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Vouchers escolares: o caminho mais “eficiente” para a socialização da educação

A direita, vários liberais e até mesmo alguns libertários gostam de defender a adoção de vouchers educacionais como uma alternativa para as escolas públicas.

Para quem ainda não está familiarizado com o termo, um voucher escolar nada mais é do que um certificado de financiamento emitido pelo governo e entregue para os pais de uma criança em idade escolar.  Em posse desse voucher, os pais podem então colocar a criança na escola privada que quiserem, sendo a mensalidade paga por este voucher — ou seja, paga pelos pagadores de impostos.

O argumento é o de que a adoção de um sistema universal de vouchers, os quais estariam disponíveis para todos os pais e que poderiam ser utilizados em toda e qualquer escola privada (religiosa ou não-religiosa, com ou sem fins lucrativos), estimularia a concorrência entre as escolas, as quais estariam agora à procura de mais alunos, independentemente da renda de seus pais. 

No que mais, prossegue o argumento, haveria também um aprimoramento da indústria educacional privada, a qual se tornaria poderosa o bastante para contrabalançar a maléfica influência das escolas públicas, sua burocracia e, principalmente, seus sindicatos de professores, um dos mais poderosos grupos de interesse esquerdista de qualquer país. 

O grande problema é que, não apenas esse argumento não se sustenta, como ele na realidade é um delírio completo. 

As escolas que aceitarem entrar nesse programa de vouchers irão facilmente se tornar uma província dos reguladores e dos burocratas do governo, os quais agora estarão no controle do dinheiro da mensalidade.  Se os burocratas controlam o dinheiro, então eles têm o poder de determinar como cada escola deverá agir.  E as escolas, ansiosas por esse dinheiro, irão aquiescer tranquilamente.

Para piorar, o dinheiro que financia os vouchers continua sendo confiscado dos pagadores de impostos, os quais já são espoliados para bancar as escolas públicas. 

Ou seja, em vez de reduzirem, os vouchers aumentam o envolvimento do governo na educação.

Mas as coisas pioram.  No final da década de 1990, o estado da Flórida adotou o programa de voucher, mas especificou que apenas os piores alunos das piores escolas públicas poderiam utilizá-lo.  As crianças com bons ou até mesmo razoáveis históricos escolares não eram elegíveis para o programa.  Consequência: houve uma fragorosa queda na qualidade do ensino dessas escolas privadas, que agora tinham de lidar com alunos bem mais atrasados em termos de aprendizado.

[No Brasil, temos algo semelhante aos vouchers, só que em nível universitário: o ProUni.  Os resultados foram o encarecimento das mensalidades e a piora da educação das universidades particulares que recebem esse subsídio, pois agora elas não mais precisam competir por novos alunos; o governo já garante a receita. O lucro é garantido, mesmo que os serviços prestados estejam em queda livre.]

Na melhor das hipóteses, os vouchers são uma tentativa cara e perigosa de reinventar o conceito de escola pública, uma tentativa fadada ao fracasso.  Na pior das hipóteses, vouchers são uma tentativa de forçar as escolas privadas a funcionar exatamente como as escolas públicas. 

Apenas imagine toda a burocracia e todas as regulamentações que seriam impostas sobre as escolas privadas em troca desse enorme subsídio que elas agora receberiam do governo?  Com o governo estando efetivamente no controle das escolas privadas, elas rapidamente passariam a funcionar como escolas públicas.

E isso não é uma mera questão de previsão ou de opinião.  A própria esquerda admite isso e torce para que isso aconteça.  Veja, por exemplo, esse artigo escrito por um famoso colunista progressista em defesa dos vouchers.  O articulista repreende aquela parcela da esquerda que ainda não apoia os vouchers e que não é iluminada o bastante para perceber suas intrínsecas vantagens.  Segundo o articulista, os vouchers aumentam os gastos estatais com educação, privilegiam os pobres, e submetem escolas privadas ao controle do estado.  De uma perspectiva socialista, pergunta ele, o que há de errado com esse arranjo?  Boa pergunta, realmente.

Não é de se estranhar, portanto, que, nos últimos anos, a esquerda em geral tenha se tornado bastante receptiva aos vouchers e a outros programas de financiamento público de instituições educacionais privadas.  Ambos são um gigantesco programa estatal que, em vez de reduzir, aumenta o papel do estado na educação, e que irá transformar qualquer instituição privada que os aceite em uma cópia carbono das escolas públicas.

O problema da educação não pode ser solucionado por paliativos, e nem muito menos por programas que transformem escolas privadas em escolas públicas.  Enquanto houver dinheiro de impostos envolvido no esquema, o governo sempre estará no controle do espetáculo — coisa que, aliás, os artistas que vivem de subsídios estatais já entenderem há muito tempo. 

Mas não seria ao menos uma medida na direção certa?

No entanto, considerando-se o atual estado das coisas, e a atual situação calamitosa das escolas públicas, os vouchers não seriam ao menos uma medida na direção correta?  Eles não seriam melhor do que não fazer nada?

Ao contrário: os vouchers piorarão as coisas.  Em vez de aumentar as oportunidades educacionais, os vouchers irão aumentar os tentáculos do governo sobre a educação, aumentar os custos da educação, aumentar a dependência das pessoas em relação ao estado, e aumentar o poder geral do estado.

Dado que o estado sempre acaba controlando aquilo que ele subsidia, as escolas privadas que aceitarem os vouchers estarão sujeitas a todos os tipos de regulamentação estatal.  Dado o histórico do estado, é inconcebível que ele opere de outra maneira.  As escolas privadas passarão a prestar contas ao estado, e não mais aos pais.

Vouchers, assim como a fajuta "privatização" da Previdência Social — a qual obriga os trabalhadores a continuarem dando seu suado dinheiro para um esquema fraudulento, com a única diferença que tal esquema agora será gerido por empresas privadas —, são apenas mais uma tentativa de alcançar resultados de mercado utilizando meios socialistas.  Isso, aliás, é o inverso do antigo hábito social democrata, em que o objetivo era alcançar o socialismo utilizando meios de mercado. 

No entanto, como todo e qualquer esquema de economia mista, seja o estatismo aplicado aos meios ou aos fins, o resultado será ruim para as finanças públicas, ruim para a produtividade da economia, e ruim para a liberdade.

Conclusão

O verdadeiro desafio é entender por que conservadores, libertários e ativistas religiosos defendem esse esquema de vouchers para a educação.  Talvez eles passaram a acreditar em toda aquela retórica neoconservadora sobre desigualdade educacional, sobre a aflição dos pobres que não conseguem pagar escolas de luxo, e sobre os injustos privilégios usufruídos por aqueles que podem pagar por escolas boas.

Observe que tal retórica implica que a culpa é toda das escolas boas, que são muito caras, e não dos próprios pais que não conseguem fornecer educação para seus filhos, uma das obrigações inerentes à paternidade. 

A solução?  Traçar uma linha estrita e inflexível separando educação e estado, jamais permitindo que as finanças de ambos se misturem.

O próprio Ludwig von Mises já havia previsto, ainda na década de 1920, que o envolvimento do estado na educação não daria coisa boa: "Existe, com efeito, apenas uma solução: o estado, o governo e as leis não devem, de maneira nenhuma, se envolver com a escola e com a educação.  A criação e a instrução dos jovens devem ser inteiramente deixadas a cargo dos pais e de instituições e associações privadas."

Se há algum futuro para a educação, não será por meio de mais gastos e programas estatais; não será por meio de mais controle e centralização do estado.  Isso é apenas mais do mesmo.  Imaginar que burocratas — os quais nem sequer se educaram a si próprios — têm a solução para a educação de todo um país é a própria definição da insanidade.

O futuro da educação está no aumento do envolvimento dos pais; está no envolvimento das famílias; está no homeschooling; está no uso gratuito da internet; está em nível local, e não em nível federal; está nos gastos privados, e não no esbanjamento do dinheiro de impostos; está no esforço individual, e não em professores sindicalizados.  Cada um tem de correr atrás da própria educação em vez de esperar que ela lhe seja entregue mastigada por um burocrata.

O ideal é o envolvimento zero do governo.  Por que os defensores da liberdade têm de ser frequentemente relembrados disso?

_________________________________________

Sugestão de artigos que mostram soluções para a educação:

A obrigatoriedade do diploma - ou, por que a liberdade assusta tanto? 

A educação livre

Educação e liberdade: apontamentos para uma prática pedagógica não coercitiva 

O Homeschooling nos EUA (e no Brasil) 

Melhorando os sistemas de saúde e educação em três passos (Concurso IMB) 

A educação como mercadoria 

Educação Pública - Um fetiche socialista 

Educação e liberdade



autor

Lew Rockwell
é o chairman e CEO do Ludwig von Mises Institute, em Auburn, Alabama, editor do website LewRockwell.com, e autor dos livros Speaking of Liberty e The Left, the Right, and the State.



  • Andre  25/09/2014 14:32
    "[No Brasil, temos algo semelhante aos vouchers, só que em nível universitário: o ProUni. Os resultados foram o encarecimento das mensalidades e a piora da educação das universidades particulares que recebem esse subsídio, pois agora elas não mais precisam competir por novos alunos; o governo já garante a receita. O lucro é garantido, mesmo que os serviços prestados estejam em queda livre.]"

    Sempre percebi que as universidade privadas vem caindo de qualidade.
    Conheço pessoa bem lerdas que se formaram com esse financiamento do governo.
    Agora está explicado.

    Mas prevalece a minha hipótese de que no Brasil as universidade públicas são, aparentemente,
    melhores do que as privadas, apenas por que as vagas são escassas e portanto só os que passam
    no vestibular, selecionados, entram lá.

    E estou ciente de que com a chegada do sistema de cotas a qualidade tenderá ao degringolamento total.
  • Pobre Paulista  25/09/2014 15:23
    As universidades privadas que aderem ao Pró-uni para garantir alunos sem se esforçar realmente estão indo de mal a pior no quesito qualidade. Não que elas tenham sido boas um dia, mas ainda assim, estão piorando sistematicamente.

    Já aquelas que precisam batalhar pelos bons alunos - As universidades CARAS e renomadas - Essas, pelo contrário, estão subindo de nível rapidamente, e em alguns setores (ADM e Economia por exemplo) já são primeira opção de muitos alunos em detrimento das universidades públicas.

    Cuidado com as generalizações. "Toda generalização é errada" :-)
  • BOLHISTA MISERIANO  25/09/2014 16:38
    Caro Pobre Paulista, você é a mesma pessoa que comenta no Bolhaimobliaria.com?
  • Pobre Paulista  25/09/2014 16:54
    Sim.
  • Mohamed Attcka Todomundo  25/09/2014 19:25
    Mas prevalece a minha hipótese de que no Brasil as universidade públicas são, aparentemente,
    melhores do que as privadas, apenas por que as vagas são escassas e portanto só os que passam
    no vestibular, selecionados, entram lá. E estou ciente de que com a chegada do sistema de cotas a qualidade tenderá ao degringolamento total.


    perguntei isso, independentemente, a 2 colegas de trabalho q estudaram em federais (UFMG e USP), e me disseram q as cotas nem pioraram nem vao piorar a seleçao, pois os "negros", "indios" e "pardos" q entram pelas cotas sao akeles q estudam no Objetivo, Colegio Militar e Positivo. é só uma medida corporativista: um grupo bem organizado soube pressionar (lobby?) por um privilegio. ou tlv macusiana/granciana de destilar veneno e incitar odio entre os grupos de uma sociedade (provavelmente ambos)

    quanto + tudo muda, + eh p/ permanecer igaul
  • sandro lima  25/09/2014 20:10
    Na minha concepção, quem faz a faculdade, são os alunos.
    A qualidade do ensino nessas faculdades pioraram por conta dos alunos que tiveram um 2º grau precário. Professor muitas vezes, tem que voltar para matéria de segundo grau, ensinar, para depois entrar no assunto em questão.

    É ruim? é! mas é uma chance!
    para mim, todo aprendizado é válido, você não vai saber o real valor da educação, se você não tiver um de mínimo conhecimento.

    E o que ele aprendeu na faculdade mesmo que boqueta, que por sinal foram assuntos que era para ter aprendido no 2º grau, vai ajuda-lo a educar melhor o filho dele.

    Não sou contra o ProUni, Mas esse sistema de Vouchers para o ensino fundamental acho errado, pois o filho se espelha nos pais, E nesse ponto, é jogar $ no lixo.
    Cursos profissionalizantes para os pais seria mais interessante.





  • Oompa  26/09/2014 04:03
    Se o ensino fundamental e médio foi precário então o cidadão não deveria nem poder passar pela porta de uma universidade, até ser capacitado para isso.

    Ocorre que hoje, para poderem botar as mão no dinheiro desses financiamentos, as instituições de nível superior praticamente aboliram os testes. Em muitas é possível ingressar após apenas redigir, mal e porcamente, uma redação.

  • Sofista/Pos moderno  26/09/2014 14:11
    Liberal é um socialista de sinal contrario, achando que o sistema é maior que o homem. Quem sempre fez a escola foi o aluno,ele não é só um detalhe na paisagem.
  • Gabriel Fagundes  21/08/2018 18:25
    Primeiramente, gostaria de elogiar o artigo, que apesar de eu descordar, possui bons argumentos.
    Realmente, os vouchers representam maior intervenção do estado, o que sou contra, em geral, pois me considero um liberal.
    Mas vamos aos fatos, a educação é um caso a parte. Para diminuir toda a desigualdade perceptível no Brasil, é injusta ideias socialistas, de divisão de terras, imposto negativo, desse tipo. O motivo dessa desigualdade é justamente que algumas pessoas já começam sua vida na frente dos outros. A única maneira de criarmos um país justo com igualdade de oportunidades é investindo em educação. As escolas públicas são caras e ineficientes e apenas servem como fonte de manipulação da massa. Então vamos incentivar a iniciativa privada e a liberdade de escolha do cidadão. O sistema de vouchers tem seus problemas, mas é necessário.
    Qual a culpa da criança se seu pai n pode pagar uma boa educação?
    E sobre a decadência das escolas privadas, se os professores tiverem qualidade e a disciplina ser rígida, a ponto de n dxar um aluno atrapalhar aquele q quer aprender (podendo ser frequente punições e expulsão de sala), a qualidade será a mesma, e talvez melhor.
  • Libertariozinho  28/08/2018 17:40
    Que tipo de liberal é você que acha que desigualdade é um problema?
    Depois é chamado de soça e não sabe por que...
  • daniel  25/09/2014 14:32
    Excelente texto, pros tolos que creem que Friedman era advogado do livre-mercado. A tradução veio em boa hora.
  • Silvio  25/09/2014 15:08
    Ele era sim advogado do livre mercado. E tolice é crer no contrário. O problema é que ele fez concessões e defendia soluções graduais, como o voucher. Mas ele nunca disse que o voucher era o ideal, muito pelo contrário. Veja o que ele mesmo disse a respeito:

    "We regard the voucher plan as a partial solution because it affects neither the financing of schooling nor the compulsory attendance laws. We favor going much farther" (p. 161 www.il-rs.org.br/site/biblioteca/docs/Friedman__Milton___Rose_-_Free_To_Choose_--_A_Personal_Statement.pdf)

    Ele sabia que era politicamente muito difícil simplesmente fazer o correto, ou seja, abolir a nociva edução pública. Desse modo, ele bolou esse remendo. Mas, repito, ele nunca disse que isso era o ideal.


    "A major source of objection to a free economy is precisely that it ... gives people what they want instead of what a particular group thinks they ought to want. Underlying most arguments against the free market is a lack of belief in freedom itself."
    (Milton Friedman)
  • Mohamed Attcka Todomundo  25/09/2014 19:29
    Subjacente a maioria dos argumentos contra o livre mercado é a falta de crença em si mesmo a liberdade (Friedman) - Matador!!!
  • Silvio  26/09/2014 21:29
    A tradução dos trechos citados:

    "Nós consideramos o plano de vouchers uma solução parcial porque não afeta nem o financiamento da educação nem as leis de freqüência obrigatória. Somos a favor que se vá muito mais longe"

    "A maior fonte de objeção contra uma economia livre é precisamente que ela... dá ao povo o que ele quer ao invés do que um grupo em particular acha que ele deveria querer. Subjacente à maioria dos argumentos contra o livre mercado é a falta de crença na liberdade em si."
    (Milton Friedman)
  • daniel  26/09/2014 03:50
    É, você me respondeu e nem leu o artigo. Solução gradual nada, ele era estatista isso sim.
  • Silvio  26/09/2014 20:57
    Meu Deus, eu citei o próprio Friedman. Você quer mais o quê, que eu ressuscite o velho e mande-o conversar contigo?
  • Jeferson  30/09/2014 18:24
    O Friedman é igual ao Hayek. Defendia a liberdade, mas procurava soluções politicamente viáveis para conseguir avanços na direção dela no mundo real, ao invés de ficar sonhando com um mundo ideal que talvez não vá se realizar nunca.

    Por exemplo, se você falar aqui no Brasil em abolir a CLT, você acaba de matar a possibilidade de ser ouvido por quem precisaria te ouvir, agora se você atacar sutil e explicativamente pontos isolados dela, um de cada vez, você vai ganhando abertura para expôr os pontos negativos e convencer mais gente das suas posições. Foi mais ou menos isso que eles tentaram fazer. Infelizmente a esquerda é MUITO melhor do que todos os movimentos pró-liberdade na dialética e na guerra política, e consegue capitalizar politicamente com o que eles falam, enquanto nós ficamos isolados em nossa torre de marfim achando que vamos conseguir um mundo mais livre só estudando e divulgando artigos e livros de autores libertários.
  • Felipe  25/09/2014 15:22
    Primeiro texto que discordo:

    "No Brasil, temos algo semelhante aos vouchers, só que em nível universitário: o ProUni. ... a piora da educação das universidades "

    Não é bem assim, obvio que o nível cai, o nível esta caindo não por que os alunos bons estão ficando ruins ou por que os professores estão piores, está caindo por que há alunos com defasagem de estudos dentro da escola mas só por causa disso vai deixar as pessoas sem estudar e mantem seu nível de pobreza. Tenho um amigo que estudou em escola pública a vida inteira, não tem dinheiro e agora está estudando engenharia graças ao PROUNI.

    "dos próprios pais que não conseguem fornecer educação para seus filhos"

    Ok, o pai pode não ter dinheiro para financiar o estudos do filhos, por "n" razões, mas ai o filho vai ficar sem estudar? ele não tem culpa nenhuma, eu não me importo de pagar impostos para que outros estudem.


    "vouchers não seriam ao menos uma medida na direção correta?"

    Voucher sim são uma melhor medida, escolas públicas são caras e ineficiente, ao invés de bancar elas é melhor permitir a concorrência das escolas particulares, o nível no agregado vai cair, mas e idai? isso não impactará nos estudos dos outros, nem no nível dos professores.


    A questão é ser prático e racional, abolir o financiamento público a educação é algo impossível hoje, então faça o meio mais eficiente, e esse artigo foi incapaz de mostrar que os voucher não são.
  • Silvio  25/09/2014 16:39
    Discordo de suas afirmações:

    "Não é bem assim, obvio que o nível cai, o nível esta caindo não por que os alunos bons estão ficando ruins ou por que os professores estão piores, está caindo por que há alunos com defasagem de estudos dentro da escola mas só por causa disso vai deixar as pessoas sem estudar e mantem seu nível de pobreza. Tenho um amigo que estudou em escola pública a vida inteira, não tem dinheiro e agora está estudando engenharia graças ao PROUNI."

    Ou seja, há defasagem de ensino porque as escolas públicas são fábricas de imbecis e, para resolver o problema que o estado criou, vamos permitir que o estado crie um novo problema, o qual não vai resolver o problema anterior, apenas vai se acumular ao já existente. Problemas esses, vale frisar, que serão financiados pelas vítimas dessa mesma lambança.

    "Ok, o pai pode não ter dinheiro para financiar o estudos do filhos, por "n" razões, mas ai o filho vai ficar sem estudar? ele não tem culpa nenhuma, eu não me importo de pagar impostos para que outros estudem."

    Ele não tem culpa nenhuma e eu também não, então por que eu deveria ser punido? Você não se importa de pagar para que outros estudem e eu também não. Mas gostaria de ter toda a liberdade de determinar o quanto pago, quando pago e quem vai ser o beneficiado pelo meu ato de benemerência.

    "Voucher sim são uma melhor medida, escolas públicas são caras e ineficiente, ao invés de bancar elas é melhor permitir a concorrência das escolas particulares, o nível no agregado vai cair, mas e idai? isso não impactará nos estudos dos outros, nem no nível dos professores."

    O cobertor é sempre curto, ou seja, os recursos são escassos. Quando você põe dinheiro num lugar, fatalmente deixa de colocar em outros. Mais ainda, quando o estado põe dinheiro em um lugar, certamente ele tira muito mais dinheiro de outros lugares mais importantes. Ou seja, onde o estado põe o dedo sempre há um imenso desperdício de recursos escassos.

    "A questão é ser prático e racional, abolir o financiamento público a educação é algo impossível hoje, então faça o meio mais eficiente, e esse artigo foi incapaz de mostrar que os voucher não são."

    A questão pode até ser prático, mas nunca racional. Porque se formos raciocinar, a única coisa certa a ser feita é arrancar a educação (não só ela) das mãos do estado. Você se põe num falso dilema. A escolha não é fazer uma loucura maior ou uma loucura menor. A escolha é entre fazer uma loucura e não fazer. E a escolha correta é não fazer uma loucura, pouco importando a viabilidade política disso.
  • Leandro C  29/08/2018 10:57
    Por isso o debate é tão importante para nosso crescimento, eu estava concordando em td com o Felipe, até ler seus argumentos, que espantaram qualquer dúvida; obrigado.
  • Diego  25/09/2014 17:04
    Primeiramente, parabéns pelo trabalho primoroso do Instituto, pela brilhantismo deste artigo e pelas, como sempre, ótimas traduções dos textos, Leandro!

    Felipe, tal como você, eu, Diego, também "não me importo de pagar os impostos para que os outros estudem". Mas há aqueles que sentem, com suas naturais razões, aviltados, roubados. Eu mesmo me sinto aviltado em pagar impostos para diversos serviços estatais que eu entendo que poderiam facil e eficazmente ser privatizados.

    Ocorre que a crítica, aqui, é mais polêmica e visceral do que esse simplesmente acordar e discordar acerca disso.

    Divulga-se, aqui, como sabemos, os conhecimentos da Escola Austríaca de Economia. Partindo das bases dos ensinamentos de referida Escola, fácil é chegar à conclusão de que quanto maior a intervenção estatal em serviços privados, pior será a qualidade destes. Assim assistimos, a saber, aos serviços de telecomunicações no Brasil. É um lixo, com o perdão da palavra, além de caro, o serviços da Vivo, TIM, Claro, NET e quejandos. Seria melhor, para efeito de concorrência, que simplesmente houvesse significativa desregulamentação neste setor.

    Ocorre que existe, penso eu, uma linha divisória de raciocínio entre você com aqueles que entendem que o serviço educacional elementar pode ser facilmente objetificado, desregulamentado e mercantilizado tal qual o serviço de telecomunicações. Você vê, nisto, o impacto coletivo sobre o impacto individual. Aqueloutros colocam o impacto individual, com a desoneração dos impostos, sobre o impacto coletivo, o qual, estúltimo, é pouco explorado e refletido neste artigo em específico.

    Não adentrarei mais no assunto, porque aqui não ser local do mais apropriado, ademais: quanto mais nele se adentra, mais polêmico se torna, o que não é minha intenção, aqui.

    Acho que as duas observações, a sua e a do artigo, são inteligentes: A sua, a de que o vouchers são melhores do que o ensino público prestado diretamente pelo Estado; mas que, a longo prazo, como propõe o artigo, gerará tanto quanto o é hoje de ineficácia e de oneração dos "contribuintes".


  • anônimo  25/09/2014 21:31
    'eu não me importo de pagar impostos para que outros estudem.'
    Então pague você a faculdade deles e me deixe em paz pra pagar a minha.
  • A. M  29/09/2014 07:47
    Concordo, inclusive se a escola decai pela bagagem das crianças que vem das escolas públicas, no futuro ela iria retomar sua qualidade. Os benefícios seriam percebidos na segunda geração. Os rendimentos podem cair mas se a qualidade do corpo docente e a estrutura da escola mantiver seu nível os alunos tornar-se-ão os pais que irão aplicar uma melhor educação aos seus filhos e o nível da mesma escola irá crescer novamente.

    Até porque a escola/universidade que mantiver seu nome e sua qualidade irá ter suas vagas mais ''concorridas'' ...
  • Renan  25/09/2014 15:24
    Muito interessante esse ponto de vista, sempre pensei nessa questão de vouchers de forma superficial. Acreditava que um estado pouco atuante, fornecendo apenas um subsídio fixo para famílias mais pobres e a privatização de todo sistema de educação traria bons frutos. Mas talvez realmente seja ingenuidade acreditar que esse sistema seria assim e não o estado crescendo até assumir todo controle por meio de regulamentações e etc...
  • Eu  25/09/2014 15:38
    Os países asiáticos que se desenvolveram muito nas ultimas décadas não seriam um exemplo de investimento estatal em educação que funcionou?

    Tem algum artigo neste site que trata especificamente da educação nesses países asiáticos?
  • Você   25/09/2014 16:46
    Ué, mas a educação no Brasil já é estatal (do maternal à universidade há opções estatais) e representa um dos maiores gastos governamentais do mundo, como mostra o gráfico abaixo:

    www.drmoney.com.br/wp-content/uploads/2013/06/PIB-capita-investido-em-educacao.jpg

    E mesmo assim apanhamos feio para os asiáticos. Logo, não entendi a sua lógica, . Como exatamente podemos copiar os asiáticos em termos de estatização? Já estatizamos todos os níveis de educação. Não tem como estatizar mais.
  • Eles  25/09/2014 16:55
    É simples: os asiáticos têm uma cultura que prioriza e premia o esforço individual e o mérito próprio. Ao contrário de nós, eles não são adeptos do coitadismo e do vitimismo. Eles não culpam terceiros pelos seus fracassos; eles não ficam choramingando que o mundo deve a eles favores. Lá, eles não passam a mão na cabeça de derrotados e fracassados.

    Isso que falei acima nem é opinião minha, mas sim de estudiosos de sistemas educacionais ao redor do mundo:

    www.forbes.com/sites/jamesmarshallcrotty/2014/05/21/why-asian-nations-dominate-global-education-rankings/
  • Nós  26/09/2014 21:15
    Não que eu discorde das afirmações de sua ilustre pessoa, mas, se é assim como o senhor disse, por que então os asiáticos mesmo com essa cultura milenar eram miseráveis até o século XX (sei que a maioria continua assim, mas sabemos de quais asiáticos estamos falando especificamente)?

    À parte do fator cultural, creio que exista uma coisinha bem pequenina, mas muito mais importante, chamada LIBERDADE ECONÔMICA. Coisinha essa que faz toda a diferença. De acordo?
  • Marcos  26/09/2014 21:22
    Oi?! Volte mais no tempo. A Ásia era a potência do mundo nos anos a.C.

    Depois, surgiram políticos imbecis que importaram ideias marxistas do Ocidente, e aí jogaram o continente na miséria. Estão se recuperando só agora.
  • Silvio  26/09/2014 21:37
    Antes de Marx nascer a China já não era a sombra que foi. Então não pode ser essa a explicação.
  • Marcos  26/09/2014 21:41
    Invasões mongóis.
  • Silvio  27/09/2014 20:53
    Não, não foram as pessoas provenientes da Mongólia as responsáveis pelo declínio chinês. O problema da China foram seus governantes mongóis, que achavam que o império ficaria muito melhor se este se isolasse do mundo. Para você ter idéia, eles mandaram até desmantelar a sua própria marinha para atingir esse propósito.

    Engraçado que esse também é o problema da miséria do Brasil. Nós também temos diversos governantes mongóis que acham que o Brasil ficaria melhor se isolando do mundo.

    Sobre o assunto, leia esse interessantíssimo artigo do Thomas Sowell: www.mises.org.br/Article.aspx?id=1670
  • Lopes  27/09/2014 22:02
    Perdão pela intervenção.

    Mas não creio que foram os mongóis, mas a dinastia Ming que pôs fogo em sua frota - nascido de uma revolta política. Os mongóis da Dinastia Sung foram, ao que diz meu conhecimento, uma das dinastias mais ausentes do poder e talvez a mais minarquista da história chinesa, tendo sido a garantidora da rota da seda (as hordas mongóis garantiam a segurança das rotas até Constantinopla, daí a afirmação de que um homem poderia viajar de uma ponta da rota da seda até a outra com uma coroa de ouro sem sofrer medo de ser roubado).
  • Felipe  28/09/2014 02:20
    Errado. Durante a era dos Três Reinos (190-250 AD), os mais proeminentes senhores feudais da dinastia Han conseguiam mobilizar cerca de 300k a 500k soldados por campanha. Nenhum exército mongol teria capacidade de enfrentar um exército como esse.

    O que houve com a China foi similar ao que ocorreu com Roma - degeneração gradual das estruturas produtivas e da moeda por políticas econômicas imbecis. Se senhores individuais conseguiam mobilizar quase 300k soldados em 200 AD, por que um império inteiro não conseguiria o mesmo mil anos depois?
  • anônimo  27/09/2014 09:50
    Eles eram pobres pq viviam com economias fechadas e sistemas opressores ora.O povo japonês, até poucas décadas acreditava realmente que seu imperador era uma espécie de Deus...
  • Andre  25/09/2014 17:33
    "Os países asiáticos que se desenvolveram muito nas ultimas décadas não seriam um exemplo de investimento estatal em educação que funcionou?".

    Correlação temporal não implica causalidade.
    Os governos asiáticos só possuem dinheiro para investir em educação porque ANTES DISSO houve progresso da economia. E eles estariam MELHORES AINDA se os seus governos não se metessem na educação.

    O que garante o progresso dos asiáticos é o mesmo fator de sempre: liberdade econômica.

    Tanto que nem todos os países asiáticos estão indo bem, é só olha pra Coréia do Norte para ver como é perfeitamente possível existir uma país cheio de asiáticos e terrivelmente miserável.

    Na época em que a Alemanha estava dividida em duas, oriental e ocidental tínhamos um país cheio de alemães progredindo e outro país cheio de alemães decaindo.

    Liberdade econômica é sempre o fator principal.
    www.heritage.org/index/ranking
  • Um observador  25/09/2014 15:42
    Hum, interessante... Eu sempre pensei no sistema de voucher como uma coisa positiva.

    Este artigo, por si só, não me fez mudar de ideia (a parte onde ele fala que a situação iria piorar ficou meio vaga, sem argumentos muito concretos).

    Mas serviu para indicar que este é um tema sobre o qual devo fazer uma reflexão mais profunda. Analisar os efeitos observados nos casos em que vouchers (ou coisa parecida) foram aplicados será esclarecedor.
  • Paulo  25/09/2014 15:53
    Os vouchers ou qualquer outro programa com as mesmas bases poderiam dar certo. Só é necessário um limite bem definido de quantos alunos poderiam ingressar utilizando este sistema.

    Se um limite entre 10%-20% for estabelecido para os vouchers, a maior parte da receita da instituição permanece sendo de alunos "pagantes", ou seja, as escolas continuariam dependentes da sua própria qualidade e desempenho para atrair estudantes pagantes.

    Somado à isso, avaliações de desempenho com provas semestrais ou anuais para TODOS alunos poderiam ser utilizadas como critério para tornar as instituições educacionais elegíveis ao programa público.

    Assim as duas pontas estariam costuradas. Existiria o interesse em manter a qualidade e performance dos alunos de um modo geral para atrair "pagantes" e ao mesmo tempo, continuarem aptas à receber alunos oriundos de programas públicos.
  • Marcelo  25/09/2014 15:59
    Discordo da parte do Prouni. Ao menos que as coisas tenham mudado radicalmente de 2009 para cá, quando consegui minha bolsa, elas eram muito disputadas. Logicamente, só conseguiram as bolsas os melhores colocados no ENEM. Então não entendo como pode-se comparar com os vouchers, sendo que você precisa estudar e se dedicar para consegui-los.

    Na época, o ENEM ia de 0 a 100, e precisei tirar 80 pra conseguir uma das 3 bolsas integrais, sendo que meu curso ainda não era dos mais concorridos na época.
  • Reinaldo  25/09/2014 16:36
    Em momento algum o artigo afirma que prouni é um voucher, mas sim que o mecanismo é semelhante: ambos representam o financiamento público de uma instituição privada. Isso é um privilégio imoral.

    Mais atenção à leitura.
  • Marcos  25/09/2014 17:11
    Ih, você parou no tempo. A coisa mudou muito no Enem. Hoje, não existe mais zero. A nota mínima é 200 (mesmo que você erre tudo) e a máxima é 1.000.

    Sabe qual a nota mínima no Enem que o prouni exige atualmente para conceder bolsa? 450.

    É tão patético que tá até sobrando bolsa
  • Marcelo  25/09/2014 18:12
    Marcos, obrigado pela informação.
    Realmente eu não sabia desses fatos novos. Muita coisa mudou de 2008/2009 para cá.
  • Lucas  28/09/2014 21:10
    Acho que você tá confundindo um pouco as coisas. 450 é a nota mínima para se inscrever e poder concorrer a uma bolsa. Não significa que qualquer nota acima disso irá ganhar bolsa.
    Se você acompanhasse as notas de corte do ProUni, saberia que estas estão muito acima de 450, principalmente nos cursos de Medicina, Engenharia e Direito.
    Ah, e sobram bolsas porque uma parte dos candidatos reprova na hora da comprovação da documentação.
  • Luciano  25/09/2014 17:08
    Me parece que a crítica se dirige ao caso chileno de uso de vouchers e do esquema da previdência privada. Não possuo elementos para expor aqui, mas faltou o autor explicitar se no caso do Chile deu certo ou não. A única coisa que sei é que o Chile tem um desempenho melhor que o Brasil no PISA, mas não é também uma classificação muito superior.
    Concordo muito com a questão do envolvimento da família na educação. A meu ver essa responsabilidade é dela. Seria um grande ganho se o nosso país tirasse de ilegalidade o homeschooling. A escola obrigatória e toda estatizada também é uma forma de trazer o desempenho para baixo. Educação é um processo voluntário, ou seja, depende também daquele que estuda. Assim, nem o estado nem a instituição privada 'dão' educação, mas instrução, e apontam para o processo educacional. Mas depende do indivíduo para que a educação ocorra.
  • Coutinho  25/09/2014 17:19
    "A única coisa que sei é que o Chile tem um desempenho melhor que o Brasil no PISA"

    Meu caro, até o Suriname é melhor que o Brasil.

    Sobre o Chile, é só pesquisar no site:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1924
  • Vitor Sousa  25/09/2014 17:38
    "No Brasil, temos algo semelhante aos vouchers, só que em nível universitário: o ProUni. Os resultados foram o encarecimento das mensalidades e a piora da educação das universidades particulares que recebem esse subsídio, pois agora elas não mais precisam competir por novos alunos; o governo já garante a receita. O lucro é garantido, mesmo que os serviços prestados estejam em queda livre"

    Tenho minhas dúvidas quanto a esse ponto.

    Primeiro que o PROUNI deixa as empresas isentas de impostos em troca de 10% da base de estudantes sendo subsiada por bolsas integrais e parciais.

    O mais parecido com o voucher seria o FIES, que por sua vez é um financiamento público ultra-subsidiado (pagamento em 3x tempo da formatura + 6 meses e juros de 3%AA).

    O resultado da isenção dos impostos e do financiamento foi que o mercado financeiro (private equities) entrou em peso na educação superior (Kroton, Anhanguera, Estacio, Anima e Ser) além de outros players nacionais e internacionais de capital fechado

    E trouxe junto consigo as práticas empresariais modernas: metas, índices, indicadores de qualidade, bônus de remuneração para melhores professores, stock options e coisas assim.

    A essência da estratégia dessas empresas é uma: "escala".

    Consegue cobrar barato e diluir custos de maneira agressiva (os custos de alugueis e professores já é dado, logo, o custo marginal da entrada de um novo aluno na estrutura do negócio é baixa).

    E eles conseguiram isso. Principalmente por que o custo de uma mensalidade de universidade privada é 3 vezes menos que custo para o estado de um estudante de ensino superior da rede pública.

    O material didático por exemplo, é negociado diretamente com os autores. O cara chega e fala "opa Chianevato, quero comprar 50.000 livros seus", resultado é que ele cobra uma merreca por livro. E muitos por suas vez vem em formato PDF - aumenta a o acesso, os custos e etc. Voce compra um "kit" de grandes autores.

    O ponto é: nadando nessas benesses estatais, os executivos sabem que a qualidade dos cursos oferecidos é praticamente o principal ponto a ser abordado pela burocracia do MEC. Atingir indicadores minimos de qualidade é a essência do acesso a esses programas.

    O mínimo para se ter acesso a esses programas é atingir os indices minimos de qualidade, que por sua vez só não são melhores alcançados devido a propria qualidade do aluno que lá está ("adult workers", pessoas de 25 até 64 anos).

    Tenho criticas ao modelo (tendencia de oligopolização do setor, financiamento ocasionando inelasticidade na demanda - fazendo com que os ofertantes ajustem preços acima da inflaçao, ect)


    Mas o atual modelo é melhor que o antigo, onde o estado garantia ensino "gratuito e de qualidade" nos desde o inicio até o ensino superior. O resultado está ai.
  • Tarso  25/09/2014 19:24
    Não, esse é apenas um lado. O governo custeia as bolsas e, como complemento, concede isenções às universidades que aderiram ao programa (como forma de estimular mais universidades a aderirem ao programa, desta forma disponibilizando mais cursos).
  • Andre  25/09/2014 17:41
    "Meu caro, até o Suriname é melhor que o Brasil.".

    Verdade, ser melhor que o Brasil não é mérito algum.

    Sempre que alguém diz que determinado país é melhor que o Brasil em alguma coisa eu me lembro do Chapolin:

    "Mais rápido que uma tartaruga, mais forte que um rato, mais inteligente que um asno.".

    Ser melhor que o Brasil não significa NADA.
    Estar entre os primeiro sim, pode significar alguma coisa.
  • Bruno  25/09/2014 17:55
    ''Observe que tal retórica implica que a culpa é toda das escolas boas, que são muito caras, e não dos próprios pais que não conseguem fornecer educação para seus filhos, uma das obrigações inerentes à paternidade. ''

    É justamente isso que ocorre no Brasil. As pessoas esquecem que a responsabilidade é dos pais e não das outras pessoas, não do Estado.
  • Típico Filósofo  25/09/2014 18:12
    Apesar de minhas constantes discordâncias com o Rockwell, concordamos quanto a este ponto; ambos estamos cientes do mal criado por esta medida pseudo liberal. Entretanto, diferentemente dele, vejo apenas esta SOLUÇÃO inquestionável:

    - Ensino público integral de 9 ou 10 horas por dia, incluindo aos sábados, para um total de 60 horas da criança nas escolas, distantes da doutrinação reacionária familiar, do consumismo estrutural e das amarras sociais impostas por uma cultura brutal, fascista e ultra-conservadora como é a da nazista sociedade brasileira.

    - O ensino deve ser plenamente Obrigatório, com bolsa família e multa para incentivar as famílias a deixarem seus filhos por 10 horas sob a custódia do estado; onde estarão livres da doutrinação capitalista imposta pela mídia graças à presença educacional.

    - 15% do PIB à educação, flexibilização de currículos de acordo com agenda sindical e autonomia absoluta do professor para a execução de atividades sociais. Em outras palavras, deve haver liberdade pedagógica absoluta; desde que tal liberdade seja usada para fins de interesse democrático, público e social - como ativismo político.

    - Incentivo financeiro às instituições de maior histórico grevista e de piores resultados. É mister que sejam promovidas instituições como a USP, que diferentemente dos setores privados (movidos pela doentia fome pelo lucro), passam mais de 3 meses de fér... -Greve e recebem merecida justiça financeira e melhores condições de trabalho por seus serviços arduamente prestados, incentivando-as a repetir suas atividades sindicais.

    - Provas nacionais de fim de ano a englobar todas as ciências humanas. É mister que advenham acompanhadas de uma redação a forçar o aluno a elaborar uma intervenção estatal para a criação de um problema que será descrito por uma múltipla coleção de inúmeras visões e ideologias de toda a parte da esquerda através de textos de apoio. Assim, treinamos a capacidade do aluno em um esquema de solução de problemas superior ao matemático.

    Utópico. É um belo sonho de liberdade e justiça, porém.
  • Silvio  26/09/2014 21:04
    Por que utópico? Quase tudo isso que você disse já está sendo feito na prática. Mais alguns anos e chegamos exatamente aí nessa utopia.
  • Ed  25/09/2014 19:26
    Penso que o sistema de voucher deveria ser algo provisório, transicional para um sistema de livre mercado de serviços educacionais.

    Entendo que a maneira de tornar o voucher educacional mais efetivo em relação ao exposto pelo autor seria realizar uma reforma educacional onde fosse conferida autonomia administrativa e pedagógica às escolas públicas, onde a trindade pais-professores-administração possam sim escolher o caminho educacional das crianças sob suas responsabilidade.

    Após esta reforma, ai sim haveria a implementação do sistema de voucher. Todo as crianças, adolescentes e jovens em idade escolar (critérios à definir) receberiam o voucher. As escolas públicas, sendo remuneradas pelo número de alunos matriculados passariam a ter um vislumbre do que é atuar em um mercado mais desregulamentado, concorrendo com as privadas em um nível mais realista (estou falando das escolas privadas mais simples, obviamente).

    Os pais que teriam a possibilidade de matricular os filhos em uma escola pública (ou privada, o qual exigiria um incremento do valor do voucher) de melhor qualidade, isto contrabalançaria as escolas que ao invés de se tornarem um depósito de alunos, teriam de investir em qualidade. Pode até ser que as escolas públicas melhores também passassem a demandar um incremento de mensalidade, mas por se tratarem possivelmente de associações onde os pais tem voz, isto seria negociado.

    A pura e simples abolição da educação pública em uma única tacada é irreal. A implementação de uma educação privada de maneira gradual é o caminho. Coloque-se no lugar dos pais de uma aluno de escola pública que não tem condições de pagar mensalidades e veria seus filhos sem possibilidade de frequentar escola de uma hora para outra. Nenhum governo, instituição, movimento ou órgão teria sucesso nisso...
  • rogerio  25/09/2014 19:29
    Eu discordo. Somente quem já tentou entrar numa faculdade paga sabe como é. Eu apostaria numa fiscalização da qualidade de ensino. Claro, os que tiverem melhor condição intelectual passem nas publicas, mas os que quiserem pagar, façam as privadas. A facilidade deve existir para um aluno entrar, e não para as faculdades se manterem financeiramente sem nenhuma fiscalização da qualidade. Voce vai aos arredores de uma faculdade publica e vê muitos alnos com carros zero, bem vestidos, bem vividos e bem nascidos. Assim como nas privadas, o doferencial a todos aluno deve ser o acesso, e não a facilidade da instituição de fornecer qualquer coisa e dar um diploma, acredito que a chave é a fiscalização.
  • Enrico  26/09/2014 02:45
    "Eu apostaria numa fiscalização da qualidade de ensino."

    Adolfinho curtiu esta frase e está indo falar com o Vossa Excelência o ministro Joseph Goebbels para implementar o plano a fim de garantir a qualidade de ensino do Reich.

    Seriamente falando, o maior problema é o Estado controlar a educação. Ao controlar a educação, ele prepara uma geração inteira para seguir a palavra que ele deseja.
  • Oompa  26/09/2014 03:37
    Então você é quer que o Estado meta ainda mais o pé na sua vida?
  • anônimo  25/09/2014 21:39
    Não devia existir faculdade nenhuma, vc devia estudar sozinho e pagar só pra fazer a prova, se passar tem seu diploma, se não, vai estudar mais.
    Se acabasse a obrigatoriedade do diploma as coisas iam ser assim, como já acontece na certificação em java.
    Ainda mais hoje que tem aula de tudo na internet, o preço da educação ia ser ZERO.
    Mas é claro, os professores iam ser os primeiros a se opôr, eles querem que vc seja obrigado a pagar pela aula inútil deles.
  • anônimo  25/09/2014 23:43
    Também acho, o melhor esquema quanto a ensinos superiores já pode ser conseguido com conscientização das pessoas, dos empreendedores, considerando mais para contratações certificações privadas (o que já vejo funcionar em algumas áreas de tecnologia) e dos profissionais em geral buscando mais estas certificações que o ensino superior que fiscalização e são subordinados em alguma instância ao MEC.
    Neste caso acabando com a obrigatoriedade do jovem 'bater ponto' em uma escola, que é o que se tem no arranjo atual, as pessoas já podem fazer a mudança começar a acontecer em um processo mais longo.
    Com o tempo se perceberá a superioridade dos profissionais com as certificações privadas independentes. Aos poucos quanto mais o valor de um diploma de uma instituição regulada pelo estado perderá valor no mercado e nas contratações em comparação com as certificações privadas. Participar de escolas reguladas pelo estado se torna cada vez menos valorado e o próprio mercado.

    Fico com dúvida porque este arranjo de diversas certificações privadas competentes aparecendo por aí e substituindo os diplomas de ensino superior. Existe mais alguma variável extra que o estado regula que não estou sabendo? Por exemplo, existe poder de fechar instituições que não se adequam as normas dos ministérios de educação, ou apenas a não expedição do aval governamental para com a validade dos cursos (já que pouco importa o aval do estado)?
  • mauricio barbosa  30/09/2014 15:12
    A supressão de professores pela tecnologia não é tão simples assim,por mais que a internet seja um avanço na educação ela não substitui o contato físico professor x aluno,pois somos seres-humanos de carne e osso e sentimentais,temperamentais,enfim a internet veio complementar e não abolir a escola tradicional de maneira que assim como exite gosto para tudo a escola tradicional,a sala de aula,o professor tradicional continuará existindo,o que tem de acabar urgentemente é a obrigatoriedade do ensino público esse autoritarismo é que deve acabar,portanto abaixo esse abuso e viva todas as formas livres de educação não importando o meio utilizado,enfim viva a liberdade de expressão e educação...
  • anônimo  30/09/2014 21:34
    'ela não substitui o contato físico professor x aluno,pois somos seres-humanos de carne e osso e sentimentais,temperamentais'

    E o que é que tem a ver uma coisa com a outra? Cara, deixe de frescura, ninguém vai pra colégio pra ter contato físico com professor nenhum, vai pra APRENDER. Se tem outras formas de aprender sem professor, ele que se exploda.
    Vc confirmou a mesma coisa que eu falei antes:no final das contas, em geral o professor quer que os alunos paguem apenas pra ver a cara dele.
  • mauricio barbosa  03/10/2014 15:38
    Anônimo quando alguém vai a uma teatro,ele é atraído pelos artistas daquela companhia de teatro ou pelo galã protagonista da peça ali apresentada e por ai vai ou seja gosto é subjetivo e eu particularmente gosto de conversar com as pessoas olho no olho portanto eu prefiro um professor presente que tire minhas dúvidas e utilizo a internet complementarmente,agora o que não pode é eu sair dizendo por ai que a minha preferência é que deve prevalecer,enfim abaixo o autoritarismo e a obrigatoriedade de assistir aulas nas escolas públicas e privadas,ou seja que prevaleça a liberdade de cada um escolher o meio(Professor,internet,homeschoolling,etc) que lhe agradar mais,agora se você que polemizar "comigo pode vir quente que eu estou fervendo" pois acho que fui muito claro no meu comentário anterior,papudo.
  • pedro  25/09/2014 21:51
    O Chile, ao que sei, é o único país da América Latina a usar o sistema de voucher. O que tenho lido, até por quem faz crísticas, é que tem o melhor ensino. Inclusive, há a crítica de que as escolas privadas passaram a fazer testes para aceitar os egressos das escolas públicas e, por isso, dizem os críticos, teriam estudantes de melhor qualidade. E mais: Como os pais escolhem as escolas, estas têm-se esmerado para conseguir atria-los. É a velha concorrência, é o Mercado funcionando. Estudem melhor o sistema no Chile para não apedrejarem o que não conhecem
  • João Pedro Moreira Guilherme  25/09/2014 23:26
    E como em uma sociedade que não existam escolas públicas e nem o Voucer os pobres podem obter educação?
  • Luiz Roberto Afonso Rafael  26/09/2014 00:05
    Explicado no penúltimo parágrafo do artigo, bem como nos 8 artigos linkados ao final. É só deixar a preguiça de lado, ler tudo, e parar de querer respostas prontinhas e mastigadas à mão. Você está se comportando como um genuíno produto do sistema educacional brasileiro.
  • Silvio  27/09/2014 23:03
    Se quiser saber como uma coisa dessas funciona (e muito bem) na prática, é só estudar a História dos EUA.
  • Fabiano Meira de Moura Luz  26/09/2014 00:32
    Sou aluno de uma universidade privada onde curso Engenharia Civil. A imensa maioria dos meus colegas financiou o curso pelo FIES ou é bolsista do PROUNI. Para se tornar elegível a esses programas governamentais e viabilizar o atendimento dessa clientela, a instituição tem agradar o MEC. Para isso a ementa de todas as engenharias passou a contemplar disciplinas relacionadas a sociologia. Coincidentemente o enfoque dessas disciplinas é nitidamente marxista.
    Eu que não sou adepto de teorias da conspiração, sei que tudo isso não passa de uma incrível coincidência.
  • anônimo  26/09/2014 10:09
    Vc tá sabendo que o brasil está criando uma bolha imobiliária não está?
    Governo soltando dinheiro, construtoras construindo e vender que é bom nada
    Isso vai afetar os futuros engenheiros tb, sugiro que troque de curso, como eu mesmo troquei.
  • Marcelo  26/09/2014 13:24
    ainda tem muita demanda pra engenheiro no país.
  • anônimo  26/09/2014 16:42
    Não expliquei direito, eu troquei pra outra engenharia.
  • Fabiano Meira de Moura Luz  26/09/2014 14:40
    Minha região está tendo um crescimento industrial muito forte nos últimos tempos. A perspectiva é que a população dobre em 4 anos... São empregos com salários bem razoáveis. Estou apostando minhas fichas nesse cenário regional.
    Você decidiu fazer que curso?
  • anônimo  02/10/2014 20:40
    Eng de telecomunicação
  • Zara  26/09/2014 00:53
    Gostaria de compartilhar um texto presente na apostila escolar que minha filha de 12 anos utiliza na escola particular onde estuda. Fiquei surpreso ao perceber que a ideia socialista é minada desde cedo na cabeça dos alunos. E sem nenhuma criteriosa explicação sobre assuntos importantes como impostos, sindicatos, sociedade, empregos, etc. Mesmo numa instituição privada. Percebi que Mises esteve sempre certo. A família não pode entregar seus filhos às ideias esquerdistas de professores mal intencionados, ou na mais suave das opiniões: ignorantes.
    Gostaria de deixar antes um pensamento de um gênio: Insanidade, dizia Einstein, é repetir tudo da mesma forma e esperar resultados diferentes.

    Segue o texto...


    A empregada e o patrão tratados de modo igual.
    Existem varias formas para reduzir os desequilíbrios entre as pessoas. O sindicato de trabalhadores, em suas negociações com os patrões, se esforçam cada vez mais para que os salários sejam maiores. Outra forma é o governo cobrar mais impostos de quem ganha mais e aplicar esse dinheiro em escolas, hospitais, projetos de irrigação, etc. Em determinadas circunstancias uma pessoa com salario baixo pode desfrutar de um nível superior ao de alguém que ganha mais. Basta que ela tenha acesso a educação, a saúde e o lazer gratuitos. No Brasil, existem grandes distorções na área de impostos, o que só agrava a desigualdade na distribuição de renda. Uma parte do imposto cobrado é indireto, ou seja, está embutida no preço das coisas que compramos. Quando vai ao supermercado comprar um quilo de café, o consumidor está pagando o custo do produto pago ao agricultor, a mão de obra, a energia despendida no beneficiamento e o lucro do empresário. Outro item que encarece o café é o imposto. Ao comprar um simples chicletes, você esta pagando em media trinta por cento de imposto, que será repartido a prefeitura, o estado e a união, que é o governo federal. Tanto a empregada domestica como o patrão tomam café e pagam o mesmo imposto. É o que se batizou de imposto regressivo. No imposto progressivo, quem ganha mais paga mais. O imposto progressivo baseia-se na declaração de imposto de renda.

    Gilberto Dimenstein
  • Lopes  26/09/2014 14:36
    Tendo visto muito material perturbador, talvez este seja somente uma pequena demonstração do que pode haver de realmente inquietante entre os livros utilizados pelos estudantes.
    Afinal, como diria Nelson Rodrigues, jamais é o desdentado, o 'típico' torcedor do Flamengo e o pobre que vai às manifestações de esquerda; é quase sempre estudantes abastados em seu caminho a ingressar a esquerda fabiana e o funcionalismo público.
  • Marcus Lins  26/09/2014 15:41
    Sempre entendi o lance dos vouchers como recurso a ser usado nas próprias escolas públicas, destinando dinheiro a elas de acordo com a escolha/opção dos pais...
  • Aspone  26/09/2014 16:36
    Leandro,

    um amigo meu aqui da região está fazendo seu TCC em economia justamente sobre esse tema.

    Ela perguntou se vc não pode indicar livros para ele dar uma olhada.

    Obrigado!!
  • Leandro  26/09/2014 17:21
    Livros sobre vouchers?

    Desconheço. Não é minha área.
  • Eduardo Bellani  26/09/2014 17:53
    Sobre educação em geral, John Taylor Gatto é uma ótima referência.
  • Aspone  26/09/2014 18:21
    Eduardo, vc manja do tema?
  • Eduardo Bellani  26/09/2014 18:53
    Tenho conhecimento introdutório sobre o tema.
  • Marcio Cajado  26/09/2014 16:53
    Eu li direito ou está escrito, libertários apoiam os Vouchers????? Me considero com ideais libertários e jamais apoiaria isso, inclusive não vejo nada de libertário nisso!
  • JoaoB  28/09/2014 03:22
    O voucher sera usado pelos pais nas escolas de sua livre escolha..e essas ecolas nao devem estar sujeitas a nenhum tipo ce regulamento, inclusive ao conteudo dos seus programas..nao havera CLT para os professores..nem exigencia de diplomas..o dono da escola contrata e demite quem ele quizer

    Assim funciona e assim que eu defendo

    A fonte de recursos para isso, se sao ou nao os impostos, eh outra conversa, inserida num contexto onde nao existe nenhum estado

  • pedro  28/09/2014 18:26
    Meus caros,
    Nos USA estão proliferando as chamadas escolhas charters. São particulares, mas recebem pagamento (vouchers?) do poder publico. Embora a escola pública strito sensu seja boa, os pais preferem as charters, onde o ensino é bem melhor. Quem já tem um filha na charter,já tem o lugar garantido para os demais, quando o tempo deles de ir para a escola chegar. AS vagas que sobram são submetidos a uma espécie de loteria entre os escritos que não conseguiram vaga. Todos os outros alunos da escolas públicas se submetem, ávidos, todos os anos a tal loteria. Está aí uma prova de que os vouchers,ou seja, a escola particular paga pelo governo, mesmo em países reconhecidamente com bom ensino public, são uma boa saída. Para dar ensino gratuíto bom, não lhá necessidade de o governo ser o proprietário da escola e patrão dos professores.Negar isso é negar a realidade. Tenho esta experiência em minha própria família. Falo daquilo que tenho presenciado no dia a dia. O resto o converser para boi dormer.
  • anônimo  28/09/2014 21:43
    Os EUA fazem? E daí? A educação americana é uma grande porcaria, come poeira dos países asiáticos e de vários países ocidentais
  • Sven Lobo  29/09/2014 01:51
    Olha... Francamente, eu não sei o que pensar... Sou relativamente liberal mas não ancaps ou minarquista... Acho que, para o Brasil do jeito que está no momento, acabar de uma vez com 100% do envolvimento estatal na educação só iria piorar a situação... Criando, com o tempo, algo como um sistema de castas: quem está em uma mais baixa não tem como ascender.

    A solução que eu consigo ver são os vouchers mesmo, mas de maneira diferente do modelo citado na matéria: sem envolvimento dos tecnocratas...

    Seria algo mais ou menos assim:

    1) fecha-se o MEC;

    2) privatiza-se toda escola pública (vendendo inclusive para cooperativas de pais);

    3 institui-se o sistema de vouchers para todas as crianças cuja família tenha renda inferior a um valor X. (Digamos, uns R$ 3.000,00... Talvez menos). O resto que pague a sua escola — aliás, como já fazemos hoje... Pais que paguem escola particular de seu próprio bolso teriam desconto no Importo de Renda;

    4) o Estado se abstém de qualquer interferência no currículo das escolas. (exceto talvez determinar que não se ensine o que não é exatamente científico, como ensinar criacionismo SEM mostrar o evolucionismo, ou ensinar a doutrina da "teoria da melanina" etc. Ou talvez quem sabe nem mesmo isso). Isso ficaria a encargo de arranjos entre pais e professores;

    4) o Estado se abstém de qualquer tipo de avaliação da qualidade do ensino. Isso também ficaria a encargo dos pais... E evitaria aquelas já famosas provas em que o aluno tem que "esquerdar" para passar;

    5) estabelece-se uma data-limite para a distribuição dos vouchers (digamos uns 20 anos);

    6) desregulamenta-se 90% das profissões. Assim o diploma irá se tornar algo menos importante do que o conhecimento —

    Assim os pais teriam sim que ter mais envolvimento na educação de seus filhos e procurar dar a eles o conhecimento e know-how — e não só o famigerado "canudo" como se faz hoje...

    Idéias?
  • Professor  29/09/2014 14:48
    Alguns comentários...

    ---

    "[No Brasil, temos algo semelhante aos vouchers, só que em nível universitário: o ProUni. Os resultados foram o encarecimento das mensalidades e a piora da educação das universidades particulares que recebem esse subsídio, pois agora elas não mais precisam competir por novos alunos; o governo já garante a receita. O lucro é garantido, mesmo que os serviços prestados estejam em queda livre.]"

    Discordo em parte, Leandro, desse seu adendo. Sou professor Universitário e ministrei aulas tanto em escolas públicas quanto particulares. Antes do ProUni, as escolas pagavam os professores e a gente tinha que "dar um jeito" pro guri passar. Cheguei a pegar um carinha no 5º período de engenharia de produção que não sabia a derivada de x^3! Na pública, o nível já era mais alto simplesmente porque a entrada é mais afunilada (simples assim, a gente já pegava melhores alunos) e não tinha que justificar nada se você reprovasse 45% da turma. Sei que também não é o ideal e que o índice de reprovação pode muito bem ser exatamente o contrário do que estou tentando mostrar aqui, mas vamos continuar...

    Com o ProUni, as escolas privadas acharam um meio de se financiar sem depender única e exclusivamente de uma mísera mensalidade, que nunca era paga em dia! Resultado: os salários dos professores estão aumentando. Em algumas universidades privadas chegam a rivalizar com a pública, o que, é claro, já está atraindo muito gente boa que ficava somente na pública, pelo óbvio motivo dos salários serem muito bons... E ainda o coordenador do curso não fica te enchendo se você reprova nego: uma meia dúzia que sai não faz muita diferença para o caixa da universidade.

    Na pública, por outro lado, a instituição das cotas realmente tem derrubado a qualidade dos alunos (lembra que disse que o funil era menor?, pois bem, com as cotas ele ficou maior). Resultado: a gente tem que lidar com situações cada vez mais difíceis em termos de ensino/aprendizagem. E isso não é culpa do aluno, mas do sistema que foi instituído assim: disseram pro cara: "olha, cê pode tirar um curso superior, agora"; ele vai lá, se inscreve, passa no SISU e depois vê que o buraco é mais embaixo; em geral, desiste, mas alguns são bravos e tentam vencer 12 anos de burrice, em 4 de realmente trabalho árduo.

    ---

    "Dado que o estado sempre acaba controlando aquilo que ele subsidia, as escolas privadas que aceitarem os vouchers estarão sujeitas a todos os tipos de regulamentação estatal. Dado o histórico do estado, é inconcebível que ele opere de outra maneira. As escolas privadas passarão a prestar contas ao estado, e não mais aos pais."

    Não sei como se opera a educação socializada ou privada nos EUA, mas aqui no Brasil, independente de voucher, o MEC sempre foi muito intrometido na educação e mesmo na gestão escolar, independente se escola pública ou privada, há normas que devem ser cumpridas em todos os níveis. Concordo que o voucher pode (e vai com o tempo) aumentar a intrusão do estado nas privadas, mas nada que o MEC também não consiga fazer por outros meios.

    ---

    "O futuro da educação está no aumento do envolvimento dos pais; está no envolvimento das famílias; está no homeschooling; está no uso gratuito da internet; está em nível local, e não em nível federal; está nos gastos privados, e não no esbanjamento do dinheiro de impostos; está no esforço individual, e não em professores sindicalizados. Cada um tem de correr atrás da própria educação em vez de esperar que ela lhe seja entregue mastigada por um burocrata."

    Isso é uma grande verdade!




  • Marcos  02/10/2014 13:22
    O texto é falho, pois não ataca o coração do sistema de vouchers, e sim algumas características secundárias e possíveis de serem modificados de programas implementados em alguns locais. Se, por exemplo, há um programa com cadastro governamental, basta que inexista cadastro. Se só atinge os piores alunos das piores escolas, basta que seja ampliado.

    Fica óbvia a visão ancap do autor, pois qualquer tipo de envolvimento governamental é visto como "socialismo", em um uso inadequado do termo. Aliás, venho percebendo essa deterioração do rigor dos conceitos: socialismo deixou de ser um conceito definido para se transformar em um xingamento. É exatamente o que a esquerda faz com o termo "fascismo".

    O texto também falha miseravelmente no aspecto estratégico. Até parece que o autor acha que alguém vai balançar uma varinha mágica e de uma hora para outro todos vão se tornar libertários radicais, destronando o governo. Ora, é claro que isso não vai acontecer. E como política é a arte do possível, a implementação do sistema de vouchers, absorvendo as críticas secundárias feitas no texto, é sim um passo em direção a um sistema mais livre. Ou alguém aí prefere as escolas públicas?

    Entendam: no atual estado da sociedade, é impensável pensar em afastar completamente o estado da educação. É uma luta inútil, principalmente em um país tão estatista quanto o Brasil. O que é melhor, um sistema baseado em escolas privadas sem nenhum controle de órgão central ou as escolas públicas, nas quais há apenas violência e doutrinação política?

    Sim, eu sei que o autor não é brasileiro, então não posso esperar que entenda a nossa realidade. Mas nós, que vivemos aqui, não poderíamos nos deixar enganar por isso.

    O sistema de voucher tem seus problemas, mas ainda é claramente superior ao sistema brasileiro. E para quem defende o puro e simples afastamento do estado, recomendo que leia o ensaio "Sobre a liberdade", de Stuart Mill. Seguidos os princípios do texto, certamente teríamos uma educação majoritariamente liberal.
  • Cintra  02/10/2014 15:04
    "não ataca o coração do sistema de vouchers, e sim algumas características secundárias e possíveis de serem modificados de programas implementados em alguns locais."

    Errado. Você não soube ler. O artigo vai exatamente ao cerne da questão: vouchers ampliam o controle do estado sobre as escolas privadas.

    Se você não entendeu esse ponto, então é porque leu o texto já disposto a ignorar os principais argumentos, o que torna a nossa discussão aqui infrutífera.

    "Se, por exemplo, há um programa com cadastro governamental, basta que inexista cadastro. Se só atinge os piores alunos das piores escolas, basta que seja ampliado."

    Isso é imaterial (aliás, eu nem entendi o que você quis dizer, pois isso nem é abordado).

    "Fica óbvia a visão ancap do autor,"

    Ancap?! Não apenas o autor em momento algum fala em abolição do estado, como ele também em momento algum fala em abolir as escolas públicas!

    Viu o seu despreparo? Sua ânsia em vituperar é tamanha, que você teve de inventar o que o autor não falou.

    "pois qualquer tipo de envolvimento governamental é visto como "socialismo", em um uso inadequado do termo. [...]"

    Nova calúnia. O termo "socialismo" aparece uma única vez no texto, e mesmo assim em um contexto totalmente secundário.

    "O texto também falha miseravelmente no aspecto estratégico."

    Disse o sujeito que até agora nem sequer entendeu o texto...

    "Até parece que o autor acha que alguém vai balançar uma varinha mágica e de uma hora para outro todos vão se tornar libertários radicais, destronando o governo."

    Hein?! O autor simplesmente se posiciona contra os vouchers, pois acredita que eles piorarão a situação. Em momento algum o autor pede o "destronamento do governo". Mais ainda: entre ter vouchers e deixar como está, o autor prefere a segunda opção. E você vem falar em "destronamento de governo"?

    Seu despreparo é patente.

    "E como política é a arte do possível, a implementação do sistema de vouchers, absorvendo as críticas secundárias feitas no texto, é sim um passo em direção a um sistema mais livre. Ou alguém aí prefere as escolas públicas?"

    Livre?! Bom, desculpe-me, mas aqui terei de ser um tanto grosso.

    Eu tenho um filho em escola particular, e você defende que esta escola comece a receber dinheiro do governo -- o que acarretaria em maior controle estatal dela, bem como na piora da qualidade da educação, pelos motivos explicitados no texto.

    E, para piorar, diz que isso seria um passo rumo a uma maior liberdade!

    Ah, vá...

    "Entendam: no atual estado da sociedade, é impensável pensar em afastar completamente o estado da educação. É uma luta inútil, principalmente em um país tão estatista quanto o Brasil."

    Beleza. Já que é "impensável", continua aí advogando mais intromissão.

    "O que é melhor, um sistema baseado em escolas privadas sem nenhum controle de órgão central ou as escolas públicas, nas quais há apenas violência e doutrinação política?"

    Se é pra escolher, prefiro escolas privadas convivendo separadamente de escolas públicas.

    Já você defende a existência de um único sistema misto: escolas privadas recebendo dinheiro do estado.

    E ainda diz que isso seria mais liberdade!
  • Ex-microempresario  04/06/2017 23:16
    Cintra, concordo bem mais com a opinião do Marcos do que com a sua.

    Errado. Você não soube ler. O artigo vai exatamente ao cerne da questão: vouchers ampliam o controle do estado sobre as escolas privadas.

    Talvez nos EUA, onde o artigo foi escrito. Aqui no Brasil, o que mais o estado pode controlar das escolas privadas ?

    Eu tenho um filho em escola particular, e você defende que esta escola comece a receber dinheiro do governo -- o que acarretaria em maior controle estatal dela, bem como na piora da qualidade da educação, pelos motivos explicitados no texto.
    E, para piorar, diz que isso seria um passo rumo a uma maior liberdade!


    Os motivos alegados no texto, na minha opinião e do Marcos, não se sustentam.
    Os Vouchers trariam liberdade econômica aos usuários de escolas públicas, que hoje não podem sequer escolher aonde seu filho vai estudar.

    Se é pra escolher, prefiro escolas privadas convivendo separadamente de escolas públicas.
    Já você defende a existência de um único sistema misto: escolas privadas recebendo dinheiro do estado.


    Escolas privadas convivem separadamente de escolas públicas em quê, além da forma de pagamento?
    Ambas tem o curriculo aprovado pelo MEC, são fiscalizadas pelo MEC, devem atender a todas as exigências do MEC. Na verdade, creio que municípios pequenos tem escolas públicas MENOS controladas pelo MEC que as grandes escolas privadas, que são odiadas e perseguidas pelos burocratas do governo.

    E finalmente....
    "Você não soube ler."
    "Viu o seu despreparo?"
    "Sua ânsia em vituperar é tamanha..."
    "Disse o sujeito que até agora nem sequer entendeu o texto..."
    "Seu despreparo é patente."
    "Bom, desculpe-me, mas aqui terei de ser um tanto grosso."


    Na minha humilde opinião, acho que vc foi agressivo e arrogante desnecessariamente.
  • Ex-microempresario  05/06/2017 00:54
    Basicamente, acho que o texto todo do Lew é um non sequitur. Não pode haver vouchers, porque haverá controle do estado nas escolas privadas. Ora, já há um enorme controle do estado nas escolas privadas, ao menos no Brasil. E o fato de transferirmos a administração das vagas do estado para as famílias implica em menos controle do estado. Talvez seja importante lembrar que o artigo foi escrito nos EUA, onde creio não existir um MEC que controla e carimba cada minúcia de uma escola, pública ou privada. Talvez lá se justifique o medo de "o estado se meter no ensino". Aqui, para o estado se meter mais no ensino privado, só expropriando as escolas.

    Creio que um sistema de vouchers seria uma ótima oportunidade para privatizar (não desestatizar, infelizmente) um pouco mais o ensino, o que reduziria despesas. Lembro-me de ter lido que o custo de um aluno de primeiro grau na rede pública é perto de R$ 1.000,00 mensais. Isso se deve à inerente ineficiência do estado. Um voucher distribuído a todas as famílias, de forma informatizada, em um valor de, digamos, 90% do custo atual, incentivaria o surgimento de mais escolas particulares. Haveria menos chances de corrupção, menos funcionários públicos ineficientes e a despesa total do estado poderia diminuir.

    Se tivéssemos um governo corajoso, poderia propor uma "privatização", doando as escolas públicas para os sindicatos de professores, que, transformados em cooperativas, teriam mais liberdade de aplicar seus infinitos conhecimentos na boa administração das escolas, e ainda aplicar o conceito, tantas vezes por eles pregado, de que a solução para todos os problemas da educação é aumentar o salário dos professores.
    (Reconheço que neste parágrafo, viajei na maionese...)

    "As escolas que aceitarem entrar nesse programa de vouchers irão facilmente se tornar uma província dos reguladores e dos burocratas do governo, os quais agora estarão no controle do dinheiro da mensalidade."

    Ora, todas as escolas entrarão no programa de vouchers, afinal dinheiro é dinheiro, e o perigo do estado atrasar o pagamento é menor - lembrando que hoje as regras do governo já tornam o pagamento praticamente uma opção, já que a escola não pode fazer nada quando a família atrasa a mensalidade.
    E, de novo, a escola aceitando vouchers do governo, o que o governo poderá controlar que já não controla hoje?

    "No final da década de 1990, o estado da Flórida adotou o programa de voucher, mas especificou que apenas os piores alunos das piores escolas públicas poderiam utilizá-lo."

    Mostrar uma grande tolice feita com vouchers não prova que vouchers não podem funcionar. Mostra apenas desonestidade ao argumentar.

    "Apenas imagine toda a burocracia e todas as regulamentações que seriam impostas sobre as escolas privadas em troca desse enorme subsídio que elas agora receberiam do governo?"
    Novamente, é óbvio que os argumentos do autor não se aplicam à realidade brasileira.

    "A solução? Traçar uma linha estrita e inflexível separando educação e estado, jamais permitindo que as finanças de ambos se misturem."
    Aqui temos a velha discussão sobre a forma de implementar uma sociedade ancap. Enquanto não for possível alcançar o ótimo, devemos recusar o "melhor" e ficar com o "pior" ?
  • Emerson Luis, um Psicologo  19/10/2014 15:11

    Conservadores e liberais apoiam os vouchers porque parecem uma forma de desestatizar a Educação, ainda que parcialmente. Mas se os esquerdistas "progressistas" também gostam dos vouchers, então eles também podem ser usados para estatizá-la ainda mais. Eu não havia pensado nesta possibilidade antes de ler este artigo.

    * * *
  • Everton  03/11/2014 14:54
    O que me diz dessa reportagem recente sobre o ProUni? Parece que a qualidade dos alunos que tem bolsa não piorou a situação das instituições privadas...
    educacao.estadao.com.br/noticias/geral,bolsista-integral-do-prouni-tem-nota-mais-alta-no-enade,1586702
  • Ribeiro  03/11/2014 15:15
    Nada. Na minha época de universidade, quase ninguém levava o ENADE a sério. Como ele era obrigatório, a maioria dos alunos apenas comparecia e fazia tudo "nas côxa". Eu mesmo fiz a prova em 10 minutos, pois não estava disposto a desperdiçar meu fim de semana perdendo tempo com aquela baboseira. E olha que eu fui um dos últimos da minha turma a entregar a prova...

    Aliás, como mostra essa sua reportagem, as notas estão baixíssimas (menos de 50 em 100; em qualquer colégio isso é repetência), o que me permite concluir que o pessoal continua sabotando a prova, sem levá-la a sério. Se os bolsistas do Pro-Uni levam o Enade a sério, e ainda assim estão apenas marginalmente melhores do que os alunos que não levam o Enade a sério, então a situação é ainda mais desesperadora do que diz o artigo.

    De resto, notei que você convenientemente ignorou que os alunos do FIES são os piores de todos. Quero ver como eles vão fazer para quitar o empréstimo.
  • Lucas  04/07/2017 07:42
    "Para minimizar os efeitos do "boicote" ao Enade, a pesquisa considerou apenas o resultado de alunos que não deixaram nenhuma parte inteira da prova em branco. Ao aplicar este filtro, a amostra total foi para 787.470 concluintes - ou 56% do total. Destes, 5,7% - ou 44.868 - eram estudantes com bolsa integral do ProUni."

    Pelo visto você não leu a matéria com atenção, não é mesmo?!
  • Nao Acho Nao  01/12/2014 21:30
    O problema de alguns libertarios (os mais anarco-capitalistas) eh que eles nao encaixam suas ideias na realidade. Esse texto nao mostra evidencia nenhuma. O Estado jamais vai deixar de se meter na educacao, infelizmente, sim, mas essa eh a realidade. Os vouchers sao uma proposta dentro da realidade atual que melhoraria a situacao da educacao basica, principalmente em paises como EUA e Brasil onde algumas escolas vivem em situacao precaria. Claro que ha riscos, se as politicas forem criadas por um esquerdista que vai fazer com o que o poder do Estado na educacao aumente. Mas, feito da maneira certa, vouchers pode funcionar e muito bem. Veja Belgica, Milwaukee, Chile, por exemplo
  • anônimo  12/12/2014 00:41
    Chile já está regredindo para educação estatal, vouchers podem melhor a educação, mas o estado fará de tudo para ter controle sobre tudo.

    Não somos irrealistas, pelo contrário, acho muito mais irrealista dar poder ao governo para que ele escolha qual escola privada pode concorrer no mercado ou não e esperar que ele fique sentado sem fazer nada.
  • Ricardo Almeida  16/01/2015 12:04
    Na minha opinião, o PROUNI acaba sendo o vestibular das privadas, pois muitas delas não tem concorrência nem 1.4 por vaga, enquanto o bolsista do PROUNI estará concorrendo com dezenas através do ENEM.

    Já estudei numa federal, mas as vezes acaba sendo pior, pois muitos se esforçam apenas para entrar, pois sabem se reprovar não vai perder a vaga, diferente do PROUNI se não atingir o mínimo perde a bolsa.
  • felipe  17/01/2015 14:06
    Não sei se alguém já pensou, mas não existe a menor possibilidade de se implementar o sistema de voucher na educação básica.

    O problema da educação básica, diferente da educação superior, é que ela é obrigatório por lei.

    hoje a educação básica é universal, logo se o governo replicasse os voucher da mesma maneira íamos criar o primeiro problema, qualquer pai esperto ia querer que o governo pagasse parte da educação do seu filho, mesmo aqueles endinheirados.

    Logo, a primeira medida do governo seria filtrar o acesso dos vouchers, provavelmente pela sua faixa de renda.

    E ai teremos o grande problema. Qual faixa limitar, 1000 reais de renda mensal ou 3000 reais.

    E independente de qual faixa estabelecer, algum grupo irá ficar de fora, mas e se alguns indivíduos de renda maior não tiverem condições de pagar uma escola, e ai.

    Imagine que um pai ganhe 5000 reais, sendo que os vouche só funcionam para pessoas com renda de até 3000 reais. Só que esse pai já compromete toda sua renda com aluguel, contas e outras despesas de casa, e ai o que o governo ira fazer. O governo não pode obriga-lo a cortar custos, mas ao mesmo tempo ele tem que obrigar o pai a bota seu filho na escola, entenderam a confusão.

    Portanto é impossível se implementa o sistema de voucher no Brasil.
  • Fabiano Nach  01/04/2015 12:12
    Cada comentário curioso por aqui. Pessoas dizendo que Milton Friedman era um estatista contra o livre mercado.
  • anônimo  23/04/2015 13:34
    Se for pra ter a visão de mundo mais popular, mais comum, que você encontra em qualquer DCE nas universidades por aí, aí sim ele é um capitalista cruel
    Mas do ponto de vista de um anarco capitalista o Milton Friedman era esquerdista sim, já que defendia a existência de uma instituição com monopólio da polícia e justiça.E é utópico de achar que esse estado mínimo não iria inchar depois.
    E o engraçado é que a melhor chance do anarco capitalismo de se tornar real vem sendo construída pelo pessoal do Seasteading, que inclui o neto dele Patri Friedman
  • Eduardo R., Rio  23/04/2015 04:15
    Num artigo, João Carlos Espada fala sobre a origem da idéia do voucher escolar:

    "Em rigor, como explicou Karl Popper, a ideia do financiamento ao aluno, e não à escola, é originariamente uma ideia de esquerda, muito comum entre os socialistas não-marxistas de Viena da década de 1920. Só mais tarde Milton Friedman retomou o conceito com uma justificação não-socialista.

    "A defesa socialista do financiamento ao aluno reapareceu na década de 1990, primeiro na Suécia, depois em Inglaterra, quando os trabalhistas de Tony Blair e os sociais-democratas suecos se tornaram defensores do voucher ou financiamento ao aluno. A justificação é a mesma de Viena em 1920, e é também fundada na justiça social: se o Estado só financia as escolas do Estado, estas tenderão a receber apenas, ou sobretudo, os alunos mais carenciados, enquanto as não- estatais tenderão a tornar-se exclusivas das famílias mais confortáveis."
  • Augusto Valente  23/04/2015 13:48
    Se o governo nao deve investir nada em Educação, como p ex uma pessoa pobre que nunca estudou pode te. a certeza que seus filhos vao melhorar de vida? Como poderiam eles, nao havendo investimento governamental na Educação, ter um ensino ao menos razoável para que possam ter mais e melhores oportunidades que seus pais? Este artigo propõe nao apenas que o voucher seja descartado, mas que nem mesmo hajam escolas públicas gratuitas! E depois ficam de mimimi quando dizem que os libertarios Miseanos sao mesquinhos e arrogantes e nao se preocupam deveras com os pobres! Os países que atualmente estao no topo do Ranking da Libetdade Economica tem em sua maioria escola públic gratuita! Engulam essa! Mais Friedman e menos Mises!
  • Valentino  23/04/2015 13:53
    De novo essa pergunta?! Foi feito todo um artigo sobre ela -- o qual foi adornado com centanas de comentários a respeito --, e esse cidadão vem aqui, sem nenhuma educação, dizer que o tema não foi abordado?

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1072

    E depois vem leitores aqui, até bem intencionados, reclamar quando pessoas como esse Augusto recebem uma resposta atravessada... Como ser educado com quem calunia?
  • Augusto Valente  23/04/2015 15:05
    Não há uma unica calunia no meu comentário, sir. Eu apenas fiz uma análise e demonstrei meu descontentamento ao ler aquilo que fere os ideais liberais classicos. Mises nao era ancap nem defendia a extinção do Estado. Patri Friedman, como citaram, é ancap, mas ele não é o avo dele. Outra coisa: eu apenas mencionei que os "xingamentos" tinham motivo para ser tao recorrentes. Por último, eu falava exclusivamente deste artigo, e seauer sabia da existencia do artigo que you sir citou. Mesmo assim, prefiro Friedman.
  • Guilherme  23/04/2015 15:49
    Hein?! Criticar a educação pública é ser anarcocapitalista?! É defender o fim do estado?!

    Seu desconhecimento teórico é abismal.

    Ah, sim: tanto Mises quanto Friedman defendiam o fim da educação estatal. Se você acha que Friedman defendia escolas estatais, você não sabe nada sobre aquele a quem diz admirar.
  • anônimo  24/04/2015 11:00
    'Mises nao era ancap nem defendia a extinção do Estado.'
    Mas defendia minarquia com secessão, e isso na prática dá no mesmo que anarco capitalismo.
  • anônimo  24/04/2015 11:23
    https://www.youtube.com/watch?v=Syp_jR4BNBk
    Milton Friedman não defende a educação pública, ele diz apenas como ela seria melhorada pelo sistema de vouchers. Pra mostrar depois, em 34:45, porque esse sistema também nunca teria sucesso.
  • O anarca da floresta  23/04/2015 17:59
    Os países que atualmente estao no topo do Ranking da Libetdade Economica tem em sua maioria escola públic gratuita! Engulam essa!

    E devo concluir também que correlação é a mesma coisa que causalidade, certo?

    E depois dizem que democracia é uma coisa boa. Esperar que argumentos surjam de idiotas é como esperar que 100 macacos acorrentados a computadores criem uma obra literária.
  • anônimo  24/04/2015 11:35
    'Os países que atualmente estao no topo do Ranking da Libetdade Economica tem em sua maioria escola públic gratuita! Engulam essa!'

    Como se ninguém soubesse que esses países ficaram ricos por causa do livre mercado e depois tiveram o estado inchado.
  • Felipe R  08/06/2015 15:07
    Tenho um pedido ao pessoal do IMB: o Partido Novo defende os vouchers. Vocês poderiam fazer uma apresentação ao pessoal daquela organização demonstrando a cilada que isso pode se tornar.
  • Rennan Alves  08/06/2015 16:21
  • Felipe R  08/06/2015 20:14
    Considerando que estamos num buraco estatista/socialista, nada mais natural e saudável que fazer a transição para a minarquia (ou até mesmo pro ancap) passando pela Direita. Ela ao menos defende com ardor a liberdade econômica e muitas liberdades individuais.

    Esse Partido Novo me parece centro-direita, mas já é um começo. Precisamos ser pragmáticos, e aproveitar as oportunidades oferecidas.

    Abraço.
  • Rennan Alves  09/06/2015 01:34
    Então esqueça o NOVO e apoie o Liber.
  • Felipe R  09/06/2015 03:28
    Como eu disse: precisamos ser pragmáticos. Conheço e acompanho o Liber, mas ele está mais longe que o Novo. Vamos usar este para que seja facilitado o caminho para aquele. O Novo ou outra representação de direita que apareça (exceto os neocons, pois adoram impor a moralidade deles...)
  • Rennan Alves  11/06/2015 17:59
    Então sejamos pragmáticos: você prefere apoiar um partido maior fazendo "uma apresentação ao pessoal daquela organização demonstrando a cilada que isso pode se tornar" e esperar que estes mudem de idéia sobre os vouchers(o que seria um milagre), ou, apoiar um partido menor que é contra essa idéia e torná-lo maior?

    Eu fico com a segunda opção.
  • Thiago Mendes  04/08/2015 17:21
    O autor do texto demonstra um enorme desconhecimento da política de Vouchers e da própria constituição brasileira.

    A política de Vouchers transformou o Chile na nação mais culta da América Latina, ou seja, ele funciona.

    A constituição brasileira obriga o Estado a sustentas a educação, ou seja, com ou sem Vouchers, a responsabilidade do governo é de garantir e financiar a educação. Tanto é assim que o dinheiro gasto com educação pode ser deduzido do Imposto de Renda.

    No caso, ao invés das pessoas pagarem primeiro para recuperarem do Estado depois, o Estado já está pagando antes o que teria de pagar depois. Na prática não muda.

    Ao invés de termos escolas públicas completamente ineficientes, é melhor que os pais gastem com escolas particulares que poderão competir entre si como manda o livre mercado.
  • Itamar Esteves  15/10/2015 13:35
    O PROBLEMA ESTÁ NA QUALIDADE DOS APRENDIZES. - Super interessante a matéria, ela traz a tona um assunto muitíssimo importante e porque não dizermos, até preocupante. Eu me questiono, por que não buscarmos a receita ou receitas em países que tenham passado por situação como a que o Brasil passa atualmente? Eu vejo uma agravante muito grande na escolarização da classe média baixa e classes "MENOS" média: A qualidade dos alunos (princípios e valores), as condições psicológicas dos alunos e as condições financeiras das famílias do alunos. Se essas família não tiverem um emprego (não estamos falando de bolsa esmola) que lhes garanta uma certa renda para que elas se mantenham minimamente com um certo conforto e segurança, elas jamais produzirão alunos bons/razoáveis para serem escolarizados.
  • Andre  15/10/2015 16:29
    "Se essas família não tiverem um emprego (não estamos falando de bolsa esmola) que lhes garanta uma certa renda para que elas se mantenham minimamente com um certo conforto e segurança, elas jamais produzirão alunos bons/razoáveis para serem escolarizados.".

    Pois é.
    Portanto basta o estado acabar com o programa de estímulo ao desemprego para que todos possam trabalhar.

    Para acabar com o programa de estímulo ao desemprego basta:

    Tornar o salário minimo OPCIONAL.
    O governo dita o salário minimo SUGERIDO e quem quiser seguir simplesmente recusa todas as ofertas de emprego que paguem menos do que o minimo.

    Tornar a CLT opcional:
    Quem quiser ser contratado com um contrato qualquer poderia simplesmente ignorar a CLT.

    Tornar o INSS opcional:
    Quem não quiser pagar o INSS não paga, e também não receberá benefícios dele, é claro.

    Daí talvez um dia o Brasil possa chegar ao nível dos países desenvolvidos.

    Mas vai fazer uma pesquisa pra ver quantos brasileiros gostariam de permitir que
    seus concorrentes, e eles próprios, na busca por emprego pudessem ter essa incrível
    liberdade de negociar vários itens que hoje são obrigatórios...
  • Fabricio  05/11/2015 02:03
    Pessoal me responda o seguinte , vi que o autor critica o ProUni e mas qual seria a melhor opção para as universidades ja que como exemplo dos Eua la é muito caro e principalmente os empréstimos são dificílimos de serem pagos pois não se sai da universidade empregado , então gostaria que me respondessem isso , qual seria a solução para isso e quantos aos pobres que não tem como pagar e nem fazer empréstimos?e quanto a educação dada pelos pais , como conciliar isso a vida corrida deles , pelo menos os meus pais não conseguiriam me educar pois meus pai chegava tarde do trabalho e minha mãe que ficava em casa não tinha nem a 5 serie , por favor me respondam !Desde já obrigado
  • Botelho  05/11/2015 02:18
    A educação básica já foi solucionada há muito tempo pela internet: Khan Academy. Totalmente gratuita. Não há mais desculpas para quem realmente quer se educar. (Sim, você tem de querer; é impossível educar quem não quer aprender e quem tem preguiça).

    Já o ensino superior, o grande problema é que o estado, ao exigir que as pessoas tenham diploma para desempenhar várias profissões, criou um mercado cativo para as universidades privadas (não há melhor empreendimento do que aquele cujos clientes são compulsoriamente obrigados pelo governo a adquirir seus serviços). Logo, o governo criou uma reserva de mercado para as universidades, que hoje operam em um cartel protegido pelo governo. Não há livre mercado neste setor.

    A solução? Pode começar por aqui:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=319

    E leia também este aqui:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1072
  • Fabricio  05/11/2015 02:52
    Ok cara , desde ja digo que não sou um marxistas , eu odeio esse tipo de gente mas pra mim fica um pouco incompreensível o fato de que existem pessoas que nem PC tem , são raros os casos , e tem tambem o caso das criança menores , como fazer com essas crinças? Como elas vão se educad sem a mentoria do estado dos pais aue trabalham ou da iniciativa privada(para os que não podem pagar) eu acho que assim como um comerciante a gente tem aue se colocar no lugar das pessoas , sera que seria tão aimples assim , as pessoas se educarem sem a mentoria de alguem?Pra mim que ja passou por essa dificuldades ficaria dificil , extremamente dificil se educar dessa fomra
  • Andre  05/11/2015 11:26
    "Já o ensino superior, o grande problema é que o estado, ao exigir que as pessoas tenham diploma para desempenhar várias profissões, criou um mercado cativo para as universidades privadas (não há melhor empreendimento do que aquele cujos clientes são compulsoriamente obrigados pelo governo a adquirir seus serviços). Logo, o governo criou uma reserva de mercado para as universidades, que hoje operam em um cartel protegido pelo governo. Não há livre mercado neste setor.".

    E além disso, o governo dos EUA bancam empréstimos para estudantes pagarem a universidade.
    Com esse crédito farto os preços das universidades estão decolando por lá.

    Isso é só um dos fatores, há muitos outros:

    https://mises.org/library/education-bubble

    Um dos que eu considero mais irônicos é o fato de que a maioria dos estudantes não trabalham na sua área de formação. Eles foram lá e estudaram só porque os convenceram de que isso era necessário. E depois nem sequer usam aquilo que aprenderam. Daí é claro que os preços vão decolar, as pessoas estudam sem motivo.

    Outras fontes de informação:

    schiffgold.com/commentaries/peter-schiff-was-right-federal-aid-inflates-college-tuition-video/

    schiffgold.com/commentaries/student-loan-bubble-quale/
  • Um observador  05/11/2015 13:08
    Fabricio, a resposta para essas suas questões vai depender do cenário em análise.
    Então só para ficar bem claro: o que você quer sabe é como os pobres iriam estudar em um cenário hipotético se não existissem escolas/universidades públicas mantidas pelo governo?
  • Matheus Nunes  09/01/2016 18:37
    Sou a favor do ProUni e do Voucher escolar. E já deixo claro que EU SOU BOLSISTA DO PROUNI. Estudei em escola pública e sim, realmente é uma droga, porém o voucher é uma solução de imediato para isso. Eu fico realmente surpreso com alguns artigos, de libertários anarquistas que condenam toda prática que diminui o estado, por achar que de natureza o estado é ineficiente. Eu claramente vejo dois lados absurdos. De um lado libertários que pregam a inexistência do estado, de outro o controle total do estado. E digo que os dois são utopias. E pergunto porque não apoiar uma terceira via que prega a diminuição do estado, redução de carga tributaria, e eficiência nas coisas essenciais que o estado deve fazer? Acreditar que um dia viveremos num Brasil anarquista é utopia. E se não fizermos nada, viveremos num Brasil controlado pela esquerda.
    Eu apoio o Partido Novo. Eu apoio o ProUni e os vouchers. E só para deixar claro, numa turma enorme de meu curso de engenharia civil, apenas dois são bolsistas do ProUni. É até engraçado pensar que dois alunos por periodo de determinados cursos farão o nível da instituição de ensino superior cair. Mais engraçado ainda é acreditar que todos os bolsistas do prouni sao incompetentes. Eu, bolsista do ProUni, possuo as melhores notas de minha turma de Engenharia Civil, e não contribuo para a degradação do ensino privado, muito pelo contrário.

    Infelizmente só posso lamentar por alguns artigos como este.
  • Alberto Torres  09/01/2016 21:53
    Beneficiário de ProUni -- programa estatal que utiliza dinheiro confiscado de trabalhadores para sustentar empresários do cartel das universidades -- vindo aqui dizer que libertários não podem criticar esse esquema de redistribuição de riqueza dos pobres trabalhadores para os ricos barões do protegido cartel universitário.

    Até quando esses totalitários com discurso coitadistas e vitimistas terão passe livre aqui?

    ProUni é corporativismo no sentido mais clássico do termo. É totalmente indefensável do ponto de vista libertário. Ainda que esse programa gerasse um MIT, ele seria moralmente indefensável. Relativistas morais nunca entenderão o libertarianismo, pois não são dotados da ética e da moral para tal.
  • Matheus Nunes  10/01/2016 13:52
    Alberto Torres



    Claro, do ponto de vista libertário seria indefensável, já que nesse ponto de vista o estado não deveria existir por ser ineficiente de todas as formas. Mas sinto em lhe informar, o estado existe, e assim como você, também pago impostos e estou insatisfeito com a retribuição do Estado, mas isso pode ser melhorado, com a redução do estado, já que aqui o estado é enorme e atua em áreas onde não deveria atuar. Obviamente do ponto de vista libertário ele não deveria atuar em área nenhuma. Mas ele atuará, gostando ou não, e ele atuando, porque não sendo mais eficiente?

    Não estou sendo vitimista, tão pouco coitadista, mas apenas opinando no bom uso que o meu e o seu imposto pode ter. Já que pagamos (gostando ou não) e continuaremos pagando.

    Por isso eu infelizmente digo que o ideal libertário é utópico, tanto quanto o comunismo.

    Em momento algum o critiquei como indivíduo e não questionei o seu caráter, e essa citação de Relativista moral não se encaixa no meu perfil.

  • JoaoB  09/01/2016 23:31
    Matheus...vamos olhar o objetivi anarco capitalista sob oiyra otica ...eh evidente que a livrecinteracao entre as partes, regidas por contratos e nao por leis eh mto melhoe e eh isso que defendem os fiieis adeptos da economia austriaca..eu tb defendo...
    POREM E MTO IMPORTANTE, essas ideias noa podem swr implementadas " na semana proxima". Nhenhuma sociedade no mundo esta hoje preparada para essamaravlha de liberdade...
    O que precisamos eh caminhar nessa direcao com medidas que levarao a medio e longo prazo a extincao de todas as nacoes...a linerdade ente as pessoas

    Entai faca um exercicio aceitanso as ideias Ancap mas entendo que sao somente credos que as pessoas tem...elas estao expondo seus pontis de vista e nao formas concretas de por em pratica " na semana que vem" o qu elas acreditam
    Exemplo....a turma Ancap acredita na privtaizacao ate das ruas e avenidas...mas como vamos fazer isso na seman que vem?

    O quw nao,podemos aceitar eh o aumento da intererncia do governo...voce se orgulha pq eh bolsista domgiverno e eh bom aluno...eu estidei a vida inteira em escola publica..fui prmeiro aluno no primario, no exame de admissao e tb no ginasio..na minha claae do colegail escola publica, de 30 alunos, 5 eu inclusive entraram ma POLI...isso foi em 1966 ...e naquela epoca defendia o ensino superiorvpago, semdo que meu pai era operario e mimha mae costureira...nao timha dinheiro para pagar faculdade...so fiz exame na Poli e no ITA...mas sem dinheiio eu teria feito um fianmcuamwnto num banco privado e pagaria meu ensino com gde facilidade com o salario que recebi dos meus patroes

    Financiar universidade com dinheiro de impostos eh roubar de um coitado para melhorar sua vida...eh a sua vida que vai melhorar...emtao faca um emprestimo e pague por ele....

    Para caminharnso na direcao da liberdade por porocessoas democraticos so com reforma politiica que comeca com voto opcional, distrilta e com recall

    Poderiamos tb, teoricamnt, ter um revolcao que so eh possivel atrves doe exercito que enato implantaria essas nivas culturas.

    Mas oq garabta que uma bez no poder esse generais irima embora?

    Ja vimos esse filme em 1964....todos nso tinhamos medo do comunismo e apioiamos o gde Castelo Branco...que foi " golpeado" pelo Costa e Siilav, etc, etc, etc


    Repetino..as teses Ancap sao maravilhosas mas tem que ser implemtadas ao longo do tempo

    Nao se irrite com os comentarios ..mas prenda com eles

    Sucesso no seu curso de Engenharia e desculpe o mistyping mas escrever no Ipad e chato mesmo

  • Matheus Nunes  10/01/2016 14:12
    JoãoB

    Entendo bem isso, e obviamente é impossível colocar a curto prazo, inclusive médio, somente a longo prazo poderia ser possível. Mas veja bem, o que me irrito é o seguinte, todas as medidas que são propostas para redução do estado alguns autores aqui sempre criticam, e desta forma como seria possível reduzir o estado com o passar do tempo? Já que o estado aqui é imenso e precisa ser reduzido gradativamente, mas todas as propostas vocês dizem que não seria possível e consideram tudo "socialista". O que acredito é que sim, o estado é inflado e precisa ser reduzido, precisamos agir para isso, precisamos contribuir, e nas áreas onde hoje não é possível remover o estado, que ele atue de forma eficiente. O estado, constitucionalmente, tem que prover educação para todos, então, no momento não é possível devido as condições em que vivemos. No futuro, claro, apoio, seria excelente a inexistência do mesmo, afinal ninguém gosta de pagar tributos, como foi dito num outro artigo, somos na verdade roubados, mas nossa realidade é outra, e provavelmente seja assim durante bastante tempo, logo esse dinheiro que nos é tomado, que seja utilizado de forma eficiente e que o roubo seja diminuído com a redução da carga tributária. É isso o que penso.

    Entendo o seu sucesso e o parabenizo por isso, existem pessoas que são melhores do que outras, conseguiu entrar na POLI, parabéns. A questão é que mesmo a Poli e o ITA são pagos da mesma forma com tributos, só que obviamente o nível é bem superior, então alguém também pagou por ele. Algumas pessoas são inteligentes mas não possuem uma boa condição financeira para pagar seus estudos, gostaria de ter tido um ensino médio privado, mas não pude devido as condições de meus pais, porém farei o possível para que os filhos que futuramente terei estudem em escolas privadas.
    Você e eu, não temos culpas disso e não deveríamos ser tributados para pagar ensino de outros, mas a realidade aqui é essa, é assim que vivemos, e a longo prazo talvez isso mude, mas não acho que devemos criticar reformas para fazer o melhor uso do dinheiro publico, e sim apoiar, e apoiar a redução do estado, pois como você mesmo disse, ele não vai deixar de existir de uma hora para outra.
  • Kelwin   25/01/2016 05:18
    E se utilizássemos os vouchers e congelássemos o seu valor e o valor dos impostos por um longo período, utilizado a inflação para ir reduzindo o tamanho do Estado gradativamente? Desculpem se meu questionamento parece meio bobo, mas ainda sou novo no portal, estou aprendendo! Obrigado aos que se dispuserem a responder e debater o assunto. Abraços.
  • Caique Macedo  12/04/2016 05:38
    Discordo do seu argumento, não é porque seja um aluno de escola pública que ele é ruim para uma instituição privada e com isso vai ajudar na queda de qualidade da mesma. Sempre estudei em escola pública, agora sou estudante universitário particular, através do PROUNI, minha universidade tem uma parceria com o Santander Universidades onde concedem bolsas de intercâmbio para 10 alunos da FEI, que são escolhidos os alunos que tem as melhores médias gerais desde o início do curso, desse total cerca de 5 são alunos com bolsa PROUNI (dados desse ano), por esse motivo não acho válido seu argumento.
  • Andre  12/04/2016 13:36
    "Discordo do seu argumento, não é porque seja um aluno de escola pública que ele é ruim para uma instituição privada e com isso vai ajudar na queda de qualidade da mesma.".

    Sua inépcia para argumentar apenas demonstrou que o autor estava correto.
  • Um observador  12/04/2016 15:09
    Caique,

    Você está discordando do argumento de quem?
  • Rodrigo Bento  24/04/2016 04:31
    O problema é que o autor do artigo está teorizando o sistema de bolsas pelo lado errado.

    Explico:

    Como o artigo se dá em cima de uma teoria sobre como funcionaria esses vouchers, me atrevo a apresentar uma teoria diferente.

    Se ao invés de ser uma obrigação do governo classificar que escolas são ou não dignas de aderir ao voucher, fosse uma escolha de qualquer instituição cadastrada pelo CNPJ como instituição de ensino aceitar ou não?

    Bastaria ao governo dar ao pai de um aluno cuja a renda familiar seja "x" um vale de "R$ Y,00", para ser usado em qualquer instituição, ainda que mais cara que o vale, sobrando ao pai completar a diferença, se necessário (se for mais barato, obviamente não caberia nenhum tipo de restituição).

    Não existindo nenhum método ou subterfugio para escolas conseguirem vantagens sobre outras, visto que todas teriam livre acesso ao vale, sobraria apenas o bom e velho livre mercado.
  • Thiago Ramos Varanda  30/04/2016 21:07
    O sistema voucher é importante como transição, desde que: a escola não consiga identificar o aluno ou cliente que recebe voucher, ou seja, o valor precisa ser entregue ao aluno ou seus responsáveis legais, para que ele(s) escolha(m) a instituição e comece(m) a pagar pessoalmente a mensalidade.
    A vantagem do sistema voucher como transição é que se realiza uma privatização completa do sistema, tendo em vista que o Estado, num primeiro momento, irá focar somente nos alunos pobres, comprovadamente pobres (p.ex: via INSS). As pessoas "ricas" ou "classe média" já terão condições de pagar as mensalidades. As pessoas "pobres", receberão o voucher para custear o ensino e, após um período de transição, por exemplo, uma década, certamente a privatização realizada em todo o sistema irá gerar os frutos esperados, quais sejam: tornar o sistema tão eficiente quanto, p.ex., os supermercados.
    Portanto, voucher é importante apenas nesse primeiro momento: da saída de um sistema estatal de prestação de serviços de educação e saúde, para privatização do sistema, cobrindo os pobres até que o sistema privado se alinhe para preços hábeis a que qualquer trabalhador consiga custear.
    Voucher precisa ser apenas a transição!
    Abs!
  • Diego  11/06/2016 08:27
    Para que se mantenha a lógica de mercado e a competitividade entre as escolas, a solução não seria simplesmente delimitar a quantidade de vagas disponíveis para os alunos através dos vouchers, exemplo: 30% das vagas; se a maior parte da receita é captada no mercado, não há motivo para falar em submissão estatal.
  • Jordhan Ribeiro   04/11/2016 13:30
    Essa ideia é a melhor já existente, todos os países que aderiram o método cresceram intelectualmente e economicamente. A educação pública em geral no Brasil é uma merda. Tem que mudar sim....
  • Pedro Accioli  08/11/2016 15:39
    O sistema de voucher, na minha opinião, é muito lindo na teoria, porém, na prática é muito dificil de dar certo no Brasil, aqui 85% dos estudantes da educação básica estudam em escola pública e consequentemente privatizando todo o ensino público iria gerar uma grave consequencia: dos pais de 85% dos estudantes de escola pública, apenas 20% deles conseguiriam pagar mensalidades em uma escola particular das mais baratas sem precisar dos vouchers! O resto do povo NÃO! E na primeira crise econômica futura, o governo com certeza cortaria orçamento da saúde e educação e nesta história, os vouchers de parte estudantes seriam cortados e consequentemente estes teriam que estudar na casa do c*****!
  • Alex Sapulla  26/11/2016 18:59
    Sabemos que quanto mais dinheiro na mãos do governo, mais facilidade e propenso pra desvios de verbas e corrupção ele será.

    Porem na situação atual do Brasil, onde o dinheiro é retirado dos "contribuintes" e administrado, repartido e investido pelo governo para as escolas e faculdades que ele deseja, tem se mostrado altamente ineficiente.

    Acho que os vouchers poderiam, ao invés ir de diretamente para as instituições privadas, poderia ser vinculada a um CPF da criança ou adolescente ou ate mesmo o adulto-estudante, para que os responsáveis por eles (no caso os pais, para os primeiros dois exemplos) escolham em qual escola eles iriam "investir" o seu voucher.

    Em poucas palavras, tiraríamos a administração do dinheiro publico da mão do Estado, para a mão do individuo (família).

    Claro que há falhas nesse sistema, pois obviamente, o Estado é uma ponte de comunicação entre o dinheiro publico e a consequente "partilha" dele em forma de vouchers para as famílias no Brasil. E obviamente, na hora da troca desses vouchers por dinheiro novamente, poderia rolar altos desvios.

    O primeiro grande desafio, não preciso nem citar, seria as possíveis falsidades ideológicas, com pessoas cadastrando 5 filhos e tendo na verdade apenas 2, e em troca uma Escola X pagaria uma propina de volta para aquela família corrupta em forma de recompensa. Isso é só um caso.

    Fora as falcatruas que o governo pode fazer uma vez que ele é o "link" entre o voucher e as famílias, e depois na transformação desse voucher em dinheiro vivo para a Escola em questão.

    Em outras palavras, se o sistema nao for TOTALMENTE privatizado, o que é inconcebível no caso do Brasil, o único jeito desse dinheiro publico não sumir pelo espaço e com uma formulazinha basica de Punições extremas para aqueles pegos no esquema de falcatruas e um órgão fiscalizador independente e forte, o que teríamos de mais próximo a um MP da vida aqui.

    Enfim, não há solução fácil e perfeita, mas acho que em relação ao estado atual das coisas, os voucher administrado deste jeito como disse estaria menos pior do que esta atualmente.

    Ahh, so lembrando, as famílias que não preferirem usar o voucher e sim pagar diretamente uma instituição privada com seu dinheiro, poderiam fazer e teriam esse dinheiro ressarcido com correções e juros, talvez, através da restituição do imposto de renda por exemplo.

    A verdade é que o sistema sempre vai ta propenso a falha uma vez que passa pela administração publica.
  • anônimo  12/01/2017 16:52
    Cara, na boa, sistema de Vauchers só atrasa o ensino quando é 100% da totalidade, discordo plenamente quando diz que o Prouni atrasa o ensino superior!
  • Marcos  12/01/2017 17:13
    Se atrasa eu não sei. Sei apenas que todos os rankings internacionais de educação jogam o Brasil lá para o fundo. E piorou bastante de uns anos para cá. Ou seja, melhorar, Fies e Prouni não melhoraram, não.

    Agora, o que eu sei é isso:

    Faculdades que recebem recursos do Fies reajustam preços acima da inflação

    Depois que o governo inventou o FIES -- que na prática representa uma clientela crescente, cativa e garantida para as faculdades -- as mensalidades explodiram. Quem é mais pobre se estrepou.

    O FIES e o Prouni vêm funcionando muito bem -- para os donos das universidades privadas.

    Agora eles têm uma clientela cativa cuja mensalidade é garantida pelos pagadores de impostos. Difícil haver situação mais gostosa do que essa.

    Quem foram os prejudicados? Os alunos que não recebem subsídios do governo. Ficaram com mensalidades mais caras e estão bancando os outros.

    Não existe almoço grátis. Se há alguém recebendo algo de graça, há um outro alguém pagando mais caro por aquilo tudo.

    Grande justiça social.
  • Marcelo Faviere  01/02/2017 17:14
    Estamos vendo o Dória implementando um pequeno programa em São Paulo, baseado no sistema de Vouchers, o Corujão. O problema maior até agora são a quantidade de faltas, já que o horário noturno "seria inapropriado etc".

    De qualquer forma, reduziu as filas em mais de 30%.
  • José  22/06/2017 01:03
    E se em vez de intervir nas escolas privadas, o que eu também sempre tive um pé atrás sobre, as públicas não fossem dadas a iniciativa privadas com o estado apenas subvencionando as mensalidades dos alunos que escolhessem essa escola? Ou seja, as escolas públicas se transformariam em escolas subvencionadas (mas sem o estado interferindo na gestão, nos professores etc) e as privadas continuariam livres. Então, seria um solução que pioraria, melhoraria, ou trocaria 6 por meia dúzia?
  • Yan Barboza  18/09/2017 13:17
    Interessante, mas pelo que li no texto e em algumas respostas, é muito largar a mão do restante, vc não quer estado na educação, não quer ajudar a pagar a educação de ninguém, e se for fazer quer fazer na quantia que quiser, vc esquece que as pessoas são egoístas, se não tiver o Estado ninguém vai ajudar em nada, eu ainda acredito no Estado minimo, pra haver sempre menos corrupção e mais fácil de se descobri-la se acontecer, anarquia só adiantaria se o humano não fosse interesseiro e egoísta.
  • Fabrício  18/09/2017 14:09
    "se não tiver o Estado ninguém vai ajudar em nada"

    Interessante. Mas diga, quem é que gerou a pobreza?

    Quem é que adota políticas -- como déficits orçamentários e expansão do crédito via bancos estatais -- que destroem o poder de compra do dinheiro, perpetuando a pobreza dos mais pobres?

    Quem é que, além de destruir o poder de compra do dinheiro -- gerando inflação de preços -- ainda impõe tarifas protecionistas para proteger o grande baronato industrial, com isso impedindo duplamente que os mais pobres possam adquirir produtos baratos do exterior?

    Quem é que, ao estimular a expansão do crédito imobiliário via bancos estatais, encarece artificialmente os preços das moradias e joga os pobres para barracões, favelas e outras áreas com poucas expectativas de vida?

    Quem é que impede que os moradores de favelas obtenham títulos de propriedade, os quais poderiam ser utilizados como garantia para a obtenção de crédito, com o qual poderiam abrir pequenas empresas, fornecer empregos e, de forma geral, se integrar ao sistema produtivo?

    Quem é que tributa absolutamente tudo o que é vendido na economia, e com isso abocanha grande parte da renda dos pobres?

    Quem é que, por meio de agências reguladoras, carteliza o mercado interno, protege grandes empresários contra a concorrência externa e, com isso, impede que haja preços baixos e produtos de qualidade no mercado, prejudicando principalmente os mais pobres?

    Quem é que cria encargos sociais e trabalhistas que encarecem artificialmente e mão-de-obra e, com isso, gera desemprego, estimula a informalidade e impede que os salários sejam maiores?

    Quem é que confisca uma fatia do salário do trabalhador apenas para que, no futuro, quando este trabalhador estiver em situação ruim, ele receba essa fatia que lhe foi roubada de volta (e totalmente desvalorizada pela inflação)?

    www.mises.org.br/BlogPost.aspx?id=2383
  • Luiz  18/09/2017 15:20
    "vc esquece que as pessoas são egoístas, se não tiver o Estado ninguém vai ajudar em nada"

    O mais engraçado é que mesmo com o intervencionismo do estado, as pessoas fazem caridades para os mais pobres, alguns até criam bolsas de estudos para universidades estrangeiras.
  • Luiz Henrique  07/10/2017 13:13
    Então, o único problema é que se você disser no Brasil algo como isso a conversa morre na hora e ninguém mais te ouve. O sistema de vouchers ao menos é uma forma de retirar das mãos do estado a responsabilidade da educação. Quanto às outras questões como o estado querer regular as instituições privadas, como já faz através do MEC, plano nacional de educação etc, é uma questão de lutarmos contra isso, afinal o problema são as regulações. Entendo que a visão de Mises era essa. Mas em um país subdesenvolvido como o Brasil e com uma população tão desinformada acham mesmo que seria possível convencer alguém de simplesmente acabar com todo o financiamento da educação. Aí vem aqueles trouxas esquerdistas que ouvem Dead Fish com a música sonho médio esculachar geral, entre outras coisas, afinal culturalmente somos dominados pela esquerda. O que temos de contracultura em relação a isso? Muito pouco. Então não consigo me convencer de que existe melhor saída no Brasil do que os vouchers, somente para os pobres, e acabar com as regulações estatais, ao menos temos argumentos contra a esquerda, afinal quem irá preferir a educação pública se poderá colocar os filhos em uma escola privada. E outra, é fora da realidade brasileira pregar o fim do financiamento público da educação (sem uma saída como os vouchers) pois existe uma mega estrutura estatal e paraestatal para esmagar isso. Privatizar as escolas públicas e utilizar os vouchers para os pobres seria uma saída muito mais fácil.
  • Metallion  23/11/2017 15:25
    Luiz, se você disser isso, a conversa morre mesmo. Qual é a solução? É não dizer isso! É dizer todo o restante, é levar o debate para o ponto em questão - aumentar a eficiência do gasto público em educação - e propor essa como uma alternativa. Pense num gramscianismo de direita: tem nariz de liberal, orelha de liberal, cauda de liberal, mas não é liberal! ;-)
  • Adrimar  30/01/2018 19:50
    Tenho uma dúvida. O esquema de voucher poderia funcionar caso não houvesse escolas públicas e o governo apenas concedesse vouchers para aqueles de menor renda? Com isso, entendo que o controle do governo nas empresas privadas seria menor, uma vez que a receita delas não viria em grande parte dessa contribuição.
    Nesse caso, estariam sendo alocados os recursos para aqueles com mais dificuldades.

    Vejo que seria melhor o governo ficar fora da educação, mas esse ponto poderia levar à conclusão de que afetaria os pobres, que não podem pagar pelos estudos, então os vouchers serviriam para contrapor esse argumento.

    Mas claro, nesse cenário, não haveriam escolas públicas, nem funcionários públicos controlando a educação. Acredito que assim os professores poderiam ganhar mais (os mais qualificados, pelo menos) e realizar esse sonho da "categoria".

    Seria um começo para uma mudança no país?
  • Anônimo  25/07/2019 01:03
    Se o ProUni piora a"[...] educação das universidades particulares que recebem esse subsídio, pois agora elas não mais precisam competir por novos alunos; ; o governo já garante a receita [...]", as fundações privadas bancadas por doadores também piorariam? Exemplo: Se a Fundação Estudar que financia alunos em universidades no exterior bancasse as privadas daqui...também iria piorar a qualidade, dado que os critérios de seleção do aluno bancado seja o mesmo?
  • Régis  25/07/2019 14:42
    Claro que não.

    Uma coisa é uma universidade garantidamente receber dinheiro do governo (ou seja, de impostos extraídos de terceiros). Se você sabe que os seus "doadores" dão dinheiro compulsoriamente, não há nenhum incentivo para melhorar a qualidade.

    Por outro lado, se você depende de doações privadas voluntárias, você sabe que seus doadores só continuarão dando dinheiro se você apresentar resultados continuamente positivos.

    A diferença entre os dois arranjos é abissal e abismal.
  • Rodrigo  12/11/2019 23:36
    Senhores, hoje, novembro de 2019, a história veio a provar as palavras deste artigo de 5 anos atrás (ou de incríveis 20 anos atrás, se considerarmos alguns artigos no Mises.org).

    Nos protestos chilenos atuais, a mídia mundial correu para apontar simplesmente a "desigualdade social" (que nem é tão elevada assim) como causa maior. No entanto, ao ver opinião de chilenos em fóruns mesmo, nota-se que as causas tem sido:

    - Captura regulatória por empresários bem conectados, com o consequente estabelecimento de monopólios/oligopólios e aumento no custo de vida

    - Punição ineficiente para políticos e amigos do rei, os quais conseguem passar ilesos em esquemas de comunicação enquanto os menos conectados levam todo o rigor - justiça estatal

    - O transporte que aumentou em Santiago - estatal

    e o mais interessante: desigualdade na educação, onde a qualidade das escolas acessíveis por vouchers tem sido muito inferior as das melhores escolas, aonde apenas os chilenos mais abastados conseguem estudar.

    Esta última mostra exatamente o problema de vouchers a longo prazo, exatamente como a lógica e a boa teoria leva a crer. Preços explodindo, queda na qualidade, e mais dependência dos mais pobres do estado. Resultado? O sistema privado no Chile corre mais e mais riscos de estatização e interferência governamental.

    Defensores da liberdade que a tentam por meio de vouchers e outras medidas do gênero apenas darão munição aos estatistas e contribuirão ainda mais para a perda da liberdade.
  • Richard  09/11/2020 17:40
    Já que os vouchers escolares só aumentam os problemas na educação, há outro caminho para a melhora da educação?


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