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Papai Noel depois da Nova Matriz Econômica
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Ontem fui a um hiper-mercado. Fazia um ano que não
ia a um desses. Sou um sujeito que prefere comprar no mercadinho ao lado, no açougue
e no laticínio do bairro.
Dificilmente faço compras de mês.
Algumas coisas que eu observei ontem:
1) Só quando fazemos compras grandes é que
percebemos como as coisas estão caras. Alguns produtos, como papel-alumínio e
papel-toalha, subiram 100% em relação ao ano passado.
2) Uma caixa de bombons daquelas azuis, que vem com
o chocolate de morango, estava sendo vendida por R$ 9,09.
3) Ninguém estava com um carrinho cheio. Ano passado
havia uma pancada de gente com dois, três carrinhos.
4) Comprei só o que ia utilizar na noite de Natal.
Deu quase R$ 450. Dois engradados de Serra Malte deram quase R$ 80.
Eu fico imaginando quem recebe R$ 1.200.00, R$
1.500,00, que é uma grande parcela da população; como fazem? Quais são as
compras que você consegue fazer com esse salário, que tem que ser distribuído
entre aluguel, gás, luz, vestuário, gasolina?
Como sempre, sem acesso aos instrumentos que o
defenderá do surto inflacionário, o pobre é o mais punido por esse descontrole econômico.
É um crime o que fazem
com esse povo.
Eu tenho certeza de que, infelizmente, esse natal
será mais magro do que o do ano passado, para milhões de brasileiros.