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O principal argumento em prol da democracia é contraditório e não se sustenta

Talvez o principal argumento em favor da democracia é aquele que diz que ela substitui "tiros por votos": a democracia seria o único arranjo que permite trocas de poder, ou a manutenção do poder, sem derramamento de sangue.  A democracia substitui o processo de mudanças violentas — algo inconveniente e destrutivo — pelo processo de mudanças pacíficas que expressam o desejo da maioria. 

Alguns democratas definem a democracia como sendo a vontade da maioria, ao passo que outros tomaram o cuidado de enfatizar que as minorias são livres para tentar, de tempos em tempos, se tornar a maioria decisiva.  Porém, qualquer que seja a definição dada para a democracia, o argumento de que a democracia é o melhor sistema disponível porque permite trocas pacíficas de poder — ou a manutenção pacífica do poder — sem derramamento de sangue é o dominante. 

(Outro argumento utilizado pelos defensores da democracia é o de que as decisões da maioria estão sempre, ou quase sempre, moralmente corretas.  No entanto, o apoio a esse ponto específico — uma verdadeira profissão de fé — vem minguando nos últimos anos.)

O problema é que, embora persuasivo, o argumento da "mudança pacífica" ou da "manutenção pacífica" foi simplesmente aceito sem nenhuma análise mais profunda.  Mais especificamente, ninguém realmente investigou se a atual forma de democracia seria realmente compatível com esse argumento da "mudança pacífica", e se os resultados práticos estão de acordo com os resultados que a teoria diz que ocorreriam. 

Em vez de procurarem respostas, as pessoas simplesmente assumiram que qualquer tipo de democracia está automaticamente credenciada como o melhor método de se conduzir "mudanças pacíficas" de governo.

Porém, vamos investigar o argumento um pouco mais a fundo. 

O que ele realmente afirma é que, no longo prazo, a opinião da maioria é o que vale sob qualquer forma de governo, e que, portanto, é melhor deixar que a maioria esteja no comando pacificamente — que é o objetivo da democracia — em vez de obrigar essa mesma maioria a tomar as ruas periodicamente, praticando algum violento golpe de estado ou uma revolução. 

Desta forma, dizem os democratas, os votos substituem os tiros e a carnificina de uma maneira muito engenhosa — afinal, uma eleição democrática gera os mesmos resultados políticos que teriam sido obtidos caso a maioria tivesse de testar sua força contra a minoria em um combate violento.

Eis, portanto, o primeiro critério para o argumento da mudança pacífica ou da continuidade pacífica: o resultado das urnas será o mesmo resultado que ocorreria caso houvesse combates físicos da maioria contra a minoria, só que com a vantagem de não haver derramamento de sangue.

É importante perceber que esse critério está rigorosamente implícito no argumento em prol da democracia.  Porém, surge o primeiro problema: se aceitarmos esse argumento, mas por acaso descobrirmos que a democracia gera sistematicamente resultados que estão em contradição com esse argumento de que "os votos substituem o confronto físico, mas geram o mesmo resultado político final", então, como consequência lógica, também teremos de rejeitar essa forma de democracia — ou, no mínimo, rejeitar esse argumento.

Como, portanto, a democracia se sai quando testada contra esse critério? 

Talvez a forma mais fundamental de democracia seja aquele em que cada homem tem um voto.  Porém, se tentarmos justificar esse arranjo utilizando o argumento da mudança pacífica vamos nos deparar com dificuldades fundamentais.

Em primeiro lugar, a força física notoriamente não é algo igualmente distribuído.  Em um combate direto, as mulheres, os idosos e os doentes se sairiam muito mal.  Portanto, se utilizarmos o argumento de que os votos substituem o combate físico e geram o mesmo resultado, não há qualquer justificativa para dar o poder do voto a esses grupos fisicamente delicados.  E não apenas eles teriam de ser impedidos de votar, como também o mesmo critério teria de ser aplicado a todos os cidadãos que não passassem em um teste de aptidão para o combate.  Por outro lado, obviamente não deveria haver qualquer tipo de proibição ao voto dos analfabetos, uma vez que ser alfabetizado não tem relação alguma com o potencial de combate de um homem.  Além de impedir o voto de todos aqueles não aptos para o combate, teríamos — por uma mera questão de lógica — de dar votos plurais para todos aqueles que possuem treinamento militar (tais como soldados e policiais), pois é óbvio que um grupo de combatentes altamente treinados poderia facilmente derrotar um grupo bem mais numeroso de amadores, mesmo que igualmente robusto.

Logo, já identificamos a primeira falha lógica do argumento em prol da democracia.

Mas há outras.

Além de ignorar as desigualdades da força física e da aptidão para o combate, há outro aspecto sob o qual as atuais democracias se mostram incapazes de cumprir os requerimentos lógicos do argumento da mudança pacífica.  Essa incapacidade advém de outra desigualdade básica: a desigualdade de interesses ou a desigualdade da intensidade da crença. 

Suponha que 60% da população de um país seja indiferente ou ligeiramente favorável ao atual governo ou ao atual partido político que está no governo, ao passo que os 40% restantes são contra.  Suponha também que esses 40% são realmente contra o atual governo e o atual partido que está no poder, de maneira intensa e inflamada, pois são eles que estão tendo de arcar com as benesses e com os privilégios que o governo distribui para seu eleitorado cativo.  Na ausência de democracia, esses 40% estariam muito mais dispostos a entrar em combates físicos. 

Enquanto isso, os outros 60% são formados por pessoas indiferentes, por pessoas desinformadas, por pessoas que têm apenas um leve interesse no assunto e pelos privilegiados pelo governo.  Os três primeiros grupos certamente jamais iriam às ruas guerrear, mas seu eventual voto em prol do governo tem o mesmo peso de um voto contra o governo. 

Logo, em uma eleição democrática, o voto de uma pessoa apática, desinteressada e desinformada tem o poder de anular totalmente o voto de um eleitor entusiasmado e realmente a fim de alterar o atual estado das coisas.  Por causa de sua falta de interesse, a maior parte dos integrantes dessa maioria jamais se disporia a entrar em combate. 

Assim, se aceitarmos a tese de que a democracia substitui tiros por votos e gera os mesmos resultados, então temos de concordar que um processo democrático que dá a um homem apático o mesmo peso eleitoral de um entusiasta não pode satisfazer nosso próprio critério.  O apático jamais entraria em um combate — portanto, as atuais democracias sistematicamente distorcem os resultados eleitorais em relação aos hipotéticos resultados de um combate.

É provável que nenhum procedimento de eleição democrática seja satisfatório na resolução desse problema.  Porém, é certo que muito poderia ser feito para alterar as formas atuais, de modo a trazê-las para mais perto de nosso teste. 

A tendência de todas as atuais democracias tem sido a de tornar o voto mais fácil para as pessoas.  Porem, isso viola diretamente o teste, pois isso significa mais facilidades para os apáticos registrarem seus votos.  E quanto mais peso é dado aos votos dos apáticos, mais longe a democracia fica da satisfação de seus próprios critérios.

Claramente, o que se necessita é tornar a votação bem mais difícil, de modo a garantir que apenas as pessoas mais intensamente interessadas irão votar.  Uma medida útil seria remover todos os nomes das urnas, de modo a exigir que todos os eleitores escrevessem por conta própria os nomes de seus candidatos favoritos, podendo assim eleger absolutamente qualquer cidadão.  Não apenas isso iria eliminar esse definitivamente antidemocrático privilégio especial que o estado dá àqueles cujos nomes estão nas urnas, mas também nos deixaria mais perto de nosso critério, pois um eleitor que não sabe o nome de seu candidato favorito dificilmente teria guerreado nas ruas em nome dele.

Desta forma vemos que o argumento da mudança pacífica, longe de endossar todas as atuais democracias, requer mudanças vitais e radicais nas atuais estruturas democráticas.  Por uma total questão de lógica, aqueles que dizem que a democracia é o melhor sistema disponível (porque é o único que garante uma troca pacífica de governo) deveriam defender alterações profundas no atual sistema eleitoral.  Para contrabalançar as diferenças de força física, todos aqueles cidadãos não aptos para o combate corporal teriam de ser privados do voto; e votos plurais teriam de ser designados para soldados e policiais. 

Igualmente, para contrabalançar as diferenças de interesse e entusiasmo, o processo eleitoral teria de ser dificultado, e não facilitado, incluindo-se aí a imposição de que as pessoas escrevessem o nome de qualquer pessoa de seu interesse. 

E, mesmo assim, é provável que ainda restassem sérias distorções, pois meros ajustes nas regras de votação não podem igualar o interesse e o entusiasmo necessários para induzir os cidadãos a guerrearem nas ruas em nome de seu programa ou de seu partido. 

É possível, portanto, que o argumento da mudança pacífica seja autocontraditório, e que tal critério jamais seja cumprido.  Porém, mesmo se desconsiderarmos essas distorções inerentes, as atuais democracias certamente jamais poderiam ser justificadas por esse argumento, e mudanças radicais exatamente como as esboçadas acima seriam necessárias.  

Logo, a democracia atual, marcada especialmente pela votação gratuita e pelo sistema de "um homem-um voto", não pode ser defendida — sendo, na verdade, negada — pelo predominante argumento da "mudança pacífica de governo".  Ou esse argumento é abandonado — e inventa-se outro —, ou todo o sistema deve ser abandonado.



autor

Murray N. Rothbard
(1926-1995) foi um decano da Escola Austríaca e o fundador do moderno libertarianismo. Também foi o vice-presidente acadêmico do Ludwig von Mises Institute e do Center for Libertarian Studies.


  • Marconi  30/09/2014 14:26
    Democracia é uma piada, o problema é que qual seria a alternativa?

    Concordo inteiramente com a questão do voto apático x entusiasmado.

  • Andre Cavalcante  30/09/2014 14:58
    Olha só: "para contrabalançar as diferenças de interesse e entusiasmo, o processo eleitoral teria de ser dificultado, e não facilitado, incluindo-se aí a imposição de que as pessoas escrevessem o nome de qualquer pessoa de seu interesse"

    Isso não seria possível de ser feito pelo fato de que: "... obviamente não deveria haver qualquer tipo de proibição ao voto dos analfabetos, uma vez que ser alfabetizado não tem relação alguma com o potencial de combate de um homem"

    É realmente contraditória a democracia e suas "justificativas".

    É claro que o argumento de que a democracia tem o mesmo resultado político de um confronto armado, mas sem derramamento de sangue, é falho. Isso é apenas uma justificativa para manter o "gado"...

    "Oh!... oh! oh!, vida de gado! Povo marcado e, povo feliz!"

    Abraços
  • O MESMO de SEMPRE  07/12/2015 10:38
    Escrever um nome numa cédula não exige ALFABETIZAÇÃO. BASTA DECORAR COMO ESCREVE-LO e reproduzi-lo numa cédula.
  • Adriano  30/09/2014 15:26
    A democracia é o pior sistema de todos, com exceção dos outros.

  • Imperador  30/09/2014 15:48
    É mesmo? E por que ela seria pior que uma república constitucional? E como ela seria pior que uma monarquia?
  • o rei está nu  30/09/2014 16:12
    Ao amigo imperador, recomendo ler

    Aqui
    Por que a monarquia é superior à democracia
    mises.org.br/Article.aspx?id=373


    E Aqui
    Democracia - o deus que falhou
    mises.org.br/Article.aspx?id=139

  • Sofista/Pos moderno  30/09/2014 18:19
    Vá lá não acho grande coisa a democracia,mas os argumentos contra democracia podem ser usados contra o mercado pois o mercado é um a espécie de democracia onde os votos serão basicamente substituidos por compras. As pessoas são idiotas, ninguem vai mudar essa realidade, tanto no anarcocapitalismo quanto na democracia.
  • anônimo  01/10/2014 00:26
    A diferença do mercado é que você pode escolher refrigerante e eu posso escolher suco e podemos ter os dois, uma maioria preferir uma coisa só faz com que sua produção aumente (consequentemente tirando mão-de-obra das outras) mas todas as mercadorias são disponíveis.
    Na democracia se você escolhe refrigerante e eu suco, precisamos de uma opinião da maioria que não só decide um como exclui o outro de existência, então não vejo a democracia de forma alguma como um mercado.
    A melhor 'analogia' que eu conseguiria fazer é com a democracia é comparar com um monopólio, já que esse também exclui a diversidade. Embora claro seja ainda uma comparação forçada
  • Sofista/Pos moderno  01/10/2014 14:07
    É claro que nenhuma analogia é perfeita, se há algumas diferenças tb há muitas semelhanças. Se temos canditados com propostas populista, o mercado tem o marketing. Sem falar que vc nega que as suas compras quando pensada como escolhas tem influências apenas pra vc,penso que não. Mas talvez há uma coisa boa na democracia, pois dentro do pacote ideologico que ela defende vem junto o pacote da liberdade.
  • anônimo  01/10/2014 15:39
    Talvez nao me tenha deixado entender, minhas compras/escolhas tem sim influencia no todo, mas apenas isso influencia. Enquanto que na democracia é decidida uma e apenas uma forma de governo. É 8 ou 80, ja no mercado a influencia eh menor e proporcional ao que voce faz/produz/consome
  • Felipe  30/09/2014 18:14
    Democracy is the road to socialism. - Karl Marx
  • Felipe  30/09/2014 17:07
    Artigo é falho quanto a me convencer que a democracia é o pior sistema de todos.

    O sistema é falho, injusto, leva a ciclos econômico, mas ainda assim é mais desejado que qualquer outro sistema.
    A solução é fragmentar nossos territórios e não pedir por uma tirania.
  • Neto  30/09/2014 17:38
    E quais são os outros sistemas que você conhece e que perdem para a democracia? Cite ao menos 3 ( não vale ditadura) e explique aqui o funcionamento de cada um. Aí então poderemos ver se este seu vaticínio procede ou se foi apenas flatulência verbal.
  • anônimo  30/09/2014 18:33
    Isso não é democracia.

    O que existe é uma forma de república (oligarquia) comandada por grupos internacionais e seus bancos (a.k.a maçonaria e similares). Frutos do liberalismo que dá poder aos homens como medida de todas as coisas (ao contrario da Verdade), cujo "libertários" fazem parte.

    Por isso é chamada, Democracia LIBERAL (ou libertária já que vocês mudaram de nome, porque veja só os homens não são santos e perverteram os liberais, tipo papo de comunista).

    O paraíso libertário em Hong Kong está desmoronando? É coincidência com tudo o resto acontecendo no momento ?

    www.zerohedge.com/news/2014-09-30/hong-kong-protesters-give-wednesday-deadline-reform-chinese-army-watches-above
  • Marcos  30/09/2014 19:41
    "Isso não é democracia."

    Entendi. Assim como o comunista sonhador jura que nunca houve comunismo na URSS, na China, no Camboja, na Coréia do Norte, em Cuba etc., você também jura que o atual arranjo não é democracia.

    Compreensível. Afinal, ninguém minimamente sensato pode de fato defender o arranjo atual.

    "O que existe é uma forma de república (oligarquia) comandada por grupos internacionais e seus bancos (a.k.a maçonaria e similares). Frutos do liberalismo que dá poder aos homens como medida de todas as coisas (ao contrario da Verdade), cujo "libertários" fazem parte."

    Logo se vê que você realmente não entende nada da teoria libertária. Desconhece até mesmo as mais básicas críticas que essa filosofia faz ao sistema bancário.

    Sugestão de artigos:

    O sistema bancário e o estado - por que os banqueiros evitam a atenção pública

    O sistema bancário brasileiro e seus detalhes quase nunca mencionados

    Desmitificando alguns mitos sobre bancos centrais

    O estado gera as desigualdades sociais que ele próprio alega ser o único capaz de resolver

    "Por isso é chamada, Democracia LIBERAL (ou libertária já que vocês mudaram de nome, porque veja só os homens não são santos e perverteram os liberais, tipo papo de comunista)."

    Ininteligível.

    "O paraíso libertário em Hong Kong está desmoronando? É coincidência com tudo o resto acontecendo no momento ? www.zerohedge.com/news/2014-09-30/hong-kong-protesters-give-wednesday-deadline-reform-chinese-army-watches-above"

    Hein?! Pessoas indo às ruas para protestar contra a ingerência do governo comunista da China representa o "desmoronamento do paraíso libertário"?

    Tá sabendo legal, hein, meu filho? Parabéns.
  • anônimo  30/09/2014 21:36
    Mas realmente não houve comunismo na URSS pq comunismo é impossível.Houve socialismo.
  • Felipe  30/09/2014 19:06
    "E quais são os outros sistemas que você conhece e que perdem para a democracia? Cite ao menos 3 ( não vale ditadura)"

    Não valer ditadura é meio complicado por que hoje a maioria das oligarquias são taxadas dessa maneira e também por que o adjetivo ditador é subjetivo, por exemplo para os Castro e seus amigos eles não são ditadores, mas sim "representantes do povo".

    E também Não há muitas monarquias hoje para servir de exemplo, a maioria é monarquia constitucional (Inglaterra, suécia, mônaco) onde o rei ou a rainha são sustentado pelo povo mas não tem nenhum ou quase nenhum poder, e logo irei considerar esses países como democracia.


    Segue dois exemplos em que não há democracia, eu sei que você pediu três mas vou trabalhar só com dois. :

    Monárquia absoluta (árabia saudita) e oligarquia (China) são sistemas opostos a democracia.



    " e explique aqui o funcionamento de cada um. "

    Na china o poder é dominado por um único partido político assim como Cuba, mas há algumas particularidades dentro desse sistema,o executivo é mais rotativo do que outros países de partido único (cuba e coreia do norte).
    Na China a livre expressão é fortemente reprimida quando vai contra os interesses do estado, a população não vota e apenas assiste as decisões dos políticos.
    Entra no Partido comunista chinês é bem díficil, o acesso não é tão simples, você tem que ser aceito para o partido - "apenas 15% dos jovens que quiseram ingressar no grupo foram aceitos" (ebc)


    Na Aurabia Saudia tudo que eu sei é que é uma mornaquia absoluta, sua economia é sustentada pelo petróleo, financia muitos jovens para estudar fora do país, mas é bem fechado ao diálogo e não aceita opniões divergente ao regime.


    "Aí então poderemos ver se este seu vaticínio procede ou se foi apenas flatulência verbal"

    Até onde eu puder ver há vantagens para países democráticos tanto em vista pelas liberdades individuais quanto pelo desenvolvimento econômico.

    Três motivos:

    1) Em países democráticos você tem mais liberdade de expressão que países oligarquicos ou monarquicos. É padrão países com a política fechada silenciar qualquer manifestação contraria a sua.

    2) A economia apresenta melhores rendimentos em um país democrático. Há inúmeros exemplos mas vou citar 2: Estados Unidos tornou-se a maior economia sendo uma democracia. E a comparação coreio do sul e coreia do norte

    3) O seu poder de controle sobre a política é maior, sua possibilidade de entra num partido político ou influênciar o estado é infinitamente maior na democracia.



    Por tudo isso a democracia é o pior regime, exceto todos os outros

    Só um comentário final:
    Obvio que a democracia é falha, é injusta por que mesmo uma maioria não tem o direito de interferir na vida de uma minoria, ou mesmo de uma pessoa. Seus políticos agem apenas por voto fazendo político econômicas de curto prazo que levam distorções na economia (inflação, bolhas). Mas a solução não é acabar com isso, é reduzir o poder do estado através da fragmentação ou sesseção.
  • Neto  30/09/2014 19:46
    Obrigado. Era exatamente como previ. Você tem como contra-exemplos à democracia apenas ditaduras (Arábia Saudita e China). É incrível como as pessoas só conseguem pensar em termos binários: ou é democracia ou é ditadura.

    Dica: se você realmente quer uma democracia minimamente funcional, então você tem de ter uma sociedade em que haja uma aristocracia. Antes de emitir qualquer comentário puramente emocional, gentileza ler este artigo:

    Por que a democracia precisa de aristocracia

    Já eu prefiro arranjos como estes:

    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1795
    www.mises.org.br/Article.aspx?id=1692
  • Francisco Seixas  12/03/2016 02:54
    "2: Estados Unidos tornou-se a maior economia sendo uma democracia."

    Prezado Felipe.

    Pra seu governo, a sua afirmação, acima reproduzida, demonstra que você não tem ideia de como os EUA foram concebidos. Os chamados "Pais Fundadores" daquele país, tinham profundo desprezo pela democracia e cuidaram para não cometer o erro de fazerem daquele país nascente uma democracia. Eles fundaram uma República regida pela Lei, que limitava o tamanho e poder do estado e protegia a liberdade do indivíduo e a propriedade privada, não fundaram uma democracia.

    A palavra "democracia" nem ao menos é mencionada na Constituição Federal, nem nas Constituições dos estados da federação. Aliás, nem mesmo na Declaração de Independência.

    James Madison, conhecido como o pai da constituição americana, no Ensaio num 10, da série "The Federalist Papers" afirma: "...Hence it is that such democracies have ever been spectacles of turbulence and contention; have ever been found incompatible with personal security or the rights of property; and have in general been as short in their lives as they have been violent in their deaths."

    Alexander Hamilton - mais um dos "pais fundadores" - disse: "We are a Republican Government. Real liberty is never found in despotism or in the extremes of democracy."

    No vídeo a seguir o filósofo norte americano Noam Chomsky discorre brevemente sobre o assunto:



    Infelizmente - e aqui podemos aproveitar o exemplo americano para reforçar a ideia de que o estado é o mal maior e, portanto, desnecessário - com o passar das gerações, a sociedade americana foi compelida a pensar que vive numa democracia, passaram a se aceitar como sendo uma democracia e, como consequência, cederam seu lugar de sociedade mais próspera da história para o estado mais poderoso da história; são coisas diametralmente opostas.

    Mas os EUA não são uma democracia.
  •   12/03/2016 03:35
    Vídeo do esquerdopata Chomsky não precisava...
  • anônimo  12/03/2016 15:37
    'Vídeo do esquerdopata Chomsky não precisava...'
    Argumentum ad hominem. Independente de alguém ser de esquerda, direita, socialista, fascista ou o que seja, não é isso que faz que o que ele fala esteja errado.Ou certo.
  • Otton Barreto  12/03/2016 16:56
    Ninguém disse que o que ele disse está errado, analfabeto funcional. Li pelo menos 3 artigos do Rockwell falando quase a mesma coisa.

    O que o Zé disse se trata de não dar espaço para esse tipo de boçal no site que afirmou na maior cara de pau lá na década de 70 (antes de Pol Pot assumir o poder) que os comunistas do Camboja, fortalecidos por comunistas vindos do Vietnã, estavam buscando democracia e uma simples reforma agrária.

    Anos depois, para não admitir que estava errado, mas acabou ficando muitíssimo mais feio para o lado dele, o imbecil negou (outra vez na maior cara de pau) o genocídio cambodiano.

    Um esquerdista filho de uma puta igual esse cara, mesmo quando está certo (afinal até um relógio parado acerta o horário duas vezes ao dia) não deveria ser postado em aqui.
  • Francisco Seixas  12/03/2016 20:35
    Caramba, como vocês "pegam pesado" uns com os outros por aqui.

    A postagem do vídeo não visava enaltecer o Chomsky, nem qualquer outro esquerdista, era apenas para reforçar a ideia central de que os EUA não foram concebidos como uma democracia - " ...it is not a democratic society, it is not INTENDED to be..." - independentemente das ideias próprias do Chomsky.

    Mas, como disseram o Otton Barreto e o Zé, se isso é um "desrespeito" para com o Instituto, peço ao Leandro que retire o vídeo e assim evitamos que alguém mais venha a ter chiliques ideológicos.

    Na boa, pessoal.

    Abraço a todos.
  • Otto Barreto  12/03/2016 21:35
    Francisco Seixas, o Zé não foi histérico. O analfabeto funcional aqui é o anônimo e você.
  • Francisco Seixas  12/03/2016 21:50
    Hummmmmm, entendi.

    Abraço.
  • Jeferson  30/09/2014 19:31
    Interessante como uma simples busca por "monarquia constitucional" no Google pode levar a gente a encontrar alternativas que parecem, no mínimo, mais interessantes que a democracia:

    pt.wikipedia.org/wiki/Poder_moderador
  • carlos alberto  30/09/2014 23:02
    várias guerras de secessão?
    realismo...
  • Dom Comerciante  30/09/2014 18:28
    Ainda acho que a democracia pode ser o melhor ou também o pior dos sistemas, é tudo uma questão de que tipo de democracia estamos falando: se for a liberal clássica, então estamos falando de algo decente, se for a caricata social-democracia que vigora no mundo hoje, eu realmente admito que ela é uma aberração política moderna. Porque eu acredito que a democracia deveria existir apenas para melhor possibilitar os mercados de funcionarem(o laissez-faire) e não para caridade e Estado de bem-estar social e todas essas suas bizarrices econômicas que temos hoje. E outro absurdo é sermos obrigados a votar.
  • Daniel de Sá Aguiar  30/09/2014 19:56
    Devemos entender que a democracia é um processo histórico e que se pensarmos na democracia na Grécia antiga a nossa é boa e temos que entender que estamos em um processo de aprendizagem e no caso do Brasil temos pouco tempo de democracia que vai de 1945 a 1964 com muitas ameaças e de 1989 até hoje com as heranças dos períodos não democrático e assim também é no mundo, isto é, a mentalidade democrática ainda se encontra em processo de implementação contra uma mentalidade não democrática pois as mudanças históricas não se fazem do dia para noite.
  • Marcelo L.  30/09/2014 20:18
    O artigo não é muito bom. Rothbard mostra que a democracia não faria exatamente a mesma transição de poder na sociedade que o conflito físico realizaria. Só que isso está longe de ser um dos argumentos mais fortes em favor da democracia. O argumento mais forte é o de como ela seria o sistema mais justo por possibilitar um voto para cada pessoa da sociedade - a grosso modo -, e assim possibilitar a participação de todos.

    "Desta forma, dizem os democratas, os votos substituem os tiros e a carnificina de uma maneira muito engenhosa — afinal, uma eleição democrática gera os mesmos resultados políticos que teriam sido obtidos caso a maioria tivesse de testar sua força contra a minoria em um combate violento."


    Derrubar esse argumento é meio irrelevante.
  • Guilherme  01/10/2014 02:48
    Não. Todos os outros argumentos pró-democracia já foram completamente demolidos por este conjunto de artigos.

    www.mises.org.br/Subject.aspx?id=11

    O presente artigo demoliu o único que ainda faltava. Daí a sua relevância.
  • Marcelo L.  01/10/2014 16:49
    Dentro de um contexto de que esse era o último e frágil pilar que sustentava a defesa da democracia, o artigo ganha relevância, embora peque por não deixar essa contextualização clara logo no início.

    Agora, se tu fores enviar para algum conhecido como sendo uma refutação cabal da democracia - o que, ao ler o título era a minha intenção - ele é inócuo.
  • Wanderson  30/09/2014 21:23

    SIMPLES ASSIM

    Para vivermos em sociedade ou seguimos o princípio de liderança (nazismo, tribos) ou seguimos o princípio democrático (voto da maioria). Fora isso, não existe sociedade, impossível.

    Por essas e mais outras é que os conservadores estão corretos.
  • Ali Baba  01/10/2014 11:13
    @Wanderson 30/09/2014 21:23:25


    SIMPLES ASSIM

    Para vivermos em sociedade ou seguimos o princípio de liderança (nazismo, tribos) ou seguimos o princípio democrático (voto da maioria). Fora isso, não existe sociedade, impossível.

    Por essas e mais outras é que os conservadores estão corretos.


    Falácia da simplificação (autoproclamada: "SIMPLES ASSIM").

    Na verdade, essas falsas dicotomias é que criam o telhado de vidro dos conservadores como você. Não existem somente duas alternativas, como você gostaria. De fato existem centenas e ainda assim, cada alternativa com diversos graus em que pode ser aplicada. Em geral, os conservadores seguem a diretriz "se a realidade não condiz com a teoria, minta sobre a realidade".

    As duas alternativas que você mesmo propôs, na realidade, são apenas variações da mesma alternativa ou temos um ditador na forma de uma pessoa, ou temos um ditador na forma de uma maioria. Ainda assim, a alternativa é única. Seu argumento poderia ser simplificado (como imagino que você mesmo gostaria) em "só existe sociedade se tivermos uma ditadura".

    Não gosta das consequências lógicas do seu argumento? Talvez esteja na hora de pensar antes de sair cuspindo suas falácias prontas em fóruns de pessoas inteligentes. Aqui isso não se cria.

    Agora, quanto ao assunto em tela: das centenas de alternativas como uma sociedade pode ser construída, as únicas que permitem paz e prosperidade são as baseadas no individualismo e no princípio da não-agressão. Supondo pessoas absolutamente inflexíveis com esses princípios e que tenham condições de manter as gerações futuras igualmente inflexíveis, uma minarquia é até possível, como os EUA provou durante muito tempo. Mas, como os EUA também provou, é muito difícil manter esses ideais dominantes na sociedade ao longo das gerações. É muito provável que um estado minarquico cresça e toda a sua experiência degringole no autoritarismo.

    Nesse caso, a secessão individual é uma alternativa para controlar uma minarquia e evitar que ela cresça. Se a secessão individual fosse uma alternativa presente nos EUA, talvez o experimento americano fosse melhor sucedido.

    Nos resta, então, o anarcocapitalismo, como uma forma de secessão a priori. E, por isso, das centenas de maneiras com que uma sociedade pode ser organizada, essa é a forma pela qual a maioria dos austríacos (eu incluído) professa aliança.

    Mas tudo isso foi sequer considerado por você? Não, né? É mais fácil viver no mundo da simplificação. E se ela não condiz com a realidade, azar... você mesmo faz a sua realidade, não é?
  • Estevam  30/09/2014 21:30
    Infelizmente o IMB só informa a data da postagem, eu fico curioso sobre a data da publicação original e o veículo
  • Henrique  30/09/2014 22:26
    Sem querer ser chato, mas essa fotografia mostra um cordeiro em pele de lobo em vez de um lobo em pele de cordeiro!
  • Justíssimo  01/10/2014 03:36
    O sistema perfeito seria a democracia, desde que vivêssemos em sociedades pequenas onde a cultura, caráter e consciência coletiva fossem características razoavelmente homogêneas.
    Quanto mais populosa e mais diversificada uma nação com relação às virtudes acima, mais difícil de a democracia apresentar resultados minimamente satisfatórios.
    A meritocracia que deveria ser o objetivo de qualquer democracia sã, não vinga.
    Só há o caminho da secessão total de países grandes - aqui no Brasil deveria existir pelo menos 30 países distintos. É por isto que devemos lutar, pequenos países independentes.
    É utopia imaginar que vai existir justiça para todos onde o pensamento e o comportamento são muito distintos.
    Não existe meio termo justo quando a média tem grande desvio padrão.
    O mundo evoluiu muito em termos tecnológicos, porém estamos amarrados a modelos ultrapassados de governos populistas ou ditatoriais
    Um profissional gabaritado, com estudo, inteligência,que paga impostos, que trabalha para melhorar sua condição e a de outros, não pode ter seu voto com o mesmo valor de um indivíduo que não trabalha, não estuda e apenas recebe recursos e assistencialismo.
    Chega da hipocrisia característica do "politicamente correto" enquanto vemos o descalabro que estão nos conduzindo através do voto igualitário.
    Pelo voto com peso proporcional ao estudo! Pela Secessão no Brasil !
  • Felipe  01/10/2014 17:12
    "O sistema perfeito seria a democracia,desde que vivêssemos em sociedades pequenas onde a cultura, caráter e consciência coletiva fossem características razoavelmente homogêneas."

    Democracia? sistema perfeito? você ainda não entendeu.

    "Pelo voto com peso proporcional ao estudo"

    Marxista, keynesianos e estadistas em geral tem bastante estudo.

    ninguém, não importa qual sua quantidade de estudo tem o direito de decidir sobre minha vida sem eu permitir.

    "Pela Secessão no Brasil "

    Sim!
  • Zara  01/10/2014 17:02
    Parece-me que está caindo terra, ao menos para os mais esclarecidos, que temos obrigação de sustentar, via impostos, pessoas sem vontade de aprender, trabalhar, evoluir, crescer intelectualmente, e torna-se livre de pensamentos e vontades. A pessoa anêmica intelectualmente só é viável para o mais nefasto dos políticos. Este espaço é o grito daqueles que estão fartos de sustentar a corja de vagabundos que foram colocados num pedestal pelo discurso proseletista dos debiloides esquerdistas brasileiros. Não temos obrigação nenhuma de herdar o fardo de que existe gente que necessita de bolsa família, cotas e afins. Nascer na pobreza e ignorância não significa permanecer nela para toda a vida. A pior das pobrezas é a intelectual. Ela é a fonte de atraso de qualquer país, e consequentemente o tesouro bem guardado dos ladrões do estado. Acho que não viverei para presenciar o dia em que a maioria enxergará tal logica. Miserável o futuro de um povo que espera ajuda de políticos.
  • Cíntia  02/10/2014 18:19
    Será que tornar o voto facultativo não poderia ser uma ferramenta mais prática e eficiente para sanar as distorções do processo eleitoral? Assim como não se mostrariam dispostos ao combate, os indiferentes não iriam perder o domingo votando, ao passo que os entusiasmados não perderiam a oportunidade de expressar sua vontade. Não podemos incluir nesta proposta, no entanto, a conhecida e muito praticada compra de votos... nova versão do voto de cabresto...
  • Fabricio  09/10/2014 17:36
    Existe algum artigo daqui sobre democracia direta?

    Acho que um sistema desses, mais uma divisão do país em assembleias municipais seria o único sistema onde a democracia poderia dar certo

    O liberalismo econômico daria conta do resto dos possíveis abusos do Estado

    Aliás, achei um artigo pequeno na Wikipédia sobre isso:

    en.wikipedia.org/wiki/Libertarian_municipalism


  • Emerson Luis, um Psicologo  19/10/2014 15:25

    É impossível um sistema perfeito: problemas e algum sofrimento sempre farão parte da vida humana - a não ser que um dia tenhamos uma intervenção extraterrestre. A verdadeira questão é reduzir os problemas e sofrimentos ao mínimo inevitável.

    Democracia é diferente de república e de estatismo. É apenas uma das ferramentas da vida moderna que só funciona se houver isonomia e respeito aos direitos naturais: vida, propriedade e liberdade com responsabilidade. Sem estas, vira demagogia ou mesmo ditadura.

    * * *
  • A. Victor S.  21/09/2015 14:41
    Embora eu não defenda a Democracia, muito menos com esse argumento, achei a refutação do argumento um tanto quanto frágil. Realizo aqui, fazendo o uso de minha imaginação, a possível contra refutação que poderia ser apresentada por um defensor desse argumento.

    São dois os argumentos que aqui apresento, sendo o segundo corolário do primeiro, embora possa ser usado per se.

    ARGUMENTO 1: Seria inverossímil acreditar que haveria desproporção significativa entre grupos da população dentro de parcelas do eleitorado, de forma que as distorções seriam menores que as imaginadas.

    Ilustração: Numa eleição de segundo turno para presidente do Brasil temos:

    Candidato A: Venceu com 52% dos votos dos quais 58% são mulheres e 42% homens.
    Candidato B: Perdeu com 48% dos votos dos quais 42% são mulheres e 58% homens.

    É evidente que numa eleição Candidato A venceria e B perderia. Já num confronto, B, teoricamente, venceria pois tem a maioria dos homens. Há portanto uma falha, mas não suficientemente significativa, A tem muitos homens também, poderia ter vencido.

    Percebam que apenas uma disparidade muito grande entre os sexos (entre idosos e jovens, etc) criaria distorções imensas.

    Exemplo:

    Candidato A: Venceu com 52% dos votos dos quais 77% são mulheres e 23% homens.
    Candidato B: Perdeu com 48% dos votos dos quais 23% são mulheres e 77% homens.

    É evidente que numa eleição Candidato A venceria e B perderia. Já num confronto, B, muito provavelmente, venceria pois tem a maioria esmagadora dos homens. Nesse cenário, o superior número de mulheres de A não teria grande valor, elas seriam praticamente inócuas no combate físico. Seria inverossímil crer que elas sequer compareceriam ao combate.

    O mesmo se dá na questão "apático vs. entusiasmado". É inverossímil acreditar que haveria uma disparidade tão grande entre as parcelas. Se por um lado a parte produtiva que é saqueada estaria entusiasmada, pelo outro a parte "sanguessuga" estaria também. Um luta por mais liberdade, o outro por mais mamata, ambos estariam bem entusiasmados.
    Mesmo a apática e improdutiva parte, se entusiasmaria depois. Após a guerra, ao perderem privilégios, o desespero chegaria logo então se "entusiasmariam", de forma que o confronto poderia ocorrer em etapas, intermináveis até.

    O ponto do argumento é notar que as distorções não seriam tão grandes assim pois dificilmente haveria grande disparidade entre diferentes grupos na composição do eleitorado de cada candidato.

    ARGUMENTO 2: Embora hajam, como demonstrado, distorções entre "tiros e votos", a parte mais importante que é realização pacifica, evitando-se mortos, continua válida. Em outras palavras, é preferível a democracia ao confronto, mesmo que aquela não apresente resultados tão precisos quanto o desejável. O importante é salvar vidas.


    "Eis, portanto, o primeiro critério para o argumento da mudança pacífica ou da continuidade pacífica: o resultado das urnas será o mesmo resultado que ocorreria caso houvesse combates físicos da maioria contra a minoria, só que com a vantagem de não haver derramamento de sangue."

    Resposta: Não exatamente. Evitando-se o derramamento de sangue, a imprecisão das urnas seria um mal menor.

    Para fins retóricos, poderia o defensor perguntar, para quem insistisse que o resultado deve ser exatamente preciso, o seguinte: "Você estaria disposto a entrar num confronto físico para tirar a "prova real" do resultado? Se não, você admite que é melhor aceitar o impreciso que morrer pela precisão. Neste caso você já aceitou o 'Argumento 2'"
  • Andre Cavalcante  21/09/2015 19:50
    Olá A. Victor S.

    Acho que não entendi bem os seus argumentos.

    Você, afinal das contas, está a favor ou contra o articulista? Isso porque inicias dizendo que achaste a refutação (acredito que do articulista) frágil. Entretanto, você coloca dois argumentos que simplesmente mostram que ele está correto.

    Ora, como bem colocado no argumento 1, em uma eleição, não haveria uma diferença significativa das parcelas do eleitorado votante, o que justamente por isso, traz uma alteração significativa no resultado, caso se opte pelo confronto. Essa é justamente a tese do artigo. E não se trata simplesmente de imprecisão. A motivação para pegar em armas é uma característica, com certeza, de uma minoria ("por isso que se vai às urnas", conforme o ditado). Logo, do eleitorado sendo ele 58% a 42% (h x m) ou vice-versa, se fossem pegar em armas, esse número seria bem diferente e, provavelmente, uma minoria ínfima de mulheres teria disposição para tal.

    E, como você mostrou no argumento 2, o argumento primário que é simplesmente que é "preferível votação, que permitiria uma eventual troca no poder, sem derramamento de sangue" é falso porque na opção do confronto o resultado seria quase certo diferente.

    Contra esse argumento só digo: "o que é preferível é que cada um viva e deixe o outro viver a sua vida".

    Abraços
  • noob  05/12/2015 20:05
    Discordando humildemente do autor, entendo que a principal vantagem da democracia não é substituir "tiros por votos", mas sim "opressão por votos". Dar a possibilidade daquele cidadão incapaz de lutar por si, expressar-se na mesma proporção que o cidadão armado.

    Todavia, concordo com o mesmo, na medida em que o voto do desinteressado/beneficiado pelo atual modelo não poderia ter o mesmo peso do voto do interessado/provedor. Concordo que a solução seria dificultar o voto. Não torná-lo obrigatório seria um bom começo, e ainda mais, sugiro que fosse cobrado! O custo total da eleição fosse rateado entre os votantes! Assim apenas os realmente interessados votariam.
    O custo seria obviamente baixo (as eleicoes no Brasil de 2010 custaram 480 milhoes ao TSE, por conseguinte, R$ 3,56 por votante. [congressoemfoco.uol.com.br/noticias/tse-eleicao-custa-r-480-milhoes-aos-cofres-publicos/]
    Claro que se apenas 1/3 dos eleitores fossem interessados e votassem, ainda pagariam cerca de R$10. Ainda assim, garanto que a qualidade do voto seria muito melhor.
  • Anonimo  06/12/2015 11:22
    'a principal vantagem da democracia não é substituir "tiros por votos", mas sim "opressão por votos". Dar a possibilidade daquele cidadão incapaz de lutar por si, expressar-se na mesma proporção que o cidadão armado.'

    Que conversa sem sentido, liberdade não oprime ninguém, pelo contrário, liberdade é a ausência completa de agressão.
    Estude mais pra aprender quem gera e lucra com a fraqueza do cidadão 'incapaz'.
  • noob  06/12/2015 11:42
    Anônimo, me referi ao fato de que votar torna a expressão da opinião independente da força ou aparato de agressão...libertando o fraco da opressão da força "física".
    Sou ciente da grande vantagem que os governantes eleitos tiram de seus votantes oprimidos mas não me referi a esta situação.
  • carlos lima  17/12/2022 11:09
    o peso do voto de um cidadão que vive neste país, com uma população estimada (2021) em aproximadamente 114 milhões de habitantes, é 0,000000008. é mole... ou quer menos?


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