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Quem defende políticas socialistas defende a inanição de seres humanos

O socialismo é, sempre e em todo lugar, um veneno econômico, independentemente de qual seja a forma de governo.  Não importa se o governo é uma ditadura ou se foi eleito democraticamente: socialismo é socialismo.

A imposição de um "plano" social, ou de um conjunto de "planos sociais", para toda a sociedade — sendo essa a característica que define todas as variedades de socialismo — terá sempre os mesmos efeitos, não importa se forem instituídas por uma democracia ou por uma ditadura. 

Toda a história comprova que os efeitos do socialismo são, sempre e em todo lugar, empobrecimento maciço, destruição das liberdades civis, governos tirânicos, população inteiramente dependente das migalhas do estado para a sobrevivência, e enriquecimento da classe governante.  Todos os indivíduos se tornam igualmente pobres, ao passo que a elite política segue vivendo nababescamente.  Foi assim na União Soviética, é assim no socialismo africano, no socialismo latino-americano, e em qualquer outro tipo de socialismo.

Na mais branda das hipóteses, o socialismo transforma as pessoas em crianças mimadas, as quais estão constantemente exigindo mais benesses gratuitas à custa ... delas próprias.  No entanto, na mais brutal — e mais realista — das hipóteses, o socialismo se torna um pesadelo totalitário em que todos os dissidentes são perseguidos e assassinados aos milhões, como ocorreu em todos os exemplos de socialismo implantado ao redor do mundo no século XX.

O socialismo é, sempre e em todo lugar, um veneno econômico por causa de várias razões fundamentais. 

1) Para começar, ele destrói os incentivos para se trabalhar e prosperar. 

2) Adicionalmente, ele também se baseia na obtusa — e risível — ideia de que alguns poucos políticos são iluminados e oniscientes ao ponto de possuir exatamente todo o conhecimento que está disperso na sociedade entre milhões de consumidores, empreendedores, trabalhadores, administradores, gerentes, investidores e demais pessoas que participam da economia e que tomam decisões econômicas diariamente.  Para o socialismo, esta casta política onisciente não apenas detém todo este conhecimento disperso na sociedade, como também sabe perfeitamente como utilizá-lo de modo a satisfazer todas as demandas da sociedade.

3) Para completar, o socialismo afirma que é perfeitamente possível tomar decisões econômicas racionais sem que haja propriedade privada dos meios de produção, preços livremente determinados pelo mercado (interação entre oferta e demanda), e um mecanismo de mercado que recompense com lucros aqueles que souberam servir aos consumidores e com prejuízos aqueles que falharam nesta empreitada.

Ao ignorar estas três realidades básicas, o socialismo consegue gerar sofrimento humano em escala inimaginável.

O elo entre socialismo e inanição

Nunca é demais relembrar aos defensores do socialismo, ou mesmo aos defensores de "algumas ideias" do socialismo, tudo o aquilo que o socialismo de fato gerou — principalmente nas economias mais pobres do mundo.

Infelizmente, já virou lugar-comum falar sobre a tragédia que está ocorrendo na Venezuela, em que a escassez e o desabastecimento gerados pelas políticas socialistas do governo estão fazendo crianças morrerem como moscas em hospitais, mulheres saírem no braço para conseguir um pacote de arroz, e homens terem de se rebaixar à primitiva atividade de caçar cachorros, gatos e pombos nas ruas para ter do que se alimentar. (Veja os mais recentes relatos aqui).

Relativamente bem conhecida é também a história da fome na China sob a ditadura comunista de Mao Tsé-Tung, em que famintos chineses tiveram de comer seus próprios filhos.  Mas bem menos divulgada é a dantesca inanição que acometeu os ucranianos na década de 1930 sob a ditadura de Stálin, cujo Holodomor provocou 14,5 milhões de mortes.  E ainda menos comentado é o extermínio de quase 40% da população do Camboja pelo Khmer Vermelho de Pol-Pot, que assassinava crianças com baionetas.

No entanto, todos esses exemplos ainda são mais conhecidos e relembrados do que a tragédia de proporções bíblicas geradas pelo socialismo africano.

Quem ainda se lembra, no início da década de 1980, das imagens (fortíssimas) de crianças famintas na Etiópia?  Crianças totalmente desnutridas, mas com as barrigas inchadas pela Kwashiorkor, e olhos cobertos de moscas.  Elas eram as vítimas inocentes das políticas econômicas do Derg — um grupo de militantes marxistas que havia assumido o controle do país e implantado um programa de estatização de empresas e propriedades, de controle de preços, de proibição do comércio de cereais.

Entre 1983 e 1985, aproximadamente 400.000 pessoas literalmente morreram de fome no país.  Enquanto isso, o governo direcionava o equivalente a 46% do PIB em gastos militares (um governo comunista precisa de um exército forte para lhe dar sustentação).

Previsivelmente, o Derg atribuiu toda a tragédia à seca, embora esta só tenha começado vários meses após a escassez de alimentos.  Em 1991, o Derg foi deposto e seu líder, Mengistu Haile Mariam, fugiu para o Zimbábue, onde vive até hoje, protegido pelo governo marxista daquele país e vivendo à custa do povo zimbabuense.

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Figura 1: consumo de calorias por pessoa por dia, de 1961-2013, na Etiópia (linha azul), no Zimbábue (linha vermelha), no continente africano (linha roxa), no mundo (linha verde).

E, por falar em Zimbábue, em 1999, Robert Mugabe, o ditador marxista de 92 anos de idade que chegou ao poder em 1980, decidiu implantar um programa de "reforma agrária".  Sob este programa, propriedades rurais privadas foram estatizadas e todos os agricultores e empreendedores que não eram nascidos no continente africano foram expulsos. 

O resultado foi um completo colapso da produção agrícola do país.  A escassez de alimentos fez com que seus preços subissem continuamente, gerando a ideia de que estava "faltando dinheiro" para as pessoas adquirirem esses alimentos.  Ato contínuo, o governo teve a ideia de simplesmente imprimir dinheiro para contrabalançar essa "escassez" de dinheiro.  Como consequência, o país vivenciou a segunda maior hiperinflação da história, a qual alcançou módicos 79.600.000.000% (setenta e nove bilhões e seiscentos milhões por cento) ao mês, o que dava uma taxa de 98% ao dia

Já o desemprego chegou a humildes 94%, contrariando a ideia keynesiana de que criação de dinheiro e inflação geram mais emprego e crescimento econômico.

Milhares de zimbabuenses morreram de inanição e de doenças relacionadas à desnutrição, não obstante o país ter sido o destinatário de maciços programas de ajuda internacional. 

Como também ocorreu na Etiópia, o governo do Zimbábue culpou o clima, roubou a maior parte do dinheiro da ajuda estrangeira, e negou comida e remédios para seus oponentes políticos.  Plus ça change, plus c'est la même chose.

A tabela a seguir, compilada pelo pesquisador Benjamin Zycher, mostra os vinte maiores episódios de inanição do século XX.  Seis dos dez piores casos ocorreram em países cujos governos eram assumidamente socialistas.  Os outros casos, incluindo os da Nigéria, Somália e Bangladesh, ocorreram tanto por causa de guerras quanto por causa de políticas econômicas desastrosas de seus respectivos governos.

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O capitalismo ajudou os socialistas

Por que os casos de inanição estão acabando no mundo?

Em primeiro lugar, porque a produção agrícola mundial nunca esteve tão alta.  Os alimentos estão ficando mais baratos em termos reais (horas de trabalho necessárias para conseguir se alimentar bem), e não mais caros.  Entre 1960 e 2015, a população mundial aumentou 143%.  Neste mesmo período, o preço dos alimentos caiu 22%.

Em segundo lugar, a humanidade enriqueceu e agora consegue comprar mais comida.  Ao longo dos últimos 55 anos, a renda per capita média anual aumentou, em termos reais, 163%.

Em terceiro lugar, os meios de comunicação e de transporte melhoraram substantivamente, de modo que hoje é possível encomendar e entregar comida em qualquer lugar do mundo em um intervalo de tempo relativamente curto.

Quarto, a globalização e o livre comércio garantem que alimentos possam ser comprados por qualquer um, em qualquer lugar do mundo.

A África tem sido a grande beneficiária deste progresso salutar.  Em 1961, os africanos consumiam, em média, 1.993 calorias por pessoa por dia.  Em 2011, último ano para o qual há dados disponibilizados pelo Banco Mundial, eles consumiram 2.618 calorias.  Globalmente, o consumo de alimentos subiu de 2.196 calorias para 2.870 calorias por pessoa por dia.  Mesmo na Etiópia, o consumo de alimentos aumentou.  Em 1993, dois anos após a deposição do Derg, os etíopes consumiam 1.508 calorias por pessoa por dia.  Em 2013, eles já consumiam 2.131 calorias.

Ja o Zimbábue, que ainda padece sob um regime marxista, nao teve a mesma sorte.  Em 1961, os zimbabuenses consumiam 2.115 calorias por pessoa por dia (bem acima da média do continente; o país era rico).  Em 2013, após 33 anos de ditadura socialista, o número caiu para 2.110, abaixo da Etiópia.

Conclusão

Aquelas pessoas, normalmente adolescentes ricos, artistas e intelectuais acadêmicos, que professam idéias socialistas aparentemente não se lembram de como realmente era o mundo quando o socialismo era realmente aplicado.  É fácil defender idéias socialistas quando se vive em um mundo opulento em que a comida é farta e barata.  É fácil defender o regime venezuelano morando-se em um país rico.

O fato é que, onde quer que tenha sido tentado, desde a União Soviética em 1917 até a Venezuela em 2015, o socialismo foi um desastre.  Socialistas sempre prometeram uma utopia marcada por igualdade e abundância.  Em vez disso, sempre entregaram tirania e inanição.  Seus propagandistas sempre devem ser cobrados por isso.

Como disse Thomas Sowell, "O histórico de desastres do socialismo é tão óbvio, que somente um intelectual poderia ignorá-lo".



autor

Marian Tupy
é o editor do site HumanProgress.org e analista de políticas no Center for Global Liberty and Prosperity.


  • Henrique Zucatelli  01/06/2016 15:28
    Tá certo que graças ao IBM (me aguardem, pois na próxima turma da pós estarei lá) contrastar socialismo x capitalismo deixou de ser uma discussão e se tornou um massacre, mas vale um artigo TOP 10 sobre a mentira chamada fome no mundo, pois essa só existe não por falta de alimentos, mas por barreiras impostas pelo Estado que impedem que os cidadãos de um país possam comprar comida.


    Sim, existem muitos artigos que giram em torno da pauta, mas não há um dedicado a derrubar essa falácia, pois a ONU (que deveria se chamar ONH - Organização das Nações Hipócritas) prega todo santo dia que a solução é redistribuir, ou seja, dar comida, e não liberar o acesso ao livre comércio da mais necessária mercadoria da humanidade.


  • mauricio barbosa  01/06/2016 15:32
    O papa Francisco recebeu esse tirano maldito Robert Mugabe em sua posse,o pontífice vem falar em golpe suave no Brasil e depois os católicos descem o pau quando eu critico a postura politica do Vaticano que é dois pesos e duas medidas em matéria de política para não dizer outras coisas(Lavagem de dinheiro,a "imprensa católica"italiana vive afirmando isso)mais.

    Petistas de plantão expliquem para mim como que a imprensa tradicional igual a Globo é chamada por vocês de Mídia golpista,quando ela está divulgando grampos que prejudicam a imagem do governo golpista de Temer na opinião suas,pois para mim prefiro ruim com Temer,pior com Dilma socialista que gosta de agigantar o tamanho do estado granscianamente como vem sendo denunciado pelo IMB e eu assino embaixo,afinal socialismo gosta de estado gordo,é a tara de comunistas,pois ao aumentar os impostos devagarinho vocês vão estatizando a economia sem que o setor produtivo perceba e a oposição caladamente(Comprada)quieta,enfim graças a Deus(Que escreve certo em linhas tortas,pois a história está sob seu controle apesar de não parecer)estamos momentaneamente livres da ameaça vermelha escravizante que é sonho de parasitas petistas e vermelhos em geral.

    Interessante é que trabalhar no setor público é estressante igual trabalhar no setor privado,pois obedecer chefe é dose para Leão,mas no setor público a vantagem é a estabilidade e se for cargo comissionado(Alegria da Petezada)você tem a garantia do Partido de que você será intocável,essa é a grande diferença,no mais trabalhar pode ser estressante,mas não inventaram nada melhor para preencher nosso tempo do que isto e o retorno compensa,apesar dos baixos salários fruto da intervenção(Nas relações de trabalho)nefasta do estadão socialista ou não.

    Um abraço a todos e fico no aguardo para a Tréplica...
  • Wladmir Frazão  01/06/2016 15:50
    Socialismo mata. Socialistas são a escória da humanidade. Se julgam os ungidos que vão salvar a humanidade de si mesma, como todo monstro.
  • Pobre Mineiro  02/08/2021 04:00
    Só entenda que direita e esquerda são apenas as duas faces de uma mesma moeda.

    Ou você defende o anarcocapitalismo, ou você no máximo é um "socialista de direita".
  • Bernardo   01/06/2016 16:07
    Qual parte de O Capital essa turma deturpou?
  • Hilbert  01/06/2016 16:09
    O problema é que o socialismo é financiado por quem tem muito, muito dinheiro. E foi esse "pessoal" que financiou Hitler e a construção da União ("na marra") Soviética.

    É um bando de vigaristas e canalhas que pensam que o planeta é deles. Para mais informações procure por Antony Sutton.

    www.youtube.com/watch?v=iMjy0FV8i_I
  • JP  01/06/2016 17:10
    É meu caro, pesquiso isso a anos por diversas fontes, não conhecia esse autor. Bastante interessante. Quando se fala sobre esse tipo de assunto as pessoas fingem que não ouvem e simplesmente contra-argumentam como qualquer intelectual histérico "isso é teoria da conspiração" e o assunto morre.
  • JP  01/06/2016 17:18
    Vale salientar, também, que muitas pessoas acham que os EUA é o símbolo do capitalismo e livre mercado, mas não percebem que como acontece aqui no Brasil a conspiração governo x empreiteiras, nos EUA acontece a mesma coisa em um nível muito maior por empresas de várias áreas da economia, principalmente por meio do complexo industrial militar.

    Sugiro aos colegas, apesar de ser outro tema, lerem PONEROLOGIA: psicopatas no poder de Andrew Lobawescki, psicólogo polonês que viveu sob o regime soviético e fez estudos da gênese do mal em um nível psicológico das pessoas que tramam esse tipo de movimento revolucionário. Muito esclarecedor.
  • Pilates  01/06/2016 16:12
    Em todo lugar do planeta, não importando a época, o socialismo é um veneno que gera consequências gravíssimas à uma nação: destruição da economia, perda de liberdade, povo dependente das ações governamentais, criação de uma casta de governantes tirânicos e cheio de privilégios, etc. Uma amostra bastante atual é a Venezuela: milhões de desempregados, inflação de três dígitos, depressão econômica, desabastecimento de produtos, aumento da violência, etc.etc.
  • Renato  01/06/2016 16:14
    Reclamam do estado e não batem naqueles que mantém o estado: A CLASSE POLÍTICA.

    Se queremos ficar livres dessa corja temos que aos poucos alertar a todos sobre como é danoso para o bolso das pessoas e para os cofres do país a existência dessa classe parasitária chamada político.

    Em artigos anteriores eu percebi o aumento dos interessados que gostaram da minha ideia de criar um grupo para essa finalidade: A ELIMINAÇÃO DOS POLÍTICOS COMO CLASSE.

    Eu já expus aqui um principio de como iniciaríamos essa empreitada:

    Criaríamos um empreendimento para a função de alerta aos empreendedores. Sejam eles pequenos, médios ou grandes empreendedores.

    Um grupo poderia ser criado, mostrando o nosso cartão de visita, para fazer o trabalho de divulgação entre os empresários. Assim que contratados, de comum acordo com os mesmos (troca voluntária), estabeleceríamos um preço razoável para começar a imprimir cartilhas explicando as pessoas, dentro do estabelecimento do contratante, se assim esse desejar, mais principalmente nas ruas.

    Poderíamos também criar grupos de associados para que cada vez mais a mensagem de anti-políticos ganhasse mais força através de palestras e encontros.

    Mostraríamos aos poucos para as pessoas que pagar impostos é uma falácia. Só serve para sustentar a classe política...e também mostraríamos a existência de moedas digitais, como o bitcoin, por exemplo, para o empresário e para as pessoas comuns.

    Aos poucos vamos tirar essa mentalidade estatal da cabeça das pessoas.

    Como eu sou da CIDADE do Rio de Janeiro, ficaria melhor que pessoas daqui entrassem em contato comigo.

    Trabalharíamos como se fossemos "fantasmas". O investimento seria feito diretamente com empresários que assim solicitasse nosso serviço.

    É claro que esse grupo crescendo vamos criar e ter contato com pessoas de outros estados e até mesmo em nações estrangeiras.

    Para os interessados meu email NOVO é galenoeu@gmail.com
  • marcos da silva  02/06/2016 19:36
    Isso é conspiração, dentro de pouco tempo aparecerão grupos que se julgarão no direito de sobrepujar os demais, e as formas de opressão começarão a surgir como em qualquer outro regime criado pela especie humana. Não se esqueçam que nós humanos somos tocados pelo egoísmo e por isso temos a tendencia de querermos dominar em vez de sermos dominados.



  • Felippe  01/06/2016 16:23
    Poderiam comentar este artigo do FMI, dizendo que políticas neoliberais não são tão boas como se pensava? www.imf.org/external/pubs/ft/fandd/2016/06/ostry.htm
  • Neto  01/06/2016 16:34
    Neoliberalismo? Já foi comentado aqui:

    Sobre as reformas "neoliberais" na América Latina e por que elas fracassaram

    Que bom que o FMI finalmente reconheceu que neoliberalismo -- essa mistura de social-democracia, keynesianismo e alguma liberdade de mercado em termos estritamente microeconômico -- não funciona. E nem tem como funcionar.

    Com nada menos que 70 anos de atraso, o FMI descobre que Mises sempre esteve certo:

    Mises contra os neoliberais - as origens desse termo e seus defensores
  • Oscar  01/06/2016 16:38
    Alvíssaras! O FMI finalmente começa a reconhecer que este sistema de "socialismo de mercado" -- que defende aumento de impostos, agências reguladoras, monopólio estatal da moeda, políticas de redistribuição de renda -- que ele sempre defendeu não era exatamente uma maravilha...

    Quem sabe agora os burocratas dessa instituição finalmente entendam que o único arranjo que funciona é o liberalismo clássico e não essa porcaria de "neoliberalismo", que nem sequer tem doutrina própria.
  • Roberto  01/06/2016 16:43
    Esse paper do FMI é hilário.

    Ele diz que os ajustes fiscais feitos pelos governos -- os quais se dão majoritariamente elevando impostos -- são deletérios para a economia.

    Duh!

    Precisava de paper para entender isso?

    Aliás, veja que gozado: o governo destroça suas contas, gera recessão econômica, tenta corrigir suas próprias contas elevando impostos, piora ainda mais a economia, e a culpa de toda essa lambança feita pelo próprio governo é de quem?

    Pois é...

    Mas, ecoando os colegas acima, que bom que o FMI começa a perceber -- ainda que por linhas tortas -- que são as próprias políticas dos governos o que desarranja a economia.
  • Carlos  01/06/2016 16:35

    Ao analisar os sistemas econômicos, o sociólogo Domenico de Masi, afirmou que o Capitalismo produz muita riqueza, no entanto, a sua distribuição deixa a desejar. Por outro lado, o Socialismo consegue distribuir melhor a riqueza, mas apresenta dificuldade em produzi-la. Diante disso, acredito que temos que avançar na discussão dos modelos econômicos, pois o capitalismo não consegue distribuir a renda, por outro lado, o socialismo não consegue produzi-la.
  • Bobbio  01/06/2016 16:44
    Se tudo o que você tem contra o capitalismo é que ele "aumenta a desigualdade", então você próprio acabou de demonstrar que ele é o melhor arranjo.

    Desigualdade é o menor dos problemas do mundo hoje, uma genuína preocupação de luxo. Aliás, qual o problema com a desigualdade?

    Os EUA são mais desiguais que o Senegal. O Canadá é mais desigual que Bangladesh. A Nova Zelândia é mais desigual que o Timor Leste. A Austrália é mais desigual que o Cazaquistão. O Japão é mais desigual que o Nepal e a Etiópia

    Já o Afeganistão é uma das nações mais igualitárias do mundo.

    O Brasil, mesmo com sua altíssima carga tributária, segue sendo um dos países mais desiguais do mundo, mas não é nem de longe o mais pobre. O pobre brasileiro, por pior que seja sua condição de vida, está melhor que o pobre indiano, apesar de viver numa nação muito mais desigual.

    Se o nosso objetivo é melhorar as condições de vida humana, dando uma vida digna a todos, nossa preocupação é com a pobreza, e não com a desigualdade.

    Pobreza diz respeito às condições absolutas em que alguém se encontra. Tem comida? Acesso a água potável? Habitação? Trabalho? Seus filhos podem frequentar uma escola ou se veem forçados a trabalhar? Os critérios são muitos.

    Já desigualdade é uma variável relativa, que nada diz sobre as condições absolutas de vida. Para saber se um país é desigual, é preciso comparar seus habitantes mais ricos e mais pobres e ver a distância entre eles.

    Um país que tenha uma pequena parcela de milionários e o restante da população passe fome é muito desigual. Já um onde todos passem fome é igualitário. A condição objetiva dos pobres em ambos, contudo, é a mesma.

    Igualmente, se os mais pobres viverem como milionários, e os mais ricos forem uma pequena parcela de trilionários, a desigualdade é grande.

    As duas coisas, pobreza e desigualdade, se confundem facilmente, de modo que muita gente que se preocupa espontaneamente com a pobreza (por exemplo, com quem não tem acesso a saneamento básico ou a educação) acaba falando de desigualdade: da diferença entre os mais ricos e os mais pobres.

    E essa mistura muda nossa maneira de pensar: acabamos pensando que pobreza e desigualdade são a mesma coisa e que, portanto, o melhor remédio contra a pobreza é a redução da desigualdade, o que via de regra significa tirar de quem tem mais e dar para quem tem menos.

    O que é melhor para os pobres de um país: ter renda e consumo sabendo que a elite de seu país é muito mais rica do que eles jamais serão, ou passar fome com o consolo de que sua elite é formada de milionários e não bilionários? Pobreza ou desigualdade?

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=2007
  • Rodrigo  01/06/2016 18:59
    Parabéns pelo comentário.
  • Thiago Ramos Varanda  12/08/2016 20:59
    Que aula!
    Parabéns!
    Eu mudo meu nome se algum "professor" passa essa cura ideológica nos filhos dos outros (que, no sistema atual, os pais são obrigados a entregar suas crianças para monstros socialistas "educarem")!
  • Hamilton  01/06/2016 16:49
    "Por outro lado, o Socialismo consegue distribuir melhor a riqueza, mas apresenta dificuldade em produzi-la"

    Frase errada. Eis a frase correta:

    O socialismo consegue distribuir a riqueza que já existe, mas não consegue aumentá-la. Consequentemente, tão logo não haja mais riqueza sendo criada para ser redistribuída, o socialismo faz com que a população definhe e morra de fome.
  • Pessimista  01/06/2016 17:08
    Capitalismo permite uma melhor distribuição da riqueza. Ele não apenas produz mais, mas atravéz da concorrência salários vão sendo elevados, preços vão caindo e novos produtos ficam acessíveis.

    Agora já no socialismo, o pouco que é criado fica, em sua maioria, nas mãos dos líderes do partido, e o povo vai enfrentar filas para conseguir o que sobrou.
  • Renato Arcon Gaio  01/06/2016 18:29
    Diante disso, acredito que temos que avançar na discussão dos modelos econômicos, pois o capitalismo não consegue distribuir a renda, por outro lado, o socialismo não consegue produzi-la.

    Carlos, não existe distribuir renda, não precisa perder tempo em discussões de modelo econômico para algo óbvio, capitalismo foi, é e sempre será o melhor sistema de trocas em um livre mercado, acredito que a melhor invenção da humanidade, pois foi graças a esse modelo de negócio que conseguimos viver mais e melhor que nossos antepassados.

    Socialismo é pura inveja criada para tomar o que outra pessoa é capaz de realizar na vida. Temos a história comprovando como o socialismo é nefasto.

    Abraços
  • Taxidermista  01/06/2016 18:50
    "afirmou que o Capitalismo produz muita riqueza, no entanto, a sua distribuição deixa a desejar. Por outro lado, o Socialismo consegue distribuir melhor a riqueza, mas apresenta dificuldade em produzi-la"


    Difícil fazer uma afirmação mais falaciosa que essa.

    Em primeiro lugar, a distribuição decorrente da economia de mercado "não deixa a desejar": como único exemplo, basta lembrar o que ela proporcionou aos EUA na virada do séc. XIX para o XX.

    Em segundo lugar, deixaria "a desejar" em relação a q? Em relação à "distribuição" promovida pelo socialismo? Então quer dizer que a "distribuição" realizada pelo socialismo seria "melhor" do que a da economia de mercado? Com base em que teoria (que seja uma teoria minimamente racional)? Com base em quais dados empíricos?

    É uma falácia colossal afirmar que o socialismo "distribui melhor" algo que ele não produz.


    Sobre isso, é fundamental ter presente o seguinte:
    "the production of income is not independent of the distribution of income. Altering the distribution of income changes the rewards and incentives in a way that the production of income must fall" (www.economicnoise.com/2015/01/11/economic-fallacies-income-re-distribution/)

    O que o socialismo faz é "redistribuir riqueza", e o desejo de "redistribuir riqueza" é uma fantasia impraticável:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1741
  • Andre  01/06/2016 19:09
    Afinal Carlos, qual é o objetivo? Deixar o pobre menos pobre ou o rico menos rico?
  • Andre Henrique  02/06/2016 10:13
    Carlos, eu iria replicar um artigo deste site como argumento, mas o Taxidermista foi mais rápido, portanto lhe pergunto em qual dos países abaixo você preferia trabalhar/viver?

    RENDA PER CAPTA PAÍS C:
    -Indivíduo A (rico): 104 estalecas
    -Indivíduo B (classe média alta): 55 estalecas
    -Indivíduo C (classe média): 30 estalecas
    -Indivíduo D (pobre): 10 estalecas
    -Indivíduo E (miserável): 1 estaleca
    TOTAL: 200 ESTALECAS

    RENDA PER CAPTA PAÍS S:
    -Indivíduo A (político): 10 estalecas
    -Indivíduo B ("apadrinhado"): 7 estalecas
    -Indivíduo C (classe "única"): 1 estaleca
    -Indivíduo D (classe "única"): 1 estaleca
    -Indivíduo E (classe "única"): 1 estaleca
    TOTAL: 20 ESTALECAS

  • 9-Dedos  01/06/2016 16:46
    Palavras e expressões que aprendi no Mises Br: nababescamente, degringolar, ato contínuo, cornucópia, "...você não leu o texto todo", "você mesmo se contradiz quando diz que...", encômios, esbórnia fiscal, rotundo. Rsrsrsrsrs
  • AGB  29/06/2019 15:20
    Já se nota que leitura nunca foi seu passatempo preferido.
  • JOSE F F OLIVEIRA  01/06/2016 19:53
    Parabéns.Mais uma grande referência Histórica.
  • anônimo  01/06/2016 22:10
    Parabéns pelo artigo !

    Os atos criminosos da esquerda não podem se perder na história. A esquerda é composta por criminosos, ditadores, expropriadores, doutrinadores, etc.

    O país é um condomínio. É um lugar onde as pessoas moram e trabalham. Não é um casamento e nem um contrato social. Isso aqui está parecendo com um síndico querendo reformar as casas dos moradores do condomínio, querendo dividir os salários dos moradores, querendo arrumar emprego para os morandores, fornecer almoço no condomínio, etc.

    Um paí é apenas um lugar de convivência. Não existe contrato social.
  • marcela  02/06/2016 00:03
    Não simpatizo com a Margareth Thatcher,mas como economista ela era excelente:"O socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros".O nosso povo precisa compreender que dinheiro não nasce em árvore,e que não existe almoço grátis.Fazer casas e dar uma infinidade de bolsas e subsídios às custas do endividamento da nação,irá sem dúvida desorganizar a economia,e o resultado será recessão,depressão,inflação e desemprego.O melhor é adotar-se medidas liberais,que façam a nação crescer e proporcionar oportunidades para todos,em particular para os mais pobres.E entre essas medidas poderíamos citar:o fim da CLT,o fim das agências reguladoras,a diminuição da carga tributária para no máximo 25% do PIB,O fortalecimento do real frente às outras moedas internacionais,a privatização dos bancos públicos e de todas as estatais,a privatização da saúde e educação com implantação do sistema de vouchers,etc.É claro que muitos esquerdistas vão dizer que privatizar bancos é uma medida contra pobres,mas não conseguem explicar porque nos EUA um agricultor faz um empréstimo de 5000 mil dólares em algum dos 8 mil bancos privados existentes naquele pais,e três anos depois paga apenas uma merreca a mais.Imaginem um pobre agricultor brasileiro fazendo um empréstimo de 5000 reais no banco do Brasil para pagar daqui a 3 anos!Será que o coitado vai escapar da quebra?E ainda tem inescrupuloso que defende esse sistema bancário brasileiro que é uma aberração da natureza em pleno século XXI.
  • Henrique Zucatelli  02/06/2016 00:39
    Complementando meu outro comentário (passei o dia pensando nisso), o MI já fez um manifesto público a ONU em defesa do total livre comércio de alimentos e sem nenhum imposto?
  • Carlos  02/06/2016 00:44

    VALOR ECONÔMICO (15/06/2015) Uma maior desigualdade de renda está associada a níveis mais baixos de crescimento e há uma relação inversa entre a fatia dos rendimentos nas mãos dos mais ricos e a expansão da economia, segundo estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI).
  • Renan  02/06/2016 01:44
    "Socialismo é bonito por dentro, sovietico por fora"
  • Hamilton  02/06/2016 01:52
    Beleza. Agora falta entender quem é que realmente causa as desigualdades:

    Cinco medidas do governo que aumentam a concentração de renda

    P.S.: sigo no aguardo da sua tréplica à réplica que lhe foi dada acima, da qual você fugiu.
  • Liberal solidario  02/06/2016 01:56
    O interessante sobre Robert Mugabe é que ele só despertou os olhares dos ocidentais quando decidiu expropriar terras dos colonos brancos, antes disse ele já tinha matando uma porção de negros, mas a mídia ocidental não deu um pio. Outro fato pouco citado é que Pol Pot era um aliado do imperialismo de Ronald Reagan e Margareth Thatcher, o casal idolatrado por todo conservador anticomunista. Durante 15 anos os Estados Unidos apoiaram a causa do Khmer Vermelho, tido como um aliado na desestabilização da Indochina.
  • mauricio barbosa  02/06/2016 02:59
    Bom se for verdade o que tu dizes isso mostra o quanto o estado nefasto mesmo sendo o imperialista Estados Unidos.Só usamos ele(Estados Unidos)como exemplo apenas para mostrar casos práticos que corroboram a teoria austríaca de economia,enfim é uma aproximação mal-acabada do que seria um mundo de livre-comércio e anárquico,essa eu respondi para os iniciantes refletirem,agora você não se parece com um aprendiz,mas sim com algum MAV petista perdido por aqui tentando causar confusão e desânimo com argumentos para lá de manjado,seu playboy petista.
  • Andre  02/06/2016 11:48
    Hein? o genocídio cambojano foi de 1975 a 1979, bem antes de qualquer desses 2 governantes estatistas terem poder relevante em seus países.
    O simples reconhecimento do governo genocida por parte de outro governo já o faz cúmplice, é por isso que este instituto defende a completa extinção do estado, para evitar que socialistas apoiados por estados de economias mais desenvolvidas destruam mais da vida e dignidade humana.
  • Wesley  02/06/2016 09:34
    Leandro, eu vi uma entrevista do Gustavo Franco de 2004 que ele disse que o Itamar ia aderia a ideia da Argentina na época e adotar um Currency Board no Brasil. Mas o Gustavo teve a péssima idéia de convencer a equipe econômica dele a criar uma moeda nacional. Você não acha que se o Brasil tivesse adotado o CB ele iria destruí-lo como fez a Argentina? Além do mais, as taxas de juros pornográficas que pagamos se devem também a péssima idéia que o Brasil teve de criar moeda própria? O fetiche tupiniquim de ter uma moeda própria tem esse custo absurdo, além da inflação que o governo cria? Além do mais, você é um grande defensor do CB. Mas não seria melhor ao invés do CB o Brasil simplesmente dolarizar a economia? Porque o governo pode destruir o CB mas confiscar os dólares das pessoas é muito mais difícil que destruir o CB. E seria possível nessa altura do jogo usar as reservas internacionais e substituir pela moeda nacional? Dolarizar a economia seria trocar os reais na cotação atual por dólares? E seria simples de fazer? Um abraço!
  • Felipe  12/02/2021 16:38
    Sua pergunta é boa. Que pena que o Leandro não respondeu. Irei tentar respondê-la depois.
  • Leandro  12/02/2021 16:59
    Opa! Vamos lá.

    "eu vi uma entrevista do Gustavo Franco de 2004 que ele disse que o Itamar ia aderia a ideia da Argentina na época e adotar um Currency Board no Brasil."

    Por mais irônico que pareça, o grande defensor dessa ideia era André Lara Resende, hoje um crente fanático da Teoria Monetária Moderna.

    "Mas o Gustavo teve a péssima idéia de convencer a equipe econômica dele a criar uma moeda nacional."

    Sim.

    "Você não acha que se o Brasil tivesse adotado o CB ele iria destruí-lo como fez a Argentina?"

    Bem provável. Haveria alguma chance de manutenção se fosse por emenda constitucional, mas mesmo assim seria muito otimismo.

    "Além do mais, as taxas de juros pornográficas que pagamos se devem também a péssima idéia que o Brasil teve de criar moeda própria?"

    Sim. Países muito piores que adotaram um Currency Board vivenciaram uma queda forte (e sustentável) nos juros. A Bulgária é uma grande exemplo, bem como Estônia, Letônia e Lituânia.

    "O fetiche tupiniquim de ter uma moeda própria tem esse custo absurdo, além da inflação que o governo cria?"

    Correto.

    "Além do mais, você é um grande defensor do CB. Mas não seria melhor ao invés do CB o Brasil simplesmente dolarizar a economia? Porque o governo pode destruir o CB mas confiscar os dólares das pessoas é muito mais difícil que destruir o CB"

    Sim, mas, devido ao nosso tamanho (geográfico e populacional), seria algo mais complicado. Já defendi essa ideia antes, mas hoje acho que seria mais difícil.

    A dolarização exigiria uma logística muito complexa e custosa. Como não há dólares circulando entre a população para possibilitar isso, teria de haver uma operação conjunta com o Fed para fazer remessas de cédulas de dólares para cá.

    Dado que a vida útil de uma cédula é de uns 10 meses, teria de haver uma contínua reposição das cédulas no Brasil, o que exigiria outra estratégia junto ao Fed e ao Tesouro americano. Seriam mais de 200 milhões de brasileiros utilizando cédulas de dólar, e isso exigiria alguma logística do Fed.

    Já com um CB, não há esse problema. A emissão de cédulas é responsabilidade do CB, e estas ocorrem de acordo com a entrada de dígitos eletrônicos (em dólar) em seus computadores. Não é necessário se preocupar com uma remessa contínua de estoques de dólares.

    "E seria possível nessa altura do jogo usar as reservas internacionais e substituir pela moeda nacional? Dolarizar a economia seria trocar os reais na cotação atual por dólares? E seria simples de fazer? Um abraço!"

    Como explicado acima, não. Os dólares da reserva são puramente eletrônicos e estão totalmente investidos em títulos do Tesouro americano. Não é simples convertê-los em dólar físico e colocá-los pra circular. No entanto, para instalar uma Currency Board utilizando estas reservas, é na hora.
  • Caro an%C3%83%C2%B4nimo  12/02/2021 17:43
    "Sim, mas, devido ao nosso tamanho (geográfico e populacional), seria algo mais complicado. Já defendi essa ideia antes, mas hoje acho que seria mais difícil.

    A dolarização exigiria uma logística muito complexa e custosa. Como não há dólares circulando entre a população para possibilitar isso, teria de haver uma operação conjunta com o Fed para fazer remessas de cédulas de dólares para cá."

    Na minha opinião, pouco importa se há dólares suficiente para toda a população, o importante é liberarem o Dolar para circular aqui, para poder ser usado como método de pagamento, os câmbios privados iriam fazer o serviço, não é necessário extinguir o real e desesperadamente imprimir á rodo e converter tudo pra Dólar, isso é impossível. Quêm quiser trocar, troque.

    Á própria Venezuela, um país arruinado, na qual nenhum câmbio tem interesse em trocar dólares pela moeda nacional, já está sendo dolarizado, e o aumento de uso do Dolar lá só aumenta com o tempo.

    "Dado que a vida útil de uma cédula é de uns 10 meses, teria de haver uma contínua reposição das cédulas no Brasil, o que exigiria outra estratégia junto ao Fed e ao Tesouro americano. Seriam mais de 200 milhões de brasileiros utilizando cédulas de dólar, e isso exigiria alguma logística do Fed."

    Provavelmente iriam fazer á mesma coisas quê fazem nos EUA, reservar notas exclusivamente para trocas, os câmbios também iriam ajudar em tal tarefa.

    E também, não é como se todar as notas forem estragadas exatamente em 10 meses, se ela estraga ou não irá depender da preservação delam

    "Já com um CB, não há esse problema. A emissão de cédulas é responsabilidade do CB, e estas ocorrem de acordo com a entrada de dígitos eletrônicos (em dólar) em seus computadores. Não é necessário se preocupar com uma remessa contínua de estoques de dólares."

    Acho que um CB no Brasil não duraria nem 10 anos antes de ser adulterado.
  • Felipe  12/02/2021 19:57
    É verdade, o André Lara Resende defendeu o Currency Board. Diminuiria o problema da Argentina se eles aproximassem o Currency Board do feito em Hong Kong. Alguns países do Oriente Médio ainda utilizam câmbio fixo. A Dinamarca ainda atrela a coroa dinamarquesa ao euro. Ou copiassem Cingapura, mexendo no câmbio e não controlarem os juros.

    Seria possível ter uma saída menos traumática do câmbio atrelado, mas o país teria de ser mais atrativo aos investimentos. Isso é o que por exemplo aconteceu com a Coreia do Sul, cuja moeda tem se mantido estável e forte. A Tailândia também ficou na mesma situação com o seu baht, não obstante a situação caótica política do país, que guarda na sua história, desde 1932, dezenove golpes militares. As reservas internacionais do país são fartas. No ano passado, inclusive, elas cresceram. Pesquisei na Internet sobre os motivos disso, mas não encontrei nada. Papel flutuante não é um grande problema quando o país tem alta liberdade econômica, o que não é o caso do Brasil...

    "Dolarizar a economia seria trocar os reais na cotação atual por dólares?"

    Sim. No Equador fizeram isso.

    No arranjo atual, eu sugeriria liberar o dólar em circulação, como faz o Peru. E então a transição eu creio que seria menos traumática.
  • Rodrigo Pereira Herrmann  02/06/2016 20:47
    A deposição dos comunistas do governo já é um acontecimento político extraordinário. A lava-jato é outra coisa fenomenal e nova. Substituímos barbosinha desenvolvimentista por um sujeito que, malgrado seus defeitos, é muito mais pró mercado. Trocamos um presidente de bacen bunda-mole por outro homem do mercado com ideias mais ortodoxas. Escorraçamos coutinho do bndes, e em breve teremos uma auditoria de verdade naquela merda. Temer extinguirá ministérios e cortará (exonerando) milhares de CC´s petistas. Teremos um candidato forte de direita em 2018, com boas chances.
  • Taxidermista  02/06/2016 21:49
    Thomas DiLorenzo acaba de lançar um livro sobre socialismo:


    www.amazon.com/Problem-Socialism-Thomas-DiLorenzo/dp/1621575896
  • Thiago Ramos Varanda  03/06/2016 04:46
    Todo sistema que concentra decisões sobre os rumos do dinheiro, tirando-o da livre escolha dos proprietários, tende a fracassar miseravelmente. Exemplo atual é a Venezuela. Mas, claro, a esquerda lá já está dizendo que Maduro não representa o pensamento de esquerda.
    Mais uma vez a História comprova a afirmação da Escola Austríaca: um sistema que não respeita a troca voluntária de bens e serviços, que não respeita o valor da fixação de preços pela realidade do mercado, é um sistema que vai fracassar, gerar miséria e muita miséria.
    Infelizmente (talvez, felizmente!) a América do Sul é o último reduto de experiências do que é um regime socialista e o que ele causa ao povo que o segue.
    Descentralização, quebra total de monopólio, ausência de socorro a atividades não lucrativas, e demais medidas de estilo são os únicos meios de se construir uma sociedade viável.
    Uma sociedade que não respeita os preços reais de produtos e serviços, finca sua destruição.
    Capitalismo, livre iniciativa, é o melhor sistema de convivência social. Isso não impede fraternalismo, mas isso deve ficar ao critério do detentor do capital: todo aquele que trabalha e acumula dinheiro é detentor de capital. Não é questão de "luta de classes", não existe "classes". O que existe é pessoas que trabalharam e acumularam riquezas. Essa riqueza precisa receber estímulos para ser aplicada. Estímulos são outras empresas, outras atividades, gerando um ciclo viável de movimentação de valores dentro de uma sociedade.
    Socialismo é a pior teoria já criada na face da terra: um ditador (ou grupo de pessoas selecionadas) que se julga conhecer melhor do que todos os milhões de habitantes de um dado local como deve ser investido o dinheiro de cada pessoa. O resultado é óbvio: é o que está ocorrendo na Venezuela.
  • Nine Finger  05/06/2016 21:05
    Quando a China irá à bancarrota? Nesse país vem crescendo o número de milionários, bilionários. Qual é a explicação? Empresários amigos do comando vermelho?
  • Emerson Luis  02/07/2016 18:51
    "Quem ainda se lembra, no início da década de 1980, das imagens (fortíssimas) de crianças famintas na Etiópia? Crianças totalmente desnutridas, mas com as barrigas inchadas pela Kwashiorkor, e olhos cobertos de moscas."

    Eu me lembro, mas na época a imprensa atribuía a fome à seca, como se fosse uma tragédia natural. Foi apenas recentemente que eu aprendi sobre o papel do marxismo através de leituras liberais e conservadoras.
  • Lel  14/08/2016 19:09
    Muito bom!
  • anônimo  14/09/2016 18:30
    Qual a explicação para os episódios de fome dos países não-socialistas relatados na tabela abaixo? Intervenção estatal? Seca?

    www.mises.org.br/images/articles/2016/Junho/marian-tupy-march-2.jpg
  • anônimo  30/09/2016 15:37
    Se alguém puder me responder ficaria grato, a maior parte dos materiais que encontro sobre esses episódios culpam o clima, sempre acusam secas ou chuvas de serem os principais responsáveis.
  • Elias  08/11/2020 14:23
    Acredito que sejam por causa de guerras civis. Além disso, mesmo que na lista diga que alguns países não eram formalmente socialistas, na prática adotaram políticas socialistas e muito populismo.
  • Felipe L.  21/08/2020 16:34
    Como era a Etiópia antes da tomada de poder por esses marxistas safados? Era como se fosse a República da China (antes da revolução maoísta de 1949), um país burocratizado mas que ainda estava melhor que qualquer país socialista?
  • Guilherme  21/08/2020 19:46
    O país sempre foi uma porcaria, é claro. Afinal, está num continente que nunca progrediu. Mas depois que adotou o marxismo, aí a pobreza foi acrescida de inanição e extermínio.
  • Elias  08/11/2020 14:16
    Interessante que no Ranking de Liberdade Econômica (Heritage) de 2020, a Etiópia está a 0.1 pontos atrás do Brasil (Brasil = 53.7 e Etiópia = 53.6, sendo que o país africano esteve a frente do Brasil no ranking dos anos de 2018 e 2019). Portanto, estamos muito mais próximos da (quase inexistente) liberdade econômica da Etiópia do que muitos brasileiros imaginam. E isso é preocupante!
  • Pobre Mineiro  02/08/2021 04:04
    Concordo, e acho risível o brasileiro criticar o planejamento central da economia chinesa e russa.

    As economias de ambos os países citados são muito menos planejadas por burocratas do que a brasileira.

    O Brasil é um país que se diz capitalista e tem muito menos liberdade econômica do que a China e a Rússia, que se dizem comunistas.
  • anônimo  20/10/2022 23:56
    Socialismo é uma praga na humanidade!


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