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A invasão das mãos vermelhas
São Paulo foi tomada de assalto por mãos vermelhas.  Em qualquer restaurante, lanchonete, padaria, bar, supermercado, boate, loja de conveniência, vendinha etc. que se vá, cartazes com uma mão vermelha desenhada estarão por lá — por toda parte para que se olhe.  Mas, obviamente, não se trata de nenhuma peça de decoração da moda que os donos desses estabelecimentos resolveram colocar, e sim de uma nova imposição coercitiva sobre a propriedade alheia — uma nova "lei" do estado de São Paulo obriga todos os comerciantes de bebidas alcoólicas a afixarem estas mãozinhas em seus estabelecimentos e os ameaça com multas pesadas e interdições caso não cumpram todas as determinações exigidas por esta nova "lei".

A mão vermelha tem o número -18 dentro dela e abaixo está escrito "Álcool para menores é proibido".  A proibição de venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos já existia, mas felizmente nunca foi imposta com rigor e fiscalização, como promete fazer esta nova "lei". Porém, uma imposição efetiva deste parâmetro arbitrário não é a única novidade; o texto abaixo diz: "É proibida a venda, oferta, fornecimento, entrega e permissão do consumo de bebida alcoólica, ainda que gratuitamente, aos menores de 18 anos de idade."  Isso significa que o comerciante será punido se fiscais encontrarem menores consumindo álcool no estabelecimento dele, mesmo se ele não tiver vendido a bebida ao menor, e mesmo se os pais do menor tiverem dado a bebida a ele!  É o estado assumindo a guarda do filho dos outros.

Deparei-me pela primeira vez com essa placa no restaurante do meu clube, que foi fundado no ano de 1900 e espantosamente conseguiu comercializar álcool sem nenhum problema por 111 anos, antes de ser atacado pela mão vermelha.  De fato, São Paulo começou a ser povoada pelos europeus há 420 anos, e antes deles os povos indígenas já produziam mais de 80 tipos de bebidas alcoólicas — e, por incrível que pareça, a civilização não entrou em colapso sem as mãos vermelhas e as coerções contra comerciantes.

A nova "lei" já está sendo imposta no território paulista por 500 funcionários públicos, parasitas contratados especificamente para isso, e já está trazendo problemas para os comerciantes — em fevereiro, 79 foram multados. Na lanchonete aqui em frente ao Instituto Mises, as mãos estão em todo canto; contei 7 avisos em um espaço muito pequeno.  Perguntei ao dono por que eles colocaram tantos avisos.  Ele me disse que o fiscal mandou deixar "visível", senão ia levar multa.  No risco da arbitrariedade, ele espalhou por todos os cantos da lanchonete. A "lei" também exige que o vendedor peça o documento de todo e qualquer cliente, e não apenas dos que "pareçam" menores de idade — "cabe ao próprio estabelecimento comprovar aos fiscais a idade do consumidor de bebida alcoólica em suas dependências".  Um ridículo anúncio de TV estrelado pela Hebe Camargo, de 83 anos, indica que todos devem mostrar o documento estatal para comprar bebida alcoólica, não importando a aparência. E, na realidade, é isso que podemos esperar daqui pra frente, conforme tal lei "vá pegando".

Em países onde essa lei já é imposta eficientemente, cenas bizarras que desafiam qualquer bom senso, são comuns.  Ano passado, na Inglaterra, uma senhora de 92 anos ficou chocada quando um vendedor se recusou a lhe vender uma garrafa de uísque, pois ela não tinha como provar que era maior de 18 anos, já que não portava seu documento estatal!  Podemos googlar milhares de histórias como essa, mas vou contar algumas histórias pessoais para ilustrar o que nos aguarda.

Em 2008, então com 32 anos, morei nos EUA, no estado de Massachusetts.  Uma noite, dirigi-me a um mercadinho para fazer compras com duas amigas cariocas, de 19 anos.  Comprei alguns alimentos e um pacote de cerveja.  Exibi meu documento para a caixa, mostrando que eu era maior de 21 anos, que é a estapafúrdia idade local legal para se permitir a compra e consumo de álcool.  Só que nem assim eu pude comprar, pois ela exigiu também o documento de minhas amigas.  Eu disse que elas eram menores de 21 anos, e que quem estava comprando a cerveja era eu, maior.  Não teve jeito.  Larguei tudo lá e fui sozinho fazer minhas compras em outro local.

No estado de New Hampshire, onde essa lei é imposta com ainda mais rigor, ao ponto de o comércio de bebida alcoólica ser estatizado e realizado por funcionários públicos, fui acompanhar um amigo que ia comprar garrafas de bebidas para uma festa em sua casa.  Ele mostrou o documento para a caixa, só que ela exigiu o meu documento também.  A funcionária pública disse que apenas pelo fato de eu o estar acompanhando, eu teria que comprovar minha idade também.  Apesar de já ter passado por isso no caso relatado acima, eu não imaginava que exigiriam o documento de um homem de 32 anos na cara.  Iniciou-se uma discussão.  Eu disse que quem estava comprando a bebida era meu amigo, que eu tinha 32 anos e que não estava com nenhum documento ali.  Ela simplesmente não quis saber.  O homem de trás da fila, residente local, já acostumado com tamanha obtusidade, sugeriu que nós largássemos tudo ali, fossemos para a próxima loja e que eu simplesmente esperasse no carro enquanto meu amigo comprasse a bebida.  Foi o que fizemos.

Ainda não está assim no Brasil, mas estamos a caminho.  Nos EUA, para se entrar em qualquer casa noturna e bar, é preciso mostrar um documento estatal que comprove a maioridade.  No Brasil. isso nunca foi preciso, mas algumas casas já começam a exigir.  Semana passada estive em uma balada sertaneja e o segurança na porta estava exigindo o documento de todo mundo, não importando a idade aparente.  Eu não tinha nenhum documento comigo e ele disse que eu não poderia entrar.  Felizmente, aqui, por enquanto, ainda existe o "jeitinho brasileiro" e eu entrei assinando um atestado em que eu afirmava ser maior de 18 anos — e eu tenho 36 anos!

Neste último feriado de Corpus Christi, fui para Campos do Jordão, cidade famosa por ser a balada de adolescentes.  As mãos vermelhas estavam por toda parte, mas por toda parte também estavam jovens de 14, 15, 16, 17 anos consumindo bebida alcoólica.  E sempre foi assim em Campos do Jordão.  Era assim quando meus pais eram menores, era assim quando eu era menor, e ainda está assim.[1]  Todos os pais, ou ao menos a vasta maioria deles, sabem disso. Cada um "libera" seu filho para sair, sob as condições que acha prudente, dando ou não dinheiro a eles.  E o fato é que sendo proibido ou não, menores de idade que quiserem, irão consumir álcool.  E quem deve lidar com isso é a família, não o estado.

Em seu mais recente artigo, o economista Mark Thornton, especialista nos efeitos econômicos de proibições, conta como menores de 21 anos nos EUA estão achando meios para consumir álcool, recorrendo até a desinfetantes. Ele nota que:

Não é normal que adolescentes sejam proibidos pelo governo de comprarem e consumirem álcool.  O normal é que crianças comecem a consumir bebidas com fraca dosagem alcoólica no ambiente familiar, para que possam aprender os limites e os perigos do álcool e os padrões aceitáveis de comportamento para aquele ambiente. Produtos alcoólicos como a cerveja são bebidas que os humanos consomem há milhares de anos.

É importante, principalmente para os adolescentes, que estes produtos sejam consumidos com moderação. ... A proibição governamental rompe esta conexão familiar e diz aos adolescentes que eles estão sozinhos nessa, e devem agir por conta própria.

Não obstante esses problemas de ordem moral e familiar, os comerciantes agora estão nas mãos de burocratas, que possuem o poder de lhes roubar mais de R$ 90 mil caso encontrem uma pessoa de 17 anos, 11 meses e 30 dias de idade bebendo uma cerveja no estabelecimento deles.  No extremo, podem até mesmo fechar o negócio deles — um prato cheio para extorsões, propinas, corrupção e o uso da força para punir empreendedores de sucesso.  Tudo isso imposto violentamente por técnicos da Vigilância Sanitária e do Procon, com o auxílio da Polícia Militar.

Neste meio tempo, os donos de bares e restaurantes estão sendo atacados por outros grupos armados.  São assaltantes que praticam arrastões nestes estabelecimentos, roubando tudo deles e de seus clientes.  Diferente do grupo da mão vermelha, esses assaltantes não podem fechar definitivamente o negócio de suas vítimas, mas estão causando também sérios problemas (veja aqui e aqui alguns exemplos).  E o pior de tudo é que o grupo que financia e orquestra a invasão das mãos vermelhas é o mesmo que se outorga o monopólio de proteger suas vítimas dos ataques desses outros grupos.  Ou seja, os recursos que poderiam ir para intensificar o combate aos assaltantes estão indo para atacar ainda mais os produtores de riquezas.  O chefe da gangue que foi pessoalmente hostilizar e ameaçar os comerciantes no início da lei das mãos vermelhas, e contratou os 500 funcionários públicos para institucionalizar essas hostilidades, além de desviar efetivos da polícia militar para tal feito, hoje promete apenas 400 policiais a mais para combater os outros bandidos dos arrastões.

Os avisos das mãos vermelhas dividem espaço com outros avisos[2] que foram impostos pouco tempo atrás, os da lei antifumo, os quais contêm o desenho vermelho da linha imaginária que forma o território dominado pelo grupo autointitulado Governo do Estado de São Paulo.  E, infelizmente, como foi no caso da lei antifumo, creio que os súditos dos outros estados brasileiros já podem ir se preparando para mais essa invasão estatal em suas vidas e propriedades.  Por aqui em São Paulo resta a dúvida: qual será o próximo aviso que os políticos, sempre preocupados com nosso bem-estar e com o bem-estar de nossas crianças, irão nos impor? 


[1] No entanto, outro acontecimento mostra a direção que estamos. Um amigo de 60 anos de idade contou que o caixa de um supermercado de Campos do Jordão exigiu o documento dele para lhe vender uma garrafa de vinho! Ele contou a história como se fosse algo engraçado, e parece que é assim que todo totalitarismo começa. Talvez ele só perceba que não é nada engraçado isso quando ele estiver sem um documento e for impedido de comprar seu vinho, como ocorreu com a senhora inglesa de 92 anos.

[2] Já denunciei em outro texto esta farra de placas aceita submissamente pela população, mostrando o absurdo caso das placas dos elevadores.  Veja O elevador que sobe para baixo.




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comentários (107)

  • Tiago  14/06/2012 15:08
    Quando estive no Brasil (SP) em Março, dois bares me pediram documento na entrada. Tenho 28 anos. E o que mais me incomodou foi o fato de que eles salvaram meus dados no sistema deles, e associam ao meu RG tudo o que eu consumir ali. "Privacidade? Hein? Quiéisso?"
  • Fabiana  14/06/2012 15:42
    Obviamente sou totalmente contra essa intervenção estatal nas opções dos indivíduos, mas... tem umas coisinhas estranhas no texto.

    "A proibição de venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos já existia, mas FELIZMENTE nunca foi imposta com rigor e fiscalização"
    FELIZMENTE?
    UÉ... Mas não se reclama de leis que existem, mas não são cumpridas por falta de fiscalização?

    " Iniciou-se uma discussão."
    Ao IMIGRANTE cabe discutir as leis do país que está visitando?

    "Nos EUA, para se entrar em qualquer casa noturna e bar, é preciso mostrar um documento estatal que comprove a maioridade. "
    E TÁ ERRADO?
    Vc acha normal moleque ir em puteiro?

    "Eu não tinha nenhum documento comigo e ele disse que eu não poderia entrar."
    E VC QUERIA ENTRAR NA BOA SEM DOCUMENTO?

    "Felizmente, aqui, por enquanto, ainda existe o "jeitinho brasileiro"
    QUE MORAL, hein

    "território dominado pelo grupo autointitulado Governo do Estado de São Paulo."????
    Que bobagem é essa?

    O caso da senhora inglesa, é que a sociedade inglesa é conceitual. É outra realidade isso lá.

    Concordo que é absurdo pedir docto de pessoas claramente acima de 18 anos.

    Infelizmente a população é mesmo submissa aceitando tudo que vem do governo.
  • Fernando Chiocca  14/06/2012 16:20

    UÉ... Mas não se reclama de leis que existem, mas não são cumpridas por falta de fiscalização?

    Claro, claro... Um judeu que conseguia fugir das leis impostas na Alemanha Nacional Socialista era algo absurdo mesmo! Por falta de fiscalização da Krippo e da Gestapo ele conseguiu escapar do Campo de Concentração.. Vamos reclamar né Fabiana!

    O que se reclama é do excesso de leis injustas. E se uma lei é injusta, é feliz que ela não seja imposta.

    Lembrando Bastiat:

    "Quando a lei e a moral estão em contradição, o cidadão se acha na cruel alternativa de perder a noção de moral ou de perder o respeito à lei."

    Thomas Jefferson:

    "If a law is unjust, a man is not only right to disobey it, he is obligated to do so."

    Martin Luther King:

    "There comes a time when a moral man can't obey a law which his conscience tells him is unjust."

    Alias, faça o favor de ler ao menos o ensaio A Lei de Bastiat antes de qualquer coisa, apenas para nos poupar de comentários desse tipo.


    Ao IMIGRANTE cabe discutir as leis do país que está visitando?

    A qualquer ser humano racional cabe discutir leis injustas impostas sobre ele.
    Parece esse não ser seu caso.
    Me espanta tamanha submissão! Você não só calaria a boca e obedeceria qualquer desmando sem sentido como o descrito, como está aqui dizendo que eu não tinha o direito de questionar o desmando!
    Postura assustadora!!


    E TÁ ERRADO?
    Vc acha normal moleque ir em puteiro?


    Primeiro que não falei puteiro. Falei bares e casas noturnas.
    E a molecada vai onde os pais permitem que eles vão, ou onde os donos dos estabelecimentos permitem que eles vão.
    Se eu tivesse uma balada e quisesse um publico de +25, ia falar pro segurança na porta pedir documento só para quem tivesse cara de moleque, pra não deixar entrar pivetada de 16, 17.. pra não queimar o filme da minha balada.
    Se eu quisesse um público de pirralhada, deixaria entrar molecada só, e até barraria gente mais velha.

    Segundo, sim, é normal moleque ir em puteiro também. Quase todo moleque vai em puteiro descabaçar, com 16, 15, 14, 13 anos ou até menos. Que mundo você vive?

    E VC QUERIA ENTRAR NA BOA SEM DOCUMENTO?

    Sim, como fiz minha vida toda, por que? algum problema?
    Eu ia curtir a noite e não vender um imóvel num cartório. Documento pra que? E o que você tem a ver com isso?


    "território dominado pelo grupo autointitulado Governo do Estado de São Paulo."????
    Que bobagem é essa?


    Qual bobagem? Essa é a definição de estado, que não passa de uma gangue grande de ladrões.
    Você realmente precisa acordar pra vida minha filha: A anatomia do estado
  • Pró-Família  22/06/2012 00:27
    Mas a lei é justa, caro Fernando. Ou é moral e ético deixar meninos e principalmente meninas frequentar estes bacanais? E tem mais: pai e mãe que permite isso, tem de ser punido tb. Qdo é q os libertários vão entender q sem família, valores morais não existe civilização que se sustente???
  • Fernando Chiocca  22/06/2012 07:28
    Mas a lei é justa, caro Fernando. Ou é moral e ético deixar meninos e principalmente meninas frequentar estes bacanais? E tem mais: pai e mãe que permite isso, tem de ser punido tb. Qdo é q os libertários vão entender q sem família, valores morais não existe civilização que se sustente???

    Bacanais? hehehehe

    Engraçado que o palhaço fake assina como PRÓ-família e diz que i estado deve assumr responsabilidade pela criação do filho do outros, impor seus próprios valores morais (como se agredir pessoas e obrigá-las a agir de certa maneira pudesse ser moral) sobre os valores das famílias e até punir pais e mães que permitem que um filho menor de 18 anos consuma álcool.

    Que demência..
  • pró-família  22/06/2012 14:44
    Caro Fernando. Não é questão de impor valores morais, é que estes são os valores tradicionais que foram esquecidos pelo homem "moderno". Essas casas noturnas são uns verdadeiros bacanais, onde ocorre beberragem, todo o tipo de vulgaridade sem o menor pudor, orgias... Vc deixaria a sua filha frequentar estes lugares? Uma família que deixa a sua filha é uma família completamente desestruturada. Deixar estas coisas acontecer significa permitir que a destruição da família ocorra, e a destruição das família levará ao colapso da nossa civilização, pois como eu disse nenhuma civilização se sustenta sem valores morais...
  • Fernando Chiocca  22/06/2012 18:27
    Essa é boa,você, que não tem um pingo de valor moral está ai, postando comentários imorais, que advogam o uso da violência para impor condutas, solapam a família fortalecendo o estado, em suma, a antitese de civilidade, falando em "colapso da civilização pela destruição da família".....

    Moralidade jamais pode ser imposta a força, pois obrigar ou proibir alguém de agir de determinada maneira sob ameaça ou uso de violência física é o ápice da imoralidade.

    Se queres que alguém adote um comportamento moral, tudo que pode fazer é tentar persuadí-lo. Nada mais.


    E realmente, em bares e casas noturnas rola cada bacanal (SIC)... De onde saiu esse fake demente!!? Será que nunca saiu de casa?
  • pró-família  22/06/2012 21:51
    "Moralidade jamais pode ser imposta a força, pois obrigar ou proibir alguém de agir de determinada maneira sob ameaça ou uso de violência física é o ápice da imoralidade."
    - Então o cada um age como quer sem responder pelos atos? Então eu posso sair aí pelado sem probema nenhum?

    Sempre quando leio este tipo de coisa, eu me pergunto: que tipo de valores morais existe na ética libertária? Todo o mundo fazer o que quer, sem se importar que pode destruir toda uma ordem social com as suas condutas? É exatamente esse tipo de ética que está solapando as famílias.

    "E realmente, em bares e casas noturnas rola cada bacanal (SIC)... De onde saiu esse fake demente!!? Será que nunca saiu de casa?" - Vc que nao deve sair de casa, pois nestes lugares rola cada bacanal e uma falta de pudor sem limites... E segue a pergunta: se vc tivesse uma filha, vc deixaria ela frequentar estes lugares? Deixaria ela usar roupas provocantes para atrair os homens? Segundo o seu raciocínio de "não impor moral", cada um faz o que quer...então se sua filha se quisesse poderia andar até nua...
  • Fernando Chiocca  23/06/2012 11:00
    Sempre quando leio este tipo de coisa, eu me pergunto: que tipo de valores morais existe na ética libertária? Todo o mundo fazer o que quer, sem se importar que pode destruir toda uma ordem social com as suas condutas? É exatamente esse tipo de ética que está solapando as famílias.


    Antes da moral, existe a ética. E o que não é ético, não pode ser moral. Depois da ética, existe a moral, e coisas éticas podem até ser consideradas imorais, como prostituição, falsidade, promiscuidade etc.

    Logo, um agressor autoritário sem ética como você, antes de pensar em começar a falar de moral, deve primeiro ser ético.

    Vc que nao deve sair de casa, pois nestes lugares rola cada bacanal e uma falta de pudor sem limites...

    Poizé.. viu só que coisa essa nova moda mini saias! Onde já se viu mulheres exibindo o tornozelo em bares! Isso é um bacanal!

    E segue a pergunta: se vc tivesse uma filha, vc deixaria ela frequentar estes lugares? Deixaria ela usar roupas provocantes para atrair os homens? Segundo o seu raciocínio de "não impor moral", cada um faz o que quer...então se sua filha se quisesse poderia andar até nua...

    Lógico que não deixaria. Como sou um cara moral, espancaria minha filha se ela se atrevesse a sair de casa sem burka (SIC!)

  • Paulo Sergio  23/06/2012 12:05
    Não tem nada de anti libertário ser contra essas coisas, os pais educam os filhos com os valores que eles quiserem.
    E andar pelado na rua, numa sociedade de leis privadas pode ser crime sim.
  • Marcus Benites  23/06/2012 14:11
    Não na minha rua. Se os moradores da minha rua, que pagaram por ela, não acharem nada de errado nisso... Estranho esse direcionamento a "leis que funcionem para o todo".
  • Paulo Sergio  23/06/2012 12:10
    Pró família, as respostas por aqui foram muito ruins, o que importa é que não existe NADA de incompatível entre a moral cristã e o libertarianismo.Tudo que uma sociedade cristã quiser transformar em crime, como aborto por ex, vai ser feito com leis privadas.
  • Marcus Benites  23/06/2012 14:15
    Você não foi preciso: o correto seria "tudo que uma sociedade 100% cristã quiser transformar em crime, desde que 100% das pessoas concordem". Aí sim. Se não for assim, vira "democracia", e já sabemos o resultado. Eduque SEUS filhos do modo como quiser, mas não interfira em uma vírgula na educação dos filhos dos outros. Direito a achar errado você tem, mas a tranformar a coisa em lei, punindo alguém que não lhe fez mal, apenas fez você não gostar de algo, é simplesmente a reprodução do atual sistema das coisas.
  • Paulo Sergio  24/06/2012 03:57
    Sim, 100% cristã, foi por isso que falei sociedade cristã
    Agora, só porque eu não concordo não tenho o direito de interferir? Tem certeza? Existem culturas que mutilam meninas, uma criança pode até não querer mas não tem muito como resistir, então o certo é ficar assistindo sem fazer nada?
  • Marcus Benites  24/06/2012 15:45
    Começamos com pequenas leis para casos em que pareça não haver qualquer chance de estarmos errados e terminamos com leis pra tudo, leis apriorísticas, esse o problema. Em sua própria abordagem da coisa já está o provável resultado: você usa um argumento que parece inatacável, o de que crianças possam ser mutiladas contra a própria vontade e que deveríamos interferir nisso. Ok, a princípio você está certo. Mas, ao mesmo tempo, você afirma que "tudo o que uma sociedade cristã quiser tranformar em crime será dentro de um sistema privado de leis", que é onde começa a morar o perigo. Se você se dá o direito de aplicar uma lei sua a outra pessoa, mesmo que ela não tenha lhe feito mal, você joga no lixo qualquer noção de sociedade livre. Dentro de uma sociedade "100% muçulmana" você pode ter, como lei, que crianças devam ser mutiladas... E aí, como fica? E com que moral uma sociedade "100% cristã", que já fez bastante churrasquinho de gente, conseguiria se colocar no papel de juiz? Bem ou mal, a criança é filha da pessoa que a quer mutilar, vivendo em um grupo onde isso seria lei. Cabe a você criticar, tentar conscientizar, mas não impor nada a ninguém. Esse o "problema" de uma sociedade livre: os que acham que têm uma verdade absoluta das coisas teriam que aceitar comportamentos grotescos de outras pessoas, desde que não interferissem em suas próprias vidas. Caso não se aceite isso, a tendência é o monstro crescer e teremos novamente pessoas impondo sua moral a outras pessoas, que é o que temos hoje. Mesmo com as pequenas "falhas" a primeira opção ainda é a melhor.
  • Arlindo César  24/06/2012 20:25
    Quem é q vai fazer estas leis e quem vai zelar por estas leis aprorísticas? O q o Paulo Sérgio falou é verdade, aqui no Brasil, por exemplo, em algumas tribos amazônicas é "cultura" enterrar bebês vivos. Inclusive, tentaram fazer uma lei para criminalizar esta p?atica, mas o projeto foi arquivado. Mas pelo que vejo, para um libertário, a aprovação de uma lei como esta seria absurda, pois o Estado estaria interferindo em assuntos indígenas. Mas questao é: como uma sociedade libertária resolveria este problema? Se bem que uma tribo indígena não deixa de ser uma sociedade anárquica, pois não há um Estado.
  • Eduardo Bellani  23/06/2012 16:22
    Discordo sobre o aborto. Compartilho da posição do
    Walter Block[1].

    Basicamente o aborto é como vc expulsar alguem da sua casa.
    Você usa proporcionalmente a força, é claro, mas tem sim o
    direito de expulsar alguém de sua propriedade, mesmo que o tenha
    convidado pra entrar lá.

    [1] en.wikipedia.org/wiki/Libertarian_perspectives_on_abortion#Other_positions
  • Paulo Sergio  24/06/2012 03:46
    'Basicamente o aborto é como vc expulsar alguem da sua casa.'

    Essa é uma das comparações mais absurdas que eu já vi na vida.Primeiro vc não ta expulsando, está matando, depois tem que ser algum tipo de doente mental pra não saber que sexo serve pra fazer filhos, que por sinal só está ali por causa de uma ação SUA.
    E finalmente, se for pra ter um ponto de vista libertário, o Ron Paul é médico e sabe bem do que está falando:
    www.mises.org.br/Article.aspx?id=241
  • Eduardo Bellani  24/06/2012 09:13
    Aqui um pequeno vídeo[1], em inglês infelizmente, sobre o ponto
    de vista do Walter que eu compartilho, que é o eviccionismo.
    É um argumento baseado no direito a propriedade. A dona do corpo de uma mulher grávida é ela, e
    mesmo que ela tenha "convidado" o indivíduo (que por sinal é inexistente
    no momento do sexo) ela pode expulsar-lo de sua propriedade.

    *Porém*, você tem que usar força proporcional para retirar o intruso de sua
    propriedade. Se você pode fazer-lo sem o machucar, você tem que fazer isso.
    E progredir a força a partir daí.

  • anti-aborto  24/06/2012 12:16
    É mesmo, Paulo Sérgio. O Ron Paul até critica estes libertários pró-aborto:

    "Mas será que ter essa postura antiaborto é inerentemente inconsistente com a filosofia libertária? Muitos libertários parecem acreditar que sim. O aborto, de acordo com eles, é uma moralidade legislativamente forçada e defendida por conservadores pró-estado que querem impor sua fé e sua moral sobre o resto de uma sociedade avessa a isso. E mais: eles dizem que essa postura é estatista e totalitária, pois invalida o direito da mãe em terminar sua gravidez. Sendo assim, o estado estaria sobrepujando os direitos dos pais e decidindo pela mãe - contra sua vontade - que ela deve sim trazer uma criança ao mundo.

    Mas seria isso mesmo? Sustento que não, em absoluto. Ao invés de ser uma emancipadora manifestação da liberdade de escolha pessoal contra a intrusão governamental, o "direito" ao aborto é em si uma medida estatista totalmente consistente com a ideologia esquerdista que pretende ditar como a sociedade e o governo devem funcionar. Essa postura em nada ajuda a promover a causa da liberdade. Ao contrário, ela faz com que os princípios da liberdade e da responsabilidade pessoal fiquem anos-luz atrasados. A postura pró-vida é muito mais consistente com o ideal libertário do que a postura alternativa acima delineada."


    Além disso, o Ron Paul refuta esta tese de que o corpo é da mulher e o feto seria como uma gente invasor:

    "O argumento é que nem o estado nem qualquer outro ser humano (especialmente os homens) têm o direito de dizer à mãe o que fazer com seu próprio corpo. Parece correto, certo? Nem tanto.

    Tal postura convenientemente ignora o fato de que dentro da mãe jaz uma entidade que é completamente distinta dela. (O argumento de que o aborto é legítimo pois a criança depende da mãe para sua sobrevivência não precisa ser limitado ao útero; ele pode facilmente ser estendido a crianças recém-nascidas e até mesmo a incapacitados e idosos). Portanto, está havendo uma troca de liberdades e direitos. A mãe está ganhando direitos e privilégios especiais ao mesmo tempo em que a criança está perdendo seus direitos. Um lado está ganhando à custa do outro. Esse arranjo em nada difere das várias outras invenções esquerdistas e estatistas que prejudicam alguns para o benefício de outros."


    E depois ele questiona se este arranjo realmente é libertário e inclusive pergunta sobre o poder de decisão do pai (bom questionamento aos pró-aborto):

    "É de se pensar como exatamente esse arranjo é libertário e pró-liberdade. Ao dar às mães o direito aprovado pelo estado de terminar uma gravidez está-se ignorando os direitos e interesses das outras partes envolvidas na questão. Primeiro, essa medida anula completamente o poder de decisão do homem na questão (ainda que reconhecidamente a maioria dos homens que engravidam essas mulheres nada mais são do que "doadores de esperma", por assim dizer, mas esse nem sempre é o caso). Segundo, há uma anulação completa da vida da criança em gestação, em meio a evidências cada vez mais conclusivas de que aquilo que está no útero é de fato uma vida. Mas como ese bebê foi concebido em um momento inoportuno, azar o dele. Ele simplesmente não tem direitos. Esse não parece ser um conceito muito libertário."
  • Nao entendí  30/06/2012 16:08
    "Antes da moral, existe a ética. E o que não é ético, não pode ser moral. Depois da ética, existe a moral, e coisas éticas podem até ser consideradas imorais, como prostituição, falsidade, promiscuidade etc."

    Como assim??? Não entendí....explique melhor. Tem algum texto ou livro que explica melhor sobre isso???
  • Fernando Chiocca  01/07/2012 15:09
  • anônimo  27/07/2012 23:33
    Mas como uma coisa pode ser imoral e ao mesmo tempo ético???
  • Fernando Moreira  24/09/2012 13:43
    Não há problema algum em disponibilizar os documentos para entrar em uma casa noturna.

    Nada mais justo de, caso algum problema ocorra, seja mais fácil de ocorrer uma auditoria, por exemplo, de quem estava frequente.
  • José Roberto Baschiera Junior  14/06/2012 16:22
    Sei que não é pra mim, mas quero dar minhas opiniões, peço licença.

    "UÉ... Mas não se reclama de leis que existem, mas não são cumpridas por falta de fiscalização?"

    Não. Se reclama de leis que nem deveriam existir para começo de conversa.

    "Ao IMIGRANTE cabe discutir as leis do país que está visitando?"

    Por que ele não poderia discutir? É proibido falar e expor opiniões ao viajar?

    "E TÁ ERRADO?
    Vc acha normal moleque ir em puteiro?"

    Se os pais deixam, não é da conta de mais ninguém.

    "E VC QUERIA ENTRAR NA BOA SEM DOCUMENTO?

    Se fosse regra da casa, tudo bem. O questionamento é a regra ser de uma gangue criminosa chamada governo impondo isso.

    "O caso da senhora inglesa, é que a sociedade inglesa é conceitual. É outra realidade isso lá."

    "sociedade inglesa"? E a liberdade e individualidade da senhora de 92 fica onde?

    "Concordo que é absurdo pedir docto de pessoas claramente acima de 18 anos.

    Infelizmente a população é mesmo submissa aceitando tudo que vem do governo."

    Inclusive você, em praticamente todos seus comentários.
  • Eduardo  14/06/2012 19:03
    Fala sério, esse comentário da Fabiana só pode ter sido uma ironia.

    Ela apóia uma lei absurda, ataca quem vai contra, e termina colocando uma cereja no bolo: "infelizmente as pessoas sao submissas aceitando tudo que vem do governo".

    Isso não pode ter sido sério.
  • Erick Skrabe  18/06/2012 15:50
    "Infelizmente a população é mesmo submissa aceitando tudo que vem do governo."

    A Fabiana tem toda razão ! Aliás alguns não só aceitam como ainda criticam quem pensa diferente.
  • Paulo Sergio  23/06/2012 12:16
    'Ao IMIGRANTE cabe discutir as leis do país que está visitando?
    A qualquer ser humano racional cabe discutir leis injustas impostas sobre ele.'

    Mas aí tem um fundo de verdade, ela bem que enfatizou o IMIGRANTE, mas não adiantou.Se o cara escolhe ir morar naquela sociedade, que tem aquelas leis que ele não concorda e não quer cumprir, essa lei é imposta? É como eu ir pra casa do meu vizinho e querer mandar lá
  • Marcus Benites  23/06/2012 14:31
    Acho que partimos do pressuposto de que o dono da propriedade privada manda nela... Logo, se na minha casa só for permitida a entrada de pessoas com chapéu de palha, assim será, e meu sistema de leis privado, contratado por mim, por contrato, irá me garantir isso caso alguém queira desrespeitar. Se uma sociedade toda (acho difícil) decidir tal coisa, por unanimidade, não por maioria (seria democracia, argh!), a pessoa sabe que deve visitar a propriedade alheia cumprindo as leis da propriedade alheia. Não gostou? Vá a outro lugar de que goste. Simples assim. O comentário estapafúrdio da Fabiana, no entanto, não versou sobre essa realidade hipotética, mas sobre o contexto atual, em que não é a sociedade que tem tais valores, mas bandidos que se autorgam o direito de impor tais valores, chamados governantes, apoiados por uma maioria, desrespeitosos a uma minoria (que pode ser de 49%, veja só!), e que impedem qualquer pessoa de sair desse jogo/jugo. Logo, é um valor arbitrário e imposto pela violência. Não o que ocorreria em uma sociedade sem governo, em que as pessoas decidiriam como agir em suas propriedades e teriam que respeitar o modo de agir na propriedade alheia.
  • Eduardo  20/10/2017 00:31
    Amiga na zona rural de Santa Catarina, descendentes de italianos, tomava vinho com a família desde pequena. A famosa "sangria". Sempre soube beber sem abusar, de maneira saudável.
  • Luiz Otavio Fontana  14/06/2012 15:47
    Excelente texto, Fernando.

    OBS: as pessoas não podem confundir o que a lei coercitiva pede para os estabelecimentos fazerem( como o Fernando citou claramente no texto) e o que os estabelecimentos impoem voluntariamente aos seus clientes. Ex: Em Porto Alegre existe bares que só entram maiores de 21 anos e outros que solicitam cadastros aos seus clientes, mas sem que haja coerção estatal.
  • Andre Cavalcante  14/06/2012 17:31
    Parabéns pelo texto, Fernando.

    Faço coro. Em Porto Alegre, praticamente todas as casas estão pedindo documento de identidade (em especial, Opinião, Av. Lima e Silva, Cidade Baixa, R$10,00 a entrada - com esse preço o moleque dá mais R$10,00 pro cara da entrada e entra do mesmo jeito).

    Apesar de proibido, depois das 9:00h da noite, menino novo entra em puteiro no centro (durante o dia tem mais fiscalização, talvez...), tranquilo.

    Abraços
  • Silva  14/06/2012 18:03
    Olha eu acho que crianca deve ser "protegida" de si própria. Sei que parece ser um contradição libertária, mas nao consegui construir uma liberdade plena para criança. Entretanto falo de criança, moleque de quatro anos, não um marmanjo de 16 anos, por exemplo.

    Um moleque de 16 anos ja sabe fazer escolhas e arcar com as consequencias.

    Concordo, que o pirralho aborrecente deva ser iniciado, se assim quiser, nos "vicios" da vida adulta para que compreenda os beneficios e os perigos, de preferencia em um ambiente controlado. Nao consegui achar uma forma de criticar um conhecido que permitia o filho tomar uma cerveja na festa de familia.
  • Camarada Friedman  14/06/2012 18:38
    A lei do cigarro detonou muitos comércios na minha cidade. Agora só faltava essa... pq não colocam uma swastika no poster ?

    Artigo perfeito, Fernando!

    obs: vc foi bem jacobino com a fabiana, coitada...
  • Leandro Santos  14/06/2012 19:46
    O Estado incompetente não fiscaliza e astutamente transfere o ônus da fiscalização para o comerciante, enquanto os fiscais aumentam suas posses com as propinas.
    Governo, mostre a sua cara: vocês não resistiram a uma fiscalização de si mesmos.
  • Fernando  15/06/2012 08:30
    O PSDB segue a agenda socialista mais ainda que o PT, que pareçe ser mais revolucionário. São paulo tá ficando impossivel de se viver, rodizio,lei da sacolinha,anti fumo, lei seca, lei pra menor, proibição de caminhão etc etc .
    Não tem 1 na grande midia pra falar contra, ao contrário sempre defendendo .
  • Eduardo  15/06/2012 10:03
    Quanto às críticas a esse texto, eu sei como é. Basta falar a verdade, expôr as armas do estado, a violência legitimizada e atentar pra máfia de pretensos homens controlando a vida dos outros pela violência, que as pessoas acham ruim.
    Elas procuram negar tudo isso, e atacar quem expõe o estado dessa forma. Eu também procuro ser bastante direto quando me refiro a essa gangue, e as reações que recebo são parecidas.
    Acostumadas com a idéia de que "o governo somos nós", ou de que pessoas atrás de um distintivo não estão cometendo crimes porque estão em uma posição intocável, e que tudo isso é feito pelo nosso próprio bem. Junta-se a livestockholm syndrome de acharem que é o mestre estado que lhes provê o necessário pra viver com a sensação de que os outros devem ser também tratados como livestock. Uma ameaça contra o mestre é entendida como uma ameaça a sua própria vida, e o indivíduo estatizado não suporta a idéia de que outras pessoas queiram viver sem as ordens que ela pede pra si e quer dar aos outros.

    O que o texto faz é usar uma linguagem muito clara sobre a realidade, sem misticismos de "sociedade", "estado", "polícia", "impostos" ou qualquer outra palavra que procure ter um significado mágico que tire toda a carga moral do que essas coisas realmente são. No entanto, o texto está impecável em toda sua argumentação, e sem recorrer a misticismo estadista pra mudar as regras do jogo e o significado das palavras não é possível refutá-lo.

    Libertários mais acostumados com a realidade estão mais que acostumados com essa abordagem, mas é perfeitamente compreensível que a maioria da população ainda tenha problemas pra entender a verdade e jogar fora toda a lavagem cerebral governamental que lhes foi feita a vida inteira.
  • Luis  15/06/2012 11:34
    Vocês estão atrasados ai em Sampa. No RS essas leis ja vigoram a muitos anos. A mais de 10 anos pedem documentos em qualquer festa que você vá aqui, o mesmo para bebidas em alguns mercados. Digo alguns porque os fiscais são malandros, eles fiscalizam os pequenos mercados 24 horas, mas não dão bola para supermercados.

    A alguns anos vi uma senhora ter que fechar seu mercado. O único 24 horas de uma cidadezinha do interior. Ela havia vendido bebida para um jovem e foi multada. Passou a pedir documentação, então os jovens pediam para alguém de maior comprar para eles. Os fiscais viram jovens bebendo próximo ao mercado e multaram ela de novo, com agravante de reincidência. Ela teve que vender o ponto para pagar as multas. É triste.
  • Gustavo Sauer  18/06/2012 22:36
    É revoltante. E sabe o que é triste? Essa senhora que teve o seu estabelecimento fechado provavelmente apoia várias medidas autoritárias do governo. Ela nao consegue fazer o vínculo entre a injustiça que sofreu e o autoritarismo estatal que ela apoia. Para ela, deve ter sido vitima de uma injustiça isolada não relacionada com o sistema o qual somos submissos.
  • Pedro  17/06/2012 09:34
    Essa é mais uma daquelas medidas do estado cujo objetivo é "criar dificuldades para vender facilidades", em outras palavras, a arbitrariedade dessa lei fará com que qualquer estabelecimente, mesmo aquele que siga a lei de forma mais rigorosa possível, esteja sujeito a multas, de tal forma que a única forma real de se livrar da multa é através da proprina.

    Não interessa se está regular ou não, o que interessa é a propina. È o que tende a acontecer nessas fiscalizações, por mais regular que esteja o estabelecimento, sempre haverá um meio de achar "pêlo em casca de ovo" e aplicar uma multinha.


    E nesse momento escrevo isso aqui no Mises com muita preocupação, pois do jeito que a coisa está indo, não irá demorar para o estado censurar o site, alegando que ele está incentivando práticas ilegais, já que nossa liberdade de expressão também está indo para o brejo.
  • Erick Skrabe  18/06/2012 15:38
    Na França e na Italia as crianças desde pequeno aprendem a beber vinho. Em geral começam comendo um paozinho embebedado em vinho com 1 ou 2 anos. Na Inglaterra, EUA E Alemanha as crianças praticamente só começam a beber depois dos 18 anos. E advinha onde temos mais problemas com alcolismo...

    Assino embaixo de Mark Thoronton. Se alguém tiver interesse sobre esse ponto de vista, Clotaire Rapaille tem um ótimo livro - Culture Code - que comenta os "imprintings" que temos até os 7 anos de idade. Entre esses imprintings obviamnete estará a forma como veremos o álcool ao resto da vida. Uma forma de apreciar o sabor da vida, ou uma forma de nos escondermos dos problemas da vida.
  • conservador  21/06/2012 17:25
    Até que enfim uma atitude honrada dos nossos políticos. Ou restabelecemos os valores morais, ou não teremos futuro. Tinha de punir também o pai que permite o filho ir nestes bacanais.
  • Pscheidt  23/06/2012 01:59
    A maior contradição de alguns auto-intitulados "conservadores" é defender a família ao mesmo tempo em que querem tirar a autoridade da mesma sobre os filhos e entregá-la ao Estado. Estes "conservadores" podem espernear o quanto quiserem sobre moralidade e sobre como as coisas deveriam ser, mas eles deveriam se abster de falar da importância da família quando defendem que o Estado arrogue para si a tarefa de criar os filhos.
  • Antonio  25/06/2012 13:48
    Eu estou com uma pergunta a 2 meses e este texto, apesar de abordar a intrusão do estado nas escolhas individuais, proporiria outro tipo de questão, a saber: como se definir, sob o ponto de vista da EA, a idade (ou outra característica) de uma criança que deve ser considerada incapaz? Essa incapacidade deve ser relativa a cada assunto ou não? Por exemplo, qual a idade máxima que se consideraria o ato sexual envolvendo um adolescente como pedofilia? Ou qual a idade máxima que é reprovável o uso de drogas lícitas?
  • Leandro  25/06/2012 14:06
    Prezado Antônio, a Escola Austríaca lida exclusivamente com economia, e sempre do ponto de vista positivo, nunca normativo.

    Por exemplo, descrever o funcionamento do sistema bancário de reservas fracionárias é uma tarefa positiva (de caráter prático), e não uma normativa.  Agora, discutir se tal sistema é desejável já é uma tarefa normativa, e qualitativamente separada da explicação da mecânica desse sistema.

    Esta sua pergunta é da área da filosofia libertária, e nada tem a ver com Escola Austríaca de Economia, a qual, repito, é uma ciência econômica positiva. Portanto, a EA nunca teve e nunca terá resposta para esta sua pergunta, que pertence totalmente ao âmbito da filosofia libertária. Perguntar qual é a posição da EA em relação a um assunto eminentemente filosófico faz tanto sentido quanto perguntar qual é a posição da astronomia em relação à dieta da proteína.

    Nunca confunda estes conceitos, por gentileza. E sempre tenha isto em mente: qualquer resposta que você porventura obtiver para esta pergunta será totalmente do ponto de vista da filosofia libertária, e nunca da Escola Austríaca de Economia, a qual nada tem a ver com este tipo de assunto.

    Grande abraço!
  • Antonio  25/06/2012 14:16
    Ok, entendido. Como você definiria o escopo de intelecção da EA? Ela nunca se prontifica a fazer nenhum tipo de prognóstico, somente diagnóstico?
  • Leandro  25/06/2012 14:29
    Exatamente como foi respondido acima. A EA se prontifica a explicar exatamente o que irá acontecer caso uma determinada política seja adotada, a partir daí cabendo aos agentes se decidir quanto à implementação ou não de tal política.

    Agora, definir a desejabilidade ou a moralidade desta determinada política é da seara da filosofia libertária.

    Abraços!
  • Fernando Chiocca  25/06/2012 14:53
    Não tem idade Antonio.

    Pode existir uma pessoa de 40 anos com "idade mental" de 3 anos, logo, totalmente incapaz de decidir sobre sexo consensual ou uso de drogas, como pode haver adolescentes e crianças mais ou menos acapazes que outras.

    Julgamentos de capacidade mental são feitos por juízes todos os dias, e milhares de pessoas são declaradas incapazes de uma série de coisas pela justiça. São, por exemplo, filhos que requerem a interdição de pais para eles não se desfazerem do patrimônio devido a atos de senilidade.

    Alguns casos, como, por exemplo, a relação sexual de um adulto com uma criança de 4 anos, são bem fáceis de serem resolvidos.. outros, com crianças mais velhas, podem já ser mais difíceis. Cada caso é um caso, e cada conflito interpessoal que surgir deve ser decidido por uma terceira parte.



    E eu não vejo onde está essa linha que o Leandro traçou.

    A Escola Austríaca de economia, ou a ciência econômica, lida com a ação humana, e, principalmente com trocas de títulos de propriedade. Como então se eximir da definição de seu próprio objeto de estudo?
    É como estudar as propriedades da água, mas não definir que água é H2O.
  • Antonio  25/06/2012 17:31
    Primeiramente muito obrigado pelas respostas de Leandro e de Fernando.
    Confesso que as 2 respostas são ambas possuidoras de bom senso de verossimilhança.
    Sintetizando a pergunta dentro do contexto da primeira resposta do Leandro: A EA nunca se prontifica a fazer nenhum tipo de prognóstico, somente diagnóstico?

    Resposta do Leandro: "A EA se prontifica a explicar exatamente o que irá acontecer caso uma determinada política seja adotada, a partir daí cabendo aos agentes se decidir quanto à implementação ou não de tal política."

    Resposta de Fernando: "E eu não vejo onde está essa linha que o Leandro traçou.
    A Escola Austríaca de economia, ou a ciência econômica, lida com a ação humana, e, principalmente com trocas de títulos de propriedade. Como então se eximir da definição de seu próprio objeto de estudo?
    É como estudar as propriedades da água, mas não definir que água é H2O."

    Sob meus precários conhecimentos em EA, e evidentemente retirando a resposta de vocês em cada um dos contextos (desculpem-me se fui baixo do ponto de vista de vocês ao fazer isso, certamente fui honesto intelectualmente do meu ponto de vista), estou até o momento com a seguinte síntese: sobre o escopo de atuação da EA há divergências sobre a definição de que julgamentos morais estão sob seu espectro de atuação. Discordam?

    Minha visão particular e não embasada em nenhuma leitura a qual terei o prazer de desnudar nas minhas próximas férias é a de que a economia per se não pode nem deve ser considerada isoladamente, que precede a sua atuação um sistema de valores que devem ser considerados em sua totalidade, exatamente como um sistema. No meu limitado ponto de vista, esses valores são os mesmos do enunciado no site: Liberdade, Propriedade e Paz. São bastante satisfatórios e condizentes com a EA. Mas a posição de vocês fez-me questionar, não sei aos Srs., de que se há um sistema de valores intrínsecos à EA ou se eles são dissecáveis e analisados a parte, sem comprometimento da EA com eles.



    Sobre a motivação: o motivo pelo qual quis aprender sobre a definição de incapacidade foi a fim de responder satisfatoriamente a pergunta de um Sr. bastante desbocado, porém bastante crítico a esse sistema de valores bem como possuidor de um senso de verossimilhança bastante alto, o Sr Olavo de Carvalho.
    Não sei se interessa a vocês, mas este Sr Olavo fez considerações fortes sobre o Liberalismo Clássico de origem inglesa, sintetizado nesses 2 vídeos no Youtube:

    www.youtube.com/watch?v=8-0MBdPtiQI

    www.youtube.com/watch?v=rzpHiaUBmK8&feature=relmfu

    E para termos uma resposta minimamente satisfatória seria interessante definir o conceito de incapacidade.


    Forte abraço aos dois e aos demais membros do IMB.
    Continuem com o alto nível de excelência.
  • Fernando Chiocca  25/06/2012 20:02
    Mesmo sem entrar no âmbito da ética (que pode ser praxeológica também), a praxeologia, i.e., ciência econômica, já tem muito a dizer sim sobre a escolha de objetivos:

    Praxeological Criticism of Ethics
  • Johnny Jonathan  26/06/2012 00:38
    Bom, mesmo antes de ter contato com a filosofia libertária, aliás, nos meus próprios 13 pra 14 anos, tinha a opinião de que pedofilia só existe antes do menino ter a primeira ejaculação e da menina a primeira menstruação (geralmente com 12 e 13 anos isso acontece). A partir dae o corpo já estaria preparado, e logo, o único problema seria o estrupo, que é um problema geral.

    A discussão então seria se nessa idade, não o corpo, mas a mente da criança/adolescente estaria psicologicamente preparada... e isso denota ver caso a caso. Uma solução que me veio agora a cabeça (e pode ta cheia de falhas por isso) é a criança solicitar, ou os pais, uma supervisão de um psicólogo/psiquiatra de confiança de ambos para dar o aval a criança/adolescente de "maior idade sexual", a partir do momento em que o corpo esteja preparado.
    É meio burocrática, mas acho que é uma razoável solução pra esse conflito entre os pais quererem proteger os filhos e se eles tem o direito de fazer isso.

  • Arlindo César  25/06/2012 21:43
    Creio q a solução libertária seria resolvida da seguinte forma: no caso do pedófilo, a família da criança criança aplicaria a pena que decidisse contra o criminoso. Se a família decidisse castrar o criminoso sem anestesia, tal pena seria aplicada: ou eles contrariam um homens hábeis para aplicar a pena, ou algum filho ou sobrinho forte e hábil aplicaria. Mas vamos supor que o sujeito seja muito rico, e a família decidisse o seguinte: "O seguinte, você é rico. Só lhe livramos de uma pena severa se você nos dar 10 mil onças de ouro (uso o ouro porque é o padrão monetário de uma sociedade libertária)". E aí o criminoso ficaria numa boa, só pq é rico?
  • Ex-microempresario  29/04/2017 22:10
    "numa boa" mas dez mil onças mais pobre. Por outro lado, castrar o sujeito não traria vantagem nenhuma para a família agredida, já as dez mil onças de ouro podem ser vistas como uma espécie de compensação.
  • Sérgio  29/06/2012 01:27
    Mto bom libertários. Entao o Estado deve permitir a entrada de crianças em bares. São a favor que crianças de 5 anos bebam. Devem achar mto normal a imagem abaixo:

    laamebita.com/wp-content/uploads/2012/03/pais-bebendo-garoto-dormindo-no-bar.jpg

    E aí? Não devemos fazer nada, devemos deixar as pessoas fazer o q quer???
  • Fernando Chiocca  29/06/2012 08:22
    Este é realmente um problema seríssimo Sérgio. Ainda bem que o estado impos as mãos vermelhas para resolver este problema.

    A quantidade de crianças de 5 anos que frequentavam bares era absurda!
    Outro dia mesmo, um grupo de meninos de 6, 5 e 4 anos, completamente bebados, estavam importunando todas as mulheres num bar. Quando passaram a mão na bunda de uma, eu intervi, e acabei sendo espancado pela gangue.
    Depois eles ainda pegaram seus carros e sairam barbarizando pelas ruas, dirigindo bebados.
    Que bom que o estado nos salvou!
  • Sergio  29/06/2012 12:48
    Isso é relativismo moral. Relativismo moral para quem não sabe é usar desculpas para justificar as iniqüidades, uma inversão de valores fazendo o certo parecer errado e o errado parecer certo. Por exemplo, neste caso, o autor do texto inverte os valores: considera normal o ato de permitir ou incentivar uma criança beber, e considera errado proibir isso:

    "Não é normal que adolescentes sejam proibidos pelo governo de comprarem e consumirem álcool. O normal é que crianças comecem a consumir bebidas com fraca dosagem alcoólica no ambiente familiar, para que possam aprender os limites e os perigos do álcool e os padrões aceitáveis de comportamento para aquele ambiente."

    Puro relativismo moral. Ou seja, o autor deve achar normal a aquela imagem que eu citei, daquela desonrada bebendo no bar enquanto o filho dorme embaixo do balcão...se o governo ou outra pessoa interferir nisso, não normal.
  • Fernando Chiocca  29/06/2012 13:47
    Ahhh, claro.. moral é agredir fisicamente os outros, e força-los a obedecer os seus padrões de comportamento.

    E a imoralidade é dizer que iniciar agressão é imoral! Affff

    Sergio, lave sua boca antes de falar de moralidade.. pois antes de se falar em moralidade, é preciso ter ética, coisa que você não sabe nem o que seja.

    O assunto é menores beberem... Não tem nada a ver com adultos beberem enquanto os filhos dormem. Isso nem está em discussão aqui.
    EMas só para comentar sua tentativa patética de espantalho, e se o filho de alguém está dormindo embaixo do balcão, ou no carro, ou em casa, ou na casa da tataravó, e daí? Qual o problema com essa bosta de foto? E daí que a criança está dormindo ali? Qual seria a alternativa? Você sabe se ela está achando ruim? Sabe se ela está dormindo pois ficou num parque de diversões o dia todo e estava exausta? Sabe se a mãe parou pra comer, ou está esperando uma carona? E se tiver tomando um drink, e daí? Hehehhe, você é um otário mesmo...
  • Sérgio  29/06/2012 21:42
    "e se o filho de alguém está dormindo embaixo do balcão, ou no carro, ou em casa, ou na casa da tataravó, e daí?" - E dai q esta criança ñ tem uma boa educação familiar, ñ tem uma família estruturada. Não dorme num ambiente familiar... Seria melhor q sua mãe parasse de ficar só se divertindo e assumisse a responsabilidade de cuidar de seu filho e se preocupar com ele. Isto é q é correto. Ademais, vou acrescentar um fato q ocorreu recentemente: o primeiro ministro britânico, David Cameron, esqueceu recentemente sua filha de oito anos num pub. Fico pensando: o q aquela criança fazia lá? Pq seus pais levaram sua filha de oito anos a um lugar destes? O q será esta filha do David Cameron, no futuro?

    E só mais uma coisa: em seu livro "Conceived in Liberty", Rothbard diz q a origem dos EUA é LIBERTÁRIA. As sociedades americanas do século XVII era libertária. Mas eles ñ eram relativistas, ñ eram aquiescentes com este tipo de coisa...
  • Johnny Jonathan  01/07/2012 03:13
    Quando digo que vai ser difícil ver conservadores largarem o osso do estado... apesar de que esquerdistas estão no mesmo palio , e pior ainda, eu estuou vendo esquerdistas corromperem conservadores, oh god, o mundo ta perdido.

    Esquerdista corromperam todos os grupos de "minoria", e agora ta partindo pra ultimo resquício, os conservadores. É incrível, estamos cada vez mais indo pro caminho da servidão, voltaremos pra idade média e ficaremos outros mil anos estagnados... e me parece que isso meio que agrada conservadores, oh shirt! não há luz no fim do túnel.
  • Sérgio  01/07/2012 13:10
    Tanto o libertário como o conservador adotam o capitalismo como modelo econômico, porém o libertário é a mão direita da esquerda. Eles querem romper com todos os laços tradicionais da sociedade tanto quanto os comunistas, com a pequena diferença que eles querem isso através da economia de mercado ao invés da ação governamental. Não passam de idiotas úteis a serviço da revolução cultural gramsciana. Sao relativistas morais. Por isso é muito comum os liberais defenderem medidas esquerdistas como a legalização das drogas, a legalização do aborto, a promiscuidade, a desvalorização do cristianismo; enquanto o conservador abomina tudo isso.
  • Fernando Chiocca  01/07/2012 15:04
    Hihihihiiiii

    O cara quer que o estado imponha valores sobre a família, à força, e diz que os libertários é que agem como a esquerda...

    Que coitado.

    Seria engraçado não fosse trágico.
  • Catarinense  01/07/2012 10:45
    Sergio, esses americanos do período colonial chamavam a policia para resolver estes casos? Ou usavam de outra poderosa ferramenta, o boicote social?
  • Sérgio  02/07/2012 09:43
    Catarinense, algumas colônias americanas eram bem rígidas na punição à imoralidade. Leia sobre o Code 1650...e eles eram libertários...
  • Catarinense  02/07/2012 13:48
    Exatamente Sergio, este Code 1650, inclusive, foi criado por um advogado que não estava satisfeito com as leis do lugar onde morava, e se mudou para uma nova colônia, onde pudesse, em conjunto com outras pessoas que pensavam que nem ele, viver sob seu código próprio de leis. Bem semelhante a uma sociedade de leis privadas, e diametralmente oposto ao sistema de planejamento central. Aqui no IMB tem vários artigos sobre este assunto.
  • Leandro Santos  29/06/2012 09:21
    Todos sambemos que o açúcar é uma droga, tanto vicia como também mata. Em números absolutos mata mais que o álcool. Entretanto, os pais viciam seus filhos ainda no berço apesar das recomendações contrárias dos pediatras.
    Realmente interessante este ponto o álcool pode e o açúcar não... basicamente os dois são problemas de saúde público, embora o primeiro gera alguns problemas desagradáveis no curto prazo.
  • Arlindo César  29/06/2012 12:57
    Aqui no Brasil, algumas tribos amazônicas enterram bebês vivos. Inclusive, tentaram fazer um projeto lei para criminalizar esta prática, mas o projeto foi arquivado. Então, como uma sociedade libertária resolveria este problema? Se bem que uma tribo indígena não deixa de ser uma sociedade anárquica, pois não há um Estado.
  • void  01/07/2012 17:21
    Antes de tudo, não quero responder por ninguém além de mim. Enfim, o que fazem ou deixam de fazer, na floresta amazônica, importa tanto quanto o que fazem ou deixam de fazer na Sibéria ou no Afeganistão. Eu não posso viver para eles lá longe, me preocupo com problemas que me cercam - e isso já é bastante complicado. Imagine se eu tivesse, moralmente, o dever de me preocupar com todos os problemas do mundo... eu simplesmente não viveria minha vida e ainda assim não observaria tudo o que se passa por aí.
  • Paulo Sergio  02/07/2012 03:21
    Mas tolerar merdas como essa é exatamente o objetivo de uma sociedade multicultural
  • Catarinense  02/07/2012 06:54
    Arlindo, eu, pessoalmente, nunca compraria nada nem faria negócio algum com este povo. Em segundo lugar, olhe para o passado, os missionários jesuítas fizeram um excelente trabalho, melhor do que qualquer estado jamais seria capaz de fazer, para acabar ou reduzir tais práticas. Sem falar que sem a ajuda estatal, a maioria dos índios provavelmente iria finalmente tentar se integrar na sociedade moderna.
  • Felipe Rosa  04/07/2012 05:22
    Leandro, em uma resposta ao leitor Antonio me surgiu uma dúvida quando tu afirmaste isso:

    "Prezado Antônio, a Escola Austríaca lida exclusivamente com economia, e sempre do ponto de vista positivo, nunca normativo.

    Por exemplo, descrever o funcionamento do sistema bancário de reservas fracionárias é uma tarefa positiva (de caráter prático), e não uma normativa. Agora, discutir se tal sistema é desejável já é uma tarefa normativa, e qualitativamente separada da explicação da mecânica desse sistema."

    Quando tu afirmas isso, tu estás querendo dizer que o método de construção teórico da EA é positivista? Se sim, pensava que era justamente ao contrário. Não sei se me fiz entender mas ao meu ver posso ter confundindo ou ter entendido de forma dúbia o que você quis dizer com "ponto de vista positivo"

    Grande Abraço!!!
  • Leandro  04/07/2012 06:34
    Não, de jeito nenhum. A ciência econômica ser positiva nada tem a ver com ela ser positivista. São conceitos muito diferentes. Ciência econômica positiva é justamente isso que foi explicado neste trecho que você destacou, não comportando nenhuma inferência adicional.

    Grande abraço!
  • Felipe Rosa  04/07/2012 07:29
    Ufa que susto Leandro, em algum momento comecei a pensar que existia um problema na irrepreensível construção teórica da EA. Esclarecida a dúvida, grande abraço!!!
  • Antonio Chiocca  31/07/2012 14:09
    Estou com uma raiva danada da intervenção estatal em minha vida,e ainda os comunistas não tomaram conta de SP, são os falsos moralistas e os socialmentes corretos" que estão tomando e apoiando estas atitudes.
    Veja o absurdo que aconteceu e colabora com este artigo do Fernando.
    No sabado fui comprar uma lata de cerveja importada no Pão de Açucar e a caixa me pediu o documento de identidade,o mesmo que havia feito a um senhor de 65 anos na minha frente, acontece que só percebi na minha vez, que não é só para ver minha idade, e sim para registrar o numero do meu documento como comprador da referida bebida alcoolica.Ou seja, estão criando um cadastro de quanto eu bebo de bebidas alcoolicas.Resultado deixei lá a compra da cerveja, o Pão de Açucar que engula todo o estoque e continue apoiando o governo.
  • Pedro  11/08/2012 12:31
    Quando o sujeito é teimoso e reacionário, não tem jeito. Ao longo do artigo, as palavras "não tinha nenhum documento comigo" se repetem e se repentem. Já deveria ter aprendido a lição e passado a portar identificação, em vez de sair por aí cheio de birra desafioando a legislação.
  • Fernando Chiocca  13/08/2012 08:50
    Tem razão Pedro.

    Que absurdo algém ousar desafiar uma ordem dos poíticos!

    Tem mesmo que baixar a cabeça, calar a boca, e obedecer tudo e qualquer coisas que os nossos líderes ordenem.

    E onde já se viu não andar com a identificação que o estado manda a gente ter?! Sem identidade estatal nós nem sequer existimos!
  • Klauber Cristofen Pires  13/08/2012 12:32
    Aprendi a beber, se consigo me lembrar, com 12 anos de idade. Sou pai de família, trabalhador, nunca bati meu carro nem briguei com ninguém.

    Onde nasci e cresci, todas as crianças bebem desde aproximadamente esta idade, os descendentes de alemães com cerveja e os italianos, com vinho. Fomos crianças que aprenderam a beber na frente dos pais, bem como aprendemos a trabalhar e a estudar arduamente.

    Aprender a beber no sei da família e das relações sociais é muito mais eficiente do que inventar estas leis babacas.

    Este cadastro não servirá para os menores, mas para os maiores mesmo, que vão começar a ser monitorados pelos serviços públicos de saúde, de segurança e de previdência e assistência social.

    Daqui a alguns meses ou anos, decisões judiciais sobre separação e guarda de menores, ou até mesmo concursos públicos poderão fazer uso desses cadastros.
  • Going Their Own Way  16/08/2012 23:17
    "Uma noite, dirigi-me a um mercadinho para fazer compras com duas amigas cariocas, de 19 anos. Comprei alguns alimentos e um pacote de cerveja. Exibi meu documento para a caixa, mostrando que eu era maior de 21 anos, que é a estapafúrdia idade local legal para se permitir a compra e consumo de álcool. Só que nem assim eu pude comprar, pois ela exigiu também o documento de minhas amigas. Eu disse que elas eram menores de 21 anos, e que quem estava comprando a cerveja era eu, maior. Não teve jeito. Larguei tudo lá e fui sozinho fazer minhas compras em outro local."
    - Mas foi bom, pelo menos te libertaram de gastar com desonestas. Agora, deixe de aproveitadores e siga seu próprio caminho...
  • Ricardo Lopes  24/08/2012 06:30
    Esse instituto Mises é composto por um bando de palhaços querendo regular a vida das pessoas e depois dizem que é o Estado que quer mandar na vida dos cidadãos. Erros cometidos pelos órgãos públicos sempre existiu no Brasil e sempre passam do absurdo. Mas toda iniciativa privada é santa? Se ninguém regula nada eu teria todo o direito de na madrugada ligar o som a toda altura na porta dos outros e promover baladas no meio da rua a qualquer hora do dia.\r
    O problema aqui é que se botam a mão no fogo pelos empresários como se eles fossem os bons e que sempre se preocupam com os outros. Mostra-me então qual foi a vez que desde do surgimento da escrita houve em algum período a atuação exclusiva dos "santos empresários" e nenhuma atuação do Estado?\r
    Então posso alcoolizar crianças só por que são meu filhos? e se eu alcoolizasse os teus filhos, você aceitaria na boa? Se não, quem te ensinou que é errado?\r
  • Leandro  24/08/2012 06:59
    Prezado Ricardo, o senhor poderia, por gentileza, nos fornecer um exemplo, um só exemplo (pode ser uma frase), que mostre que estamos "querendo regular a vida das pessoas"? Faça isso ou se comprove, publicamente, um total analfabeto funcional.

    Curiosamente, somos diariamente xingados por gente idêntica a você, só que pelo motivo oposto: seus siameses nos acusam de não querermos autoridade nenhuma, pois defendemos a supremacia da liberdade do indivíduo. Segundo seus irmãos, se não houver governo e agências reguladoras para mandar na vida dos outros, descambamos para a lei da selva. Sua conclusão de que queremos regular a vida dos outros entrou em definitivo para o nosso compêndio das cretinices triunfantes que recebemos diariamente.

    Quanto a "ligar o som a toda altura" na madrugada e promover baladas no meio da rua, foi engraçado você dizer isso: moro em uma rua repleta de barzinhos. As badalações, em pleno dia de semana, frequentemente vão até as 3 da manhã. As pessoas conversam na rua como se estivessem dentro de uma boate. Ora, até onde sei, a rua é propriedade da prefeitura e, segundo você, o estado existe justamente para coibir este tipo de abuso. Pergunto então: cadê o estado para zelar pelo silêncio da madrugada? Por que ele permite justamente os tipos de infração que você diz que só a existência dele pode coibir?

    Por outro lado, este tipo de baderna não ocorre em condomínios privados, onde o estado não manda nas ruas. Explique-me essa, por gentileza. Ou caia em contradição na frente de todos.

    Quanto a "santos empresários" em conluio com o estado, desconheço um site em língua portuguesa que seja crítico mais feroz deste arranjo em que empresários se locupletam em decorrência de sua associação ao estado. Não há uma só semana em que um artigo sobre isso não seja publicado aqui.

    Em suma, seu analfabetismo funcional é devastador.

    Caso venha aqui nos agraciar novamente com seus faniquitos, tente não borrar o batom.

    Abraços!
  • Fernando Chiocca  24/08/2012 07:20
    o Ricardo tá certo.

    Se não fosse pelos políticos, que só querem o bem de nossas crianças e estão preocupados com o nosso bem estar, os malditos empresários estariam vendendo merda em lata e nós, obviamente, estaríamos comprando e consumindo.

    É sempre bom receber visitas de leitores de inteligência ímpar como este Ricardo Lopes.
  • Sérgio  24/08/2012 15:58
    Leandro, tem o exemplo recente do Google... Vcs negam, mas o Google é um caso de monopólio privado. Eu acabei de publicar aqui: recnetemente o Google bloqueou o Midia Sem Mascara (e anda bloqueando outros sites de conteúdo conservador). O Google está boicotando todos os outros browsers, de modo a forçar o consumidor a usar o Google Chrome. Nos EUA, excluiu dos aparatos de busca todos os suplementos alimentares de modo a forçar a população a consumir só produtos da Rockefeller. Anda bloqueando sites conservadores (como o MSM)... Ou seja, o Google está fazendo com os sites opositores a mesma coisa que o governo chinês fez com o Goole aquela vez, lembra?
  • Leandro  24/08/2012 16:35
    O Google é monopólio? Ele proíbe você de usar outros browsers e outras ferramentas de busca?

    Eu também não concordo com algumas políticas do Google, assim como não concordo com a política de algumas empresas privadas. O que faço? Não utilizo os serviços delas. O Google "boicotar" outros browsers -- se é que isso é mesmo verdade -- não implica a proibição de você utilizar estes browsers, da mesma forma que o iPad não ter compatibilidade com determinados aplicativos não implica a proibição de você utilizar estes outros aplicativos.

    Não deixe suas emoções obnubilar a veracidade de alguns conceitos. Monopólio é proibição de livre entrada no mercado. Uma empresa não querer se associar a outra nada tem de monopólio. Se o Google passar a boicotar o IMB, pode ter certeza de que ficarei enfezado, mas não direi que isso é um monopólio.
  • Sérgio  24/08/2012 17:59
    O problema é: qual outro buscador de web vou usar no lugar do Google??? Como boicotar o Google? Vou usar o Yahoo!, Bing? Eles não pesquisam todos os sites como o Google. Por exemplo: se eu digitar "Instituto Mises Brasil", o Google consgue "aproximadamente 113.000 resultados", enquanto o Yahoo! 432 resultados, o Bing também só 432 resultados. Diferença enorme, né? Pq isso? Por eu digo que eles detém o monopólio da busca. Claro que não acredito nas leis antitruste do Estado. Em vez de resolver o problema, elas agravam. Talvez o que impede que surja outros buscadores no lugar do Google, sejam as barreiras estatais...
  • Ex-microempresario  29/04/2017 22:16
    Ou seja, o Google é melhor que os outros, é de graça, mas ainda não está bom.
  • Carlos Eduardo  24/08/2012 16:46
    O engraçado é que você ao mesmo tempo em que diz que o IMB quer regular a vida das pessoas(HEIN???), diz também que sem regulamentação "o caos tomaria conta" ou coisa parecida, pelo seu exemplo (esdrúxulo e já rebatido) das festas na madrugada. E aí você começa a falar um nonsense de que "consideramos os empresários uns santos" (adoraria ver você mostrando onde QUALQUER PESSOA falou isso por aqui), ao mesmo tempo em que parece considerar que o governo só comete, usando suas próprias palavras, "erros" (na sua cabeça, provavelmente, por mero acidente ou porque "não são as pessoas certas que estão no comando", "não se vota nas pessoas certas", etc, o mesmo blablablá estatista e coletivista de sempre).

    Interessante isso, né? Pra você os empresários não são confiáveis, mas o governo não se encaixa nessa descrição, é só colocar as pessoas certas (as que, na sua opinião, cometerão "menos erros", ou até "erro" nenhum) que tudo vai dar certo, afinal, o governo sabe o que é melhor pra nós, muitas vezes mais até do que nós mesmos. Cara, eu realmente não sei qual das suas afirmações é a mais absurda, mas sei que com certeza você não sabe absolutamente nada do que está falando, já que demonstra completa ignorância sobre tudo o que este site defende e sobre a realidade em si.
  • Projeto Nova Luz  29/08/2012 09:29
    A propósito Leandro.O q vcs acham do Projeto Nova Luz na Cracolândia?
  • Leandro  29/08/2012 11:17
    Não estou a par dos detalhes. Aliás, não estou nem sabendo do que se trata. Não sou paulistano nem paulista.
  • Nova Luz  29/08/2012 11:53
    www.novaluzsp.com.br/projeto.asp

    Os responsáveis pelo projeto:
    www.novaluzsp.com.br/proj_quem.asp?item=projeto

    A documentação (para mais informações):
    www.novaluzsp.com.br/proj_doc.asp?item=projeto

    O que acha?
  • Leandro  29/08/2012 12:11
    Como eu imaginava: várias empreiteiras mamando no dinheiro público. Nenhuma novidade. Por outro lado, não acho que drogados tenham o direito de morar nas ruas, impedindo o livre trânsito de pessoas que, por meio de seus impostos, construíram aquela rua. Ademais, pessoas que ali moram e pagam seu IPTU não devem tolerar pessoas degradadas ao seu redor, assim como moradores de um condomínio privado estipulam o tipo de gente que frequenta sua região.

    O que fazer? Retirar os drogados de lá (pelo que eu sei, a prefeitura paulistana tem abrigos sustentados com o dinheiro dos pagadores de impostos; mande-os para lá). E só. O resto -- a restauração e a renovação do local -- deve ficar por conta e risco de quem quiser investir ali. Se der certo, os investidores lucram; se der errado, eles que arquem com os prejuízos. No atual arranjo, as empreiteiras têm lucro garantido pelo estado.
  • Comerciantes desapropriados  29/08/2012 12:42
    E o governo ainda vai fazer pior: vai desapropriar os comeciantes e lojistas da região... não sei se vc sabe sobre isso...
  • Marcius Moraes  07/09/2012 19:09
    Até que enfim uma opinião contrária a essa lei idiota e perversa que obriga os proprietários de bares e afins a serem babás dos seus clientes, sob o risco de terem seus estabelecimentos fechados pelos burocratas!
  • Tea Party  18/10/2012 11:28
    Parecemos porcos selvagens. A cada dia que passa fincam mais uma estaca da cerca e logo perderemos toda a liberdade.
    O pior é que ninguém vê isso ou se importa.
    O Estado de SP tem liderado a cópia vagabunda de medidas idiotas adotadas nos EUA, UK e UE. São macaquitos imitadores esses parasitas da sociedade que fazem e impõe essas leis.
    Serra foi um desses idiotas com a lei anti-fumo que muitos aplaudem por não terem capacidade de ver aonde essas medidas estão nos levando.

    Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma flor do nosso jardim e não dizemos nada.
    Na segunda noite, já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão, e não dizemos nada.
    Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.
  • Sérgio  17/04/2013 21:01
    17 de abril de 2013 | 14h 05


    DÉBORA ÁLVARES - Agência Estado

    A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira, 17, projeto que torna crime a venda ou fornecimento gratuito de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos. A proposta, que já passou por outras comissões do Senado e agora segue para a Câmara dos Deputados, prevê punição com reclusão de dois a quatro anos em casos de flagrante. Estabelecimentos comerciais ficam sujeitos a multa que pode chegar a até R$ 10 mil.

    Ao justificar o projeto, o autor, o senador Humberto Costa (PT-PE), afirmou que a iniciativa irá resolver "controvérsia jurídica acerca de qual procedimento aplicar nos casos de venda de bebida alcoólica a criança ou adolescente: se o ato deve ser tratado como contravenção ou como crime". De acordo com o projeto, as punições serão acrescidas em dois artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

    O projeto inicial previa pena de três a seis anos de prisão para quem fosse flagrado vendendo ou fornecendo bebida a menores. A multa da proposta original fixava um valor de R$ 30 mil a até R$ 100 mil. Quando passou pela Comissão de Direitos Humanos (CDH), porém, as punições foram abrandadas.

    Segundo destacou o relator, senador Benedito de Lira (PP-AL), as medidas inicialmente propostas eram muito rigorosas comparadas às estabelecidas pelo ECA para condutas mais graves como, "a título de exemplo, a venda de bebida alcoólica seria punida mais severamente do que a venda de produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica."


    www.estadao.com.br/noticias/geral,senado-torna-crime-venda-de-bebida-alcoolica-a-menor,1022157,0.htm

    Eu pelo menos sou a favor disso. Finalmente uma atitude honrada dos nossos políticos.
  • Eduardo Bellani  17/04/2013 22:18
    Sua noção de honra me é mui estranha.
  • Fernando Chiocca  17/04/2013 22:20
    Muito honrada. Melhor mesmo seria pena de morte para quem dar ou vender uma cerveja para um cara de 17 anos. Ai sim o mundo estaria salvo... (SIC)
  • Catarinense.  17/04/2013 22:37
    Eu não.
  • Sérgio  17/04/2013 23:29
    Honra é um conceito intrinsecamente ligado ao conservadorismo. Antigamente, a honra de um homem era a coisa mais importante que ele poderia ter.

    Me dei ao trabalho de pesquisar no site do PTralha Humberto Costa sobre o tal do Estatuto da Juventude e mudei de idéia: não sou a favor deste projeto. A medida de proibir o consumo de bebidas aos menores eu sou a favor, o que não sou a favor é do "Estatuto" que prevê a ampliação de benefícios de meia-entrada, bolsas de estudo, e outras regalias que o contribuinte vai pagar, inchando ainda mais os gastos do Estado brasileiro (que já é perdulário).

    Mas a medida de proibir menores de consumir bebida alcoolica, em si, eu sou a favor. Os adolescentes estão bebendo como nunca, hoje em dia.
  • Fernando Chiocca  18/04/2013 20:17
    Putz, um psicopata agressor desses que quer educar o filho dos outros à cacetadas nos pais dos outros quer vir falar de honra??

    Meu caro, antes de falar de honra, tenha a hombridade de respeitar a família e a propriedade alheia.

    Se um pai quer permitir que um filho menor beba, o senhor não tem nada a ver com isso. Mantenha suas armas e as armas do grupo criminoso chamado estado longe dele.


    O sujeito ainda vem dizer que foi uma atitude honrada determnar prisão e multas altíssimas para quem dar ou vender bebida para pessoas que não tenham um determinado e aleátorio número de dias de vida... AFFFFFFFFF

    Só pode ser alguma piada de mal gosto associar HONRA a isso!

  • Um Filósofo  18/04/2013 20:44
    Senhor Chiocca, apesar de progressista, concordo com o Sérgio. Devido à doutrinação imposta pela mídia em sua propaganda agressiva e devido à falta de tempo que os pais modernos possuem a seus filhos graças ao modelo de trabalho globalizado, a família está perdendo gradualmente sua capacidade de coordenar a ação dos filhos, sofrendo uma forte desestruturação. Na infância, tal quebra da ordem familiar é manifestada no despertar do comportamento consumista infantil; na adolescência, a mesma aparece no alcoolismo e no uso de drogas.

    Estando a família não mais visando disciplinar os filhos para optar por "compensá-los" por seu abandono na infância, ela está incapaz de estabelecer o controle exigido pela sociedade sobre os jovens. Para evitar uma geração perdida, é imprescindível que o estado intervenha em defesa da família e ele mesmo realize algumas proibições que antes seriam delegadas aos pais. Caso este ciclo de super-exploração consumista e produtiva não termine - e tende a jamais terminar, é imprescindível a manutenção da família pelo governo.

    Espero que compreenda as intenções do senhor Sérgio. Apesar de pertencermos à escolas de pensamento diferentes(Sou adepto de Frankfurt), ambos visamos pela criação de uma geração futura melhor. Nós dois desejamos proteger os indivíduos de si mesmos em prol do bem comum. Não compreendo o escândalo disso. Nós aprendemos como sociedade que é imprescindível a tomada de direitos de uns em prol da paz e justiça sociais.

    (Pessoalmente, seguindo a linha do pensamento de outros grandes filósofos, considero a família uma instituição naturalmente imperfeita para a criação do futuro. Porém não será permitindo que essa abandone seus filhos ao consumismo que surgirá uma nova geração revolucionária. Espero que compreenda, senhor Chiocca.)
  • Fernando Chiocca  18/04/2013 21:16
    Compreendi senho Fake filósofo. Compreendi que o senhor é um fanfarrão. A família em seu papel de educação jamais teve ou poderia ter o poder de prisão ou multa de terceiros. Logo, não se trata de estado assumindo papel que pais, segundo você loucamente alega, não mais poderiam desempenhar.

    E se o problema é um "abandono de seus filhos ao consumismo", que tal se eles simplesmente não dessem dinheiro a seus filhos?

    Afff, mas é um pior que o outro aqui...
  • Renato Souza  19/04/2013 01:25
    Prezado filósofo adpto da Escola de Frankfurt

    Agradecidíssimo pela bola levantada.

    A Escola de Frankfurt sempre trabalhou pela destruição da família e pela implantação de um estado socialista que usurpasse as prerrogativas naturais da família. Não é um segredo, basta ler os escritos deles para constatar. Conhecendo essa informação histórica, a alegação de que o estado vai apenas suprir onde a família falhou se mostra totalmente falsa. Os atuais donos do poder são os mesmos que trabalharam incessantemente durante décadas para a destruição da família, seguindo a estratégia da EF. As falhas apontadas são, em grande parte, produto dessas estratégias.

    Captei vossa mansagem. Criaram o problema para vender a "solução": poder ilimitado para eles próprios.

    Abraços.
  • Sérgio  20/04/2013 08:43
    Eu sugiro impor responsabilidades. Um pai que permite que seu filho com 12 ano beba, é um irresponsável.

    Ademais, vocês estão impregnados de uma noção errônea sobre a liberdade e livre arbítrio. Liberdade sem moral dá nisso. Se as pessoas são livres para disporem de seus corpos, se cada um possui sua moral particular e sua própria noção de certo e errado e se todos os estilos de vida são iguais, o que haveria de errado em defender crimes horrendos como a pedofilia? Qualquer noção de liberdade que seja "moralmente neutra" não terá outro efeito além de fomentar o caos e a barbárie.

    Como diz esse trecho do site de Fraternidade São Pio X sobre a liberdade:

    "Com efeito, se perguntamos a um homem na rua a definição de liberdade, responderá que consiste no direito de fazer o que se queira, como queira, quando queira, e sem nenhum impedimento. É a definição liberal de liberdade, que saiu das lojas maçônicas, e que conduz à ruína de toda autoridade, sobretudo a da Igreja Católica.

    Em realidade, a verdadeira liberdade é a capacidade que todo homem tem para escolher o melhor bem de vários bens. É, como dizia Leão XIII, "a faculdade de mover-se dentro do bem"."

    www.fsspx.com.br/exe2/liberdade-religiosa-editorial/#queridaliberdade
  • Fernando Chiocca  22/04/2013 21:37

    Eu sugiro você conhecer o básico do básico antes de sair vomitando asneiras em sites sérios como esse.

    Você sequer sabe a definição elementar de liberdade, defendida por aqui, que é ausência de coerção. Como uma agressão como a pedofilia poderia ser defendida?? Deveria procurar conhecer ao menos isso antes de vir aqui tentar criticar. Patética sua atitude.

    No mais, continua sendo um ser desonrado defendendo a agressão institucionalizada e constante de pessoas que não agem de acordo com o que você acredita... É gente assim que merecia ser agredida por agir de maneira oposta ao que outros acreditam só para ver se aprendia a lição de não apoiar agressão..
  • Leonardo Couto  18/04/2013 21:31

    Honra é um conceito ligado com dignidade moral. Agressão é um ato imoral em si. Logo uma agressão não pode jamais ser considerada detentora de honra.

    O conservadorismo coercivo que você defende almeja dissociar o livre-arbítrio da moralidade, e isso é impossível. O livre-arbítrio é o pressuposto para qualquer julgamento moral.

    Não sei por qual motivo você se comporta assim, mas tomara que não seja alegando defesa do Cristianismo ( algo não raro entre "direitistas" ); esse posicionamento vai diretamente de encontro a ele.
  • Renato Souza  17/04/2013 23:39
    Sergio

    Você aparentemente não percebeu algo muito mais grave que vem embutido nessa lei. Ela fala não só de vender, mas também de dar. Imagine a seguinte cena: Um homem está em casa num churrasco com amigos, e inclusive seu filho de 18 anos incompletos. Varias pessoas estão tomando cerveja, inclusive o rapaz, que pediu uma latinha ao pai. Um vizinho que é desafeto do dono da casa, vendo a cena, a denuncia à polícia. O pai não está embebedando seu filho, apenas compartilhando um momento feliz. Mas é preso como se fosse um criminoso.

    Evidentemente, isso seria tão absurdo, que não seria aplicado a todo mundo. Só àqueles que não são amigos da quadrilha que nos desgoverna.

    Uma dica. Toda nova lei, norma ou jurisprudência deve ser analisada com a seguinte pergunta em mente: O objetivo é, ou pode ser, destruir a privacidade das pessoas, desestruturar a família? Lembre, a família é uma entidade anárquica, no sentidode que não depende de um governo, é anterior a todos os governos. Portanto, qualquer governo que queira expandir suas prerrogativas, e qualquer movimento que queira expandir as prerrogativas de algum governo, são inimigos naturais da família.
  • Anti realista conservador  20/04/2013 18:06
    Antes de mais nada,em primeiro lugar quero parabenizar o autor do texto,material de excelente qualidade,muito bom mesmo.
    Na minha adolecencia,a propaganda de cigarro na TV era liberada e não existia fortes controles estatais sobre o cigarro e a bebida. Mesmo com tudo "liberado",o numero de fumantes ja na epoca diminuiu,pois os pais,naquela epoca tinham competencia para educar seus filhos,e os poucos que começaram a fumar,foi por falta de educação ou teimosia escondido dos pais.O que levou a uma redução de fumantes não foi o estado,e sim,a informação sobre os malefícios do cigarro e da bebida em casa e na escola,coisa que muito antigamente não existia.
    Hoje,as leis para o fumante esta 20x pior e para a bebida esta a cada dia pior,e nem por isso,os numeros do alcolismo despencaram,muito pelo contrario,aumentaram,como vemos aqui: www.personare.com.br/jovens-estao-consumindo-mais-alcool-m962 com graves tendencia de pioras.
    Quanto as baladas,teve uns sujeitos aqui reclamando que o estado permite a entrada de mnores.
    Ora bolas,sempre foi assim,e mesmo assim,o numero de menores que frequentavam esses ambientes eram bem menores que hoje.Porem hoje,a nova febre de menores não é mais baladas e sim a internet,o sujeitinho vai la,poe suas fotos e alegam ter 18 anos,ai,muito pedofilo aproveita a deixa e convida o menor para sair,e os pais,que seriam os responsaveis pelo menor permite o mesmo se encontrar com pedofilos de 20 anos para cima. Resumindo. De quem é a culpa,do estado que não cria regulamentações da internet ou dos pais que não educam seus filhos? Ai vem uns dizer,haaaaaa mimimimi trabalho muito e não tenho tempo de cuidar de meu filho. Se você trabalha muito,sua mulher também trabalha muito,por que colocar filho no mundo se não tem condições de criar e cuidar? Por que não pensam nisso antes de fazer filho? Agora é culpa do estado e o mesmo tem que intervir porque você é um incopetente e não sabe que uma criança é responsabilidade?
    Outra coisa antes de encerrar e detonar com esses "conservadores".
    Se você vê que não tem condições de ter filhos,assumir casamento e a mulher não é a ideal,isso é,com valores morais e conservadores,por que as pessoas se envolvem com elas? Por que se casam se não tem condições de se manter direito,ainda mais colocar uma vida a mais no mundo?
    As pessoas tem que parar de procurar o estado para resolver as coisas e criar leis e começar a se responsabilizar e assumir seus erros.
  • anônimo  25/03/2016 15:19
    Vocês reclamam dessa lei, mas nos EUA, em muitos estados, a idade minima para poder beber alcool é 21 anos.


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