobre a história do mundo moderno.  Qualquer curso decente de ciência política deveria cobrir este fracasso em detalhes.

Mas isso não ocorre, é claro.  Nenhum curso menciona o mais fundamental desafio já proposto à teoria econômica socialista, o ensaio de Ludwig von Mises, escrito em 1920, O cálculo econômico sob o socialismo.  E por que não?  Porque a maioria dos cientistas sociais, economistas e historiadores nunca ouviu falar desta obra.  Entre aqueles com mais de 50 anos de idade, os poucos que já ouviram a respeito ouviram da boca de algum defensor do socialismo ou de algum entusiasta keynesiano, que apenas repetiu o que havia aprendido na sua pós-graduação: que tal ensaio havia sido totalmente refutado por Oskar Lange em 1936.

Mas o que eles nunca dizem é que, quando Lange, um devoto comunista, voltou à sua Polônia natal em 1947 para atuar no alto escalão da burocracia estatal, o governo comunista não pediu para que ele implementasse sua grande teoria do "socialismo de mercado".  Com efeito, nenhum país socialista jamais implementou sua teoria.

Durante 50 anos, poucos livros-textos de economia mencionavam Mises.  E, quando o faziam, era apenas para dizer que ele havia sido totalmente refutado por Lange.  Os acadêmicos do establishment simplesmente jogaram Mises no buraco orwelliano da memória.

No dia 10 de setembro de 1990, o multimilionário escritor, economista e socialista Robert Heilbroner publicou um artigo na revista The New Yorker intitulado "Após o Comunismo".  A URSS já estava em avançado processo de colapso.  Neste artigo, Heilbroner recontou a história da refutação de Mises.  Ele relata que, na pós-graduação, ele e seus pares foram ensinados que Lange havia refutado Mises.  Porém, agora, ele anunciava: "Mises estava certo".  No entanto, em seu best-seller, The Worldly Philosophers, um livro-texto sobre a história do pensamento econômico, ele em momento algum cita o nome de Mises.

Os fracassos visíveis

O fracasso universal do socialismo do século XX começou já nos primeiros meses após a tomada da Rússia por Lênin.  A produção caiu acentuadamente.  Ato contínuo, ele foi forçado a implementar um reforma marginalmente capitalista em 1920, a Nova Política Econômica (NEP).  Ela salvou o regime do colapso.  A NEP foi abolida por Stalin.

Durante as décadas seguintes, Stalin se entregou ao corriqueiro hábito de assassinar pessoas.  A estimativa mínima é de 20 milhões de mortos.  Tal prática era peremptoriamente negada por quase toda a intelligentsia do Ocidente.  Foi somente em 1960 que Robert Conquest publicou seu monumental livro O Grande Terror — Os Expurgos de Stalin.  Sua estimativa atual: algo em torno de 30 milhões.  O livro foi escarnecido à época.  O verbete da Wikipédia sobre o livro é bem acurado.

Publicado durante a Guerra do Vietnã e durante um surto de marxismo revolucionário nas universidades ocidentais e nos círculos intelectuais, O Grande Terror foi agraciado com uma recepção extremamente hostil.

A hostilidade direcionada a Conquest por causa de seus relatos sobre os expurgos foi intensificada por mais dois fatores.  O primeiro foi que ele se recusou a aceitar a versão apresentada pelo líder soviético Nikita Khrushchev, e apoiada por vários esquerdistas do Ocidente, de que Stalin e seus expurgos foram apenas uma "aberração", um desvio dos ideais da Revolução, e totalmente contrários aos princípios do leninismo. Conquest, por sua vez, argumentou que o stalinismo era uma "consequência natural" do sistema político totalitário criado por Lênin, embora reconhecesse que foram os traços característicos da personalidade de Stalin que haviam causado os horrores específicos do final da década de 1930.  Sobre isso, Neal Ascherson observou: "Àquela altura, todos nós concordávamos que Stalin era um sujeito muito perverso e extremamente diabólico, mas ainda assim queríamos acreditar em Lênin; e Conquest disse que Lênin era tão mau quanto Stalin, e Stalin estava simplesmente levando adiante o programa de Lênin".

O segundo fator foi a ácida crítica de Conquest aos intelectuais ocidentais, os quais ele dizia sofrerem de cegueira ideológica quanto às realidades da União Soviética tanto durante a década de 1930 quanto, em alguns casos, até mesmo ainda durante a década de 1960.  Personalidades da intelectualidade e da cultura da esquerda, como Sidney e Beatrice Webb, George Bernard Shaw, Jean-Paul Sartre, Walter Duranty, Sir Bernard Pares, Harold Laski, D.N. Pritt, Theodore Dreiser e Romain Rolland foram acusados de estúpidos a serviço de Stalin e apologistas de seu regime totalitário devido a vários comentários que fizeram negando, desculpando ou justificando vários aspectos dos expurgos.

A esquerda ainda odeia o livro, e continua até hoje tentando dizer que ele exagerou nos números e nos relatos.

E então veio o Livro Negro do Comunismo (1999), que coloca em 85 milhões a estimativa mínima de cidadãos executados pelos comunistas, deixando claro que cifras como 100 milhões ou mais são as mais prováveis.  O livro foi escrito por esquerdistas franceses e publicado pela Harvard University Press, de modo que ele não pôde simplesmente ser repudiado como sendo apenas mais um panfleto direitista.

A esquerda até hoje tenta ignorá-lo.

O blefe dos cegos

A resposta da academia tem sido, até hoje, a de considerar todo o experimento soviético como algo que foi meramente mal orientado, algo que se desencaminhou, e não como algo inerentemente diabólico.  O custo em termos de vidas humanas raramente é mencionado.  Antes de 1991, era algo ainda mais raramente mencionado.  Antes de Arquipélago Gulag (1973), de Solzhenitsyn, era considerado uma imperdoável falta de etiqueta um acadêmico fazer mais do que apenas mencionar muito discretamente e só de passagem toda a carnificina, devendo limitar qualquer crítica apenas aos expurgos do Partido Comunista comandados por Stalin no final da década de 1930, e praticamente quase nunca mencionar que a fome em massa havia sido adotada como uma política pública.  "Ucrânia?  Nunca ouvi falar."  "Kulaks?  O que são kulaks?"

A situação decrépita de todas as economias socialistas, do início ao fim, não é mencionada.  Acima de tudo, não há nenhuma referência aos críticos do Ocidente que alertaram que estas economias eram vilarejos Potemkins em grande escala — cidades falsas criadas pelo governo para ludibriar os leais e românticos esquerdistas que iam à URSS ver o futuro.  E eles voltavam para seus países com relatos entusiásticos e incandescentes.

Há um livro sobre estas ingênuas e crédulas almas, que foram totalmente trapaceadas: Political Pilgrims: Travels of Western Intellectuals to the Soviet Union, China, and Cuba, 1928-1978 de Paul Hollander.  Foi publicado pela Oxford University Press em 1981.  Foi ignorado pela intelligentsia por uma década.

A melhor descrição que já li sobre estas pessoas foi fornecida por Malcolm Muggeridge, que trabalhou no início da década de 1930 como repórter do The Guardian em Moscou.  Tudo o que ele escrevia era censurado antes de ser enviado para a Inglaterra.  E ele sabia disso.  Ele não podia relatar a verdade, e o The Guardian não publicaria caso ele relatasse.  Eis um trecho do volume 1 de sua autobiografia, Chronicles of Wasted Time.

Para os jornalistas estrangeiros que residiam em Moscou, a chegada de ilustres visitantes era também uma ocasião de gala, mas por uma razão diferente.  Eles nos propiciavam nosso melhor — praticamente nosso único — momento de alívio cômico.  Por exemplo, ouvir [George Bernard] Shaw, acompanhado de Lady Astor (que havia sido fotografada cortando o cabelo de Shaw), declarar que estava encantado por descobrir, em meio a um banquete fornecido pelo Partido Comunista, que não havia escassez de comida na URSS, era algo de imbatível efeito humorístico.  Ou ouvir [Harold] Laski cantar glórias à nova Constituição Soviética de Stalin.

Jamais me esquecerei destes visitantes, e jamais deixarei de me assombrar com eles; de como eles discursavam pomposamente sobre as maravilhas do regime, de como eles iluminavam continuamente nossa escuridão, guiando, aconselhando e nos instruindo; em algumas ocasiões, momentaneamente confusos e envergonhados; mas sempre prontos para se reerguer, colocar seus capacetes de papelão, montar em seus Rocinantes, e sair galopando mundo afora em novas incursões em nome dos pobres e oprimidos.

Eles são inquestionavelmente uma das maravilhas de nossa época, e irei guardar para sempre na memória, com grande estima, o espetáculo que era vê-los viajando com radiante otimismo até as regiões famintas do país, vagueando em bandos alegres por cidades esquálidas e sobrepovoadas, ouvindo com inabalável fé as insensatezes balbuciadas por guias cuidadosamente treinados e doutrinados, repetindo, assim como crianças de colégio repetem a tabuada, as falsas estatísticas e os estúpidos slogans que eram incessantemente entoados para eles.

Eis ali, pensava eu ao ver estas celebridades, um ardoroso burocrata de alguma repartição local da Liga das Nações, eis ali um devoto Quaker que já havia tomado chá com Gandhi, eis ali um feroz crítico das exigências de comprovação de renda para se tornar apto a receber programas assistenciais do governo, eis ali um ferrenho defensor da liberdade de expressão e dos direitos humanos, eis ali um indômito combatente da crueldade contra animais; eis ali meritórios e cicatrizados veteranos de centenas de batalhas em prol da verdade, da liberdade e da justiça — todos, todos eles cantando glórias a Stalin e à sua Ditadura do Proletariado.  Era como se uma sociedade vegetariana se manifestasse apaixonadamente em defesa do canibalismo, ou como se Hitler houvesse sido indicado postumamente para o Prêmio Nobel da Paz.

Este fenômeno não acabou junto com a década de 1930.  Ele perdurou até o último suspiro da farsa econômica criada pelos soviéticos.  A falência intelectual e moral dos líderes intelectuais do Ocidente, algo que vinha sendo encoberto pela própria durabilidade do regime soviético, foi finalmente exposta em 1991, quando houve o reconhecimento mundial de que os regimes marxistas não apenas haviam falido economicamente, como também eram tiranias que o Ocidente havia aceitado como sendo uma alternativa válida para o capitalismo.

Não há exemplo melhor deste auto-engano intelectual do que o de Paul Samuelson, professor de economia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), o primeiro americano a ganhar o Prêmio Nobel de economia (1970), ex-colunista da revista Newsweek, e autor daquele que é, de longe, o mais influente livro-texto de economia do mundo pós-guerra (1948 — presente): pelo menos 3 milhões de cópias vendidas em 31 idiomas distintos.  Ele escreveu na edição de 1989 de seu livro-texto: "A economia soviética é a prova cabal de que, contrariamente àquilo em que muitos céticos haviam prematuramente acreditado, uma economia planificada socialista pode não apenas funcionar, como também prosperar."

Foi o economista Mark Skousen quem encontrou esta pérola.  E ele também descobriu esta outra, ainda mais condenatória.

O experimento soviético

Em sua autobiografia, Felix Somary recorda uma discussão que ele havia tido com o economista Joseph Schumpeter e com o sociólogo Max Weber em 1918.  Schumpeter foi um economista nascido na Áustria mas que não era da Escola Austríaca de economia.  Mais tarde, ele viria a escrever a mais influente monografia sobre a história do pensamento econômico.  Já Weber foi o mais prestigioso cientista social acadêmico do mundo até morrer em 1920.

Naquela ocasião, Schumpeter havia expressado alegria em relação à Revolução Russa.  A URSS seria o primeiro exemplo prático de socialismo.  Weber, por sua vez, alertou que o experimento geraria uma miséria incalculável.  Schumpeter retrucou dizendo que "Pode ser que sim, mas seria um bom laboratório."  E Weber respondeu: "Um laboratório entulhado de cadáveres humanos!".  E Schumpeter retrucou: "Exatamente igual a qualquer sala de aula de anatomia".[1]

Schumpeter era um monstro em termos morais.  Não vamos medir as palavras.  Ele foi um homem altamente sofisticado, mas, no fundo, um monstro moral.  Qualquer pessoa que menospreze a morte de milhões de pessoas desta forma é um monstro moral.  Weber saiu extremamente irritado da sala.  Não o culpo.

Weber morreu em 1920.  Foi neste ano que Mises lançou seu ensaio, O cálculo econômico sob o socialismo.  Weber o mencionou em uma nota de rodapé em sua obra-prima, publicada postumamente como Economia e Sociedade (página 107 na versão original).  Weber compreendeu sua importância tão logo leu este ensaio.  Já os economistas acadêmicos, não.  Até hoje, há poucas referências a esta obra de Mises.

Mises explicou analiticamente por que o sistema socialista é irracional: não há um mercado para os bens de capital.  Sendo assim, é impossível saber quanto cada coisa deveria custar.  Ele disse que um sistema socialista inevitavelmente se degeneraria em uma dessas duas alternativas: ou ele iria abandonar seu compromisso com um planejamento total ou ele fracassaria por completo.  Mises nunca foi perdoado por esta falta de etiqueta.  Ele estava certo, e os intelectuais, errados.  As sociedades socialistas entraram em colapso, com a exceção da Coréia do Norte e de Cuba.  Pior ainda, ele se mostrou correto em termos de simples teoria de mercado, algo que qualquer pessoa inteligente podia entender.  Exceto, aparentemente, os intelectuais do Ocidente.  E este seu ensaio é um testemunho para os intelectuais do Ocidente: "Não há pessoas mais cegas do que aquelas que se recusam a enxergar."

A prova do pudim

Mises acreditava que a real prova do pudim está em sua fórmula.  Se a pessoa que faz o pudim acrescentar sal em vez de açúcar, ele não será doce.  Você nem precisa experimentá-lo para saber disso.  Mas os acadêmicos estão oficialmente comprometidos a aceitar apenas coisas empíricas.  Eles creem que uma teoria tem de ser confirmada por testes estatísticos.  Mas os testes ocorreram durante décadas.  As economias socialistas fracassavam seguidamente, mas divulgavam estatísticas falsificadas.  E todos sabiam disso.  Mas, mesmo assim, os intelectuais do Ocidente insistiam na crença de que o ideal socialista era moralmente sólido.  Eles insistiam que os resultados iriam, no final, provar que a teoria estava certa.

Nikita Kruschev ficou famoso por haver dito isso a Nixon no famoso "debate da cozinha", em 1959.  Ele era um burocrata que havia sobrevivido aos expurgos de Stalin por ter supervisionado o massacre de dezenas de milhares de pessoas na Ucrânia.  Ele disse a Nixon: "Vamos enterrar vocês."  Ele estava errado.

Estudantes universitários não são ensinados nem sobre a teoria do socialismo nem sobre a magnitude de seus fracassos.  Nem economicamente nem demograficamente.  Na era pré-1991, tal postura era mais fácil de ser mantida do que hoje.  A intelligentsia hoje já admite que o capitalismo é mais produtivo que o socialismo.  Sendo assim, a tática agora é dizer que o capitalismo é moralmente deficiente.  Pior, que ele ignora a ecologia.  Foi exatamente esta a estratégia recomendada por Heilbroner em seu artigo de 1990.  Ele disse que os socialistas teriam de mudar de tática, parando de acusar o capitalismo de ineficiência e desperdício, e passar a acusá-lo de destruição ambiental.

Conclusão

A natureza abrangente do fracasso do socialismo não é ensinada nos livros-textos universitários.  O tópico é atenuado e minimizado sempre que possível.  Era mais fácil impor sanções contra qualquer um que se atrevesse a escrever em jornais acadêmicos ou na imprensa antes de 1991.

Deng Xiaoping anunciou sua versão da Nova Política Econômica de Lênin em 1978.  Mas isso, na época, não ganhou muita publicidade.

Em 1991, a fortaleza soviética desmoronou.  Gorbachev presidiu o último suspiro do regime em 1991.  Ele recebeu da revista Time o título de "Personalidade da Década" em 1990.  Em 1991, ele se tornou um ex-ditador desempregado.  O socialismo fracassou — totalmente.  Mas a intelligentsia ainda se recusa a aceitar a filosofia social de livre mercado de Mises, o homem que previu todas as falhas do socialismo e que forneceu todos os argumentos em prol de sua condenação universal.

É exatamente por isso que é uma boa ideia sempre prever o fracasso de políticas econômicas ruins em qualquer análise que se faça sobre elas.  Poder dizer "Eu avisei que isso iria ocorrer, e também expliquei por quê" é uma postura superior e mais respeitável do que apenas dizer "Eu avisei".



[1] Felix Somary, The Raven of Zurich (New York: St. Martin's, 1986), p. 121.



autor

Gary North
é Ph.D. em história, ex-membro adjunto do Mises Institute, e autor de vários livros sobre economia, ética, história e cristianismo. Visite seu website

  • Hay  22/06/2012 07:30
    Meu Deus, o modelo de Lange é mais ridículo do que eu imaginei. A coisa, pelo que eu entendi, funciona assim:

    1) Uma entidade central toma as decisões a respeito do que precisa ser produzido, quem deve produzir, como deve produzir, por quanto tempo deve produzir e por qual preço deve vender.
    2) O resultado dessa patacoada é óbvio: nada vai funcionar direito, serão produzidas coisas que ninguém quer e não serão produzidas coisas que todos querem, os preços estarão totalmente distorcidos.
    3) A solução é... é.... adivinhem... TCHARAM! Tentativa e erro! O grande governo, maravilhoso e sempre preocupado com o social, vai encontrar maneiras de calcular se a produção está atendendo às demandas das pessoas e do próprio estado e fazer adaptações.
    4) Se essas adaptações não funcionarem, o governo vai usar seu setor de estatísticas para determinar o que é preciso fazer na próxima vez.
    5) Quando isso também não funcionar, o governo vai culpar os produtores pelos problemas e reprimir os protestos violentamente. Afinal, o estado é bom, o estado está aí para nos ajudar, o estado é democrático e não devemos ficar questionando o estado. Afinal, não aprendemos que o problema não é pagar muitos impostos, mas sim "não receber serviços de qualidade"?
    6) As pessoas começam a sofrer com a falta de itens básicos. Mas não há problema, porque "ninguém passa fome". Isso porque, como somos cachorros domesticados e não humanos, não precisamos nos preocupar com nada além de comer e dormir. Os intelectuais de esquerda defenderão o país e dirão que tudo está indo bem. Não importa que o país esteja ruindo e ficando cada vez mais pobre enquanto os grandes líderes estejam vivendo muito felizes as benesses do capitalismo.
    7) O governo culpa o imperialismo, o Mickey Mouse e os burgueses pela crise. A coisa só piora a partir daqui.

    Ok, os itens 5,6 e 7 são meus, mas sinceramente, é isso o que chamam de refutação ao problema do cálculo econômico?
  • Henrique  22/06/2012 08:19
    Olha um exemplo de como até hoje a "refutação" do Lange é citada, um trecho de artigo publicado em 2008 (!!!) por um professor socialista da minha faculdade:

    "Lange (1964 [1936-1937]), em resposta a Hayek, propõe a sua própria periodização do debate. Elabora uma resposta explícita às objeções de Mises e à interpretação de Hayek, utilizando a elaboração de Barone e emendando-a com o método de tentativa e erro de Taylor. Barone é citado favoravelmente. O comentário sarcástico de Schumpeter (1986 [1954], p. 986) sobre um não-socialista como autor da "teoria pura da economia socialista" deve ser levado a sério. O espírito do tempo era inteiramente a favor das intervenções de Lange, e o próprio Schumpeter, em seu livro que enfaticamente previa o fim do capitalismo (1942, p. 87) e a viabilidade do socialismo (Ibid., p. 215), é responsável pelo juízo final do debate: "não há nada errado com a lógica pura do socialismo" e "a única autoridade negadora que precisamos mencionar é o Professor L.von Mises" (Ibid., p. 221). Hayek (1948d [1945], p. 90) apresenta uma reprimenda a Schumpeter, acusando-o de ser autor do "mito" de que Pareto e Barone teriam resolvido o problema do cálculo socialista."

    Pra quem quiser conferir o artigo por completo, ele trata da retomada dos debates em torno da possibilidade (ou impossibilidade) de uma transição ao socialismo após a bancarrota das burocracias leste-européias:
    www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-41612008000200007&script=sci_arttext

    Pena que não tenho nenhum professor tão dedicado a estudar Mises e Hayek...
  • Pedro Ivo  22/06/2012 11:02
    Saudações Henrique.

    onde você achou o modelo do Lange p/ ler? Passa o endereço por favor? Grato
  • Henrique  22/06/2012 11:36
    Saudações Pedro.

    Foi o Hay que comentou logo acima de mim que pesquisou sobre o Lange, eu só mostrei um trecho de um artigo recente onde ele é citado como refutação a Mises. Mas pesquisando rapidamente descobri que o livro chama 'On the economic theory of socialism', se digitar no google aparecem alguns torrents com ele pa baixar.

    Abraço
  • Hay  22/06/2012 11:49
    Não é preciso pesquisar muito para descobrir como o modelo é ruim. Basta você já começar pelo básico: A economia, no modelo de Lange, é estática. O conhecimento, os recursos e tudo o mais não são dinâmicos e não sofrem as mudanças altamente complexas que vemos no nosso dia-a-dia. É como se, na sua fábrica, você tivesse uma quantidade fixa de funcionários e de máquinas, que nunca estragam, nunca envelhecem, nunca pedem demissão, e a produção da fábrica atendesse a uma demanda fixa que bastaria a você descobrir. Dessa maneira, realmente basta você fazer algumas tentativas e cálculos estatísticos e de pesquisa operacional para chegar a uma alocação mais próxima da ideal e correr para o abraço. O mundo real, é claro, é completamente diferente disso. Na época de Lange, talvez isso não estivesse tão claro cristalino, a olhos vistos para quem quiser ver.
  • Pedro Ivo  22/06/2012 12:56
    Interessante sua observação Hay! Parece até que este Lange era um neoclássico que rezava a profissão-de-fé de Marx.

    Mas Hay, mudando de assunto, você comentava era este texto que o Henrique citou?: 'On the economic theory of socialism'

    bom fim de semana a todos
  • Tiago Moraes  26/06/2012 18:56
    É mais ou menos isso mesmo. Os Socialistas que defendiam o modelo de planejamento central, tinham como ferramenta teórica o modelo de Equilíbrio Geral de Léon Walras. Modelo este posteriormente aperfeiçoado por seus discípulos de Lausanne, Vilfredo Pareto e Enrico Barone. O objetivo de Pareto e Barone era provar, com o modelo de Equilíbrio Geral, que um planejador central teria de ser onisciente caso quisesse substituir a coordenação espontânea do sistema de preços de um livre-mercado. O problema é que abestados como o Lange não entenderam a provocação e acreditaram que aquilo fosse uma contribuição ao socialismo.

    A função do modelo de Equilíbrio Geral, é apenas explicar como um livre-mercado funciona e como a flutuação do preços entre bens se afetam mutuamente tendendo sempre a uma situação de equilíbrio econômico geral, porém sem nunca alcançá-lo dado o caráter não estático da realidade (Walras afirma isso categoricamente). Enfim, apenas uma ferramenta para melhor compreensão e não um instrumento para fazer previsões ou mesmo controlar Economias inteiras.

    O Lange é um total desequilibrado ao afirmar que o EG resolveria os problemas de uma economia planejada. Porque neste modelo admite-se a hipótese surreal em que o produtor conhece todas as n alocações de recursos possíveis e seus respectivos custos, os métodos de produção são constantes (representados algebricamente por coeficientes), sabe de antemão o comportamento da demanda a posteriori e trata todos os bens como homogêneos.
  • Ivanildo Terceiro  22/06/2012 07:31
    Simplesmente magestral esse artigo. Devia ser distribuído entre todos os alunos dos cursos de humanas desse país.
  • Gabriel M. de Souza  22/06/2012 08:45
    Gostei do artigo. Só não achei muito consistente o argumento da "morte de milhões de pessoas" como consequência do "experimento soviético", uma vez que muitos outros milhões de pessoas morreram como consequência direta ou indireta da exploração do trabalho por anos a fio (sem quaisquer direitos garantidos), de "missões civilizatórias" que, sabemos, trataram-se de invasões colonialistas (principalmente a África, no século XX), sem falar nas inúmeras guerras em que se meteu o Ocidente em nome da democracia liberal capitalista.
    Talvez fosse essa a intenção do artigo, mas ele é claramente unilateral e, por isso, não-científico. Não se propõe a analisar o "experimento socialista" de modo imparcial. Como pode o artigo chamar Schumpeter de "monstro moral" porque este era entusiasmado com a possibilidade de uma economia socialista viável, apesar das vítimas humanas e nem ao menos citar um número aproximado das vítimas das Guerras da Coreia e do Vietnã, das ditaduras na América do Sul que não sofreram intervenção, apesar do rechaço à democracia?
    Enfim, como disse, esse talvez fosse o intento do artigo, ser propagandístico e não analítico. Se for esso o caso, o texto está muito bem escrito.
  • Leandro  22/06/2012 09:03
    Não entendi sua refutação, Gabriel. Ou melhor, entendi, mas não vi por que ela contradiz o artigo. Você simplesmente citou, e muito corretamente, todos os homicídios provocados pelo estado. Ora, mas é exatamente isso que este site condena com veemência: toda e qualquer ação do estado. Guerras e colonialismo nada mais são do que o paroxismo da intervenção estatal.

    Passe um tempinho em nosso site e você descobrirá que, para a sua surpresa, e ao contrário daquilo que seu professor de oitava série lhe ensinou sobre o "livre mercado", um estado interventor, belicista, democrático e colonialista é totalmente contrário aos próprios princípios do livre mercado.

    Grande abraço!
  • Henrique  22/06/2012 11:23
    "Talvez fosse essa a intenção do artigo, mas ele é claramente unilateral e, por isso, não-científico. Não se propõe a analisar o "experimento socialista" de modo imparcial."

    Me ilumine quanro ao que seria um artigo ciêntífico, não unilateral e imparcial por favor, e com exemplos se possível.

    Seguindo o seu raciocício, se eu escrever um artigo sobre a rota de migração dos gansos-de-barriga-vermelha para o sul com a iminência do inverno e não citar o marreco-de-papo-amarelo, ou o pato-rouco-da-sibéria e demais aves que também migram para o sul, meu artigo será unilateral, não-ciêntífico e parcial.
  • Máximo  07/03/2014 03:09
    Prezados senhores

    Gostaria de deixar aqui uma estupenda frase de Santo Tomás de Aquino e outra de do fabuloso Chesterton:

    "Toma cuidado com o homem de um só livro" (Santo Tomás de Aquino).

    Parodiando diria que é um atentado ao bom debate e troca de ideias quando lemos poucos artigos ou "um só livro" e imediatamente nos convencemos ter encontrado toda a verdade!

    "O homem que odeia o argumento, adora escarnecer" (G.K.Chesterton).

    Tenho observado certos escarnecimentos que comprovam um desejo por um falso debate!

    QUANTO AO ESTADO É CLARO QUE ELE É BOM E SANTO, VEJAM:

    "O ESTADO VERDADEIRAMENTE JUSTO É O ESTADO CRISTÃO" (SANTO AGOSTINHO)

    AINDA SANTO TOMÁS DE AQUINO ENSINA:

    "Sendo o fim último da vida humana a felicidade ou a beatitude (cujo objeto é o sumo bem, soberano e infinito - Q.2, art.VIII), há de por força, a lei dizer respeito, em máximo grau, à ordem da beatitude.

    Demais a parte ordenando-se para o todo, como o imperfeito para o perfeito; e sendo cada homem parte da comunidade perfeita, necessária e propriamente, há de a lei dizer respeito à ordem para a felicidade comum."

    "As leis injustas podem sê-lo de dois modos. Um modo, por contrariedade ao bem humano... e o podem ser: pelo fim, como quando um chefe impõe leis onerosas aos súditos...; ou também pelo autor, quando impõe leis que ultrapassam o poder que lhe foi concedido; ou ainda pela forma, p. ex., quando impõe desigualdade, ônus ao povo...E estas são, antes, violências que leis, pois como diz Santo Agostinho, não se considera lei o que não for justo.

    Por onde tais leis não obrigam no foro da consciência, salvo, talvez, para evitar escândalo ou perturbações...(naturalmente, entendemos nós, quando isso venha a constituir um mal maior). De outro modo, as leis podem ser injustas por contrariedade com o bem divino...E tais leis de modo algum devem ser observadas, porque, como diz a Escritura, importa obedecer antes a Deus que aos homens."( 1ª, 2æ, Q. 96, IV, Resp.)


    ENFIM, SE O FIM DO ESTADO É O BEM-COMUM E SE O BEM-COMUM É COROLÁRIO DAS VIRTUDES, SOBRETUDO A CARIDADE, E BOA VONTADE,ENTÃO, DEVEMOS CURVARMOS À SANTA IGREJA CATÓLICA PORQUE FOI ELA QUEM INAUGUROU TAIS VIRTUDES! OU SEJA, SÓ HAVERÁ ESTADO PERFEITO SE FOR O ESTADO CRISTÃO CATÓLICO, É CLARO!!! NEGAR ISTO É ACEITAR O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO!!!

    PS: QUEM AINDA NÃO SE CONVENCEU DE TODA BURRICE E PERVERSIDADE DO ESTADO SOCIALISTA É SÓ LER O ARTIGO "Por que o nazismo era socialismo e por que o socialismo é totalitário" NO SITE MISES:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=98

    VALEU!
  • Licurgo  22/06/2012 12:11
    "Como pode o artigo chamar Schumpeter de "monstro moral" porque este era entusiasmado com a possibilidade de uma economia socialista viável, apesar das vítimas humanas e nem ao menos citar um número aproximado das vítimas das Guerras da Coreia..."

    Como não? Ora, esta é uma das características marcantes do socialismo: a expectativa ou entusiasmo por um futuro promissor, que nunca virá, justificam todos os cadáveres reais e tangíveis resultantes do sistema. Para um "entusiasta" de uma economia socialista viável, soa perfeitamente normal que a intenção remota de promoção do bem estar das pessoas seja superior ao imediato sacrifício de inocentes - úteis ou não. A mera possibilidade de racionar sobre estes termos, e com esta escala de valores, já bastaria para identificar em Shumpeter a mais completa imoralidade. Chamá-lo de "monstro de moral" não deixa de ser uma condescendência do autor. E certa injustiça com os monstros.

    Farei agora o que julgo uma obrigação moral: encaminharei o artigo ao meu filho, como mais uma dose de reforço da vacina antissocialista. O ambiente da escola está cada vez mais impregnado por estes miasmas do século retrasado.
  • Heber  23/06/2012 15:22
    Antes de citar as guerras da coreia e do vietnam, vc procurou saber o que os santinhos da coreia e vietnam do norte estavam fazendo antes dos americanos chegarem? e vc acha mesmo q essas guerras(guerra=situação em que os dois lados estão armados) se comparam com tudo que eles fizeram depois desse Schumpeter ter falado esse monte de merda?
  • Gustavo Ramos  06/03/2014 15:05
    Bem lembrado Heber, na verdade o que os "santinhos" faziam antes e principalmente o que fizeram depois.
  • Gustavo Ramos  06/03/2014 15:03
    O relativismo moral do Sr. Gabriel é impressionante mas serve como pista de como crimes cometidos em nome de uma utopia puderam (e ainda podem) acontecer.
  • Camarada Friedman  22/06/2012 08:52
    Artigo maravilhoso!
    Vou mandar para todos meus amigos esquerdistas hahaha...
  • Gabriel M. de Souza  22/06/2012 09:42
    Leandro, entendi sua réplica e agradeço. No entanto, quero que você pense, com uma visão panorâmica, nos séculos XIX e XX, sendo que, neste último, o capitalismo alcançou seu auge, no que diz respeito à produção e distribuição. Tal marca histórica não foi possível (poderia ter sido?)sem o estado. As grandes companhias de comércio do século XIX que atuaram na África e na Ásia foram precedidas pelas armas de uma estado forte; as inúmeras guerras do século XX não foram provocadas apenas por estados famintos por poder. O que quero dizer é que, nos exemplos que dei, a iniciativa privada esteve associada ao estado na conjuntura de maior pujança que o sistema capitalista experimentou. Nesse sentido, o estado, com o sistema jurídico em seu poder, foi quem garantiu um desenvolvimento minimamente estável ao capitalismo.

    Minhas considerações ao artigo foram nessa direção: os estados socialistas são acusados, por conta do socialismo, de genocídio, enquanto os estados capitalistas, que como disse, franquearam grande parte do lucro e da expansão de suas empresas nacionais, não são citados.

    Confesso que preciso estudar e refletir mais, mas meus comentários são motivados por um anseio de discussão clara, sincera e construtiva, por isso, aguardo resposta.
    obrigado, grande abraço.
  • Leandro  22/06/2012 09:54
    Não, Gabriel. Você está confundindo conceitos. Você está confundindo capitalismo laissez-faire com mercantilismo. Uma coisa nada tem a ver com a outra.

    Capitalismo laissez-faire houve apenas nos EUA, e somente no final do século XIX. Do século XX até hoje, tivemos apenas mercantilismo em escala global, com algumas ilhas de laissez-faire em pontos específicos do globo (como Hong Kong, por exemplo). Se você quiser criticar algo, faça-o, mas ao menos tenha a honestidade intelectual de chamar aquilo pelo seu nome correto. Não invente espantalhos.

    Estados que "franqueiam grande parte do lucro e da expansão de suas empresas nacionais" não são estados capitalistas. São estados mercantilistas (o estado brasileiro atual é um ótimo exemplo disso).

    Agora, se esta definição científica não é do seu agrado, porque vai contra a sua ideologia (que é a de querer culpar o "capitalismo" por tudo), aí eu realmente nada posso fazer por você.

    Grande abraço!
  • Hay  22/06/2012 10:23
    Como assim? Só houve capitalismo laissez-faire naquele paiseco e justamente no período em que nada de bom ocorreu por lá? Poxa, que tragédia! Precisamos claramente dar mais tempo ao socialismo, afinal, nunca houve socialismo de verdade! Não importa que todos os experimentos socialistas de todos os tipos tenham sempre falhado, sempre foram distorções do ideal lindo socialista! Já o tal laissez-faire nunca funcionou na prática, e os EUA se transformaram no país mais pobre do mundo no final do século XIX. É por isso que eu, socialista, sempre digo: esse papo de laissez-faire não funciona, o Estado tem que garantir direitos para todos. O direito a tudo é intrínseco e, como todos sabemos, garantir direitos a todos funciona muito bem, ninguém vai se acomodar e todos continuarão muito produtivos.
  • José Roberto Baschiera Junior  22/06/2012 10:48
    País mais pobre do mundo? Acho que você digitou errado quando tentou dizer "país que mais crescia no mundo".

    Direito a tudo? Se eu tiver direito a tudo, jamais vou trabalhar! Ninguém vai! E todo mundo terá tudo que vai existir: nada.
  • Hay  22/06/2012 10:59
    Eu estava sendo sarcástico, é claro :)
  • Ze  22/06/2012 10:43
    Mercantilista. Eu gosto de falar corporativista ou mesmo fascista, pra dar mais impacto. Brasil é fascista(deixando claro que não existem as perseguições típicas dos fascistas) ou Brasil é corporativista.
  • Eduardo  07/03/2014 03:22
    Prezado Leandro, vc poderia me explicar como que os EUA do final do séc. XIX eram laissez-faire, porém foi possível o surgimento de monopólios como os de Rockefeller e Carnegie. Já tinha lido por aqui q tais monopólios só surgem quando o Estado intervém, o q não foi o caso nesse período. Obrigado
  • Leandro  07/03/2014 06:26
    Monopólio nos EUA do século XIX?! Sugiro que você urgentemente revise seus conhecimentos históricos. Eis um bom artigo pelo qual começar:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=366

    Depois, a definição de monopólio:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1057

    De nada.
  • Eduardo  07/03/2014 19:35
    Obrigado atrasado!!
  • Gabriel M. de Souza  22/06/2012 10:43
    Leandro, eu não culpo o capitalismo por tudo. Aliás, sou a favor da propriedade privada e da livre-iniciativa.

    Com relação ao "mercantilismo em escala global", penso que, nesse sentido, os historiadores estão certos quando acusam a maioria dos cientistas sociais e economistas de anacronismo. O Mercantilismo é um conceito que se refere a um fenômeno histórico, portanto, datado e com características particulares, algumas delas não observáveis nos estados atualmente, por exemplo, o metalismo. A intervenção estatal na economia, embora exista, atualmente, não se dá nos moldes arbitrários e com a mesma intensidade como nos séculos XV e XVI. Assim, hoje em dia, não se pode falar em "estados mercantilistas". É necessário formular um conceito que abarque as especificidades do fenômeno no nosso tempo.

    Agora, no sentido em que ia meu comentário acima, apesar de haver mais de uma modalidade de capitalismo, existe uma essência que subjaz a todas, o lucro, dentre outros elementos desse sistema.

    Destaco o que motivou meu primeiro comentário: o artigo critica a violência dos estados socialistas. Ora, se o problema são todos os estados e não apenas os socialistas, como disse, o artigo se posiciona de forma unilateral.

    Até mais.
  • Leandro  22/06/2012 10:55
    Gabriel, se o problema está no termo 'mercantilismo', sem problemas. Substitua-o por 'corporativismo' ou 'fascismo' (segunda a própria definição de Mussolini) e você estará falando do mesmo fenômeno -- mas agora com um rótulo um pouco mais conhecido.

    Quanto à discussão sobre quais modelos de estado geraram mais carnificina -- socialista ou fascista (de novo, atendendo ao seu pedido de mais definição) --, creio ser inacreditável que isso ainda seja debatido. Mesmo debitando o nazismo na conta do fascismo e mesmo jogando sobre o nazismo o total de mortes da Segunda Guerra (algo um tanto injusto, mas sempre atendendo ao seu pedido), o saldo em prol do socialismo ainda é imbatível. Pelo menos 100 milhões de mortos (com alguns historiadores jurando ser 170 milhões).

    No fundo, o que você quer é discutir qual tipo de escravidão é mais aceitável. E esse tipo de louvor velado ao totalitarismo é algo que não é bem-vindo neste site.

    Abraços!
  • Rafael Fernandes  12/01/2014 15:52
    Agora, simplesmente ler e expor o que foi o socialismo é ser unilateral? A violencia, o genocidio e a destruição da cultura classica e dos valores da sociedade, são mandamentos da revolução. Mesmo que as outras formas de estado façam isso acidentalmente, não é a mesma coisa que ter isso como um sistema de vida e forma de pensar. Unilateral é esse desespero em justificar o que todo mundo pode verificar
  • César  07/03/2014 00:26
    "Destaco o que motivou meu primeiro comentário: o artigo critica a violência dos estados socialistas. Ora, se o problema são todos os estados e não apenas os socialistas, como disse, o artigo se posiciona de forma unilateral."

    Claro que o grande culpado dos genocídios é o Estado, mas a pergunta que cabe é: A forma de modelo (no caso o socialista) influencia nesse resultado? A resposta é sim! O socialismo só existe com Estado forte, com "planejamento central". Logo podemos deduzir sem medo de errar que a implementação do socialismo resultou nessas inúmeras mortes, aliás, o aumento de poder nas mãos de poucos que lutam para estabilizar o modelo socialista é de praxe. Aí quando tudo dá errado e milhões morrem, alguns começam a inventar teorias como: aquilo não era socialismo real e etc...

    Você pode aplicar a mesma lógica aos Estados Corporativistas, que exploram o capitalismo e a população para aumentarem o tamanho do seu poder.

    No capitalismo é ao contrário, pois o capitalismo é livre comércio acompanhado de liberdade individual e menos impostos, quesitos que contribuem para a diminuição do poder do Estado, que o enfraquecem. Por isso o tipo de conteúdo liberal/libertário é barrado ao máximo nas instituições estatais, pois se aplicados dão maior poder ao povo e não ao Governo.

    Resumindo na minha humilde opinião:

    Estado + Socialismo = Simbiose, onde os dois se ajudam e são íntimos, mas o resultado é catastrófico para a população.

    Estado Corporativista + Capitalismo = Parasitismo, onde muitas vezes o parasita demasiadamente grande ou numeroso mata o hospedeiro que é o Capitalismo e junto a qualidade de vida da nação.

    Estado + Capitalismo = Comensalismo. Se o Estado for pequeno, quase inexistente, só se alimentará das sobras do Capitalismo. São pouquíssimos os exemplos no mundo.
  • william  22/06/2012 11:23
    (pseudo)intelectuais vem e vão, só Mises é eterno!
  • mauricio barbosa  22/06/2012 11:29
    Caro Leandro mas tem gente que gosta de complicar o debate tentando achar brecha para esconder seus instintos autoritários,tais pessoas também confundem autoridade com autoritarismo e se preocupam com preciosismos linguisticos e hermenêuticos(ciência da interpretação)com o objetivo de confundir e irritar a todos,arranjem argumentos mais sólidos.
  • Camarada Friedman  22/06/2012 12:01
    sim, mas o chato é que os esquerdistas não gostam de admitir que estão falando sobre um assunto do qual não entendem NADA
  • Erik Frederico Alves Cenaqui  22/06/2012 11:38
    O texto ele é ótimo porque levanta as duas questões mais importantes do século XX.

    Primeiro: A falência completa e total do socialismo, em todas as suas modalidades e em todos os países.

    Segundo: A adesão fanática da intelectualidade ocidental ao socialismo.

    O socialismo nada mais é que violência institucionalizada, fome, miséria e tirania. Mas a elite intelectual e política do ocidente acha que o socialismo é uma beleza.

    O engraçado é que os intelectuais socialistas ocidentais não vivem como falam o socialismo. São ricos e desfrutam de todos os produtos e serviços fornecidos pelo capitalismo. Farsantes!

    A obra de Ludwig Von Mises que refuta o socialismo, sem apelar para a ideologia, é jogada na clandestinidade do mundo cultural ocidental de uma forma grotesta e covarde.

    Estou muito feliz e satisfeito de ler um texto como este porque mostra que existe pessoas de bem no mundo que conseguem ver a verdade no meio de tantas mentiras.

    Texto para imprimir, plastificar e ter sempre a vista para consulta-lo sempre.

    Longa vida a equipe do IMB.

    Liberdade sempre! Respeito a propriedade privada sempre!

    Abraços



  • Adao  22/06/2012 12:23
    O nosso país caminha firme para um sistema totalitário/socialista. Este governo petista
    tem todas as caracteristicas de socialista.
    Quer controlar tudo, imprensa, televisão, igrejas, um governo que não suporta oposição nenhuma. Para lembrar no Brasil morrem 50 mil pessoas ano vitimas de homicidios. Mas quando mata alguma pessoa ligada a movimento sem terra, isso se torna noticia de todos os jornais. Como dizia Stálin 1 milhão de mortes é estatistica, uma morte é uma tragédia.
  • Raphael  22/06/2012 12:25
    Parabéns por ser mais um a escrever um texto partindo do princípio que URSS é o máximo de um modelo socialista. Agora tente escrever sobre, entre teoria e prática, o êxito do capitalismo. Escreva sobre as 30 milhões de pessoas que morrem de fome por ano, segundo a ONU (olha, um número confrontante). Escreva também sobre como uma política neoliberal soluciona miséria e violência.

    Um abraço
  • Leandro  22/06/2012 12:38
    Prezado Raphael, de fato a URSS não é o máximo de socialismo. A Coréia do Norte -- aquele país em que as pessoas, de tão esfomeadas, chegam a ser 30 centímetros mais baixas do que seus conterrâneos da Coréia do Sul -- a supera neste quesito.

    Quanto ao êxito do capitalismo, pouco posso falar, pois tal sistema existe atualmente apenas em pouquíssimos locais, dentre eles Hong Kong, Cingapura, Suíça, Austrália e Nova Zelândia. Mas existiu nos EUA do século XIX, e o resultado todos sabem qual foi.

    Sobre as "30 milhões de pessoas que morrem de fome segundo a ONU", estariam estas pessoas nas capitalistas Suíça, Hong Kong, Cingapura, Austrália e Nova Zelândia, ou estariam elas nos países socialistas da África, da Ásia e da América Latina? Talvez você saiba de algo que eu não saiba, e eu ficaria enormemente feliz caso pudesse ganhar um pouco da sua cultura (forte componente irônico aqui).

    Sobre essa coisa esquisita chamada neoliberalismo, aposto que somos mais críticos dele do que você. Pode ler aqui.

    Grande abraço e volte sempre!
  • Patrick de Lima Lopes  22/06/2012 14:03
    Leandro, se Mises é oposto ao neoliberalismo e Hayek é considerado pelo artigo o maior nome do neoliberalismo, não seria Mises contra Hayek e não estaria o escudo do instituto equivocado ao exibir a imagem deste?
  • Leandro  22/06/2012 16:23
    Não entendi sua lógica, Patrick. Nosso brasão tem as fotos de Mises e Rothbard, e nenhum deles foi neoliberal. Se houvessem sido, pode ter certeza de que não estariam no brasão. E tampouco o Instituto se chamaria Mises. Logo, não entendi por que você achou incoerente termos a foto de Mises e Rothbard, dois anti-neoliberais, no brasão do Instituto Mises...

    Quanto a Hayek, ele de fato teve uma fase confusa, na qual ele apoiou medidas neoliberais (isto é, intervencionistas). Mas isto não apaga sua brilhante contribuição para a teoria monetária austríaca, sendo a sua teoria dos ciclos econômicos a melhor.

    Abraços!
  • Patrick de Lima Lopes  22/06/2012 16:48
    Tudo bem, Leandro.
    Obrigado por esclarecer-me um pouco mais da história do Hayek.
    Foi apenas um engano meu em relação à carreira dele como economista.
  • Licurgo  23/06/2012 07:44
    Outro texto esclarecedor para quem confunde neoliberalismo com livre mercado: www.mises.org.br/Article.aspx?id=835
  • EUDES  29/06/2012 13:06
    "Quanto ao êxito do capitalismo, pouco posso falar, pois tal sistema existe atualmente apenas em pouquíssimos locais, dentre eles Hong Kong, Cingapura, Suíça, Austrália e Nova Zelândia. Mas existiu nos EUA do século XIX, e o resultado todos sabem qual foi."

    Leandro, poderia me explicar por que esses países são capitalistas ? Isso não é uma crítica!
  • Leandro  29/06/2012 14:40
    Eudes, esses são os países que, hoje, possuem as menores tarifas de importação (livre comércio), as maiores facilidades para se empreender, os menores trâmites burocráticos para se abrir e fechar empresas, os menores custos trabalhistas e as menores alíquotas de impostos de sobre pessoas jurídicas.

  • EUDES  02/07/2012 06:41
    Obrigado pela resposta, Leandro!
  • Julio dos Santos  22/06/2012 15:01
    Raphael, esses dias eu li uma frase que talvez te ajude a entender o pensamento libertário:\r
    "Há algo de bom em Marx: ele não era keynesiano" – Murray Rothbard.\r
    Então assim, marxismo e neoliberalismo podem não estar no mesmo saco, mas com certeza não estão juntos do pensamento libertário.
  • Vinicius  24/06/2012 15:16
    mais um "inocente util" saido direto de alguma UF brasileira...... e nos pagando isso.... kkk.. rir pra nao chorar
  • Andre  22/06/2012 12:50
    Mais um texto soberbo do Gary North.
  • Andre  22/06/2012 12:56
    Acho interessante ler os comentários desse pessoal de esquerda. Eles não sabem a diferença entre capitalismo de estado e livre mercado (que é o sistema defendido aqui no site). \r
    Será por falta de conhecimentos ou de honestidade?
  • Patrick de Lima Lopes  22/06/2012 13:35
    Mais um brilhante artigo do Gary North!\r
    Mas, lidar com um socialista é mais difícil que isto.\r
    Para tal, desenvolvi uma lista para lidar com um socialista:\r
    1º Quando ele começar a falar de mais valia, sorria e tente não lembrá-lo que os salários é produto do lucro e não o oposto.\r
    2º Quando ele mencionar que Cuba possui o melhor IDH do mundo e que o cubano já nasce com curso superior, sorria e esqueça que a boa vida cubana é como o Loch Ness: Muita gente jura que existe e já viu, mas não existe.\r
    3º Quando ele começar a falar da opressora burguesia, sorria e lembre-se de que, afinal, controlar o estado para favorecer os seus negócios e declarar guerra porque seus investimentos no país A estão em risco não faz parte do capitalismo.\r
    4º Quando ele começar a falar de países explorados pelo capitalismo, esqueça que na linguagem socialista ser explorado significa estar aberto ao mercado externo. Tente esquecer que o país mais explorado pelas empresas de telecomunicações no continente americano, a Guatemala, possui o mais barato e mais eficiente serviço de telecomunicações no novo mundo.\r
    5º Quando ele falar que a ditadura militar foi planejada pela burguesia junto ao exército, esqueça que estatizar a economia e conceder benefícios aos amigos do rei não têm nada a ver com capitalismo.\r
    6º Quando ele falar que privatizar as riquezas nacionais é o mal encarnado, esqueça que o consumidor existe e que este não deveria ser obrigado a restringir-se a comprar o lixo nacional.\r
    7º Quando ele falar que o protecionismo é certo(contrariando mesmo a Marx) para proteger o emprego dos funcionários da Guaraná Tobi contra a Coca-cola, esqueça que roubar a liberdade e o dinheiro de uma sociedade inteira para favorecer um dono de fábrica e seus funcionários é completamente injusto e autoritário.\r
    8º Quando ele falar que Cuba tem a melhor educação pública, a melhor banana, a melhor saúde e a melhor (insira algum serviço público que justifica a existência do estado), apenas sorria e admita o suposto sucesso da experiência cubana.\r
    9º Quando ele falar que a URSS apenas falhou porque tinha que criar armas para enfrentar os EUA, esqueça que o verdadeiro fracasso soviético não tinha nada a ver com guerra e sim a inexistência do cálculo econômico racional sob o socialismo.\r
    10º Mais importante, quando ele disser que os EUA e a Inglaterra apoiaram todas as ditaduras na América e conspiraram cada segundo da nossa história, sendo eles os culpados da nossa pobreza e não a insistência do nosso governo em saquear a sociedade e sua liberdade, apenas sorria e agradeça por ter reaprendido a pensar.
  • mauricio barbosa  23/06/2012 09:20
    É importante lembrar que os EUA,a Inglaterra e qualquer outra potência sempre apoiará governos aliados nem que para isso intervenha militarmente, isso é mais uma prova de que o estado nacional ou estrangeiro são drogas do mesmo quilate ou seja tanto faz o meu pais ser uma potência hegemônica ou um paiséco do terceiro mundo estarei sendo espoliado do mesmo jeito pois em ambos os casos as mafias do poder estaram atuando. Obrigado IMB por nos fazer enxergar o òbvio atè nas relaçôes internacionais.
  • Paulo Sergio  27/06/2012 02:23
    Se vc não se incomoda, vou adicionar mais um:
    -Quando um socialista falar em legítima defesa, significa que vc foi agredido pelo fato do outro cara ter um tênis/relógio/cel caro e vc não, daí vc tem o direito de roubar o cara
    blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2012/06/18/ostentacao-diante-da-pobreza-deveria-ser-crime-previsto-no-codigo-penal/
  • Conservatore  22/06/2012 13:51
    Ao ler comentários como os do Gabriel, reforço uma "teoria" de minha autoria(ainda não escrevi nada, pelo simples motivo de não estar preparado ainda, ou seja, tenho de estudar muito mais):
    Dependendo do tempo e de quão precocemente se teve contato como o marxismo, a pessoa desenvolve o que eu chamo de Síndrome do salvador. Isto significa a dogmatização de uma teoria, no caso do marxismo, é o extremo da dogmatização, maior até que no Cristianismo, lembrando que este, dogmatiza para o Transcendente, ao passo que àquele, dogmatiza para o imanente.
    Na prática, os marxistas em geral e seus derivados, acreditam possuir uma moral superior, capaz de 'salvar' as outras pessoas da 'opressão' capitalista, ao ponto de enxergarem o marxismo como a única teoria correta, isto é, O MARXISMO SE APROPRIA(OU) DA VERDADE, todo o resto é auto-excludente. A MENTE FICA CAUTERIZADA.Não importa que digam aceitar outras teorias; no fundo, acabam recorrendo as teses "irrefutáveis" de Marx. Por exemplo:
    Quando se adota a escola de Frankfurt, ou os chamados Revisionistas, ou a Terceira Via de Giddens, dizendo ser estas um complemento do marxismo ou pequenas melhorias, na verdade, estão tentando mascarar as falhas, ou, até mesmo negá-las.TODOS OS QUE ADOTAM MARX COMO REFERÊNCIA(Os que, realmente, entendem o que significa a proposta marxista), QUEREM CONSTRUIR UM NOVO MUNDO, DESTRUINDO O JÁ EXISTENTE.Os que não entendem, são levados pelos 'cabeças'(Tipo FHC,no caso brasileiro) a enxergarem outra realidade. Isto é tão verdade, que, em meu curso, há colegas que pensam ser o PSDB um partido de "direita".Tente dizer o contrário.Fui chamado de "louco", "reaça" e outros apelidos carinhosos.
    O problema nesta tentativa alucinada em construir um "outro mundo possível", é que, não conseguem enxergar a IMPOSSIBILIDADE LÓGICA de tal proposta. Existe uma ESTRUTURA DA REALIDADE(Eric Voegelin), em cima dela se constroem teorias, umas, de acordo com essa Estrutura, outras, em revolta contra ela, mas, é impossível substituir o FUNDAMENTO posto. A Segunda realidade nasce dessa tentativa de negar o mundo existente.
  • Camarada Friedman  22/06/2012 15:23
    Leandro, tenha paciência, eu já fui um Raphael da vida. E não faz muito tempo viu...
  • Elton  22/06/2012 16:18
    Mesmo com todas essa desgraças que essa ideologia trouxe a sociedade, esse ainda é um sonho sonhado por quem está dormindo para a realidade.
  • Yochanan Ben Efraym  22/06/2012 17:19
    Shalom U'bracha ( Paz e Benção )!!\r
    \r
    \r
    Esse site me faz aprender muito de econômia. Principalmente os "debates" que rolam nos comentários. Eu desde já compactuo com a escola austriaca. Muito show...
  • Diego  23/06/2012 06:38
    Olá pessoal! Bom dia! Tenho uma dúvida a respeito dos partidos daqui do Brasil, quais são socialistas e quais são capitalistas? Sempre tive essa dúvida...
  • Lucas Amaro  23/06/2012 09:46
    Olha, partido político no Brasil é algo complicado. Não que nos outros países não seja, mas aqui é ainda pior.

    Dos que já existem na prática, com registro e tudo mais, sinceramente, se você consegue entender capitalismo como algo livre e não corporativista como é defendido aqui no IMB, nenhum. Talvez um ou outro representante isolado no DEM ou em algum outro partido, já que capitalista mesmo na ação nenhum. O que você pode ter é um ou outro representante em algum desses partidos, portanto esqueça a defesa de siglas nacionais atuais pois não vale a pena. E PSDB não é livre mercado, sempre deixe isso claro pro pessoal que aprende que FHC é sinônimo de laissez-faire.

    Dos em formação, você pode acompanhar o LIBER com segurança. Eu debito o Federalista e o CONS "do lado de cá" também, mas não tanto quanto o LIBER.
  • Andre Cavalcante  23/06/2012 10:15
    Socialistas: TODOS
    Capitalistas: nenhum!

    Abraços
  • Ali Baba  07/03/2014 11:16
    @Diego, Leandro e Andre,

    Eu acho que a situação política-partidária do Brasil é ainda mais complicada. Se quisermos classificar entre capitalistas e socialistas podemos cair em algumas definições de ambas e arriscar colocar alguns partidos como capitalistas (embora não no sentido que usamos de capitalismo nesse site).

    Mais grave ainda é ver que não temos partidos de direita, que todos os partidos brasileiros são de esquerda, centro-esquerda ou ultra-esquerda. E pior, que as correntes filosóficas e religiosas tipicamente de direita em todos os outros países são de esquerda aqui... a existência de um partido "social-cristão", por exemplo, é de um anacronismo do tamanho do Brasil!

    Para um anarco-capitalista como eu, isso não significa nada. Qualquer partido político é uma forma de tomar o controle do estado, portanto algo que não gostaria que existisse. Mesmo o LIBER não faz sentido para um ancap. Mas acho interessante ver que o pensamento de esquerda no Brasil não só é dominante no panorama partidário como também é hegemônico! Mais do que interessante, é muito grave ver que a diversidade política inexiste, apesar da grande quantidade de partidos políticos... Há mais diversidade política nos EUA com somente dois partidos do que no Brasil com essa infinidade de partidos...
  • Roger  07/03/2014 13:47
    Olavo de Carvalho afirma que na América Latina existe uma espécie de "sentimentalismo" revolucionário piegas que explicaria (em parte) essa "paixão" pelo esquerdismo aqui.

    Acho que de certa forma ele tem razão. Na minha opinião, existem outros fatores que fazem o coração do latino "bater forte" quando vê uma bandeira vermelha, mas o "sentimentalismo" arcaico (como por exemplo a herança cultural do ódio dos espanhóis aos ingleses durante eras passadas - o tal "imperialismo") é sem sombra de dúvida o motivo predominante.

    Essa cultura ficou encravada no continente, com menos participação do Brasil, por questão da colonização portuguesa. Mas de certa forma explicaria esse "sentimentalismo" pela foice e martelo. E nossos "intelectuais" tampouco ajudaram a melhorar isso. Poucos se atreveram a mostrar a verdadeira face dessa cultura do tempo dos faraós.

    O socialismo soube explorar isso de maneira maestral. "Resgatou" esse sentimentalismo e o elevou à um novo patamar: o de uma causa que pode ser realizada em um futuro. O que eles não explicam (e jamais vão explicar) é que esse "futuro" jamais chegará. Vejam por exemplo a queda da URSS: a maioria dos comunistas passaram a afirmar que o socialismo na URSS jamais foi comunismo!
  • Maria  23/06/2012 06:54
    Nunca fui marxista mas confesso que já me simpatizei muito com o movimento. Até que me deparei com as inúmeras contradições. Nunca vi um marxista pobre. Eles querem que todos reduzam o padrão de consumo e utilizem serviços públicos, sendo que eles gostam mesmo é de aproveitar as benesses que o sistema capitalista proporciona. E quando a gente olha para a história é aí que vemos o verdadeiro desastre: milhões de mortes e um sistema econômico fracassado.
  • anônimo  24/06/2012 09:08
    Nas escolas e faculdades brasileiras se voce dizer que o Socialismo é um fracasso, voce é perseguido, hostilizado e execrado pelo professor.

    Me recordo do 3º ano do ensino médio, há 10 anos atrás, quando um aluno questionou uma professora sobre socialismo, ela simplesmente disse: "foda-se".

    A ditadura de opnião no Brasil está tão forte que algumas pessoas já estão partindo para agressão física. Sei de um caso na UFRJ, onde um pobre e ingenuo rapaz questionou o professor sobre o socialismo. A policia do campus foi chamada, e o rapaz nunca mais retornou.

    É uma histeria, uma hipnose coletiva, agressiva e odiosa a ditadura de opniao nas escolas.

  • Thiago  06/03/2014 21:24
    Curto muito o site e as ideias aqui discutidas. No entanto, percebo aqui, nos comentários, a mesma agressividade que os esquerdistas dedicam àqueles que os questionam, quando da indagação (mesmo que construtiva)de suas posições. Além disso, outro ponto que me incomoda é utilização do mesmo argumento esquerdista de que o socialismo nunca existiu, de fato, e que os malefícios do sistema observado na URSS foram um "desvio" do que fora idelizado por Marx, ou mesmo por Lênin. Aqui o discurso é de que nunca houve capitalismo, exceto onde ele deu certo. Não seria inteligente argumentar que, mesmo onde o capitalismo conviveu com algum grau de intervenção estatal, a exemplo da França, EUA e Inglaterra, ele foi mais eficinte que qualquer experiência socialista, portanto, empiricamente, um sistema superior?

  • Ricardo  07/03/2014 02:07
    Prezado Thiago, você inverteu causa e efeito. Não é que "nunca houve capitalismo, exceto onde ele deu certo", mas sim que "só tiveram êxito aqueles locais que, em algum ponto de sua história, adotaram um modelo mais próximo do capitalismo puro."

    Essa confusão entre causa e efeito é grave.

    Ao contrário de seu raciocínio, é a adoção de um modelo próximo ao capitalismo puro que determina o êxito, e não o êxito que determina o capitalismo.

    Ademais, não há absolutamente nenhum erro teórico em se dizer que não existe capitalismo puro e nem comunismo puro. O fato incontestável é que aqueles países que mais se aproximaram do capitalismo puro (Hong Kong, Cingapura, Suíça e EUA do século XIX) prosperaram e enriqueceram, ao passo que aqueles que mais se aproximaram do comunismo puro (China de Mao, Ucrânia, Camboja, URSS e Coreia do Norte) vivenciaram misérias, destituição e privação totais.

    Só isso.
  • Thiago  07/03/2014 14:37
    Obrigado, Ricardo, por tentar me explicar exatamente o que eu estava criticando ou defendendo.

    Isso espelha a sua preocupação em negar qualquer posição que pareça discordar da sua em detrimento da busca pelo diálogo e pela evolução do argumento.

    Isso é que é erro grave.
  • Ricardo  07/03/2014 14:44
    Prezado Thiago, qual o erro em minha explicação? Seja mais claro na sua crítica em vez de se refugiar em meras insinuações, e mostre-me qual é ou quais são as inconsistências no que eu falei e explicite as devidas correções. No aguardo.
  • Zeca  24/06/2012 13:53
    Quanto comentário. Mas aí vai o meu: O grande problema do Estado é a corrupção desenfreada. Quanto maior o Estado e seu aparato, maior a roubalheira e o desperdício. A URSS quebrou porque a corrupção lá devia ser astronômica, mesmo se comparado a países da América Latina. Em Cuba, os caras, em nome do tal "socialismo" devem roubar ininterruptamente. Já no caso do capitalismo de compadrio do Ocidente, os banqueiros com suas reservas fracionárias (aprendi esse termo aqui no IMB) também operam uma vasta rede de corrupção, piramidando empréstimos e corrompendo governos e seus bancos centrais. Simples assim.
  • Eliel  25/06/2012 04:56
    Caro Zeca, seu comentário veio a calhar.
    Sou empregado publico (CLT), o que me torna servidor publico, de uma Companhia Municipal de Transito e Urbanização da cidade onde moro. O problema não é o tamanho do "estado" e sim o calculo economico que não existe ou se tentam utilizá-lo é um tremendo equívoco. Vejo muito desperdicio e má alocação de recursos.
    Outro exemplo gritante em minha cidade é sua Companhia Municipal de Telefonia que vive seu inferno astral com troca troca de nomes indicados à presidencia para ver quem morde mais o erário publico e com isso se arruma para as próximas eleições municipais.
    Acrescente ainda o cabo de guerra politico com a Companhia Estadual de Energia Elétrica, "dona" de Itaipu, que têm seus representantes lobistas nessa empresa municipal de telefonia.
    Enquanto isso ponto para a Oi, Tim, Vivo, Claro, etc...
    É uma vergonha!
    Por questão de emprego continuo onde estou. Por mim poderiam privatizar tudo. Inclusive "minha empresa". Não tem coisa pior que ser funcionário de carreira e sofrer ameaça de demissão de uns infelizes que assumem cargo de confiança e passa a nos ditar propósitos equivocados que nos leva a prática de ações econômicas desastradas?
    Alguém discorda?
  • Mr.Garone  08/07/2012 07:35
    É simplista o meu comentário, mas existe uma falácia da burocracia: Que ela é uma forma racional de administração pública, mas imaginamos o irracional.

    Recentemente traduzi, um e-book do Mises que é sobre o assunto BUROCRACIA, mas não era inglês, mas está escrito em TCHECO.

    Na minha opinião controle atrapalha a administração seja público ou no privado, na Administração aprendemos que uma das ferramentas básica de um administrador é o controle, mas existe outras formas de administrar que não precisa de controle.

    Mas em sociologia das organizações, burocracia é uma organização ou estrutura organizativa caracterizada por regras e procedimentos explícitos e regularizados, divisão de responsabilidades e especialização do trabalho, hierarquia e relações impessoais. Em princípio, o termo pode referir-se a qualquer tipo de organização - empresas privadas, públicas, sociais, com ou sem fins lucrativos.

    Popularmente, o termo é também usado com sentido pejorativo, significando uma administração com muitas divisões, regras, controles e procedimentos redundantes e desnecessários ao funcionamento do sistema.

    Pessoas que são limitadas, só conseguem enxergar a forma burocrática de administrar, portanto uma das ferramentas do socialismo é a burocracia.

    Fonte de pesquisa: www.mises.cz/
  • Gabriel  22/08/2012 11:42
    Alguém já leu o livro "HITLER GANHOU A GUERRA"? O que têm a dizer sobre as ideias deste livro?
  • The inquisitor  07/11/2013 18:45
    Como explicar, então, os exemplos bem sucedidos? Toda vez que falo do fracasso soviético, me jogam na cara o exemplo dos escandinavos, que vivem sob um modelo socialista (educação e saúde estatizadas, estado de bem-estar social, assistencialismo governamental etc.) e são ricos? O que dizer da medicina inglesa? Saúde pública que funciona...
  • Leandro  07/11/2013 18:59
    Para começar, os escandinavos não são e nem nunca foram comunistas. Tampouco têm economias altamente reguladas, como a brasileira.

    O que quase todo mundo ignora é que os países escandinavos primeiro enriqueceram (o fato de não terem participado de nenhuma guerra ajudou bastante), e só depois adotaram um estado assistencialista. E com um detalhe inevitável: após essa adoção, a criação de riqueza estagnou (como foi relatado aqui e aqui).

    Outra coisa pouco mencionada é o alto nível de desregulamentação das economias escandinavas. Na Dinamarca, por exemplo, você demora no máximo 6 dias para abrir um negócio (contra mais de 130 no Brasil); as tarifas de importação estão na casa de 1,3%, na média (7,9% no Brasil); o imposto de renda de pessoa jurídica é de 25% (34% no Brasil); o investimento estrangeiro é liberado (no Brasil, é cheio de restrições); os direitos de propriedade são absolutos (no Brasil, grupos terroristas invadem fazendas e a justiça os convida para um cafezinho); e, horror dos horrores, o mercado de trabalho é extremamente desregulamentado. Não apenas pode-se contratar sem burocracias, como também é possível demitir sem qualquer justificativa e sem qualquer custo. E tudo com o apoio dos sindicatos, pois eles sabem que tal política reduz o desemprego. Estrovengas como a CLT (inventada por Mussolini e rapidamente copiada por Getulio Vargas) nunca seriam levadas a sério por ali.

    Isso tudo fomenta a acumulação de capital, a qual tem de ser muito alta para alimentar todo o consumo de capital feito pelo governo. É sim possível uma sociedade ter uma alta carga tributária e continuar enriquecendo, mas sua população tem de ser altamente poupadora e incrivelmente produtiva, e a economia tem de ser altamente desregulamentada. Ela precisa acumular capital a uma taxa maior do que o consumo feito pelo governo. Caso a acumulação de capital consiga ser maior do que o consumo de capital feito pelo governo, a sociedade pode enriquecer.

    O que dizer da medicina inglesa? Saúde pública que funciona..."

    Bom, isso é uma piada, e de absoluto mau gosto. No Reino Unido, a medicina estatal já chegou à sua perfeição: bebês doentes estão sofrendo eutanásia compulsória.

    Sem recursos (que inesperado!), os hospitais do NHS (National Health Service) estão simplesmente cortando a alimentação deles, que são deixados à míngua até morrerem.

    Estatistas -- que são obcecados com controle populacional -- até salivam quando lêem coisas assim.

    www.dailymail.co.uk/news/article-2240075/Now-sick-babies-death-pathway-Doctors-haunting-testimony-reveals-children-end-life-plan.html

    E tem mais:

    1.200 pessoas morreram de fome nos hospitais estatais do Reino Unido (o National Health Service - NHS) porque as "enfermeiras estavam ocupadas demais para alimentá-las".

    www.dailymail.co.uk/news/article-2287332/Nearly-1-200-people-starved-death-NHS-hospitals-nurses-busy-feed-patients.html
  • Cleiton  07/11/2013 19:13
    Leandro, não está na hora de ter um FAQ no site? A primeira pergunta e resposta deveria ser essa dos países escandinavos.
  • anônimo  07/11/2013 19:15
    Se um dia for feito um FAQ nesse site, essa questão da Escandinávia tem que estar em primeiro lugar.
  • Digo  07/03/2014 14:54
    Não deveria surpreender ninguém. Conheço o caso canadense de perto. E digo que é pior que o SUS. A sorte do Canadá é que as grandes cidades ficam todas perto da fronteira com os EUA, que é bastante livre. Assim, a população que realmente fica doente e precisa de um especialista ou leito hospitalar rapidamente pode obter atendimento médico adequado sem se deslocar muito.

    E o pior é que conheço casos de brasileiros que, mesmo com green card e direito a se tratar gratuitamente num país de primeiro mundo, preferiram voltar ao Brasil e pagar do próprio bolso por atendimento adequado. Se isso não é o que se chama de "miserable failure", não sei mais o que é.
  • Gustavo Ramos  06/03/2014 14:58
    Acho que seu nickname, "The Inquisitor", foi um rasgo de sinceridade mal contida.
  • Bruno D  06/03/2014 18:13
    Provavelmente o Sr. North não conhece a Funai...
  • Antonio  06/03/2014 18:32
    A questão indígena sempre me deixou com sensação de injustiças cometidas com estes povos.
    A começar pela nossa América do Sul, incluindo é claro o Brasil.
    No Brasil está em grande discussão a demarcação das Terras indígenas.
    Estes povos não teriam direito aos seus quinhões no Brasil, pois os mesmos foram espoliados de suas terras por nossos ancestrais portugueses?
    Leandro, um libertário não deveria defender a liberdade dos índios e devolução de suas terras, já que se tratou de uma injustiça? Eles estavam aqui muito antes dos portugueses e espanhóis.

    E o caso de Israel na visão de um libertário, como ficaria?
    O estado de Israel foi criado após sua diáspora no ano 70dc causada pelos romanos. Pela lógica da propriedade privada os palestinos não foram lesados??
  • Maktub  06/03/2014 18:50
    "Estes povos não teriam direito aos seus quinhões no Brasil?"

    Eles teriam direito a exatamente a mesma área de terra que eles colonizaram e onde efetivamente misturaram seu trabalho. Nem um metro quadrado a mais. Quando alguém trouxer uma conclusão definitiva sobre as exatas terras que foram colonizadas por índios, podemos conversar.

    Tem gente aí que defende que todo o território brasileiro seja devolvido aos índios. Ora, como assim? Por que os índios são merecedores de terras que eles nunca habitaram?

    Sobre Israel:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=217
  • Ismael  07/03/2014 02:18
    Fazendo um gancho nesta questão indígena, que a propósito é o assunto que inicia este artigo, há (aos que interessarem) uma excelente fonte artística que retrata (mas não como crítica econômica) este uso do território (e cultura)indígena nos EUA como laboratório socialista.
    Refiro-me aos quadrinhos de bang-bang desenhados inicialmente por Aurelio Gallepini ainda nos anos'40 e depois continuados por vários anos e por vários desenhistas italianos vinculados à Sergio Bonelli Editore. Vale um destaque para o personagem Tex Willer, chamado de 'ranger', um espécie de fiscal/policial designado para 'guarnecer' determinadas tribos, obviamente sendo ele um não-indígena.
    Curti muito tais quadrinhos quando adolescente, mas observando hoje não consigo imaginar especificamente que motivos excusos teve a equipe de desenhistas e roteiristas da Sergio Bonelli (pseudônimo de Guido Nolitta) em propagandear com tanta qualidade artística (e o curioso que são italianos) aquela época histórica de tanto massacre humano pelas munições do Estado, ou como definido aqui, o princípio do laboratório socialista sendo posto na prática.
    Sempre que penso nestes quadrinhos me vem à memória frase cabal de Humberto Gessinger dos Engenheiros do Havaí (...sangue falso, bang-bang italiano...). Acho que os desenhistas apenas se deleitaram sobre aquela epopéia mística do avanço sobre o western, sem qualquer capacidade sobre algum questionamento mais sério.
    É óbvio que há muitos filmes sobre o tema, mas o interessante de observar os quadrinhos é que eles têm (ou tentam ter) um aparato teórico, relatando o personagem e suas ações, ou traduzindo - a intensa luta do Estado em manter determinados grupos sociais isolados, pobres, dependentes, marginalizados e por vezes violentos. Tudo isto hilaricamente na tão propagandeada 'terra da liberdade'.
  • Emerson Luis, um Psicologo  06/03/2014 18:55

    Os EUA possuem sua própria FUNAI!

    Reagan estava certo em chamar a URSS de "IMpério do Mal".

    * * *
  • Antonio  06/03/2014 23:11
    Aqui no Brasil em 1500, existiam centenas de etnias. Algumas foram miscigenadas pelos cruzamentos com os colonizadores, outras exterminadas por bandeirantes. As etnias que remanesceram emigraram de seus territórios de origem. Como achar uma situação justa para eles?

    Em um pronunciamento a ruralistas a Senadora Katia Abreu do PSDB sugeriu obter imagens de satélites à época da constituição de 1988 e através destas imagens realizar as demarcações.

    Porque não oferecer as terras da Amazônia pertencentes a União e outras terras devolutas?

    Quero colocar que não concordo com a demarcação arbitrária, da forma como está sendo feita hoje. Acabando com propriedades altamente produtivas e retirando famílias que estavam nestes locais a mais de 100 anos.

    Como o artigo citou a questão dos índios americanos, gostaria de saber a opinião dos interlocutores do Instituto Mises sobre esta questão.

    Respondendo ao Marktub:

    "Por que os índios são merecedores de terras que eles nunca habitaram?"
    Os índios habitavam toda a extensão do continente.
    Acredito que algumas etnias indígenas até possuíam uma "espécie de demarcação" de território.
    Infelizmente naquela época, o trabalho de desenvolvimento que os Jesuítas realizavam com os índios foi duramente perseguido por governantes e alguns bandeirantes. Mas esta é uma outra questão.
    Algumas etnias não eram muito afeitas ao ouro e a prata. Eram silvícolas e nômades por este grande território.
    Acredito que uma visão libertária neste encontro de civilizações, seria dar a possibilidade de ambos conhecerem suas culturas respeitando o diferente não sobrepujando o outro a força. Quanto a questão das terras e a propriedade, como não podemos voltar no tempo, seria dar a posse de terras e rios nativos dando a eles total autonomia sobre estes territórios. Se quiserem ganhar dinheiro ou não é uma escolha deles.
    Veja o exemplo neste link da veja sobre os indígenas americanos.
    veja.abril.com.br/250407/p_069.shtml
    Só que agora não sei se os dados deste informativo da Veja são verdadeiros. A imagem que pintaram é que os índios estão bem, o que destou deste artigo.

  • Professor  07/03/2014 01:56
    "Os índios habitavam toda a extensão do continente. "

    Cidadão, isso é simplesmente uma impossibilidade física. Veja bem: atualmente, o Brasil tem 200 milhões de habitantes. Sabe qual é a área ocupada por cidades e infraestruturas? Meros 2%. Isso mesmo, 2%.

    Agora me diga: como é possível que uma ninharia de índios tenha ocupado cada metro quadrado do país ("continente inteiro", se nem 200 milhões de pessoas fizeram isso?

    A teoria do Maktub está corretíssima. Ninguém tem direito a terras que não ocupou e não trabalhou.

    Ah, sim, só pra apimentar: ao passo que cidades e infraestruturas ocupam apenas 2% do território nacional, as terras indígenas ocupam incríveis 12% (dados do IBAMA, INCRA, IBGE, FUNAI; ver última imagem do artigo). Quer ainda mais privilégio do que isso?
  • Roger  07/03/2014 00:08
    Fantástico artigo. Parabéns ao autor.
    Cada vez fico mais fã do IMB.

    P.S.: Vejo que é uma lástima que o livre-mercado propicie condições perfeitas para a encubação de monstros desequilibrados que, ao atingirem a "maturidade", se voltam contra o seu próprio ninho.
  • Antonio  07/03/2014 14:56
    Professor ,quando escrevi "Os índios habitavam toda a extensão do continente.", quis apenas transmitir que as tribos habitavam várias regiões do território. Como também escrevi, muitas etnias eram nômades, não possuíam um lugar fixo definido, visto que não fazia parte da sua cultura se fixar em um lugar definitivamente. Eles não tinham estado para se submeterem.
    Não quero gerar polêmicas, apenas como saber como ficaria a situação dos indígenas em uma visão libertária.
    Citei o artigo da revista Veja (veja.abril.com.br/250407/p_069.shtml)
    , porque mostrou um outro lado dos índios dos EUA. Achei a visão progressista para eles interessante.
  • johnson  07/03/2014 18:54
    O uso incessante de argumentos ad hoc, utilizados por vocês libertários, diminui em muito a força de sua argumentação.
  • Ricardo  07/03/2014 19:25
    Pois então cite exemplos destes "incessantes" argumentos ad hoc, mostre por que são ad hoc, e explique como deveriam ser para serem aprovados por você. Estamos preocupados.
  • Guilherme  07/03/2014 19:27
    Esse aí, coitado, na mais completa falta de contra-argumentação ao artigo, quis apenas espernear. É uma pena que este tipo de poluição seja permitido. Não agrega em nada ao espetacular artigo e só desvia a atenção. Acho que a moderação deve rever sua postura laissez-faire...
  • Ronaldo  07/03/2014 23:50
    2 Horas e nada...cadê?? quero saber!
  • Vinicius  08/03/2014 15:48
    Nunca li um livro sobre economia em minha curta vida, mas sei que, usando o minimo conhecimento de mercado e pura logica, se chega nos ideais do liberalismo como a nossa melhor opção atual. É como se o liberalismo fosse "2+2=3.9999.." (pra não dizer exato) e todos esses outros "ismos" fossem "2+2=5+". Não consigo entender como as pessoas ainda caem nesses contos — feito obviamente por oportunistas que só almejam o poder — em pleno Seculo XXI.
  • Karlos  08/03/2014 18:02
    reason.com/archives/2005/01/21/the-man-who-told-the-truth

    Robert Heilbroner:

    "Capitalism has been as unmistakable a success as socialism has been a failure. Here is the part that's hard to swallow. It has been the Friedmans, Hayeks, and von Miseses who have maintained that capitalism would flourish and that socialism would develop incurable ailments. All three have regarded capitalism as the 'natural' system of free men; all have maintained that left to its own devices capitalism would achieve material growth more successfully than any other system. From [my samplings] I draw the following discomforting generalization: The farther to the right one looks, the more prescient has been the historical foresight; the farther to the left, the less so". (Dissent)

  • johnson  08/03/2014 23:19
    ARGUMENTO FALACIOSO Nº1:
    Stalin e Mao assassinaram mais de 100 milhões de pessoas.Stalin e Mao eram socialistas.Ora, se Stalin e Mao eram socialistas e mataram mais de 100 milhões de pessoas, então todos os socialistas são assassinos sanguinários e perversos.

    Se levarmos a sério essa falácia, poderemos afirmar então que Diocleciano, Átila, Genghis Khan,Leopoldo II da Bélgica e Hitler também foram socialistas, já que assassinaram milhões de pessoas também...
  • Popper  08/03/2014 23:50
    Uma aulinha gratuita de lógica ao senhor Johnson (que vive perdido neste site): há algo na filosofia que se chama "filosofia da lógica". Dentro deste conjunto há a "consequência lógica", o "acarretamento" e a "validade". Pode pesquisar na Wikipédia, não é vergonha nenhuma.

    Este caso específico que iremos adotar se chama "processo de dedução" ou "inferências por raciocínio dedutivo".

    Todas as três frases a seguir são logicamente corretas:

    Todo americano fala inglês, mas nem todo mundo que fala inglês é americano.

    Todos os cisnes são brancos, mas nem tudo que é branco é um cisne.

    Todo os socialistas que implementaram o socialismo se revelaram homicidas em massa, mas nem todos os homicidas em massa são socialistas. (Muito embora eu desconheça homicidas em massa mais eficientes que os socialistas).

    Sacou?

    Ah, sim: você tentou fazer uma ironia, mas involuntariamente acertou: Hitler e Diocleciano eram socialistas.
  • anônimo  09/03/2014 12:25
    Popper:
    Todo os socialistas que implementaram o socialismo se revelaram homicidas em massa, mas nem todos os homicidas em massa são socialistas.

    johnson:
    Todo os socialistas que implementaram o socialismo se revelaram homicidas em massa, mas nem todos os socialistas são homicidas em massa
  • Rodrigo D.  09/03/2014 04:25
    Com base em que vc conseguiu concluir que em algum momento, em qualquer lugar desse, alguem chegou a conclusão que assassinar pessoas e a definição de socialista? Ou vc e analfabeto ou muito mal caráter. Ou apenas acha que espantalhos funcionam aqui.

    Cada doido.
  • Finalizando  09/03/2014 14:51
    Todos os socialistas que têm a chance de implementar suas ideias se revelam homicidas em massa.

    Isso é algo totalmente empírico.
  • anônimo  09/03/2014 15:28
    Realmente, muito "empírico".

    É uma pena (ou benção, depende) que mortos não falam, pois os 100 milhões de mortos pelo socialismo ao redor do mundo teriam muito o que dizer desse "empirismo" a que você se refere.

    Mas como sempre, para todo o socialista, a morte é algo empírico. Só funciona como ciência quando entra na estatística.
  • anônimo  09/03/2014 16:36
    É estarrecedor e perturbador a forma como os socialistas se esquivam das responsabilidades e consequências da sua própria ideologia.

    Negar o óbvio já mostra uma patologia grave. Mas negar, e ainda atribuir a culpa a outro, é a mais pura demonstração da mais baixa qualidade humana: a canalhice.

    Por isso considero uma discussão com essa gente um tempo totalmente perdido aqui nessa vivência.
  • Renan  09/03/2014 13:41
    A morte de um homem, uma tragédia; de milhões, apenas estatística. Lênin
  • Eduardo Bellani  09/03/2014 15:51
    Essa citação era atribuída a Stalin, mas na realidade ninguém sabe ao certo
    quem realmente criou a pérola. Não conheço indícios que indiquem que foi Lênin.

    [1] quoteinvestigator.com/2010/05/21/death-statistic/
  • Eduardo R., Rio  08/12/2014 04:00
    "Uma espiã chamada Coco Chanel". Segundo a edição brasileira do EL PAÍS, "documentos inéditos do ministério de Defesa francês, da Prefeitura de polícia e do Arquivo Nacional da França" corroboram a versão que Coco Chanel era uma espiã a serviço do Nazismo.
  • Eduardo R., Rio  08/06/2015 03:34
    "A batalha de um homem só", por Mario Vargas Llosa.
  • MÁRIO XAVIER STEINHOFF  12/06/2016 19:23
    Um socialista ao matar um a um capitalista ou outro socialista em tempo de "paz", é um assassino e vice-versa. Se for em nome de uma revolução ou guerra ou conquista,
    é um assassino travestido de herói.
  • anônimo  17/02/2017 03:43
    Leandro, qual o impacto dos investimentos estrangeiros durante a NEP? Eles realmente fizeram diferença no processo de recuperação econômica e aumento da produção industrial observado durante os anos 20?
  • Guilherme Silveira A. Santos  22/08/2020 00:38
    Marx e Sartre eram tão tolos quanto o suposto vidente psíquico Edgar Cayce.
  • Guilherme Silveira A. Santos  22/08/2020 00:49
    O Correspondente do NY Times, Walter Duranty, ganhador do Pulitzer, negou categoricamente o extermínio por inanição cometido na Ucrânia na década de 30. Outros intelectuais tiveram a mesma atitude de negligência durante a "década vermelha", expressão de Eugene Lyons.


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