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Eles nunca vão parar

Eis que acordo hoje de manhã e me deparo com a seguinte notícia: "Anvisa proíbe venda de cigarro com sabor".  Ainda é cedo, ainda estou sonolento, deve ser minha vista embaçada....  Mas, espere um pouco, o que eles querem dizer com "com sabor"?  Qualquer coisa que se põe na boca tem algum sabor, oras.  Prosseguindo para o subtítulo, descubro que eles estão falando de mentol, cravo, e outros sabores que não o do tabaco.  Opa, o cigarro que eu fumo é de menta!  Então, como é que é essa história?  Eu vou ser proibido de comprar meu cigarro?  Por quê?  Por quem?  Quem essa tal de Anvisa pensa que é e o que ela tem a ver comigo e com o cigarro que eu fumo?  Que diabos está havendo?

Agência de vigilância sanitária não é um órgão do estado criado para vigiar e impor suas próprias condições sanitárias sobre os processos de fabricação de produtos?  Será então que esta proibição foi devida à "falta de higiene" na produção do meu cigarro?  De todas as fábricas de todas as empresas?  Não.  Parece que esta agência criada em 1999 não só tem o poder de dizer como os fabricantes devem fabricar seus próprios produtos, como agora também pode dizer quais produtos eles podem fabricar!  E de onde veio esta autoridade?  Certamente não de mim.  Muito menos do Luis Almeida.  Porém, o fato é que ela tem as armas para impor suas determinações sobre produtores e consumidores, quaisquer que sejam estas determinações. 

O jornal que estava lendo de manhã era a Folha de São Paulo.  A reportagem veio acompanhada de duas colunas, uma a favor da proibição e outra contra.  Não entendo por quê, mas esta agência autoritária tentou justificar de alguma maneira a sua decisão unilateral de banir um produto do mercado.  O motivo de eu não entender é pelo fato de que argumentos devem servir para tentar convencer a outra parte a respeito de algo, e ao contrário dos produtores e comerciantes — que devem usar da persuasão para convencer os consumidores de que seus produtos valem a pena ser comprados —, a agência em questão não precisa convencer os produtores e consumidores de nada; ela apenas vai armada ao encontro destes, e impede à bala que uma troca voluntária ocorra.  Não obstante, o colunista a favor da proibição, um tal Alberto Araújo, apresentou os argumentos dos ditadores de regras, e eu, mesmo que inutilmente — já que a ordem já foi dada — vou comentá-los.  Plagiando Leandro Roque, eu vou de preto e o Araújo vai de vermelho:

Nas últimas semanas, entidades médicas manifestaram-se favoráveis ao banimento de quaisquer formas de aditivos no tabaco, sejam açúcares, aromatizantes ou flavorizantes.

Ele está falando de entidades médicas ou de entidades escravocratas?  Médicos são profissionais que cuidam da saúde de seus pacientes, e não pessoas que determinam como outras pessoas devem viver suas vidas.  Uma entidade médica pode se manifestar sobre aditivos no tabaco, ou sobre o próprio tabaco, dizendo que eles fazem mal, bem ou nada à saúde das pessoas, mas jamais se manifestar a favor do banimento do que quer que seja.

Eu só consigo pensar em uma piada para ilustrar ao proibicionista o que é um médico:

- Oi João, como foi a consulta?

- O médico me mandou mudar meus hábitos; parar de beber, de fumar, me passou uma dieta rigorosa e me mandou fazer exercícios diariamente.

- E o que você fez?

- Mudei de médico.

Sim, senhor Arnaldo Araújo, acredite: médicos podem recomendar que as pessoas façam ou deixem de fazer algo.  Mas eles não podem obrigar as pessoas a fazerem ou a deixarem de fazer algo. 

Hoje, o tabagismo é responsável pela perda precoce de 200 mil vidas por ano no Brasil devido, principalmente, às doenças cardiovasculares e respiratórias, ao acidente vascular cerebral e ao câncer.

Mentira atrás de mentira atrás de mentira.  Se há alguma coisa pela qual o tabagismo pode ser responsabilizado é por trazer prazer a milhões de fumantes.  Quem fuma, o faz porque quer, porque gosta, porque fumar coloca o agente em um estado de maior satisfação do que o que ele estaria na ausência do ato de fumar — caso contrário ele não fumaria.  Ou seja, podemos afirmar com toda a certeza que fumar é um bem, do ponto de vista do próprio fumante.  E é igualmente uma mentira afirmar que o tabagismo seja o responsável por todas estas mortes, ou mesmo que "cigarro faz mal à saúde" (como esta agência ditatorial obriga os fabricantes de cigarro a anunciarem em suas embalagens).  Não existe nenhuma evidência científica que sustente tão leviana afirmação.  Ou, como coloca o professor Walter Block:

. . .  é o argumento de causa e efeito.  O atual estágio do conhecimento médico científico não estabelece nenhuma ligação contínua entre o consumo de cigarros e o câncer, ou enfisema etc., nem para os próprios fumantes, e muito menos para os fumantes passivos.  Um não é uma condição suficiente e nem necessária para o outro.  Existem pessoas que cedem ao desejo de fumar por toda a vida e nunca ficam doentes, enquanto outros jamais encostaram a boca num mísero cigarro, nem moraram ou trabalharam perto de fumantes, e mesmo assim morrem destas doenças.  (Por sua vez, todo mundo que leva um soco no nariz, sofre um dano físico).  O máximo que se pode estabelecer  a respeito desta etiologia é uma correlação estatística: existe uma incidência maior de doenças pulmonares entre os fumantes.  Porém, de forma similar, disparidades meramente estatísticas surgem em uma infinidade de casos.

A inclusão de sabores (mentol, cravo, chocolate etc.) nos cigarros tem se revelado uma estratégia bem-sucedida da indústria para conquistar novos fumantes e para atrair os que já fumam.

Parabéns a essa estratégia de sucesso.  Empreendedores estão sempre buscando atender as demandas dos consumidores da melhor maneira possível.  Eu, como consumidor, agradeço o empenho deles e os recompenso trocando voluntariamente meu dinheiro pelo produto deles.

Pesquisa realizada no Brasil pelo Instituto Nacional do Câncer, em parceria com a Universidade Johns Hopkins (EUA), confirmou a preferência de adolescentes por cigarros aromatizados. Entre os que fumam, 44% preferem esse tipo de cigarro.

Será que só eu percebi que se 44% preferem esse tipo de cigarro, então 56% preferem o outro tipo?  E que 56% é maior que 44%?  E que, se o objetivo dos proibicionistas é proteger "nossos" jovens contra a ganância de inescrupulosos empresários do ramo tabagistas, eles teriam de ter proibido o outro tipo?

A manutenção dos aditivos, como os açúcares e flavorizantes, atende a uma reivindicação da indústria do tabaco, que lucra com vidas humanas.

Lucra com vidas humanas?  Meu Deus, que crime hediondo é este que está sendo cometido?  Sem dúvida que a indústria do tabaco reivindica a manutenção dos aditivos, e ela só o faz pois esta é uma reivindicação dos consumidores.  Acredite, senhor Arnaldo —  que mais parece um professor marxista discursando contra o malévolo capitalismo —, uma indústria só lucra se atender à demanda dos consumidores, entregando o que eles desejam, de maneira melhor e mais barata do que seus concorrentes.  A indústria do tabaco estava até hoje atendendo à minha demanda, até aparecer o senhor e a sua agência ditatorial para ameaçar nossas vidas, impondo violentamente a interrupção deste processo de trocas voluntárias mutuamente benéficas.

A convenção-quadro diz que a proteção de uma política de controle do cigarro não deve ser alterada nem ter a interferência de interesses econômicos.

Mas, por interesses econômicos, os produtores e comerciantes de cigarros vão continuar atendendo à demanda voluntária dos consumidores dos outros tipos de cigarro!  Por que não proibir de vez o cigarro e assim acabar com esta "interferência de interesses econômicos" na saúde de seus súditos?  Logicamente, os proibicionistas irão chegar lá, mais cedo do que se imagina.

Do outro lado da página estava o texto contrário à proibição.  Um excelente texto de Luis Felipe Pondé, comentando o óbvio absurdo desta medida autoritária deste estado fascista, impondo sua política de higienização aos súditos.  O título já fala por si só: "Gosto que cada um sente na boca não é da conta do governo", com Pondé chamando a atenção para a pior forma de totalitarismo, o "totalitarismo do bem".  Na mesma linha, o genial escritor britânico C.S. Lewis nos alertava:

Dentre todas as tiranias, uma tirania exercida pelo bem de suas vítimas pode ser a mais opressiva.  Pode ser melhor viver sob um ditador explorador do que sob bisbilhoteiros morais onipresentes.  Pode ser que a crueldade do ditador explorador esmoreça, pode ser que uma hora sua cobiça seja saciada; mas aqueles que nos atormentam para o nosso próprio bem irão nos atormentar para sempre, pois eles fazem isso com a aprovação de suas consciências.

Esta Anvisa usa de violência reivindicando estar cuidando da saúde de nós, súditos — alguém só precisaria me explicar como é que agredir fisicamente alguém que não obedece a ordens pode fazer bem à saúde do agredido.  Você acha que eles irão parar depois de mais esta proibição?  Lógico que não.  sabor_vodka.jpgEles não descansarão enquanto o cigarro não for totalmente proibido ... para o bem de nossa saúde.  E depois do cigarro, o que virá?  Na mesma página desta reportagem da Folha, havia uma chamada para outra reportagem: "Consumo de carne vermelha aumenta risco de morte".  Seria este um presságio do próximo alvo da Anvisa?  Se algo aumenta o risco de morrermos, eles devem nos proteger e nos proibir; eles devem fazer com que todos vivam até 110 anos, ou melhor, sobrevivam, nem que seja preciso manter todos os seres humanos sob vigilância 24 horas por dia, certificando-se de que só comeremos o que eles mandarem, só beberemos o que eles deixarem, só faremos as atividades que eles liberarem, só dormiremos o tempo que eles permitirem.  Ou o próximo alvo será, similarmente aos cigarros com sabor, as vodkas com sabor?  Qual será a indústria que mais nos ameaça com seus produtos venenosos? (Ou qual será a indústria mais interessante de ser ameaçada com algum banimento, que possa oferecer um polpudo suborno para não ter seu produto banido?)

Os bisbilhoteiros morais, os totalitários do bem, não irão parar nunca.  Isso porque uma vez que a linha da propriedade privada — a começar pela propriedade sobre o próprio corpo — foi ultrapassada, não há mais limites e não há mais retornos.  O único limite era este: sou dono do meu corpo e coloco nele o que eu quiser; sou um adulto e assumo meus próprios riscos.  Quando as pessoas deixaram de respeitar esta fronteira e permitiram que o estado legislasse sobre ações individuais que em nada agrediram a propriedade alheia, um caminho sem fim foi aberto. 

Ou exigimos o respeito absoluto à propriedade privada, ou podemos dar adeus à vida e abraçar a sobrevida.  A Anvisa deve ser extinta imediatamente, só para começar.




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comentários (106)

  • Vinicius  15/03/2012 02:44
    "A inclusão de sabores (mentol, cravo, chocolate etc.) nos cigarros tem se revelado uma estratégia bem-sucedida da indústria para conquistar novos fumantes e para atrair os que já fumam.

    - Parabéns a essa estratégia de sucesso. Empreendedores estão sempre buscando atender as demandas dos consumidores da melhor maneira possível. Eu, como consumidor, agradeço o emprenho deles e os recompenso trocando voluntariamente meu dinheiro pelo produto deles."

    rsrsrsrs Genial!...pago pra ver esse tipo de argumentacao sair na "grande imprensa" rsrsrs os idiotas uteis iriam chamar daquele cliche q jah perdeu sentido "-fascista!"... estamos cercados de coletivistas autoritarios...
  • Jose Roberto Baschiera Junior  15/03/2012 03:35
    Realmente revoltante...
    Falando das carnes vermelhas, já teve aquele negócio com o Sódio.
    Daqui um tempo comeremos uma ração humana especialmente preparada pela Anvisa. Não sei vocês, mas comprarei chocolate no mercado negro.
  • Ronaldo Quinto  15/03/2012 04:22
    É isso aí!
  • Camilo  15/03/2012 04:29
    Pronto, mais um nicho aberto para ser explorado pelos contrabandistas. Parabéns, Anvisa!
  • Angelo Noel  15/03/2012 07:15
    Um beckzinho aqui, um cigarrinho aromático acolá.

    De grão em grão, o leviatã enche o papo.
  • Roberto  15/03/2012 13:19
    O pior é que atualmente aos olhos de boa parte da sociedade é muito pior vc ser visto fumando um cigarro comum que fumando um beck.
  • Edgard   16/03/2012 12:30
    Seja um back seja um cigarro aromatizado, não faz diferença, o princípio é o mesmo; não é uma questão de "beleza social" é uma questão de clara violação da nossa liberdade.
  • Antonio  15/03/2012 07:37
    A anvisa informa em seu site que esta a mais de um ano em debate sobre este tema, pergunto se o consumidor foi ouvido ou seja para a anvisa o consumidor não existe.
    fora isto, é uma invasão a sua privacidade e liberdade de escolha
    Parabéns pelo Artigo.
  • Bruno  15/03/2012 08:04
    Falando em evidências científicas, olha só o que eu achei no site da Aliança de Controle do Tabagismo

    Proibir o fumo em bares e restaurantes acarreta prejuízos econômicos para o estabelecimento?
    Não há nenhuma evidência científica de que a proibição de fumar em ambientes fechados resulte em perdas econômicas. Estudos independentes feitos em Nova York, na Irlanda e no Canadá (entre outros) demonstram que a freqüência nos locais permaneceu estável e/ou aumentou. Os únicos estudos com resultados diferentes foram patrocinados pela indústria do tabaco.
  • Gustavo Sauer  15/03/2012 09:23
    O que será que esses socialistas entendem como "perda econômica"? Será que pra esses socialistas a única coisa que importa é analisar números agregados numa planilha? E depois querem acusar "capitalistas" de tratar as pessoas de forma desumana, de só se "importarem com dinheiro". Mas o que fizeram neste caso? Usam um estudo que trata pessoas como agregados numéricos para mostrar que nenhum dinheiro está sendo "perdido", logo, a medida é boa. Um exemplo claro de hipocrisia e autoritarismo. Lamentável
  • Andre Cavalcante  15/03/2012 10:01
    A ANVISA não tem nada que dizer o que devo ou não comer, o que devo ou não fumar. Isto é ponto pacífico.

    Agora, o problema da proibição do fumo em lugares fechados já é o problema de externalidade. Não dá pra fumar individualmente em um lugar fechado sem que um outro indivíduo sofra uma externalidade. Se o outro for fumante será uma externalidade positiva. Se não for, será negativa. E aí, como fica?

    No meu caso é mais grave: sofro de asma e se permanecer um bom tempo em lugares muito poluídos ou perto de fumantes é certo ter de dar uma passadinha no setor de nebulização do hospital mais próximo.
  • Fernando Chiocca  15/03/2012 11:10
    Você só pode estar de brincadeira Andre Cavalcante!

    Externalidade? Vá estudar economia antes de ficar repeitindo termos vazios que não fazem o menor sentido. "Externalidades" não existem, o que existem são violações de propriedade privada.
    Minha casa é um lugar fechado e eu decido se pode ou não fumar. Um escritório é um lugar fechado do dono da empresa e ele deicide se pode fumar ou não. O mesmo vale para restaurantes, bares, lojas, oficinas, ônibus, aviões, museus, academias, universidades, etc, etc.. Os donos decidem.

    E você é asmático? Poxa, que peninha que estou de você.... Vamos descer a lenha em qualquer proprietário que permita o fumo para te proteger!! Que maravilha! Só que tem casos mais graves que o seu.. tem gente que é alérgica a ar, e tem que ficar respirando cilindors de oxigênio. Lamentável seu comentário...
  • Fabio MS  15/03/2012 11:19
    A solução: não frequente locais onde haja fumantes ou onde fumar não seja proibido. Não é porque você sofre de asma que o resto do planeta vai ter de fazer ou deixar de fazer alguma coisa para preservar sua saúde.
  • Andre Cavalcante  15/03/2012 15:05
    Olá pessoal.

    Pois oi só: a questão das "externalidades" já foi discutida aqui no IMB.

    E foi por isso que coloquei os dois lados: para um fumante ao lado de outro fumante, é o caso da apicultor ao lado de um jardim; para um fumante ao lado de um não fumante, é como a fábrica poluente ao lado de sua casa.

    Igualmente não tô defendendo a ANVISA ou qualquer outro modo de influência na sua vida privada.

    Tampouco quero que você, por livre e espontânea vontade, aumente suas chances de adquirir câncer no pulmão. Posso não concordar com o fumo (no meu caso nem isso, é caso médico mesmo), mas não posso concordar que alguém lhe tire o direito de escolha.

    "A solução: não frequente locais onde haja fumantes ou onde fumar não seja proibido."

    Aqui é o ponto. Também já foi discutido que o livre mercado é menos racista ou discriminador.

    Ora, como tal, o dono do restaurante somente vai proibir de fumantes frequentarem o seu estabelecimento, e consequentemente diminuir suas possibilidade de lucros, se for efetivamente um cara engajado anti-fumo (coisa improvável).

    Então a questão anterior se impõe, ou então você estará usando do seu "direito de fumar" para atacar o meu "direito de comer em um restaurante". O que você sugere é: ou eu aceito você, ou nunca mais vou comer em um restaurante. E é fácil ver que assim será: antes de qualquer lei anti-fumo, quantos restaurantes você conhecia que não aceitavam fumantes? Eu nunca conheci nenhum.

    Acredito que uma forma de resolver isso (o que eu tento fazer) é solicitar, educadamente, ao fumante que não fume no ambiente, principalmente se lá cheguei em primeiro lugar.

    Citando Rothbard: Se A está provocando a poluição do ar de B, e se isso pode ser provado para além de qualquer dúvida razoável, então se trata de uma agressão que deve ser processada e indenizada de acordo com a responsabilidade objetiva — exceto se A estava lá antes e já vinha poluindo o ar antes da propriedade de B se constituir.

    Em geral sou acatado, ou seja, a pessoa voluntariamente decide não mais fumar. O problema é aquele cidadão que não entende que pode estar iniciando de violência contra alguém que já estava respirando aquele ar antes dela. Novamente Rothbard: "para cada pessoa, o ônus apropriado do risco é abster-se da coerção a menos que um ato explícito contra sua pessoa ou seus bens tenha sido iniciado".

    Tô tão errado assim em minhas conjecturas?

    Abraços
  • Gustavo Sauer  15/03/2012 16:08
    Não existe esse direito de comer em restaurantes que você menciona.

    Se o restaurante deixa entrar fumantes, você já sabe de antemão a posição do dono da propriedade. Se isso é intolerável pra você, então é melhor comer em casa ao invés de comer na propriedade dos outros. Restaurante não é propriedade coletiva com "função social" como prega nossa constituição.

    Você realmente acha que com a quantidade de nao fumantes que existem, os estabelecimentos nao teriam nenhuma preocupação em separar o joio do trigo?

  • Andre Cavalcante  15/03/2012 21:15
    "Não existe esse direito de comer em restaurantes que você menciona."

    Perfeito. Por isso é que eu usei às aspas. Da mesma forma não existe o "direito de fumar no lugar X", exceto se esse lugar for seu (ou por concordância do proprietário do lugar X).

    "Se o restaurante deixa entrar fumantes, você já sabe de antemão a posição do dono da propriedade. Se isso é intolerável pra você, então é melhor comer em casa ao invés de comer na propriedade dos outros."

    Você aceitou a minha conclusão inicial: mantendo-se o pensamento, nunca mais iria comer em restaurante.

    "Restaurante não é propriedade coletiva com "função social" como prega nossa constituição."

    Não disse isso em nenhum momento.

    "Você realmente acha que com a quantidade de nao fumantes que existem, os estabelecimentos nao teriam nenhuma preocupação em separar o joio do trigo?"

    Nunca separaram. Área de fumantes e não fumantes nunca funcionaram a contento em canto nenhum. O que acho é que em uma sociedade onde o direito de propriedade seja verdadeiramente repeitado haveria o desenvolvimento de algumas soluções melhores que essa, só ainda não visualizo qual.

    Veja bem, não quero uma lei proibindo você ou qualquer outra pessoa de fumar. Pelo contrário, uma lei assim só distorce as coisas. Só coloco algumas questões.

    Por exemplo, troque "restaurante" por qualquer outro espaço que tenho que compartilhar com outra pessoas: até que ponto o ar que respiro naquele lugar me pertence? até que ponto pertence a você? até que ponto pertence ao proprietário do espaço X? Raciocinei do seguinte modo: se tenho propriedade sobre a minha casa, Rothbard concluiu que o ar na minha casa, e sobre ela, me pertence também; usando o mesmo pensamento, se tenho propriedade sobre o meu corpo, o ar que respiro, ao redor de mim, também me pertence. Se não for assim não poderia respirar a não ser em minha casa. Só coloco algumas questões. Sem nenhuma outra intenção aqui.
  • Gustavo Sauer  16/03/2012 07:28
    André, vou como o jack estripador (suas palavras em negrito as minhas normais).

    André, eu não entendi uma coisa. Se você admite que não existe "direito de fumar" ou "direito de comer em restaurantes", porque os usou como forma de montar seu argumento? O fato de você ter chegado primeiro em um restaurante não lhe dá nenhum direito sobre o que acontece ali dentro. Se o fumo é algo intolerável pra você, então pergunte antes se o estabelecimento permite o fumo.

    Você aceitou a minha conclusão inicial: mantendo-se o pensamento, nunca mais iria comer em restaurante.

    Eu acho que não aceitei qualquer de suas premissas ou conclusões. Mas digamos que seu prognóstico ocorra. Digamos que não exista nenhum restaurante que proiba o fumo ou separe os fumantes dos não fumantes de forma que lhe agrade. Isso de alguma forma fere algum direito seu? Claro que não. A não ser que você acredite em "direito de comer em restaurantes".

    Eu sei que você não falou em "função social". Mas as suas conclusões estão alinhadas com esse tipo de pensamento que os socialistas chamam de "função social da propriedade."

    Ora, como tal, o dono do restaurante somente vai proibir de fumantes frequentarem o seu estabelecimento, e consequentemente diminuir suas possibilidade de lucros, se for efetivamente um cara engajado anti-fumo (coisa improvável).

    Gostaria de rever esse seu ponto. Não concordo que o dono do restaurante só irá fazer algo em relação ao fumo se for um "engajado anti-fumo". Quem determina o que é produzido são os consumidores. Se a atividade de fumo for algo desagradável aos consumidores, eles irão procurar estabelecimentos que não toleram o fumo. Os empresários que atenderem melhor os gostos dos consumidores irão ganhar com mais lucros e aqueles que não se importam com os gostos dos consumidores irão perder dinheiro, podendo chegar a falência. Então dizer que os consumidores dependem da vontade dos empresários é uma total reversão da realidade. São os empresários que dependem da vontade dos consumidores!

  • Andre Cavalcante  22/03/2012 16:38
    Olá Gustavo,

    Vou fazer como você. Vou normal e você de negrito:

    André, eu não entendi uma coisa. Se você admite que não existe "direito de fumar" ou "direito de comer em restaurantes", porque os usou como forma de montar seu argumento?

    Só estava fazendo um contraponto, se existisse um "direito de fumar", vai ter que ter um "direito de comer em restaurante sem fumo". E é por isso que disse que uma lei anti-fumo no fundo distorce, porque realmente cria os tais direitos e coloca o "o direito de comer em restaurante" acima do "direito de fumar" e por aí vai.

    O fato de você ter chegado primeiro em um restaurante não lhe dá nenhum direito sobre o que acontece ali dentro. Se o fumo é algo intolerável pra você, então pergunte antes se o estabelecimento permite o fumo.

    Aqui era a minha dúvida (vide a citação de Rothbard acima). O vídeo do anônimo já mostra a propriedade do dono do restaurante (ou qualquer outro local) que é quem define os "limites", em detrimento do indivíduo: quando estou no local, me submeto voluntariamente a isso.

    Eu acho que não aceitei qualquer de suas premissas ou conclusões. Mas digamos que seu prognóstico ocorra. Digamos que não exista nenhum restaurante que proiba o fumo ou separe os fumantes dos não fumantes de forma que lhe agrade. Isso de alguma forma fere algum direito seu? Claro que não. A não ser que você acredite em "direito de comer em restaurantes".

    Cara, é que às vezes o site dá uma bagunçada na ordem dos comentários e respostas. Na verdade começou tudo quando respondi ao Fábio com a questão do restaurante, cuja sua solução dele foi: não coma no restaurante. Depois tentei mostrar a ele que mantendo-se a premissa dele, eu nunca mais iria comer em restaurante (vale para outros lugares, claro, mas vamos ficar no exemplo corriqueiro). Você entrou no papo e fiz referência ao comentário do Fábio, mas isso não ficou explícito. Mas você, com o seu comentário (alinhado com o do Fábio) me fez ver que a minha 1a conclusão vale: nunca mais vou comer em restaurante (no caso de um mundo efetivamente livre). E não, (você está certo) isso não fere nenhum direito meu.

    Eu sei que você não falou em "função social". Mas as suas conclusões estão alinhadas com esse tipo de pensamento que os socialistas chamam de "função social da propriedade."

    Provavelmente são resquícios da doutrinação estatal desde a infância. Por favor, releve e tenha paciência comigo. Mas a minha conclusão não está alinhada com a "função social". A conclusão, mantendo-se as premissas ((i)quem define se o fumo é permitido ou não é o proprietário do lugar, (ii) o livre mercado é menos discriminador e (iii)não posso estar perto de fumantes), é: nunca mais vou comer em restaurantes.

    Gostaria de rever esse seu ponto.Não concordo que o dono do restaurante só irá fazer algo em relação ao fumo se for um "engajado anti-fumo". Quem determina o que é produzido são os consumidores. Se a atividade de fumo for algo desagradável aos consumidores, eles irão procurar estabelecimentos que não toleram o fumo. Os empresários que atenderem melhor os gostos dos consumidores irão ganhar com mais lucros e aqueles que não se importam com os gostos dos consumidores irão perder dinheiro, podendo chegar a falência. Então dizer que os consumidores dependem da vontade dos empresários é uma total reversão da realidade. São os empresários que dependem da vontade dos consumidores!

    Neste caso não é bem assim. Explico-me: o livre mercado tende a ser menos discriminador, justamente para maximizar os lucros. Aqueles que discriminam tendem a ter um mercado mais restrito. Como tal, um restaurante, por exemplo, tende a aceitar todo o tipo de pessoa (e porque não deveria?), incluindo fumantes e não fumantes. Note que, por padrão, vai se admitir a possibilidade do fumo. Se o proprietário quiser o contrário, deverá colocar placas bem visíveis da proibição do fumo. Na prática, o máximo que fará, com certeza, é a famosa área de não fumantes, que, ainda na prática, não funciona, a não ser que sejam efetivamente ambientes separados, no fundo 2 restaurantes (falo aqui de lugares fechados, claro). Isso é facilmente percebido empiricamente lembrando como era (é?) antes dessas leis anti-fumo.

    Não duvido que alguns restaurantes efetivamente bloqueiem a entrada de fumantes, mas, com toda certeza, serão uma minoria. Agora, extrapolando, as mesmas ideias valem para quaisquer ambientes, inclusive os abertos: parques, praças, praias, etc., nós teríamos de nos submeter às leis privadas do local. Claro, o fumo aqui não seria um grande problema, mas outras coisas poderiam ser (nudez na praia, por exemplo).

    Abraços.

  • marcos  23/09/2014 19:59
    Cara, nesse cenário, com certeza, abririam um restaurante só para não fumantes. apesar de o livre mercado ser menos discriminador, quando se abre um nicho como esse logo logo aparece alguém pra atender essa demanda.

    sei que, no Brasil, quando não existia lei anti-fumo também não existiam lugares (que eu lembre agora)onde fumar era proibido. Mas não lembro também de ver algum tipo de mobilização neste sentido. O cigarro era aceito e ponto final. Hoje em dia não é mais, e caso caia a lei anti-fumo, tenho certeza que alguém perceberá esta oportunidade garantindo que pessoas como tu tenham onde almoçar e respirar ao mesmo tempo :)
  • Fernando Chiocca  15/03/2012 16:10
    Tô tão errado assim em minhas conjecturas?

    Sim, você está totalmente errado. Tão errado que continua parecendo algum tipo de piada. Pois não é possível alguém que diz que já discutiu esses assuntos diversas vezes não conhecer os princípios básicos elementares do mesmo!

    Então a questão anterior se impõe, ou então você estará usando do seu "direito de fumar" para atacar o meu "direito de comer em um restaurante".

    Seu direito de comer em um restaurante???? Tá maluco rapaz? De onde tirou isso? Isso não é um direito. O único direito que existe é o direito de propriedade. Ninguém possui direito sobre a propriedade de outra pessoa. Você só pode entrar no restaurante de alguém se ele permitir. Só pode comer lá se o dono permitir. E só pode fumar se o dono permitir.

    antes de qualquer lei anti-fumo, quantos restaurantes você conhecia que não aceitavam fumantes? Eu nunca conheci nenhum.

    Mas existiam. E quase todos tinham áreas de fumantes e de não fumantes. Você tá de palhaçada se não sabia disso.

    Em geral sou acatado, ou seja, a pessoa voluntariamente decide não mais fumar. O problema é aquele cidadão que não entende que pode estar iniciando de violência contra alguém que já estava respirando aquele ar antes dela.

    Você deve ter algum problema mental...
    Antes de você entrar no restaurante, "aquele ar", aquele espaço, já era propriedade de alguém. Você não se torna dono de um espaço do restaurante só porque chegou ali antes de outro cliente. Nem você nem o que chegou depois são donos. O dono continua sendo o proprietário do restaurante.
    Se você viesse me pedir pra parar de fumar porque você é doentinho, eu ia mandar você pra puta que o pariu e ia chamar o dono do restaurante pra te botar pra fora, pois você estaria importunando um cliente de um local onde o fumo é proibido.
    E a única iniciação de violência nessa história toda iria ocorrer se você se recusasse a sair do restaurante, configurando ai uma invasão de propriedade.
  • Marcus V. Benites  15/03/2012 20:37
    O cara só está tentando argumentar. Certo ou errado, talvez não haja necessidade de ofendê-lo. Se ele tem um "problema mental", talvez outros tenham um problema de falta de educação... No mais, concordo plenamente com SUA argumentação, Chiocca. E, dando prosseguimento, obviamente haveria restaurantes só para não fumantes (todo público tende a ser buscado e tende a ter um "produto" para si, ainda mais um tão grande quanto o de não fumantes). Logo, qualquer regulamentação é absurda e impede uma acomodação natural das coisas. "Neste local se permite o fumo, não quero fumar passivamente, não entro"; "Neste local não se permite o fumo, então eu entro"; ou, ainda: "Neste local se permite o fumo, não me importo em fumar passivamente - até por não haver estudos de fato a respeito do mal em se fumar passivamente - então eu entro e aceito". Simples assim.
  • Fernando Chiocca  16/03/2012 07:35
    [*] errata: você estaria importunando um cliente de um local onde o fumo é liberado.


    Mas qualquer um que tem pelo menos 2 neurônios entendeu o que eu quis dizer.
  • Marcus V. Benites  16/03/2012 23:56
    Continua sem educação. É uma pena. Seu raciocínio é correto, como o do site, que acompanho há uns três meses; mas ter 99% de aprovação em comentários e afirmar ao 1% que, mesmo sem ir contra o artigo o questiona EDUCADAMENTE de alguma forma, que tem "problemas mentais" ou "dois neurônios" é não só falta de educação como falta de inteligência para quem quer transmitir uma ideia às pessoas. E, o que é mais impressionante (ou seja, você não precisava disso), uma ideia tão boa como a de vocês. Obrigado pelo texto, que você sabe bem escrever e que me aclarou bastante. Uma pena a conversa com os que dedicaram tempo lendo o que você escreveu não poder se realizar tão civilizadamente.
  • anônimo  15/03/2012 20:07
  • Andre Cavalcante  15/03/2012 21:28
    Perfeito!
  • Fernando Chiocca  16/03/2012 07:38
    Aleluiah!

    Que bom que entendeu André Cavalcante!
  • Fellipe  15/03/2012 08:41
    Fernando, parabéns pelo artigo!

    Queria ver isso sair na mídia mainstream...

    Não gosto de cigarro, mas é absurdo proibir quem gosta. Mas gosto de charutos, e tenho certeza que em breve meus cubanos serão alvo da Anvisa (não têm filtro, a fumaça é forte, ou qualquer outra justificativa). Parece que somos um bando de crianças à espera de que o todo poderoso governo venha nos salvar.
  • Eric Marcolano  15/03/2012 09:32
    Sei bem o que é ser perseguido pela Anvisa.\r
    Nos últimos meses passei a comprar suplementos em sites americanos (incomparavelmente mais sofisticados e imensuravelmente mais baratos que os nacionais), contudo, se forem flagrados pela Anvisa certamente serão retidos. A Anvisa tem autoridade para abrir(!) as minhas encomendas e decidir se o produto pode entrar no Brasil. Ou seja, esta agência se arroga o direito de decidir o que eu posso ou não consumir, tratando-me como uma criança potencialmente suicida que necessita de um tutor para protegê-la. E eu ainda tenho que ficar agradecido pela atenta vigilância desses burocratas, já que ( para eles) não sou capaz de avaliar os possíveis malefícios causados pelos suplementos. \r
    O curioso é que, para pagar impostos, eu sou considerado um adulto responsável e apto, por outro lado, para ponderar o custo-benefício de uma ação voluntária, sou tratado como incapaz, obtuso e imaturo.
  • Andre Cavalcante  15/03/2012 15:09
    Eles já pegaram no meu pé também, no aeroporto quando, voltando de Portugal, pasmem, o cara me fez abrir a mala e mostrar pra ele que o azeite português que estava trazendo era, de fato, azeite português...

    Abraços.
  • Gustavo Sauer  15/03/2012 09:51
    O pior é que mesmo pessoas que poderiam ser aliados nessa luta pela liberdade acabam ficando junto ao governo em casos como esses.

    O cigarro já foi tão atacado pela mídia global que defender o uso do cigarro é visto como uma defesa do câncer, das doenças, do sofrimento e até do homicídio! A pessoa é colocada como alguém que odeia a humanidade. Se o Chioca fosse colocar esses argumentos num debate, a réplica seria algo nas linhas de "nazista" ou "fascista".

    Paradoxalmente, Hitler odiava o cigarro e provavelmente aprovaria essa ação do governo brasileiro.

    É uma batalha muito difícil conseguir explicar para essas pessoas, após décadas de propaganda estatal, que o direito de ingerir o que quiser se aplica a qualquer substância e o que está em jogo aqui não é apenas o cigarro. Onde eles vão parar?






  • André Ramos  15/03/2012 10:32
    Mais um ótimo texto com a marca registrada do Fernando Chiocca.\r
    Gostaria apenas de acrescentar uma coisa.\r
    Há um argumento muito escroto que estatistas usam para tentar "justificar" essas proibições: os doentes vão aumentar o custo do sistema de saúde pública.\r
    Ou seja: eles usam um absurdo (o sistema socialista de saúde pública, o qual por sua vez se funda noutro absurdo, que é existência do esdrúxulo "direito à saúde") para justificar o absurdo maior, que é a proibição de a pessoa buscar sua satisfação pessoal em seus hábitos, ainda que estes configurem vícios.\r
    Já passou da hora de a ANVISA ser riscada do mapa!
  • kiko  15/03/2012 17:13
    Li recentemente no Livro - '' Justiça '' q a phillip morris, na rep tcheca, emitiu dados de que o uso dos cigarros, na verdade, é uma economia para a sociedade, pois alivia muito a conta da previdencia social devido a diminuicao do tempo de recebimento dos beneficios.
  • Deilton  15/03/2012 18:19
    Faz sentido, se você lever em consideração que o cigarro alivia o stress. Tive um colega de trabalho que toda vez que "o bicho pegava", ele saia pra fumar. Saia se tremendo de nervoso, depois que fumava ficava tranquilo.
    "Totalitarismo do bem" é uma expressão que faltava para resumir esse tipo de situação onde o estado age como nosso tutor.
    Será que os contrabandistas já estão comemorando?
  • Daniel Marchi  15/03/2012 10:53
    Fernando, no caso de uma vida totalmente tutelada por funcionários públicos, o termo correto talvez seja SUBVIDA.
  • Domingos  15/03/2012 13:37
    Parabéns, Fernando. Excelente artigo.\r
    \r
    Maldito governo, que me arrumou um problema de como vou conseguir meus cigarros mentolados, já que a minha demanda por eles continuará.\r
    \r
    Um abraço.
  • Andre Cavalcante  15/03/2012 15:18

    Pelo pagamento apropriado, a gente dá um jeitinho...!

    Abraços
  • Alex_  15/03/2012 15:31
    Fernando talvez eu tenha um ponto de vista um pouco menos radical do que você em relação a EA, mas isso que você acabou de produzir foi uma arte. Cara vou acabar virando anarc-cap desse jeito! Você se expressou por mim e por todos que se importam e se incomodam com o caminho de servidão que nossa sociedade tomando. Parabéns! O/
  • Giancarlo  15/03/2012 15:51
    Dia desses me deparei com um alerta fixado na entrada de uma academia:

    "O uso de anabolizantes prejudica o sistema cardiovascular, causa lesões nos rins e no fígado, degrada a atividade cerebral e aumenta o risco de câncer". Lei nº 13.679.

    Os burocratas filhas da mãe agora obrigam os proprietários a colarem cartazes com qualquer merda que eles ditem nos estabelecimentos que estes são donos. As academias autuadas por não terem o cartaz fixado pagam multa diária de R$ 600,00 (DF) e se o dono for alguém com o mínimo de respeito pela sua propriedade, e manter a posição de não fazer nenhuma intervenção na sua propriedade por ordem arbitrária de quem quer que seja, em 30 dias, os hijos de madre fecham (!) sim, fecham o estabelecimento.

    Absurdo.
  • Guibro  03/04/2012 11:28
    No mesmo sentido, também aqui em Brasília, porcos passaram a exigir que os frequentadores da Smart Fit (que não tem profissionais acompanhando os alunos e cobra cerca de um terço da mensalidade das demais academias) apresentem atestado de saúde assinado por médico. Até coisa de um mês atrás, esse atestado era exigido, mas bastava assinar um "termo de responsabilidade". Agora, a partir do meio do mês, pelo que eu entendi, quem não levá-lo não poderá malhar.
  • Kadur Albornoz da Rosa  15/03/2012 19:51
    Caro Fernando,\r
    \r
    Tenho acompanhado o site faz alguns meses, li algumas obras disponíveis e muitos dos artigos também, e admiro muito o trabalho aqui realizado de divulgar as ideias de Ludwig von Mises, Hayek, Rothbard dentre outros, que se destacam pela sua logicidade e clareza. \r
    Não obstante compartilhe de seu asco pela recente decisão paternalista da ANVISA, não concordo com o caminho empreendido para chegar à repreensão.\r
    \r
    Em primeiro lugar, conforme genialmente expôs Stuart Mill, o limite de sua liberdade é a esfera de liberdade de outro indivíduo, e o limite de autoridade de um governo é intervir nas relações inter-pessoais para solucionar conflitos.\r
    \r
    Postas estas premissas, qualquer decisão do governo que influa diretamente na esfera do indivíduo sem implicações DIRETAS nas relações interpessoais é considerada indevida e excesso de autoridade. Falo em implicações diretas pois é possível de, a partir de uma cadeia de causalidade infinita, dizer-se que a sociedade é a culpada pelo criminoso ter cometido o crime, como os socialistas adoram fazer, por exemplo.\r
    \r
    Neste contexto, toda a medida do governo que vise proteger o indivíduo de si mesmo (extrafiscalidade indutivo-proibitória sobre gordura, cigarros, açúcar, álcool e outras medidas já em prática e/ou sendo defendidas por políticos paternalistas) é abusiva e foge dos limites da constituição e dos motivos da criação do Estado.\r
    \r
    O próprio Ron Paul, principal político americano de visão libertária, defende que a Constituição é um acordo entre o povo para criar um ente que sirva para estabelecer poderes limitados que simplesmente cuidem de questões básicas (ex.: poder judiciário para resolver conflitos), pois o crescimento do governo significa o encolhimento das liberdades, e o sacrifício de liberdade empreendido na instituição do Estado deve ser sempre reduzido ao invés de expandido.\r
    \r
    Ainda, considero legítimas as intervenções a fim de proibir o fumo em locais públicos fechados, ou no mínimo que imponham a divisão do espaço fechado entre fumantes e não fumantes, pois o fumo pode não estar ligado diretamente por causa-consequência a problemas como câncer, mas a fuligem provocada pela fumaça está diretamente ligada a problemas pulmonares (provocados por qualquer espécie de poluição, inclusa a do cigarro), implicando violação direta de Direito do mais importante direito 1ª geração, a vida.\r
    \r
    Discordo veementemente quando exponhas que somente existe o Direito de Propriedade. Existem pelo menos três direitos fundamentais: Vida, Liberdade e Propriedade, sendo os dois primeiros anteriores ao Estado, e o terceiro posterior (antes do Estado só existe a Posse, a Propriedade necessita de um aparelho estatal coator para que todas os seus requisitos para sua existência sejam atendidos), sendo o Direito à Vida (em sua eficácia negativa, ou seja, no sentido de ninguém poder prejudicar diretamente sua vida e sua saúde; não na eficácia positiva, ou seja, de que todos devam colaborar para lhe salvar e lhe dar o melhor tratamento possível de saúde, como defendem a maioria dos socialistas e neo-constitucionalistas) o mais importante dentre os três, escala axiológica extraída do sistema penal, onde o primeiro bem atingido é a propriedade (multas), o segundo é a liberdade (penas privativas de direitos, penas privativas de liberdade) e o terceiro, somente em casos extremos, a vida (somente em caso de traição em período de guerra).\r
    \r
    Ou seja, embora não seja negócio do governo decidir o que você pode usar ou não, ou se você deva levar uma vida saudável ou não, ele pode intervir quando suas ações estiverem influindo diretamente na liberdade dos outros. Lembre-se que o fim da liberdade é propiciar a busca da felicidade (pursuit of happiness) e que cada um deve definir o que é a felicidade para si e poder buscá-la, desde que não prejudique diretamente outro, pois neste caso estarás sendo um tirano, ou um socialista, já que eles defendem que os que não querem trabalhar devem ter ajuda em sua busca da felicidade dos "ricos malvados" que tem um "ideal de felicidade torpe".\r
    \r
    Cuide para em sua busca pela liberdade não acabar incorrendo nos erros dos próprios inimigos dela.
  • Rhyan  15/03/2012 19:57
    Diria que o artigo é perfeito se não fosse a parte onde diz que o tabaco não faz mal.
  • Marcus V. Benites  15/03/2012 20:41
    Concordo plenamente. Não há estudos conclusivos a respeito do fumo passivo, mas a respeito do fumo ativo... Mas, ainda assim, é uma escolha individual, logo deve ser respeitada. "Eu sei que o fumo faz mal, ainda assim opto pelo fumo". Esse direito deve ser preservado a todo custo. Se faz mal ou bem (e não se precisa fingir que não faça mal para que o argumento tenha força, ele já a tem) é um problema de quem escolheu fumar, só dele.
  • Gustavo Sauer  16/03/2012 06:58
    E o que é "mal"? Prolongar a vida é o único objetivo que uma pessoa deve ter? Digamos que alguém abra mão de fazer exercícios para ficar lendo, vendo filmes ou qualquer outra coisa. Essa pessoa está vivendo errado, cometendo um erro ou desperdiçando sua vida? De onde saiu essa idéia que há maneira "correta" de viver a vida é através da continua busca por mais saúde? A escolha de como cada um deve viver é individual e subjetiva. Dizer, por exemplo, que "fumantes estão cometendo um erro, mas devemos respeitar o direito individual", é ir contra a teoria subjetiva do valor.
  • mcmoraes  16/03/2012 07:12
    Passar 40 dias jejuando sozinho no deserto também não deve ser lá uma maravilha para a saúde...
  • Rhyan  16/03/2012 13:52
    Faz parte da medicina saber o que faz bem e mal e aconselhar seus pacientes. Independente se os conselhos serão levados a sério ou não.

    Não é porque cada um faz o que quer que não existe hábitos saudáveis e não-saudáveis.

    Isso não tem nada a ver com legalização e proibição. Não importa o mal que faça, nenhuma substância desse ser proibida para consumo próprio.
  • Marcus V. Benites  16/03/2012 23:44
    Não é um hábito saudável, é isso o que eu quis dizer. Como já tinha afirmado, o argumento da liberdade individual é forte o suficiente, não havendo necessidade de que informações sejam falseadas. Uma vez que o indivíduo escolhe, ele decide se é um mal ou bem maior (pesa malefícios e benefícios) e opta pelo que fazer. Em todo caso, ele opta, no caso do cigarro, que cientificamente está provado fazer mal à saúde, por benefícios que julga serem maiores que os malefícios. No entanto, negar que há malefícios é caminhar para o descrédito de uma tese bastante forte. Pelo ponto de vista colocado, "suicídio" também não poderia ser afirmado como um mal... É um mal, mas pode ser considerado um "bem" dentro do contexto de quem o escolhe. Mas, genericamente, é um mal, assim como fumar. É tolice contrariar o óbvio.
  • mcmoraes  19/03/2012 06:11
    @Marcus V. Benites: "...É tolice contrariar o óbvio."

    Acho que a única obviedade aqui é a tolice de quem diz que isso é óbvio. Fico com Ayn Rand:

    "I like Cigarettes; I like to think of fire held in a man's hand.
    FIRE, a dangerous force, tamed at his finger tips. I often wonder about the hours when a man sits alone watching the smoke of a cigarette, thinking. I wonder what great things have come out from such hours. When a man thinks there is a spot of
    fire alive in his mind – and it is proper that he should have the burning point
    of a cigarette as his one expression."


    Passar bem.
  • Marcus V. Benites  20/03/2012 20:19
    Então tá, se é tão importante assim "vencer uma discussão", mesmo que defendendo a maior idiotice, você venceu. O cigarro não faz mal à saúde. Isso é mito. Ele faz bem na verdade. Parabéns, você está certo. Sou tolo mesmo em dizer que o cigarro faz mal à saúde. Nunca mais direi isso. Agora só direi o óbvio: o cigarro faz bem.

    Falando sério: é uma pena o debate ser desvirtuado com esse tipo de encaminhamento. Para se defender que Sócrates tem o direito de tomar cicuta se quiser tomar cicuta (e não for obrigado a isso), passa-se a uma defesa de que a cicuta não faz mal ao corpo humano... Esse tipo de bobagem é absolutamente desncecessária para se defender a ideia em questão.
  • marcel  21/03/2012 16:39
    cara, faz >malbem< ao indivíduo, se não ele não estaria escolhendo voluntariamente fazer uso dele.
  • marcel  22/03/2012 13:52
    o meu comentário ficou todo zuado não sei porque o_O

    o certo seria isso:

    cara, faz "mal" à saúde, mas faz "bem" ao indivíduo, se não ele não estaria escolhendo voluntariamente fazer uso dele.

  • mcmoraes  22/03/2012 13:12
    Marcus V. Benites, eu não venci discussão alguma, e tampouco você. O fato é que você me chamou de tolo e eu disse a você que na verdade o tolo é você. Ora, por que você não suporta o seu próprio veneno, seu tolo idiota?

    Sim, eu acho que estou certo, pois não me basta que você diga que a ciência provou isso ou aquilo. Não provou nada. O que os pesquisadores fizeram foi alguns testes empíricos, em que eles levaram deliberadamente em consideração algumas variáveis e desconsideraram outras, e chegaram a conclusões limitadas às premissas que eles consideram válidas. Isso não é o bastante para mim. Só um tolo aceitaria esses estudos como conclusivos.
  • Fernando Chiocca  22/03/2012 13:48
    Esse Marcus tá de brincadeira. E o Rhyan também.

    Ninguém afirmou que cigarro não faz mal à saúde.
    Dizer que não se pode afirmar que cigarro faz mal, não é a mesma coisa que dizer que faz bem.

    Vocês sabem ler?

    O Rhyan ainda disse que o artigo seria perfeito se "não fosse a parte onde diz que o tabaco não faz mal"!! Que parte foi essa??? Poderia copiar e colar?

    Acho que o problema de voc6es é de lógica elementar....



  • Musculoso  22/03/2012 14:04
    Mas o cigarro faz bem, sim. Já está mais do que comprovado -- e nem os antitabagistas ferozes refutam isso -- que a nicotina ajuda a prevenir o Alzheimer e ajuda a dar mais clareza ao raciocínio. A nicotina estimula os neurônios.

    Outro fenômeno que não possui correlação nenhuma com o fumo é o câncer de pulmão. Cheio de nêgo que morre de enfisema ou de câncer pulmonar e que nunca pôs um cigarro na boca.

    Pra completar, o Japão é o país de maior expectativa de vida e é onde mais se fuma per capita.

    E, por último, cigarro sempre foi sinal de virilidade. Compare John Wayne, Steve McQueen, Humphrey Bogart e Charles Bronson às frutinhas de hoje, que têm bronquite só de ver um maço de cigarros. A redução do fumo está perfeitamente correlacionada com o aumento da frescuragem e da delicadeza.
  • Rene  21/03/2012 18:19
    Gustavo Sauer

    Confesso que não sei nada sobre essa teoria subjetiva do valor, gostaria de saber qual o problema que você vê na opinião: "fumantes estão cometendo um erro, mas devemos respeitar o direito individual".
  • Caue Bocchi  15/03/2012 21:57
    Concordo com o Rhyan. Essa discussão sobre se é ou não provado que o tabaco faz mal à saúde é irrelevante para o argumento do texto. Parece que se está argumentando dentro da linha de justificativa da ANVISA para proibir esses tais cigarros.

    De qualquer forma, achei o artigo excelente. Parabéns Fernando.
  • Daniel Marlon  16/03/2012 04:39
    Boma dia,
    Este foi um texto bem escrito, porém falta argumento FORTES contra a proibição, um exemplo seria o direito "magno de ir e vir e de exercer suas atividades de livre vontade" , não podemos ser impedidos de consumir ou adquirir nenhum bem, o que pode e deve ser feito são políticas públicas de incentivos a mudança de habito dos fumantes, tendendo a deixarem de fumar, ou aumentar os impostos sobre os produtos "nocivos" ao bem estar 'psico-físico-motor' das pessoas fato que provocaria tendenciosamente a redução do consumos destes produtos, ou regularizar os estabelecimentos que podem vender tais produtos, a ação conjunta destas três ações provavelmente teriam um resultado mais eficaz que a atitude autoritária "sem fundamentos sólido" que está sendo empregada no caso descrito no texto.
    ps: não sou fumante.
    Atenciosamente.
  • marcel  16/03/2012 07:38
    e por que diabos você quer criar tantos impedimentos para as outras pessoas fumarem?
  • Bruno  16/03/2012 12:34
    "a ação conjunta destas três ações provavelmente teriam um resultado mais eficaz que a atitude autoritária "sem fundamentos sólido" que está sendo empregada no caso descrito no texto."

    Veja o quanto suas propostas não são autoritárias:

    "o que pode e deve ser feito são políticas públicas de incentivos a mudança de habito dos fumantes"

    Com público quer dizer que o financiamento disso viria de impostos, certo? E tenho opção de não financiar essas campanhas, visto que tenho minhas próprias prioridades em relação ao investimento dos meus recursos? Não, se eu não pagar vou pra cadeia.

    "aumentar os impostos sobre os produtos "nocivos" ao bem estar 'psico-físico-motor' das pessoas fato que provocaria tendenciosamente a redução do consumos destes produtos"

    Está desrespeitando os direitos à vida, liberdade e propriedade em uma só proposta. Primeiro, a vida do indivíduo lhe pertence, e só cabe a ele decidir o que ou não fazer com ela. Segundo, impondo restrições à compra do produto, está desrespeitando o direito de livre comércio. E terceiro, está tirando meu dinheiro através do roubo institucionalizado.

    "regularizar os estabelecimentos que podem vender tais produtos"
    Você deveria ter todo o direito de comprar e vender o que quisesse e onde quisesse.
  • Fernando  16/03/2012 14:09
    Como eventual leitor dos artigos publicados aqui, vários deles por você, sou contra qualquer tipo de intervencionismo do estado nas relações de livre associação entre dois indivíduos. Não existe razão benéfica que venha justificar restrições como a citada por você aqui. Parabéns.
    Mas não me venha com esse papo "científico" sobre ser ou não ser maléfico ou sobre existir ou não existir risco para a saúde o fato de alguém fumar! O médico pode lhe dar sugestões sobre maneiras mais saudáveis de viver, com ou sem propriedade para isso, você pode trocar de médico, sim. Troque de médico, porque você escolheu fumar, como eu escolhi beber somente água, mas não tente provar que ele está errado em um artigo sobre economia.
  • Fernando Chiocca  22/03/2012 12:27
    Xará, economia é uma ciência de causa e consequência.

    E as proposições econômicas são universais e necessariamente válidas. Isto é ciência.

    Você não sabe o que é ciência.

    Se você afirma que cigarro FAZ mal à saúde, você está fazendo uma afirmação totalmente leviana e nada científica.

    A validade de tal afirmação implicaria em dizer que uma única tragada de um cigarro debilitaria totalmente a saúde de uma pessoa à ponto de matá-la.

    Você teria que explicar como eu fumo e nunca tive problema de saúde.

    Você teria que explicar como meu bisavó Alfredo fumou seu cigarro de palha até os 101 anos, e o único problema de saúde que teve na vida foi ortopédico.


    Como dito no artigo, o que o atual estágio da medicina pode afimar é que fumar cigarro pode fazer mal à saúde.
    E dizer que existe a possibilidade de o cigarro fazer mal à saúde, implica automaticamente em dizer que a possibilidade de não fazer mal a saúde também existe.

    De fato, é até possível receitar cigarros para melhorar a saúde de alguém, combantendo o stress.

    Mas não me venha com esse papo "científico" sobre ser ou não ser maléfico ou sobre existir ou não existir risco para a saúde o fato de alguém fumar!

    Aprenda a ler.
    Não disse que "não existe risco".
    Apenas o fato de se estar vivo já gera uma infinidade de riscos.
    E, usando a praxeologia, a ciência da ação humana, eu afirmo cientificamente que fumar é um benefício, e não um malefício, caso contrário o agente não escolheria voluntariamente empreender a ação de fumar.
  • John  19/03/2012 04:18
    Quanta ignorância.

    Se seguirmos a linha de pensamento então maconha, cocaína, heroína e afins deveriam ser liberados para a venda pois cada pessoa tem direito a fazer o que bem entender ...

    Defendam seus próprios interesses.

    Dá para perceber pela falta de educação do autor desse texto que ele não passa de mais um reprimido que já não pode comprar seus bens de luxo.

    A ANVISA deixou o assunto em discussão por um ano. Diversos consumidores participaram da discussão. Todas as atas estão publicadas para consulta. Falar que foi arbitrário é muito ridículo. A discussão envolveu todos os setores da sociedade, inclusive os fabricantes de cigarro.

    Enquanto pessoas mal educadas acham que podem fazer tudo porque "é seu direito", esse país não vai para a frente.

    "Vou fumar no restaurante e quem não gostar, mude de restaurante". É um dos argumentos mais idiotas que eu posso ouvir e que justifica claramente o subdesenvolvimento e a violência que vemos nessa terra.

    Uma pena que pessoas mais esclarecidas tenham tal pensamento tacanho na qual julgam que sua individualidade deve prevalecer pelo bem comum.
  • marcel  21/03/2012 16:42
    meu deus, é um personagem saído diretamente de revolta de atlas.
  • Heber  25/03/2012 08:46
    Wesley Mouch!!!
  • Catarinense  21/03/2012 18:18
    Depois de ler seu comentário, John, só o que posso dizer é, parafraseando você, "Quanta ignorância." Vale a pena repetir o seu "justifica claramente o subdesenvolvimento e a violência que vemos nessa terra", embora espero que esteja claro que discordo do objeto de sua crítica, e me refiro, não ao Fernando, como você o fez, mas sim a você, John, pois apenas repete como um papagaio adestrado os supostos "valores" da sociedade atual. Valores estes, vale frisar, que são os responsáveis pela situação atual deste país. Se está difícil para você entender, facilito: o tal do "bem-comum" é um dos maiores cânceres da sociedade, e um dos grandes responsáveis pelo estado atual das coisas. Muitos supostos especialistas, que não entendem nada mas dão palpite de tudo, acham que o que vale são suas boas intenções, sem gastar muito tempo pensando nas possíveis consequências. Parabéns, a massa de onde você veio deve estar orgulhosa, já pode voltar a ela.
  • Daniel  28/03/2012 05:41
    "maconha, cocaína, heroína e afins deveriam ser liberados para a venda pois cada pessoa tem direito a fazer o que bem entender ..."

    Exatamente isso. O proprietário do seu corpo e mente é você, e só você pode decidir o que consumir ou o que não consumir. Simples assim.
  • Carlos Muniz  19/03/2012 18:49
    Meu caro Fernando:
    Deixe-me explicar a você, que deve entender facilmente, intelectual e conselheiro que é:
    A ANVISA, neste caso, não está dando a mínima para a sua saúde, para a sua boca ou para o seu amado cigarro. Ela está salvaguardando os cofres públicos de despesas decorrentes do tratamento do seu futuro câncer. Só isso. Por ela você pode fumar o que quiser, nada demais. Ninguém sentirá pena. O problema é só a despesa para "curar" um mal evitável que não terá cura. Será como atirar pérolas aos porcos.
    Bem, surge aqui uma sugestão, acho que algo que resolveria de vez esse impasse. Sua veemência e a dos brilhantes autores citados levou-me a pensar no seguinte:
    Proponha uma barganha com o governo ou com os planos de saúde: será permitido que você fume o que quiser, coloque na sua boca o sabor que bem entender e em troca você pagará o seu tratamento, como paciente particular. Fica bom assim ? Assinem um contrato, você e o Luis Felipe Condé. Os fabricantes de cigarros vão lucrar, o governo não terá despesas, os hospitais vão faturar, as agências funerárias vão adorar e vocês terão mortes lentas, cruéis e sem um centavo nos bolsos.
    Quanto à manipulação do governo e suas agências na vida das pessoas, eu como você também tenho queixas. Eu por exemplo adoro correr de carro, a 200 por hora, adoro sonegar impostos, adoro comprar produtos piratas, mas o governo cruel e enxerido me impede de realizar tão prazerosas ações. Tiram-me da boca o sabor da aventura. Crápulas ! Bisbilhoteiros morais onipresentes !
    A ANVISA cuida dos interesses do estado baseada em opiniões médicas, algumas brilhantes, como a do Dr. Alberto "Arnaldo" Araújo. Interesses financeiros, bem frisado.
    Quanto aos burros, idiotas de plantão, que enfiam lixo pulmão adentro... danem-se. Mas que arquem com tudo e principalmente que permaneçam coerentes e arrogantes, que permaneçam admirando os empreendimentos bem sucedidos dos fabricantes de cigarros, principalmente após a deteção daquela mancha na radiografia pulmonar.
  • Luis Almeida  20/03/2012 11:24
    Peraí, Carlos. Você está dizendo que se eu assinar um contrato dizendo abrir mão de utilizar a porcaria do SUS (coisa que nunca fiz em minha vida e nem pretendo fazer) estarei então liberado para jogar no meu corpo a substância que eu quiser? Ué, fechou.

    Aproveitando que você gentilmente se dispôs a elaborar as cláusulas deste contrato, pode acrescentar também -- e essa eu dou de bandeja, como meu agradecimento -- que alegremente abro mão do INSS, outra porcaria que jamais utilizei. Aliás, nunca utilizei do governo um serviço para o qual não tenha pagado mais impostos do que o valor do serviço ofertado. Pode acrescentar isto tudo no contrato.

    Você já começou a elaborar este contrato, né? Sim, pois tenho certeza de que você não seria leviano ao ponto de propor algo e sair correndo tão logo o interlocutor concordasse com sua proposta.

    Sigo no aguardo e muito obrigado pela presteza. Não se acovarde.
  • André Ramos  20/03/2012 11:55
    Fernando e demais coelgas,\r
    vejam lá em cima o comentário que escrevi alguns dias atrás. Transcrevo um trecho:\r
    "Há um argumento muito escroto que estatistas usam para tentar "justificar" essas proibições: os doentes vão aumentar o custo do sistema de saúde pública. \r
    Ou seja: eles usam um absurdo (o sistema socialista de saúde pública, o qual por sua vez se funda noutro absurdo, que é existência do esdrúxulo "direito à saúde") para justificar o absurdo maior, que é a proibição de a pessoa buscar sua satisfação pessoal em seus hábitos, ainda que estes configurem vícios."\r
    Estão vendo?\r
    O Carlos Muniz recorreu justamente a esse "argumento", e pelo jeito irônico que escreveu parece que ele está se achando, como quem diz para todos nós: "ai, que burros, dá zero pra eles!"\r
    É surreal! O Estado impõe a todos o sustento (a alguns, os pobres, o Estado impõe o sustento e o uso) de um sistema socialista de saúde, que mata mais pessoas do que salva, e ainda usa a redução do custo desse sistema como argumento para nos impor proibições: não pode fumar, não pode cheirar, não pode comer gordura trans, não pode isso, não pode aquilo...\r
    - "Mas pq não pode, Dr. Carlos Muniz e bons samaritanos da ANVISA?"\r
    - "Pq fazendo essas coisas vcs vão ficar doentes e aumentar o custo do sistema socialista de saúde pública que nós impomos a vcs".\r
    Bem, vou parar por aqui para não falar umas coisas que o moderador seria obrigado a censurar...\r
  • Rhyan  20/03/2012 12:21
    Pois é André!

    Tem um outro argumento que usam para esse caso dos sabores artificiais no cigarro: Irá diminuir o consumo entre os jovens. Oras, mas existe uma lei que proibe menores de comprar cigarros. E quem disse que o governo deve controlar a quantidade de fumantes?

    Saúde é mesmo uma questão individual.

    O governo fica se preocupando com essas questões de "Há epidemia de obesidade, há muitos problemas cardíacos, etc.." Não, não é um problema coletivo.

  • mcmoraes  20/03/2012 13:14
    Só existe um tipo pior do que o bandido descarado; aquele que, depois de agredir alguém, bate no próprio peito e diz em voz alta: "faturei mais um otário fracote, hehehehhe". O único tipo pior que bandido descarado é o bandido benevolente, que agride a vítima e justifica tal agressão com uma voz equilibrada e um olhar paternal: "o que eu fiz foi pelo bem de todos, incluindo o da vítima". Carlos muniz, você é do pior tipo.
  • Camarada Friedman   21/03/2012 09:56
    "Tiram-me da boca o sabor da aventura. Crápulas ! Bisbilhoteiros morais onipresentes !"

    Mas que coisa nojenta!!!!!!
  • Isaias Barbosa  25/03/2012 08:11
    Este comentário do Carlos me fez lembrar de um vídeo interessante.
  • Evelyn  20/03/2012 08:06
    "Será que só eu percebi que se 44% preferem esse tipo de cigarro, então 56% preferem o outro tipo? E que 56% é maior que 44%?"

    Ri demais com isso.
  • Glelson Fontes  20/03/2012 10:22
    milagre, uma mulher. :|\r
    \r
  • anônimo  24/03/2012 09:07
    vocês não vão acreditar!!! www1.folha.uol.com.br/mundo/1066530-europa-precisa-de-um-banqueiro-de-governo-defende-economista.shtml Folha: Por que o atual acordo sobre a Grécia não é suficiente para resolver os problemas? \r
    \r
    Thomas Palley: Há uma tremenda incerteza econômica e política. O acordo comprou algum tempo. A eurozona precisa consertar os seus problemas. Foi criada uma separação completa entre o sistema monetário e os orçamentos dos governos dos países. Foi um desenho neoliberal intencional com objetivo de limitar o poder do Estado. Os governos ficaram muito vulneráveis a especulações e foi dado um tremendo poder econômico e político aos bancos.
  • Rhyan  24/03/2012 10:55
    Táquepariu!!!
  • Getulio Malveira  24/03/2012 19:27
    Nesse caso, eu dou razão à ANVISA. Meu deus do céu, como alguém tem coragem de fumar cigarro mentolado? Isso é um crime contra o bom gosto! Tem de ser proibido mesmo!

    A gente tem que rir pra não chorar... é foda! com o perdão do termo
  • Fellipe  18/04/2012 07:48
    OS chefs estão aprendendo rápido com os médicos a se cartelizar e impedir a concorrência...
  • Fernando Chiocca  19/04/2012 09:17
    Como eu disse, eles nunca vão parar mesmo!

    The Smoking Police State

    Imagine the day when cops break through your door, and not because they suspect dope or other non-criminal "criminal" acts, but because a neighbor called the local police hotline to report smelling cigarette smoke? We're almost there. The creep Bloomberg doesn't want to "ban" you from smoking in your own apartment. He just wants to use government force to rewrite housing rules so it looks and smells like a ban, but we can't call it a ban. Thanks to reader Chris Bieber for the link.
  • Miguel  05/06/2012 07:53
    O IMB deveria criar um banco de dados de notícias de interferências estatais na nossa vida cotidiana. Isso se os bytes do servidor do site forem suficientes...\r
    \r
    www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1099204-nova-lei-exige-atestado-medico-semestral-para-frequentar-academia.shtml\r
    \r
    A nossa velha conhecida coerência do governo: quer obrigar todo mundo a ser saudável, mas dificulta a vida das academias. Teve lobby, sim ou claro?
  • Henrique Mareze  13/02/2013 13:33
    Fernando Chiocca, o texto que você citou foi escrito pelo Rodrigo Constantino, e não por Luiz Felipe Pondé.

    ''A tirania do bem''
    rodrigoconstantino.blogspot.com.br/2012/03/tirania-do-bem.html
  • Márcio  13/11/2015 20:46
    Essa ANVISA virou mais um órgão de controle de mercado que de vigilância sanitária.

    O que o amigo ali em cima falou ("Daqui um tempo comeremos uma ração humana especialmente preparada pela Anvisa. Não sei vocês, mas comprarei chocolate no mercado negro") se tornará verdade se a coisa não parar.

    Lamentável.
  • Gerando renda Online  19/02/2016 22:12
    eu também Não gosto de cigarro, mas é absurdo proibir quem gosta. Mas gosto de charutos, e tenho certeza que em breve meus cubanos serão alvo da Anvisa (não têm filtro, a fumaça é forte, ou qualquer outra justificativa). Parece que somos um bando de crianças à espera de que o todo poderoso governo venha nos salvar.
  • Dissidente Brasileiro  23/03/2016 01:41
    Depois da demonização do cigarro e bebidas, agora os psicopatas esquerdistas dos infernos miram no açúcar; chegam ao ponto de compará-lo com a cocaína (!!!), álcool e tabaco. Falam também em criar um imposto para frear o consumo de bebidas adoçadas, semelhante ao que ocorreu no México em 2014, pois segundo eles: "se não vai por bem, vai por taxa".

    Se esses desgraçados não forem impedidos, sistematicamente caçados e destruídos como vermes imundos que são, dentro em breve teremos que pedir permissão a eles até para respirar e caminhar. Alguma coisa precisa ser feita imediatamente.

    O GOSTO AMARGO DO AÇÚCAR
  • Silvio  23/03/2016 12:43
    Quanto mais tempo passa, mais os artigos do Mises ficam atuais. Esse site é como um Benjamim Button.
  • Dissidente Brasileiro  24/03/2016 00:33
    Verdade Silvio. E no final, as pessoas se ajoelharão e lhes agradecerão por terem sido salvas de si mesmas, tamanho o nível de imbecilidade e alienação da sociedade ocidental comtemporânea. Obrigado esquerdistas malditos dos infernos, se não fosse por sua misericórdia e generosidade sequer teríamos nascido. Argh!
  • Brendon Quintanilha  27/03/2016 19:03
    Eles querem obrigar a todos a fazerem o que esses querem!Não faço uso de tabacos, mas acho que deve-se respeitar quem gosta! Saúde e bem estar são questões totalmente individuais!
  • Wilker Costa  15/04/2016 15:18
    Realmente é algo que a Anvisa deveria reavaliar. Não se pode tentar controlar a liberdade de escolha de nós seres humanos.
  • eduardo  17/04/2016 21:52
    Acho meio errado eles proibir por que o cigarro de sabor não faiz mal a saúde.
  • Como Fazer Artesanato Em Feltro  18/04/2016 02:43
    A Anvisa agora virou apenas mais um órgão de privação e controle nacional!
  • Novo CPC 2016  20/04/2016 23:17
    Também não gosto de cigarro em lugares públicos, mas não concordo de proibir quem gosta.
  • Como Fazer Sanca Aberta  26/04/2016 03:00
    Tudo que se proíbe, prolifera mais rápido! Sou contra a essa atitude da anvisa!
  • Viver sempre melhor agora  01/05/2016 22:49
    Exatamente isso. O proprietário do seu corpo e mente é você, e só você pode decidir o que consumir ou o que não consumir. Simples assim.
  • Como Criar Pavão  02/05/2016 22:57
    Opinião pessoal! Cigarro sempre foi assunto muito polemico!
  • Libidmax Funciona  05/05/2016 17:15
    Acho que o cigarro sempre foi muito polemico. Antigamente era normal ver comerciais na tv, incentivando o consumo do tabaco. Hoje em dia existem novas leis que eu jamais pensei que iriam vingar, com os anúncios de morte e câncer no próprio maço. Não concordo com a anvisa, mas, não duvido nada que eles consigam fazer isso!
  • A máquina de vendas online  20/05/2016 20:57
    A pessoa sabe que o cigarro faz mal, se ela gosta e quer continuar, ela esta assumindo o risco! Agora, em que vai mudar e adiantar proibir? O uso da maconha esta ai como um exemplo caro de que proibir não vai mudar o fato da pessoa consumir ou não!
  • anônimo  01/06/2016 17:27
    Não querendo ser "advogado do diabo", porém, grande parte dos jovens que iniciam no vício do tabagismo, começam com esse tipo de cigarro(saborizado). Digo isto por experiência própria. Já fui fumante e os primeiros cigarros que tive contato foram os mentolados e com aroma de cravo e canela. Depois de largar o vício, grande parte dos fumantes ainda passa por momentos que podem levá-los a uma recaída e retomada do vício (também já passei por isso). O aroma desses cigarros é bem agradável e cria o desejo de experimentar.

    Não acredito que esta ação da ANVISA irá resolver o problema, mas, sem dúvida irá retardar alguns.
  • Facebook Ads Para Afiliados Funciona  12/06/2016 01:12
    Vi meu tio morrer da formas mais terrível possível por causa do cigarro! Apesar de saber que isso mata, a ANVISA não pode limitar o uso, digo isso por que tudo que se proíbe, se prolifera muito mais rápido. Acho que devemos salvar o futuro, iniciando a mudança nas escolas, colocando na mente dos jovens o quão isso é prejudicial a saúde. Mas não só não falar que isso mata, mas mudar toda a base de ensino para que isso seja evitado em massa lá na frente! Artigo rico em conteúdo e eu sinceramente não sabia dessa noticia!
  • Regiane  31/08/2016 01:25
    A nossa velha conhecida coerência do governo: quer obrigar todo mundo a ser saudável, mas dificulta a vida das academias
  • AMVO  31/08/2016 01:29
    Cara, nesse cenário, com certeza, abririam um restaurante só para não fumantes. apesar de o livre mercado ser menos discriminador, quando se abre um nicho como esse logo logo aparece alguém pra atender essa demanda.
  • Paulo  24/09/2016 02:18
    Ótimo post
  • Certeza Digital  13/10/2016 12:26
    Na minha opinião, esse assunto gera inúmeros comentários negativos devido aos problemas que o cigarro causa no corpo humano. A Anvisa, como órgão regulador, deve , além de estabelecer normas de conscientização sobre o uso do tabaco, criar iniciativas para ajudar os fumantes a largarem o vício. É um processo lento, mas pode ser uma solução para salvar vidas no futuro.
  • Aneilson Barbosa  17/01/2017 17:09
    concordo


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