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Que tal nunca mais se preocupar com política e eleições? É só adotar o liberalismo clássico
Como seria viver neste arranjo?

A cada quatro anos, em cada eleição presidencial, eu tenho o mesmo sonho: eu não sei ou não me importo em saber quem será o presidente. Mais importante: eu não preciso saber, nem me preocupar com isso.

Eu não tenho que votar ou prestar atenção em debates. Eu posso ignorar todas as propagandas políticas. Não existem riscos em jogo, seja para o meu país ou para minha família. Minha liberdade e minha propriedade estão tão asseguradas que, francamente, não faz diferença quem vença. Eu nem preciso saber o nome do burocrata.

Nesse meu devaneio, o presidente é apenas uma figura representativa, sem autoridade real; um símbolo, que é quase invisível para mim e para minha comunidade.

Ele não tem a riqueza pública à sua disposição. Ele não administra ministérios e nem agências reguladoras. Ele não pode nos tributar livremente. Ele não pode dar subsídios aos ricos ou aos pobres. Ele não pode me impedir de praticar relações comerciais com estrangeiros. Ele não pode indicar juízes que irão retirar nosso direito à autonomia. Ele não irá controlar um banco central que inflaciona a oferta monetária e provoca os ciclos econômicos. Ele não pode mudar as leis autoritariamente — seja para agradar aos interesses especiais daqueles de quem ele gosta, seja para punir aqueles que o desagradam.

A função do presidente

Sua função é simplesmente supervisionar um governo minúsculo, virtualmente sem poder, exceto para arbitrar disputas entre estados, que são as principais unidades governamentais.

Ele é o líder do estado, mas nunca o líder do governo. Sua posição, na verdade, é de constante subordinação aos funcionários ao redor dele e aos milhares de políticos em nível estadual e municipal. Ele adere às rigorosas regras da lei e está sempre ciente de que, no momento em que ele cometer uma transgressão e tentar expandir seu poder, será impedido e deposto como um criminoso.

Mas um impeachment não é algo provável, pois a sua simples ameaça basta para lembrar o presidente de qual é o seu lugar. Esse presidente é também um homem de caráter excepcional, bem respeitado pelas elites naturais da sociedade, uma pessoa cuja integridade é inquestionável e confiada por todos que o conhecem, uma pessoa que representa o melhor daquilo que o país é.

O presidente pode ser um herdeiro rico, um empresário de sucesso, um intelectual altamente preparado ou um fazendeiro proeminente. Independentemente disso, seus poderes são mínimos. A sua equipe é minúscula, e está quase sempre ocupada com assuntos cerimoniais, como a assinatura de proclamações e o agendamento de encontros com outros chefes de estado.

A presidência não é uma posição a ser avidamente perseguida, mas sim concedida como honorária e temporária. Para garantir que isso ocorra, a pessoa escolhida para vice-presidente é o principal adversário político do presidente. O vice-presidente, portanto, serve como uma lembrança constante de que o presidente é eminentemente substituível. Dessa maneira, o cargo de vice-presidente é muito poderoso — não em relação ao povo, mas para manter o chefe do executivo sob estrita vigilância.

No entanto, para pessoas como eu, que têm outras preocupações que não políticas, pouco importa quem seja o presidente. Ele e toda a sua equipe não afetam minha vida de maneira alguma. Sua autoridade é principalmente social, e deriva da respeitabilidade que ele tem perante as elites naturais da sociedade. Essa autoridade se perde tão facilmente quanto se ganha; portanto, é improvável que ela seja abusada.

Esse homem é eleito indiretamente, sendo os membros dos colégios eleitorais escolhidos de acordo com critérios estaduais, com uma única ressalva: nenhum desses membros pode ser funcionário público federal.

Nos estados que escolhem seus membros por meio do voto majoritário, não são todos os cidadão ou residentes que podem participar. Os que podem realmente votar, uma pequena porcentagem da população, são aqueles que verdadeiramente têm em mente os melhores interesses da sociedade. Esses indivíduos são aqueles que são donos de propriedades, chefes de famílias, empreendedores gerados de riqueza, e os realmente instruídos. Eles escolherão um homem (ou mulher) cuja função é pensar somente na segurança, na estabilidade e na liberdade desse país.

O governo invisível

Aqueles que não votam e não ligam para política têm sua liberdade garantida. Eles não usufruem direitos especiais; entretanto, seus direitos à individualidade, à propriedade e à autonomia nunca são postos em dúvida.

Por essa razão, e por todos os propósitos práticos, eles podem se esquecer do presidente e, consequentemente, do resto do governo federal. Não faz diferença se ele existe ou não. As pessoas não pagam impostos diretamente a ele. Ele não diz às pessoas como elas devem conduzir suas vidas. Ele não dita regras sociais. Ele não controla a economia. Ele não envia os filhos dos outros para guerras. Ele não controla escolas, não regula as aposentadorias, e muito menos emprega pessoas para espionar e extorquir seus concidadãos. O governo é praticamente invisível.

As controvérsias políticas que me envolvem tendem a ser em nível comunitário, municipal ou, no máximo, estadual. E isso ocorre para todos os assuntos, incluindo impostos, educação, crime, assistencialismo e até imigração. A única exceção é a defesa geral da nação, embora o exército de prontidão seja bem pequeno e com várias milícias de estilo suíço lotadas nos estados, em caso de necessidade.

O presidente é o comandante-em-chefe das forças armadas federais, mas essa é uma posição secundária (a menos que o congresso declare guerra). Essa função requer não mais do que garantir a impenetrabilidade das fronteiras por agressores estrangeiros.

Há dois tipos de representantes públicos: membros da Câmara dos Deputados e um Senado eleito por legislaturas estaduais. A Câmara trabalha para manter o Senado federal sob controle, e o Senado trabalha para manter o executivo sob controle.

O poder legislativo sobre o público praticamente não existe. Os congressistas têm poucos incentivos para aumentar seu poder porque eles próprios são cidadãos reais. Meu deputado mora a menos de um quilômetro da minha casa. Ele é meu vizinho e meu amigo. Eu não conheço meu senador federal, e não preciso conhecer, porque ele presta contas aos legisladores estaduais que eu conheço.

Assim, não há praticamente nada em jogo na próxima eleição presidencial. Não importa qual seja o resultado, eu mantenho minha liberdade e minha propriedade.

Extrema descentralização

A política desse país é extremamente descentralizada, mas a população é unida por uma economia que é perfeitamente livre e por um sistema de comércio que permite às pessoas se associarem voluntariamente, inovarem, pouparem, e trabalharem baseando-se em benefícios mútuos. A economia não é controlada, estorvada ou mesmo influenciada por qualquer comando central.

As pessoas podem ficar com aquilo que ganham. A moeda que elas usam para comerciar é sólida, estável, e lastreada em ouro (ou alguma outra qualquer livremente escolhida pelas partes que realizam transações). Capitalistas podem abrir e fechar seus negócios à vontade. Trabalhadores são livres para aceitar qualquer trabalho que quiserem, sob qualquer salário e na idade que quiserem. Os negócios têm apenas dois objetivos: servir o consumidor e obter lucros.

Não existem legislações trabalhistas, benefícios compulsórios, impostos sobre folhas de pagamento ou outras regulamentações. Por essa razão, cada um se especializa naquilo em que é melhor, e as trocas pacíficas entre os empreendimentos voluntários causam crescentes ondas de prosperidade por todo o país.

O formato que a economia vai tomar — seja agrícola, industrial, ou de alta tecnologia — não interessa ao governo federal. Permite-se que o comércio aconteça livre e naturalmente, e todos compreendem que ele deve ser gerenciado por proprietários e empreendedores, e não por funcionários públicos. O governo federal não pode criar impostos sempre que quiser, muito menos tributar a renda. E o comércio com nações estrangeiras seria competitivo e livre.

Se por algum motivo esse sistema de liberdade começar a se decompor, a minha própria comunidade  o estado no qual eu moro  tem uma opção: se separar do governo federal, formar um novo governo, e se juntar a outros estados nesse esforço. A secessão é sempre permitida. Essa foi parte da garantia requerida para tornar possível que o país fosse uma federação. E, de tempos em tempos, os estados ameaçam uma secessão, apenas como forma de mostrar ao governo federal quem está no comando.

Esse sistema reforça o fato de que o presidente não é o presidente do povo, muito menos seu comandante-em-chefe, mas meramente o presidente do país. Ele serve apenas com sua permissão e somente como líder simbólico dessa união voluntária de comunidades políticas mais importantes. Esse presidente jamais poderia fazer pouco caso dos direitos dos estados, muito menos violá-los na prática, porque assim ele estaria traindo seu juramento e arriscando ser expelido do cargo.

Nessa sociedade sem administração central, uma vasta rede de associações privadas serve como a autoridade social dominante. Comunidades religiosas exercem vasta influência sobre a vida pública e privada, assim como o fazem também entidades civis e líderes comunitários de todos os tipos. Eles criam uma variadas associações, as quais geram uma ampla diversidade na qual cada indivíduo e grupo encontra um lugar.

Essa combinação de descentralização política, liberdade econômica, livre comércio, e autonomia seria capaz de criar a mais próspera, diversa, pacífica e justa sociedade que o mundo jamais conheceu.

Sem utopia

Seria isso uma utopia? Na verdade, nada mais é do que o resultado da minha premissa inicial: que o presidente é tão restringido que não é nem importante saber quem ele é. Isso significa uma sociedade livre que não é controlada por ninguém, exceto por seus membros em suas qualidades de cidadãos, pais, trabalhadores e empreendedores.

Esse seria um país em que as pessoas deveriam governar a si mesmas e planejar sua própria economia, e não tê-la planejada por burocratas em uma capital distante. O presidente nunca se interessaria pelo bem-estar do povo porque o governo federal não teria voz nesse assunto. Isso seria deixado para as próprias comunidades decidirem.

Essa filosofia é chamada de liberalismo clássico

Liberalismo

Nos séculos XVIII e XIX, o termo liberalismo geralmente se referia a uma filosofia de vida pública que afirmava o seguinte princípio: sociedades e todas as suas partes não necessitam de um controle central administrador porque as sociedades normalmente se administram por meio da interação voluntária de seus membros para seus benefícios mútuos.

Liberalismo clássico significa uma sociedade na qual meu sonho é uma realidade. Não precisamos saber o nome do presidente. O resultado das eleições é altamente irrelevante porque a sociedade é regida por leis e não por homens. Não tememos o governo porque ele não nos tira nada, não nos dá nada, e nos deixa em paz para moldarmos nossas vidas, comunidades e futuros.

Essa visão do governo e da vida pública foi destruída no século XX em quase todos os países do mundo. Atualmente, em todos os países, o presidente (ou primeiro-ministro) é extremamente poderoso e controlador, especialmente se levarmos em conta todos os ministérios, agências reguladoras e estatais que ele controla. Seu poder só é rivalizado por aquele indivíduo que comanda as impressoras monetárias, o presidente do Banco Central.

Anti-governo?

Tais comentários serão denunciados como anti-governo. Dizem-nos diariamente que as pessoas que são antigoverno são uma ameaça pública. Mas, como Thomas Jefferson escreveu, um governo livre é fundamentado na desconfiança, e não na confiança. James Madison também havia alertado: "Desconfie sempre de todos os homens que têm poder".

Podemos acrescentar dizendo que qualquer governo que empregue milhões de pessoas dotadas do poder de criar e impingir leis, sendo a muitas delas armadas até os dentes, deve ser digno de enorme desconfiança. Essa é uma atitude cultivada pela mente liberal-clássica, que premia e incentiva a liberdade dos indivíduos e das comunidades para controlarem suas próprias vidas.

O recém-findado século XX foi o século de Rousseau. E com a ajuda das doutrinas estatistas de Marx e Keynes, foi também o mais sanguinário século da história humana. A ideia de governo que esses autores tinham era exatamente oposta à do pensamento liberal-clássico. Eles alegavam que a sociedade não pode governar a si mesma; em vez da vontade geral, os interesses do proletariado ou os planos econômicos das pessoas precisam ser organizados e incorporados na nação e naqueles que a controlam.

E hoje, com a glorificação da democracia, a consequência é que o indivíduo, a família, e a comunidade — as unidades essenciais de uma sociedade livre — não só foram reduzidos a servos federais, tendo apenas a liberdade que o governo os permite ter, como também foram obrigados a agir como parte de uma ordem nacional coletivista que está por toda parte. Nenhuma grande figura política nacional propõe mudar isso.

Esse fato suscita uma compreensão central da tradição intelectual liberal-clássica. O governo não tem nenhum poder ou recurso que antes não tenha tomado das pessoas. Ao contrário das empresas privadas, ele não pode produzir nada. O que quer que ele tenha, ele extraii da iniciativa privada. Embora isso tenha sido bem compreendido no século XVIII, bem como em grande parte do século XIX, tudo foi quase que totalmente esquecido no século do socialismo e do estatismo, do nazismo, do comunismo, do New Deal, do assistencialismo e das guerras.

Restauração

O liberalismo clássico funcionaria nos dias de hoje? Pense nas questões litigiosas da sociedade atual. Cada uma certamente envolve uma área que está relacionada com alguma forma de intervenção governamental. Os conflitos atuais giram em torno do desejo de apoderar-se da propriedade alheia usando para esse fim o aparato político de coerção que é o estado. Também giram em torno do desejo de dar ordens e de impor às pessoas determinados comportamentos.

A nossa sociedade seria mais pacífica e próspera se tivesse seguido o programa liberal? A pergunta é meramente retórica, pois carrega sua própria resposta.

Para encerrar meu sonhos: eu não conheço e nem me preocupo em conhecer as políticas presidenciais porque elas não importam de maneira alguma. Minha liberdade e propriedade estão tão asseguradas que, francamente, não faz diferença quem vença as eleições. Mas, para atingir esse objetivo, nenhum de nós pode abster-se das batalhas políticas e intelectuais de nossa época.

 

O Prometeus, de Goethe, brada:

Por acaso imaginaste, num delírio,

que eu iria odiar a vida e retirar-me para o ermo

por alguns dos meus sonhos se haverem

frustrado?

 

E Fausto responde com sua "última palavra de sabedoria":

Só merece a liberdade e a vida

aquele que tem de conquistá-las todos os dias. 

 


autor

Lew Rockwell
é o chairman e CEO do Ludwig von Mises Institute, em Auburn, Alabama, editor do website LewRockwell.com, e autor dos livros Speaking of Liberty e The Left, the Right, and the State.



  • Hans  09/10/2018 15:19
    É só copiar o modelo suíço que já fica bem perto disso tudo aí. Aliás, quem é o presidente da Suíça?
  • Bernardo  09/10/2018 15:23
    Já seria um avanço, mas lá ainda tem muito referendo. Num país de população de mentalidade estatista e assistencialista isso seria fatal para a liberdade.
  • William Tell  09/10/2018 15:50
    Os suíços vão às urnas em média seis vezes ao ano para votar em referendos. Funciona em país de mentalidade empreendedora e avessa ao assistencialismo. Aqui no Brasil, se isso fosse adotado, já seríamos uma Venezuela.
  • Leigo  09/10/2018 21:23
    Ao menos na Suíça tem 8 milhões de habitantes, sendo ainda mais descentralizado entre os cantões. Não sei ao certo quanto aos referendos federais, porém, medidas estatistas em referendos locais é diferente.
  • Jean Carlo Espirito Santo  25/10/2018 19:29
    Alain Berset. Esse é o nome do atual presidente da Suíça.

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=2606
  • Fábio  09/10/2018 15:47
    O localismo é a solução inicial, mas o separatismo é a solução suprema. Para toda e qualquer ocasião.

    Um dos lados ruins de uma eventual eleição de Bolsonaro é que o fervor separatista de vários libertários será arrefecido.
  • Emerson  09/10/2018 17:19
    A subsidiariedade (descentralização/federalismo pleno e de facto) é o caminho mais viável para o Brasil, pois os brasileiros em geral sentem algum grau de aversão pelo secessionismo. Com subsidiariedade suficiente, o resultado na prática seria o mesmo (ou quase o mesmo) que o da secessão, mas a um custo/benefício muito melhor.
  • anônimo  10/10/2018 04:14
    Nossa constituição impede isso. Só com outra.
  • Emerson Luis  26/10/2018 19:42

    Meu caro genérico, sugiro que refraseie mais os meus comentários antes de copiar e colar.

    E você também poderia ter acrescentado aquele meu comentário sobre as duas definições de "democracia" (democracia comunista x democracia isonômica ou republicana [mas não no sentido de oposto de monarquia e sim no sentido etimológico "aquilo que é público"]).

    * * *
  • Manthay Lisboa  10/10/2018 17:15
    Também acho, adoraria que meu estado se tornasse independente, tenho essa convicção que a eleição do Haddad serviria para inflar a população rumo à separação, seria o fim da república das bananas.
  • Libertario de verdade  27/10/2018 01:10
    Ou nao. Porque ele eleito ja tem boa maquina estatal na mao,e eles nao querem perder mordomias com o dinheiro dos outro,e uma separacao eles perderiam muito dinheiro.
  • Humberto  09/10/2018 15:52
    Depois do socialismo, eis a ideia mais ignara já colocada me prática neste planeta: achar que um estado social-democrata, multicultural e fisicamente vasto, com mais de 200 milhões de pessoas, com interesses econômicos, sociais e culturais bastante diversos, pode realmente ser gerenciado por burocratas localizados em uma cidade isolada, sem que isso gere conflitos sociais e disputas econômicas.
  • Vitor   09/10/2018 18:46
    Perfeição colocação.
  • Maira Basílio  09/10/2018 16:00
    Ótimo artigo.
    Pensando de forma gradualista, é possível chegar desta forma em um anarco capitalismo???
  • Fabio  09/10/2018 16:07
    Sim. Eis as etapas:

    1) O sistema tributário deve ser total e exclusivamente devolvido aos níveis locais e estaduais.

    2) Consequentemente, cada estado será o responsável único por suas receitas e gastos. Somente assim os cidadãos teriam a dimensão exata da qualidade dos serviços estatais, e somente então eles seriam sistematicamente capazes de monitorar os políticos de maneira sensata.

    3) Sempre que um indivíduo discordar da política ou dos valores políticos do estado em que ele vive, ele poderá "votar com seus pés", saindo daquele estado e indo para o mais próximo. A concorrência entre os estados ocorreria por meio dos incentivos tributários e regulatórios, com cada governo se esforçando para criar um ambiente atraente para indivíduos produtivos.

    4) Mas esse federalismo pleno seria apenas o início. O direito de se separar de um estado e criar outro deve ser o objetivo supremo. Se você não gosta do governo sob o qual vive, deve ter o direito de se separar e criar um outro.

    5) Logo, a solução prática não reside na abolição imediata de todos os estados (até mesmo porque nunca houve consenso quanto à maneira de se fazer isso), mas sim na fragmentação dos atuais estados em estados cada vez menores.

    6) Isto pode ser feito de forma de jure - como, por exemplo, mediante movimentos formais de secessão -- ou pode ser feito por meio de uma secessão de facto, como a nulificação (deslegitimação da autoridade do governo federal sobre você) e a insistência na autonomia localizada.

    7) Esta criação de novos estados teria um efeito duplamente benéfico: além de satisfazer os desejos dos indivíduos que o criaram, tal fenômeno necessariamente irá ocorrer à custa de algum estado existente.

    8) Assim, a criação de um novo estado - por exemplo, um estado chamado Brasil do Sul - seria feita à custa do atual estado conhecido como "Brasil". Por causa da secessão, o governo brasileiro seria privado de receitas dos impostos dos brasileiros sulistas e das vantagens militares do território. Consequentemente, o estado que perde território torna-se necessariamente enfraquecido.

    9) Logo, a secessão, em vez de ser erroneamente vista como apenas "um ato que cria um novo estado", deve ser vista como um ato que enfraquece um estado existente.

    10) Além de enfraquecer estados, a vantagem, pela perspectiva do indivíduo, é que ele agora tem à sua disposição dois estados para escolher, onde antes havia somente um. Agora, o indivíduo tem mais opções: ele pode, mais facilmente, escolher um lugar para viver que seja mais adequado ao seu estilo de vida pessoal, ideologia, religião, grupo étnico e assim por diante.

    11) A cada ato de secessão bem-sucedido, as escolhas disponíveis para cada pessoa aumentam continuamente.

    12) Assim se constrói a liberdade: com um governo sempre temeroso de perder cidadãos produtivos para outras jurisdições.
  • Sensato  09/10/2018 16:24
    Boa Fábio.
    Sem sombra de dúvida secessão é a única forma que consigo enxergar de nos aproximarmos do ideal ancap.
  • João  09/10/2018 17:20
    Só tenho uma pergunta, esses estados menores e menos influentes não seriam mais vulneráveis aos projetos globalistas?
  • Magno  09/10/2018 17:23
    Muitíssimo pelo contrário. É exatamente quando a coisa é mais localizada que a resistência é maior. Quanto maior a subsidiariedade, maior a resistência a projetos culturais estrangeiros.

    Quem, afinal, é mais vulnerável: a Suíça ou os EUA? Liechtenstein ou o Brasil?
  • Gustavo A.  09/10/2018 18:22
    Ostermann, é você?
  • Pérsio   11/10/2018 10:42
    Concordo. A secessão pode ser a única saída. Pena que isso exigiria uma Emenda Constitucional para acontecer. Agora compreendo os ideais libertários por trás de movimentos controvertidos como "o Sul é meu país". E eles ESTÃO CERTOS!
  • Gustavo  11/10/2018 19:58
    nem com emenda constitucional isso é possível. A forma federativa de estado é cláusula pétrea (art. 60, §4º, I, CF). No Brasil a secessão somente poderá ser feita de forma violenta, porque a União é obrigada a intervir quando isso acontecer (art. 34, CF).
    O que eu mais engraçado é o argumento dos críticos de que não é possível a separação de um estado da federação porque a Constituição proíbe. Eles não percebem que um movimento separatista quer justamente deixar de se submeter àquele texto constitucional e não abandonaria seus objetivos porque a CF proíbe. Não faz sentido
  • Getulio  09/10/2018 16:31
    Inspirador. Não somente pelas irrecusáveis verdades que ele contém, mas por toda a bela linguagem utilizada para expor as ideias. Um texto perfeito para iniciar qualquer um na boa tradição do pensamento liberal. Creio que precisamos meditar profundamente sobre o modo como ele termina, sobre as batalhas que deveremos lutar se quisermos ver ou que nossos filhos ou netos um dia vejam esse sonho realizado. A questão urgente me parece ser: como lutar? Com que armas?
  • Pedro  09/10/2018 17:12
    O problema é que a tal democracia virou tabu.

    É em si o bem e a justiça. É o caminho, a luz e a vida. O mundo não chegará à felicidade eterna se não através da democracia.

    Ora, a idéia de democracia fala à vaidade: é como se o indivíduo estivesse no comando. Nada mais falso.

    O democrata acredita que é ele o responsável pela eleição do seu senhor. Já que ele escolhe, ele acha que é importante como eleitor. Ora, é um tolo porque mesmo que o escravo pudesse escolher o seu senhor dentre os previamente escolhidos para concorrer - sob regras que impedem uma real livre escolha e livre concorrência - ainda assim ele seria um escravo cuja vida estaria sob as deliberações de seu senhor, aquele que o explora e submete a seus caprichos.

    O falatório sobre a suprema beleza da democracia a tem confundido com a liberdade ao ponto de quase ninguém mais defender a liberdade, mas sim a democracia. Como se esta fosse a efetiva liberdade. Nada poderia ser mais conveniente aos senhores do povo.

    Sob a democracia, tudo torna-se, em tese, um jogo honesto. Onde o vencedor leva tudo, mas o perdedor pode apostar mais vezes.

    Sob a democracia, a velha questão sobre a justiça ser a vontade do mais forte fica resolvida e aceita por todos os democratas.

    Sob a democracia, o mais forte não é um indivíduo, mas sim uma organização composta por varios indivíduos organizados para deliberarem, em acordo coletivo, sobre a vida dos seus submissos.

    Vale lembrar o discurso da servidão voluntária de Etiénne De La Boétie: "ter vários soberanos pode ser ainda pior do que ter um só".

    No final, a democracia é simplesmente um jogo para senhores de servos acomodados. Todos os senhores exploram todos os servos, embora numa hierarquia ocupada dinamicamente pelos vencedores de cada partida do jogo democrático.

    Assim, refletir sobre democracia, sobre voto universal, é uma heresia, é uma blasfêmia.

    Os maravilhosos são democratas e os críticos da democracia são todos uns ditadores sanguinários e malvados. João é uma pessoa maravilhosa porque é um adepto da democracia, já o José é um herege, um blasfemo malvado e elitista por criticar os resultados: a servidão a senhores que se alternam na hierarquia, a qual permanece estática sobre os servos.

    Abs.
  • Carlos  09/10/2018 17:12
    "A questão urgente me parece ser: como lutar? Com que armas?"

    Com a difusão de ideias.
  • Flávio Ferreira  09/10/2018 20:56
    "A questão urgente me parece ser: como lutar? Com que armas?"

    Em minha opinião, com três estratégias, que possuem diferentes graus de eficácia.

    1) Mobilização política. Mesmo sendo a menos eficaz, talvez ela seja útil para evitar ou mitigar um desastre. O autor do texto parece concordar com essa estratégia quando afirma que "para atingir esse objetivo, nenhum de nós pode abster-se das batalhas políticas e intelectuais de nossa época."

    2) Educação ou difusão de ideias, como vem fazendo o Instituto Mises Brasil. É preciso pensar como potencializar esse processo.

    3) Aproveitar as oportunidades trazidas pela evolução tecnológica. Por exemplo, o uso de cripto moedas poderia nos ser útil para contornar o poder do Estado em vários aspectos: minar a autoridade da moeda estatal, o poder de destruição do Banco Central, a imposição de diversos tipos de tributos, etc. Outro exemplo: o uso dos denominados "dominant assurance contracts" propostos por Alex Tabarrok poderiam facilitar a criação de diversos tipos de bens públicos, sem a necessidade do Estado para resolver o problema do carona (free-rider). Ainda outro exemplo: o uso de aplicativos como o Uber, Airbnb, entre outros, poderia ser útil para o fornecimento de bens e serviços fora dos setores cartelizados e/ou altamente regulamentados pelo Estado, e assim por diante.

    Essas estratégias são completamentares e interagem entre si. Quem sabe, em um futuro muito distante, a gente consiga mobilização suficiente para descentralizar radicalmente o Estado, bem como para introduzir o direito de secessão.

  • Rodolfo Andrello  09/10/2018 17:22
    Concordo, mas se eu publicamente deixar claro a ignomínia que é possuir o mesmo poder de decisão que um eleitor do Andrade, eu certamente estarei colocando minha cabeça a prêmio, e qualquer um que me matar pensará estar com isso prestando um favor a deus.
  • Henrique  09/10/2018 17:49
    Enquanto isso, os pobres no Brasil...
  • Meirelles  09/10/2018 18:02
    ... continuam sendo, cada vez mais,

    1) obrigados a sustentar políticos e funcionários públicos;

    2) obrigados a utilizar uma moeda cuja poder de compra é continuamente destruído pelo governo;

    3) proibidos de importar produtos baratos;

    4) proibidos de trabalhar sem ter as devidas licenças emitidas por burocratas;

    5) proibidos de usufruir serviços de alta qualidade a preços baixos, pois as agências reguladores proíbem a livre concorrência em vários setores.

    E, para agravar tudo, nem mais podem contar com a caridade alheia, pois a carga tributária é tão grande, que não há mais dinheiro disponível para ser direcionado a instituições filantrópicas. O estado tornou-se o monopolista da caridade.

    É, realmente, enquanto houver estado os pobres do Brasil permanecerão assim.
  • Fabrício  09/10/2018 18:20
    Ouch!
  • Ederson  10/10/2018 14:42
    Touché...
  • Boi  09/10/2018 19:42
    Nada, obrigado. Quero ser guiado por um iluminado do governo, um líder forte.
  • Vaca  10/10/2018 11:33
    Também me parece muuuuuito melhor.
  • Ovelha  10/10/2018 14:53
    Eu tmb! Só um tolo para pensar o contrário
  • Luísque Ignácio LULA dá Zilva  09/10/2018 20:15
    Carta do LULA para os simpatizantes

    Bum dia cumpanheros!!!

    Só muí mais abrido au Comunismo cassico q fas e penza maís nus pobri du ke ao liberalismo uoi ão conservadorismo q çao farofa di calanguinho du mêrmo çaco.

    Quando cês menos isperarem istaremo de vorta inprantando o comunismo numqa vixto amtez pra açim zonhar mió de novo.

    Istor vortando homís


    LULA livre, LULA volta, LULA imperador sith 2019
  • Desconhecido  09/10/2018 20:37
    No mundo real temos Bolsonaro x Haddad, um com uma proposta mais liberal, de cortar ministérios, privatizar, manter controle de gastos. Já o outro é o oposto, que revogar o teto dos gastos, aumentar ministérios, manter as estatais e etc.

    E então uma pergunta, devo ficar em casa no dia da eleição deixando quem é partidário decidir?
  • Lucas  09/10/2018 21:13
    É claro que não. Eu mesmo irei às urnas e digitar 17. Primeiro temos que conter os bárbaros e impedir que sua quadrilha chegue ao poder. E aí então, só então, começar a nos concentrar em diminuir o estado.

    A questão é justamente essa: mesmo que ele ganhe e expulse o PT, não podemos em momento algum nos esquecer do real objetivo: reduzir ao máximo o estado e acabar com a importância de políticos em nossas vidas.

    Faça isso e você nunca mais terá de se preocupar com uma possível presidência do PT (ao menos não em sua geração). Lá na Suíça, ninguém se preocupa quando o partido socialista (sim, ele existe na Suíça) assume o poder. Façamos o mesmo aqui.

    De resto, a vantagem de Bolsonaro é essa: como ele é totalmente imprevisível, o negócio pode tanto dar muito certo quanto dar muito errado. E se der muito certo, a oportunidade será única.
  • Demolidor  09/10/2018 22:35
    Posso me decepcionar, mas estou otimista. Mesmo porque a bancada do congresso deste ano é significativamente mais conservadora.

    Vou dormir comprado em real. Me parece provável que teremos ventos favoráveis.
  • anônimo  10/10/2018 04:12
    Acho que isso é impossível com a constituição que temos hoje. Nossa constituição foi elaborada por social-democratas, concentradora de poder e com direitos que não podem ser revogados. É impossível se ter um federalismo de verdade com ela.
  • Insurgente  10/10/2018 14:16

    Mas votar seria contrariar seus ideais libertários. Seria apoiar algo que não concorda. Democracia, estado e coerção.

    Paradoxalmente, soa como uma defesa temporária votar contra comunistas disfarçados. Estou na dúvida se é preciso votar.



  • Giuseppe  10/10/2018 14:59
    Bolsonaro não tem nada de liberal. Esses 12 meses de suposta conversão sob Paulo Guedes não apagam os 28 anos em que pregou o antiliberalismo, defendeu monoliticamente a violência e enalteceu o controle estatal da sociedade durante a ditadura militar.

    Sua proposta de aumentar o STF em 10 cadeiras é uma ameaça real à liberdade. Estamos trocando 6 por meia dúzia (talvez 6 por 4, pq agora há ameaça real de escalada autoritária com o respaldo da máquina de repressão). No lugar de um partido que vai lentamente nos conduzir à Venezuelização, temos um candidato que incorpora o exército a um estado que já atrapalha dioturnamente nossas vidas.

    Os esquerdistas/estatistas são muito ávidos em nos transmitir a ilusão de liberdade na forma de um discurso pretensamente conservador. Essa eleição foi minha deixa para a declaração de saída definitiva. Não há qualquer perspectiva de vitória.
  • Judeu  10/10/2018 15:44
    "Essa eleição foi minha deixa para a declaração de saída definitiva. Não há qualquer perspectiva de vitória."

    Espero que realmente cumpra essa promessa e não faça igual aos detratores do Trump.
  • Giuseppe  10/10/2018 19:57
    Já estou cumprindo. Até para meus negócios, Winterthur faz mais sentido pra mim hoje do que São Paulo. Prefiro viver lá como migrante do que permacer aqui sob os desmandos de mais um comunistinha militar travestido de liberal.

    Hoje falou sobre agregar décimo terceiro no Bolsa Família, voltou atrás sobre privatizações dos setores elétrico e petrolífero. Só mais um político pra tocar o gado.
  • Libertario de verdade  11/10/2018 10:29
    Meu amigo. Tambem achei pesado essa conversa dele,esta igual o papo do Trump sobre o muro,e promessa para pegar eleitor,voce ve que na pratica a chance de cumprir e minima. O duro e que no Brasil o cara para conseguir votos tem que fazer isso. Nao culpe ele por isso,culpe que e irresponsavel e faz filho sem condicoes de manter.
  • RAFAEL  10/10/2018 23:17
    Alguém sensato e realista. Parabéns.
    O Conto de Fadas fica pra depois
  • RAFAEL  10/10/2018 23:28
    Comentários muito poéticos, pouco científicos e nada práticos.

    Ou você vota no PT rumo ao comunismo certo ou você tenta melhorar com o Bolsonaro, que não é perfeito.

    Pelo visto vocês preferem o PT ou anular o voto.

    Ótima decisão! melhora desistir do que tentar...

    Igualzinho fez o Amoedo
  • Andrius  09/10/2018 21:00
    Erro?
    " Ao contrário das empresas privadas, ele não pode produzir nada."
    Não seria ele não produz nada...?
  • Ombud  09/10/2018 21:13
    Acerto. Ele não tem como produzir nada. Ele não pode produzir nada. Mesmo que ele queira, é impossível ele produzir algo.

    Para entender por quê, leia o hyperlink
  • anônimo  09/10/2018 22:06
    CARA MAS COMO A GENTE CHEGA NESSE PARAISO DESCRITO PELO ARTIGO?
  • Pérsio   09/10/2018 22:21
    Concordo com os comentários: já que a eleição polarizou de vez, a única alternativa para derrotar o PT é votar em Jair Bolsonaro. Depois a gente vê como é que fica. Ele pode ser imprevisível, como lembrado aqui num post.
    Mas o PT bem sabemos como funciona. Votar 17 do próximo turno é continuar acreditando no Brasil, rumo ao liberalismo e não ao socialismo. Saber que Paulo Guedes é bem aceito pelo mercado e que Bolsonaro é favorável às privatizações das estatais me inspira confiança.
  • Consciente  10/10/2018 16:01
    Muito favorável com esse discurso de "estratégicas". Veja a merda que ele falou da Eletrobrás, as ações derreteram hoje. A verdade é que ele continua sendo um milico estatizante, colocou o Guedes como chamariz pra pegar voto e apoio do mercado, mas ele não parece tão ruim assim porque é contra o PT. Votar no menos pior de novo. Que beleza.
  • anônimo  10/10/2018 16:28
    Que ele não ia privatizar as estatais grandonas, nunca tentou esconder isso. Nem se ele quisesse iria conseguir.

    Bolsonaro precisa agir igual ao Collor agiu, privatizando estatais que ninguém nem sabe da existência, pra ter alguma chance de sucesso.
  • Jairdeladomelhorqptras  10/10/2018 01:03
    Eu sou o Jairdeladomelhorqptras a muito tempo neste site. E por motivos óbvios.
    Só que tenho muitas preocupações com futuro governo do Jair. Se for mal, ele compromete o libealismo e prepara a volta do PT.
    Torço que tenha sucesso.Por ele mesmo e por nós.
    Abraços
  • Paulo Henrique  10/10/2018 02:21
    O problema é que para adotar o liberalismo clássico é preciso se preocupar com política e eleições. Alguém terá que fazer o enxugamento do estado. Ou aprovar alguma lei que favoreça isso.
    Isso é algo que os liberais estão aprendendo, como ideologia anti-política, não houve uma formulação teórica de como conseguir o poder político tal como ocorre em ideologias socialistas.
    Universidades serem tomadas por marxistas não é um acidente
  • Andre de Lima  10/10/2018 02:34
    Com relação a eleição de Bolsonaro. Se ele for eleito, acredito que o Paulo Guedes deverá propor uma redução nas taxas de importação, abrir o mercado, certo? Fazendo isso, as indústrias EFICIENTES tenderão a aumentar sua produtividade e lucratividade, além de, na teoria, ter uma redução de preços devido à concorrência externa, pois com mercado aberto, aqueles que possuem mais recursos, tenderão a comprar produtos de fora com melhor qualidade, correto?
    Ok, nesse contexto, as industrias INEFICIENTES, quebrarão, pois possuem maquinário arcaico, são sustentadas por subsídios dentre outros fatores. Com a quebra dessas empresas, tenderá a haver um aumento no desemprego, não? A consequencia disso não seria "dar munição" para os malditos petistas? Com que rapidez, o livre mercado superaria esse desemprego em alto, por conta da abertura do mercado?
    Pergunto na boa, sou iniciante no assunto de mercado, mas já me tornei adepto do liberalismo, afinal Hong Kong, Cingapura, EUA dentre outros não enriqueceram via governo, mas livre iniciativa da sociedade!
  • Guilherme  10/10/2018 13:55
    "Com que rapidez o livre mercado superaria esse desemprego em alto, por conta da abertura do mercado?"

    Vai depender da desregulamentação da economia e da legislação trabalhista. Se a economia continuar amarrada e os encargos sociais e trabalhistas continuarem altos, não será nada rápido.

    Tudo vai depender do quanto o governo está realmente disposto a sair do caminho.

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=2321
    www.mises.org.br/Article.aspx?id=2853
  • shadowth  10/10/2018 10:33
    Nem comparação, o Jair Bolsonaro é a melhor opção, ele possui seu lado conservador, mas ele sempre esta de portas abertas para receber conselhos. O importante é ter conflitos de ideias, assim ele podem ter uma noção do que é melhor para o Brasil. Jair Bolsonaro tem ideias liberais, e, são melhores do aquele comunista, pois nem vale apena dizer nome do cara, pois ele vai ser controlado pelo bêbado da "51", esses comunistas dizem que é democracia, mas todos devem saber que não é coisa alguma, eles são burocratas. Não sei se vocês estão vendo globo news ontem, mas a globo estava tirando sarro da democracia, por sinal tavão puxando saco dos burocratas, aqueles corruptos da esquerda.

    O comunismo é um empecilho para nós da direita, é um saco ter que ir para faculdade, é ter, vários comunistas chatos! As faculdades esta cheio de comunistas e professores que ficam pregando essa ideologia estupida, quando fui fazer a prova de gestão social tava empanzinado de coisas cúmunistas, só para ter um ressalta . Temos que apoiar o 17!

    Não podemos deixar o cúmunismo ganhar de novo!
  • Libertario de verdade  10/10/2018 15:56
    Sou da opiniao que o Bolsonaro nao e tao bom como pregam,pois sempre viveu da maquina publica,sempre foi funca que nada produz e tira dinheiro das pessoas. Eu gostava mesmo era do Flavio dono da Riachuelo,pois ele é empresario,produz e nao precisa roubar e nao precisa de nada do governo. Porem,o que anima no Bolsonaro é que ele coloca todos os assuntos polemicos em pauta e bate em lixos esquerdinhas com argumento. Um exemplo classico disso e os ultimos candidatos discutirem sobre privatizacoes e liberalismo,coisa jamais vista nos ultimos 15 anos. O nosso pior inimigo nao e o politico,pois roubar e viver do dinheiro de impostos é a natureza deles,o problema maior sao os funcas e quem apoia eles para tirar dinheiro das pessoas
    E manter burocracias para se manterem a troco de dinheiro facil. A boa maiiria do pt e tudo funcionario publico lixo encostado no estado. Unica coisa que podemos fazer e sempre votaemr naquele que promete o liberalismo e ao usar qualquer servico publico,exigir quakidade e agilidade,pressionar mesmo essa cambada de vagabundo e fazer esses lixos serem mal visto pela sociedade....
  • L Fernando  11/10/2018 01:12
    Esta conversa mole que sempre viveu da máquina publica parece que só importa agora e é o unico discurso que conseguem achar contra ele
    Não importa os outros zilhões de candidados de outros anos que sempre usaram e sobreviveram da máquina publica
    Não importa também os horrores de gastos por partidos sem representatividade nenhuma
    PT ficou 15 anos no poder e nunca sugeriu diminuir gastos com deputados, assessores e toda esta estrutura politica
    Agora que esta prestes a ser varrido, vem os isentões pregando moral contra um candidato que não conseguem achar uma mancha de corrupção.

    Espero que a partir do ano que vem começa uma verdadeira diminuição do poder politico
  • Libertario de verdade  11/10/2018 10:16
    Olha L Fernando. Eu so dei minha opiniao. Nao falei que o cara roubou,ate porque nunca ouvi falar nada e elogiei o Bolsonaro por defender o estado minimo nos discursos. Eu torco muito por ele,so nao voto nele porque estou fora do Brasil e o consulado fica longe da onde moro. So esperamos que ele cumpra o que diz,mesmo sabendo do perfil dele.
  • Andre  11/10/2018 12:20
    Trocar governo corrupto e incompetente por um incompetente em vias de se tornar corrupto. A saga do brasileiro em busca do salvador da pátria continua.
  • Lucas   10/10/2018 12:07
    Só não entendi essa parte:

    "Os que podem realmente votar, uma pequena porcentagem da população, são aqueles que verdadeiramente têm em mente os melhores interesses da sociedade. Esses indivíduos são aqueles que são donos de propriedades, chefes de famílias, empreendedores gerados de riqueza, e os realmente instruídos. Eles escolherão um homem (ou mulher) cuja função é pensar somente na segurança, na estabilidade e na liberdade desse país"

    Isso não seria errado? Limitar a possibilidade de votar a alguns?
  • Rafael  10/10/2018 13:52
    Não só não seria errado, como seria o único arranjo moralmente possível. Se as pessoas beneficiadas pelo governo puderem votar, então acabaou.

    Governo inchado e democracia: um arranjo economicamente explosivo e insustentável

    Se os beneficiados pelo governo são também eleitores, o arranjo é irracional
  • Pergunta  10/10/2018 14:37
    Qual origem deste dito liberalismo de Bolsonaro? Está fundamentado em medidas liberais que este tenha apoiado ao longo da carreira política ou é só propaganda eleitoral pra se adequar a demanda popular do momento para conseguir votos?
  • Eleitor  10/10/2018 16:02
    Está nos planos de governo publicados no TSE.
  • Paulo Henrique  10/10/2018 19:00
    Ele já esta arregando para a reforma previdênciária. Se posicionou contra a reforma do Temer, a desculpa é que não seria aprovada. Ou seja, ele quer dar um tiro no próprio pé e deixar para seu governo essa bucha

    Apenas para por alguns privilégios de classe lá dentro, como os militares e políciais.
  • anônimo  10/10/2018 19:59
    Paulo Guedes não tinha falado da necessidade de uma reforma da previdência?
  • Malta  10/10/2018 18:41
    Seu plano de governo e seu discurso nessa eleição até são liberais, mas não se iluda. Bolsonaro tem um perfil de estatista do tipo que não terá coragem de enfraquecer a máquina estatal. Espere ao menos uma pauta menos intervencionista e mais realista aos problemas do rombo fiscal do que seria em um governo pt. Se você quer deixar o país respirando por aparelhos vote 17, agora se quiser afundar esse país de vez vote 13.
  • Prod  10/10/2018 22:11
    Poxa, se Bolsonaro não terá coragem para enfraquecer a máquina estatal, um candidato como Amoedo teria?
  • Mídia Insana  11/10/2018 01:54
    Uma coisa é ser liberal por conveniência, outra é ser liberal por convicção. Se liberar a economia e reformar a previdência é um 'mau necessário' a ser justificado, você já perdeu.
  • Luis  11/10/2018 04:41
    Sim, pois o partido novo prega isso desde a sua criação. não mudou de opinião nos últimos anos...
  • Malta  11/10/2018 12:25
    A questão é que eu não acho o Bolsonaro convicto sobre o liberalismo, ele não terá coragem porque na hora H não vai querer largar o osso. É um estatista antes de tudo, mas comparado com o PT é a melhor opção.
  • Mídia Insana  11/10/2018 13:52
    O político age hoje como liberal porque liberalismo é o Zeitgeist da política brasileira depois do fiasco estatista do governo Dilma, e também porque transformar o Brasil em um Cubão só destruiria a já frágil confiança dos estrangeiros no Brasil. Simplesmente não há como ser diferente. Nesse aspecto ao menos, nós triunfamos em 2018 e relação a 2014. Sobrou candidato estatista (vide Alckmin) pagando de liberal.
  • Edgard Lopes  11/10/2018 12:46
    Prefiro a dúvida do liberalismo do bolsonaro do que a certeza do socialismo bolivariano-sovietico do haddad
  • Dallan  12/10/2018 02:28
    Eu acredito que o que aconteceu com o Bolsonaro é que ele aderiu à nova Direita que surgiu no Brasil, influenciada por Olavo de Carvalho, pois antes o que ele tinha era apenas um discurso de combate a criminalidade e de exaltação à ordem. Por mais críticas que possam ser feitas ao Olavo, o certo é que muitas pessoas hoje conhecem Mises e o liberalismo clássico por influência dele. Isto, aliado ao conservadorismo que ele difundiu e coincide com o pensamento da maioria cristã da nossa população, tornou viável a existência de uma Direita no Brasil.

    Essa nova massa de uma Direita Conservadora precisava de um nome para ter como seu, como Lula é para esquerda, e quem estava na fila era o Bolsonaro. O advento dessa massa de Direita, aliada a uma destruição de boa parte da esquerda por um inesperado Sergio Moro e sua Lava Jato, criou o milagre de termos um presidente de direita e que está próximo de ser concretizado.

    Para esclarecimento, eu sou conservador e sei que o nome de Bolsonaro é o que temos. Talvez pudéssemos ter outro melhor, mas a política no Brasil é muito personalista e o indivíduo, para conseguir vencer uma eleição presidencial, precisa estar no imaginário popular há um bom tempo.

    Minha opinião sobre o Bolsonaro: o liberalismo é algo que talvez não esteja tão arraigado nele quanto o conservadorismo, mas ele parece ser humilde o suficiente para deixar essa parte com quem entende. O meu temor é se ele terá a coragem suficiente de bancar tudo isso ou se cederá à pressão de uma oposição raivosa e ávida por destruí-lo. Para nossa esperança, o novo Congresso parece promissor.

    Pensando racionalmente, talvez essa não era ainda a eleição para a Direita vencer, pois o potencial para ela ser queimada é muito grande. Porém, para que pudéssemos aguentar esperar mais 4 anos, somente poderíamos um presidente de no máximo uma centro-esquerda, para que desse tempo da Direita amadurecer mais ainda e talvez vencer uma eleição em 2022 com um congresso ainda mais forte. Mas, considerando a ameaça petista, melhor arriscar uma Direita crua no poder do que correr o risco de ver a esquerda se eternizar no poder.
  • Gabriel Coury  10/10/2018 15:24
    Boa tarde pessoal! Meu nome é Gabriel Coury tenho 32 anos!

    Sou novo por aqui! cheguei neste site através do canal no youtube Brasil Paralelo. Li os posts dessa página e gostei muito, quero entrar nesse mundo de estudos sobre o Liberalismo, com o objetivo de adicionar conhecimento sobre o assunto.Gostaria de saber quais estudos de referencia que posso ter , quero que recomendem a mim leituras nesses campos abaixo

    Filosofia
    Ciências
    Politica
    Artes
    História

    Já possuo Um livro Discurso do Método do Descartes(O qual eu já li e esqueci)!
    Estou lendo um livro que estou achando muito bom e que foi ele que fez eu ter mais prazer em ler porque eu não tinha o costume de ler. O livro É do Filosofo A.D. Sertillanges - A Vida Intelectual!
    Tomo como referencia para livros de estudo as Recomendações do Nando Moura assim como a sua Biblioteca Virtual.

    Obrigado a Todos!
  • Pobre Paulista  10/10/2018 16:33
    Então você veio do meio neo-conservador. Comece lendo "A anatomia do estado", do Rothbard, depois leia "Além da Democracia", de Frank Karsten & Karel Beckman, e na sequência "A Lei", de Bastiat.

    Apenas depois dessa imunização, estude os livros de economia em si: "As seis lições", do Mises, é um bom começo, depois disso qualquer um serve.

    Depois de uma dezena de livros, é obrigatório ler "O caminho da servidão", do Hayek.
  • Insurgente  10/10/2018 18:02
    Acredito que o IMB poderá te orientar muito melhor que eu.

    De todo modo segue abaixo:

    A Lei - de Bastia twww.mises.org.br/Ebook.aspx?id=17

    A Anatomia do Estado - www.mises.org.br/Ebook.aspx?id=69

    As seis lições www.mises.org.br/Ebook.aspx?id=16

    O País dos coitadinhos de Emil Farhat

    1984 - George Orwell


  • Gabriel Coury  10/10/2018 19:42
    Pessoal muito Obrigado Estou baixando os Livros que tem nesse site mesmo em PDF! Obrigado mesmo! Agora é ler ler e ler! Se não me engano esses que vocês me passaram é só sobre Politica e Economia não é? No campo da Filosofia e Da historia quais os Livros que são bons de ler? Por exemplo Platão , Aristóteles , etc!
  • Tarabay  11/10/2018 16:11
    "Brezado brimo"


    Segue o link para livros de Leandro Narloch

    lelivros.love/?x=0&y=0&s=narloch

    Vc poderá baixá-los ou ler on line
  • Análise  11/10/2018 13:40
    O Bolsonaro liberal e político experiente até agora (contém ironias):

    -Puxou a bomba de aprovar a reforma da previdência ainda no governo Temer para estourar em seu próprio governo, político de habilidade ímpar;
    -13º para bolsa família, um baita incentivo para essas pessoas que produzem ZERO produzirem o dobro;
    -Privatização da eletrobrás sim, mas só distribuição, precisamos cobrar a eletricidade cara da geração elétrica estatal que não será privatizada que esses favelados safados roubam com gatos.
    -Criação da nova estatal, Petromiolobras, que não será privatizada.
  • Leigo  11/10/2018 15:35
    Antes fossem só "esses favelados safados". Tu esqueceu do ricão que rouba energia para manter a piscina aquecida (já viu quanto isso gasta por mês?). Todo mundo rouba, rico ou pobre, quem arca com isso? Os pagadores de impostos. Tá passando da hora de abrir o mercado nessa área de energia.
  • Insurgente  11/10/2018 19:21
    Ele falou a bosta de 13° pra bolsa família para "angariar" votos dos iletrados , desdentados e dos preguiçosos (as) que não gostam de trabalhar e se refletir melhor aqui no nordeste, região onde ele recebeu uma menor votação.

    Só um pouco mais de estatização e despautério.
  • L Fernando  13/10/2018 14:39
    Ele apenas entrou no jogo do PT que falou que ele iria tirar o bolsa familia
    Para dar nos dedos, não só confirmou como disse que daria o 13
    Mas isso são apenas promessas para combater a desinformação
    Depois é outro papo
    Se tu criar critérios muito mais rigorosos para bolsa familia, até pode estender com custos menor
  • Gustavo Bob  12/10/2018 01:15
    Votei no Amoedo no primeiro turno e vou votar agora no Bolsonaro. Mas vou logo avisando que se ele não conseguir pelo menos alguma reforma liberalizante (que nem é difícil) pra economia respirar, podem mudar de país que essa era a última esperança. A tendência é esse país vai ficar cada vez mais parecido com a Venezuela.
  • Pérsio   12/10/2018 14:10
    Concordo!
    Ou tiramos o PT do poder, seja lá como for, ou este Brasil vai virar uma outra Venezuela!
  • Mídia Insana  13/10/2018 00:00
    Mas a eleição do Bolsonaro também virá com seus custos para os liberais e libertários no longo prazo.

    * Primeiro porque enquanto Brasil for Brasil com seus 26 estados, sempre vai ter um candidato querendo transformar o Brasil em um Cubão. Bolsonaro e Amoêdo foram bem, mas Ciro, Haddad e Daciolo também foram. Isso simplesmente é reflexo da mentalidade brasileira. A difusão de ideias liberais não é igual para todos os estados nem para todos os estratos da sociedade (a academia e mídia tradicional continuam progressistas), o que significa que quaisquer plataformas vermelhas vão encontrar um apoio considerável de vários setores da sociedade. Talvez daqui a uns 30 anos a conversa seja outra, mas é o que temos hoje no auge do anti-petismo.

    Até aqui concorda comigo?

    * Segundo porque é infinitamente mais fácil convencer o cidadão leigo que só quer mais segurança e menos corrupção (ou seus sinônimos, tipo PT) de que um regime misto de estatismo e livre-mercado é melhor do que um regime de livre-mercado. Tente ir até o cidadão médio e o convença de que não deve existir salário mínimo, por exemplo. Você pode até estar certo e ter bons argumentos, mas não há garantia nenhuma de que seu interlocutor é capaz de desenvolver o pensamento abstrato para chegar à sua conclusão; além disso, o arcabouço argumentativo necessário é muito maior, o que significa que o cidadão médio precisará estar sinceramente interessado em tudo que você terá de argumentar. Você está tentando convencer um cara de que tudo que ele ouviu nas aulas de história, geografia, sociologia e filosofia está errado.

    A dificuldade retórica do libertarianismo significa que sempre que vier algum estatista do item A querendo transformar o Brasil em um Cubão, algum Bolsonaro (ou neo-con pagando de liberal) será sempre a opção mais viável e realista para enfrentá-lo. E os liberais vão ter que apoiar o Neo-Bolsonaro porque a alternativa, assim como na eleição de 2018, será transformar o Brasil em um Cubão.

    O meu maior medo é que os liberais / libertários se tornem o que eles são nos EUA. A mídia independente pró-Bolsonaro, por exemplo, cresceu exponencialmente nesses últimos anos. Eles são os protagonistas inegáveis do movimento anti-PT e não temos motivos para acreditar que eles não continuarão a sê-lo, pois estarão sempre partindo de plataformas mais acessadas do que as nossas.

    Viramos coadjuvantes.
  • Pérsio   13/10/2018 16:06
    Sua análise é coerente, concordo. Mas...se a dúvida é entre as INCERTEZAS de um governo do Bolsonaro e as CERTEZAS de um governo do Haddad, eu fico com s primeira opção. Gostaria que João Amoêdo tivesse ido para o segundo turno. Como ele NÃO FOI, a opção agora é o Bolsonaro
  • Abner  12/10/2018 16:50
    Qual é a proposta do Bolso para a previdência? E para quando? Se passar de 6 meses o desastre econômico será tamanho que o próximo governo passará os próximos 4 anos da mão pra boca. Envelhecemos antes de enriquecer, fim do jogo.
  • anônimo  12/10/2018 21:46
    Com o Congresso atual é possível passar várias coisas. O Bolsonaro só precisa largar o ego nacionalista de lado e deixar o Guedes propor o que deve ir pra votação.

    Considero como a principal dificuldade o STF, pois não basta a dificuldade de aprovarem coisas no Congresso, o STF pode anular tudo. Vide reforma trabalhista que ficou emperrada por meses graças ao STF.

    Privatizações terão de ser feitas pelo Governo. É inevitável. Estamos numa situação muito parecida aos anos 80. Até o ministro do Ciro Gomes disse que ia privarizar mais de 70 estatais.

    Uma coisa que eu gostei das propostas do Bolsonaro, e que ele pode "copiar" para todas as outras, é a existência de duas carteiras de trabalho, a verde e azul (CLT e liberdade contratual). Ou seja, esse tipo de "duas alternativas" consegue criar boas brechas pra muitas burocracias que, possivelmente, não irão/conseguirão abolirem.
  • Jandir  13/10/2018 11:51
    Sou ainda da opinião que o IMB deveria conversar com o Bolsonaro e seus filhos. Bolsonaro já evoluiu muito desde os anos 90. A situação está bem propícia para várias reformas liberais passarem.
  • Mídia Insana  13/10/2018 18:20
    O IMB não chegou ontem ao Brasil, Jandir. Sobrou tempo para o Bolsonaro se informar, mas ele mesmo nunca pareceu ter muito interesse. A mídia e a classe política estão em um estado tão patético que ele teria tirado vantagem fácil nos debates se tivesse lido dois artigos do site. Basta ver qualquer discussão em que um deputado, jornalista ou ser criado na bolha acadêmica bate de frente com alguém minimamente informado.

    O Paulo Guedes, porém, temos confirmação de que já leu Ação Humana e está familiarizado com a teoria econômica austríaca - talvez com filosofia libertária também
  • Insurgente  15/10/2018 17:10
    Um dos filhos do Bolsonaro, o Eduardo, declarou que faz pós graduação em Escola Austríaca. O Eduardo é o mais, digamos, "intelectualizado" do "clã". Baseado nisso, sabemos que já é conhecido por parte deles a ideologia liberal e o que ela pode vir a ajudar o país.

    ...

    Mas eu ainda percebo muito nacionalismo/estatismo neles.
  • Abner  15/10/2018 19:07
    Então o mais liberal do clã Bolsonaro é um funça? Isso não vai acabar bem.
  • Insurgente  16/10/2018 17:39
    Ama cargo público. Antes de ser deputado federal foi policial federal.

    E em entrevista cedida ao Arthur do Val ( Mamãe, falei!) declarou que em sua visão, não é viável privatizar presídios, porque o PCC é muito grande no país e isso poderia ser muito ruim.

    Falou também que casais gays, sequer entraria na fila de adoção.

    ...
  • Jandir  16/10/2018 03:23
    Mídia Insana, o Bolsonaro nos anos 90 era quase um stalinista. Hoje o cara fala de privatizações e desburocratização numa boa.

    Se ficar insistindo como insistiram de uns anos pra cá, ele e os filhos vão aprender como funciona economia aos poucos.

    O importante é ter a cabeça aberta, igual o Roberto Campos teve.
  • L Fernando  16/10/2018 15:47
    Não ouviu dele??
    "As pessoas evoluem", disse quando perguntaram para ele sobre isso
  • Abner  19/10/2018 11:50
    Se Flavio Bolsonaro diz que evoluiu ao aprender liberalismo e continua sendo funça sem produzir uma agulha, logo não aprendeu nada, apenas como ludibriar liberais inocentes e mercado financeiro. Deixar recursos escassos sob administração de alguém sem capacidade de produzir explica bastante do porque o Brasil está na merda em que está.
  • anônimo  19/10/2018 16:10
    Uma coisa não possui relação com a outra. Eu ganho 13k num cargo público e sou ancap desde 2011. Existem vários libertários que possuem títulos públicos nesse site.

    Cada um se vira da maneira como consegue nesse país. É burrice largar uma oportunidade que outro rapidamente irá abraçar. O problema está no sistema.
  • Curioso  19/10/2018 19:59
    É moral para um ancap ser funcionário público?
  • Curioso  19/10/2018 20:40
    É moral para um ancap ser funcionário público?
  • Renato  13/10/2018 17:21
    O século XXI será o século em que conheceremos os governos mais liberalistas ou mais intervencionista que já existiram, pois a tecnologia nos deixa mais livres, ao mesmo tempo que as informaçoes trocadas entre os usuários são de fácil acesso. Muitos governos estão pendendo para estes lados e aí está a chance de se adotar um liberalismo clássico, que com o avanço tecnológico levará a humanidade a uma era de prosperidade sem limites. Mas se continuarmos a sermos subordinados por governos que controlam nossas ações e permitem a concentração de riqueza entre poucos, os mesmos erros serão sempre cometidos. Não sou estudioso nem nada, mas acho que nós próximos anos estas discussões estarão ainda mais acirradas e na metade do século, o mundo vai estar totalmente diferente. Espero que pra melhor!
  • Pérsio   13/10/2018 18:02
    Para mim, o trabalho do Instituto Mises Brasil já é UTILIDADE PÚBLICA. Gostaria de colaborar financeiramente para o trabalho dos organizadores do site. Mas não tenho PayPal. Existe a possibilidade de depositar dinheiro na conta por DOC eletronico ou pagamento de boleto?
  • Representante  15/10/2018 13:24
    Opa, muito obrigado, caro Pérsio.

    Eis os dados:

    Banco Itaú

    Agência: 0196

    CC: 74183-9

    CNPJ: 09.341.043/0001-05

    Razão Social: Instituto Ludwig von Mises Brasil

    Agradecemos enormemente o reconhecimento. Forte abraço!
  • Pérsio   16/10/2018 13:11
    Perfeito. Depósito efetuado. Assim ficou mais fácil.
  • Nordestino Arretado  13/10/2018 22:34
    Olá meu caros, o que vocês acham do modelo de CEPACs (Certificado de Potencial Adicional de Construção) para construção de obras públicas? Alguém mais graduado pode analisar se isso é positivo ou negativo?
  • anônimo  19/10/2018 01:32
    Bolsonaro vai pegar a faca e o queijo na mão. O cara tem uma grande parte do Congresso e está sendo visto como salvador da pátria, inclusive por muitos políticos.

    A ideia das duas carteiras de trabalho foram geniais. A vaca sagrada da CLT permanece, mas com o tempo vai ser extinta. Os encargos trabalhistas podem ser facilmente burlados e os sindicalistas parasitas vão perder dinheiro como nunca. Abolir salário mínimo jamais vai conseguir, mas o importante é somente não aumentá-lo.

    Se ele usar a cabecinha de forma sensata, vai conseguir privatizar muitas estatais inúteis, cortando gastos e desburocratizar de forma relevante a economia brasileira. Nem vai precisar muita força pra se reeleger.

    O único problema vai ser a Previdência. É algo muito impopular, e portanto não vai conseguir fazer muitas coisas.
  • Realista  20/10/2018 09:25
    As coisas estão até favoráveis, mas não fique otimista, é impressionante a capacidade dos políticos de fazerem merda.
  • Paulo Henrique  21/10/2018 00:48
    Essa idéia de ser visto como salvador da pátria é preocupante e pode gerar decepções. Seu primeiro ano será de ajustes econômicos e reformas, o congresso mudou mais à direita, só que quem mais perdeu cadeiras foi o PSDB e outros partidos mais ''neutros''.. A esquerda continua com uma grande parcela de poder lá dentro. A renovação não foi completa.

    - Existe o cenário externo cada vez mais delicado, uma china em desaceleração e ninguém sabe até onde vai essa queda, a itália querendo reiniciar uma crise da dívida na zona do Euro, tem os EUA , que apesar de apresentar vigor, pode ser fogo de palha, o FED está subindo juros e a dívida é crescente, aliado a uma guerra comercial que, até o presente momento desse post, não dá sinais de armistício. Ou seja, qual os fundamentos para justificar os números atuais dos EUA para os próximos 4 anos?

    Por isso, é de suma importância resolver os maiores riscos internos já no primeiro ano. Sem atraso ou gradualismo.
  • NPC  21/10/2018 23:06
    Se Bolsonaro optar pelo gradualismo, vai perder popularidade e apoio do Congresso. Não vai se reeleger e a situação piorar, a esperança vai totalmente ralo.

    Tem que chegar na voadora e privarizar metade das estatais cortando todos esses cabides de emprego. As indenizações trabalhistas bilionárias vão sendo empurradas com a barriga como sempre foram.
  • anônimo  22/10/2018 02:51
    Ele não pode ser gradual, mas também não pode bater de frente. Você sabe como é o funcionalismo público nesse país.
  • Libertario de verdade  29/10/2018 16:36
    Isso mesmo,bem assim. Assim como o funcionalismo atrapalhou muitas privatizacoes previstas como a Petrobras,que hoje vemos o resultado,farao o mesmo com o resto das estatais,pois essa gente nao gosta de trabalhar,e sao eleitores assiduos do pt.
  • Judeu  25/10/2018 00:07
    Quais seriam as primeiras coisas que ele deveria fazer assim que assumir a presidência? Abolir ministérios?
  • Claire  24/10/2018 00:55
    Você poderia exemplificar como seria a transição plena para o modelo acima proposto apenas no município do Rio de Janeiro? Como cerca de 22% da população morando em favelas poderá conquistar um vida mais digna?
  • Mouro  28/10/2018 22:30
    Depois de tudo o que o PT fez, ainda conseguiu 45% dos votos. Não tem como defender Democracia.
  • anônimo  29/10/2018 12:53
    45% não é absurdo não, dado que o país tem uma tendência a esquerda na parte econômica (apesar dos apesares, Bolsonaro flertou abertamente com o liberalismo), além da forte campanha difamatória feita pela mídia e boa parte da classe artística, política e intelctual. Fora a total ausência de tempo de tv e recursos de campanha. Se parar pensar a vitória do bolsonaro é supreendente, há 2 anos atrás 10 de 10 analistas diriam que seria impossível a vitória de alguém como o Bolsonaro.
  • Ulysses  29/10/2018 13:06
    Isso por causa do nordeste. Tira o nordeste da jogada e o PT mal chega a 40%.

    No Sul e no Centro-Oeste, o partido mal passou dos 30%.
  • Libertario de verdade  29/10/2018 16:33
    Depende da cidade e estado,em Porto alegre por exemplo,no primeiro turno chegou quase a 40%. Estou chegando a conclusao que quanto mais estatais tem um municipio,maiores as chances do pt.
  • L Fernando  29/10/2018 19:50
    o PT fez 20 %, o Ciro outros 20%, mas o PT em si em Porto Alegre e RS está em queda acentuada.


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