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Sim, a escola está destruindo gerações e causando estragos profundos
Abolir esse modelo gerenciado pelo estado e criar outro é crucial

Por que uma criança deve estudar?

Para ser formada como cidadã que terá um papel na sociedade, trabalhando para ter seu sustento, para realizar seus sonhos e colaborar com os menos favorecidos.

O estudo não tem um fim em si mesmo, do tipo "o estudo dignifica o homem". Não, o trabalho e a criação de valor é que dignificam o homem. O que você realiza é o que lhe dignifica. Logo, em uma determinada fase de sua vida, você supostamente deveria se preparar para, na próxima fase, produzir e gerar valor.

O estudo sem propósito é perda de tempo. Sim, essa afirmação soa quase que como uma heresia escandalosa aos ouvidos de quem, por anos, foi condicionado a pensar no estudo como atividade-fim e não como um meio. Estudar por estudar é típico de alguém que ainda não encontrou seu propósito na vida, e por isso continua mecanicamente apenas fazendo as coisas por fazer.

No entanto, o ato de estudar — ou seja, participar de uma classe a fim de adquirir informações sobre as disciplinas definidas pelo governo via Ministério da Educação — está muito longe de ser o suficiente para preparar alguém para adquirir relevância na sociedade. Até porque a definição do currículo escolar foi feita há quase um século.

Já o atual modelo de escola compulsória, o qual copiamos do resto do mundo ocidental, foi criado ainda no início da Era Industrial. E sua função era preparar a mão-de-obra oriunda do campo para as indústrias. Consequentemente, o modelo de organização e agremiação das escolas era um simples espelho do modelo organizacional das fábricas: os sinais tocando entre as aulas, indicando que uma acabou e que outra deve começar; os sinais anunciando o início e o fim do recreio; as filas e a ênfase na obediência e submissão; o ambiente maçante; as fileiras de jovens sentados passivamente em suas carteiras escolares obedecendo a seus professores; os professores obedecendo aos supervisores e ao diretor etc. — tudo isso foi modelado de acordo com a organização das fábricas.

O problema é que já deixamos a Era Industrial há muito tempo e estamos entrando na Era da Imaginação. Mas o modelo escolar continuou estagnado na era das fábricas.

Os empregos do futuro ainda nem foram inventados

O mundo mudou, as necessidades mudaram, as ferramentas são outras e a quantidade de informação a que nossos jovens são expostos é muito maior. Não é por acaso que, como consequência dessa realidade, testemunhamos o aumento brutal no diagnóstico de TDAH — Transtorno de Déficit de Atenção por Hiperatividade —, o que fez com que drogas como a Ritalina tenham encontrado no Brasil seu segundo maior mercado consumidor do mundo. Será que nossas crianças é que estão doentes ou seriam as nossas escolas?

Em um mundo onde as informações estão acessíveis a todos, à distância de apenas um clique, aquela escola que tem o papel de transferência de conteúdo se torna a cada dia mais insignificante.

Por isso, o modelo educacional vigente está falindo e definhando a cada ano. E isso está acontecendo sem que muitos envolvidos nesse processo sequer estejam percebendo. E não percebem porque ainda continuam acreditando firmemente que esse modelo é o que melhor prepara para as formas mais convencionais de sustento de um cidadão, que é o emprego.

Só que o emprego tradicional, na forma como conhecemos, perde valor a cada dia, ao mesmo tempo em que outras formas de produção ganham mais espaço no mundo. Marketing multinível, produção de conteúdo na internet, youtubers, micro-franquias, vendas diretas, marketing digital e vários outros modelos têm crescido ao redor do mundo e já contam com milhões de pessoa dedicando-se a eles.

Em seu livro Now You See It, a educadora Cathy Davidson diz que 65% das crianças que estão entrando hoje na escola irão trabalhar em empregos no futuro que ainda nem foram inventados. Escreve ela: "Nessa era de mudanças cada vez mais velozes, estamos aplicando a nossas crianças as mesmas provas e lições de casa que foram criadas para nossos tataravôs".

Não quero entrar no mérito de discutir sobre cada uma dessas profissões tecnológicas que hoje estão em voga, mas a existência delas e seu crescimento são a maior prova de que as pessoas estão cansadas de se sentir escravas, de terem suas agendas tomadas e não terem tempo para usufruir a família e a vida em troca de um salário sobre o qual não têm controle.

Adicionalmente, o aumento do trânsito nas grandes cidades, com filas intermináveis e engarrafamentos de desafiarem os nervos, em conjunto com o aumento da violência urbana não só estimulam ainda mais esse tipo de ocupação, como também tem provocado um aumento nos casos de síndrome do pânico. Como resultado, o consumo de educação pela internet, por exemplo, não para de crescer.

Por que alguém vai pegar um carro, dirigir por minutos ou horas, correndo risco de ser assaltado, gastando com estacionamentos cada vez mais caros, para ir a uma faculdade ou mesmo a um curso qualquer? Muito mais racional é estudar online: gasta menos, gasta com qualidade e ainda sobra mais tempo para trabalhar, construir seus projetos, fazer outras coisas de que gosta ou simplesmente viver a vida.

Conteúdo

Não me entendam mal: eu vejo muito, mas muito mesmo, valor na pré-escola. É o momento em que a criança adquire algumas de suas primeiras experiências sociais, em que desenvolve suas habilidades cognitivas, sua coordenação motora e é alfabetizada. É uma educação altamente produtiva.

Da 1ª à 4ª série, a concentração em português, matemática e ciências traz um conteúdo interessante e importante para a base da educação dessa criança. O problema é que o formato falido da educação vigente já começa a colocar a cabeça para fora: uma sala enfileirada, a maldita prova que induz a decoreba e a busca por notinhas na média começam a aparecer nessa fase. Uma pena, pois, apesar desse formato deletério, o conteúdo dessa fase é bem importante.

É da 5ª série até o último ano do ensino médio que tudo desanda. Ou seja, entre os 11 e 17 anos. Algum pedagogo infeliz definiu esse conteúdo a ser despejado no cérebro dos jovens. A quantidade de informações inúteis, desnecessárias e irrelevantes é impressionante: vai desde decorar os principais nomes do parnasianismo (lembra?) até cada etapa do ciclo de reprodução das samambaias.

Nessa fase, seria imensamente importante a preparação para a vida. E não me refiro à preparação para o emprego, não. Falo de preparação para a vida, mesmo.

Até hoje, sou capaz de montar no mínimo 70% de uma tabela periódica, com os elementos químicos e suas posições organizadas em grupos. Até hoje não me esqueci e não me pergunte por quê. O fato é que essa informação ocupa um espaço valioso em meu cérebro e não me serve para nada. Talvez se eu trabalhasse com farmácia ou química industrial tivesse algum valor, mas não para 99% das pessoas. Se é inútil para 99% das pessoas, por que perder tempo com isso na escola? Mais ainda: por que exigir que o aluno saiba isso para ser aprovado e liberado da escola?

Sem entrar em muitos detalhes, atrevo-me a dizer que mais de 70% do que se estuda entre a 5ª série e o 3º ano do ensino médio não tem sentido algum, não fará nenhuma diferença na vida futura deste indivíduo e será relegado ao esquecimento tão logo ele saia da escola. Se você duvida, tente relembrar aí tudo o que você aprendeu na escola. Em seguida, veja quanto disso você aplica no seu dia a dia.

Quais deveriam ser as prioridades

Caso eu pudesse montar uma escola com currículo próprio, sem ter de me submeter às ordens do MEC (hoje, sou proibido pelo governo de fazer isso), daria ênfase aos seguintes itens:

1. Falar em público - Estatisticamente, falar em público é o maior medo das pessoas. Elas não têm boa oratória. E oratória é muito importante para o crescimento profissional e liderança. Como pode alguém passar mais de 15 anos participando de uma educação que não o prepara para ter uma boa oratória? Foi falta de tempo? Não. Você estava ocupado estudando as briófitas, as mitocôndrias ou decorando os gases nobres.

2. Direito - Não me refiro ao Direito estudado por quem deseja ser um advogado, mas ao direito de cada indivíduo. As regras do jogo. Quer jogar o jogo sem saber as regras? Falo em direito civil, direito tributário, direito comercial etc. Pelo menos o básico de cada um.

3. Nutrição - As taxas de obesidade crescem em todo o mundo. Nutrição é algo que seria estudado todas as semanas.

4. Finanças pessoais - Esse é crucial. Cálculo de juros para financiamentos, entender como os juros compostos podem elevar o patrimônio do poupador (e destruir o do devedor), entender as consequências do seu nível de endividamento, aprender negociação, gestão de patrimônio etc. É inacreditável que se perca tanto tempo em uma escola sem que o indivíduo sequer aprenda o básico sobre como gerir a própria vida.

5. Inteligência emocional - Como reagir a situações adversas. Aprender a perder para ganhar. Saber se colocar no lugar dos outros. Empatia. Liderança (de novo). Saber trabalhar em grupo. Como lidar com a ansiedade, com as frustrações, com o medo etc.

6. Empreendedorismo - Não apenas na forma de se ter uma empresa, mas também como empreender em uma carreira profissional. Empreender com a mesada. Estímulos para startups na internet. Blogs. Conteúdo no YouTube e redes sociais com o foco na criação de audiências.

7. Esporte em alta performance - O esporte traz consigo ensinamentos importantíssimos para a vida. Foco, trabalho em equipe, inteligência emocional, determinação, trabalho em grupo. O esporte é riquíssimo para o desenvolvimento dessas habilidades. Mas não seria compulsório.

8. Primeiros socorros e conhecimentos sobre o atendimento de jovens, velhos e crianças - Este fala por si mesmo.

9. Política e sociologia de forma isenta e não-doutrinária - Este seria o mais difícil, mas é possível de ser feito.

10. Serviço social e trabalho voluntário em comunidades carentes - Além da experiência valiosíssima de lidar com os mais necessitados, a abordagem humana e o fato de ter acesso às contradições da sociedade causadas por políticas desastradas trariam questionamentos valiosos para os futuros pensadores.

11. Idioma estrangeiro com qualidade - O inglês é uma disciplina estudada em todas as escolas, mas menos de 3% da população dominam o idioma. Eis mais uma fragorosa prova do retumbante fracasso do modelo educacional vigente. É inaceitável que menos de 100% de nossos alunos cheguem ao final do ensino médio e não falem no mínimo 3 idiomas. Há tempo para isso, mas a competência das escolas atuais passa longe.

12. Língua portuguesa, interpretação de textos e redação. Uma atividade a ser desenvolvida todos os dias. Treinando a forma e desenvolvendo pensadores que se expressam muito bem, tanto de forma oral como escrita. Quem não sabe se comunicar bem por escrito não terá capacidade de liderar. Seus relatórios não serão bem compreendidos e seus pedidos/ordens serão mal executados. E isso influenciará diretamente a qualidade dos bens ou serviços que você fornece. Peça a um grupo de 100 jovens recém-formados em uma universidade para escreverem uma redação e sinta o terror.

Responsabilidades

O governo sempre esteve integralmente no controle da educação. Pouco importa se a escola é particular ou pública: elas seguem o currículo do MEC, que é compulsório. Se uma escola decidir ensinar tudo o que disse acima — e abolir a tabela periódica, as mitocôndrias, as briófitas e o parnasianismo, por exemplo —, ela, mesmo privada, poderá ter seu registro cassado e seus alunos terão um diploma não reconhecido.

Logo, o governo é o responsável único por esse modelo pouco produtivo de educação.

Até 2014, fui sócio de um grupo educacional expressivo com mais de 1.800 escolas de ensino médio e fundamental no Brasil, com mais de 500 mil alunos. Conheço bem o que digo. Meus filhos — 15, 13 e 4 anos de idade — sabem tudo o que penso a respeito desse assunto e por dois anos ficaram fora da escola. Estudaram em casa, enquanto moramos na Espanha e Inglaterra. Em Portugal, eles voltaram para uma escola convencional, mas a educação deles não pertence a essa escola, ainda que seja considerada uma das melhores da Europa. Eles aprenderam a jogar o jogo e nos dedicamos a prepará-los dentro de outros paradigmas, muito longe de alguns conceitos ensinados lá dentro.

Talvez um dia, se o governo permitir, eu realize o sonho de construir uma escola que contrarie tudo isso, que peite esse esquema, que ignore a falsa importância de um diploma e que forme pessoas para serem relevantes na sociedade com todas as habilidades acima, em vez de uma manada de seres humanos padronizados em busca de um diploma para arranjarem um emprego e pagarem suas contas.

E eles agem assim porque foram ensinados assim, treinadas assim e adestradas desse jeito desde tenra idade.

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O entusiasmo e a obsessão são suas mais decisivas habilidades


autor

Flávio Augusto
é um dos principais ícones do empreendedorismo no Brasil. Fundou a Wise Up e, mais tarde, o Ometz Group, que englobou uma série de empresas fundadas por ele e em 2013 foi vendido para a Abril Educação, da qual passou a ser sócio. No mesmo ano, adquiriu o Orlando City, clube da principal liga norte-americana de futebol. É também o idealizador do Geração de Valor, projeto focado em inspirar jovens que estão iniciando a carreira e desejam chegar mais longe, aprendendo com a experiência de um empreendedor de sucesso. Fundou também o MeuSucesso.com e a T-BDH Capital. Ouça seu podcast para o IMB.

  • Anônimo  20/10/2017 14:06
    Artigo muito bom. Realmente o modelo industrial de escolas está falido. Aliás, não se pode nem ao menos escolher as matérias em que se tem interesse.
  • Juliano  11/01/2019 04:22
    Muito boa a analise, mesmo n compartilhando da mesma visao politico ideologica de vcs, temos q aprender a admitir quando um dos lados propoe uma melhoria racional n?, afinal nossa sociedade sempre sera formada pelo meio termo entao q seja o melhor dos dois ou mais lados n e mesmo Se decidirem (misses brasil)transformar isso em algum tipo de proposta legislativa, também adicionem programação, *logica das maquinas*, afinal n se pode imaginar empregos futuros sem elas n e msm? mesmo q n seja para trabalhar na area, saber como funciona o todo ao seu redor e conseguir talvez numa situacao de emergência reparar algum erro seria de grande adicional para qualquer profissional... alem de que programação ajuda muito no desenvolvimento do raciocínio logico
  • Marcelo  03/02/2020 10:45
    Não é a escola, mas sim a ocupação esquerdopata da escola.
  • anônimo  05/04/2021 18:44
    É a escola sim fofo.
    Tem nada de esquerdopata aqui não. Parem de envolver partido político em coisas que não são sobre eles.
    Apesar de a escola ser uma ação política, não tem ninguém falando de direita ou esquerda aqui more. Tá muito fissurado nisso.
  • Jovem de 16  19/05/2021 17:55
    giria de militante
  • anônimo  12/03/2020 20:29
    olha como estudante enxergo que devemos sim aprender todas as materias pois uma criança não tem a capacidade de escolher o quer estudar, e seria os pais que iriam escolher o que a criança deve estudar ou seja a criança irá descobrir que aquilo que os pais dela colocaram para ela aprender não é o que ela gosta e o que realmente ela curti a criança não derá conhecimento. Essa é apenas a minha opinião
  • anônimo  07/04/2020 22:48
    Ahh um querido estudante, pois bem sou estudante (porco, mas sou). E não sigo este pensamento, me diga aqui e agora. O que a tabela periódica e suas decoreba te ajudaram na vida real? Nada né. Uns belo 17 anos de sua vida jogado na lata do lixo.
    Ahh eu tenho conhecimento, blabla, beleza meu amigo você tem conhecimento, mas o que você irá fazer por ele? Se você sequer, têm uma base prática de tudo que foi falado... Você meu amigo, apenas você tem apenas teorias nessa cabeça, nada posto em prática. Segue a risca, aqui 2 ou 1 ano, depois de finalizar o ensino médio ou ensino superior
    Me diz, então o que você "decorou" e usou na vida real?
    Te garanto, 99% inútil e 1% útil, você meu querido leitor esqueceu, portanto este método e de longe falho pouco produtivo
    Precisamos apenas de conhecimento de nossas áreas, e os essências que e português e matemática que e fenomenais na vida real e te faz o que e hoje. Não seria física ou quimica que te formaria, e sim se vc quisesse ser um fisico ou químico não iria usar estas disciplinas
  • Maria Eduarda  25/08/2020 20:41
    Concordo plenamente com tudo que vc disse .estou no nono ano e vejo que metade do que está sendo ensinado não vai ser útil pra mim .quero ser atriz e como vc disse física, química e etc... Não vão servir em nada no meu futuro .já estou até desmotivada de ir a escola queria está fazendo aula de dança,teatro,canto coisas que vão servir para mim .
  • Cl%C3%83%C2%A1udio Aparecido da Silva  03/09/2020 15:30
    Talvez o Trivium seja o que você está procurando.
  • Vinicius  18/04/2021 12:42
    Realmente, a escola de nada serve a não ser para o atraso do enfrentamento da vida como é. Competitiva, sobrevivência e DIFÍCIL. A tavela períodica não vai te ajudar em absolutamente nada, muito menos as equaçoes do segundo grau, você jamais usará, eu garanto. Esses tópicos citados nessa matéria seriam absolutamente mais importantes e talvez mudariam o futuro de uma geração, criariam novos líderes, corporativos e políticos.
  • Ex-microempresario  19/04/2021 15:51
    Aí já é exagero. Sem um mínimo de matemática, a pessoa não entende sequer uma compra no crediário. E um pouco de noção de ciências não faz mal a ninguém, evita que vire um tonto que acredita em qualquer coisa que vê na televisão.
  • sei la  19/10/2020 12:05
    as crianças pequenas vão estudar o que estudam hj, elas vão aprender a socializar, escrever, se comunicar e quando poder escolher, ela escolhe a matéria q mais se adapta
  • Abrahan Lincon  05/01/2022 07:51
    Você realmente leu o artigo? A proposta é que eles ensinem o básico da vida, há como cuidar da própria vida.
    Sobre as outras matérias é simples, como o autor ressaltou é algo que deve ser feito entre a 5° e o 3° ano, onde os alunos estão realmente formando suas personalidades, caráter e sua base de conhecimentos.
  • JAILTON ANACLETO MOREIRA  13/10/2020 16:33
    Só mudaria o item 12 para 1, ou até mesmo 0... o descaso com nossa língua é gritante.
  • Sabrina Mh  04/12/2022 00:53
    Alguns pontos do texto fogem um pouco do fato para dar embasamento, sendo um pouco tendencioso para interesses sugestivos... mas outros pontos não deixam de estar corretos. O currículo deve mesmo ser atualizado com *acréscimo de bases* citadas (e não substituição das que já tem por outras, quem somos nós para dizer que uma base de química é desnecessária para vida de alguém? todos nós devemos ter), como educação financeira e afins, e mudança de métodos são urgentes!!
    Já o que diz respeito ao entender que o texto dá que até as escolas particulares estão com as mãos atadas por conta do comando do estado sobre o caminho que a base deve seguir...o fato é que deve ter uma determinação para todas as escolas do caminho a se seguir para o currículo comum, se não houvesse uma direção imagina o que algumas instituições estariam fazendo rs? será que o termo "comum" poderia ser utilizado se cada escola tivesse liberdade de abordar o que bem entendesse?
    Mas não quer dizer que não haja flexibilidade para que métodos diferentes sejam aplicados, as maneiras de abordagem dos assuntos e o ênfase que é dado em cada um (decorar tabelas periódicas por exemplo rs), também é previsto temas transversais na base nacional comum curricular (que inclui ed. financeira, civil, trânsito e tudo que é além das matérias previstas e faz parte do cotidiano), elas estão lá e podem ser abordadas se existir *iniciativa* (que é o ponto que o sis. público muitas vezes não tem) inclusive várias escolas particulares tem matérias que vão além das escolas públicas.

    A necessidade de atualização e melhora da nossa base educacional é urgente exatamente como o texto diz, mas a direção (o norte) deve continuar sendo regida pelo estado com suas devidas flexibilidades (já existem), já que este *pelo menos em teoria* age para o bem da sociedade e as empresas *nem em teoria* agem para o bem de todos e sim para o lucro. Além disso, a valorização do profissional da educação é um dos pontos chaves que não alcançamos ainda.
  • Ex-microempresario  04/12/2022 14:54
    Sabrina, vc recebe salário pelo seu trabalho?

    Caso a resposta seja sim, posso inferir que vc, "*nem em teoria* age para o bem de todos, e sim para o lucro?"

    Aliás, se "a valorização do profissional da educação é um dos pontos chaves que não alcançamos ainda." está se referindo à valorização salarial, vc não está admitindo que o tal "profissional da educação" coloca o lucro pessoal acima do restante?

    Será mais um caso do clássico relativismo em que quando A quer ganhar mais pelo seu trabalho trata-se de "ganância" e "abuso", mas quando B quer a mesma coisa trata-se de "justiça" e "dignidade"?
  • Estado máximo, cidadão mínimo.  05/12/2022 00:13
    "A necessidade de atualização e melhora da nossa base educacional é urgente exatamente como o texto diz, mas a direção (o norte) deve continuar sendo regida pelo estado com suas devidas flexibilidades (já existem), já que este *pelo menos em teoria* age para o bem da sociedade e as empresas *nem em teoria* agem para o bem de todos e sim para o lucro. Além disso, a valorização do profissional da educação é um dos pontos chaves que não alcançamos ainda."

    Ufa, ainda bem que temos Sarneys, Collors e Calheiros se preocupando conosco e com o futuro do ensino bananeiro! Já pensaram que tragédia seria nosso desempenho lá no Pisa se não fossem por eles? Quanto a "valorização" dos profissionais da educação... Tá cheio de professor universitário que ganha vinte mil por mês que mal aparecem nos campi para dar aulas...


  • Aloisio Siscari  20/10/2017 14:07
    Excelente texto. Entretanto, os grandes artistas - pintores, escultores e escritores do passado aprendiam também questões da alma em filosofia. O autor do texto esqueceu-se da espiritualidade, de onde viemos, pra onde vamos, por que nascemos, pra que vivemos, qual o sentido da minha vida. Nosso Deus não é a Economia!
  • Martins  20/10/2017 14:28
    Só que tais pessoas eram obcecadas pelo assunto e correram atrás, e não necessariamente "aprenderam na escola" de maneira mecânica.

    Artigo inteiro sobre isso:

    O entusiasmo e a obsessão são suas mais decisivas habilidades
  • Aloisio Siscari  20/10/2017 16:23
    As universidades surgiram atreladas às CATEDRAIS!!! E quem mais despendia gastos com o conhecimento era a Igreja!!! Hoje, para muitos, o deus é a Economia. Analisemos o que virou a sociedade.
  • Escolástico   20/10/2017 16:53
    Sim, as universidades surgiram por meio da Igreja. Era uma época em que o governo não estipulava que só podia exercer determinadas profissões quem tinha um diploma. Consequentemente, as universidades estavam genuinamente voltadas para o saber e para o aprofundamento do conhecimento. Só entrava ali quem realmente estava interessado em aprender e em contribuir para o saber.

    Já hoje, não mais. Hoje, o governo determinou que só pode exercer uma determinada profissão quem tem diploma. Sem diploma, o sujeito é proibido de trabalhar. E se ele for flagrado trabalhando sem diploma, vai pra cadeia.

    Consequentemente, a universidade deixou de ser um centro de saber (como era na época da Igreja) e virou uma mera atravessadora: para o sujeito poder trabalhar sem ir pra cadeia, ele deve obter um diploma numa universidade.

    Foi o governo, portanto, quem transformou as universidades em balcões comerciais. E é exatamente este arranjo que os libertários condenam.

    Você, pelo visto, defende. E ainda diz que são os libertários os culpados por "o que virou a sociedade"! Que maravilhosa inversão de valores e de atribuição de culpas.
  • anônimo  05/04/2021 18:45
    Claro... Isso não é motivo pra dizer que a escola tbm não deveria ensinar essas coisas.
  • Xenon  20/10/2017 16:39
    Pergunta, quem financiava os os grandes artistas - pintores, escultores e escritores?
  • Nilo Pascoaloto  20/10/2017 17:27
    Nobres e magnatas. A Alemanha pré-unificação, por exemplo, tinha várias unidades políticas e centros comerciais que competiam entre si por status cultural, o que proporcionou solo fértil para uma cultura vibrante e alguns dos maiores gênios da história humana. A Itália também teve uma situação análoga.

    Hoje muitos "artistas" ficariam horrorizados com a idéia de ter que agradar um patrono, afinal isso feriria a "liberdade" deles. Mais uma prova de que é urgentíssimo acabar com financiamento estatal da "cultura", para que essa gentalha entenda que eles não têm direito de cagar no chão e chamar de "arte" e esperar que isso ponha comida na mesa.
  • Arnaldo  24/10/2017 15:23
    Religião é algo tão idiota que não merece nem ser discutida.
  • Rudinei  27/10/2017 17:46
    Idiota é este seu argumento sobre religião. Deve ser o reflexo do argumentador.
  • ELOI  25/01/2018 16:23
    QUER DIZER QUE QUEM NÃO PENSA COMO VOCÊ É IDIOTA? Os perigosos são aqueles que tem atitudes autoritárias e xenofobas. Hoje tem muitos que não acreditam em nada! Uma vida sem sentido e sem esperança. o que podemos esperar de uma sociedade com "estes ideais?". Eu prefiro confiar em pessoas que tem um sentido na vida, que não seja só o material. Hoje o mundo vai mal porque não tem mais "quem medite em seu coração!". Jesus Cristo bem falou: "PELOS FRUTOS OS CONHECEREIS!". Quem culpa a Religião o Jesus Cristo é porque não conhece nem um e nem outro. A ideologia cristã é de tolerância , bondade, diálogo, fazer bem ao próximo. Se alguém não a pratica , a culpa de quem é? Tem cristãos de fachada, mas é muita ingenuidade botar todo mundo no mesmo saco... Antes de falar é bom refletir: quem sou eu para falar mal dos outros? Certas criticas revelam profundas frustrações! O ódio que certos pronunciamentos revelam, nos fazem recordar Hitler, Stalin etc.
  • Cleidson  02/02/2018 13:28
    A religião enquanto contexto dogmático e doutrinador realmente não deve ser tratada no meio educacional por ser uma violência contra o pensamento livre do outro, entretanto ser conteúdo de disciplinas como História e Geografia é importante para compreender a trajetória das nações e contextualizar assuntos como o poder na Idade Média, o terrorismo em países do Oriente Médio e as relações de castas na Índia. O conhecimento e não a doutrinação é necessário para a formação geopolítica do estudante.
  • Claudia  04/02/2020 00:02
    "A religião enquanto contexto dogmático e doutrinador realmente não deve ser tratada no meio educacional"

    Errado. Se a escola se propõe a ser religiosa, deve sê-lo. Se a proposta é ser laica, ateia, agnóstica ou qualquer outro, deve seguir sua proposta. Os pais devem decidir em que tipo de escola matricularão seus filhos. Você não tem o direito natural de dizer o que a escola ensinará aos filhos alheios, quem faz isso é candidato a ditador.

    "por ser uma violência contra o pensamento livre do outro,"

    Ensinar religião é uma violência contra o pensamento livre? Nesse caso nada pode ser ensinado, nem religião nem qualquer outra área humana. Se a ideia é não intervir no pensamento alheio, melhor ensinar somente matemática, física, química, pois qualquer outra coisa visa justamente a intervenção no pensamento alheio. Não é necessário ser um grande filósofo para perceber que cada vez que ensinamos algo estamos de algum modo intervindo no pensamento alheio. Qual a proposta liberal? Tentar intervir no pensamento alheio na busca de convencer as demais pessoas que a melhor proposta para a sociedade é a menor intervenção do governo. Não há qualquer violência em tentar convencer as pessoas de que suas ideias são as melhores. Comparar pensamentos e ideias com violência é justamente o mote socialista e progressista, que tenta calar os indivíduos contrários chamando suas ideias de violência, discurso de ódio, extremismo ou sei lá o quê. Medo de pensamentos e de ideias é marca registrada da geração fraca, frágil e mimizenta criada pela nova esquerda.

    "entretanto ser conteúdo de disciplinas como História e Geografia é importante para compreender a trajetória das nações e contextualizar assuntos como o poder na Idade Média, o terrorismo em países do Oriente Médio e as relações de castas na Índia."

    Se os pais acharem que o filho não precisa aprender sobre as castas da Índia matriculará seus filhos em uma escola que não faz questão de ensinar as "castas da Índia". Novamente, dizer que aprender sobre religião é ruim e sore castas é bom é uma mera opinião sua (e uma opinião bem mixuruca, aliás).

    "O conhecimento e não a doutrinação é necessário"

    Claramente você quer chamar de doutrinação não o ensino de doutrinas e dogmas, mas a lavagem cerebral que se faz nas escolas hoje, que não é o ensino de dogmas mas um mero adestramento. Quem dera que as escolas pelos menos ensinassem dogmas, sem dúvida estaríamos em melhor situação.

    "para a formação geopolítica do estudante."

    A formação geopolítica do estudante não é necessariamente a mais importante. Muitos estudantes sabem o que acontece, por exemplo, no Oriente Médio, mas o sabem sob a ótica da CNN ou da Globo News. Geopolítica é a relação existentes entre os processos políticos e a geografia envolvida, como o território, o relevo, a densidade demográfica, a localização... Se o indivíduo não tiver um arcabouço que o permita interpretar os dados, pode aprender a mesma geopolítica ensinada na escola pública brasileira, tergiversada como o é. Óbvio que saber geopolítica é importante, mas é um conhecimento que não pode ser imposto. Também não tem a utilidade imaginada se não for analisada a partir de anteriores doutrinas. Um exemplo é a doutrina em que nós, liberais, cremos de modo taxativo: a que a liberdade, a integridade física e a propriedade do indivíduo que não atenta contra os demais é intocável. Sim, considerando que uma doutrina é um conjunto de ideias fundamentais ou de princípios que servem de alicerce para algum sistema, o liberalismo também tem sua doutrina, e nem por isso deve ser afastado do meio educacional ou é uma "violência contra o pensamento".
  • Caio Henrique   17/08/2020 19:34
    "um conhecimento não pode ser imposto"
    O que faz a geopolítica diferente da religião?
    O que dá aos pais o direito de escolher quais conhecimentos são importantes para a formação cidadã dos filhos?
    Você diz que a religião é benéfica por criar ideais de conduta ético morais validos, mas sob qual autoridade propõem que seja aplicada como matéria escolar? A massificação e imposição de modo subjetivo é um problema constante na educação e achar que a religião não esta condicionada ao método científico, a reflexão critica e estudo de impacto no meio acadêmico, além de ser hipócrita, enfrenta a politica de laicista(não intervenção das organizações religiões em instituições políticas e sociais).
    Porque não fim das contas é de direito e responsabilidade do individuo e apenas do individuo sua formação acadêmica e religiosa por conta própria, cabendo a escola/comunidade oferecer apoio ou encaminhamento apenas se for requisitada.
  • Rachel  05/09/2020 19:10
    Esse texto foi escrito em 2017, e muitas transformações ja foram feitas na tentativa de atualizar a educação no Brasil que é arcaica e muito burocrática. Uma das coisas que mais se percebe, e a total falta de autonomia dos professores, que são controlados e orientados para fazer o q o currículo pede, sem poder desenvolver realmente um bom trabalho, voltado para o grupo em questão. Algumas coisas nesse teco, também demonstram pouca vivencia da pessoa no ambiente escolar, os problemas são gravíssimos, desde de estruturais, alimentícia, de materiais e salas adequadas para se trabalhar o conteúdo. Um exemplo que foi dado, para que aprender a tabela periódica? Se for só decorar e uma persa de tempo, mas qdo vc tem uma sala onde vc pode demonstrar é trabalhar os mais básicos processos quimicos, isso e incrível. Conhecimento é conhecimento, não ocupa espaço como em um computador, e ridículo ouvir como se fosse ocupar espaço de outras coisas.
    Hoje a escola não faz seu papel, vem tendo dificuldades nessa atualização e o governo só se preocupa com números, ele realmente não quer pessoas instruídas e capazes. Aliás esse currículo acima pensado pelo escritor, também deixa de fora muitas coisas importantes, muitas habilidades que podem ser úteis, já que o que foi falado e em uma escola que ensine para a vida. Eu acho que temos muito a melhorar, estamos sendo massacrados e temos os piores índices de desenvolvimento intelectual do mundo. Hoje a escola tem que resolver problemas sociais dos alunos, muitos problemas de ordem sociais e assistênciais estão cai do para a escola resolver, famílias que estão quase abandonando seus filhos nas mãos da gestão e professores, como se eles tivessem que educar e ensinar tudo a eles. Esse texto não fala disso e nem dos problemas de violência que assolam nossa sociedade, que cai em cima dos professores em sala de aula. O estado fez um belo trabalho ao longo dos anos para rebaixar o ensino, desqualificar os profissionais da educação e dar a eles uma carga que não tem a ver com ensino, na prática hoje, escola e divã de pais e alunos, assistência social, o ensino ficou secundário, não temos boas bibliotecas, salas ambientes, estruturas e ferramentas adequadas, o professor tem que levar seu giz ou sua caneta, imprimir atividades do seu próprio bolso. Temos problemas tão graves, que infelizmente, só em mil anos seriam resolvidos, até pq não existe voltade política para isso, o estado não está nem aí, muitas famílias não estão nem aí e muitos alunos acham completamente desnecessário estudar, nem para trabalhar eles acham importante. Mas o menino é a menina que não foi preparado para raciocinar corretamente, interpretar corretamente, nunca fará um bom uso das informações, de que adianta tanta informação se eles não sabem usar ou interpretar ?? Acham q internet e escola? Quanto engano...
  • Evelyn  22/09/2021 13:38
    Achei muito interessante seu posicionamente! Você podera a situação com uma visão extremamente holística. Sem dúvidas um dos melhores comentários.
  • Leandro C  16/10/2018 11:47
    Ao menos, não com um idiota.
  • ELDERSON DE ABREU DE ALENCAR  02/10/2020 10:58
    Simples assim. Cheque-Mate!
  • Perseguidor de preconceituosos escrotos  05/04/2022 12:11
    Olha "amigo", se você não gosta de religião é uma coisa, mas desmerecer é idiotice, provavelmente vinda de um homem tão estúpido quanto. Existem religiões e culturas em que eu não acredito, mas eu creio que, se isto está traz fé e importância para seu seguidores (por se sentir e fazer parte de um credo), é isso que importa. Obs: Pelo seu nome (Arnaldo) e pelo seu comentário deve ser um velho daqueles conservadores.
  • Bluepil  05/04/2022 18:35
    "Olha "amigo", se você não gosta de religião é uma coisa, mas desmerecer é idiotice, provavelmente vinda de um homem tão estúpido quanto. Existem religiões e culturas em que eu não acredito, mas eu creio que, se isto está traz fé e importância para seu seguidores (por se sentir e fazer parte de um credo), é isso que importa. Obs: Pelo seu nome (Arnaldo) e pelo seu comentário deve ser um velho daqueles conservadores."

    Eu nem sei do que essa discussão se tratava, mas lendo seu comentário, senti vontade de refuta-lo.

    Desmerecer religiões é algo totalmente legítimo, afinal, refutar dogmas adotados por uma pessoa e suas crenças é algo tão natural quanto refutar suas idéias e padrões de pensamentos. Se você não quer saber de opinião alguma, é melhor que deixe suas opiniões para si mesmo.

    Por exemplo, não é porque os religiosos que acreditam na divindade do políticos são fanáticos e mente fechada que devo deixa-los saíndo falando o que querem enquanto não devo falar nada, liberdade de expressão é exatamente o que significa: minha liberdade de me expressar é falar o que eu quero, independente se sou minoria ou não.

    Aliás, lendo seu comentário, vejo que também está desmerecendo o indivíduo apenas pelas suas crenças, então você é só mais um hipócrita.

    E não, não estou defendendo o 'Arnaldo', e nem sei o que ele falou, mas para faze-lo declarar tantas coisas controversas, provavelmente deve ter sido algo bem polêmico e desprezível para religiosos como um todo, o que significa que ele também está errado.
  • Cleidson  02/02/2018 13:20
    Concordo a posição de valores que tornem o homem mais sensível ao sofrimento alheio, mas penso que deidades, fé e dogmas devem ser exclusivamente tratados pelas instituições religiosas. A educação deve ser laica e a moral e ética deveriam vir do berço de cada um. Deus, Alah, Budda, Exus, Bhramma são assuntos para os religiosos tomarem com seus prosélitos e não para serem tratados pelos professores
  • Vandercleison  03/02/2018 06:22
    Cleidson, o sistema que você defende já está em vigência praticamente no mundo inteiro, inclusive no Brasil graças ao MEC.

    E se as escolas públicas fossem abolidas e as particulares não mais tivessem de seguir o MEC?

    Este site defende que cada um matricule seus filhos na rede de ensino que bem entender. E qualquer coisa poderia ser ensinada aos filhos, desde que os responsáveis estivessem de acordo.

    A educação estatal - e como ela seria em um livre mercado
  • Vicenzo  25/04/2020 01:23
    O autor logo no início exibi uma forte afirmação pragmaticista. Caso não saiba, essa corrente de pensamento invalida questões metafísicas, ou seja, o entendimento através da razão de questões que vão além do sensível, do mundo material. Aí entram essas questões: "Quem somos nós?, " De onde viemos?" e etc. Para o Pragmaticista, o conhecimento deve estar relacionado com o seu objetivo prático. É aquele coisa de alguém ver um mecânico lendo um livro de filosofia e dizer para o sujeito "Por que está lendo isso? Isso vai te ensinar a consertar um carro? Isso não vai te servir de nada!". E pior que isso teve influencia considerável no Brasil com a Escola Nova. Os princípios e objetivos da LDB são uma mistura de educação critica progressista e pragmaticista, falando em tornar o aluno crítico e um agente transformador da sociedade como também prepara-lo para o mercado de trabalho.
  • Vitória   03/01/2022 21:29
    As crianças que fazem aniversário?? a professora com memória????
  • André Luiz Mendes Liberato  18/06/2022 23:49
    Acredito que o autor não quis muito se especificar nesse assunto, mas concordo plenamente com você, as pequenas coisas podem realmente fazer um grande diferencial para o nosso desenvolvimento pessoal. Há um livro do Mário Sérgio Cortella que é muito bom, onde ele aborda esse tema "Por que fazemos o que fazemos?"
  • Paulo  20/10/2017 14:15
    Eu tenho estudado muito o aprendizado em rede, e recentemente li Ivan Illich, um pensador que ficou no ostracismo por suas ideias, quando escreveu sobre a desescolarização da sociedade. Vale a leitura.

    Uma referência nessa linha:

  • Julio Cesar Pereira Rocha  20/10/2017 14:19
    É por isso que dei adeus a faculdade e atualmente trabalho em uma forma de integrar a matemática com Scratch, uma ferramenta para ensinar programação para crianças e adolescentes. A educação já mudou e a tradicional já morreu. Só que não percebeu isso ainda foi o governo. Burocratas sempre são lentos.
  • Luan  20/10/2017 14:21
    Perfeito, analiso da mesma forma. Nós mesmos confessamos que o nosso modelo está errado quando admitimos que nossos jovens saem da faculdade sem estarem prontos para o mercado de trabalho. Ora, se o objetivo da faculdade é preparar o jovem para o mercado de trabalho, como que ele pode sair de lá formado sem está preparado? Bato muito nessa tecla, estamos focados na teoria do "Cuspe e Giz" e estamos esquecendo da pratica. Não que a teoria não seja importante, mas além de modificarmos nossa grade, precisamos focar na pratica, pois é com ela que veremos sentido em determinada coisa.
  • Decio  20/10/2017 14:23
    No momento estou terminando o curso de engenharia de produção civil na Universidade Federal de Santa Catarina, e sinto na pele o que é a qualidade do ensino deste modelo falido. Mesmo estando quase terminando a universidade, me sentiria totalmente despreparado para entrar no mercado de trabalho. A unica coisa que aprendi bem aqui foi me virar, me virar para aprender, me virar para correr atrás do que realmente importa, infelizmente muitos não podem correr atrás como pude.

    Enfim, gostaria somente de dizer que compartilho deste sonho que você tem. Mesmo não tendo me formado ainda, já embarquei na jornada do empreendedorismo, sempre quis ter algo que eu tenha criado e tive a sorte de encontrar bons amigos que pensam como eu e estão comigo nesta jornada, mas meu objetivo de vida é poder fazer algo com relação a educação no país. Remodelar este sistema falido para que as pessoas não tenham que passar pelo tormento que passei ao cumprir com o "dever" de estudar todos os dias.
  • Carlos  20/10/2017 14:27
    Excelente texto - especialmente em nosso país, os métodos educacionais não viram qualquer mudança significativa nos últimos 50 anos.
  • Walter  20/10/2017 14:31
    O que sente alguém que recebe um alvará de soltura, após ter sido condenado a passar cinco longos anos submetido à reclusão em regime fechado? Não sei ao certo, mas deve ser algo semelhante ao que senti quando abandonei as salas de aula de adestramento e reclusão do curso de bacharel em administração. Sei que não sou anormal em não aceitar a submissão que queriam impingir a minha pessoa, taxando-me de indisciplinado e sem inteligência interpessoal por não compactuar com meus colegas caçadores de notas altas. Valeu, #tôfora...
  • Efraim Lopes  20/10/2017 14:36
    Gates, Jobs e Zuckerberg: nenhum deles se submeteram ao sistema.
  • Tobias  20/10/2017 20:25
    Vou copiar o que já disse em outro artigo:

    Bill Gates era obcecado com computadores. A cada chance que ele tinha ele ia mexer em computadores. Ele cabulava aula e ficava noites acordado se dedicando a essa sua devoção.

    Michael Jordan, após ser afastado do time quando criança, decidiu que nunca mais iria se sentir tão desprezado novamente. Passou a cabular aulas pra ficar treinando no ginásio, jogando dias e noites inteiros.

    Donald Trump passou toda a vida focado em negócios imobiliários. Mesmo quando ainda estava na faculdade pegou dinheiro emprestado do pai para comprar um condomínios de 1400 unidades. Graduou-se milionário e, uma década depois, já era bilionário.

    Steve Jobs tinha a criatividade como sua paixão. Na década de 1980 ele já visualizava um iPod, mas com a tecnologia então disponível, o negócio seria um trambolho enorme. Tão obcecado ele era que não descansou enquanto sua imaginação não ganhou vida EXATAMENTE no formato que ele imaginou.

    Mark Zuckerberg se dedicou incansavelmente à codificação e conversão de uma linguagem em código. Era o único do seu grupo a ser considerado um verdadeiro gênio. Construiu o Facebook.

    Nenhum desses perdeu tempo aprisionado em escolas sendo doutrinados e não aprendendo nada. Eles mostram que a única maneira de ser bem-sucedido na vida é ter um foco afiado e empurrar tudo o que secundário para o lado.
  • Cleidson  02/02/2018 13:32
    E veja só todos esses empreendedores exemplares: nenhum veio de nações algemadas ao Marxismo
  • Little Brother  20/10/2017 14:42
    A grande função da escola hoje é transmitir a ideologia às crianças e de forma covarde, diga-se de passagem.
  • Cleidson  02/02/2018 13:35
    E o grande propagandista desta doutrinação coletiva é o astuto Paulo Freire, "endeusado" com sua "Pedagogia do Oprimido" para infundir na veia do brasileiro o coitadismo das cotas
  • Vanessa  20/10/2017 14:48
    Uma das justificativas para o atual modelo escolar de enfiar o máximo de matérias possível na cabeça do estudante é que quanto mais ele descobrir coisas novas maiores as chances de ele se interessar por algo e assim seguir carreira profissional naquilo.

    Tipo, se o estudante tomar contato com a existência de mitocôndrias e ribossomos, ele pode se apaixonar por aquilo e decide virar médico. Ou então quando o professor fala que existe algo chamado aromáticos (química orgânica) ele irá se apaixonar tão perdidamente que irá virar engenheiro químico.

    Logo, quanto mais coisas você enfiar na cabeça da galera, maiores as chances de pelo menos uma colar.

    Só que isso comprovadamente não funciona. Aliás, tem efeito contrário: quanto mais você cobra essas coisas em prova (condicionando a aprovação a isso), maior a repulsa que tais coisas geram.

    Experiência própria. Eu odiava historia e biologia no colégio. Depois que me vi livre daqui, passei a gostar. Hoje adora. A escola só atrapalhou meu aprendizado e me causou repulsa ao conhecimento.

  • Gabriel  20/10/2017 15:57
    Pois é, se o objetivo for só tentar despertar interesse o jeito como é feito é totalmente contraproducente. Seria melhor ter algo como um "dia do documentário" com uma certa frequência, apresentando temas variados. Mesmo assim acho desnecessário.
  • Demolidor  20/10/2017 21:14
    Já eu passei a gostar de Economia após ter largado a faculdade. Melhor coisa que fiz.

    Para mim, grandes economistas como Ludwig von Mises, Friedrich Hayek, Thomas Sowell, Walter Williams, Leandro Roque, Peter Schiff, Milton Friedman, Nassim Taleb e outros dispensam intermediários. Este site traz conteúdo muito melhor que praticamente qualquer faculdade de economia.
  • Giuliano  16/11/2017 03:15
    O que o governo quer é justamente falta de foco em algo. Imagine se Jobs ou Gates se enquadrasse nesse tipo de educação. Não teriam ido fundo no que interessava a eles.
  • Leandro C  16/10/2018 11:54
    Também passei a gostar de história apenas após ter concluído os estudos formais; aliás, após dois cursos de graduação (administração e direito) eu percebi que nunca havia lido um livro, hoje eu amo.
  • Leandro C  16/10/2018 12:01
    Cursei escola técnica no Senai (mecânica diesel), isto há muito tempo, e achei tudo tão maravilhoso, desde o material didático, passando pela experiência prática logo na sequência, sempre com o incentivo para resolução de um problema com criatividade e entendimento da técnica, e então a possibilidade de estágio; mas não só, achei maravilhoso também a forma organizada como funcionava, os valores passados, a cidadania, enfim, nada se parecia com a escola estadual normal, completamente deteriorada em materiais e valores, desde o diretor até os alunos.
    O curso pretendia ser profissionalizante e não uma educação geral, ainda assim, mesmo tendo objetivos muito mais específicos, conseguia abrir a mente de uma maneira tão mais eficiente; quem dera o ensino formal fosse ao menos daquele jeito, quando, na verdade, por ser mais abrangente, deveria ser muito melhor.
  • Dalton C. Rocha  20/10/2017 14:49
    Escola pública nunca prestou, nem prestará, no Brasil. Se algum governador ou prefeito deste país quiser mesmo, melhorar a educação, no seu estado ou município; então que faça isto:
    1- Privatize todas as escolas públicas.
    2- Dê o direito aos pais de escolherem em qual escola particular, eles querem matricular seus filhos, por meio de bolsas de estudo.
    O resto é só demagogia eleitoreira. Você acha que as escolas públicas funcionam gratuitamente? Enquanto nas escolas particulares, cerca de 70% dos funcionários são professores, nas escolas públicas esta percentagem não passa nem de 40%. O resto é burocracia; corrupta, incompetente e lenta. Sai mais barato e melhor, se usar dinheiro público, para pagar uma mensalidade numa escola particular, que jogar dinheiro fora em escolas ditas "públicas", mas de fato da CUT, da corrupção e da incompetência.
    Em resumo. Com escolas sob o controle de marxistas, estaremos fadados a vivermos num país pobre, falido, corrupto e endividado.
    Tornar um país pobre, num país rico é raridade, mas a Coréia do Sul conseguiu tal feito, graças aos governos de dois generais de 1961 a 1988. Peço a você, que veja a palestra que começa aos seis minutos e vários segundos do site https://www.youtube.com/watch?v=axuxt2Dwe0A


    Causas reais do sucesso econômico e educacional da Coréia do Sul:
    1- Ditaduras militares completamente de direita, controlando todo o país, por cerca de trinta anos. Nos anos 1950, os generais sul-coreanos usavam de governos-fantoches e de 1961 até 1988, existiram dois generais-ditadores com mão de ferro governando a Coréia do Sul. Não houve espaço político para possíveis clones coreanos de Jango, Sarney, FHC, Lula, Dilma, etc.
    2- Um modelo econômico completamente de direita, sem espaços para getulhismos do tipo monopólio estatal do petróleo ou reservas de mercado.
    3- Dos anos 1950 ao final dos anos 1980, havia punição brutal a professores que ousassem pregar marxismo e esquerdismos em geral, nas aulas.
    4- Dos anos 1950 até o final dos anos 1980, haviam castigos físicos para alunos que faltavam às aulas, conversavam nas salas de aula, tiravam notas baixas. Estes castigos físicos existiam desde a pré-escola, até o final do segundo grau.
    5- O governo obrigava e tinha na educação, o objetivo maior do país, ao lado dos gastos militares. No Brasil, de Sarney para cá, apenas os gastos com a ciranda financeira superam mais do dobro de todos os gastos restantes, em conjunto, sendo o espaço de defesa + educação sempre inferior a 10% do gasto público de Sarney(em 1985) para cá.
    6- Ao contrário da lenda, os professores da Coréia do Sul ganhavam pouco, nos anos 1960 e 1970, mas eram altamente cobrados, pelo seu desempenho.
    7- Por ter poucos recursos, as escolas da Coréia do Sul, não tinham lugar para atividades esportivas.
    8- O ensino superior foi reduzido, mas moldado ao modelo americano, sendo os professores trazidos das melhores universidades americanas. Sul-coreanos que foram estudar lá e, voltaram.
    9- Os pais que deixavam seus filhos foram da escola eram presos. E aqueles que mandavam seus filhos pedirem esmola na rua além de presos, perdiam a guarda das crianças. A mendicância era e é um crime, na Coreia do Sul. Em suma. Na Coréia do Sul, se criminalizou a ignorância e a mendicância, enquanto aqui se chama de "vítima do capitalismo", aqueles que mandam seus filhos pedirem esmolas, lá na Coréia do Sul, eles foram tratados como criminosos, já na década de 1950.
    10- A Coréia do Sul se fez uma firme aliada dos Estados Unidos.
    11- A Coréia do Sul não tem riquezas naturais. Sem espaço para slogans vazios do tipo "O petróleo é nosso!".
    12- Se impôs o ensino de inglês, que é a língua franca de todos os ramos do conhecimento humano, em todos os colégios. Aqui, o Lula impôs o ensino do inútil espanhol e dos nocivos sociologia e filosofia, que são cadeiras cativas de fracassados marxistas, em todos os colégios. Tornando assim nossos colégios em fábricas de comunistas, incompetentes e imbecís.
  • Caio  20/10/2017 15:46
    Putz, pessoal aqui de boas discutindo propostas curriculares que visam a mais liberdade, e aí nêgo vem defender que a solução é ditadura militar de direita, exatamente o tipo que mais centralizou a educação no Brasil e que, ao entregar todo esse modelo centralizado de bandeja para a esquerda progressista, ajudou enormemente na cagada que hoje vivemos.

    Aliás, taí um dos grandes cânceres do Brasil: essa disputa ideológica, típica de adolescente, entre esquerda e direita. A esquerda caga com a qualidade do ensino, e aí vem a direita e diz que a solução é mais militarização, mais autoritarismo (a parte da defesa dos "castigos físicos para alunos que faltavam às aulas, conversavam nas salas de aula, tiravam notas baixas" é desprezível), e mais centralização. Essa ala da direita lambedora de bota de milico quer simplesmente cagar em cima do estrume já deixado pela esquerda.

    Impressionante nosso atraso. Inclusive ideológico.
  • PauloBat  26/10/2017 01:28
    Sou do tempo de ir à escola fundamental, 1963 a 1970, em que um aluno, era indicado pelo(a) professor(a)para anotar colegas que atrapalhassem a aula.

    Após uma certa classificação (não me lembro exatamente, afinal são mais de 47 anos) o "atrapalhante" era colocado ao lado do quadro-negro, de frente para a parede. Sério. Brasil à somente 50 anos atrás. Pelo menos, nunca precisei ajoealhar no milho, como meu pai. Ou à palmatória, que só foi abolida na Inglaterra por esta época.



  • Leigo  23/10/2017 10:55
    Esse cara parece um esquerdista.
  • Fred  26/10/2017 00:21
    Dalton quer que todos sejam apenas another Brick in the wall
  • Futuro ex professor Marcos Paulo  20/10/2017 15:55
    Há algum tempo eu estava pensando seriamente em largar a sala de aula, após ler esse texto e alguns comentários minha decisão ficou mais certa. Vivo todos esses dilemas em 9 anos de educação e sinto que não tenho mais nada a contribuir com esse modelo.

    Como diria o amigo acima Walter:
    "Valeu, #tôfora..."
  • FL  20/10/2017 17:06
    Caro Marcos, se você é professor, você está numa posição excelente de fazer alguma mudança.

    Não sei seu ramo, mas digamos que você ensine matemática no ensino médio. Por que não ensinar cálculos de juros compostos para seus alunos? Fazer um plano de investimentos com dinheiro fictício (como existe no tal do folhainvest), mostrar como funcionam os cartões de crédito, coisas desse tipo. Você ensina português? Ótimo, mostre para ele emails corporativos bem escritos e outros sem qualquer nexo, e o impacto que eles trazem. No meu tempo de aluno, estas eram as melhores aulas, com exemplos práticos de uso daquilo que estava aprendendo.

    Até hoje lembro de um professor na faculdade que pediu para todos os alunos criarem contas no folhainvest, para aprendermos a mexer com ações, fez uma pequena competição para ver as melhores estratégias. Não fez nenhuma prova, aprovou todo mundo, mas realmente ensinou algo que uso mais de 10 anos depois.
  • marcos lorite lopes  20/10/2017 23:59
    sou professor da rede pública de são paulo, observei as falas dos colegas que estão participando do tema, e falar de educação será sempre um tema de muitas variantes, pois temos experiências diferentes e em diferentes pontos do Brasil. Começarei quanto ao modelo atual, seja deste ou daquele partido, ele está falido, é um sistema pernicioso, no qual o aluno não precisa estudar, e sinto informar nem frequentar as salas, pois a regra hoje é "dar nota 5 para qualquer um mesmo que ele não atinja as habilidades necessárias para série em curso e retirar o excesso de faltas superiores a 25%, e notas vermelhas pela falta de habilidades, solicitamos a este um trabalho que dependendo do professor poderá ser bem elaborado, do tipo - ABNT, no ensino médio, caso ele não entregue ficará com a menção do bimestre em vermelha; para o ensino básico 6º ao 9º ano nem pensar, passa direto, mesmo não sabendo nada, já no ensino médio, você poderá em casos gravíssimos reter o aluno, (sabemos que a escola não é para isso), mas infelizmente sairão analfabetos funcionais, ou menos, é assim solicitado pela gestão que devemos passar todos. conclusão neste modelo atual, não faz sentido nenhum termos educação pública. Temos por ter, apenas para tirá-los da rua.
    quanto a inclusão de alguns temas acima descrito, digo que há um projeto chamado Proemi, que traz em seu bojo temas atuais, e entre eles o sistema financeiro que é bem colocado pela matemática, no meu caso Geografia, trago assuntos relevantes, por exemplo, a questão do mapa da violência urbana, o desarmamento, a regra do jogo com a leitura de artigos da CF, e direitos em sua base de noção, e hoje a questão do trabalho escravo e sua Portaria 1129, mas isso é feito por questão pessoal, não está no curriculum, e o que somos cobrados é o curriculum básico, participei da mudança de curriculum pelo MEC em suas propostas, são várias correntes é por votação está muito difuso e neste caso ficamos com um papel muito pequeno.
  • frommars  20/10/2017 16:47
    Ótimo artigo mais uma vez, parabéns à equipe do Mises! Não sei se seria efetivo, por ser muito específico, mas entre os temas de estudo sugeridos pelo autor, eu acrescentaria aulas de programação ou algo assim. Não sabemos as profissões do futuro, mas dá pra deduzir que quem souber se virar com informática tem maiores chances de ir na direção certa. Sobre o comentário a respeito da Coréia do Sul acima, parece que a única diferença entre os coreanos do Sul e os do Norte é o víés político (menos mal que seja de direita, porque acabou produzindo riqueza). Mas o povo coreano parece ter a submissão gravada no DNA e isto é um horror.
  • Ferlinusortus  20/10/2017 16:50
    O estímulo à leitura e ao autodidatismo é importantíssimo
  • Nilo Pascoaloto  20/10/2017 17:08
    Algumas críticas sinceras...

    1) Até onde eu sei, o modelo educacional universal, compusório e regimentado que tem sido dominante no Ocidente teve origem na Prússia ao final do século XVIII, e tinha como objetivo tornar os cidadãos peças eficazes e obedientes na máquina burocrática do Estado (que estava então em franco desenvolvimento). Tem menos a ver com fábricas do que com militarismo, portanto.

    2a) Marketing multinível?...... >.>

    2b) Totalmente a favor de acabar com a regimentação do trabalho via CLT, mas sou cético quanto a essa história do "fim do emprego tradicional". Se tem uma coisa que a vida me ensinou na marra, é que disciplina e regularidade têm a sua importância, especialmente no mundo dos negócios em que as redes de interdependência são absurdamente complexas e delicadas. Não tem nada de errado em "arrumar um emprego e pagar contas"; a forma como a pessoa encara o trabalho é mais importante do que o formato do contrato de trabalho em si. E nem todo mundo quer ser "líder". Para existirem líderes é necessário existirem aqueles dispostos a serem liderados. E tem também aqueles que preferem trabalhar quietos, sem liderarem nem serem liderados...

    3) Para os senhores do corredor, o trânsito é um desafio, não um obstáculo! :D

    4) Minha percepção é de que 90% do que se aprende na escola é inútil, e possivelmente mais se você considerar coisas que poderiam ser úteis mas que são transformadas em doutrinação esquerdista na prática. Mas existe bastante gente que dá valor a uma educação formal "completa", e não tem absolutamente nada de errado se essa gente quiser que seus filhos tenham uma. Ler Homero e Virgílio e Tolkien vai ajudar alguém a ser produtivo? Duvido muito. Mas chamar de "inútil" não passa de uma opinião, e uma altamente questionável.
  • Eduardo  20/10/2017 17:52
    1) Sim, começou na Prússia do século XVIII. Depois se difundiu para os EUA. Chegou inicialmente em Massachusetts em 1852. À época, era extremamente brando: exigia que crianças de 14 anos fossem para a escola por apenas 12 semanas por ano, seis das quais deveriam ser consecutivas.

    Desde então, o sistema foi se intensificando, reduzindo cada vez mais a idade mínima.

    Agora, se o modelo visava ao militarismo e não ao industrialismo, aí eu já não sei. De fato, a estrutura de uma escola em pouco se difere da de operários em uma fábrica.

    Por outro lado, devo dizer que também já ouvi esse argumento do militarismo. A pessoa havia dito que o modelo atual de escola foi inventado pelo exército prusso para garantir que todos os jovens funcionassem como engrenagens perfeitamente conectadas durante o esforço de guerra. Esse jovens aprendiam matemática básica (para calcular soluções para o poder de fogo da artilharia), o básico da alfabetização (para entender e repassar ordens) e, é claro, educação física.

    O interessante dessa teoria é que esse currículo era muito mais enxuto e racional que o atual.

    2a) pt.wikipedia.org/wiki/Marketing_multin%C3%ADvel
    marketingdeconteudo.com/marketing-multi-nivel/

    2b) Não discordo do que você disse, mas também não acho que seja ponto pacífico. Eu já estive dos dois lados. Atualmente, sou autônomo e tenho grande flexibilidade de horário. Na prática, sou eu quem realmente faço meu horário. Ao mesmo tempo em que posso tirar uma folga numa quarta-feira, posso ter de trabalhar um domingo inteiro. Acho que foi a isso que o autor se referiu. Aí eu concordo com ele.

    Se isso é bom ou ruim, aí vai de cada um. Eu completamente subjetivo. Eu gosto, e não me vejo voltando a trabalhar de carteira assinada e batendo ponto.

    3) Desde que virei autônomo, moro em cidade pequena, onde o custo de vida é irrisório. Sendo assim, nem sei mais o que é trânsito. E confesso que não entendo autônomo que ainda mora em cidade grande com custo de vida exorbitante, segurança nula e transito caótico. Só pode ser masoquismo.

    4) O autor simplesmente deu a opinião dele sobre o atual sistema e disse como seria a escola que ele montaria caso o governo permitisse. Só isso. O autor não ameaçou ninguém, não coagiu ninguém, não tomou o dinheiro de ninguém, e nem prometeu nada a ninguém. Apenas deu a opinião dele sobre o que há de errado. Não há motivo nenhum para se sentir ameaçado ou ofendido. Se você quiser continuar mandando seus filhos para escolas controladas pelo estado, garanto que o autor será a ultima pessoa a querer lhe proibir de fazer isso. Ele pode até criticar, mas jamais lhe impedir. Por outro lado, o estado me proíbe de não mandar meus filhos para as escolas controladas por ele. Ou seja, eu sou obrigado a colocar meus filhos em escolas controladas pelo estado. Quem realmente merece vitupério?
  • anonimo  23/10/2017 11:01
    4) "Mas existe bastante gente que dá valor a uma educação formal 'completa', e não tem absolutamente nada de errado se essa gente quiser que seus filhos tenham uma."

    Só pode ser um analfabeto funcional.
  • PauloBat  26/10/2017 01:38
    Estes anônimos só vem para gerar confusão.
    Melhor ser analfabeto funcional do que cego ideológico.
    Definir suas escolhas significa livre arbítrio.

    Assim como não quero imposição do estado, quero (parafraseando Raul Seixas) poder "tomar banho de chapéu " caso eu queira. E dane-se quem se incomode com isto.
    E viva a Sociedade Alternativa.
  • PauloBat  26/10/2017 01:55
    Concordo com muitos pontos do autor menos à sua citação à Kate Davis: "65% das profissões ainda não foram inventada. "

    Porque discordo:

    1) Futurologia para vender papel (com caracteres impressos em tinta preta).

    2) Misturar mudanças de ferramentas com mudanças de profissão.

    Exemplo: James Hutton e eu somos geólogos. Ele no final do século 18. Eu hoje.

    Tecnologicamente eu estou a eras geológicas dele. Mas, ele foi responsável por uma revolução geológica que o tornou conhecido como o Pai da Geologia moderna.

    A única coisa que mudou entre nós foi a evolução das ferramentas:
    Ele: martelo, lupa e pena e papel
    Eu: martelo, lupa e computador.
    Ambos: cérebro, curiosidade e vontade para aprender e mestres.

    Ou então, o livro escrito à pena passou a ser escrito utilizando-se máquina de escrever e, posteriormente, computador. Mas os autores eram e continuam sendo escritores.
  • Felipe Costa Gualberto  20/10/2017 17:47
    "Estudar por estudar é típico de alguém que ainda não encontrou seu propósito na vida, e por isso continua mecanicamente apenas fazendo as coisas por fazer."
    Isso também é comum com pessoas que tem medo de mudanças e preferem ficar na zona de conforto. Tem vários casos de estudantes que terminam a faculdade, daí fazem mestrado, depois doutorado, depois viajam para fora para fazer um phD. A ideia de sair do mundo acadêmico, para alguns deles, é assustador e nem querem descobrir como é.

    "Já o atual modelo de escola compulsória, o qual copiamos do resto do mundo ocidental, foi criado ainda no início da Era Industrial. E sua função era preparar a mão-de-obra oriunda do campo para as indústrias."
    Sempre achei que esse modelo foi cunhado pela Prússia como estratégia de doutrinação de crianças para aceitação do estado.

    "9. Política e sociologia de forma isenta e não-doutrinária"
    Vai sonhando, isso é utopia, rs.

    Acho que faltou citar um problema muito grande que temos em escolas: são agrupadas por idade.
    Com isso, crianças de 5 anos só interagem, praticamente, com crianças de 5 anos. A mesma coisa acontece ao completar 6, 7, 8 e assim por diante até terminar a escola. Isso é um problema, pois ela passa a fase escolar sem aprender e com receio de interagir com adultos.
  • Pobre Paulista  20/10/2017 18:01
    "A ideia de sair do mundo acadêmico, para alguns deles, é assustador e nem querem descobrir como é."

    Uma coisa é estudar por estudar, outra é estudar para criar e registrar conhecimento. Não misture as coisas.
  • Antonio  20/10/2017 19:24
    " Uma coisa é estudar por estudar, outra é estudar para criar e registrar conhecimento." Outra coisa é estudar para mamar numa deliciosa tetinha estatal e ainda sair com título de DOUTOR. Afinal, os contribuintes indefesos precisam colaborar com a educação para construir um PAÍS MELHOR, não é mesmo? " Não misture as coisas. "
  • Pobre Paulista  21/10/2017 17:52
    Não é só em universidade pública que se gera conhecimento, seu otário. Veja, por exemplo, ESTE PRÓPRIO INSTITUTO, que está repleto de pessoas escrevendo e/ou pesquisando para publicar todo santo dia um novo artigo. Só pra você poder ler e escrever merdas nos comentários depois.

  • Antonio  24/10/2017 10:58
    Pobre de interpretação Paulista:
    a) Onde, no meu escrito eu referi que O ÚNICO LUGAR ONDE SE GERA CONHECIMENTO É NA UNIVERSIDADE PÚBLICA?
    Pelo que se pode entender, mas para ajudar a transformar a sua pobreza de interpretação em riqueza eu desenho, se for necessário, que um dos melhores lugares onde se mamam na tetinhas gostosas pagas pelo contribuinte indefeso para produzir "conhecimento" é nas Universidades Públicas. Está claro agora, meu caro e pobre interpretador?

    b) Onde, no meu escrito eu me posicionei contra as pessoas que estudam e geram conhecimento para ser registrado e transferido? Sendo este trabalho remunerado ou não, visando lucro ou não, desde que não seja financiado com o dinheiro dos nossos impostos, não existe crítica no meu comentário.

    c) " Não misture as coisas" já estava escrito antes. Foi repetido mas parece que o amigo tem dificuldade em não misturar. Inclusive, quando interpreta textos e comentários, mistura e confunde os órgãos responsáveis pela interpretação. Sugiro que utilize sempre o cérebro ao invés do fígado quando for fazer a interpretação de escritos e comentários que os olhos leram.

    d) Não vou descer ao nível do amigo e utilizar palavras ofensivas e de baixo calão para designá-lo, já que percebi que seu estado mental foi alterado por um acesso de fúria cuja causa desconheço. Sendo assim, se for da sua vontade se arrepender tanto pela má interpretação do meu comentário anterior como pelos injustos adjetivos a mim referidos saiba que no momento que desejar fazê-lo terá da minha parte o perdão e a amizade. Do contrário lhe reservo minha dó pelas circunstâncias que o deixaram tão furioso.
  • anonimo  23/10/2017 11:04
    "Acho que faltou citar um problema muito grande que temos em escolas: são agrupadas por idade.
    Com isso, crianças de 5 anos só interagem, praticamente, com crianças de 5 anos. A mesma coisa acontece ao completar 6, 7, 8 e assim por diante até terminar a escola. Isso é um problema, pois ela passa a fase escolar sem aprender e com receio de interagir com adultos."

    Muito bem analisado, eu até hoje tenho problemas com isso, tenho 22 anos.
  • Andrevitch  20/10/2017 19:12
    Olá. Achei o artigo muito interessante, porém completamente onírico. A ideia é ótima mas inaplicável. Percebo que sempre que se propõe algo sobre a escola se esquece a relevância do clássico, classificando-o como desnecessário. Ledo engano, estas receitas que prometem uma redenção capaz de criar uma versão do homem ideal, refazer o molde de Adão e restaurar a natureza caída é só utopia de nossa cultura vitimista com forte inferência marxista. Como diria Dom Lourenço de Almeida Prado "se um aluno não consegue aprender matemática e língua, mande-o trabalhar com barro e chame a bobagem que ele fizer de arte e criatividade".
    O clássico é a única forma de retomar o glamour do ensino e dar funcionalidade as escolas, qualquer proposta que desconsidera tais prerrogativas só construirá um edifício no pântano que no primeiro evento climático se desmantelará.
    Obrigado!


    PRADO, Lourenço de Almeida. Educação: ajudar a pensar, sim. Conscientizar não. Rio de Janeiro. Agir, 1991, p. 339
  • Igor  20/10/2017 20:14
    O "clássico" que você defende é exatamente o que o autor também defende: português, matemática e filosofia prática. Está tudo ali nos 12 itens dele.

    Você, obviamente, pode discordar. Mas é contraditório defender um "retorno ao clássico" e, ao mesmo tempo, dizer que o autor (que também defende o clássico) é onírico.

    Agora, se por "clássico" você se refere ao ensino tradicional, então o seu problema já está resolvido e você nem se deu conta. O currículo de hoje é basicamente o mesmo do 50 anos atrás (só saíram o latim e o francês, que hoje também não têm serventia nenhuma, e entrou o inglês).

    Logo, você falou muito mas disse quase nada.

  • anonimo  23/10/2017 11:06
    Será que ele leu tudo?
  • Jorge Jorgina  20/10/2017 19:33
    "Aviso: texto disruptivo, com reflexões polêmicas que requerem uma grande capacidade de abstração e um desprendimento dos modelos vigentes. Caso ache que está tudo certo com o mundo e com a educação brasileira, não perca seu tempo com a leitura. Pode voltar para o Facebook ou Instagram."


    Esse "aviso" não precisava. Dispensável.
  • Editor  20/10/2017 20:12
    Tal frase consta no texto original do autor. Não foi uma inclusão do IMB.
  • Bruno Diniz  20/10/2017 20:14
    Já eu acho que foi uma grande sacada do autor. Para leitores tradicionais deste site, sim, ela é desnecessária. Mas para a atual geração afetadinha e delicadíssima -- que forma 99,9% dos leitores de internet, inclusive de direita --, tal aviso é extremamente necessário.

    Aliás, tal frase caiu como uma luva quando se considera o que ocorreu na seção de comentários do artigo de ontem: bastou o autor criticar, e totalmente de passagem, a "direita nacionalista e estatizante", e imediatamente vários sedizentes conservadores tiveram um faniquito, subiram nas tamancas, fizeram beicinho e fizeram uma ameaça explosiva e mortal: "não leio mais!" E bateram o pezinho. (Alguns, depois, até reconheceram que se excederam).

    Agora, se supostos conservadores (sedizentes machos-alfas) são delicados, chiliquentos e propensos ao desmaio à mera menção de uma frase, imagina então a esquerda progressista que nem sequer imagina a hipótese de haver idéias diferentes das suas?

    No futuro, alguns artigos terão de vir acompanhados com um kit de primeiros socorros.
  • andre  24/10/2017 19:17
    Confesso que este comentário me fez rir de verdade.
    Sobre o texto, excelente. Diariamente penso em uma estratégia para conseguir aplicar homeschooling para minha filha de 3a. Obrigado
  • anônimo  20/10/2017 19:37
    Se eu gosto de estudar por estudar e tem gente que paga para mim, qual é o problema?
    Porque permitir que as pessoas tenham outra opção. Se permitir eu perco a minha boquinha.
    Ensino público é uma porcaria, mas impede que os pais insiram a ideologia conservadora na cabeça de seus filhos. Quem controla o ensino das crianças controla o futuro.
    The Brave New World is coming.
  • Lurana  20/10/2017 20:21
    Finalmente alguém que fala a minha língua! Tenho esse pensamento! Acho que por isso aos 27 anos ainda não consegui firmar em nenhum dos 5 cursos superiores que tentei iniciar!

    Já comecei Pedagogia, Administração, Engenharia Elétrica, Gestão de TI e Tradução! Hj voltei pra Gestão de TI.
  • Nilo Pascoaloto  20/10/2017 23:48
    Aqui vai um conselho sincero e baseado em experiência própria... a não ser que você esteja disposta a mergulhar no mundo dos freelances, startups e cia., pegue um curso que você consiga terminar, e TERMINE. Não é para gostar, na verdade se estiver gostando recomendo examinar a cabeça.

    Faculdade pode ser um tremendo desperdício de tempo e dinheiro, mas é um desperdício que muita gente, incluindo aí o RH da maioria das empresas, ainda acha importante.
  • Luciano Huck  21/10/2017 00:04
    E o feminismo libertário?
  • Felipe Lange S. B. S.  21/10/2017 15:01
    Me cheira a esquerdista que defende a propriedade privada.
  • anonimo  23/10/2017 11:11
    Esse cheiro tá errado, talvez deva pesquisar sobre. Nomes como Wendy McElroy, Camille Paglia, etc, podem interessar.
  • Heinrich  28/10/2017 04:02
    feminismo é coletivismo

    Não tem escapatória.

    Se querem um movimento pra, por exemplo, acabar com tarados na rua, criem um movimento com outro nome
    Acrescentar um "libertário" em feminismo só dá a impressão que alguma parte desse movimento cancerígeno é aceitável
  • Heinrich  28/10/2017 04:30
    Bom, eu discordo que a tabela periódica seja inútil. Quer dizer, depende de como a escola cobra esse conhecimento. Se sua escola só pediu pra decorar, realmente é uma m****. Mas se sua escola te explicou que existe todo um mercado químico/farmacêutico/siderúrgico/nuclear/metalúrgico por trás que faz o mundo girar, no qual depende toda indústria moderna, acredito que seja um conhecimento útil e mais tarde você possa virar um industrial ou usar isso a seu favor na sua empresa.

    Briófitas, ou o estudo de plantas no geral, apesar de ser um saco de estudar, é extremamente importante pra agricultura, que provavelmente é uma das áreas mais importantes da humanidade (afinal todo mundo tem que comer né). Tem mais, se as pessoas soubessem mais biologia, não teriamos essas aberrações de ideologia de gênero dominando a cabeça dos jovens. Ideologia de gênero só existe pra quem desconhece, ignora ou fecha os olhos e tapa os ouvidos pra biologia. Novamente, a cobrança pode ser revisada, mas o conhecimento é básico pra entender o mundo.

    Você fez ótimos pontos no texto, como por exemplo a necessidade de uma educação financeira e de direito (realmente é inexplicável como não aprendemos o básico de direito nas escolas). Mas quando saiu insinuando como inútil estudar esses conceitos tecnológicos/biológicos/matemáticos, extremamente úteis na indústria moderna, acredito que tenha caído naquele papo de hippie de humanas da faculdade, que acha que o estudo tem que ser uma experiência 100% agradável, macia e prazerosa. Quando na verdade, estudo requer disciplina, nem sempre você está disposto a estudar, mas tem que fazer. Do mesmo jeito que o dia a dia de um empreendedor não é aquela aventura toda dos filmes, tem as partes entediantes e as partes de muito desgaste, mas tudo vale a pena ao conseguir fabricar e vender seu produto.
    Eu, por mim, fazia que nem no japão e botava cálculo 1 no currículo do ensino médio (supondo que tivesse que ter um currículo obrigatório). Queria ver esquerdista conseguir se formar sem aprender lógica. Não é a toa que engenheiro esquerdista é coisa rara, mesmo nas federais são minoria.

    O ENEM fez justamente o contrário, diminuiu absurdamente a exigência de matemática, biologia, química e física que tinha nos vestibulares, e aumentou a exigência e número de matérias de humanas (cobrando daquela maneira enviesada que a gente já conhece). Acontece que matemática te ensina a pensar logicamente, assim como as outras disciplinas de exatas. Eles sabem que justamente é mais fácil dominar um indivíduo com pouco raciocínio lógico, pois razão é barreira de entrada pra ideologia esquerdista. Esquerda ganha na base da emoção. Agora tem um monte de moleque entrando em exatas reprovando e abandonando o curso porque foram enganados pela prova do ENEM e a meta medíocre, ou melhor, baixa, que eles cobram na prova. (Ainda sim dizem que a prova é difícil)

    Não me entendam mal, não quer dizer que todo mundo de humanas é incapaz de raciocinar logicamente porque são menos aptos na matemática (que normalmente vem do fato de terem tido professores ruins e não terem descoberto que todos humanos são autodidatas). Mas a matemática e as exatas em geral são um excelente exercício pra mente, torna o raciocínio mais pragmático e objetivo. Sem esses devaneios subjetivos que o pessoal de humanas adora criar.
  • Luis  21/10/2017 00:22
    Falta nas aulas abordagens com aplicacoes dos temas. Eu posso citar exemplos em matematica. Em portugues, seria legal aprender a ler contratos e bulas de remedios.
    Penso tambem na parte de finaciamento, numa empresa de marketing educacional. Esta empresa agrega outras, que querem fazer propaganda. As outras patrocinam uma escola, e tem direito de ter informacoes sobre as familias e fazer propagandas direcionadas aos PAIS.
  • Felipe Lange S. B. S.  21/10/2017 12:05
    "O mundo mudou, as necessidades mudaram, as ferramentas são outras e a quantidade de informação a que nossos jovens são expostos é muito maior. Não é por acaso que, como consequência dessa realidade, testemunhamos o aumento brutal no diagnóstico de TDAH — Transtorno de Déficit de Atenção por Hiperatividade —, o que fez com que drogas como a Ritalina tenham encontrado no Brasil seu segundo maior mercado consumidor do mundo. Será que nossas crianças é que estão doentes ou seriam as nossas escolas?"

    Resulta nisso deixar que políticos e burocratas cuidem da "educação". Educar é dever da família e das instituições (isso que os neoconservadores nunca vão aceitar), doentes são esses sujeitos que se arrogam à autoridades ou quaisquer que sejam eufemismos para seus inúteis cargos, com a interminável sanha em controlar a nossa vida privada.

    "Adicionalmente, o aumento do trânsito nas grandes cidades, com filas intermináveis e engarrafamentos de desafiarem os nervos, em conjunto com o aumento da violência urbana não só estimulam ainda mais esse tipo de ocupação, como também tem provocado um aumento nos casos de síndrome do pânico. Como resultado, o consumo de educação pela internet, por exemplo, não para de crescer."

    Mais uma vez, problemas criados pelo estado. Estatizam-se as ruas, ocorre uma distorção econômica e o seu uso passa a ser feito de modo irracional e com desperdícios (se há quem afirma que "abrir fronteiras" gera "bagunça", esse é um ingênuo que provavelmente nunca passou numa cidade como São Paulo e afins), desarma-se o povo honesto, gerando assim um convite para vagabundos bandidos que adoram encher o nosso saco (e que segundo "intelectuais" são vítimas da sociedade, por que não cuidam deles então? Ninguém os impede. E quanto às vítimas dessas pessoas com a síndrome do pânico, não são vítimas?) e, além de gerar queima de capital, ainda causam danos psicológicos e destroem relações sociais. Não é por questão de pobreza não, é por vagabundagem e falta de ética mesmo. Imagina então se na Idade Média, onde a pobreza era infinitamente maior do que hoje, mais de 90% da população decidisse virar criminosa... a civilização nunca teria saído dali. E para completar se estatiza a justiça, deixando então um incentivo para propinas, ineficiência e corrupção, assim como em qualquer bem econômico controlado pelo estado.

    O Flávio, apesar de não ser austro-libertário, fez um bom diagnóstico feito no artigo, mas vi uma falta de soluções objetivas, ainda que os artigos indicados no final, cujos já li, sejam excepcionais.

    Fecha o MEC, CLT, MTE e justiça trabalhista e com a obrigação dos diplomas que o problema já é resolvido. Já que esperar isso de algum político certamente o fará entrar em depressão, então não espere mais, se eduque também pela Internet, mesmo que você tenha de frequentar uma instituição regulada pelo estado. A tecnologia já está acabando com essa velharia estatal, é questão de tempo para isso acabar e não há nada que os burocratas possam fazer para impedir.

    E claro, nada vai mudar enquanto o empregador exigir que eu esteja cursando física quântica na universidade marciana para exercer um trabalho simples (hoje provavelmente muitos ainda irão preferir isso do que um curso livre online, mas não deve demorar para que eles percebam o real valor desses cursos virtuais). Aqui no Brasil reina a cultura do amigo do vizinho do colega te indicar para você conseguir algum tipo de vaga de emprego.

    Sinceramente não vejo sentido algum em fazer curso de graduação em cursos como os de TI, extremamente dinâmicos e livres. Me lembrei agora de quando um velho babaca, comentou num vídeo da Nyvi Estephan, embora formada em moda, hoje atua no segmento de jogos (ou seja, sem regulação estatal), criticando-a negativamente pelo fato de não ter diploma...

    Eu tendo a abrir exceção para precisar fazer um curso superior em coisas como as envolvendo biologia, medicina e afins, que são regulados ao extremo.

    Quem criou essa cultura foi o próprio estado. As coisas que ocorrem hoje são somente consequência. E pior: vai tentar explicar para o seu pai e sua mãe que você não quer fazer um curso de graduação e sim um curso livre online ou outras formas de autodidatismo...

    E só corrigindo: o modelo educacional atual já era inspirado no de Martinho Lutero.

    Meu conselho: saia do Brasil. A bíblia estatal que eles chamam de "constituição federal" vai continuar intocada e esse país não vai melhorar nunca. Não viva em função do que possivelmente parasitas iluminados vão fazer para melhorar a sua vida.
  • Malcolm   21/10/2017 12:42
    Abolir é o de menos. Quando a casa está chamas, primeiro você se preocupa em apagar o fogo. Depois, só depois, você faz a reforma necessária.

    Assim, muito mais crucial do que abolir o MEC, é liberar geral a abertura de escolas com currículos próprios. O MEC pode até continuar existindo; só que a adesão a ele não deve ser compulsória. Igualmente para a exigência de diplomas.

    Se país relapsos quiserem que seus filhos sejam doutrinados pelas cartilhas do MEC, que o sejam. Todo mundo deve ter a liberdade de ser otário.

    O autor foi correto ao ser humilde: em vez de sair dizendo o que as pessoas devem fazer, simplesmente disse o que ele faria caso não fosse ameaçado de cadeia pelo governo. Libertário na essência: sem agressão, sem coerção, sem dar ordens e sem se achar superior.
  • José  21/10/2017 18:39

    Perfeita colocação Malcolm.
    Concordaria em continuar pagando através dos impostos que me são impostos, os funcionários públicos incompetentes do MEC, desde que eu tivesse liberdade de escolha.
    Acredito que o MEC não duraria muito tempo pois as pessoas não são otárias para sempre.
  • anônimo  21/10/2017 14:01
    o problema não é a educação pública. A educação pública se corretamente usada seria útil para o mercado, pois geraria mão-de-obra qualificada. Programas como o Pronatec são úteis.

    O problema é o marxismo cultural, que prefere doutrinar os alunos com ideologia de gênero e doutrinação marxista, em vez de estimular o capital humano.
  • educação no regime militar  21/10/2017 14:04
    Que saudade daqueles tempos:

  • Ultra-Conservador  23/10/2017 12:39
    O regime militar fez coisas boas, mas também criou enormes problemas.

    Esse amontoado de estatais gerou um paraíso de corrupção no país. Essas estatais criadas pelos militares gerou um dos governos mais corruptos do mundo.

    Enquanto os militares chilenos criaram um paraíso capitalista, os militares brasileiros não quiseram largar o osso.

    Nesse período pós-regime, não foi por acaso que o Chile teve 3 anos de recessão e o Brasil mais de 10 anos.

    O Chile é um deserto com mais crescimento econômico e social, do que esse Brasil lotado de riquezas naturais.

    Nossos militares não quiseram largar o osso. Apesar do enorme crescimento econômico no período militar, tudo foi feito sem nenhuma base e previsão do futuro.
  • anônimo  21/10/2017 14:11
    Hj em dia, se um professor repreender um aluno, corre risco de vida, pois os pais e os espancam os professores.

    O único jeito de impor disciplina é militarizando as escolas. Quero ver alguém agredir professor em escola militar.
  • anônimo  21/10/2017 14:15
    marketing multinível é tudo picareta.

    basta ver Herbalife, Telexfree e outros...
  • Beautiful  21/10/2017 18:12
    Pessoal, faz tempos que eu queria fazer essa pergunta mas eu esquecia...
    No meu livro de Sociologia do primeiro ano do ensino médio, tem um capítulo afirmando que é a desigualdade social que gera a violência, e nao a pobreza. Citaram o exemplo da Índia e do Brasil. Eu nao me lembro muito bem, mas disseram que o Brasil que tem mais desigualdade social e mais violento que a Índia. E a Índia que todo mundo e da mesma classe social a violência é menor.

    Tem um artigo especifico para isso? O que vcs acham?
  • Alfredo  21/10/2017 20:32
    Desigualdade gera violência? Então vejamos.

    Os EUA são mais desiguais que o Senegal; o Canadá é mais desigual que Bangladesh; a Nova Zelândia é mais desigual que o Timor Leste; a Austrália é mais desigual que o Cazaquistão; o Japão é mais desigual que o Nepal e a Etiópia. Já o Afeganistão é uma das nações mais igualitárias do mundo.

    EUA, Cingapura e Hong Kong possuem altos Coeficientes de Gini, ligeiramente abaixo do Brasil. Por que são muito menos violentos?

    Não, meu caro. O que gera violência é permissividade, certeza da impunidade e, acima de tudo, a prevalência de uma cultura coitadista que diz que o criminoso é uma vítima da sociedade. E isso começa, principalmente, com os membros do judiciário.

    De resto, eu sou muito mais pobre em relação à Abílio Diniz do que um mendigo é em relação a mim. Por essa sua lógica, se eu encontrar Abílio Diniz irei assaltá-lo e matá-lo.

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=2764

    P.S.: dizer que não há grande desigualdade na Índia é forçar demais a barra. Aquilo ali é simplesmente uma sociedade de castas. Quem nasceu em uma determinada classe social simplesmente não tem como ascender. Impossível desigualdade maior do que esta. O sujeito já nasce condenado ao imobilismo. E por que não há violência grande na Índia?
  • Beautiful  21/10/2017 20:45
    Muito obrigado pela brilhante resposta, Alfredo! Eu sempre ficava com uma pulga atrás da orelha em relação a isso. Era algo que eu nao engolia porque precisava de uma profunda reflexão.

    O Estado também é o maior culpado disso, nao? Nao da educação, saúde, trabalho, etc
  • MB  21/10/2017 20:35
    Violência é deixar a população desarmada,enfim é melhor sanar suas consequências do que buscar estudar as causas dela.
  • Ultra-Conservador  21/10/2017 20:56
    Essa questão da educação é bizarra.

    Minha vida de estudante foi o inferno na terra. A impressão que eu tinha, é que eu não iria servir para nada, ou iria morrer de fome.

    Hoje, eu prefiro estudar sozinho e não suporto qualquer tipo de treinamento com professor ou coletivo.


    Se a nossa vida depende apenas de nós mesmos, qual seria a vantagem em deixá-la nas mãos de um professor ?

    Nossa vida depende de nós mesmos e não de professores. A responsabilidade é nossa.
  • Edimar  21/10/2017 23:37
    A vida de qualquer individuo não depende de escola ou professor. Depende de si mesmo, do ser autodidata.
    Trabalho e atividade escolar em grupo gera inúmeros atritos, onde um quer se sobrepor sobre o outro.
    A educação pública e particular é puro desperdício de dinheiro, a educação familiar é a melhor e pontual.
    Abolir MEC, secretárias e a escola moderna são nosso dever.
  • Nordestino Arretado  22/10/2017 01:08
    Concordo plenamente com o texto. Estou no 6° período da graduação em administração, tirando algumas disciplinas como as de matemática e administração financeira, marketing e logística, onde você realmente aprende algo de útil para a sua vida, o resto é pura encheção de linguiça. 4,5 anos de sua vida jogados fora. Quando eu era adolescente, à uns 10 anos atrás, fiz um curso de eletro-metalmecânica: O curso era inteiramente prático com 2 anos de duração, até hoje lembro de coisas de metrologia, como manusear um torno mecânico ou uma fresadora e usinar peças, hidráulica, pneumática, CLPs... Duvido que daqui à uns 2 anos eu me lembre de alguma coisa do 3° período de ADM, como "processos psicossociais do trabalho", "direito administrativo" e etc, ou sequer utilize isso para algo útil. Me arrependo amargamente de não ter dado tanta importância para o curso de eletro-metalmecânica. Talvez hoje eu estivesse com um torno em casa trabalhando para mim mesmo e faturando uma nota, e não carimbando nota fiscal num shopping para ganhar 1.500...
  • RICARDO S. I  22/10/2017 01:29
    Excelente artigo... Um dia eu espero abrir uma instituição de ensino com um curriculum semelhante a este... Talvez menor, porque como a escola ocupa muitas horas dos jovens, eu teria que adaptar para fazer caber em poucas horas por semana. Mas seria muito legal ensinar empreendedorismo, foco, equilíbrio, finanças pessoais, etc...

    Dito isso, como já comentei em outros artigos sobre educação, não acho o modelo atual tão ruim como pintam... Para ser massivo como é a educação, esse modelo industrial pode ter seus encantos (e pelo menos para mim, atendeu minhas necessidades de forma eficiente) . O erro maior é ele ser obrigatório. Se fosse opcional e permitido que se construísse grades diferenciadas... Seria uma evolução interessante.
  • 10  22/10/2017 01:54
    Como a Coreia do Sul virou a potência que é hj? Por causa do maciço investimento do Estado em educação?

    Sou leigo nesses assuntos. Agradeço desde já se me responderem.
  • Substituto  22/10/2017 13:56
    O general Park adotou uma política extremamente favorável ao investimento estrangeiro (óbvio, pois a Coréia não tinha capital), principalmente de japoneses (com quem ele reatou relações diplomáticas) e americanos. Não fossem esses investimentos estrangeiros, o país continuaria estagnado.

    Os japoneses investiram pesadamente em infraestrutura, em indústrias de transformação e em tecnologia, o que fez com que a economia coreana se tornasse uma economia altamente intensiva em capital e voltada para a exportação de produtos de alta qualidade (ao contrário do Brasil, que só exporta produtos sem valor agregado e cuja mão-de-obra é desqualificada). Esse fator, aliado à alta educação, disciplina e alta disposição para trabalhar (características inerentemente asiáticas), permitiu a rápida prosperidade da Coréia.

    Era economicamente impossível a Coréia enriquecer por meio de intervencionismo simplesmente porque não havia capital nenhum no país. Intervencionismo é algo possível apenas em países ricos, que já têm capital acumulado e que, por isso, podem se dar ao luxo de consumi-lo em políticas populistas. Já países pobres não têm essa moleza (por isso o intervencionismo explícito em países como Bolívia e Venezuela apenas pioram as coisas).

    Vale lembrar que a Coréia do Sul no início da década de 1960 era mais pobre do que a Coréia do Norte. E mesmo assim os japoneses investiram lá. E deu no que deu.
  • Ultra-Conservador  22/10/2017 13:05
    A educação pública está virando um hospício.

    Essa ideologia de gênero nas escolas é esquisofrenia.

    O indíviduo não consegue ver o próprio orgão sexual. É coisa de gente maluca.

    Não falta muita para vir a ideologia de espécie.

    O próximo passo da esquerda é defender uma pessoa que está latindo ou relichando, porque achar que é um cachorro ou um cavalo.

    Falta pouco para um aluno chegar na escola andando de quatro, por achar que é outro animal.
  • Luiz Moran  22/10/2017 14:24
    The Wall - Pink Floyd !
  • Nordestino arretado  22/10/2017 16:25
    "We don't need no education
    We don't need no thought control
    No dark sarcasm in the classroom
    Teachers leave them kids alone
    Hey! Teachers! Leave them kids alone!"

    Melhor verso impossível...
  • anônimo  22/10/2017 16:16
    Consulta pública sobre demissão de concursados por mal desempenho:

    https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=128876 (22/10/2017 14:34:57)
  • Gabriel  22/10/2017 17:31
    Olha a quantidade de "nãos". É de foder.
  • L Fernando  23/10/2017 00:33
    É só os servidores públicos se organizarem que terão mais de 1 milhão de votos no NÃO
    Nem deveria existir esta votação, é claro que o servidor deve ser demitido em caso de insuficiência de desempenho
    É muita hipocrisia isso
  • Pobre Paulista  23/10/2017 10:50
    Eu, mesmo sendo anti-estatista, não gostaria de ver um projeto desses passar. Por um motivo simples:

    Quem decide o que é "mau desempenho"?

    Sim, os próprios funças burocratas.

    Isso aí, na teoria, é bonito, mas na prática será utilizado como ferramenta de perseguição política: Aqueles que não quiserem participar de esquemas de corrupção, por exemplo, podem facilmente ser avaliados como "não sabem trabalhar em equipe" e serem demitidos.

    Isso aí abre brecha para deixar a situação pior do que já está.

  • Renato  23/10/2017 14:44
    Correto. Jamais existiria um Sérgio Moro.
  • anônimo  22/10/2017 22:09
    Esse site sempre foi infestado de pessoas relacionadas com o governo. Não é confiável.
  • Pitta  08/02/2020 20:33
    No caso seria MAU desempenho. Vamos criticar seja lá o que for, mas sem assassinar o Português!
  • Leandro G. D. Rocha  22/10/2017 18:57
    Olá, sou novo em EA, terminei a leitura do Seis Lições e atualmente estou terminando Mentalidade Anticapitalista. Peço desculpas pela minha ignorância, mas queria saber se o Minarquismo é compatível com a EA ou somente o Anarcocapitalismo é compatível com a EA?
  • Fabrício   22/10/2017 20:10
    Nem um nem outro são incompatíveis ou compatíveis.

    A EA é indiferente a formas de governo.

    E essa é uma confusão bastante comum. Assim, vou tentar esclarecer.

    O escopo da EA é a economia. A EA fala apenas sobre ciência econômica, e adota uma abordagem positiva (ela explica como as coisas são) em vez de normativa (ela não sai dizendo o que deve e o que não deve ser feito). A EA apenas se limita a explicar como funciona a economia e quais serão as consequências de determinadas políticas econômicas. E só.

    Ela, por si só, nada a tem dizer sobre tamanho do estado e formas de governo.

    Quem fala sobre tamanho de estado é a filosofia libertária, e essa pode, aí sim, utilizar argumentos econômicos da EA.

    A EA, repetindo, não é uma ciência normativa. Ela não diz o que deve e o que não deve ser feito. Ela apenas explica como funcionam as coisas; ela não faz recomendações. Fazer recomendações é função da filosofia libertária -- que pode ou não se basear na EA --, e não ciência econômica genuína.

    Por exemplo, a EA explica as consequências de se impor um salário mínimo de R$ 100 mil reais, mas ela nada tem a dizer sobre a moralidade e a desejabilidade de tal política. Isso é função da filosofia libertária.
  • Leandro  22/10/2017 20:23
    Correto. A função do economista de fato é apenas explicar as consequências de uma determinada política, e não falar sobre sua moralidade.

    No caso do salário mínimo, por exemplo, sua função é explicar o que acontecerá caso se estipule um valor artificialmente alto. Ele nada tem a dizer sobre a ética e a moral de se aumentar, diminuir ou abolir o salário mínimo.

    Sempre que ele der uma opinião sobre isso ele estará saindo do campo da economia e adentrando no campo da filosofia.

    Até porque há outras coisas que têm de ser consideradas. Por exemplo, suponha que esta entidade amorfa chamada "o povo" tenha se manifestado e tenha emitido uma opinião bem clara: "o povo" quer que salário mínimo e encargos sociais e trabalhistas continuem inalterados.

    "O povo" sabe que isso gera desemprego (impede pessoas menos produtivas de ser contratadas legalmente), mas considera que este é um preço aceitável a ser pago em troca do "bem-estar" de todos aqueles que já estão empregados.

    Nesse cenário, o que pode o economista fazer? Nada.

    Dado que "o povo" (inclusive a fatia desempregada) deixou claro que sabe as consequências de tais políticas, mas quer mantê-las assim mesmo, então nada resta para o economista fazer ou palpitar.
  • Leandro G. D. Rocha  22/10/2017 22:20
    Muito obrigado Fabrício e Leandro. Foram fenomenais nas respostas!
  • Pobre Mineiro  10/02/2020 14:26
    Leandro,
    essa é a prova definitiva de que a democracia não funciona.
  • Leandro G. D. Rocha  22/10/2017 19:10
    Artigo Excelente!
  • jr  23/10/2017 11:25
    Artigo simplesmente excepcional!
  • Ana Carolina  23/10/2017 11:55
    Trata-se de um artigo excelente e desesperador. Sabemos que, melhor do que qualquer um, o Governo sabe de todas estas coisas e, sabe tbm que, se colocadas em prática, criariam seres pensantes e não dóceis animais de cabresto!
  • Gustavo  23/10/2017 13:00
    Tudo bem, mas TDHA nao existe.. o proprio inventor disso assumiu que era uma doenca ficticia
  • Renato  23/10/2017 14:45
    É verdade. Invenção estatal para apodrecer cérebros junvenis.
  • Capital Imoral  23/10/2017 14:14
    Pastor Flávio Augusto e a epidemia de inovação

    Talvez um dos homens que melhor represente a "Epidemia de inovação" seja o Pastor Flávio Augusto. Esse "pastor da iniciativa privada" prega nas redes sociais e pelo Brasil inteiro uma maneira de ser e agir que visa somente o mundo corporativo; como se o capitalismo fosse uma grande religião que nunca pode parar; só que, detalhe, ele está trazendo essa insatisfação para dentro do homem moderno, para dentro da alma humana.

    Vivemos uma grande epidemia de inovação onde as pessoas buscam a todo momento "se reinventar". Como se a alma humana fosse uma startup competindo com outras startups em um mercado infinito que nunca pode parar de competir. Lembre-se que isso, antigamente, era restrito somente às empresas e a certos indivíduos conhecidos como tarados por trabalho, psicopatas sociais, e hoje se tornou a coisa mais normal do mundo. Como qualquer outra startup, as exigências são infinitas: Saber falar no mínimo 3 línguas; Saúde física e mental perfeita; Beleza estética; domínio financeiro e matemático; domínio pleno da língua pátria, etc. Isso acaba criando uma distopia onde todo mundo está em constante competição; só que ninguém aguenta mais, mas ninguém pode parar de competir.

    Uma Escola para o homem "perfeito"
    Mas não basta o Pastor ensinar o modo como você deve viver. Ele quer que seu filho seja uma réplica desse homem corporativo desenhado a dedo. Esse homem que não pode chorar ou se entregar ao fracasso, que não pode sentir o gosto do tédio ou dor. Esse homem que está constantemente insatisfeito consigo mesmo. Neste novo mundo, seu filho será uma máquina perfeita que sabe calcular, falar, comer, beber, respirar. A consequência óbvia dessa constante inovação será o fim da religião e dos valores culturais de uma nação. É impossível inovar sem destruir o passado; tudo começa no homem.

    Consequências
    Essa distopia criada pelo Pastor Flávio Augusto já está trazendo consequências terríveis para sociedade. Se é necessário ser perfeito nesta distopia, essa mesma perfeição acaba produzindo níveis de mal estar. Porque, de fato, lembremo-nos, somos seres humanos cheios de falhas e erros. Nesta busca pela perfeição, obviamente, muitos irão ficar para trás, só que ainda sim, a pressão social irá continuar; a consequência é um esgotamento da nossa capacidade intelectual e afetiva. Cria-se uma tristeza por não conseguir atender as demandas infinitas da sociedade ou de pessoas como o Pastor Flávio Augusto; diante disso, nossos jovens tornam-se instáveis e pessoas depressivas.

    As pessoas estão cheias de obsessões, estão precisando tomar remédios e usar drogas para aguentar viver. Você não está percebendo isso? Isso está evidente! As taxas de suicídios não param de aumentar no Brasil e no mundo[1]. Tudo isso é consequência de um sistema que obriga o sujeito a competir sem descansar por um minuto sequer. Como se ele fosse uma commodity em busca do "melhor investimento". Isso acaba completamente com a natureza humana. É como se houvesse uma constante insatisfação existencial como imperativo para inovação.

    Em um mundo assim a pessoa nunca vai ter paz. O que sobra é o suicídio.

    [1] taxa de suicidios no mundo: apps.who.int/gho/data/node.sdg.3-4-viz-2?lang=en

    Capital Imoral é filósofo, escritor e já refutou Mises.
  • Heinrich  28/10/2017 04:44
    Errado.

    A "natureza do homem" é a mesma natureza da, obviamente, natureza.

    A "natureza da natureza" é a adaptabilidade, competição, sobrevivência, disputa de recursos e reprodução.

    Adoro quando as pessoas mandam esse papo de hippie de que o humano trabalha demais, como se antes de toda nossa tecnologia a vida fosse somente ficar deitado na grama. O veado se caçava sozinho, se matava e se jogava no espeto e virava churrasco. As melhores frutas do alto do pomar caiam sozinhas, na quantidade que queríamos. Todos lugares tinham água limpa e abundante. Os tigres dentes de sabre eram gatinhos que nos abraçavam. As doenças... Que doenças? Todo mundo era saudável, expectativa de vida de 150 anos.
    SÓ QUE NÃO.

    Todo homem sempre teve que se sustentar e sobreviver, e isso dava muito trabalho, MUITO trabalho MESMO, muito mais do que hoje em dia.

    Agora vem e mandam essa que o mundo tá difícil, e que a culpa é do homem. NÃO, o mundo sempre foi difícil e o homem só facilitou tudo. Agora o óbvio: se você se ajuda mais aos outros gerando valor para eles, é óbvio que você deve ser mais bem compensado, pois você tornou a vida dos outros melhores e portanto tem que tornar a sua também para compensar seu esforço.
    Se você não faz questão das recompensas melhores, não se esforce então. Viva como um homem das cavernas. Vá pra mata e cace sua comida, veja o que dá mais trabalho mesmo, se você sobreviver.
  • Hideki  24/10/2017 12:52
    Por sorte a maioria dos temas sugeridos podem ser aprendidos via cursos onlines, a maioria gratuita e muitos fornecidos pelo próprio governo.

    ead.sebraesp.com.br/site/home

    A escola atual dificilmente vai mudar, por um simples fatos. Hoje no mundo globalizado os estudantes não passam de números e estatísticas.
    Afinal de constas o governo só quer saber de números. Quantos alunos estão fora da escola? Quantos % tem curso superior? Primeiro e segundo grau completo?

    Por outro lado a parceria privada, público tem dado bons resultados.
    https://exame.abril.com.br/carreira/estas-5-universidades-do-brasil-estao-entre-as-melhores-do-mundo/

    E por fim quem elegeria os coroneis, jogadores de futebol, artistas, ex ladrões de bancos, pastores, sindicalistas etc....

    A única coisa a fazer é separar um dinheirinho e por seu filho em uma escola particular e ir ensinando a matéria da escola da vida (matérias como produtividade vs puxar o saco. Quem dos 2 será promovido?)



  • Arnaldo  24/10/2017 15:22
    A única coisa importante da escola é o bullying, que te faz não ser bundão e aprender a encarar a vida.
  • João Cleiston   25/10/2017 02:29
    Excelente texto. Nos provoca a inúmeras reflexões e dá ainda mais combustão para aquelas pessoas que ainda vivem em sua"casinha".
  • suely magnabosco pfeifer  26/10/2017 22:47
    adorei o texto, concordo com tudo .. só penso que estudar historia e geografia , não a decoreba, mas a história como evolução, como fases da raça humana, a geopolítica, as relações entre os povos e suas necessidades, os saltos que a humanidade deu com os avanços do conhecimento, o pensamento como uma força motriz para a evolução, deveriam fazer parte da formação dos jovens. A gente aprende com o passado e tem bases para construir o futuro, identificando e se preparando para as mudanças que são a tônica da historia da humanidade ..
    O conhecimento é um processo cumulativo e a história pode ordenar eventos que são pontos de partida, marcos de chegada e balizas para escolher caminhos ..
  • graice kelly de oliveira silva  27/10/2017 17:55
    Texto maravilhoso. Concordo. Acho que o formato de ensino deveria ser discutido por nossa sociedade para pensarmos em um modelo mais eficaz e atual. Enquanto isso, quem sabe você possa desenvolver uma escola integrada, que ensine todo esse conteúdo. É claro que está longe do ideal e consumiria muito o tempo da criança, mas, por ora é a possibilidade que temos.
  • Carlos  28/10/2017 15:47
    Excelente questionamento.
    O foco hoje é no excesso de conteúdo, onde professores fingem que ensinam e alunos fingem que aprendem. E tudo se resumi a fazer uma boa prova. Daí o que o aluno faz: cola, porque o objetivo é tirar nota boa e não apreender a utilizar aquele conteúdo.
    Por isso que gosto do método Waldorf. Ele trabalha o indivíduo de maneira integral. Primeiro mostra os fenômenos, depois ensina a teoria. Ensinam também ecologia, agricultura, culinária, música, marcenaria,etc. Alunos são avaliados em vários aspectos e não com provas, ou seja, é respeitado a individualidade e o mais importante, o aluno vai para prática, para experimentar fazer algo. Não fica somente no mundo das idéias.
    A única coisa que eles ainda não introduzem ainda é tecnologia, que fica a cargo dos pais.
  • Anônimo  07/11/2017 20:13
    O que é a maioria no Brasil?
    O que é a minoria no Brasil?

    A maioria ainda são pessoas pobres, que dependem sim do estado, se alimentam sim das migalhas, e por esse motivo tem acesso a artigos como esses disponibilizados gratuitamente na internet, mas não são animais, qualquer pessoa é dotada de um certo de nível intelectual, mesmo não sabendo ler até, ou escrever segundo as normas gramaticais, me incluo nessa maioria, e mesmo que não me incluisse outras pessoas possivelmente me incluiriam devido a esse comentário.
    A minoria ainda são pessoas ricas. Com os privilégios que que le são dados, seja lá qual for.

    E essa divisão de maioria e minoria são só em aspectos econômicos.

    No estado de governo há alguns anos atrás essa divisão era ainda muito mais forte.



    Ideias soltas no ar, pelo visto não contribuirei para os pensadores.



    Posso estar apenas sobe uma forte influência de um pensamento de vítima da sociedade,

    ou também gostar de ser inferior, qual a diferença afinal?


    QUE DEUS CONTINUE TENDO MISERICÓDIA DOS HOMENS!


    São as escolas desse mesmo estado que me ensinou a ler e a escrever, e as operações básicas da matématica que ainda continuarão sendo o princípio da economia (ao meu POBRE ver), ENSINARAM O BÁSICO, talvez não ensinaram a pensar, mas então, o que é pensar: é copiar o pensamento de algo que já foi dito? ou pensar o oposto de algo que já foi pensado?


    SOMOS REFÉNS DA ESTRUTURA FAMILIAR EM QUE FOMOS INSERIDOS?
  • Hero  08/11/2017 18:15
    Me poupe... eu sinceramente acho que o Estado pode sim nos oferecer educação de qualidade. Vejam por exemplo a Finlândia, em que o Estado investe maciçamente e está entre os melhores indices de educação no mundo.
  • Norris  08/11/2017 18:58
    O total gasto na Finlândia com educação é de 7,17% do PIB.

    data.worldbank.org/indicator/SE.XPD.TOTL.GD.ZS?locations=FI

    No Brasil é de 6% do PIB.

    data.worldbank.org/indicator/SE.XPD.TOTL.GD.ZS?locations=FI-BR

    Se você quiser argumentar que elevar o gasto de 6 para 7,2% do PIB irá nos deixar igual à Finlândia, boa sorte. Estou ansioso para ver.
  • Hero  08/11/2017 19:39
    Ora, está maia do que claro que dificulta é a corrupção. Se o nosso índice de corrupção fosse tão baixo quanto ao da Finlândia oEstado poderia nos fornecer educação muito boa. O problema é a corrupção, e nao o Estado
  • Alfredo  08/11/2017 19:49
    Ah, entendi. Quer dizer então que nossos estudantes ocupam as últimas colocações de todos os rankings internacionais apenas porque políticos recebem propinas de Marcelo Odebrecht e Joesley Batista.

    E, caso isso não ocorresse, aí estaríamos produzindo gênios às pencas em nossas escolas públicas (repletas de professores sindicalistas, grevistas e doutrinadores).

    É, faz muito sentido.
  • Professor  08/11/2017 19:00
    A explicação para a educação da Finlândia -- e a da Estônia, quase tão boa quanto -- é outra: o idioma. Se o idioma é simples e claro, os estudos se tornam mais lógicos e o aprendizado, mais fácil. Há estudos inteiros sobre isso.

    Desde 2006, a amostra de países do PISA foi aumentada, incluindo diversos países em desenvolvimento. Um deles foi a Estônia. E desde então ela também passou a ocupar as posições mais altas no PISA dentre as nações ocidentais (nunca tão boas quanto as da Finlândia, mas ainda assim acima de Noruega, Suécia, Alemanha).

    Há um fator em comum entre Finlândia e Estônia: as línguas de ambos os países não pertencem ao ramo indo-europeu comum a quase toda a Europa, mas ao ramo fino-úgrico; e são muito parecidas entre si.

    Se a tese ainda parece duvidosa, considere o seguinte: dentro da Finlândia há uma minoria de falantes do sueco. Essa minoria é, em média, mais rica do que a de falantes do finlandês. No entanto, as notas dela no PISA são muito inferiores às deles. A tese do papel da língua na educação finlandesa é exposta neste breve artigo de Taksin Nuoret.

    finnish-and-pisa.blogspot.com.br/

    Assim como saber latim ajuda muito no entendimento de outras línguas, até do inglês, tudo indica que o idioma fino-úgrico também é uma mão na roda.

    Obs: gentileza ler a matéria completa antes de reclamar.

    Segunda observação

    Na Finlândia, não há estabilidade para professores. Eles podem ser mandados embora caso não tenham uma produtividade aceitável. Também, as escolas finlandesas possuem grande grau de autonomia onde o currículo tem liberdade para ser ajustado. Lá, Paulo Freire não tem vez.

    Terceira observação

    Atualmente, a Finlândia já caiu para a 5ª colocação no ranking da Pearson, ficando atrás de Coréia do Sul, Japão, Cingapura e Hong-Kong.

    thelearningcurve.pearson.com/index/index-comparison

    Quarta observação

    A educação finlandesa é sempre usada como coringa pra justificar a gerência estatal da educação, mas muito pouco se vê de estudos detalhados sobre os reais motivos da eficiência do sistema educacional finlandês.

    Tem muita coisa que é simplesmente ignorada, como a descentralização do sistema finlandês em contraste com sistemas engessados como o brasileiro:

    Finland has a government school monopoly, as does the United States. However, in contrast to the USA's obsession with national standardized testing and federal mandates, the Finnish have chosen to allow wide discretion to local authorities in how money is spent for students. National standardized testing regimes at government schools is unheard of in Finland.

    Essentially, districts in Finland compete for students (who bring funding with them) and this is facilitated by the fact that many large city schools have extremely small catchment areas. Essentially, the Finnish have discovered that the principle of subsidiarity and de facto competition result in extremely high quality educational outcomes.


    Também nada se diz sobre os fatores culturais que fundamentam a organização social do povo finlandês - valores como responsabilidade individual, dedicação, valorização do crescimento intelectual, algo muito presente também nas sociedades asiáticas - o que explica não apenas o sucesso dos sistemas educacionais desses países (Coréia do Sul, Singapura e Japão inclusive ultrapassaram a Finlândia nos últimos testes internacionais) mas também o fato de que asiáticos se saem melhor nos estudos mesmo após várias gerações vivendo nos EUA

    www.washingtonpost.com/blogs/wonkblog/wp/2014/05/05/hard-work-really-is-the-reason-asian-kids-get-better-grades-study-finds/

    Quinta observação

    Encontrei esse relato pessoal de um finlandês que ajuda a compreender o peso do fator cultural na educação:

    Mikko Arevuo:

    As a native Finn I must throw in my two cents' worth. Although I left Finland a long, long time ago after completing my secondary education, and I never attended university there, the obsession with the Finnish education system is a gift that keeps giving me much amusement.

    Now we are obsessing about national IQ and the lack of Nobel laureates. Oh dear! To me the answer is pretty straightforward. Finns have always valued education; it has never been "cool" to be dim or lazy.

    Finland is a relatively homogeneous society and the country has few valuable natural resources. When I was a schoolboy it was hammered to us at school, and most importantly at home, that for Finland to succeed internationally we can't rely on our good looks, Father Christmas, or timber exports alone. Knowledge, particularly technological knowledge, was the source of national competitive advantage.

    Finland may have a great pedagogically sound education system. However, in my opinion, the success of the Finnish educational attainment is based on the core societal values of aspiration and continuous self-improvement. No amount of money or pedagogy can deliver results if pupils themselves and their families do not consider education as a priority.

    I have never come across a Finnish family, regardless of their social or economic standing, that does not value education. Finns may be nation of introverts and a rather melancholy lot, but there is a deeply embedded belief shared by all that the next generation will be more successful than the previous. And this can be only achieved through education and hard work. Now, what was this talk about the lack of Nobel laureates?


    www.adamsmith.org/blog/education/explaining-the-success-of-the-finnish-education-system/

    Sexta observação

    Recomendo também esse ótimo livro, que não fala especificamente sobre educação, mas ajuda a compreender o papel dos valores culturais no progresso das sociedades e ajuda a desmistificar essa crença no poder mágico da gerência estatal.

    www.amazon.com/Culture-Matters-Values-Shape-Progress/dp/0465031765

    Sétima observação

    Os EUA gastam mais com educação por pessoa do que a própria Finlândia!

    static2.businessinsider.com/image/4f0b5867eab8ea4c24000033/spending-per-pupil-by-country.jpg

    Oitava obervação

    A educação no Brasil também é 100% estatal, gratuita e universal (qualquer um pode estudar em escola pública). Por que não é boa?

    Nona observação

    Somados, Finlândia e Estônia não possuem a população da cidade de São Paulo. Sendo assim, uma educação pública pode ser "universal" de qualidade com maior facilidade do que em um país continental como o Brasil ou os EUA.
  • Hero  08/11/2017 19:44
    Aff man, texto muito longo resume ae
  • Eduardo  08/11/2017 19:49
    Entendeu agora por que a educação é ruim? Olhe para si próprio.

    E ainda diz que o problema é a corrupção...
  • Mídia Insana  08/11/2017 20:43
    O estado investe maciçamente em educação na Finlândia? De que círculo do inferno saiu essa blasfêmia?

    Uma nota: se o estado investe maciçamente em algo é porque ele está fracassando em algo. Substitua algo por educação, infra-estrutura ou saúde e você entenderá o que quero dizer.

    E quando o estado vem jogar dinheiro em uma pasta que está fracassando, ele só acentua o problema ao gratificar a incompetência. No mercado, se uma empreitada fracassa nos bens e serviços que vende, ela vai à falência; no estado, ela ganha mais investimentos. Não há incentivo algum para providenciar um serviço de qualidade na ausência de mecânicas de lucro e prejuízo. O cidadão simplesmente não tem a opção de deixar de pagar IPTU se a rede escolar não funciona.
  • Hero  09/11/2017 14:44
    Hm obrigado pelas respostas. E que saiu em um site que em 2012 a melhor educacao do mundo era da finlandia e que era estatal
  • Emerson Luis  26/12/2017 19:19

    Quando alguém acusa um artigo que disse ABC de ter dito XYZ;

    Quando alguém não consegue concatenar mais de três frases sem perder-se;

    Quando alguém replica um argumento com chavões e declarações de sentimentos;

    Quando alguém não consegue compreender como duas premissas levam à conclusão;

    Quando alguém escreve ininteligivelmente, cheio de todo tipo de erro de português;

    Quando alguém não compreende as leis naturais mais simples, como causa e efeito;

    Você sabe:

    Está diante de um anlalfabetizado pelo Método Paulo Freire!

    * * *
  • Luciano Gobo Saraiva Leite  07/02/2018 10:19
    Muito interessante e pertinente esse texto. Mas eu me atrevo a sugerir algo. Deixar a grade do jeito que está, e aí sim nas disciplinas inserir do jeito que vc indicou, como por exemplo:
    - Biologia: inserir primeiros socorros, e por exemplo, para explicar, como o sangue coagula, aí sim, se iria estudar as células, suas compontes, etc. Por exemplo, inseriria nutrição nesta fase, e aí se iriam explicar os componestes da alimentação, como proteínas, gorduras,etc.
    -Matemática: Juros compostos, economia, e aí para saber isso, estudariam álgebra, funções, gráficos, depois, para se somar algo, integrais, etc.

    E por aí vai, acho que não se deveria mexer na grade e sim torná-las interessantes, sem sala de aula no modelo atual, apenas distribuindo tarefas, onde os alunos a fariam em casa e só iriam a escola para tirar dúvidas.
  • Lucas  06/03/2018 07:37
    Eu tenho de concordar com quase tudo, exceto quando falou sobre ocupar espaço no sei cérebro com a tabela periódica, conhecimento nunca é muito! Além disso, a mente humana não é um espaço, e as memórias não ocupam espaço dentro da mente, a memória humana é uma função, isso significa que não existe limite para adquirir conhecimentos, e quanto mais adquirimos conhecimentos variados, mais capacidade temos de aprender, pois nosso cérebro trabalha fazendo conexões e comparações com conhecimentos anteriormente adquiridos.
  • jorge feffer  02/05/2018 17:26
    A analise é boa mas a recomendação pula um dos 3 pilares da educação, ficou faltando a lógica. Lógica, gramatica e retorica são os elementos basicos para que aglquem consigo organizar seus proprios pensamentos, os demais só funcionariam bem tendo um individuo que saiba o que fala.
    www.erealizacoes.com.br/produto/o-trivium---as-artes-liberais-da-logica,-da-gramatica-e-da-retorica-
  • Amante da Lógica  02/05/2018 17:45
    Concordo plenamente que dominar o trivium é crucial. Mas a questão é: quem é que vai ensinar isso no Brasil? Os professores atuais, que mal sabem escrever e se expressar?

    Eu mesmo não conheço nenhum brasileiro que domine o trivium.

    Aliás, faça você um experimento: entre em qualquer fórum de debate na internet (sobre qualquer assunto) integrado por brasileiros. Você não vai ler uma frase que não tenha erros gramaticais (para não falar dos ortográficos) e que não seja bastante confusa em sua formulação. Em muitos casos, é até mesmo impossível você entender o que a pessoa está dizendo.

    Eu já lidei, por escrito, com médicos, advogados e dentistas de alta classe: absolutamente nenhum deles sabia se expressar corretamente por escrito.

    Por outro lado, entre em algum fórum americano (sobre qualquer assunto) e você verá a clareza absurda com que eles se expressam. Raramente há erros gramaticais e você entende exatamente o que a pessoa quis dizer. Não há como haver um erro de comunicação entre eles, pois todos sabem se expressar.

    Por isso, no Brasil, só vai dominar o trivium quem realmente se puser a estudar isso por conta própria. Não há ninguém para ensinar o trivium.
  • Neto  02/05/2018 17:53
    Esse é um assunto bem interessante, e já foi debatido aqui em outras ocasiões. O domínio de um idioma é crucial para o desenvolvimento de um país. Se o idioma é simples e claro, e as pessoas sabem se expressar corretamente, os estudos se tornam mais lógicos e o aprendizado e a comunicação, mais fáceis. Há estudos inteiros sobre isso.

    Por exemplo, por que Finlândia e Estônia ocupam sistematicamente os primeiros lugares nos rankings educacionais? Sim, o idioma.

    Há um fator em comum entre Finlândia e Estônia: as línguas de ambos os países não pertencem ao ramo indo-europeu comum a quase toda a Europa, mas ao ramo fino-úgrico; e são muito parecidas entre si.

    Desde 2006, a amostra de países do PISA foi aumentada, incluindo diversos países em desenvolvimento. Um deles foi a Estônia. E desde então ela também passou a ocupar as posições mais altas no PISA dentre as nações ocidentais (nunca tão boas quanto as da Finlândia, mas ainda assim acima de Noruega, Suécia, Alemanha).

    Se a tese ainda parece duvidosa, considere o seguinte: dentro da Finlândia há uma minoria de falantes do sueco. Essa minoria é, em média, mais rica do que a de falantes do finlandês. No entanto, as notas dela no PISA são muito inferiores às deles. A tese do papel da língua na educação finlandesa é exposta neste breve artigo de Taksin Nuoret.

    finnish-and-pisa.blogspot.com.br/

    Assim como saber latim ajuda muito no entendimento de outras línguas, até do inglês, tudo indica que o idioma fino-úgrico também é uma mão na roda.

    No Brasil, ninguém sabe escrever. Consequentemente, ninguém sabe se expressar claramente por escrito para explicar assuntos mais complexos (os quais só podem ser explicados de maneira completa por escrito, e não por conversações informais). Logo, dado que ninguém se expressa bem, ninguém irá entender o que o outro está falando.

    Com tanto ruído na transmissão de informação e de ensino, ninguém é capaz de aprender nada mais complexo. Por isso não produzimos nada de original e impactante para o mundo: apenas novela, carnaval e música tosca.
  • Luiz Felipe  02/05/2018 23:24
    Senti falta de alguns topicos muito importantes:

    1.Filosofia ,Lógica e Retorica
    2.Historia do Dinheiro e Sistemas Monetarios
    3. Economia Basica
  • Desconhecido  03/05/2018 13:32
    As únicas matérias essenciais para a formação de um individuo são línguas e matemática. As únicas que deveriam ser cobradas e bem trabalhadas na formação de uma pessoa. Abandone-se as 11/12 matérias que crianças e adolescentes são obrigados a aprender e foque só nessas duas.
  • 4lex5andro  26/08/2020 16:43
    Exatamente.

    Somente idiomas (no caso do Brasil, por exemplo, o português pátrio e o inglês, necessário num futuro próximo).

    E principalmente Matemática e uma das correlatas, Física, Programação Básica ou Raciocínio Lógico.

    O resto, cada aluno se cria via enciclopédias Barsas, Britânicas, e demais, todas resumidas em uma tela de computador hoje.

    Mas com o monopólio das grades de ensino sob a tutela do aparelhado MEC e conselhos de educação, sem chance para o Brasil.
  • Imperion  27/08/2020 01:06
    Somente idioma, matematica, moral e ética .
  • Felipe  26/08/2020 23:04
    Seria certamente muito bom. Até as crianças e adolescentes se tornariam melhores adultos. Desde a juventude já aprendendo a ter responsabilidades e ser mais protagonista de suas ações. Hoje são mais de 10 anos desperdiçados nesse ensino soviético.
  • Eduardo  23/06/2018 09:38
    Depois as pessoas sentem se perplexas pq o mundo se tornou um palco de suicidas. Mas quem se importa não É?Afinal quem precisa apreender sobre densidade demográfica que se estuda em biologia de forma mecânica e automática mas que traria  sentido  compreensivel a esta frase e formaria uma conexão com a ironia de que ninguém se importa pq o planeta praticamente está explodindo de tanta gente. Então alguns que se matam não fará  diferenca. O dono do Facebook não passa de um trapaceiro criminoso que em um formato mais elaborado formou uma quadrilha e ficou milionário. E agora é  aplaudido como modelo a ser seguido é serve como exemplo para  crítica ao método de ensino tradicional. Ora veja bem o método tradicional não é a prova se trapaceiros é estruturado assim na tentativa   de se tentar deixar as coisas mais iguais na sociedade. Pq o mundo é formado por cidadãos medianose sendo que mesmo entre pessoas brilhantes e excepcionais ainda assim o primeiro lugar será  ocupado apenas por um. Então  obviamente que a menos que se trapaceie a chance sera bem  menor de que você  será este número um. Sendo assim para ser somente um cidadão como sempre foi a proposta das escolas você aprenderá disciplinas básicas no intuito de se tentar aproximar as realidades sociais e oportunizar não somente a sua única e exclusiva sobrevivência custe o que custar. Como matemática que supostamente é para dotar de algum conhecimento financeiro para que possa distinguir quando tentarem passar a perna no seu troco. Português como uma forma mínima de entendimento da própria área de Direito que possui vocabulário extremamente coloquial. Enfim. Um pequeno apanhado subdividido em disciplinas principais. Lembrando ainda que a maior parte das pessoas de paises de primeiro mundo estudam em media cerca de 18 a 24 anos de suas vidas enquanto que paises de terceiro mundo como o Brasil o maximo é 14 anos contados com ensino obrigatória fundamental e segundo grau. Mas toda a comparação na proposta desta materia é  inutil para o objetivo com o raciocinio proposto.  Porem compatível com a sociedade atual que critica o aumento do sistema prisional e também conclui  que o modelo é falido, logo precisamos de mais prisões. Ou leis menos severas. Ou matar os presos. O dado convergente aqui é que veja bem que coisa incrivel. O maior parte da população carcerária do Brasil são formada por pessoas que não frequentaram a escola. Não tem condições nem de compreender está sociedade qual se encontram quem diz debater a possibilidade de alterar o conteúdo escolar ou nao.  E ainda ha uma grande parte dos pais que somente entende necessário que a criança vá a  escola para que nao venha a ser preso.Ah mas não mudar o modelo de ensino  não influi  nestes dados. Com certeza se pensa assim mora em um país de primeiro mundo. Porque aqui é terceiro. É não  tem  entendimento face a desigualdade social existente. Pq um modelo fora do formato padrão do estado beneficiaria somente classes que já usufruem por si mesmas de condições de buscarem este "sonho " empreendedor. Acordem para realidade. Este é um país de terceiro mundo. As garantias estatatais são a única forma de se obter algo ainda. Porque se as decisões estivessem nas mãos dos cidadãos eliminaria -se totalmente o Direito, admitiriamos que não existe criminalidade e abriririamos todos os presídios. ( Nao subeentendam garantias estatais como politicos mas como garantias do Estado como sociedade, nossas próprias promessas conosco mesmos). Pq se no atual momento mesmo com força punitiva estatal a populacao carceraria somente aumenta. Imagine sem a garantia do estado. E o problema é de facil resolucao depende somente que o  cidadão volte a ser um cidadão, nao somente dotado de direitos mas de deveres tambem. Precisa  assumir  sua responsabilidade frente a todos estes problemas. Significa que não deveríamos ser impelidos a fazer o certo somente por força de lei mas principalmente antes da lei e principalmente pararmos de aplaudir os bandidos sociais que por meio de trapaças ao sistema fixam milionarios. É depois cobrarmos a responsabilidade do Estado.  Acordem! vivemos em um país de terceiro mundo enquanto alguns reclamam do modelo de ensino do governo a grande maioria nem mesmo tem acesso e por ser pobres em um país de terceiro mundo são presos. Diferente no nosso modelo dono do Facebook do país de primeiro mundo qual somente isso seria suficiente para ser bem sucedido. O atual modelo de empreendedorismo nao passa de incentivo a criminalidade. É inútil ficar criticando tudo e todos em volta quando o problema está na própria condição de cidadão que somos em um país de terceiro mundo. Comparações esdruxulas com países tão fora da nossa própria realidade somente reforça nossa limitação de compreender a própria realidade qual nos encontramos.
     
  • Daniel Moraes dos Santos   09/08/2018 01:19
    O amigo Eduardo, que é um defensor da escola aprisionante, inútil, hospiciante e doentia que é atualmente. Além de não saber escrever direito, prova de que não sabe o que fala, deve ser um fracassado financeiramente falando. A Escola é de fato, inútil. Lamentável é a falta de tecnologia presente nas escolas, a hierarquia maldita escolar, a questão do comunismo, entre outros. Só tenho de lamentar quanto ao loucos que ainda acham que escola é importante. Também tenho pena dos alunos...
  • Luciano  11/09/2018 19:40
    Concordo, infelizmente nosso sistema vil, indecentemente presa por transformar as mentes em indivíduos não pensantes, sendo pouco questionador, criativo e requeredor. Tudo muda quando buscamos por metodologias alternativas e com essência àqueles que já o fizeram no passado e que vislumbram um futuro num cenário diferente.
  • Ronaldo Barbosa Gonçalves  09/01/2019 02:40
    Parabens, estou chocado com essa libertacao.
  • Ronaldo Barbosa Gonçalves  09/01/2019 03:05
    Parabens, estou chocado com essa libertacao. Vou empreender...hasta la vista!
  • Leticia Costa  26/04/2019 13:52
    Artigo gerou um conteudo maravilhoso em mim. Alem disso, ideias e propostas diferentes sobre educação das quais eu estou acostumada. Certeza pesquisarei mais sobre. Parabéns ao autor do artigo pelo conteúdo gerado. A educação, principalmente a Brasileira, está fracassada e acredito que poucos (inclusive aqui) salvam-se disso.
  • Dário Carvalho  09/05/2019 14:24
    Percebo algumas premissas duvidosas no raciocínio desenvolvido no texto, além disso, chamou-me a atenção a concepção do ensino como forma de adquirir conhecimento - que embora esteja em um meio termo, não deixa de ser significante. Se o ensino verdadeiramente se destina a alguma coisa é a ensinar a pensar, e de fato, isso tem feito (embora não de forma ideal). Em realidade, falta uma melhor orientação para os jovens desenvolverem uma melhor consciência crítica - uma que considere a totalidade do contexto atual, inclusive a internet. Vale ressaltar que isso não implica que o problema é de responsabilidade dos professores. No entanto, não nego que a grade curricular necessita de sérios aprimoramentos.
  • Marcos  09/05/2019 19:43
    Quais foram as "premissas duvidosas"? Cite-as e refute-as para dar algum lastro ao seu (inexistente) argumento.
  • Carlos WSOF  12/05/2019 21:09
    Me identifiquei muito. Atualmente estou cursando engenharia mecânica na UFRPE. Estou em uma gravíssima crise com o sistema de ensino em geral, não é nada específico com a Rural, embora no começo da crise foi algo bem específico a universidade, mas depois virou algo geral pra qualquer uma.

    Inicialmente haviam 8 disciplinas, questionei a utilidade de uma, e decidi desistir dela para focar nas outras 7 que pareciam ser úteis naquele momento inicial. Poucas semanas semanas depois, questionei e desisti de mais 2 disciplinas por serem tão inúteis quanto a primeira, todas elas disciplinas de humanas que não servem pra bosta alguma, só enche linguiça pro curso. Esse é o problema específico com a Rural, descobri que UM TERÇO do curso é só disciplina de humanas, todas inúteis, nem parece um curso de engenharia.

    Continuando... Sobraram 5 (todas exatas), me dediquei as 5, mas não tive tempo pra uma delas (Química Geral I) e acabei desistindo dela somente naquele momento, para me dedicar as 4. No final do período, mesmo me dedicando bastante as 4 e as compreendendo de verdade, sem decorebas, eu acabei sendo aprovado em apenas uma (Desenho técnico)

    Foi depois desse ''massacre'' que eu comecei a questionar as falhas, comecei a questionar o quão LIXO é as provas, o quão estúpido que é o sistema submeter estudantes a mostrarem o que ''aprenderam'' somente em um intervalo de tempo, se não mostrar bons resultado naquele momento, irá reprovar e refazer tudo de novo, sem falar da parte dos conteúdos cobrados em prova, incoerentes com o que foi dado em sala. Foi por essa e por várias outras razões que eu percebi que ir mal em prova não quer dizer nada, igualmente ir bem, percebi que as provas beneficiava quem mais sabia decorar e não quem mais sabia de verdade, eu vi vários colegas de classe tirando notas altíssimas porque tinham decorado, enquanto eu, que busquei fundo a entender, acabei reprovando.

    No ''segundo período'' (que na verdade era a repetição do primeiro) nesse momento eu já tinha percebido várias falhas, disciplinas inúteis, sistema avaliativo inútil e até aulas inúteis que não me ajudavam em nada, eu aprendia sempre sozinho e quase nunca em aulas.

    Foi então que descobri mais uma falha, uma falha que existe em praticamente todas universidades, comecei a questionar as disciplinas que eu considerava úteis, e percebi que boa parte dos conteúdos dessas disciplinas eram inúteis, era só encheção de linguiça. Por exemplo, dentro das disciplinas de matemática, tem muita coisa que é dada como se fossemos estudantes de matemática, ou seja, conceitos sem aplicações, teoremas inúteis, fórmulas inúteis, técnicas inúteis, ideias matemáticas inúteis, (inúteis em geral ou pelo menos pra minha área), eu comecei a perceber que o problema do sistema era muito mais profundo. Entendi que as aulas não eram inúteis por causa de apenas péssima didática dos professores, até porque mesmo os professores que tinham didática, ainda assim, suas aulas ainda eram inúteis na maior parte. Como assim? por que mesmo com didática?

    Simples de explicar:

    O ensino no Brasil é focado em QUANTIDADE e não na QUALIDADE, ou seja, ao invés dos ''profissionais'' organizar bem as disciplinas e os conteúdo delas, fazendo uma ADAPTAÇÃO AO CURSO, ou seja, por exemplo em meu caso, as disciplinas de Engenharia Mecânica deveriam ser todas limitadas para o curso, isso quer dizer, por exemplo, que as disciplinas de matemática deveria ter apenas conceitos úteis para a engenharia mecânica, ou seja, excluindo os conteúdos inúteis para que os professores tenham tempo de ensinar de verdade o que é realmente útil, isso faria as aulas mais proveitosas.
    Mas o que ocorre é que os professores são obrigados a seguir o LIXO do cronograma, e ele é infestado de conceitos inúteis, é muito conteúdo virando encheção de linguiça, ou seja, é esse fenômeno que explica o porquê das aulas serem inúteis e os professores serem transformados em máquinas de dar conteúdo, com ou sem didática.

    Outra falha gravíssima: Todas essas falhas do sistema cria, influencia, estimula e praticamente obriga os estudantes a serem incompetentes, zumbis acadêmicos que passam a graduação toda buscando por notas, ''estudando'' só pra ir bem em prova e depois que passar, vai dizer ''menos uma'' e esquecer tudo que ''estudou'' porque na verdade nunca estudou, só decorou. A universidade nos obriga a ser assim, fazer tudo pra notas, pontos, estudar coisas inúteis, participar de projetinhos mesquinhos, palestras inúteis, tudo isso pra ganhar notinha e certificado, tudo isso pra juntar com a promessa de um tal de um papel chamado ''diploma''. Eu vejo estudantes fudendo a saúde física e emocional, agoniados com pressa pra se formar, só pra pegar diploma, mas eu me pergunto: e o conhecimento? eles praticamente não tem, porque não teve tempo de estudar de verdade, passou boa parte estudando pra passar em disciplinas inúteis, e dentro das úteis, ele gastou muito tempo estudando conceitos inúteis, tudo isso pra fazer uma boa prova e não ser reprovado.

    Isso não faz sentido pra mim, estou muito frustrado, antes mesmo percebendo tudo isso, eu fazia minha parte, estudava o que realmente era importante, mas essa crise vai crescendo cada vez mais ao ponto de bloquear minha mente, estou há mais de um mês praticamente sem estudar, estou perdendo a vontade, e sabe porque? porque não adianta estudar de verdade, entender de verdade as equações, sendo que na prova vai cair um monte de conta aleatória inútil que vai me reprovar, e eu vou ter que refazer disciplinas que eu já entendi e absorvi o que é suficiente útil, mas o LIXO do sistema quer que eu saiba todos os conteúdos, mesmo que boa parte deles sejam inúteis. To cansado disso.

    Resumindo tudo isso: UNIVERSIDADE É UMA TREMENDA PERDA DE TEMPO, aulas inúteis, disciplinas inúteis, conteúdos inúteis, provas que cobram conteúdos inúteis e te reprova por não saber decorar, projetinhos mesquinhos inúteis que só visão a nota e não o conhecimento pra área, a gente passará 5/6 anos acumulando notas e não conhecimento.

    Enfim, estou muito desanimado e frustrado, não quero ser engenheiro de provas. Atualmente penso em ir pra UFPE, mas lá vai ser a mesma bosta, ou pior ainda, pois lá tem o ABI(Acesso Básico de Ingresso) , que é uma tremenda idiotice, é basicamente uma competição por melhores notas durante 2 anos, para que após esse período, o estudante possa ter boas notas para entrar de verdade na sua engenharia de preferência, ou seja, colocam os estudantes pra caçar notas iguais leões selvagens buscando zebras pra devorar, é até pior que a Rural, pois lá pelo menos já curso a mecânica.

    Como disse lá em cima, descobri que é um problema geral, estou complemente desacreditado que haverá um sistema que me ajudará a me tornar um engenheiro, penso em desistir, mas não da engenharia, e sim do sistema, é muito mais provável eu me tornar um engenheiro graças ao Youtube e vários sites acadêmicos gratuitos, ou seja em casa, do que gastando passagem e tempo indo pra aulas inúteis só pra acumular conteúdos inúteis só pra fazer bostas de provas e ser aprovado, não irei aguentar ficar nessa merda durante 5/6 anos, tenho um objetivo muito pesado e específico e tenho certeza que a universidade não irá me ajudar em NADA, pra piorar, a questão financeira me destrói mais ainda.

    A luz desse túnel é a razão de eu ter entrado na engenharia mecânica, meu objetivo: que é ser um especialista em carros, quero não só ser engenheiro automotivo, mas também designer, quero desenhar e fabricar carros, quero ser um profissional completo. Atualmente projetei e conclui (a parte em 2D) um carro inexistente no AutoCAD, estou levando a sério, meu objetivo é construí-lo de verdade, ele até seria meu TCC. Por questão financeira, penso em até vender esse projeto (se caso for realmente bom suficiente pra ser aprovado), vender para poder aliviar minha questão financeira, seria bom e ruim, pois iria arrancar meu sonho, que é ser o dono dele, e não vender e perder os direitos sobre ele. Enfim.... Esse carro é meu único combustível, se não fosse ele, eu já teria desistido de tudo.
  • Gerente de engenharia  13/05/2019 14:44
    Prezado Carlos WSOF, seu relato não é novo e tem pouca chances de ficar velho. O objetivo do curso de engenharia ter uma alta carga de matérias aparentemente inúteis é para que absorva as bases científicas necessárias para um engenheiro é normal que as esqueça assim que acaba a prova, quando tiver que exercê-las em algum trabalho você já estará a frente da maioria dos seres humanos bastando consultar o material da época e relembrar dos procedimentos.
    Quanto ao ambiente enfadonho e pouco motivador em que as aulas são ministradas, ainda bem que são assim pois a grande maioria dos postos de trabalho de engenharia são enfadonhos e pouco motivadores, em outras palavras, no geral a engenharia é uma profissão chata, mal paga, de pouco status social, pouca flexibilidade, com poucos empregos disponíveis e super regulada pelos governos de quase todos os países.
  • Júnior  23/09/2019 19:33
    De oito disciplinas você só foi aprovado em uma? Talvez porque vc seja burro mesmo.
  • Entreguista  13/05/2019 17:15
    Engenharia mal paga? Como? É um curso dificil pra caramba,nao é qualquer pessoa que aguenta estudar 5,6 materias so de matematica e outras 5 de fisica. Vou ser sincero. As unicas universidades que eu respito e vejo utilidade de verdade é engenharia,odontologia,medicina. O resto é praticamente ficar no zero a zero,o cara vai sair da universidade e ira ficar anos ganhando salario minimo ate pegar pratica na profissao,a engenharia,odonto e medicina ao menos o cara comeca com um salario melhor e se for experto sai ganhando pelo menos uns 4 salarios minimo.
  • Gerente de engenharia  13/05/2019 17:48
    Entreguista, a dura realidade é que engenharia no Brasil virou mico, ou suco para os íntimos, realmente para um engenheiro que ainda se empregou após a crise e teve seu salário corrigido pelo mercado em baixa pode esperar ganhar entre R$6mil a R$8mil, parece muito diante da realidade brasileira mas diante das imensas responsabilidades do cargo, restrições orçamentárias para todos os lados e constantes ameaças de demissão em um mercado repleto de concorrentes desempregados experientes e qualificados pode causar insônia nos menos precavidos.
    De fato a faculdade de engenharia é a mais completa e uma das poucas capaz de formar um ser humano com habilidades de constituir um projeto, tirá-lo do papel e fazer caber num orçamento, problema mesmo está no mercado de trabalho.

    Quanto ao salário de saída, meu filho de 23 anos se forma engenheiro mecânico este ano em uma faculdade particular de primeira linha e para empregá-lo terei de usar de nepotismo pois 30% de seus colegas de classe estão desempregados. Enquanto isso minha filha de 19 anos ganha em torno de R$3mil mensais vendendo maquiagens e badulaques coreanos pela internet.
  • Alex  13/05/2019 18:25
    Nos anos 1980 engenheiro era profissão de rico;
    Nos anos 1990 engenheiro era profissão de classe média alta;
    Nos anos 2000 engenheiro era profissão de bem empregado;
    Nos anos 2010 engenheiro era profissão de desempregado;
    Nos anos 2020 engenheiro será profissão de esfomeado.
  • Felipe Leandro  19/05/2019 20:30
    Não tem como ler esse e outros artigos e não ficar pessimista e puto com esse sistema criminoso, depois somos nós quem somos os ''malandros'' que quer passar a perna nas pessoas, a questão vai muito além do ser humano comum, a culpa disso tudo é do governo mesmo, o sistema inteiro é corrupto e mal intencionado, mas no Brasil a coisa fede pra pior, acho que juntando uma boa grana e sair desse lixão que o Brasil se tornou é a melhor coisa a fazer, pelomenos lá fora você trabalha muito e é bem remunerado, país desenvolvido e rico, chega dá vontade de estudar, trabalhar e realizar os sonhos, Brasil é atrasado e sempre será, temos que ralar e se foder sozinho sonhando um dia melhorar, porque se depender de terceiros, do govenro ou qualquer coisa, vai passar ano e décadas até que você esteja bem velhinho no leito de morte, e lamenta amargosamente sobre a vida valiosa que perdeu.
  • Anônimo   18/06/2019 12:07
    É muito simples entender esse ensino brasileiro arcaico, tantas matérias inúteis são apenas obstáculos para as pessoas não aprender de fato o que é importante. Se as pessoas aprender elas irão crescer na vida e provavelmente o país se tornará uma grande potência e os governantes não querem isso. Por isso temos um gigantesco país pobre e isso nunca vai mudar. Conforme-se
  • Ednardo  15/08/2019 13:36
    "Não é por acaso que, como consequência dessa realidade, testemunhamos o aumento brutal no diagnóstico de TDAH — Transtorno de Déficit de Atenção por Hiperatividade —,

    Isso me fez lembrar da minha infância, adolescência onde eu frequentava um templo religioso com a minha família. As reuniões duravam cerca de 1h45 minutos por aí, onde ouvíamos discursos, apresentações, encenações sobre temas bíblicos etc. A crianças pequenas ficavam inquietas. os pais eram instruídos a manter seus filhos quietos e sentados e prestando atenção.
  • Ednardo  15/08/2019 13:57
    "Em um mundo onde as informações estão acessíveis a todos, à distância de apenas um clique, aquela escola que tem o papel de transferência de conteúdo se torna a cada dia mais insignificante."
    (...)

    (...)Muito mais racional é estudar online: gasta menos, gasta com qualidade e ainda sobra mais tempo para trabalhar, construir seus projetos, fazer outras coisas de que gosta ou simplesmente viver a vida."

    Isso mata o autodidatismo. Para você exercer determina profissão você precisa estudar numa escola tradicional e provar seus conhecimentos com diploma. Que absurdo
    Eu trabalhei muitos anos numa empresa. Entrei como auxiliar de escritório e com o tempo cheguei a encarregado administrativo, sem fazer qualquer curso de adm. Surgiu uma promoção, e a empresa exigiu de mim um comprovante de um curso superior de adm., um pedaço de papel, para "provar" que eu sabia fazer o que já faço a anos. Saí da empresa e hoje sou um bem sucedido empreendor.
  • Ednardo  15/08/2019 14:36
    "Em um mundo onde as informações estão acessíveis a todos, à distância de apenas um clique, aquela escola que tem o papel de transferência de conteúdo se torna a cada dia mais insignificante."
    (...)

    (...)Muito mais racional é estudar online: gasta menos, gasta com qualidade e ainda sobra mais tempo para trabalhar, construir seus projetos, fazer outras coisas de que gosta ou simplesmente viver a vida."

    Isso mata o autodidatismo. Para você exercer determina profissão você precisa estudar numa escola tradicional e provar seus conhecimentos com diploma. Que absurdo
    Eu trabalhei muitos anos numa empresa. Entrei como auxiliar de escritório e com o tempo cheguei a encarregado administrativo, sem fazer qualquer curso de adm. Surgiu uma promoção, e a empresa exigiu de mim um comprovante de um curso superior de adm., um pedaço de papel, para "provar" que eu sabia fazer o que já faço a anos. Saí da empresa e hoje sou um bem sucedido empreendor.
  • Pedro  18/08/2019 08:54
    Acho que o problema do ensino atual é ser generalista demais por tempo demais. a profissionalizaçao deveria comecar ja no segundo grau.
  • Júnior  24/09/2019 16:00
    Escola realmente não serve para porra nenhuma. Especialmente escola de inglês, né dono da Wise Up?
  • Boni  24/09/2019 18:13
    - Galvão?

    - Diga lá, Tino!

    - Sentiu...
  • Luiz Felipe  11/11/2019 17:20
    eu também sou aluno(sétimo ano) e concordo, a escola preenche nossas mentes com conteúdos sem valor nenhum em nossas vidas, deviam mudar esse padrão de fabrica. (só acho que não deviam colocar filosofia por que não é deus que paga nossas contas)
  • FERNANDO MALHEIROS MARTINS  16/11/2019 03:50
    Incluíria aí aulas de Trânsito e Mecânica de automóveis.
  • JORGE DIAS DE AMORIM  28/11/2019 12:26
    O artigo tá bem escrito, mas você comete um erro fundamental: A educação tem que dar conteúdos diversos para que o aluno, a partir daquilo, saiba o que será e qual profissão escolher... De que adiantará uma boa oratória para um grupo de biólogos se você desconhece o ciclo de reprodução das samambaias? Eu concordo contigo quando você expõe um modelo de "quartel" dentro da escola. Esse vício deve ser quebrado... O curriculo também precisa ser revisto, obviamente não servirá pra nada passar 6 meses estudando história grega antiga, mas não dá pra fingir que a Grécia não foi importante e mostrar ao garoto o que é história... decorar a T.P pode não ter sido útil pra você ou, como você disse, pra 99% dos estudantes... mas foi útil pra 1% ? Então serviu pra quem usa, né? Obvio, e me resguardo aqui a não criticar o seu pensamento, que se você não vai seguir uma carreira profissional voltado para a matemática aplicada, a matemática não te servirá de nada até que você decida ser engenheiro... Para além dessa crítica que faço respeitosamente, eu ainda faço mais uma pergunta: Como um país que tem (e está voltando a crescer), mais de 50 milhões de pessoas passando fome vai entender que é melhor comer alface orgânico que custam 10 reais o molho a comer pão com margarina? E como alguém que ganha 1 salário mínimo (valor da mensalidade de uma escola modesta), vai empreender tendo que alimentar 2 filhos??? A sua realidade deve ser a de um grupo de indivíduos com salários elevados. A sua realidade não reflete a realidade do Brasil de fato... Mas seu texto está bem redigido e apesar de ser um artigo de opinião, parabéns pela possibilidade de expressar ele e obrigado.
  • ryordan  20/12/2019 02:45
    Muito interessante os comentários sobre o artigo. Percebi que todos buscaram dar sua colaboração para a melhoria do ensino no Brasil, para a formação de profissionais bem sucedidos e satisfeitos com suas escolhas. Alunos que reconhecerão a importância e a aplicabilidade de cada matéria estudada em seus respectivos currículos escolares desde a educação infantil até as especializações finais a saber: (pós-graduação,mestrado/doutorados etc.) Pessoas plenamente satisfeitas, realizadas, que jamais se sentirão enganadas e submetidas a perda de tempo com matérias e assuntos desinteressantes e sem valor para seus objetivos acadêmicos e profissionais em cada nível de sua formação.
    Torço para que chegue logo este dia em que tais mudanças por vocês propostas se tornem realidade na vida de cada brasileiro, para que tenhamos um povo mais feliz e satisfeito academicamente falando.
    Que suas idéias sejam ouvidas e assimiladas e que os senhores tenham a oportunidade de colocar em prática esse brilhante plano de redenção da escola e da universidade brasileira. Não desistam de tão nobre propósito. Se façam ouvir por quem hoje elabora e coloca em prática os currículos escolares e universitários nos diversos níveis e nas diversas profissões. Sejam rápidos e precisos. Pois as novas gerações de médicos, professores, engenheiros de várias especializações
    , policiais, bombeiros, enfermeiros, controladores de voo, dentistas, padres, pastores, clérigos em geral, nutricionistas, nutrólogos, psicólogos, advogados etc, etc, etc... merecem uma formação melhor e mais adequada do que tais profissionais que se formaram e que atuam até hoje neste nosso querido Brasil. Que Deus os ajude nessa nobre missão.

  • Alexandrr  31/01/2020 19:09
    Concordo.

    Adicionaria a formação escolar as disciplinas (1) trânsito (50 mil mortes por ano não se resolve em auto escola), (2) computação (á escolha do aluno com vistas em educao de vídeo, ou linguagem de programação, ou banco de dados ou linguagem de internet), (3) noções básicas de saúde humana.
  • Dalton C. Rocha  03/02/2020 18:14
    Escola pública nunca prestou, nem prestará, no Brasil. Se algum governador ou prefeito deste país quiser mesmo, melhorar a educação, no seu estado ou município; então que faça isto:
    1- Privatize todas as escolas públicas.
    2- Dê o direito aos pais de escolherem em qual escola particular, eles querem matricular seus filhos, por meio de bolsas de estudo.
    O resto é só demagogia eleitoreira. Você acha que as escolas públicas funcionam gratuitamente? Enquanto nas escolas particulares, cerca de 70% dos funcionários são professores, nas escolas públicas esta percentagem não passa nem de 40%. O resto é burocracia; corrupta, incompetente e lenta. Sai mais barato e melhor, se usar dinheiro público, para pagar uma mensalidade numa escola particular, que jogar dinheiro fora em escolas ditas "públicas", mas de fato da CUT, da corrupção e da incompetência.
    Não concordas? Lembra do tempo (governo Sarney) em que telefonia era monopólio estatal no Brasil? Então,menos de 30% dos brasileiros tinham telefone fixo e um telefone fixo custava o preço de um carro usado, em bom estado. Hoje, 100% da telefonia do Brasil é particular. Graças a este fato, uma linha ou um chip de telefone celular custa o preço de uma boa pizza grande e, até um gari pode ter um telefone celular no bolso.

    Somente a privatização plena de todo o ensino básico e médio, junto com a privatização da esmagadora maioria do ensino superior, poderá nos dar a esperança de um futuro melhor, para o Brasil.

    Em resumo. Com escolas sob o controle de marxistas, estaremos fadados a vivermos num país pobre, falido, corrupto e endividado.

    ***************


    Tornar um país pobre, num país rico é raridade, mas a Coreia do Sul conseguiu tal feito, graças aos governos de dois generais de 1961 a 1988. Peço a você, que veja a palestra que começa aos seis minutos e vários segundos do site www.youtube.com/watch?v=axuxt2Dwe0A


    ***************

    "Um estudante típico vai sair da escola com a cabeça cheia de minhocas, submetido a uma intensa pregação de anos e anos contra o lucro e o sistema capitalista. Aos 18 anos, vai cair na vida sem ter a menor noção de quanto deve poupar por mês para se aposentar, ou de quanto deve separar a partir dos 22 ou 23 anos para poder dar uma entrada para adquirir a casa própria aos 30 anos. Quando descobrir como o mundo funciona, já estará endividado e pendurado no cheque especial. Seria muito melhor se, em vez de ter aulas baseadas em um marxismo de quinta categoria, ele fosse preparado para a vida. " > Publicado na revista Veja (edição 2438), na página 65.
  • Elias  03/02/2020 18:52
    O bom é a Argentina, tão famosa por ser um país escolarizado, com pessoas mais interessadas em cultura... quantas vezes já ouvi que os argentinos gostam de ir na biblioteca e ler livros... Mas ao mesmo tempo o país não consegue se livrar do Peronismo/Kishnerismo e vê a sua economia, que já era ruim, piorar a cada ano. No Brasil, idem: muita gente que hoje tem ensino superior mas estão desempregados ou penando para entrar no mercado de trabalho. Realmente a boa educação não é sinônimo de desenvolvimento econômico. Alguma coisa nessa equação está errada.
  • Barbara Maffessoni  06/02/2020 18:06
    Virou uma fábrica de funcionários públicos, enquanto o estado sucatear a iniciativa privada, pode esquecer.
  • Luciano   05/02/2020 18:28
    Há muito tempo Edson Gomes fez uma música retratando a realidade !!!!
    Sociedade falida.

    www.youtube.com/watch?v=0K_fpAlO_MU
  • Demetrius Giovanni Soares  11/02/2020 15:05
    Como é comum a todo texto disruptivo o autor não pretende ser definitivo nem esgotar todas as possibilidades e todas as mudanças urgentes que esse modelo anacrônico de servidão ao MEC vem causando às mentes juvenis desde sempre. A razão mais óbvia é que não há fomento ao prazer da cultura e das artes nas escolas, algo assim só pode ser apreendido pelo indivíduo qdo é colocada em contexto com o dia-a-dia das pessoas. Há beleza no mundo e essa beleza, apesar de ser ordenada não é óbvia e nem sempre é perceptível. Note-se a diferença de visitar uma exposição de pintura e acompanhar uma visita guiada ponto a ponto e fazer a mesma visita sozinho. Da mesma forma, uma aula de química (química está a anos luz do meu entendimento e uso profissional) só deveria fazer sentido acompanhada de seu uso no mundo real, tanto no aspecto prático quanto no aspecto teórico. A medida q o domínio de lições de quimica se tornam cada vez mais complexos e abstratos esses deveriam ser direcionados a campos do conhecimento técnico e aplicações apenas a nível universitário. Idêntico para física, e matemática. Da mesma forma que não posso esperar saltos quânticos de imaginação criativa em poesia e criação literárias de um aluno recém alfabetizado, não deveria ser compulsório a fluência matemática em cálculos complexos como o que se espera de um aluno do ensino fundamental. Esse sempre foi meu dilema pessoal porque meu cérebro não lida de forma satisfatória com abstrações matemáticas e cálculos de certa complexidade, no entanto possuo certo nivel de fluência em abstrações filosóficas e literárias, o tipo de excelência que se esperaria de um aluno pós graduado, e não de um aluno ainda em fase de descobrir o mundo e encontrar seu prazer e satisfação pessoais dentro desse mundo. O fato de não conseguir executar cálculos de certa complexidade me logrou um longo período de desencantamento com a vida e me desencorajou a querer continuar a viver como um fracassado. No final do ensino médio havia um ressentimento clássico em meu coração em relação a pretender lutar por algo que eu não acreditava, e esse algo era exatamente essa necessidade de ser competitivo em algo que eu sabia ser um fracasso. Por pouco não me tornei depressivo e me livrar do ensino médio foi como me livrar de uma doença longa a qual se acreditavam incurável.
    Por fim, minha contribuição a essa escola modelo ideal tem a ver com uma das lições de Roger Scruton em "Why Beauty Matters" "Precisamos de coisas inúteis, tanto coisas úteis. Qual a utilidade da Amizade, da Admiração, e da Beleza senão nos salvarmos da feiúra do mundo e da mera animalidade e utilitarismo?". Por isso essa escola ideal deveria ter um foco em artes aplicadas e o campo teórico e tecnico é vastíssimo: design gráfico, artes plásticas, escultura, design de produto, design de ambientes, design de jóias, cenografia, design de móveis etc.
  • gabriel silva de oliveira  17/02/2020 14:58
    Olá sou um menino de 13 anos e concordo com o texto gostaria de ter uma família ou pessoas que me entendessem assim me sinto excluído entendendo tudo e minha discordando e falando que tudo é útil e etc...
  • José  02/03/2020 00:14
    A instrumentalização do saber em favor de um projeto de inserção na vida social ou a favor do lucro é uma imbecilidade tamanha que só poderia vir da classe empresarial brasileira. Compreendo de onde surge a visão pragmática do autor do texto mas, de longe, discordo do pressuposto de que o estudo não é uma atividade que é fim em si mesma, visto que, do ponto de vista histórico, muito do que hoje é utilizado de forma pragmática e utilitária são decorrentes da visão do estudo como fim em si. A sujeição do saber à prática de um projeto de inserção social ou a favor da forma de lucro já é em si uma degeneração do saber e da verdade.
  • Benedito Antônio Brizante  21/03/2020 12:25
    Estou na Educação à 49 anos ainda na ativa sem projeto pra parar.
    Vivi diferentes "estágios" da educação tanto na Escola Pública como na Particular. Nenhum momento tão triste como esse estágio eu vivi. Pensei em alguns deles que o fundo do posso havia chegado pra educação. Mas, não. Vc postou seis pontos crucias e os justifica muito bem. Porém essa parte da sociedade ñ tem retorno ao conhecimento pois não aprenderam a avaliar, pensar, obedecer regras na gramática e na matemática e digo , agora é o fundo do posso. São décadas para resgatar o que herdamos de mentes descomprometidas com o saber. Muito Triste.
  • Vinícius  21/03/2020 16:02
    Cristo Rei! Você está na educação há 49 anos e segue assassinando a gramática e a ortografia desta maneira implacável?

    Não é "à 49 anos", mas sim há 49 anos". Não é "fundo do posso" (como você escreveu duas vezes) e sim "fundo do poço".

    E, depois de tudo isso, você ainda diz que as pessoas "não aprenderam a avaliar, pensar, obedecer regras na gramática e na matemática".

    Já parou para pensar que o grande problema da educação pode estar nos educadores como você?
  • Jeferson Vasquez  16/03/2021 06:12
    Destruam o MEC! Pra ontem!
  • Revoltado  16/03/2021 16:28
    Ontem? Para semana passada!

    E em todos os níveis, do maternal ao ensino universitário. Apoiado por mim!
  • Prof. Jean  24/04/2020 21:58
    Parabéns pela matéria. Compactuo com quase tudo que falou. Terminei um Mestrado defendendo um ensino público que realmente funcione. Não apenas para os filhos dos ricos. Gostaria de saber mais sobre sua visão de escola "moderna".
  • Geraldo   21/05/2020 14:14
    Problema todo é o ego. Você tem conhecimento? pois é. Alguém vai querer te sobrepor. A guerra começa por aí e quem tem seu ego ferido ou cheio demais, vai querer tomar sua posição emocionalmente confortável na sociedade. Na política se um partido está dando certo, outro partido quer sabotar para que na próxima eleição seja eleito. E quem perde com isso? o povo, como sempre. Na faculdade, você não pode escrever um tema que vá além do conhecimento do seu orientador, pois é falta de respeito. Lembro - me de um episódio em que assistir na TV falando que Einstein no auge da fama não conseguiu ouvir um padre que estava com uma informação que talvez a brilhantaria o seu trabalho e que anos depois estaria correta . Mas Einstein disse: SEU PENSAMENTO È PRIMITIVO E INFANTIL, e o jovem padre fecha o livro. Inúmeras histórias vem a minha mente. Por exemplo: A rixa de Thomas Edson (Riquíssimo com suas industrias de metais condutores de eletricidade) com Nícolas Tesla ( Um sonhador que queria transmitir energia elétrica como wifi), que foi rejeitado, paralisado e obrigado a não divulgar seu conhecimento pelo poder do monopólio da rede elétrica dos metais do Sr. Thomas. Apesar da história ser muito bonita do Thomas Edson e sua mãe Nancy. Somos assim, cheios de momentos marcantes e outros que não visitamos para não atrapalhar nossa caminhada.
    Existe uma polêmica sobre as vantagens e desvantagens do ensino tradicional. Tem que evoluir? claro que sim, mas acho que os pais se perderam na educação dos seus filhos por não ter mais tempo com eles. Quer uma escola melhor? Volte pra casa e ame sua família. Mas como se o sistema não nos dar tempo? o sistema está doente, formando pessoas doentes.Talvez você ache que agora vou sair do tema, mas estou muito convicto do que vou dizer aqui. Quanto mais conhecimento no mundo acadêmico mais vestimos um fantasia e abandonamos nossa verdadeira essência, o amor. Estou cansado de tentarmos solucionar a natureza caída de Adão deixando Deus de fora. Se falam de todos os filósofos nas faculdades, mas não pode se falar do homem que nos ensinou a amar, Jesus Cristo. Ele está vivo. No livro de Mateus, capítulo 5 diz que Jesus senta pra ensinar, vejo que ele não tinha hora nem lugar pra ensinar e que as pessoas acordavam pela madrugada pra encontrar com esse professor dos professores sem nenhuma obrigação. E seu primeiro ensinamento é: Felizes é os humildes de coração por que dele é o reino dos céus. Em outras palavras, felizes são aqueles que zeraram o seu ego e que não liga pra os que querem ser melhor que você.
  • anônimo  21/05/2020 21:27
    Concordo plenamente com o autor desse texto! Senti o mesmo desejo que o seu de fundar uma instituição que ensinasse tais coisas.
    Vejo como necessário as matérias básicas como português, matemática, ciências, geografia, etc., pois a criança poderá conhecer e ter uma ideia da área com a qual se identifica, isto é, com o auxílio dos professores.
    As "matérias" que você citou imagino que poderiam ser atividades extra curriculares. Será que o MEC, o governo ainda iria interferir?

  • Engenheiro e Economista  21/05/2020 22:41
    Concordo plenamente com o texto e inclusive com as sugestões do que deveria ser ensinado nas escolas.
    E se, para começar, fosse criado um curso extra-curricular com professores voluntários para ensinar por exemplo falar em publico e finanças pessoais?
    Claro, precisaria de um local adequado, divulgação etc..não só que existissem os tais professores voluntários.
    Mas seria um começo.....quem sabe podemos sonhar?
  • Yasmim Nicole   19/06/2020 11:37
    Eu não poderia concordar mais. Descobrir no que sou boa anos atrás, e é escrever. Pretendo me formar em jornalismo e exercer uma profissão no qual eu seja boa e saiba fazer. Mas, a escola nos obriga a aprender coisas inúteis como Química, e Biologia, e não é biologia sobre o corpo humano, é sobre o estudo das plantas, e não, não são plantas medicinais, são apenas plantas. São coisas completamente inúteis para o futuro que eu quero para mim, e eu não preciso disso, são um empecilho na minha vida. A escola mais atrapalha do que ajuda.
  • Jeferson Vasquez  20/05/2021 19:47
    ''Química, e Biologia.''

    Se for aprender a plantar, talvez um pouco disso seja necessário!
  • José Adriano  21/06/2020 14:53
    Artigo excelente!! Expressa de forma impecável a triste realidade sobre a situação obsoleta do atual modelo de educação no Brasil. Vou compartilhar esse artigo com amigos que atuam na área educacional para que mais pessoas tenham acesso a este tipo de conteúdo. Quanto mais gente tiver consciência disso, mais rápido podemos mudar essa triste realidade.
  • Joabe Corrêa Strazzacapa  21/07/2020 13:04
    Bom dia, bom artigo. Precisamos pensar sim sobre uma reformulação, porém creio que somente esses tópicos não seriam suficientes ainda. Li em alguns comentários do tipo "para que eu aprendo a tabela periódica?" Vou responder essa questão usando a disciplina de Matemática e o assunto Matemática Financeira que a autora coloca com uma pergunta: Como você vai aprender Matemática Financeira se você não sabe as operações básicas, exponencial, funções e logaritmos? Respondendo a minha própria pergunta, para se chegar a alguma aplicação você precisa ter a base, e a base é tudo isso o que chamaram de desnecessário.
  • Carlos   24/07/2020 12:22
    Olá Flávio,
    Eu sou pedagogo e trabalho no sistema educacional do governo de Minas. Formei-me na UEMG, e tenho experiência como professor de inglês em cursos de idiomas, além de experiência com ensino e dificuldades de aprendizagem. A grande verdade é que esse trabalho de reunir crianças e desenvolver a personalidade, introduzí-la na lógica da ordem desse mundo, desenvolver-lhe as habilidades de leitura , escrita e cálculo são um trabalho bastante espinhoso. É uma profissão difícil, desafiadora, e que requer uma variedade enorme de competências desenvolvidas que não são oferecidas pelas universidades. A questão do homeschooling é interessante até o ponto em que os pais têm acesso a ferramentas pedagógicas suficientes para suprir-lhe a demanda de formação. O problema de convivência da criança sem outras crianças por perto pode determinar seu grau capacidade de convivência , questões de liderança, já na vida adulta, quando ela terá que desenvolver todas as competências que não foram satisfatórias em casa, sobrecarregando as novas demandas de saber lidar com uma diferença enorme de pessoas que agora com quem o adulto deve conviver. Os pais no trabalho teriam que delegar às babás (família rica) o cuidado dos filhos. Imagine uma família assalariada, sem escola, sem merenda, pagar babá, etc. O problema não é exatamente a escola em sí. Mas o que as forças político-ideológicas fazem com ela. O foco da escola socialista, desde a orientação da EScola de Frankfut, tem sido a de preparar os alunos para serem empregados. A escola favorável à população deveria ser aquela que preparasse as crianças para serem empreendedoras e donas do próprio negócio. O sistema educacional socialista é muito repressivo, principalmente com professores e pedagogos. Esse sistema ensina que você deve assumir a responsabilidade sobre as outras pessoas e esquecer de si. Mas o esforço não só dos pedagogos, mas também dos pais e da sociedade deve ser para abrir caminho para a idéia e prática de que o ser humano deve ser formado para a felicidade e realização de seus sonhos, e que deve aprender a cuidar de si mesmo, antes de poder cuidar do próximo.
  • Lucas  28/08/2020 15:40
    Olha, gostei muito desse artigo. Comecei lendo pensando que pudesse ser meio que apedrejando o sistema educacional e não é bem isso, mas uma crítica ao atual modelo.

    Tenho formação em Geografia e quando entrei no curso superior, a primeira coisa que um professor, Doutorado na mesma ciência falou a todos na sala foi: "Esqueçam a Geografia que estudaram até aqui, nada daquilo vai ajudar vocês agora". Lembro que entrei em choque e fiquei chateado por ficar 'perdendo tempo' na escola.

    Me formei e posso dizer que o professor estava coberto de razão. Limitam a Geografia a uma coisa tão sem graça na escola que ninguém quer nem saber, quando na realidade está em todo o canto e pode ser muito melhor utilizada em benefício do país e do ensino.

    Foi a partir disso que quando lecionei, a primeira coisa que estabeleci é que não haviam provas, mas tarefas/exercícios que envolviam os alunos a saírem de sua zona de conforto, que investigassem, tomassem conta de que a vida não é aquilo que estava no livro.

    Segui o livro, seu conteúdo, mas acrescentei com opiniões que divergiam do livro para instigá-los a pensar mais sobre algumas questões (mesmo eu não concordando com algumas ideias). Ampliei o leque e, mais que tudo, ao notar que algum aluno tinha um dom para alguma coisa, o aconselhava a seguir aquele ramo ou a pensar sobre aquilo (algo nada a ver com a Geografia).

    Fiquei seis meses na escola, tirava todo mundo da sala pelo menos uma vez por semana para ir para o pátio. Lecionava o conteúdo e pedia para os alunos pensarem sobre determinado assunto utilizando o espaço para materializar a ideia. Saía da escola para levar a algum lugar sobre o tema. Ralava pra caramba com o pessoal, não impus nada, não fui doutrinador e nem muito menos fui ameaçador.

    A direção vivia brigando comigo, porque aquele formato de ensino não devia ser mantido. Os outros professores estavam alterando algumas coisas. Os pais queriam que os alunos seguissem apenas o livro que custou uma fortuna até que um dia propus aos alunos do ensino médio a terem aulas gratuitas comigo para se prepararem para o ENEM. Por ser gratuita e fora do horário de uso das salas, a diretora não gostou da ideia, mas autorizou, principalmente ao ver que só dois alunos foram na primeira. Na terceira aula eram 40, na quinta 90% dos alunos do Ensino Médio.

    Me demitiram. Não por tentar fazer o diferente, mas porque minhas aulas do ENEM atacavam frontalmente as provas, identificavam as deficiências dos alunos (não só na Geografia) e os instigava a melhorar nesses pontos.

    Fiquei seis meses mais dos 45 alunos do Ensino Médio, que tive contato posteriormente, 30 passaram em cursos superiores e 14 estavam empregados em algum ramo que demonstravam dominar e gostar de trabalhar. O único fora da estatística tinha uma situação conturbada, mas não abandonou o filho não planejado e vivia de bico, com o tempo falou para mim que o fato de se preocupar com eles nos pontos que eles não dominavam sinalizou uma preocupação que nem seus pais tiveram e, principalmente, o fato de não virar as costas nem quando ele dava trabalho o fez se esforçar mais.

    Não posso dizer que sou revolucionário, nem muito menos que fiz a diferença no modelo, mas me arrisquei demais e fui desempregado por isso. Ao menos fiz a diferença na vida de alguém e a coisa surtiu efeito.

    Não acho a escola um atraso na vida de ninguém e nem a faculdade. Elas são ferramentas que se melhor utilizadas, transformam.

    Digo isso porque vejo alguns falarem que não perdeu tempo na universidade para ir direto para o trabalho se vangloriando disso. E isso é bom mesmo, quem disse isso, mostra que deu um jeito na vida e alguém na escola fez pensar assim.

    Mas tenho um tio que nunca estudou e foi empreendedor desde os anos 70. Restaurante, lanchonete, esse setor. Penou a vida toda trabalhando e pegando o dinheiro para investir em residências (sua aposentadoria, segundo ele mesmo). Seus filhos estudaram em universidades públicas. O mais novo se formou para tomar conta dos empreendimentos do pai e após pegar o diploma, transformou 100% o negócio do pai a contragosto dele.

    Pois a experiência do pai na forma de atendimento, somada ao conhecimento aprendido na faculdade pelo filho, transformou de tal maneira que o negócio teve que crescer e eles estavam se preparando para uma cadeia de restaurantes neste ano. Passaram a pandemia de boa sem reduzir salário de ninguém e ainda inovaram na questão da entrega de comida.

    Todos ralam muito, mas o meu tio diz que se ele soubesse de metade do que o filho aprendeu, com certeza estariam em outro patamar. E olha que sem saber o cara já é milionário.
  • Domingos Fernandes Moreira  29/08/2020 23:37
    Muito bom trabalho. Corretíssimo! O problema é que as pessoas consideradas em plena atividade, em nosso país, 70% delas não tem acesso a internet em suas residencias. Muita gente pensa que o uso do celular é suficiente para para formação de cidadão. Eu entendo que na maiorias das vezes o uso constante do celular só transforma o usuário em um descontrolado consumidor. Nosso governo tributa o uso da internet como se fosse um supérfluo.
  • Heron  03/09/2020 15:52
    Fantástico!!! Parabéns pelo ensaio ...
  • Flávio  03/09/2020 16:47
    Há quem diga que Cornelius Vanderbilt foi adepto dessa prática ou algo similar. Não poderia haver um meio termo? Onde o empresário já tendo um patrimônio pessoal altíssimo, coloca a empresa pra rodar apenas para se manter, vendendo à preço que apenas pague as despesas por um período . Dessa maneira tbm seria devastador para os concorrentes.
    Só uma suposição, o que acham?
  • Guilherme  03/09/2020 18:06
    Não entendi muito bem a sua proposta. Do que exatamente você está falando?
  • anônimo  20/09/2020 19:58
    Como estudante, odeio a escola (mesmo que a minha seja boa)... Essa merda me faz querer me matar quase todo final de semana... cansei dessa porra e, infelizmente, ainda faltam 2 anos para me formar... Gosto de estudar, gosto de por meus conhecimentos no dia a dia, mas odeio as provas e deveres (essas desgraças parecem mostrar "Você não é suficiente, melhore", quando é uma matéria da qual você não é bom ou não tem interesse)
  • Felipe  20/09/2020 23:27
    E no ensino EAD foi interessante que está servindo para medir o nível de interesse pelos alunos em assistir às aulas dos professores. Eu também gosto de estudar, mas prefiro pegar os livros e ler. Sem contar que tem professor que nem grava as aulas, então não tem nem como tirar dúvidas ou pausar o vídeo para anotar.

    O problema é que como temos toneladas de regulações, criar um ensino EAD de qualidade como em muitos cursos livres ou vídeos de YouTube, fica algo muito dificultado.

    Acho que o futuro será de mais cursos assim, o problema é que ninguém nesse governo tem coragem ou interesse em abolir o MEC. Por isso mesmo, o melhor ministro da Educação desse governo foi o Carlos Decotelli, já que ele renunciou antes de assumir.
  • Rebeca  26/09/2020 20:43
    Eis aí tudo que desmotiva um aluno, anos jogado fora . Se houvece matérias de seu enterece ESTUDAR valeria a pena
    A VIDA valeria a pena.
  • Cátia  14/10/2020 18:44
    Concordar, não é o problema. Afinal quem de nós lembra da metade do que estudou na escola e o que e no que afinal se utilizou na vida a outra metade?

    É fácil colocar na cabeça do jovem que não se precisa da escola para se ter um emprego e que basta fazer o que quer para ser feliz, quando já passou pela escola, já é formado, tem uma profissão e se sustenta através desta que foi suprida pela escola obsoleta. E é claro, tem como suprir as necessidades de seus filhos através desta.

    Mas quem irá convencer o futuro empregador a emprega-lo, quando esse jovem já adulto for a procura de uma vaga sem ter feito nem o ensino médio por que ouviu que era uma forma de controlá-lo e doutriná-lo a fazer o que todos fazem?

    Penso que sim, a escola e o currículo devem mesmo passar por uma profunda análise e mudança. Quem sabe o modelo apresentado neste artigo seja uma saída para diminuir a evasão escolar, mas não é certo incutir no cérebro dos jovens e adolescentes - que na atualidade nem sabe cuidar de si próprios - a deixar a escola. Isso é no mínimo irresponsável.

    Acabaremos por ter uma sociedade de mendigos despreparados emocional e academicamente.

  • Ex-microempresario  16/10/2020 20:37
    Cátia, o modelo que está dentro da cabeça da maioria dos brasileiros é o seguinte: Existe meia dúzia de empresas, comandada por meia dúzia de empresários poderosos. O destino do pobre é trabalhar de peão em uma destas empresas, o destino do classe-média é trabalhar no escritório de uma destas empresas, ou, se tiver muita sorte, passar num concurso e virar funcionário público.

    Como essa meia dúzia de empresas tem reserva de mercado garantida pelo governo, não precisam ser eficientes ou inovar. Seus RH´s seguem a mesma linha de preguiça, os critérios para contratação são um check-list de diplomas, tempo de experiência, idade e algum teste.

    Em um mercado mais livre, o mercado de emprego será mais livre também. Criatividade e inovação poderão colher seus frutos. Lembre-se que Bill Gates largou a faculdade para fundar a Microsoft. Se fosse no Brasil, ele estaria até hoje correndo pelas "repartições" atrás de licenças e alvarás, e o Windows 95 ainda não estaria à venda.
  • José  16/10/2020 17:07
    Concordo com a essência do artigo, embora discorde em alguns pontos.

    Sim, preparar-se para o emprego ("regime de CLT", note a "agradável" família de coisas usualmente chamadas de "regime": regime de Castro em Cuba, de Franco na Espanha, militar no Brasil, comunista na China..... e para fechar com "chave de ouro", "regime de CLT"! Sucessor do regime escravocrata findo em 1888.) é uma grande desgraça se isso significar fechar a cabeça e restringir as habilidades só a isso.

    Mas daí a dizer que a escola se torna irrelevante em função da disponibilidade de informações "a um clique de distância"... Também não é bem assim. Imaginemos um jovem cujo domínio da língua pátria seja horrível. Um desses que só se comunica por vídeos e áudios porque, com razão, tem vergonha de escrever. Mas as informações estão a um clique de distância! Pega uns bons conteúdos na internet, devora-os e, em algumas semanas, estará escrevendo melhor que Ruy Barbosa? Até pode ser que o cara consiga remediar as deficiências da escolaridade recebida (quer tenham sido das escolas que frequentou, ou por falhas dele próprio, não importa), mas convenhamos, é difícil pra caramba, principalmente depois de escraviza.... digo, empregado sob os rigores do "regime celetista". Muito mais fácil se, durante a infância e juventude, o domínio da língua pátria tivesse evoluído gradativamente, através de um longo e contínuo treino proporcionado por boas aulas.

    A escola precisa se adaptar aos tempos, com certeza, mas ainda tem muita coisa valorosa dentro do modelo tradicional. Como se diz popularmente, não jogue a criança fora junto com a água do banho. Evitemos generalizações e conclusões simplórias.
  • Ex-microempresario  16/10/2020 20:45
    Em "algumas semanas" não, mas o hábito da leitura, que pode ser praticado gratuitamente pela internet (verdade seja dita, bibliotecas públicas sempre existiram e sempre foram pouco frequentadas no Brasil) fará muito mais pela alfabetização e domínio da língua do que ficar sentado em sala de aula, mesmo com bons professores. Falo por experiência própria. Aliás, a primeira coisa que um bom professor dirá ao aluno é "leia, leia muito, leia tudo que puder".

    Na atual situação do país, boa parte dos professores é semi-alfabetizado, porque passou o segundo e terceiro graus mais preocupado em militar e participar de manifestações exigindo "mais verba para a educação" do que em aprender alguma coisa. Nessa situação, quanto mais o aluno ficar longe da sala de aula, melhor, para interromper o ciclo de mimimi e de passeatas pela "escola pública gratuita e de qualidade".

  • Pérsio   01/01/2021 19:04
    Assino embaixo de seu comentário. Sem falar nas universidades públicas, que passam mais tempo em greve do que em aulas, prejudicando os estudantes. Talvez, com essa pandemia e o fortalecimento do Ensino à Distância e home schooling, as escolas e universidades se reinventem, tomem vergonha na cara. Se não o fizerem, melhor fechar.
  • Guilherme  16/10/2020 17:55
    Quem leu o artigo e interpretou que o autor está defendendo a abolição do ensino (como a Cátia e o José acima) apenas está comprovando como o nosso nível escolar é uma latrina. Não sabemos nem interpretação básica de texto.
  • Lucho  15/11/2020 11:52
    Gostaria de agradecer ao Flávio Augusto, que com sua rede de escolas de inglês faz com que o Brasil seja pouco mais fluente no idioma que a hiperpotência hegemônica Etiópia, segundo o EPI da Education First.

    Way to go (essa expressão é ensinada na sua escola, né?).
  • Marcos Rocha  15/11/2020 13:00
    1) Faça melhor. E aí sim critique.

    2) Você está dizendo que o Brasil estaria em melhor situação no domínio do inglês se não fosse por ele? Prove.

    3) Brasileiro não é fluente nem em português, como você queria que dominasse o inglês?

    4) Tire a bunda do sofá, vá ensinar inglês à população, e, aí sim, comece a dar lições de moral.

    5) Quais as suas façanhas empreendedoriais? Cole aqui os links.
  • Daniel Cláudio  15/11/2020 13:03
    Lucho é o típico brasileiro: não faz p… nenhuma da vida, sonha em virar funcionário público, e ainda jura ter a moral olímpica para criticar quem realmente se arrisca e faz.
  • Sami  05/04/2021 10:38
    "O inglês é uma disciplina estudada em todas as escolas, mas menos de 3% da população dominam o idioma." - Isso dito por um dono de escolas de inglês. Se isso não é prova de como essas escolas de inglês não prestam, eu não sei mais o que seria prova.
  • Dana  05/04/2021 14:45
    Creio que você se refere às aulas de inglês das escolas convencionais, certo? Pois, afinal, a quantidade de pessoas que têm acesso a cursos de inglês é extremamente restrita. Ou seja, o fato de que menos de 3% da população brasileira sabe inglês não é nenhum indicativo da suposta baixa qualidade dos cursos de inglês. É apenas um indicativo de quão poucas pessoas têm acesso a esses cursos.

    Logo, sua frase não tem sentido.
  • Sami  18/10/2021 10:47
    Que coisa patética que é ser um gado, como é o caso da senhora.
  • anônimo  02/12/2020 06:25
    Que orgulho, torcendo pra que você consiga mudar isso, quando eu for uma pessoa muito reconhecida, ajudarei a mudar isso
  • Fraude Eleitoral  16/10/2021 16:39
    rothbardbrasil.com/todas-as-comparacoes-de-dados-confirmam-que-as-mascaras-nao-servem-para-nada/
  • Carlos   15/12/2020 15:18
    Aqui há o apontamento de quais habilidades devem ser aprendidas na escola para que o sujeito esteja preparado para atuar no mundo "atual". Pois bem, eu sou pedagogo e posso dizer que o equívoco está na demanda disso ou aquilo com qualidade e etc. Na realidade, a escola deve desenvolver habilidades e competências gerais como habilidade de leitura dinâmica, cálculo e aquilo que se aprende mesmo. O que os seres humanos precisam é serem desenvolvidos para se "adequar" a novos modelos e demandas. Não adianta aprender finanças na escola, sendo mais tarde ele vai precisar de outras habilidades que a finanças direto não proporciona. Isso vem depois de várias terapias pedagógicas. A maioria das pessoas não imagina o que se passa no desenvolvimento (ou pelo menos o ideal) da criança. Não é ensinar o objeto direto. Isso é vem a posteriori. O que deve ser "desenvolvido" são as competências de percepção, expansão cognitiva, são as ferramentas e não o objeto das ações humanas em si.
  • Ex-microempresario  09/03/2021 20:42
    Não consegui encontrar uma única frase que diga algo objetivo com que se possa concordar ou discordar.

    É exatamente isso que a escola se tornou: uma fábrica de meta-linguagem auto-elogiosa, que repete sem parar os mesmos clichês vazios e pomposos sobre si mesma.
  • Laércio   07/04/2021 21:47
    Quanta falácia no texto. Vocês empresários gananciosos estão destruindo o ensino público. A ensinagem tem finalidade em si mesmo (autoconhecimento), no entanto, vocês querem transformar essa juventude em trabalhador precarizado. Imagina essa galera "instruída" via YouTube como se escola fosse somente um amontoado de conteúdos. Quem entrar nesse engodo vai se tornar mais um alienado/precarizado sem nenhuma perspectiva. Essa escola neoliberal que você defende vai produzir ignorância e pobreza.
  • Marcos  08/04/2021 01:09
    "Vocês empresários gananciosos estão destruindo o ensino público."

    Essa frase, em si mesma, é o perfeito retrato do produto do ensino público brasileiro.

    Em poucas palavras o cidadão:

    1) Diz que empresário controla o ensino público estatal.

    2) Diz que o ensino público estatal tem mensalidades extorsivas cobradas por empresários gananciosos.

    3) Diz que a qualidade do ensino público estatal foi destruída pela ganância de empresários (que, pelo que entendi, cobravam mensalidades altíssimas e devolviam serviços péssimos).

    Começaram agora a entender por que o Brasil não tem como sair do buraco?
  • Ex-microempresario  19/04/2021 15:58
    "ensinagem" ?

    "precarizado" ?

    Alguém saberia informar que idioma é esse?
  • ninguem  19/04/2021 19:57
    Prezado Ex-microempresario

    Esse é o "bananês", idioma muito utilizado no Brasil. Não é português, não é inglês, é sei lá o que.
    Geralmente utilizado por aqueles que não têm embasamento técnico, mas pensam que a utilização de palavras que soam diferentes, vão causar um maior impacto em seus comunicados.
    Largamente utilizado e muito difundido pela ex-presidente Dilma Rousseff.
  • Pérsio   28/04/2021 23:56
    Prezado, creio que o foco é outro. A escola CONVENCIONAL prepara o cidadão para ser emprestado. O Instituto Mises quer nos mostrar que não precisa ser assim. O indivíduo pode ser responsável por si mesmo, assumir a responsabilidade por suas escolhas e sua própria vida. Quem é independente pode brilhar na sua profissão, pode ser empreendedor, pode fazer a diferença na sua própria vida e na sociedade como um todo. Vide Bill Gates e Steve Jobs. Me parece que o trabalho do Instituto Mises é de UTILIDADE PÚBLICA. Quem sabe, o próximo presidente do Brasil será um liberal, e convida algum dirigente do Instituto Mises para ser Ministro da Economia ou do Planejamento - muito melhor do que alguns nomes do passado recente.
  • Vim do futuro, só pra avisar  29/04/2021 05:11
    Mesmo que ele não propague nada (não dê pérolas aos porcos ou não infle expectativas), e sim explique o básico do que vai fazer com embasamento, ou simplesmente não atrapalhe se algo está caminhando bem, para só depois discursar com os resultados (coisa que não existe na política), não duraria 1 ano no cargo...

    Se os tentáculos do governo avançam em todo lugar, com cada vez mais poder de decisão ao supremo com viés ideológico, caminhando para uma ditadura de proteção ao arranjo vigente, o que um seguidor da escola austríaca vai conseguir fazer num ambiente desses antes de ser preso ou sofrer um atentado?? Ambiente livre não é ideologia; esquerda e direita tem ideias, mas esses espectros políticos usam o estado como ideologia. O avanço do liberalismo no mundo estava buscando só enfraquecer essa ideologia visto ser insustentável pois a conta dos descalabros está chegando. Aqui em Banania, um arremedo só. Mesmo assim o suficiente para provocar a ira do sistema. Nenhum governo de "direita" vai mais conseguir fazer reformas ou privatizações ao nível FHC da escala. Será feito por governos de centro-esquerda num ambiente menos turbulento, mais calmo, com autorização do STF, asfixiando a direita, para deixar o "monopólio da razão" com a esquerda. Mas o estado precisa ser insaciável. Quando tudo der errado de novo, protestos já não serão permitidos, pois a ideologia da proteção a vida será restaurada para alívio dos parasitas e improdutivos.
  • Fabio Costa  16/10/2021 16:34
    Excelente artigo, descreve muito bem o que se passa nas quase inúteis escolas modeladas sob a Era Industrial, merece uma salva de palmas!

    Porém, deveria ter abordado um sério problema social que acontece nessas escolas chatas: o bullying! Mais do que intimidação sistemática, o bullying deveria ser considerado como um dos primeiros crimes que uma criança ou adolescente passa a cometer em sua vida.

    Para acabar com esse problema, não adianta apenas mudar o modelo escolar para o modelo apresentado no artigo acima, ajudaria mas nunca acabaria com o problema. A única solução DEFINITIVA para o bullying seria uma punição muito mais severa que um serviço comunitário e para isso a comunidade empresarial deve se envolver: a exclusão dos praticantes de bullying do Mercado de Trabalho. A única dor que o ser humano mais sente hoje é no bolso.

    Tenho uma ideia para um novo modelo de currículo, é tão simples que até um pré adolescente de 12 anos pode entender, mas seria muito eficiente para as empresas e suas áreas de Recursos Humanos identificarem os criminosos que praticam bullying. O novo currículo teria que ter 2 folhas, na primeira o candidato a vaga de emprego descreve a si mesmo e suas habilidades, na segunda folha as ESCOLAS onde o candidato estudou deixariam um resumo de seu histórico social, e numa pequena seção marcariam se praticava bullying ou não! As boas pessoas seriam então admitidas nas empresas mas os maus seriam rejeitados.

    Um dos meus sonhos, além de ver a mudança no sistema das escolas como descreveu o autor, seria também aplicar esse novo modelo de currículo em todo o país, tornando-o OBRIGATÓRIO!

    Pareço estar sendo carrasco, muito ruim mas parem para pensar na situação: crianças e, principalmente, adolescentes entrando em depressão e até se suicidando por culpa de criminosos infanto-juvenis que os ficam oprimindo, praticamente destruindo sua segurança emocional, auto-estima e afetando o psicológico das vítimas. Pessoas de má índole demonstram os monstros que são desde cedo, e as brandas punições que existem não fazem nem cócegas nesses seres, mas existe uma punição muito mais severa para eles, que vai além de uma simples detenção, expulsão ou serviço comunitário: a total exclusão desses maus elementos do Mercado de Trabalho.

    Para não me esquecer, é óbvio que existem os cargos no Setor Público, logo este também deveria adotar esse modelo de currículo e também excluir esses criminosos. Daí sentiriam o peso de suas más ações voltarem-se contra eles e teriam que sobreviver se tornando trabalhadores informais. Isso se chama JUSTIÇA!

    Seria um tipo de seleção natural de Charles Darwin. Os bons se formariam e seriam admitidos
  • Bernardo  16/10/2021 16:42
    Bullying é apenas uma das várias consequências inevitáveis do atual modelo. Mas está longe de ser o principal problema.

    Com efeito, ainda que o bullying fosse completamente extirpado, todos os atuais problemas identificados continuariam exatamente os mesmos.

    Bullying, portanto, é só um apêndice. Está longe de ser o principal problema. E sua abolição está longe de representar alguma solução.
  • Fabio Costa  16/10/2021 19:06
    A boa educação também se adquire em casa, não apenas na escola. Acredito que os pais sempre tem importância fundamental, são eles os responsáveis pela próxima geração. No comentário acima apenas apontei um problema grave que ocorre dentro das escolas e uma punição mais severa para isso com objetivo de selecionar pessoas de melhor caráter para trabalhar mas o que precisa ser feito, claro, vai além disso.

    Concordo que o bullying é consequência do modelo obsoleto de escola que está aí mas é de extrema importância que seja considerado um CRIME, qualquer que seja o modelo de escola reconhecido pelo MEC.

    Uma mudança total no modelo de escola, como o autor do artigo apresentou, ajudaria a diminuir os casos de bullying, mas não acabaria totalmente com ele, por isso acredito que, além de uma punição mais severa, e muito antes de precisar aplica-la, deve-se considerar o papel da família na formação moral do indivíduo. A sociedade está doente, existe uma forte inversão de valores que a destrói cada vez mais e somente uma grande Revolução para acabar com isso, digo que precisamos recomeçar o país mas a iniciativa deveria partir da união do povo, tipo um movimento pela elaboração de uma Nova Constituição Federal, essa de 1988 é um retrocesso. Isso aqui precisa se transformar num país sério, e somente um recomeço completo e total para isso se concretizar, não só com as Leis e Instituições Democráticas, mas a mudança deve partir de cada cidadão. Sejamos nós a mudança.

    Mas isso é quase uma Utopia, o povo está acomodado com a situação atual, pedir pro Zé Povinho se unir em prol de um bem maior é como pedir para um porco parar de fuçar.

    Partindo para algo mais fácil de fazer, deveria existir pelo menos campanhas de conscientização da importância da Família e dos bons costumes para a formação dos indivíduos. Poderia ajudar até a diminuir o bullying, além da mudança no modelo escolar que é necessária também.
  • Ex-microempresario  16/10/2021 17:42
    90% ou mais do que hoje se denomina "bullying" é apenas a convivência com opiniões diferentes.

    Mas no mundinho dos alecrins dourados de hoje em dia, ser contrariado ou ouvir qualquer coisa que não sejam elogios é considerado inaceitável. Exceto, é claro, quando realizado de forma coletiva em nome da "tolerância", da "diversidade", do "politicamente correto" ou qualquer outro slogan semelhante.

    Idéias totalitárias como essa do Fábio são o sonho dos ditadores. Permitem formar desde a infância um povo obediente, submisso, que aceita sem questionar as ordens vindas de cima, no desejo de mostrar que é "do bem". Ao mesmo tempo, estão prontos a agir com violência, sempre em manada, contra qualquer um que ouse discordar da santa maioria.
  • anônimo  16/10/2021 17:50
    voce exclui elas do mercado de trabalho, e o crime organizado contrata
    voce ve os indices de crimes violentos continuarem subindo pelas paredes e vai fazer cara de paisagem na hora de explicar as causas
    esse mundo simplorio que alguns vivem é lindo , nunca precisa se preocupar com consequencia das propostas
  • imperion turbo nuclear quantico com equio  17/10/2021 02:17
    "Tenho uma ideia para um novo modelo de currículo, é tão simples que até um pré adolescente de 12 anos pode entender, mas seria muito eficiente para as empresas e suas áreas de Recursos Humanos identificarem os criminosos que praticam bullying."

    Nossa legislação proíbe constranger as pessoas (menor de idade nem se fala). O que ela fez de mau caratismo não pode aparecer em lugar nenhum. E as empresas não podem recusar a contratação. O máximo que vc pode fazer é puxar a ficha criminal, e mesmo assim já tem projetos de bolsa presidiário (a empresa tem que ter uma cota de ex-detentos no quadro). O estado caminha na contramão do que você propôs.
  • Fabio Costa  17/10/2021 04:05
    Pessoal, minha proposta não tem nada de totalitário, não desejo prejudicar ninguém que vá para a escola estudar com interesse e se esforçar para ser alguém na vida. A sociedade está doente e a violência que se vê dentro das escolas é reflexo disso e para combater o bullying não tem outro jeito, deve ser considerado crime grave e ser punido com rigor, não tem nada de ditatorial nisso. Só quem viu de perto as crianças serem horrivelmente maltratadas dentro das escolas por esses pivetes marginais sabe do que estou falando, não é aquele bullyinzinho Nutella que qualquer coisinha falada machuca, é violência de verdade, intimidação sistemática que deixa famílias inteiras apavoradas mesmo! Teve alguém aí que falou que o crime organizado contrata os maus elementos excluídos, em parte isso é verdade mas se esqueceu de falar que existe a economia informal, se foi ruim e ninguém o quer na empresa trabalhando, que vá trabalhar por conta própria, na informalidade. Ninguém vira bandido por falta de opção por ser "vítima" da sociedade, isso vem da má índole da pessoa. Aliás, o crime organizado JÁ ATUA dentro das escolas, especialmente nas periferias das cidades grandes, trazem drogas pra dentro dos espaços de crianças e adolescentes e ameaçam professores, diretores e os demais funcionários.
    Agora me respondam essa pergunta: por que esse Estado inchado e ineficaz não faz alguma coisa para tirar os traficantes de dentro das escolas? Será que não tem muitos políticos e até mesmo policiais corruptos envolvidos no tráfico? Isso dá MUITO dinheiro, e pouco importa para eles se está destruindo famílias!
    Não tenho nada contra ex-presidiarios, desde que não voltem a cometer crimes, mas as Leis que temos hoje são uma vergonha, deixam criminosos a vontade para fazerem o que quiserem, especialmente os menores infratores, livres para cometerem as atrocidades que quiserem por que têm certeza da impunidade.

    Em países sérios como Japão e Alemanha NÃO EXISTE facilidade para criminosos, seja de qualquer idade, existe punição lá e as empresas levam em conta o caráter das pessoas, e não são ditaduras, muito pelo contrário.

    No fim das contas o Bernardo, que respondeu meu comentário primeiro, está certo. O bullying é só a ponta de um Iceberg de problemas sociais que estão profundamente enraizados na sociedade brasileira. A mentalidade dessa geração de jovens precisa passar por uma reeducação. Os bons costumes precisam voltar a ser parte da educação diária das crianças e adolescentes, assim teríamos uma sociedade sadia e talvez nem existisse o bullying e punições seriam casos isolados, mas como eu disse antes, isso é Utopia.

    O bullying vai continuar enquanto esse modelo escolar e social falido estiver aí e não tem nada de errado em PUNIR com Justiça quem pratica tais atos. Como falou Jesus no Sermão da Montanha: "bem-aventurados aqueles que tem sede de Justiça, porque serão saciados". Amo a Justiça e ela deve ser feita, doa a quem doer.
  • Ex-microempresario  17/10/2021 19:08
    "Pessoal, minha proposta não tem nada de totalitário..."

    Minha definição de totalitário é diferente da sua. Você quer criar uma punição pelo resto da vida a uma criança/adolescente com base em critérios mal definidos.

    A civilização, ao longo de milênios, criou conceitos e procedimentos de forma a obter um sistema judicial que seja o mais resistente a falhas possível. Para isso existe a separação entre o acusador e o juiz, existem instâncias de recurso, existe a necessidade de definir com precisão o que é crime e o que não é. Bem diferente de sua proposta de "exclusão sumária do mercado de trabalho", o que é quase o mesmo que a antiga pena de degredo.

    Eu sei que suas intenções são boas. Todo ditador é movido pelas melhores intenções.
  • Fabio Costa  18/10/2021 15:19
    Devagar, Sr. Ex-Micro Empresário. Aceito críticas e sugestões mas esse rótulo de "ditador" eu não mereço. Posso estar errado em alguns pontos, sim, então dá para aperfeiçoar ideias como a minha através de diálogo com profissionais que trabalham com crianças e adolescentes problemáticos, ditadores não aceitam opiniões contrárias, eu aceito e digo mais: não é justo deixar vidas de crianças e adolescentes serem destruídas por bullying, estou do lado das vítimas, algo deve ser feito, você entende?

    Se seu filho ou filha estivesse sofrendo com essa situação, provavelmente você concordaria comigo mas enfim... De acordo com seu pensamento parece que as escolas são paraísos.
  • Ex-microempresario  19/10/2021 12:59
    Então aceite uma opinião contrária e veja que vc está sugerindo medidas completamente desproporcionais e irracionais para um problema que não é visto por todos como tão grave como vc vê.

    As escolas não são paraísos, mas também não são infernos. Aliás, são um pouco mais infernos hoje justamente pela influência do politicamente correto, que exige que os alunos se comportem como robôs sem individualidade e sem idéias próprias, meros repetidores de clichês inventados pela engenharia social. Ao invés de preparar os alunos para a vida social, a escola de hoje os prepara para serem vítimas profissionais, adultos irresponsáveis que só sabem colocar nos outros a culpa de seus próprios erros.

    O seu comportamente é típico dessa vitimização: primeiro usa adjetivos emocionais e exagerados para expressar seus problemas como se fossem o problema mais importante do mundo ("vidas destruídas", "atrocidades", "monstros que são", etc). Sugere medidas absurdas como remédio porque tem certeza que sabe separar de forma inquestionável os bons dos maus - ignorando que no mundo real as coisas não são assim. E por último, acusa todos os que não concordam de "falta de empatia".

    No caso específico: vc me conhece? Sabe se tenho filhos ou filhas? Porque ao dizer "você concordaria comigo", fica implícito que sua opinião deriva de uma posição pessoal. Na sociedade, a justiça é aplicada a partir de leis impessoais e uma instituição que se propõe a ser isenta. Você acha que seria bom para a sociedade que ao invés disso a justiça fosse aplicada pelas vítimas? Voltaríamos à era do olho por olho, dente por dente, e viraríamos uma sociedade de cegos e banguelas.

    Enfim, devagar você, Sr. Fábio Costa. Sua proposta é digna de um ditador totalitário sim. Reflita um pouco.
  • Juan Aurich  16/10/2021 21:06
    Discordo do ponto 9.

    Geralmente quando alguém fala que se deve discutir política de forma "não-doutrinária" ela insinua que se deve tratar todas as ideologias de forma igual, sem tentar induzir as crianças a adotarem a ideologia do professor.

    Na prática, isso implica tratar abominações como o bolchevismo, a maçonaria, o jihadismo, a ideologia de gênero, o globalismo, o supremacismo étnico, etc., como apenas "outras visões de mundo", sem fazer nenhum juízo de valor nem explicar aos pupilos os erros dessas ideologias.

    Ao final, isso tornará a mente das crianças terreno fértil para mais degeneração, que acarretará o fim da liberdade das gerações futuras.
  • Ex-microempresario  17/10/2021 18:58
    Pelo que entendi, o professor deve então ensinar quais são as ideologias "certas" e quais são as "erradas", "abomináveis" e "degeneradas".

    Nos últimos cinco ou seis milênios a humanidade ainda não chegou a um consenso sobre isso. Quem será o iluminado que determinará o que é certo e o que é errado? E que mágica fará todo o resto do planeta concordar com ele?
  • Gustavo  17/10/2021 01:49
    A EDUCAÇÃO PELA PEDRA
    umprofessorle.com.br/2018/10/14/a-educacao-pela-pedra/
  • Gabriela  17/10/2021 07:32
    Sou estudante tenho 17 anos, e sempre pensei desde o princípio, sobre as coisas desnecessárias que eu estudava na primária e atualmente: "vou precisar disso?, é algo importante?". É claro que não. Eu tenho muita pressão escolar, tenho que focar em ter boas notas, não consigo me concentrar nos estudos, estou desmotivada. Estou cansada.

    De segunda a sexta tenho que ir para a escola sem interesse e motivação, sabendo que outra vez tenho que "aprender" as fórmulas e contas matemáticas desnecessárias, decorar as fórmulas de física e química. Sinceramente não sou boa com os números, talvez não seja suficientemente boa em nenhuma matéria, mas sempre estou me esforçando e fazendo o que eu posso.

    Logo vou terminar o ensino médio, (claro, se eu não reprovar) sem saber de quase nada . E outra vez tenho que estudar e me preparar para fazer o Enem, não vai ser fácil. Todos esses anos escolares um desperdício.
  • anônimo  18/10/2021 13:34
    Já faz muito tempo que tenho esse mesma linha de raciocínio.. Mas até hoje ainda não encontrei alternativas para o sistema de ensino.
    Agora que meu filho nasceu, tenho pensado ainda mais nisso tudo.
    O que nos resta ? Se não esse sistema falido ?
  • anônimo  18/10/2021 21:58
    o que uma familia faz
    ensina principios, valores. incentive a ler bons livros , escutar boa musica , a lidar com dinheiro e ter respeito pela vida
    o esporte e as artes marciais ensinam disciplina, a computaçao é matematica
    gaste seu tempo como educador, acompanhe-o em atividades de recreaçao que tenham valor
    um observatorio astronomico, ou feira de tecnologia, pra pescar no alto mar, talvez ele desde cedo se mostre interessado em outra atividade , andar de skate ou motocross ?
    imagino que voce nao esteja interessado em criar algum negocio familiar que vai passar para seus descendentes ?

    no brasil a noçao de homeschooling é proxima de zero, ninguem afirmou que homeschooling significa que os pais serao os professores
    nos EUA onde sempre foi bem difundido e é um direito defendido poder educar seus filhos, voce contrata pessoas para darem aulas , essas aulas nao tem necessariamente uma grade imposta
    voce, quem sabe se juntando com outros parentes e vizinhos ou a turma da igreja, paga um profissional pra dar algumas aulas a uma criança ou mais
    eu que sou da area de tecnologia posso ensinar algo relacionado , ou talvez voce queira arrumar um engenheiro civil, ou algum outro profissional especifico pra ensinar um determinado conteudo por alguma horinhas, ja dentro de uma atividade economica ?

    no fim é aquela conversa, individuos livres, livre iniciativa
    talvez pessoas formem grupos que forneçam pacotes educacionais como serviço, que nao seriam diferentes de uma escola, mas nao serao do tipo ensino integral tradicional

    falando em ensino integral nos EUA é ainda na escola que se faz a triagem dos futuros grandes esportistas
    se voce for bom em alguma coisa nao demora muito pra aparecerem bolsas e financiarem sua preparaçao e competiçoes
    o futebol americano colegial é um otimo exemplo do potencial economico pra sociedade em geral
    geram valor pra um monte de gente, seja como entretenimento, atraves de patrocinadores, de trabalho remunerado, alem do destaque da naçao em si em competiçoes internacionais

    voltando assunto "pai e filho" sao os pais que devem identificar e ajudar a buscar sucesso na vida, apenas conhecimento nao garante nada pra ninguem , entao mesmo que voce jogue isso no colo de outrem , a formaçao do adulto vai depender majoritariamente do comportamento dos pais em relacao ao que seus protegidos podem desenvolver e prosperar daquilo , terceirizar essa responsabilidade a chance de nao dar certo é bem maior
  • Fraude Eleitoral  18/10/2021 15:15
    Faltou as focinheiras de pano na foto.
  • Lucho  18/10/2021 21:01
    Quando foi que a humanidade ficou assim assim tão gayzinha como você, de se incomodar com o uso de máscaras?
  • Gattica  18/10/2021 21:26
    Quando foi que a humanidade ficou assim tão afrescalhada quanto você, ao ponto de acreditar que se não usar máscara vai gripar e morrer?
  • Persio  21/10/2021 14:56
    O uso do Trivium poderia ajudar a recuperar o nosso ensino, tão degradado? Estou lendo o livro "O Trivium: as artes liberais da lógica, da gramática e da retórica", da Irmã Miriam Joseph (publicado pela editora É Realizações). Isto me dá esperanças!
  • Ulysses  21/10/2021 15:07
    Sim, o domínio do Trivium é crucial. Mas, hoje em dia, praticamente ninguém faz a mais mínima ideia do que seja isso.
  • Leone  23/10/2021 18:45
    É certo pensar que os estudos sejam necessários para o desenvolvimento da maturidade, da compreensão sobre a realidade e para nos adaptamos para os meios básicos de comunicação. Por outro lado, a escola não desempenha qualquer função senão em prol destas finalidades, o que é um erro crítico, se levamos em conta que isso nada contribui para o currículo no mercado de trabalho e muito menos para as aspirações profissionais e intelectuais.
    Sendo assim, não é supressa que haja problemas em relação aos métodos educacionais de uma escola, que por meio de suas diretrizes, prega a mesma obsoleta ideia de fazer as pessoas aprenderem sem que o aprendizado seja significativo para os seus objetivos pessoais. Resumindo, nós nos forçamos a aprender sobre o que não vamos usar no cotidiano de fato, já que o máximo que a maioria de nós irá fazer é ler, escrever, e fazer cálculos aritméticos.

    No final das contas, o modelo escolar atual insiste em seguir o estilo defasado dos séculos anteriores, incentivado pelo lema-propaganda bonito do tipo "ser escolarizado é ser civilizado" e outras sandices assim. O problema é que quando apenas focamos em ensinar e aprender qualquer coisa sem avaliamos a sua relevância, passamos a ignorar o bom senso e esquecer de preparamos as gerações para as adversidades.
    Nos dias de hoje, é comum falamos das situações de evasão escolar, déficit de atenção, baixa escolaridade. A questão é que, esses aborrecimentos são frutos da falta de dedicação e de seriedade da escola de inovar na hora de educar os cidadãos. Gostando o estado e as escolas ou não, já é tempo de mudar esse jeito arcaico e falível de fazer educação e inspirar a população a valorizar as escolas (se as escolas decidirem mudar seu jeito de ensinar, é claro !).
  • Olavo  30/11/2021 18:54
    Se mesmo com a "educação compulsória" o país está repleto de semi analfabetos funcionais, imaginem com uma "educação facultativa".

    Pior : imagine um genitor acéfalo bolsonarista ( estou sendo redundante) "educando" o filho, nos moldes do sistema de escola familiar ( não institucional).

    Se bem que, para a concorrência, isso aí seria ótimo:Mais gente burra no mercado significa menos concorrência para os melhores postos de trabalho e, consequentemente, melhores salários e etc.

    Muito bom.
  • Antunes  30/11/2021 19:21
    "Se mesmo com a "educação compulsória" o país está repleto de semi analfabetos funcionais, imaginem com uma "educação facultativa"."

    Se mesmo com a educação compulsória o país está repleto de semi analfabetos funcionais, é realmente preciso ser um completo imbecil para continuar defendendo este arranjo.

    A definição de imbecilidade é vivenciar um erro várias vezes e continuar insistindo nele na crença de que tal insistência irá magicamente melhorar tudo.

    "Pior : imagine um genitor acéfalo bolsonarista ( estou sendo redundante) "educando" o filho, nos moldes do sistema de escola familiar ( não institucional)."

    Duvido que sairá pior do que uma pessoa "educada" por você, que claramente não domina o básico da lógica (como demonstrado na primeira frase que comentei acima).

    Ademais, quem disse que homeschooling envolve "genitores ensinando"? Quem ensina são tutores privados, contratados especificamente para isso.

    Na pandemia, minha filha fez homeschooling com professora particular.

    Sua cultura. é tão profunda que você nem sequer sabia disso.

    "Se bem que, para a concorrência, isso aí seria ótimo:Mais gente burra no mercado significa menos concorrência para os melhores postos de trabalho e, consequentemente, melhores salários e etc."

    Não disse que era imbecil? Sua lógica é sensacional: segundo você, quanto menor a qualidade da mão de obra disponível, maiores os salários!

    Deve ser por isso que os maiores salários do mundo são pagos no Haiti, e os menores na Suíça, né?

    Gênio.

    "Muito bom."

    Dica: da próxima vez, antes de zoar a inteligência de um determinado grupo (tanto faz se bolsonaristas ou petistas), certifique-se antes da sua própria. Por enquanto, você consegue ser pior que ambos.
  • Alexandre  16/08/2022 19:01
    Em pleno seculo XXI alguem ainda ter como ideal de vida, ter um emprego, é realmente o fim da linha mesmo.
  • Felipe T.  16/08/2022 19:56
    Pô, finalmente alguém falou o óbvio. Qual é o dia mais feliz da sua vida? O dia em que você recebe seu primeiro salário. Qual é o dia mais triste da sua vida? O dia em que você recebe seu primeiro salário.

    A partir do momento em que você se torna um assalariado, você passa a condicionar toda a sua vida e todo o seu bem-estar ao recebimento mensal daquele contra-cheque.

    Pior ainda: você passa toda a vida se borrando de medo do eventual dia em que algo terrível acontecerá e você irá parar de receber aquele contra-cheque.

    Você se acostumou a ser bancado por aquele contra-cheque, condiciona toda a sua sobrevivência a ele, e morre de medo de um dia perdê-lo.

    E nada faz para mudar isso.

    Quem trabalha pelo dinheiro será escravo para sempre. Você trabalha para enriquecer terceiros, e não fica com o que produz.

    Liberdade tem aquele que logo cedo faz o dinheiro trabalhar por ele.

    Sim, comece trabalhando em troca do dinheiro (essa parte é inevitável), mas imediatamente coloque o dinheiro para trabalhar por você. Seja frugal e invista obcecadamente. A liberdade você irá alcançar quando sua renda passiva mensal for igual ao seu salário. É aí que você começa a se distinguir do resto da manada.

    Falei sobre isso aqui.
  • Estado máximo, cidadão mínimo.  30/11/2021 20:20
    Curioso é o povo brasileiro. Ele próprio admite sem rodeios que a escola pública é um fracasso mas ainda assim defende a mesma. Ontem mesmo no Facebook, vi uma postagem onde PROFESSORES falavam abertamente que seus alunos de quarta, quinta e até sexta série não sabiam ler e escrever. Mas nenhum defendia uma solução diferente, na real, sequer defendiam alguma solução, apenas reclamavam do de sempre (desvalorização, falta de respeito com a profissão e mais um monte de lamúrias).

    Ah, mais uma coisa. Já disseram aqui, mas vale a pena relembrar: continuem firmes bradando esses bordões "bolsonarista acéfalo", "pobre de direita" e outros mais, principalmente perto das eleições. Vai gerar exatamente o efeito desejado por vocês.

  • Só quero dizer isso  08/02/2022 03:54
    Não cheguei a ler tudo, mas minha visão na escola é que ela te força a aprender não te incentivar
  • Herculano simoes jr  23/02/2022 23:24
    O diagnostico sobre as escolas e bom, mas discordo da solucao: ao inves de serem ensinadas as inutilidades atuais voce ensinaria outras. No meu modelo admito escola da massa pra aprender ler, falar, contas e escrever, por no.maximo 4 anos, primario. Ao contrario do q se afirma, 90% do trabalho realizado e simples: balconosta, vendedor, limpeza, etc. Na area de saude e chamada medicina basica, e alguem treinado na estrutura hospitalar pode realiza-la. . Apos isso, as empresas devem treinar os jovens que teriam renda no periodo. So as empresas podem ensinar de maneira plural e investir nos mais aptos. Alias e assim q acontece nossos dias porque os jovens chegam despreparados ate mesno no essencial q e contas e ler. Isso e mais importante em pais pobre onde o jovem a partir dis 12 anos tem q buscar renda.
  • Alexandre  16/08/2022 18:57
    Não foi, nao é e nunca sera proposito da educação formar pessoas com pensamento critico aguçado, empreendedores e pessoas livres. Isso nao é conveninente a nenhum governo, seja de qual tipo ele for.
  • Ronald "Ronnie" McCrea  17/08/2022 02:12
    A crise escolar no Brasil é um projeto.

    Darcy Ribeiro.
  • Ex-microempresario  22/05/2022 18:01
    Albert Einstein, se estivesse vivo, não poderia ensinar matemática ou física em uma universidade brasileira; ele não tinha o diploma necessário. Machado de Assis também não poderia ser professor em uma faculdade de letras.

    Frank Lloyd Wright e Mies van der Rohe, dois dos mais famosos arquitetos do mundo, não eram formados em arquitetura. No Brasil, suas obras seriam embargadas pelo CREA e CAU, a menos que eles pagassem alguém para assinar seus projetos (prática corriqueira por aqui).

    Bill Gates largou a faculdade para fundar a Microsoft. No Brasil, seria proibido de dar aulas de Word ou Excel em um colégio de 1º grau. Provavelmente também não conseguiria ser chefe de seção em alguma repartição pública, por não ter curso superior.

    Platão, Voltaire e Nietzsche não seriam considerados filósofos se morassem no Brasil, porque não cursaram filosofia em uma faculdade reconhecida pelo MEC. Mas a Academia Brasileira de Filosofia, reconhecida como autoridade na área pelo governo, considera "doutores honoris causa" Michel Temer e João Havelange (aquele da FIFA).

    Herbert Vianna, vocalista da famosa banda Paralamas do Sucesso, mesmo tendo gravado vários discos de enorme sucesso, não tinha a licença da Ordem dos Músicos. Herbert não sabia ler partituras, e não conseguia "passar" no teste. Como nos anos 80 e 90 era proibido trabalhar como músico sem a carteirinha da Ordem, Herbert tinha que submeter-se à humilhação de renovar anualmente uma carteira provisória de "aprendiz", emitida e carimbad